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O TRABALHO DE HENRY FORD

LUCIANA DE FARIAS SANTOS CLAZER


Faculdade Anchieta de Ensino Superior do Paraná, PR

RESUMO
Henry Ford (1863-1947), foi um empresário Norte-Americano, nascido em
Wayne Country, Michigan, Engenheiro Mecânico fundador da Ford Motors
Company (1903), o primeiro a implantar a linha de montagem em série na
fabricação de automóveis, produziu seu primeiro automóvel em 1892, foi
um grande inventor responsável por 161 patentes, abriu uma companhia de
aviões, foi piloto de carros de corrida ,foi o primeiro a patrocinar o torneio
de Indianápolis, criou o sistema inovador de padronização de produção em
massa denominada Fordismo(1910) , baseado e adaptado no modelo
Taylorista que tinha como objetivo o fomento da produtividade fabril.

PALAVRAS-CHAVE: fomento, incentivar, apoiar, incitar algo. O termo


tem origem na palavra “fomento” (do latim “fomentum” que significa
“esquecer”). No sentido figurado, fomentar é estimular algo adotando os
meios e cuidados necessários para promover o desenvolvimento e
conquistar resultados positivos.

INTRODUÇÃO
O Modelo Fordista resultou em uma produção mais rápida e barata por meio
da automatização dos processos industriais, seguindo às riscas as últimas
tendências de Administração daquele tempo, com isso aumentando a
produção em massa, análise do trabalho, divisão e especialização, estudo
das condições de trabalho, padronização, supervisão e princípio de exceção,
aumentando a lucratividade, criando um movimento econômico em todo
país, mudando completamente a vida dos Americanos. Ajudou no
desenvolvimento de outros seguimentos Industriais, concentrando novos
polos industriais, a infraestrutura das cidades foram se modernizando,
construção de novas rodovias para facilitar o escoamento da produção e
locomoção de pessoas.
Para Ford a produção em massa era um processo produtivo, devia ser
planejado, ordenado e contínuo.
As estratégias usadas no processo produtivo eram fundamentadas em três
princípios :intensificação, economicidade e produtividade. O princípio da
intensificação era diminuição do tempo de processo, através do emprego
imediato da matéria-prima e equipamentos e uma rápida colocação no
mercado, A economicidade era focada em diminuir o volume dos estoques,
E o princípio da produtividade era focado em aumentar a capacidade de
produção através da especialização e da linha de montagem. (Maximiliano,
2009 apud Martins ,2017).
Mas com o alto custo de produção em escala, altos salários, acaba por
interferir no capitalismo como todo, elevando no consumo entre a classe
trabalhadora. E a manutenção desse alto padrão de consumo é fundamental
para alimentar o crescimento da indústria em massa.
O processo de produção de veículos anterior ao Fordismo era mais artesanal
dependia somente da mão de obra e conhecimentos detalhados, ao contrário
desse que produzia cerca de 800 carros por dia, empregava 150 mil
funcionários e fabricava 2 milhões de carros por ano (Tenório ,2011).
O autor defende que o modelo entra em crise a partir da década de 1950
devido a uma reação político cultural que ia contra a presença do Fordismo
na sociedade. Operários se rebelam contra a monotonia das tarefas
rotinizadas na produção, rotação de mão de obra por diversas empresas,
baixa qualidade e produtividade causadas por defeitos de fabricação e
atendimento ao cliente, falhas na comunicação interna e externa, diminuição
do lucro, estratégias ultrapassadas, fragilidades tecnológicas. Nesta época
surgiram estudos que procuravam interação com as organizações com o
meio ambiente para a sua sobrevivência. Assim o Toyotismo, mais
moderno, focado na qualidade e pesquisa de mercado, domina o mercado
automobilístico, após 1960, sendo utilizado até os dias de hoje.

OBJETIVO
O Principal objetivo era de estimular o consumo e a produção em massa.
Defendia que, os negócios existiam para mudar o mundo e produzir algo de
valor para a sociedade, acompanhando constantemente, para continuar
inovando, incentivar o empreendedorismo, trabalho especializado, controle
de qualidade no final do processo produtivo e aumento da produtividade.
DESENVOLVIMENTO
Fordismo foi um modelo de trabalho muito utilizado nos Estados Unidos,
por ser um sistema de produção de automóveis inovador com objetivo de
reduzir o tempo de produção e, consequentemente os custos da organização
e dos automóveis, sendo assim com o custo mais baixo aumentava o poder
aquisitivo da sociedade.
“Pensar é o trabalho mais difícil que existe talvez por isso tão poucos se
dediquem a ele”. (Henry Ford, The fórum, abr. 1928).

Basicamente, o Fordismo trouxe o desenvolvimento de maquinários e


instalações industriais, sendo um marco histórico para a Revolução
Industrial. Na prática o Fordismo funcionava, na intensificação da produção,
onde a linha de montagem tinha como objetivo reduzir o tempo de produção
e chegada da mercadoria em questão até o seu consumidor final, e para isso
colocaram em pratica a linha de montagem automatizada, tornando o
processo mais organizado. Além disso os trabalhadores passaram a se
especializar em uma atividade principal, uma das consequências desse
método foi a intensificação do ritmo de trabalho. Cada operário tinha a sua
função, tendo uma responsabilidade na produção do automóvel. Por isso, na
época não era necessário ter qualificações especificas para atuar no trabalho.
Na economia, evitava desperdícios e custos relacionados a produção, um
exemplo disso era que todos os carros disponíveis eram pintados de preto,
porque a tinta era mais barata e secava rapidamente.
“O cliente pode ter o carro pintado da cor que desejar, contanto que seja
preto”.
(Henry Ford)
Na produtividade, acreditava que a partir do momento em que o trabalhador
passa a exercer a mesma função repetidamente, ele se torna um especialista
na área, executando seu trabalho em um menor tempo. Assim, a
produtividade aumenta, e os erros e desperdícios reduzem
significativamente.
A principal característica operacional do Fordismo era uso de esteiras
rolantes, nas linhas de montagem, que levava o produto ao funcionário, que
permanecia na sua posição para realização da demanda, revolucionando a
produção da época. Com o sucesso de vendas dos modelos do carro FORD
T, o empresário Henry Ford percebeu que era útil e rentável estabelecer
padrões na sua produção portanto, ele fez altos investimentos em máquinas
e instalações que permitiram a produção de mais de 2 milhões de
automóveis por não, e sendo assim padronizou sua produção, e criou a
produção em massa.
Como foi visto anteriormente, O Fordismo busca a produção em massa
através da especialização da mão de obra padronização da produção e
auxílio de máquinas, além disso, o Fordismo tem como característica manter
estoques. Devido a ideia de reduzir custo, muitas vezes o produto acaba não
tendo uma boa qualidade, como os primeiros carros feitos de maneira
artesanal.
Com esse processo, o tempo para a produção de um novo automóvel
diminuía drasticamente. No galpão da fábrica de Henry Ford entravam
peças e saiam automóveis prontos para rodar. Cada carro podia ser
concluído em menos de duas horas. Os benefícios econômicos eram
notáveis, uma vez que os lucros cresciam por conta da aumenta de produtos
disponíveis no mercado gerando produtividade no processo. Com isso, o
processo foi implementado em diversos setores industriais.
“Economia frequentemente não tem relação com total de dinheiro gasto,
mas com a sabedoria empregada ao gastá-lo”
(Henry Ford)
Ford revolucionou os meios de produção na época, criando a padronização
de produtos, uma vez que havia maior controle dos processos individuais.
Além disso, como cada funcionário especializava-se em uma atividade, era
possível gerar mais eficiência na confecção dos bens. Com essa
especialização, era possível traçar metas e estimular os funcionários a serem
cada vez mais produtivos.
Por muitos anos a produção do fordismo deu frutos, sendo sucesso absoluto
em pouco mais de duas décadas. O modelo T era o carro mais comum nos
Estados Unidos, chegando a ser exportado para a Europa, logo após a
Primeira Guerra Mundial, entretanto, devido à alta produção e€ ao preço
acessível, este modelo acumulava grandes estoques excedentes que
acabaram se acumulando e trouxeram uma crise de superprodução. Nesse
sentido, enquanto principal compradora, a Europa acabou se reestruturando
e passou a adquirir cada vez menos os modelos T.
Durante a década de 1920, os europeus foram deixando o comércio com os
Estados Unidos, ao mesmo tempo em que a indústria norte-americana
continuava a acumular grandes números em sua produção automotiva e
industrial, aumentando cada vez mais seus estoques.
Todavia, esse excedente na produção industrial, aliada a outros fatores
econômicos pelos quais passaram os Estados Unidos, acabou
desencadeando uma grande crise econômica nunca vista, conhecida como a
crise de 1929.
Entre os anos de 1945 e 1968, o fordismo foi um grande sucesso, entretanto,
a rigidez do trabalho para operários, pois o trabalho era repetitivo e
desgastante apenas tinha vantagem para os empresários, esse fator também
ajudou bastante para que esse modelo encontrasse o seu fim. Outro fator foi
a implementação de um novo modelo vindo de outra fábrica, a General
Motors. Todavia, a GM concebeu novos modelos de carros com cores
diferentes do preto tradicional montado na empresa de Henry Ford. Assim,
diante destas inovações, a General Motors passava a Ford e se tornava a
maior montadora do mundo.
CONSIDERAÇÕES
Conclui se que o Fordismo, é um modelo de produção em massa, através de
uma esteira de produção onde cada trabalhador executava a uma única
função, o operário não tinha visão geral do que fazia, era limitado aquela
mesma função. A produção era exaustiva e repetitiva, o trabalho era
especializado, pouco qualificado, intenso e rotineiro, insalubre, fragmentado
para o operário, com esse modelo de produção a preocupação era em
atender somente a demanda do empresário. Visava sempre a economia e a
alta produtividade não se preocupavam com a qualidade. Surgiu então um
novo modelo de trabalho Toyotismo, onde o foco era com a qualidade, os
operários eram especializados, os automóveis tinham mais opções de cores,
desde então na década de 1970/1980, a Ford Motor Company perde o posto
de 1ª montadora para a General Motors.
A solução para o modelo fordismo seria investir em treinamentos mais
voltados para a produção, para melhor conhecimento na área em atuação,
com o de rodízio de funções para os operários melhorando a ergonomia,
deixando de ser um trabalho monótono, pensando mais na saúde e bem-estar
dos operários, não somente na produção, prezando pela qualidade do
produto a ser entregue aos seus clientes e salários compatíveis com cada
função, benefícios e planos de carreira.

REFERÊNCIAS
Canal: ADM UNLIMITED, nome do vídeo: Fordismo, aula completa do
youtube. Acessado em: 11/11/2022 ((328) FORDISMO | AULA MAIS
COMPLETA DO YOUTUBE - YouTube)
BEZERRA Juliana, bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ.
Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle – RJ, Mestre em
história da américa latina e união europeia pela Universidade de Alcalá -
Espanha, conclusões tiradas da página TODA MATERIA título
“FORDISMO”, acessado em 15/11/2022.
(https://www.google.com/amp/s/www.todamateria.com.br/fordismo/amp/)
GRANDIN, Greg. Montingelli, Nivaldo. Júnior. Fordlândia: ascensão e
queda da cidade esquecida de Henry Ford na selva. 2010. Rio de Janeiro:
Rocco, 397
MARTINS, José Ricardo. Introdução a sociologia do trabalho. Curitiba:
Inter Saberes ,2017.
MATIAS atila, “FORDISMO” Brasil escola, acessado em 16/11/2022.
TENÓRIO, Fernando G... A unidade dos contrários: fordismo e pós-
fordismo. Revista Administração Pública, Rio de Janeiro, v.45, n.4p.1141-
1172, Ag. 2011.
Acessado em 13/11/2022, Site: https://blog.egestor.com.br/quem-foi-henry-
ford/
Acessado em 15/11/2022, Site: https://www.significados.com.br/fomentar/
Dados da biografia de Henry Ford, retirada do site:
(https://www.suno.com.br/tudo-sobre/henry-ford/)

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