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Foi um período de ajuste, com o Banco Central dos Estados Unidos elevando consis-
tentemente a taxa básica de juros da economia de praticamente zero para mais de
4% ao ano.
Todo esse aumento de juros – cujo principal objetivo foi controlar a inflação nos EUA,
que beira os 8% ao ano atualmente – deve continuar ao longo do primeiro trimestre
do próximo ano.
O cenário de médio prazo se mostra desafiador, visto que os juros por lá não devem
recuar tão cedo e isso acaba por reduzir a atratividade de investimentos de maior
risco, como ações.
Por conta desse cenário conturbado no Brasil, sempre recomendamos aos nossos
clientes que eles tenham ao menos uma parte dos seus investimentos fora do país.
Dado o cenário ainda desafiador para 2023 no exterior, vemos como fundamental
uma assessoria direta ao longo dos próximos meses. A bolsa lá fora pode ainda
passar por alguns trimestres difíceis, mas é justamente nesses momentos que te-
mos as melhores oportunidades de investimento de longo prazo.
Hoje em dia é muito fácil abrir uma conta de investimentos no exterior, tudo feito
dentro da legalidade e com a devida prestação de contas ao Banco Central e à Re-
ceita Federal.
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Mas em mercados como os Estados Unidos, onde você encontra milhares de opções
de investimento, como filtrar essas oportunidades, ainda mais em um momento
econômico desafiador?
Vejo muitos investidores partindo para empresas mais conhecidas da bolsa, como
Apple e Microsoft, e deixando diversas outras, de menor notoriedade, em segundo
plano. Será que isso é o correto a se fazer agora?
É justamente aí que mora a oportunidade. Trago para vocês 3 empresas com bom
potencial de crescimento para os próximos anos.
Li Auto (NASDAQ:LI)
A Li Auto opera no mercado de carros elétricos na China desenvolvendo, fabrican-
do, comercializando e realizando a manutenção de três modelos (L7, L8 e L9). Todos
os carros são SUVs premium, que visam atender à necessidade da crescente classe
média do país.
A Li Auto foi fundada em 2015, por Li Xiang, e ainda é considerada uma startup chine-
sa. A Companhia atua na nova indústria de veículos de energia renovável (NEV – New
Energy Vehicle Industry).
Imagem do L9
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Interior do L9
Por conta de seu posicionamento de mercado, a Li Auto se diferencia dos seus prin-
cipais concorrentes diretos (Tesla, NIO, Xpeng, BYD), pois oferece aos seus clientes
um veículo híbrido, que pode ser utilizado tanto com combustível apenas quanto
somente com energia elétrica, ou ambos, enquanto o foco dos demais tem sido os
veículos puramente elétricos.
A estratégia atual da Companhia tem como foco o mercado premium (US$ 23 mil e
US$ 75 mil por veículo), que atende muito bem a crescente população de classe mé-
dia e famílias ricas na China.
A Li Auto possui sua própria fábrica. Em 2018, a Companhia adquiriu Chongqing Lifan
Automobile, a fim de obter a licença de fabricação de veículos na China, dando início
à sua jornada.
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Recentemente, a empresa completou a primeira fase de construção de sua fábrica
em Changzhou, que possui uma capacidade de produção anual de 200 mil veículos.
Atualmente, conta com uma produção de cerca de 15 mil veículos ao mês, com novos
recordes sendo atingidos todos os meses.
Em nossa visão, os riscos inerentes a esse investimento são mais políticos e econô-
micos do que relacionados à empresa ou ao mercado em que a Companhia atua.
A guerra comercial entre EUA e China não tem ajudado o fluxo de dinheiro a migrar
para empresas chinesas, mesmo as que possuem bons fundamentos, como a Li Auto.
Além disso, temos ainda a discussão em andamento de uma possível retirada das
empresas chinesas das bolsas de valores americanas, o que poderia ser extrema-
mente ruim para a tese de investimento.
Crocs (NASDAQ:CROX)
A Crocs projeta e fabrica calçados macios, leves, que não deixam marcas, são anti-
derrapantes, resistentes a odores e feitos de resina.
Sua coleção de sapatos cresceu muito ao longo dos últimos anos, indo desde o oni-
presente “tamanco clássico – foto abaixo” para uma variedade de tênis, sandálias e
botas.
Recentemente, a empresa adquiriu as operações da Hey Dude, uma marca até então
pouco conhecida, mas de excelente qualidade, com uma proposta parecida com a
da Crocs.
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A empresa tem clientes em mais de 80 países e grande parte dos calçados vendidos
é fabricada por outras empresas, principalmente no Vietnã e na China.
A Crocs tem três segmentos operacionais reportáveis com base na natureza geográfi-
ca de suas operações: Américas (cerca de 70% das vendas), Ásia-Pacífico (aproxima-
damente 15%) e Europa, Oriente Médio e África (cerca de 15%).
Pouco tempo atrás, em 2019, a Crocs vendia cerca de US$ 300 milhões ao ano por
meio dos canais digitais. No ano passado, esse número se aproximou de US$ 800
milhões, um crescimento formidável, mostrando que a Companhia acertou na estra-
tégia de vendas digitais.
Ressaltamos que a empresa pode enfrentar maior competição tanto na Ásia quanto
ao redor do mundo. Também destacamos que caso a Crocs não consiga executar
muito bem sua estratégia de crescimento até 2026, isso pode retirar valor potencial
das operações e assim afetar negativamente as ações na bolsa.
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O alto endividamento da Companhia, algo como 3,8x Dívida Líquida/EBITDA, também
é um ponto de atenção aos investidores, mesmo os de longo prazo.
Vemos boas perspectivas de longo prazo para as Ações da CROCS, dado o potencial
de crescimento da companhia, que deve acontecer por meio da expansão geográfica
de seus produtos, bem como pelo lançamento de novos calçados, por isso recomen-
damos a Compra das Ações da Crocs (Nasdaq:CROX).
Google (NASDAQ:GOOGL)
A máquina que move o mundo. O Google, fundado oficialmente em 1998 por Larry
Page e Sergey Brin, na Califórnia, iniciou suas atividades como um mecanismo de
busca, que persiste até hoje e se mantém como o principal do planeta. Em 1999, a
empresa entrou no negócio de propaganda (advertising) e hoje essa é a principal
fonte de receita da empresa. Em 2015, a Companhia foi reorganizada com a criação
da holding Alphabet, Inc.
Além do Google, a holding conta com a Calico (saúde), CapitalG (fundo de Private
Equity), DeepMind (inteligência artificial), Google Fiber (internet), GV (fundo de Ven-
ture Capital), Intrinsic (software robótico), Isomorphic Labs (medicamentos), Verily
(saúde), Waymo (condução autônoma), Wing (drones para fretes) e X Development
(tecnologia). Todas essas subsidiárias estão de alguma forma ligadas aos serviços
do Google.
Atualmente, a empresa conta com quase 140 mil funcionários e 85 escritórios espa-
lhados por todos os continentes.
Ao longo dos anos, a empresa foi adquirindo outras Companhias – como o YouTube
e o Waze – que hoje formam seu vasto portfólio de serviços. A empresa conta com
tantos serviços e produtos que é impossível enunciar todos aqui.
Além dos serviços online, o Google ainda começou a desenvolver, em 2010, hardwares
próprios, como celulares e o Chromecast (para conectar smartphones à televisão).
Somado a isso, vem crescendo nos últimos anos o segmento do Google Cloud, pla-
taforma na nuvem que serve como solução para hospedagem de sites e aplicativos,
além de armazenamento de dados.
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Geralmente, empresas contratam esse serviço tanto para organizar seus servidores
internos, dando mais agilidade e segurança aos processos de negócios, quanto para
criar soluções otimizadas para seus clientes no mercado. O serviço representava 4,2%
da Receita em 2018, saltando para 7,5% em 2021 e acreditamos que ao final deste ano
o montante correspondente a essa linha de negócio deve chegar a 10% das vendas.
Nos últimos quatro anos, a Companhia cresceu cerca de 23,4% ao ano, com margens
crescentes e uma marca bem conceituada no mercado.
A Companhia segue crescendo forte nos últimos anos, com um Lucro Operacional e
Margem Operacional também aumentando. É importante destacar que o segmento
Cloud ainda opera com margens negativas, mas já no próximo ano isso deve mudar.
Acreditamos que o mundo possui uma dependência muito grande dos serviços ofe-
recidos pela Google, o que deve garantir um crescimento das operações ao longo
dos próximos anos. O péssimo desempenho das ações da empresa ao longo de 2022,
mais associado ao cenário macroeconômico do que a uma deterioração de longo
prazo nos fundamentos da empresa, pode ser visto como uma boa oportunidade de
investimento de longo prazo.
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• Seja Global
Essas são as minhas 3 principais indicações de investimento no exterior para os pró-
ximos trimestres, adotando a estratégia de buscar investir em empresas com: i) boas
perspectivas futuras; ii) bem-posicionadas e com situação financeira saudável; e iii)
valuations que ofereçam razoável margem de segurança no preço de entrada.
O ano de 2023 será bastante volátil, muitas coisas devem acontecer nos próximos
meses, estamos apenas começando.
Mais importante do que ter 3 nomes para investir é poder contar com o acompanha-
mento diário do analista, ter acesso ao canal do Telegram com informações diárias
e ter um chat exclusivo para tirar dúvidas sobre qualquer assunto de maneira indi-
vidualizada.
Se você está preparado para uma jornada com nomes pouco triviais, mas
que têm potencial de crescimento no longo prazo, tenho certeza de que você se
identificará com a carteira do Nord Global.
Forte abraço,
“Em observância aos Artigos 20 e 21 da Resolução CVM nº 20/2021, o Analista Cesar Crivelli declara que:
A Nord Research esclarece que oferece produtos contendo recomendações de investimento pautadas por
diferentes estratégias e/ou elaborados por diferentes Analistas. Dessa forma, é possível que um mesmo va- CONHEÇA A NOSSA PLATAFORMA
lor mobiliário encontre recomendações distintas em diferentes produtos por nós oferecidos. As indicações
do presente Relatório de Análise, portanto, devem ser sempre consideradas no contexto da estratégia que
o norteia.”
Nord Research, 2022. Todos os direitos reservados. Rua Joaquim Floriano, 100 - Itaim Bibi, São Paulo - SP, 04534-000
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