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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................3

O INÍCIO DAS PICKUPS........................................... 5

CONCORRÊNCIA À ALTURA.................................. 9

HISTÓRIA DAS PICKUPS........................................ 12

AS PICKUP NO BRASIL..........................................14

CONHECENDO A S10............................................18

CONHECENDO A RANGER.................................. 23

AS 8 GERAÇÕES DA TOYOTA HILUX................. 34

NOVA PICKUP MAVERICK 2022..........................40

BIBLIOGRAFIA........................................................ 53

CONHEÇA O INSTITUTO RETORNAR................ 55

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INTRODUÇÃO
A Ford foi pioneira em muitas coisas, inclusive na
introdução das pickups, criadas para substituir o
uso de cavalos como meio de transporte de rua, no
início do século XX.

O início do século passado foi muito importante


para a mobilidade urbana. Foi nessa época que os
carros e motos se popularizaram, após o alemão
Gottlieb Daimler criar as primeiras versões de mo-
tores à combustão, fugindo dos vapores que eram
muito utilizados na época.

Crédito editorial: Jakob Rosen | Unsplash.com

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Crédito editorial: Jakob Rosen | Unsplash.com

Após isso, diversas modificações foram realizadas,


os motores foram modernizados por italianos e
norte-americanos. Enfim, essa história é tão lon-
ga, que seria pauta para outro e-book. Aqui abor-
daremos o início da importância das pickups para
o cotidiano das cidades.

No entanto, precisamos compreender sua traje-


tória desde o princípio, por isso, vamos criar uma
espécie de linha do tempo e dissecar todos os de-
talhes que compõem a grandiosidade - literalmen-
te - desses automóveis tão queridos por todos os
apaixonados por carros.

Dito isso, começaremos abordando o nascimento


de nossa estrela, nos Estados Unidos, onde tudo
deslanchou.

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O INÍCIO DAS
PICKUPS
Naquela época, os modelos disponíveis eram pou-
cos, pois não existia a produção em larga escala
como atualmente. As produções eram caras, mui-
tas vezes bastante artesanais e repletas de deta-
lhes a fim de garantir que a potência e a segurança
andassem alinhadas.

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Crédito editorial: Isaac Mitchell | Unsplash.com
Com isso, a Ford lançou, no ano de 1905, sua pri-
meira pickup, chamada de Ford Delivery Car, e logo
o veículo se tornou o braço direito dos comercian-
tes locais, pois a utilizavam diariamente para rea-
lizar suas atividades.

O design da Ford Delivery Car não era dos melhores,


pois parecia mais um chassi adaptado do que uma
pickup. Isso porque não era a marca quem produzia
as carrocerias da mais nova inovação da empresa,
mas sim oficinas de vários lugares do país.

Crédito editorial: Dan Smedley | Unsplash.com

Ainda que fossem um tanto desalinhadas visual-


mente e até consideradas feias por uma parcela da
população, a aposta da Ford serviu para mostrar
aos consumidores como uma pickup pode ter gran-
de utilidade, e isso gerou uma preocupação maior
com o visual dos novos veículos.

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No ano de 1917, as pickups já eram bastante co-
nhecidas pela população norte-americana, e nes-
sa época, a Ford já possuía uma forte concorrência
de outras gigantes do segmento, como a Chevro-
let e a GMC, que pertenciam à General Motors, e a
RAM e a Dodge, da Chrysler.

Crédito editorial: Kayle Kaupanger | Unsplash.com

Aproveitando que estamos citando a Dodge, essa


foi a primeira pickup a ter seu visual pensado para
impressionar e, em meados de 1935, tivemos a pri-
meira versão com carroceria e cabine feitas em
chapa de aço.

A partir desse momento, a Dodge lançou uma ten-


dência no segmento das pickups, e os anos 40 são
considerados um marco quando se trata da estéti-
ca desses carros tão importantes.

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A década de 40 foi agraciada com as tão famosas
grades cromadas, pneus com banda branca e ou-
tros componentes opcionais, disponibilizados para
que o consumidor escolhesse equipar sua pickup.

Uma vez que o visual correspondesse com a gran-


diosidade desse automóvel, nos anos 50 o foco foi
outro: a motorização. E assim, os motores V8 fo-
ram disputados pelas grandes montadoras.

Como se já não bastassem as três gigantes norte-


-americanas, foi a vez das pickups japonesas che-
garem para abalar o mercado mundial.

Crédito editorial: Akin Cakiner | Unsplash.com

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CONCORRÊN-
CIA À ALTURA
Qualquer pessoa que tenha o mínimo de conhe-
cimento sobre os infelizes acontecimentos da Se-
gunda Guerra Mundial sabe que os japoneses e os
norte-americanos têm problemas de sobra em di-
versos campos da história.

É claro que existiria rivalidade no quesito domina-


ção do mercado, especialmente pelos estaduni-
denses serem os pioneiros no lançamento das gi-
gantes cromadas.

No entanto, a Nissan, que na época ainda se cha-


mava Datsun, e a Toyota, não vieram para brinca-
deira; iniciaram suas atividades comerciais no ter-
ritório de seus históricos rivais, já no ano de 1958.

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Crédito editorial: Tyler Clemmensen | Unsplash.com
A proposta das marcas era apresentar modelos de
pickups menores e, consequentemente, mais eco-
nômicas. Ainda que fossem mais baratas e com-
petitivas justamente por isso, os automóveis eram
robustos e altamente seguros.

Seu maior defeito era a capacidade de carga, que


era muito mais baixa, pois não passava de 300 kg,
isso, infelizmente, atrapalhou bastante a adesão
da população às compactas japonesas.

Nos anos 80, a Isuzu KB resolveu a questão da


possibilidade de carregar mais peso e aumentou a
visibilidade das pickups asiáticas para o mercado,
deixando preocupadas até as marcas consolidadas
como a Ford.

Crédito editorial: gordon ferrell | Unsplash.com

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Crédito editorial: Gene Gallin | Unsplash.com

Isso porque, ao notar o grande potencial que os ve-


ículos japoneses apresentavam, a Ford correu para
se manter em alta no mercado. Assim, a empresa
adquiriu cerca de 25% da marca Mazda e lançou,
simultaneamente, a Ford Courier.

Evitando ficar para trás, a General Motors lançou


em 81 a tão famosa S10, que fez a Ford tremer no-
vamente e apostar todas suas fichas com a Ranger,
uma das pickups mais famosas que já existiram.

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Crédito editorial: Ricardo Espejo Catalán | Unsplash.com

HISTÓRIA
DAS PICKUPS
É claro que, com o crescimento das companhias que
comercializavam pickups e com a maior adesão do
público, crescia exponencialmente os lançamen-
tos das gigantes do segmento, logo iniciaram-se
as customizações.

Isso já era de se esperar, afinal nessa mesma épo-


ca, as monster trucks já estavam fazendo sucesso
e a base de uma é justamente a customização de
peças internas e externas. Logo, esse feito não era
novidade para os consumidores, que já conheciam
o modus operandi de grandes marcas.

Sendo assim, na década de 80 conhecemos novas


formas de motorização, rodas, sistemas de som,
acessórios e de suspensão.

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Os acessórios se tornaram um mercado à parte,
especialmente no Brasil, onde diversas empresas
investiram na criação de estribos, longarinas, pa-
ra-choques, bagageiros de teto e santantônios
completamente diferenciados, atraindo ainda mais
o público alvo desse nicho de mercado.

A questão dos acessórios foi tão popular que uma


das empresas mais famosas, que resiste há mais de
50 anos com uma trajetória de dar inveja, a Bepo
Acessórios, possui uma linha completíssima para
as pickups, além de comercializar alguns para car-
ros de passeio e caminhões. Isso que é ser comple-
to, hein?

E as pickups, como elas chegaram no Brasil e ga-


nharam o coração dos consumidores?

Crédito editorial: Gary Sandoz | Unsplash.com

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AS PICKUPS
NO BRASIL
A importação das famosas pickups para o nosso
país aconteceu em meados dos anos 50, a partir
da influência de grandes marcas como a Ford, a
Chevrolet, a Willys e a Dodge, conforme dito acima.

Sendo assim, as montadoras produziram os veícu-


los em larga escala, respectivamente a F75, a Bra-
sil, a Rural e a D100. A última citada era a única a
possuir um motor V8, algo que já começava a fazer
a cabeça dos brasileiros nessa época.

Todas eram movidas a gasolina, pois foi somente


no ano de 1975 que os motores com funcionamen-
to a Diesel, de quatro cilindros, chegaram com a
F100, a D10 e a Veraneio. No entanto, esse feito
não causou alvoroço.

Crédito editorial: Yura Forrat | Pexels.com

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O que realmente modificou essa parte da história
foi o lançamento da importante linha 20, da Che-
vrolet, que apostou suas fichas nos modelos C20,
feito com seis cilindros e movido a gasolina, e na
D20, com quatro cilindros, movida a diesel.

Crédito editorial: Keaten Chancellor | Unsplash.com

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Os dois modelos tiveram sua linha em produção de
85 até o ano de 97, passando por grandes atuali-
zações ao longo dos 12 anos de existência de sua
fabricação, algo já esperado pela Chevrolet, que
tentou sempre se manter relevante ao acompanhar
com as modificações necessárias, que favoreces-
sem o consumidor.

Essas atualizações chamaram a atenção da Ford,


que logo tratou de se mexer para entregar uma
nova versão da adorada F-1000, produzida até o
ano de 1998, apenas um ano a mais que os mode-
los da rival.

Mesmo com pouco tempo de mercado, é fato que


ambas marcas tiveram grande sucesso com seus
modelos, já que se tornaram altamente populares
durante o tempo em que estiveram em linha de fá-
brica.

Estamos falando sobre peixe pequeno, quan-


do comparamos bons modelos de pickups com as
grandes estrelas das marcas, a S10 e a Ranger, pio-
neiras ao lançar o padrão de pickup que é utilizado
até hoje.

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Crédito editorial: Caleb White | Unsplash.com
Falamos de motores turbo, feitos para demonstrar
como os automóveis eram invocados, e poderiam
ser adicionados em pickups médias, com cabine
simples ou cabine dupla.

Seguindo o curso da história, a Toyota logo chegou


com sua Hilux, marcando o ano de 2005, bem como
a Amarok da Volkswagen, que pousou em território
nacional apenas cinco anos mais tarde.

Essas são as médias e grandes pickups, e quando


falaremos sobre as pequenas? A mais popular foi
a Fiat City 147, que dominou o coração dos consu-
midores que adoram pickups, mas não precisavam
de um compartimento de carga muito grande.

A ideia era ter um automóvel versátil, tanto para se


locomover pelas ruas da cidade, quanto para pe-
gar uma estrada que exigia maior desempenho do
carro. Hoje em dia, podemos encaixar nessa cate-
goria, modelos como a Strada, da Fiat; a Monta-
na, da Chevrolet; a Saveiro, da VW e a Hoggar, da
Peugeot.

Que tal conhecermos melhor cada uma delas? A


começar pelas mais famosas e amadas pelo públi-
co, saibamos mais detalhes sobre a S10 e a Ranger.

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Crédito editorial Mathew Roswell | Unsplash.com
CONHECEN-
DO A S10
A S10 está em contagem regressiva para se trans-
formar em um verdadeiro clássico, lançada em 1995,
não deixa de ser quase uma anciã no mundo dos
carros.

Produzida exclusivamente na cidade de São José


dos Campos, a pickup possui mais de 1.000.000
de modelos produzidos em um quarto de século de
existência da linha.

A S10 do Brasil deriva da S10 norte-americana,


mas possui um design próprio para sua frente im-
ponente. No entanto, as partes interna e traseira
se assemelham muito as de sua prima estrangeira.

Crédito editorial: Luke Holloway | Unsplash.com

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O motor não deixa em nada a desejar, sendo um
2.2 que alcança 106 cavalos de potência líquida,
mas precisamos admitir que esse não é seu forte,
especialmente se considerarmos que utiliza o capô
da Blazer, que é bem mais pesada.

A pickup ainda ganhou uma injeção multiponto e


conseguiu chegar a 113 cavalos de potência líqui-
da, porém continuava irrelevante ao ser compara-
do com sua rival Ranger, da Ford, que possuía um
impressionante 4.0 de 6 válvulas, com 162 cavalos
de potência.

Quem disse que a S10 se intimidou, se enganou!


No ano seguinte de seu lançamento no mercado,
o modelo deu um salto de qualidade ao utilizar um
4.3 de seis válvulas da Vortec, cuja potência che-
gava até 180 cavalos. Esse, sem dúvidas, é um dos
modelos mais cultuados da S10.

Crédito editorial: Jonathan Gallegos | Unsplash.com

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Ainda existia um 2.5 turbo a diesel que chegava
a 95 cavalos, que aumentava a oferta de motores
e da capacidade de carga. No caso dessa pickup,
aguentava uma tonelada.

Na mesma época, a carroceria estendida, chamada


de cabine, estreava e levava, além da já conhecida
carroceria, dois bancos traseiros escamoteáveis.
Um pouco mais a frente, outro 2.8 turbo a diesel
com 132 cavalos de potência e 34 kgfm se juntava
à família.

No ano de 97, a S10 com cabine dupla foi apre-


sentada, sendo um modelo exclusivo para o Bra-
sil. Além dela, teve a Executive, uma versão mais
sofisticada com detalhes diferenciados, como, por
exemplo, bancos em couro e ajustes elétricos para
o condutor.

Já em 99, um ano antes da tão temida virada do


século, o modelo passou por sua primeira reestili-
zação, nela sua grade foi aumentada para priorizar
a refrigeração do motor. O mesmo aconteceu com
as lentes dos faróis, rodas e para-choque.

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Crédito editorial: Jonathan Gallegos | Unsplash.com
Cada detalhe foi redesenhado a fim de demonstrar
que a marca acompanhava a época em que esta-
va. Sendo assim, já não mais importava apenas a
robustez e a potência de um carro, os condutores
queriam ter segurança ao dirigir. Desse modo, a S10
foi equipada com airbag para o motorista e freio
ABS nas quatro rodas redesenhadas.

Nos anos 2000, a S10 entrou com força no Salão


do Automóvel de São Paulo, evento responsável
por apresentar os mais clássicos dos carros que já
passaram pelo país. Foi apresentada a terceira ge-
ração que recebeu como apelido “pitbull”, devido
ao comercial do carro na TV, que levava a raça do
cachorro como chamariz.

Esse foi o visual mais inovador que a S10 havia tido


até o momento e sua motorização também sofreu
alterações bem favoráveis.

O motor 2.2 virou um 2.4 que alcançava 128 cava-


los de potência líquida, e não demorou muito para
a marca aderir sua pickup a um V6 que alcançava
192 cavalos de potência líquida, já em 2002.

A partir disso diversas alterações foram aconte-


cendo, rotineiramente, até o ano de 2012, quando
a marca optou por lançar uma nova geração. A S10
levava como inspiração para seu design, a Colora-
do, que chegava a 5,35 metros de comprimento.
Uma verdadeira gigante!

Seu motor era o 2.8 CTDi, jamais utilizado antes


pela linha e possuía um duplo comando de válvu-
las, além de um turbocompressor de geometria va-
riável.

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Crédito editorial: Drew Lindsley | Unsplash.com

Suas transmissões, a manual de cinco marchas e a


automática com seis velocidades, também tiveram
atualizações importantíssimas.

No ano de 2013, o motor turbo a diesel ganhou uma


potência ainda maior, indo de 180 cavalos de po-
tência para 200 cavalos de potência líquida, e seu
torque foi de 47,8 kgfm para 51 kgfm.

Essas versões eram tidas como as melhores S10


até o ano de 2016, quando o veículo chegou com
um visual ainda mais bonito, com equipamentos
inovadores, direção elétrica e um sistema multimí-
dia altamente tecnológico para a época.

Em 2018, 450 unidades de uma S10 limitada foram


feitas, o modelo era chamado 100 Years, conside-
rada uma das melhores pickups médias que já pas-
saram pelo Brasil, junto com a Amarok e a Ranger.

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CONHECEN-
DO A RANGER
Ranger, em tradução literal, significa guarda ou pa-
trulheiro. O intuito da Ford ao batizar sua joia com
esse nome, foi justamente para demonstrar como o
veículo pode proteger seu condutor da melhor for-
ma possível.

Crédito editorial: LeeAnn Cline | Unsplash.com

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A crise do petróleo, que assolou o mundo na dé-
cada de 70, exigia que os carros fossem menores,
mais leves, mais econômicos e com mais aerodinâ-
mica. As diversas pesquisas da marca mostraram
que o mercado estava preparado para uma pickup
abaixo da linha F, que era líder de vendas e ainda é
um dos carros mais vendidos no mundo.

Com mais de 1.000kg e um Cx de 0,45, a Ranger


chegou ao mercado no ano de 1983, vendida como
modelo de 84. Possuía uma cabine simples e ape-
nas dois tamanhos de caçamba, um de 1,5 metros
e outro de 1,8 metros.

Crédito editorial: Zachary Keimig | Unsplash.com

A marca disponibilizava dois motores a gasolina,


um 2.0 e um 2.3, que eram fabricados na cidade de
Taubaté, interior do Estado de São Paulo, e expor-
tados a fim de equipar a carroceria, que era fabri-
cada nos Estados Unidos.

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Os dois modelos possuíam câmbio manual com 4
marchas ou um câmbio automático, uma opção
para os modelos de 2.3 litros. Como as marcas ti-
nham muita concorrência no segmento, logo ino-
vações surgiram.

Uma delas foi a tração 4x4, além de dois novos mo-


tores, um 2.2 movido à diesel e o 2.8, com 6 válvu-
las, que foi um 2.9 a partir do ano de 1986, quando
o carburador ficou no passado e a injeção eletrôni-
ca ganhou espaço.

Apenas esse feito deu ares de modernidade para a


Ford, pois possuir um carro com injeção eletrônica
indicava que a marca estava antenada e prepara-
da para o que estava por vir.

No ano de 1989, o veículo passou por uma reestili-


zação, mas não durou muito tempo até a primeira
geração dar adeus aos consumidores e, no ano de
1993, deu lugar a uma nova linha, mais moderna e
sofisticada, que só apareceu no Salão do Automó-
vel de São Paulo, em 94.

Crédito editorial: Zachary Keimig | Unsplash.com

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Porém, só foi oficialmente lançada em 1995, em duas
versões de pickups, a XL com uma cabine simples
e a STX com cabine estendida e dois bancos tra-
seiros retráteis e singelos.

As duas versões tinham como motorização um 6


válvulas 4.0 com freios ABS traseiros de série, além
de suportar mais de 650 quilos de carga em sua
carroceria.

Algum tempo depois, com a chegada dos anos


2000 se aproximando, a Ford lançou uma versão
intermediária chamada XLT, com ela, aconteceu
uma modificação completa da parte interior do ve-
ículo.

Crédito editorial: Cassiano K. Wehr | Unsplash.com

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As portas ganharam novas laterais, o painel foi
atualizado, o volante ficou mais moderno, além da
instrumentação chamar mais atenção, entre ou-
tros detalhes que demonstraram ao consumidor a
preocupação em entregar um automóvel comple-
to.

Um dos maiores diferenciais da Ranger era sua ca-


pacidade visual em adaptar conforto, luxuosida-
de e esportividade em um carro de passeio que, ao
mesmo tempo, apresentava a imponência de uma
pickup robusta.

Foi difícil para as marcas concorrentes conseguir


aliar todas essas características de forma harmo-
niosa e única, como a Ranger fez.

Até esse momento, a Ranger tinha sua linha de pro-


dução em Michigan, nos Estados Unidos, na fábri-
ca de Dearborn, e era importada para a América
Latina.

Crédito editorial: Cassiano K. Wehr | Unsplash.com

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Tudo mudou no ano de 1997, quando a linha foi fa-
bricada em Buenos Aires, em uma fábrica chamada
General Pacheco, após a pickup ganhar uma nova
nacionalidade, agora argentina.

Seu visual foi renovado assim que chegou ao Brasil


em 98, quase ao mesmo tempo em que foi lançado
no mercado dos Estados Unidos. No entanto, foi
em nosso país que a Ranger ganhou uma realçada
em sua brutalidade.

Isso aconteceu com um aumento de sua altura em


relação ao solo e da capacidade de carga, que che-
gava até 1.100 quilos dependendo da versão esco-
lhida pelo comprador.

Crédito editorial: Pavel Anoshin | Unsplash.com

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Ela também tinha uma cabine dupla, opcional de
tração nas quatro rodas e um motor a diesel para
o mercado brasileiro, algo relativamente novo na-
queles tempos.

Possuía também um motor V6 4.0, mas foi lança-


da uma versão de motorização com um 2.5 movido
a gasolina e a diesel, além das opções de tração
traseira ou integral, exclusiva para essas duas ver-
sões.

Suas suspensões tiveram diversas melhorias na


parte dianteira, o que demonstrava a independên-
cia dos braços sobrepostos da pickup. Mais tarde,
em 2001, o 2.5 à gasolina foi substituído por um
2.3 de 16 válvulas, mas o clássico 4.0 V6 seguia fir-
me e forte com a marca.

Crédito editorial: Eerik Sandstrom | Unsplash.com

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Já era tempo de existir uma arquitetura inteligen-
te no comando das válvulas do cabeçote, e como a
marca sabia disso, tratou de oferecer para o con-
sumidor, garantindo mais 50 cavalos, entregando
uma pickup que alcançava 210 cavalos de potên-
cia líquida.

A versão a diesel também teve grandes mudanças


em 2002, ano em quem deu adeus ao 2.5 e apre-
sentou o 2.8 chamado de Power Stroke, cuja novi-
dade era seu turbocompressor com turbina de ge-
ometria variável, a famosa VGT.

Essas mudanças não foram suficientes para man-


ter a Ranger em destaque no mercado ao longo dos
anos, por isso em 2004 a marca apresentava uma
nova linha para o ano de 2005.

O visual chamava bastante a atenção, pois suas


partes frontal e traseira foram remodeladas para
remeter à identidade visual da empresa para seus
veículos grandes. O interior teve poucas modifica-
ções até esse momento.

A parte de motorização seguia a mesma nesse mo-


mento, porém, a companhia surpreendeu ao lan-
çar, apenas seis meses depois, um motor 3.0 Power
Stroke Eletronic Diesel, que era muito econômico,
potente e bastante moderno quando comparado
ao já ultrapassado 2.8.

Anos mais tarde, em 2010, a marca lançou a úl-


tima reformulação dessa geração que fez história
no mundo todo.

Novamente, a parte frontal e a parte traseira ti-


veram alterações, mas dessa vez os detalhes não

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pararam por aí, também atingiram as rodas, os re-
trovisores e as maçanetas da parte externa das
portas da pickup.

O interior teve mais atenção do que da outra vez,


com aperfeiçoamentos relevantes para a geração
daquela época, que estava começando a se tornar
mais tecnológica.

Sem alterações na mecânica, seu motor continu-


ava o mesmo e o carro foi lançado com um preço
abaixo do mercado a fim de dominar o número de
vendas daquele ano, mantendo toda a qualidade
que uma verdadeira pickup Ranger tem.

Em 2012 chegou a Nova Ranger 2013, mais uma vez


completamente diferente no visual externo, inter-
no e, também, na motorização. A tecnologia che-
gou para a marca, mas as características básicas
do veículo foram mantidas como forma de identi-
ficação com o consumidor fiel.

Crédito editorial: Sergio Rota | Unsplash.com

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Agora seus motores eram novos, um 2.2 de qua-
tro cilindros e um 3.2 de cinco cilindros, os dois da
Duratorq. Além deles, teve também a opção de um
motor flex de 2.5 da Duratec. Novas caixas tam-
bém foram adicionadas, com as opções manual ou
automática, ambas possuíam 6 marchas.

A parte tecnológica citada acima era uma novidade


gigantesca naquela época, como também senso-
res de chuva e crepusculares, tela multimídia com
GPS integrado, regulagem elétrica para os bancos,
controle de estabilidade, entre outras.

O carro ainda tinha as opções de cabine simples ou


cabine dupla, além da tração 4x4 para seus mode-
los movidos a diesel. A Ranger atual foi reestilizada
em 2020, também com atualizações nas partes de
dentro e de fora, porém, seus motores são apenas
a Diesel e a tração 4x4 é disponibilizada para to-
das as versões da pickup da Ford.

Crédito editorial: Dylan McLeod | Unsplash.com

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A tecnologia aumentou, é claro, mas isso falaremos
mais adiante, quando abordarmos detalhadamen-
te cada novidade da mais nova aposta da marca
para o mercado interno e externo.

Além da fábrica na Argentina, a Ranger também é


montada na Tailândia, na África do Sul, no Vietnã,
na Nigéria e nos EUA, esse último com o privilégio
de ter a nova versão em circulação desde o ano de
2016.

O modelo é um sucesso tão grande que é comer-


cializado em quase 200 países, com um recorde de
vendas até mesmo durante a pandemia, um feito
incrível, não?

A história da Ranger dispensa apresentações. Quem


teve o prazer de vê-la acontecer durante o curso da
história, sabe que a linha marcou gerações e segue
marcando, assim como você verá, mais abaixo, so-
bre o novo modelo.

Por enquanto, seguimos com a história das gran-


des marcas de pickups que passaram por aqui.

Crédito editorial: Dylan McLeod | Unsplash.com

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Crédito editorial: Max Itin | Unsplash.com

AS 8
GERAÇÕES
DA TOYOTA
HILUX
Com 50 anos de produção recém completados, a
Toyota Hilux sempre causou grandes dores de ca-
beça para suas rivais do segmento, isso porque teve
oito gerações e vendeu quase 20 milhões de exem-
plares ao redor do mundo.

A primeira pickup foi lançada no ano de 68, na época


dos esportivos de luxo, e era fabricada pela marca
Hino, comprada pela Toyota. Na época, o veículo
tinha a motorização 1.5 a gasolina e fazia apenas
70 cavalos.

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Crédito editorial: Vadim Rodnev | Shutterstock.com

A alavanca para transmissão estava posicionada


na coluna de direção e o carro carregava mais de
mil quilos. Ela chegou em 1969, nos Estados Uni-
dos, já fazendo sucesso.

Seu motor foi mudado para um 1.9, o que aumen-


tou seus cavalos de potência líquida para 85 cava-
los, algo que se repetiu um tempo depois, com um
novo 2.0 de 97 cavalos de potência líquida.

Seu nome foi escolhido devido ao termo High Lu-


xury, ou alto luxo, em tradução literal, ainda que o
design não indicasse isso. Essa era a época dos es-
portivos de luxo, lembra? E o marketing se faz com
palavras.

A segunda geração foi lançada já no ano de 1972, e


tinha duas opções de entre eixos, além de bancos
com encostos para a cabeça, o que gerava mais
conforto para o motorista e os passageiros.

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Os motores seguiam a linha 1.6 e 2.0, chegando a
105 cavalos, as coisas já estavam ficando mais rá-
pidas nessa época. Tanto que, em 1975, o motor 2.2
foi disponibilizado e, em seguida, a caixa de cinco
marchas completou o kit.

A terceira geração da pickup asiática foi lançada


em 78, com caixa automática como opção e sus-
pensão para andar de forma mais confortável. Esse
foi o verdadeiro foco do relançamento: conforto.

Sua versão Super Deluxe tinha a cabine estendida,


ganhando quase dez centímetros, além de freios
a disco na parte dianteira. O ar-condicionado só
chegaria depois, algumas versões à frente.

Crédito editorial: Nick Rickert | Unsplash.com

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O motor era o mesmo 1.6, já velho conhecido dos
consumidores da marca, mas uma opção de ali-
mentação do motor a diesel sairia já em 79. Sendo
assim, os motores 2.2 e 2.4 a gasolina, com 62 e 97
cavalos de potência líquida, respectivamente, che-
gavam como mais uma opção.

Os anos 80 haviam chegado e a concorrência dos


carros só aumentava, mas a marca pouco se im-
portava, pois lançava sua quarta geração, chama-
da de Xtracab e fazia um enorme sucesso com seus
consumidores.

A Xtracab era ainda mais longa que sua irmã mais


velha, e existia uma escolha entre tração traseira
ou tração integral. Seu motor era o 2.4 com diesel,
mas poderia ser um turbo também.

Além disso, existia o bom e velho 2.2 a gasolina,


mas dessa vez, a injeção do veículo já alcançava
mais de 135 cavalos de potência líquida. Sendo as-
sim, não demorou muito para o carro ganhar um
V6 a gasolina 3.0 que fazia 150 cavalos de potên-
cia líquida.

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Crédito editorial: Kyle Winkle | Unsplash.com
O modelo de número cinco, saiu quase nos anos
90, lançado no ano de 1988, e dessa vez o objetivo
era ter um interior mais bem pensado.

Como? Você deve estar se perguntando. A marca


queria deixar a pickup o mais próximo possível de
um automóvel comum, com molduras nos para-la-
mas e afins.

Em sua versão 4x4, a carroceria era mais larga e a


tração, quando escolhida como total, poderia ser
engatada em movimento, pois os freios ABS nas
rodas traseiras do enorme V6 garantiam o condu-
tor.

Seu melhor motor foi o 2.0 de 88 cavalos de po-


tência líquida e o carro foi um sucesso, uma apos-
ta muito inteligente da marca que fez conluio com
a Volkswagen, a gigante alemã, que o vendeu na
Europa o chamando de Taro.

Em 1992, a primeira Hilux, em sua quinta geração,


chegou no Brasil, com seus 2.5 e 2.8 a diesel. O mo-
delo de número seis foi lançado três anos antes da
virada do século, no ano de 97, e sua cabine alon-
gada dava espaço para acomodar dois pequenos
bancos na parte de trás. Agora, sim, o carro pode-
ria ser para uma família.

Seus motores mais potentes foram o 4 cilindros 2.7


que alcançava 150 cavalos de potência líquida e o
famoso V6 3.4 que chegava a impressionantes 190
cavalos de potência líquida. Veja bem, uma pickup
enorme e pesada, com desempenho de quase 200
cavalos, é algo bem impressionante.

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A essa altura, todos os veículos tinham suspensão
dianteira independente em sua versão 4x4 e a Ar-
gentina já estava começando a produzir várias de-
las para vender em nosso mercado. Sendo assim,
a sétima ganhou espaço no ano de 2001, com um
3.0 turbodiesel de 116 cavalos de potência líquida.

Enfim, chegamos à última geração da Hilux. A oi-


tava foi lançada no ano de 2015 e veio ao merca-
do com diversas modificações em sua segurança,
o que agradou os condutores.

Seu motor turbodiesel permanecia, mas sendo um


2.8 com 177 cavalos de potência líquida, além da
caixa automática de seis marchas.

Também era possível escolher o flex 2.7 aqui no Bra-


sil, que alcançava 163 cavalos de potência líquida.
Dois anos mais tarde, a marca voltou a vender o
modelo no Japão com um motor 2.4, turbodiesel,
é claro.

Com uma trajetória tão consistente, não é difícil


imaginar como as grandes marcas ficaram amea-
çadas pela japonesa mais imponente que já se viu
pelo globo.

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Crédito editorial: Dusty Barnes | Unsplash.com
Crédito editorial: betto rodrigues | Shutterstock.com

NOVA PICKUP
MAVERICK
2022
No ano de 2022, após toda a história que as pi-
ckups fizeram pelo mundo, chega ao Brasil a nova
Maverick, trazida para estar entre as intermediá-
rias e as pickups médias.

Isso porque ela é menor que a Ranger, mas maior


do que a Toro, por exemplo, criando uma terceira
via para agradar a todos os gostos em uma cate-
goria ainda pouco explorada pelo mercado.

Importada do México, a nova pickup Maverick será


vendida em apenas uma versão, sendo a topo de
linha, chamada de Lariat.

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O pacote do modelo será o off road FX4, cujo valor
pretendido é de 239 mil, aproximadamente, con-
siderando a variação de preços de cada estado, é
claro.

Na propaganda criada para o mercado brasileiro, a


marca fez questão de destacar que a nova Mave-
rick possui componentes de fabricação brasileira,
embora não seja um produto nacional.

A marca demonstra, com essa alegação, um res-


peito e admiração por nossa engenharia, gerando
maior identificação entre o consumidor e o auto-
móvel.

O componente que utiliza a nossa inteligência é a


suspensão e o objetivo da marca ao lançar um mo-
delo intermediário entre as pickups é oferecer maior
espaço e confortabilidade que uma boa SUV deve
ter, com a possibilidade de carregar carga, algo im-
portante para uma pickup.

Ela é menor que a Ranger no sentido de suas dimen-


sões e de sua altura em relação ao chão, medindo
5.073 milímetros de comprimento, 1.844 milíme-
tros de largura, 1.733 milímetros de altura e 3.076
milímetros dos entre eixos.

Sua plataforma deriva da Bronco, mas possui me-


nor desempenho nas ruas, quando comparada a
essa SUV.

E a caçamba? Ela possui 1.344 milímetros de com-


primento, 1.353 milímetros de largura e 516 milíme-
tros de altura, com uma capacidade para aguentar
617 quilos de carga, ou 943 litros de volume.

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Crédito editorial: Arav Agaral | Unsplash.com

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Crédito editorial: betto rodrigues | Shutterstock.com

Como reboque, o carro suporta quase 500 qui-


los. Ainda falando sobre as informações técnicas,
a pickup possui 218 milímetros de altura livre de
solo, ângulos de solo, de saída e de transposição
de 20,6º, 21,2º e 18,1º, respectivamente.

Para finalizar as questões de seu desempenho em


trechos off road, o veículo consegue imersão de
450 milímetros.

Conhecendo o Design
Não existe muita diferença no visual, pois a pickup
já está sendo comercializada em outros lugares do
mundo há algum tempo, com isso, o maior diferen-
cial está na grade de cor preta que possui uma li-
nha para levar o logo da marca, interligando assim,
seus faróis.

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Crédito editorial: J Z | Unsplash.com

Faróis esses que possuem luzes de LED diurnas em


sua parte superior, garantindo que o automóvel ilu-
mine bastante a estrada em qualquer momento.

A traseira leva o nome Maverick em sua caçam-


ba, mais precisamente na tampa, e a placa do car-
ro está entre o para-choque, um pouco mais para
dentro.

Como tem um poder de reboque interessante, o


design ainda tem dois ganchos eficientes na parte
dianteira, além de outro ganho e um espaço para
engatar até mesmo um trailer, na parte traseira.

Já pensou viajar com um super carro desse levan-


do uma casa móvel para descansar onde quiser?
Com a nova Maverick você pode.

Suas rodas de 17 polegadas são todas pintadas de


preto, e possuem pneus 225/65 do tipo all terrain.

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Além disso, também tem estribos nas laterais, uma
capota marítima e elétrica, extensores para a ca-
çamba, santantônio e mais 18 acessórios.

O carro é completo, deu para perceber, não é mes-


mo? E não poderia ser diferente com sua gama de
colorações, que com mais de dez opções entre o
azul, vermelho, prata, cinza, branco, preto e laran-
ja, deixa os condutores indecisos na hora da esco-
lha.

Na parte de dentro a marca não economizou no co-


bre, que está presente em todos os menores deta-
lhes, no painel, nas portas, entre outros. Os bancos
são de couro marrom, é claro, e garantem conforto
com seu ajuste elétrico.

Embaixo do banco traseiro existe um espaço com


capacidade para até 73 litros.

Sua cabine tem duas telas, ou seja, é um carro bem


tecnológico e divide suas funcionalidades entre
6,5 polegadas e 8 polegadas. Um seletor giratório
substitui a alavanca do câmbio nesse carro.

A Performance do Carro
Seu motor 2.0 EcoBoost é um turbo que utiliza ga-
solina com injeção direta, ele faz 253 cavalos de
potência líquida a 3 mil rpm e 38,7 kgfm de torque
a 5 mil e quinhentos rpm.

Sendo assim, o carro tem 13 cavalos de potência


líquida a mais do que o Bronco Sport, que utiliza o
mesmo conjunto que o mais novo Maverick, para
fins de comparação.

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Crédito editorial: betto rodrigues | Shutterstock.com

Conforme a explicação da marca, esse feito acon-


teceu devido à picape ser mais longa, o que permi-
tiu algumas mudanças pontuais no motor, como
por exemplo, em sua calibração.

Além disso, o carro teve modificações no câmbio,


automático com oito marchas, com um sistema de
tração integralmente em AWD.

Dessa forma, o Maverick alcança a velocidade de


0 a 100 km/h em apenas 7,2 segundos, e bate 175
km por hora, o que não é um número muito alto,
concordamos, mas para uma pickup pesada e es-
paçosa é ótimo.

Seu consumo, considerando o peso do carro e sua


força, é eficiente, fazendo quase nove quilômetros
por litro nas ruas da cidade e mais de 11 nas estra-
das do país.

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Demonstrando seu apreço pelo condutor, a Ford
ainda disponibilizou cinco modos de condução para
sua escolha na hora de dirigir. É preciso apenas al-
terar as trocas de marcha e do mapa de acelera-
ção, além de apresentar grande sensibilidade em
seus controles da tração.

Os cinco modos de condução são: normal, areia,


escorregadio, reboque, lama ou terra. Infelizmen-
te, a marca não trouxe a versão híbrida do grande
novo Maverick para o Brasil, isso porque de acordo
com uma pesquisa de mercado interno, o valor do
carro não seria atraente para os consumidores lo-
cais.

Os Equipamentos do Maverick 2022


A lista é longa e inclui bastante coisa relevante,
como direção elétrica, partida sem chave, abertura
do veículo por código, ar condicionado dual zone,
freio elétrico para estacionamento, multimídia Sync
na tela maior e atalhos digitais na tela menor.

Além disso, o carro tem um Auto Hold, Start e Stop,


piloto automático, conexão Android Auto e Apple
CarPlay como benefícios tecnológicos, que trans-
formam o gigante das terras e das ruas em um ver-
dadeiro ajudante do condutor.

É claro que a Ford pensou bastante em como ga-


rantir a segurança dos motoristas e dos passagei-
ros, disponibilizando assim sete airbags, sendo eles
frontais, laterais, de cortina e de joelho para o mo-
torista.

Sua frenagem tem detecção de pedestres e ci-


clistas, sendo bem autônoma quando necessário,

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possui ainda, um controle da tração para garantir
maior estabilidade, tem farol alto automático, câ-
mera de ré, controle de descida, monitoramento da
pressão dos quatro pneus e um assistente de par-
tida em rampas bem útil.

O carro permite acesso remoto a diversas infor-


mações técnicas, como a partida remota, acesso
à climatização e a pressão dos pneus, tudo isso no
chamado FordPass Conect, benefício exclusivo da
marca.

A Ford pensou tanto em seus clientes que garan-


te que as cinco primeiras revisões terão a soma de
menos de 6 mil reais, desde que esteja com 10 mil
quilômetros rodados ou 12 meses de utilização.

Os donos de carros mais seguros podem comprar


seu veículo blindado a partir de uma blindadora
certificada pela Ford, sem perder nenhuma garan-
tia da montadora, pagando a bagatela de 80 mil
reais.

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Crédito editorial: Remuel | Unsplash.com
Deu para notar que a marca quis unir o que há
de melhor entre a esportividade e a versatilidade,
criando uma performance mais que surpreenden-
te, arrebatadora para quem escolhe o novo Mave-
rick, não é mesmo?

Quando falamos sobre a versatilidade do carro, o


que queremos dizer é que a marca optou por ofe-
recer diversos espaços nele, projetados de forma
inovadora para que se aproveite todos os cantos
que quiser.

Como é um carro grande e longo, com comparti-


mento extra embaixo dos bancos traseiros con-
forme dito acima, para que os passageiros possam
levar seus pertences com tranquilidade, o veículo
ainda oferece outro compartimento extra em sua
caçamba.

Esse compartimento serve especialmente para se


levar itens úteis para o carro, como ferramentas es-
senciais, por exemplo. Assim, você nunca será pego
de surpresa caso precise trocar um pneu com seu
ótimo estepe.

Crédito editorial: Harman Kundi | Unsplash.com

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É claro que no carro não teria apenas o local que
abriga mais de 70 litros, existe porta óculos no pai-
nel, assim como porta-objetos, localizado ao lado
da tela maior.

Nas portas é possível colocar carteira, notebooks,


celulares e até garrafas de 1,5 litros. Uau! O gigan-
te tem mesmo um espaço interno feito efetivo.

A Ford tentou ser tão amiga que deixou até mesmo


um abridor de garrafa na caçamba de seu Mave-
rick, para que, ao estacionar, todos possam tomar
alguma coisa.

A caçamba, além de espaçosa, permite que se dis-


ponha de seu espaço em diversas posições dife-
rentes, pois possui divisores de carga que podem
ser movidos da forma que o dono do veículo achar
melhor.

Por ser grande e ter um espaço bem distribuído, é


possível ter acesso a qualquer item que a caçam-
ba possui. Você ainda pode, ao comprar o veículo,
escolher diversas coisas para que o carro fique sua
cara.

Entre elas, estão:

• Iluminação interna da caçamba;

• Instalação de compressor de ar elétrico;

• Suporte para bicicletas.

Todos esses itens de customização para a Maveri-


ck são impressos em uma impressora 3D, gerando
exclusividade e maior proximidade ao permitir que
o condutor use sua criatividade para seu carro.

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Conhecendo Melhor o FordPass
Connect
Continuando o assunto sobre a facilidade que a
Ford quis passar para o sortudo dono do novo Ma-
verick, com o FordPass Connect é possível interagir
com o carro, a partir de qualquer lugar.

Seu uso é muito simples, só é necessário baixar o


aplicativo oficial FordPass e dar a partida no au-
tomóvel, receber alertas úteis, acompanhar o ní-
vel de combustível caso tenha esquecido de olhar
o painel, entre muitas outras coisas.

O Novo Maverick Possui Alta Co-


nectividade
Mesmo não tendo como proposta ser, a pickup é
altamente tecnológica. Um detalhe interessante a
ser destacado é seu sistema de alerta de colisão.

Crédito editorial: Vivek MV | Unsplash.com

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Com o assistente autônomo de frenagem e a de-
tecção de pedestres e ciclistas, essa funcionalida-
de ajuda muito o motorista a deixar sua condução
ainda mais segura para todos.

Isso porque, caso haja a possibilidade de ocorrer


uma colisão, o sistema informa com diversos sinais
sonoros e visuais em seu painel menor, chamado
de painel de instrumentos.

Com seus freios criados para serem pré-carrega-


dos, não é preciso muito tempo para que o condu-
tor consiga evitar que o pior aconteça. E tem mais:
caso a batida seja inevitável, os freios funcionam
de forma automática, podendo evitar que o impac-
to aconteça.

Sua tela maior, de oito polegadas, é touchscreen e


permite que o condutor e o passageiro controlem
todas as funções úteis como climatização do ar-
-condicionado, ligações, entre outros.

Também tem duas entradas USB, bluetooth, co-


mando por voz que serve não apenas para atender
ligações, mas também para controlar certas fun-
ções de áudio e o ar-condicionado.

Com uma descrição tão relevante como essa, a


Ford veio com tudo para abalar o mercado brasi-
leiro com o lançamento de sua mais nova pickup.

E não poderia ser diferente, já que o potente leva


o nome do clássico e inesquecível Maverick, cuja
fama precede o desempenho e encanta os apaixo-
nados por carros antes mesmo do primeiro conta-
to entre eles.

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BIBLIOGRAFIA
As informações e dados utilizados neste e-book se
basearam nos conteúdos abaixo listados:

Crédito editorial
Crédito editorial: Khaled Ali | Unsplash.com (capa)

Introdução
https://megarota.com.br/blog/historia-das-pick-ups#:~:text=Em%201917%2C%20Ford%2C%20GM(,carroceria%20
em%20chapa%20de%20a%C3%A7o.

O início de tudo para as pickups


https://megarota.com.br/blog/historia-das-pick-ups#:~:text=Em%201917%2C%20Ford%2C%20GM(,carroceria%20
em%20chapa%20de%20a%C3%A7o.

Concorrência à altura
https://megarota.com.br/blog/historia-das-pick-ups#:~:text=Em%201917%2C%20Ford%2C%20GM(,carroceria%20
em%20chapa%20de%20a%C3%A7o.

Componentes que fizeram história com as pickups


https://megarota.com.br/blog/historia-das-pick-ups#:~:text=Em%201917%2C%20Ford%2C%20GM(,carroceria%20
em%20chapa%20de%20a%C3%A7o.

As pickups no Brasil
https://megarota.com.br/blog/historia-das-pick-ups#:~:text=Em%201917%2C%20Ford%2C%20GM(,carroceria%20
em%20chapa%20de%20a%C3%A7o.

Conhecendo a S10
https://www.uol.com.br/carros/colunas/mora-nos-classicos/2020/07/04/s10-faz-25-anos-relembre-historia-e-conceitos-
-que-foram-sonho-e-inspiracao.htm

Conhecendo a Ranger
https://autoentusiastas.com.br/2020/07/ford-ranger-os-37-anos-de-uma-picape-robusta/

Conhecendo a Toyota Hilux


https://autolivraria.com.br/bc/informe-se/noticias/toyota-hilux-faz-50-anos-veja-historia-das-oito-geracoes/

Nova Pickup Maverick 2022


https://revistacarro.com.br/ford-maverick-chega-ao-brasil-pelo-preco-de-r-239-990/

https://www.ford.com.br/picapes/maverick/performance/

53
Este e-book, caracterizado como uma obra literá-
ria, produzido pela Retornar e de sua integral titu-
laridade, contém citação de marcas de terceiros em
caráter meramente informativo, na forma autori-
zada pelo Artigo 132, IV da Lei 9279/96. A Retornar
salienta que respeita todos os direitos de terceiros,
incluindo direitos de propriedade intelectual, como
direitos autorais ou marcas registradas, e que to-
dos os seus conteúdos estão de acordo com a le-
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54
de terceiros, incluindo direitos de propriedade in-
telectual, como direitos autorais ou marcas regis-
tradas, e que todos os seus conteúdos estão de
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