Você está na página 1de 2

As montadoras de veículos são a maior indústria do planeta, na geração de empregos e

aquecendo a economia mundial. Em especial, a Jeep que buscando se reinventar diante


as ameaças, que desta vez não é financeira ou uma crise global, e sim uma ameaça
tecnológica e ela não esteve preparada para isso. Um processo de mudança tecnológica
radical ocorre quando surgem inovações que sejam percebidas pelo mercado como
superiores àquelas existentes, alterando significativamente produtos, processos
produtivos ou rotinas organizacionais até então estabelecidas.
Nos últimos anos houve grades investimentos na tecnologia de carros autônomos, e para
grande surpresa não era das tradicionais montadoras, a Jeep como objeto de estudo é
uma das mais afetadas pois postergou sua entrada no novo conceito oriundo de várias
empresas do vale do silício. Assim acabou perdendo espaço para montadoras antes
desconhecidas, e que hoje surgem como grande promessa e aposta para boa parcela dos
usuários, principalmente os mais jovens. atrelado a isso temos empresas de mobilidade
baseados em demanda (Uber, 99), onde a conveniência fala mais alto e confronta aos
ônus de se ter um veículo próprio. O pior cenário para a montadora é a junção dessas
duas ameaças, onde apontamos para um futuro com automóveis autônomos, conectados,
elétricos e compartilhados (ACES). Em relação aos carros autônomos, há alguns
exemplos que podem ser dados nessa direção. A Toyota pretende aportar um valor de
US$ 500 milhões na Uber, com a finalidade de promover pesquisas para desenvolver os
carros autônomos.
A previsão do mercado global para choque já é em 2030 onde haverá um grande
impacto na forma como utilizamos os veículos, na mobilidade em geral, no consumo de
como utilizaremos recursos financeiros para este meio. Com isso, temos assistido a
mudanças nas estratégias corporativas das montadoras automobilísticas, envolvendo
alterações não apenas na organização produtiva, mas principalmente nos investimentos
voltados a P&D, a inovações, a marketing e à tecnologia, que têm recebido um aporte
financeiro cada vez maior.
Com esse novo cenário em relação à mobilidade, pode-se traçar, em análises futuras, um
possível novo quadro de relações entre as montadoras automobilísticas e as empresas do
ramo da tecnologia. Entre essas novidades e parcerias, destacam-se os carros autônomos
(ou táxis robôs), os carros compartilhados e a maximização dos carros elétricos. Nesse
contexto, a TI deve ser o setor-chave das companhias nos próximos anos.
No nosso cenário nacional a Jeep fica para trás, hoje empresas especializadas de aluguel
de carro da forma tradicional que conhecemos já praticam uma nova modalidade de
negócio, a de carro por assinatura, O usuário fica isento de quaisquer despesas relativo
ao automóvel (licenciamento, seguro, manutenção, desvalorização), e paga um valor
mensal amarrado em um contrato de determinado período (que varia entre 12 a 36
meses). Assim a cada ciclo se tem um veículo sempre novo, com tecnologia atual. A
VW e Renault foram as pioneiras no novo modelo, onde o cliente negocia diretamente
com a fábrica com preços mais competitivos que as de aluguéis tradicionais. Porém a
Jeep, precisou recorrer a uma nova empresa do grupo, compartilhando seu portifólio de
oferta com outra fabricante do glomerado, a FIAT.
COSTA, Rodrigo Morem da; HENKIN, Hélio. Estratégias competitivas e
desempenho da indústria automobilística no Brasil. Rio de Janeiro: FVG, 2020.
MAGALHÃES, George. A Integração do Pensamento de Ciclo de Vida à Estratégia
para Portfólios de uma Montadora de Veículos: Um Caso De Ensino. São Paulo:
FGV, 2020

Você também pode gostar