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● Desde o início da atualidade o trabalho e o ser humano andam lado a lado, desde a Era
primordial aos dias atuais — no século XXI —, mas para o trabalho ser o que ele é hoje tiveram
que haver muitas transformações, uma delas sendo no início do século XX o fordismo.
● O fordismo veio a ser criado por causa da grande demanda de mercadorias que se resultou
devido a segunda revolução industrial, que consequentemente aumentou o número de
indústrias pelo mundo. Por conta disso, houvesse uma extrema necessidade de um modelo
mais prático que desse conta de toda essa demanda, fazendo com que o tempo caísse e as
produções aumentassem.
● O fordismo tinha como uma das suas características base a padronização dos produtos
fabricados. Sua produtividade era alta e o tempo de produção muito baixo, o que resultou em
um modelo de sucesso no início de sua implementação.
● Ford então percebeu que diferente do taylorismo, que adaptava as máquinas aos
funcionários, ele poderia introduzir outras técnicas que fariam a produção ficar mais rápida e
barata.
● Para isso dar certo Ford retirou de fabricação todos os componentes que pudessem ser
artesanais, implementando assim uma total automatização dos processos industriais. Algumas
características precisando ser explicadas a fim de melhorar o entendimento desse modelo.
● Entre elas está a padronização da produção. Henry Ford estabeleceu padrões nos seus
automóveis, introduzindo máquinas que cortavam todas as peças do veículo e as moldavam,
diminuindo assim possíveis erros humanos.
● Esteiras rolantes e linhas de montagens: uma das mais significativas em relação a produção,
uma esteira rolante que levava o produto a ser trabalhado para o operário. Desse modo, o
operário ficava parado em sua posição, esperando sua demanda. Com isso, os trabalhadores
ficavam submissos a movimentos mecanizados e relativamente simples. Era essa esteira que
controlava o tempo de produção na indústria. O trabalhador ficava parado enquanto o
automóvel se deslocava até o final da produção, o acabamento.
● Além disso, por causa de todas essas mudanças, os modelos da Ford sofreram uma queda
nos custos, resultando em sua venda a um preço mais acessível. Sendo comum a aquisição do
modelo T da Ford.
● O fordismo foi um sucesso, e em pouco mais de duas décadas o modelo T se tornou o mais
comum nos Estados Unidos, sendo exportado para a Europa principalmente após a primeira
guerra mundial. Entretanto, o modelo de Ford acumulava grandes estoques, em razão da
produção barata e em massa. Esse quesito trouxe um acúmulo de mercadorias e houve uma
crise da superprodução.
● Essa superprodução aconteceu porquê grande parte dos produtos estadunidenses eram
vendidos para a Europa após a Primeira Guerra Mundial (1914-18). Todavia, no decorrer da
década de 1920, a Europa começou a se reestruturar, comprando menos dos Estados Unidos.
No entanto, as indústrias estadunidenses continuavam com uma produção acelerada, o que
fez aumentar os estoques pois as vendas já não eram como antes.
Essas situações, somadas a outros fatores, desencadearam uma crise econômica sem
precedentes, a crise de 1929.
● Com a crise de superprodução que aconteceu em meados dos anos de 1930-40, outro
modelo de produção industrial surgiu para amenizar a crise, como uma alternativa aos grandes
modelos que já não traziam benefícios aos trabalhadores.
● Com isso, o empresário japonês Eiji Toyoda, fundador da empresa automobilística Toyota,
visitou as fábricas da Ford nos anos 50 e ficou impressionado com as instalações. Essas grandes
instalações eram necessárias devido aos grandes estoques e à produção em larga escala.
● Com sua volta para o Japão, Eiji Toyoda decidiu adaptar o modelo fordista à realidade social
e geográfica do Japão, um país com limites geográficos — e territoriais, por ser um país de
pequena extensão, além de estar localizado próximo ao encontro de placas tectônicas. Assim
nasceu o modelo industrial que ganhou força na década de 70 adiante, o toyotismo.
● Algumas características desse modelo foram as produções adaptadas à venda direta, o que
foi chamado de just in time, que pode ser traduzido como ”na hora”, o que significa que a
produção da fábrica seria adequada às demandas do mercado. Assim, não haveria a
necessidade de grandes mercadorias, muito menos de espaços grandes para o
armazenamento da mercadoria.
● Uma outra característica desse modelo foi o alto emprego da tecnologia e conhecimento
para que fosse posto em prática o just in time. Os japoneses desenvolveram uma forma de
alterar o ritmo das máquinas durante a produção dos veículos, o que precisou de muito
emprego tecnológico e flexibilidade nas funções dos operários.
● Com o passar dos anos, o toyotismo deixou de ser um modelo único da Toyota, sendo
também empregado em outras industrias automotivas e, posteriormente, em outros
segmentos. A ascensão desse modelo coincidiu com as novas tecnologias surgidas durante a
Terceira Revolução Industrial.