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Apresentação 04
Análise Histórica 05-07
Actualidade 08-10
Identidade 11-13
Missão e objectivos 14
Posicionamento e Reconhecimentos 15
Competição 16
SWOT 17-19
Visão e Futuro 20
Logotipo 21
Slogan 22
Estratégia de Markting 23
Análise de Inquérito 24-25
Conclusão 26
Bibliografia e Sites Consultados 27
APRESENTAÇÃO
Lançada numa fábrica alugada e convertida em 1903 ente para os 200.000 nos anos seguintes. De facto, foi
com um investimento inicial de 28.000 dólares por a partir da construção deste exemplar que partiu o
parte de doze investidores, a Ford produziu durante os desenvolvimento das técnicas básicas de produção em
seus primeiros anos uma gama de veículos que ficaram série e da utilização da primeira linha de montagem
conhecidos como Ford Modelo A, o Modelo K e o em todo o mundo. O sistema era baseado no conceito
Modelo S. Contudo, com uma produção diária baseada da operação contínua, sem interrupções no abastec-
na compra de peças a empresas exteriores e no imentos dos materiais e peças ou para troca de
trabalho essencialmente manual, a fábrica esteve trabalhadores, reduzindo-se drasticamente os tempos
durante alguns anos limitada a apenas alguns carros de montagem e maximizando-se os lucros. Contudo,
por dia. É nesta época que surgem as primeiras com a introdução de um sistema automatizado
discussões no cerne da empresa acerca do seu multiplicaram-se as questões relativas aos trabalha-
público-alvo preferencial com duas propostas dores que viam os seus postos de trabalho tornarem-
contrárias: a da produção de um carro que se enqua- se crescentemente obsoletos. O descontentamento
drasse na gama entre os 2.200 e os 4.700 dólares ou a geral revelou-se pela constante substituição de
opção por um veículo de baixo custo. A opção é clara se operários o que implicava não só atrasos na produção,
analisarmos a opção histórica da empresa com o como custos elevados no treino de novos trabalha-
lançamento do Modelo T que seguramente revolucio- dores. Para combater esta tendência, Henry Ford foi
nou a indústria automóvel como o primeiro carro para um dos primeiros gestores a implementar não só uma
todos. Com uma produção de 18.000 exemplares no diminuição na duração dos turnos, bem como uma 05
seu primeiro ano (1909), o número aumentou rapidam- mudança na políticas de gestão dos seus trabalha-
ANÁLISE HISTÓRICA
Graças à sua produção em larga escala, os preços fieis à marca, a auxiliam a espalhar os seus produtos
mantém-se baixos por um longo período de tempo. por todo o mundo. Até aos 90, a Ford soube sempre
Contudo, após a Primeira Guerra Mundial, a gestão manter a sua liderança, com o lançamento de novos
antiquada e pouco eficiente negligenciou o interesse modelos que vieram a tornar-se ícones (como é o caso
dos consumidores por novos veículos melhorados com do Ford Mustang em 1964) e mesmo em épocas
opções inovadoras e mais versatilidade. Foi aí que a conturbadas como o período da Grande Depressão
competição, maioritariamente feita pela General (em que perante o colapso da indústria automóvel se
Motors e Chrysler, apoiou o seu sucesso na medida em viu forçada ao despedimento de operários e ao
que não só produziram novos modelos com mais redimensionamento das suas operações), da Segunda
inovações e opções de luxo, como se abriram ao Grande Guerra (na qual teve um papel preponderante
crédito ao seus clientes para que pudessem comprar para ambos os lados da barricada fornecendo grande
carros acima das suas posses. Assim, numa tentativa dos transportes terrestres utilizados), da competição
de contra-atacar a Ford opta pela criação, em 1922 de estrangeira feita pela Toyota e pela Honda e mesmo à
uma filial, a Lincoln Motor Company, como um morte do seu fundador, Henry Ford, em 1947.
segmento de luxo, embora se tenha mantido afastada
do negocio do crédito até aos finais dos anos 20. Mais
tarde, surge ainda outra filial, a Mercury, com a qual
procura satisfazer o mercado para a classe média, com
carros com mais conforto do que o oferecido pelo 07
Modelo T. É igualmente durante nesta época que a
Ford cria o conceito das concessionárias que ao serem
ACTUALIDADE
Até ao fim dos anos 90 a Ford manteve-se no topo da declínio aos elevados custos da manutenção de
industria automóvel, tornando-se a principal seguros de saúde para os seus trabalhadores (cada vez
competição à General Motors e um dos pilares mais mais envelhecidos) é fácil perceber como a situação se
importantes do tecido corporativo americano. É agravou rapidamente. Desta forma, inicia-se uma
durante essa época que, auxiliada por uma economia e época de declínio para a Ford, na qual as suas margens
bolsa de valores em franca expansão (bem como pelos de lucro são drasticamente reduzidas. Por isso mesmo,
baixos custos do combustível), que a empresa atinge em 2005, a empresa põe em prática aquele que ficou
os maiores lucros de vendas da sua história, ultrapas- conhecido como o plano “The Way Forward”. Com o
sando os 7,2 biliões de dólares. Talvez impulsionados objectivo de tornar a empresa mais uma vez lucrativa e
pelo seu sucesso e pela aspiração à conquista de novos revitalizar as suas principais marcas (Ford, Lincoln e
mercados, a Ford compra a sueca Volvo como adição Mercury) são propostas algumas medidas a serem
às suas filiais europeias Aston Martin e Jaguar. Mais implementadas durante o decurso da primeira década
tarde, em 2000, opta pela aquisição da marca inglesa do século XXI. Entre elas, determina-se: o redimension-
Range Rover e pela formação do Premier Automotive amento da empresa de forma a adaptar-se à realidade
Group, a partir do qual esperava aumentar os seus do mercado; a interrupção do fabrico de modelos
lucros e vendas. Contudo, com a chegada do novo ineficientes ou cujo o lucro seja claramente insufici-
século, chega também um novo período de crise ente; o investimento em tecnologias para modelos com
económica a nível mundial ao qual a empresa não foi consumos de combustível mais eficazes e ecológicos; o
08 excepção. Aliando um mercado e bolsa de valores em fecho de catorze fábricas a nível mundial; o despedi-
baixa, os altos preços dos combustíveis e as vendas em mento de pelo menos 30, 000 trabalhadores; a venda
ACTUALIDADE
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POSICIONAMENTO E RECONHECIMENTO
Ameaças
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LOGOTIPO
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ESTRATÉGIA
DE MARKETING
O Marketing de uma empresa não pode ser dissociado pudessem experimentar as novas versões do modelo
da sua estratégia. No caso da Ford, com uma estratégia Ford Fiesta, escrevendo as suas opiniões sobre a
muitas vezes pouco definida ou volátil os resultados experiência. Se a isto associar-mos a sua recente
reflectiram-se na imagem confusa que transmitiu ao entrega às plataformas sociais como o Twitter ou
público. Ainda assim, os tempos de crise são também Facebooks percebe-mos a forma como esta procura
tempos de mudança. A Ford propõe-se agora a assumir estreitar a relação com o consumidor proporcionando-
uma estratégia precisa com a qual tenta não só lhe informações sobre os seus produtos na primeira
assegurar uma melhor projecção a nível mundial (tanto pessoa.
pela sua presença em feiras do ramo ora pela partici-
pação em eventos), como alterar a imagem que a
própria América tem da marca. Para isso orquestrou os
seus esforços em diversas campanhas que atraves-
saram os mais diferentes medias desde os meios online
até aos meios mais tradicionais. Entre elas,
destacaram-se duas de grande peso na história
recente da Ford: a “Ford Bold Moves”, a partir da qual
a empresa explicou as razões para se tornar mais
amiga do ambiente através da associação com mais de
quatrocentos blogs; e a “Fiesta Movement”, no qual 23
recrutaram cem bloggers para que durante seis meses
ANÁLISE
DE INQUÉRITO
Para que uma marca possa ser compreendida por são as marcas como a Toyota, a Mercedes-Benz ou a
inteiro é essencial compreender a relevância no Volkswagen que ocupam as primeiras classificações
panorama geral do mercado. Para isso, é necessário entre os maiores produtores. Contudo, quando é
perceber a opinião dos seus potenciais consumidores. averiguada qual das marcas de automóveis propor-
Com isso em mente, optámos por recorrer à elabora- ciona actualmente a maior competição para Ford, as
ção de um pequeno questionário de forma a reunir opiniões dividem-se. Com um terço dos sujeitos a
informação para analisar em concreto a opinião sugerir a Toyota como a marca mais competitiva, as
generalizada acerca da Ford, auscultando o seu opiniões divergem para os restantes inquiridos com
impacto e influência junto de um público limitado. sugestões tão diferentes como a Volkswagen, a BMW
Tendo isto em conta, e dada a limitação de recursos ou a Honda.
que nos possibilitassem inquéritos no local, recorremos Por outro lado, pareceu-nos importante definir qual é a
à plataforma “Google Forms” com a qual se procedeu identidade que a marca projecta sobre as pessoas bem
à elaboração de um formulário online, possibilitando como quais das suas características são, ou não,
assim a participação de pessoas de outras nacionali- apreciadas. No panorama geral, a marca parece
dades. transmitir a imagem que deseja. De facto, a grande
A partir dos resultados obtidos, pudemos compreender maioria dos sujeitos referem o tradicional, a América, a
que embora a Ford ocupe o quarto lugar no número de segurança e o conforto como palavras-chave para a
vendas a nível mundial, para a grande maioria dos descrição da Ford. Mais do que isso, favorecem a
24 inquiridos esta mantém a sua excelência, conservando marca pelas mostras que tem dado tanto da sua
a sua posição de topo. Já para os restantes utilizadores qualidade, como de consistência, durabilidade, credibi-
ANÁLISE
DE INQUÉRITO
lidade e esforços na defesa do ambiente. Por outro lado,
criticam-na por se basear demasiado nos aspectos do
seu passado, investindo numa estética repetitiva. Visto
isto, para finalizar o questionário, perguntámos que
marca de automóvel preferiria comprar, se tivesse
oportunidade. As três mais votadas foram as conhecidas
Honda, Toyota e Audi seguidas da Ford, Volkswagen,
BMW e Renault.
Para finalizar, é importante mencionar que participaram
15 pessoas de outra nacionalidade que não a portuguesa,
todos os inquiridos demonstraram conhecimentos sobre
a marca. No total, a amostra contou com 35 participa-
ções com maior predominância com o sexo masculino.
Etariamente, e influenciada pelo médium para o ques-
tionário escolhido, a maioria situou-se entre os 20 e 30
anos.
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CONCLUSÃO
Ao longo do processo que envolveu as várias fases de conhecimento que adquirimos sobre a marca em
pesquisa, análise e execução deste studie case, questão, mas também como forma de obter uma visão
tivemos a oportunidade de aprofundar os nossos geral dos mecanismo do mercado, da concorrência e
conhecimentos acerca do modo de funcionamento e da construção de uma identidade de topo como a que
gestão em que se baseiam as grandes marcas como a analisámos. Serão certamente conhecimentos bastante
Ford. Depois da análise, compreendemos que a cultura úteis que nos permitirão uma nova visão acerca do
da marca é, de facto, essencial para o sucesso de modo de funcionamento das marcas e das empresas
qualquer marca. Os valores pelos quais se regeram que nos rodeiam.
desde a sua fundação, nomeadamente a qualidade dos
produtos, a estabilidade que transmite e a tradição a
que está associada, são certamente algumas as suas
mais-valias que a fazem sobressair entre a concorrên-
cia. Contudo, esta manutenção de valores e principal-
mente o da tradição, é cada vez mais associada a um
processo de estagnação que acaba por afastar um
público mais jovem. Tendo em conta os últimos anos de
crise da marca, julgamos ser necessário reinventar a
forma como esses valores
26 estão representados na sua identidade. Mesmo assim,
o exercício deste foi frutuoso. Não apenas pelo
BIBLIOGRAFIA E
SITES CONSULTADOS
Studer-Noguez, Isabel (2002), Ford and the Global Strategies of Multinationals, Routledge
http://www.ford.com/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ford_Motor_Company
http://www.thefordstory.com/quality/
http://legacy.signonsandiego.com/uniontrib/20050702/news_lz1d2ford.html
http://www.autofieldguide.com/articles/010301.html
http://www.thinkingmanagers.com/companies/ford-motor-company.php
http://www.1000ventures.com/business_guide/crosscuttings/vision_mission_strategy.html
http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0871/mm/m0082762.html
http://www.businessweek.com/autos/autobeat/archives/2009/10/ford_spending_2.html
http://www.internetnews.com/bus-news/article.php/3844086
http://touchmarketing.wordpress.com/tag/corporate-identity/
http://www.autoblog.com/2009/10/16/study-ford-owns-brand-loyalty-in-2009-scorned-saturn-pontiac/a
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