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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

COMUNICAÇÃO VISUAL E DESIGN


DISCENTE: ELIZABETH MOTTA JACOB
DOCENTE: JOSÉ ALEXANDRE GOMES DE BRITO
DESIGN E GÊNESE 1
16/05/2023

GOUNET, T. Fordismo IN Fordismo e Toyotismo, São Paulo: Boitempo Editorial,


1992. Resumo do Capítulo “O Fordismo”. pp. 18 - 25.

● O Fordismo é desenvolvido por Henry Ford, dono da empresa que leva seu
nome, no início do século XX. Esse novo modelo organizacional na
produção e no trabalho visava à fabricação do seu veículo, o modelo T, por
um preço baixo, no intuito de que fosse comprado em massa.

● Para estabelecer esse modelo produtivo, Ford supera o antigo regime de


trabalho ( no qual os operários eram extremamente especializados e cuja
produção era lenta e, consequentemente, custosa ) ao implementar os
métodos do Taylorismo na indústria de automóveis.

● Com isso, o modelo fordista se apoia na produção em larga escala para


combater desperdícios e baratear custos, organização de uma linha de
montagem na qual cada operário se encarrega de uma única função (
permitindo uma produção mais veloz e eficaz ), padronização dos
componentes ( no intuito de evitar o desperdício ao ter de adaptá-los ) e,
por fim, a integração vertical ao controlar todo o processo produtivo.

● Desse modo, o Fordismo revolucionou a indústria automobilística e


acarretou alterações significativas na sociedade. Reduziu drasticamente o
tempo de montagem de um automóvel em comparação à concorrência,
permitiu o aumento da produtividade, introduziu o salário mínimo a fim de
que seus trabalhadores pudessem adquirir os próprios produtos os quais
fabricavam ( impulsionando o consumo em massa, fomentando a criação
de empregos e contribuindo para o desenvolvimento de uma classe média
).

● Dessa forma, Ford conquista o mercado nacional e internacional e torna-se


uma referência como modelo de produção. Obrigando, assim, a
concorrência a adotar os seus princípios. Caso contrário, desapareceriam
ou entrariam para um nicho da produção artesanal de automóveis ( carros
de luxo e esportivos ).

● O Fordismo continua mesmo após a Segunda Guerra Mundial. Missões de


estudo européias o consideram como referência obrigatória de produção no
que se diz respeito ao contexto de reconstrução da Europa instituída pelo
Plano Marshall.

● Em 1926, a Ford é ultrapassada pela General Motors ( utilizava os mesmos


métodos mas supria demandas diversificadas, com carros para cada faixa
de renda ). Mais à frente, a Chrysleria a suplantou. Isso demonstra que as
empresas já não podem destinar recursos à melhorias de certas condições
trabalhistas. Nesse cenário, só quem impõe baixos custos de produção
conquista o mercado. A Europa no anos 60 introduz o trabalho imigrante
para pressionar os custos, fazendo com que os operários fossem
submetidos à condições cada vez piores . Eis o fim do Fordismo.

● O Japão tenta introduzir os métodos do Fordismo, entretanto o sistema não


funcionaria no país. Seria necessário adaptá-lo ao nível de vida dos
japoneses, à demanda diversificada, à falta de espaço e às diferentes
faixas de renda.

● Ao fim da Guerra da Coréia, o Ministério do Comércio Internacional e da


Indústria traz diversos benefícios para as empresas nipônicas. Prioriza e
racionaliza o ramo de autopeças, concede empréstimos, ergue barreiras
alfandegárias, investe em pesquisas e infraestrutura, entre outras ações
para lutar contra os concorrentes estrangeiros, principalmente
norte-americanos. Assim surge o sistema produtivo japonês: O Método
Flexível, Just-in-Time ou Toyotismo.

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