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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................. 3

AS PICAPES NOS ESTADOS UNIDOS...................... 8

A INFLUÊNCIA DO JAPÃO........................................13

AS PICAPES NO BRASIL............................................15

AS PICAPES DA FORD.............................................. 23

AS PICAPES DA CHEVROLET................................ 30

AS PICAPES DA FIAT................................................43

AS PICAPES RAM...................................................... 47

A HISTÓRIA DA RURAL E DA PICAPE F-75............49

AS 10 PICAPES MAIS VENDIDAS DO MUNDO......51

AS PICAPES MAIS ICÔNICAS DA HISTÓRIA......... 57

BIBLIOGRAFIA...........................................................59

CONHEÇA O INSTITUTO RETORNAR.....................61

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INTRODUÇÃO
Atualmente, as picapes estão se tornando cada vez
mais famosas devido à sua presença no segmento
da música, especialmente no sertanejo universitá-
rio. Entretanto, poucas pessoas sabem que a sua
história possui mais de 100 anos.

Elas foram criadas para substituir os animais de


carga nos Estados Unidos, de modo que receberam
inicialmente o apelido de “the workhorse of Ameri-
ca”, que em tradução livre significa “o burro de car-
ga da América”. Aos poucos, elas se tornaram fun-
damentais para as atividades de produtores rurais,
especialmente de pequeno porte.

Crédito editorial: Cassiano K. Wehr | Unsplash.com

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É interessante destacar que o primeiro carro des-
te segmento surgiu ainda em 1905. Porém, foi so-
mente no ano de 1917 que as picapes receberam o
nome que têm atualmente.

De início, elas foram criadas sob a perspectiva de


que não precisavam ser carros bonitos, mas, sim,
resistentes e funcionais. Assim, os CEOs das prin-
cipais montadoras desse contexto afirmavam que
a sua aparência nunca seria uma prioridade.

Devido a isso, alguns modelos desse primeiro mo-


mento causavam estranhamento no público devi-
do aos seus formatos pouco usuais quando com-
parados com outros tipos de carros.

Quando se fala sobre a chegada das picapes ao


Brasil, é interessante pontuar que em um primeiro
momento isso somente acontecia através da im-
portação, fossem elas novas ou usadas. Somente
durante os anos 1950 elas passaram a ser produ-
zidas no território nacional por fabricantes como a
Ford, a Dodge, a Chevrolet e a Willys.

Além disso, ainda sobre a história deste tipo de car-


ro no Brasil, vale destacar que durante a década
de 1980 a Fiat lançou a sua primeira picape leve no
país, a Fiat 147 City. Ela contava com o diferencial
da tampa traseira com abertura para a esquerda
ao invés de para baixo.

Ao longo dos anos, as picapes foram ganhando


cada vez mais popularidade, de modo que deixa-
ram de ser vistas somente como veículos de carga.
Assim, algumas pessoas que viviam em centros ur-
banos também passaram a se atrair por elas.

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Crédito editorial: Aleks Michajlowicz| Pexels.com

Conforme o segmento foi evoluindo, esse tipo de


carro passou a ser percebido como parte de um es-
tilo de vida, tornando-se um símbolo de esportivi-
dade e de lazer. Desse modo, o seu design passou
por mudanças e se tornou mais diferenciado.

Isso contribuiu para que a estranheza de um pri-


meiro momento desaparecesse, de modo que os
carros pudessem se tornar mais atrativos para o
público em geral. A estratégia deu certo e, assim,
as picapes foram direto para o coração dos consu-
midores.

Para além das questões evolutivas e de cuidado


com o design, é interessante ressaltar que a publi-
cidade contribuiu bastante para essa ascensão do
segmento das picapes. Nesse sentido, é válido ci-
tar o exemplo da Nissan em 2011.

A fabricante em questão causou um verdadeiro al-


voroço com o comercial dos “pôneis malditos”, que
não saiam da cabeça do público e isso teve um im-
pacto direto nas suas vendas daquele período.

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Crédito editorial: Boris K.| Pexels.com

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Crédito editorial: Lúcio Arantes | Pexels.com

Outro ponto foi que as montadoras passaram a


contar com o marketing de influência para divul-
gar cada vez mais as picapes. Assim, os artistas
amantes desse tipo de carro foram cada vez mais
colocados em comerciais, visto que a sua paixão já
fazia parte das letras das suas músicas.

Isso ajudou a propagar a associação com um esti-


lo de vida de forma mais orgânica. A seguir, mais
detalhes sobre a história das picapes nos Estados
Unidos e no Brasil serão comentados. Para saber
mais a respeito disso, continue a leitura!

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AS PICAPES NOS
ESTADOS UNIDOS
Há cinco décadas as picapes, ou pick-up trucks,
são os veículos mais vendidos nos Estados Unidos.
Além disso, contribuem para impulsionar as ven-
das de outros tipos de carros. Conforme o desta-
cado, a sua origem está associada ao trabalho do
campo.

Aos poucos, essa visão foi sendo mudada, mas em


um primeiro momento a força das picapes era a sua
característica mais marcante, de modo que elas se
tornaram a mão-de-obra essencial para vários pe-
quenos produtores dos Estados Unidos.

É interessante destacar que no país em questão,


desde 1917, três grandes montadoras (General Mo-
tors, Chrysler e Ford) competem nesse mercado,
que hoje também possui a influência de grandes
montadoras japonesas.

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Com o passar do tempo, as picapes deixaram de
ser percebidas somente como força de trabalho nos
Estados Unidos e passaram a ser encaradas como
parte de um estilo de vida. Dessa forma, houve o
interesse por parte das fabricantes de vendê-las
para pessoas físicas, deixando de lado a ideia de
que o investimento em design não era necessário.

Ainda em 1905, a Ford foi responsável por começar


essa mudança na associação entre as picapes e o
campo quando lançou a sua Ford Delivery Car, que
em tradução livre significa “Carro para Entregas da
Ford”. Ela contava com um chassi mais adaptável.

Entretanto, somente em 1935 o design começaria a


ser mais pensado. Isso aconteceu quando a Dodge
passou a integrar a cabine e o chassi em chapa de
aço. Desse modo, teve início a trajetória da picape
como um estilo de vida que inspira lazer e também
esportividade.

Essa visão desse modelo de carros está associada


à sua capacidade de transportar qualquer tipo de
carga, o que serve para destacar a sua versatilida-
de. Além disso, a diversidade de cabines, podendo
ser duplas, estendidas ou simples, é outro ponto
que atrai bastante os consumidores.

Nos Estados Unidos, é interessante ressaltar, as


cabines preferidas são as estendidas, que também
são bastante admiradas em outros países, como é
o caso da Tailândia.

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Por muito tempo, as cabines duplas (ou Quad Cabs)
ficaram restritas aos carros extra-grandes, 2500 e
3500. Entretanto, no Brasil, a D20 correspondeu
a uma com 1500 e entregou a cabine dupla, o que
serviu de inspiração para os modelos norte-ameri-
canos posteriormente.

Crédito editorial: Danny Cube | Pexels.com

Vale pontuar que essa tendência foi reforçada pe-


las picapes japonesas, especialmente a Mitsubishi
L200, a Nissan AX/DX, a Toyota Hilux e a Maz-
da B2500. Todos esses modelos eram capazes de
oferecer potência, diversão e se manter imponen-
tes, além de possuírem boa altura e capacidade de
transitar bem por qualquer tipo de terreno.

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Crédito editorial: Maksim Dyachuk | Pexels.com

É importante destacar que atualmente existem vá-


rios tamanhos de picapes, das pequenas às extra-
-grandes. As últimas são as paixões de locais como
os Estados Unidos e a Austrália, e podem ser até
trucadas, o que significa que possuem dois pneus
no seu eixo traseiro.

Ainda na década de 1940, outras melhorias de de-


sign aconteceram nesse segmento com a disponi-
bilização de alguns itens opcionais, como a grade
cromada e os pneus com faixa branca. Assim, isso
contribuiu para que os consumidores passassem a
perceber as picapes como carros de passeio.

É válido ressaltar que depois da Segunda Guer-


ra Mundial, os Estados Unidos passaram por um
“boom” econômico, visto que, o país foi beneficia-
do pela sua participação no conflito em questão.
Assim, as três grandes montadoras acabaram in-
tensificando a sua disputa pelo segmento das pi-
capes neste período.

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Portanto, para além dos investimentos em design
e marketing, outros em potência e torque também
foram feitos, visto que, essas características nun-
ca poderiam ser deixadas de lado.

Assim, nos anos 1950, os consumidores ficaram


cada vez mais fisgados por esses carros com a che-
gada do motor V8, algo que os emblemas faziam
questão de anunciar.

Crédito editorial: Obi - @pixel6propix | Unsplash.com

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Crédito editorial: ben bryant | Shutterstock.com

A EVOLUÇÃO
DAS PICAPES E
A INFLUÊNCIA
DO JAPÃO
No Japão, a trajetória das picapes começou um
pouco mais tarde do que nos Estados Unidos. Em
1958, a Nissan (à época Datsun) e a Toyota come-
çaram a montar os seus primeiros carros desse es-
tilo. Os modelos em questão eram menores e mais
econômicos que os norte-americanos.

Entretanto, é interessante destacar que eles aca-


bavam pecando um pouco devido à sua capacida-
de de carga, que era de somente 250 a 300 kg.
Esse problema foi resolvido pela Isuzu KB, ainda
nos anos 1980, o que contribuiu para provar de-
finitivamente a viabilidade comercial das picapes
japonesas.

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Crédito editorial: Obi - @pixel6propix | Unsplash.com

A partir disso, elas se tornaram robustas, baratas e


confiáveis. Desse modo, a Ford acabou percebendo
o movimento e chegou a comprar 25% da Mazda
neste período, lançando a sua Courier exatamente
em 1980. Posteriormente, em 1984, ela desenvol-
veu em conjunto com a japonesa a Ford Ranger.

É interessante ressaltar que no ano de 1981 sur-


giu a S10 nos Estados Unidos. Isso aconteceu por-
que a Dodge competia nesse segmento com a D50,
que posteriormente se tornaria a Ram 50 e serviria
como precursora da Dakota.

Então, na década de 1990, as japonesas e as esta-


dunidenses médias continuaram firmes. Além dos
modelos citados, outros como a Toyota Hilux, a Nis-
san XE/SE, a Mazda B4000 e a Mitisubish Mighty
conquistaram o seu espaço no mercado.

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AS PICAPES
NO BRASIL
Conforme o destacado, as picapes chegavam ao
Brasil através de importações, fossem elas novas
ou usadas. Entretanto, durante a década de 1950,
empresas como a Ford, a Chevrolet, a Dodge e a
Willys passaram a produzi-las de forma local.

Crédito editorial: Maks Ershov | Shutterstock.com

Crédito editorial: Bekir Donmez | Pexels.com

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Através dessa produção chegaram ao território
nacional modelos como a Ford F-75 e a Chevrolet
Brasil, que recebeu o apelido de Marta Rocha. Além
disso, também chegaram a Picape Rural e a Dodge
D100 um pouco depois.

Entre todos os modelos citados, somente a D100


trazia um motor V8. Os demais contavam com um
de seis cilindros em linha que era bastante bom.
Todos eram movidos à gasolina.

Crédito editorial: Daniel Watson | Pexels.com

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No ano de 1975, logo depois da crise internacional
do petróleo, os motores acabaram sendo trocados
por quatro cilindros em linha a diesel. Foi também
nesse período que os aspirados começaram a che-
gar no Brasil, à medida que produtoras como a Ford
e a Chevrolet davam continuidade para o seu pro-
cesso de evolução.

Nesse contexto, já era oferecida no mercado nacio-


nal a Ford F-100, que pouco tempo depois passaria
a ser chamada de F-1000. Além disso, a Chevrolet
C14 e C15 também se faziam presentes no Brasil.
Posteriormente, chegaram também a C10 e a D10,
sendo esta última a diesel.

Crédito editorial: Thiago Calamita| Pexels.com

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Outro modelo que fazia parte da família da Che-
vrolet era a Veraneio, que possuía uma versão com
cabine dupla e com duas portas. É interessante
ressaltar, porém, que um grande marco da histó-
ria das picapes no Brasil foi a chegada da linha 20,
também da Chevrolet.

Essa linha possuía uma mecânica confiável com


motor de seis cilindros movido a álcool (A20). Além
disso, contava também com seis cilindros a gaso-
lina (C20) e com os quatro cilindros a diesel (D20).
Elas foram um verdadeiro sucesso no seu lança-
mento e conseguiram se manter em destaque por
mais de uma década.

Crédito editorial: paje victoria | Unsplash.com

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É interessante ressaltar que esse sucesso da linha
20 também aconteceu porque ela se mantinha sob
constante atualização. Dessa forma, em termos
mecânicos, elas passaram por mudanças profun-
das ao longo dos anos, especialmente no que se
refere às versões com motorização a diesel.

Esses motores, com o passar do tempo, tornaram-


-se mais silenciosos porque foram fornecidos pela
Maxxion, tanto em versões aspiradas quanto tur-
bo. Em momentos anteriores, eles eram fornecidos
pela Perkins e eram somente aspirados.

É válido destacar que, nos dias de hoje, uma D20


em bom estado de conservação vale mais do que
uma Silverado, que foi a sua sucessora no mercado,
ainda que a Silverado seja mais nova, mais moder-
na e ofereça motores turbinados com seis cilindros
em linha.

Também é válido ressaltar que durante os anos


1980, a D20 e a F-1000 foram as rainhas da custo-
mização, especialmente num contexto onde a im-
portação de veículos era proibida. As pessoas ricas
desse período compravam seus carros e eles eram
transformados por marcas como a Demec, a Bra-
sinca, a Sidcar, a Sousa Ramos e outras.

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Crédito editorial: Zachary Keimig | Unsplash.com
Crédito editorial: Cassiano K. Wehr | Unsplash.com

Nessa época, outros modelos de picape também


estavam disponíveis no Brasil. É o caso da Toyota
Bandeirantes e da Kombi. A partir da década de
1990, chegaram ao país a Mitsubishi L200, a GRD
Diesel, a Toyota Hilux, a Nissan AX/DX, a Mazda
B2200 e B2500, a Ranger, a SS10 e outras fabri-
cadas nos Estados Unidos.

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Crédito editorial: Cassiano K. Wehr | Unsplash.com
Entretanto, é importante destacar que todos esses
modelos eram fruto de importações. Posteriormen-
te, a Ford e a Chevrolet tomaram a decisão de lan-
çar a Ranger e a S10 em versões nacionais, dando
início àquilo que se tornaria o padrão brasileiro até
os dias de hoje.

Esse padrão pode ser descrito como picapes mé-


dias, movidas a turbodiesel, e com cabines simples
ou duplas. As estendidas, apesar de um sucesso
em outras regiões do mundo, não foram bem acei-
tas no Brasil.

A partir do ano de 2005, é interessante ressaltar


que o segmento das picapes passou por um forta-
lecimento no país. Isso aconteceu, especialmente,
devido à renovação da Toyota Hilux, que ganhou
recursos como um motor turbodiesel e câmbio au-
tomático. Assim, ela ficou um pouco mais próxima
do que se esperaria de um carro de passeio.

Seguindo os passos da Toyota Hilux, chegaram


também ao mercado novas versões da S10 e da
Ranger que possuíam as mesmas características
destacadas anteriormente.

Em 2010, a Volkswagen lançou a Amarok. Além


disso, as primeiras médias chinesas, todas seguin-
do os moldes destacados, chegaram ao mercado
nacional nesse mesmo ano.

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No que se refere às pequenas, é interessante ressal-
tar que as suas precursoras foram lançadas ainda
nos anos 1980, como a Fiat City, que era uma deri-
vada da Fiat 147. Ela foi responsável por inaugurar
um nicho bastante importante, o das picapes com
até 500 kg, derivadas de automóveis. A capacida-
de de cargas em questão correspondia à metade
das grandes.

É válido ressaltar que esses modelos menores agra-


daram bastante, especialmente por serem menos
volumosos. Isso facilitava consideravelmente o seu
trânsito em centros urbanos e, à época, as picapes
já estavam se tornando populares no Brasil como
carros de passeio.

Atualmente, a Strada, a Montana, a Peugeot Ho-


ggar e a Courier levam 750 kg de carga, de for-
ma que, são bastante queridas por construtores e
também por pequenos comerciantes.

Crédito editorial: Art Konovalov | Shutterstock.com

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AS PICAPES
DA FORD
Em julho de 2017, a Ford comemorou o seu cen-
tenário no segmento das picapes. O seu primeiro
lançamento, que deu início a uma trajetória de su-
cesso nesse sentido, foi o Ford TT, ainda em 1917,
um veículo cuja evolução se reflete nas linhas atu-
ais da montadora, como a Ranger e a Série F.

É interessante ressaltar que a primeira picape da


Ford nasceu a partir de uma visão de Henry Ford,
que imaginou um veículo comercial com chassi re-
forçado e espaço na traseira para o transporte de
carga.

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Crédito editorial: Ken Morris | Shutterstock.com
A partir disso, surgiu uma picape derivada do Mo-
delo T, que acabou mudando toda a história auto-
motiva e também a natureza do trabalho naquele
período histórico. Assim, atualmente, as picapes da
Ford estão entre os veículos mais representativos
e significativos dessa marca.

Diante disso, é interessante afirmar que a Série F


ocupa o posto de mais vendida nos Estados Uni-
dos e está no mercado há 35 anos, com mais de 26
milhões de unidades comercializadas. Além disso,
é válido citar a Ranger, que está presente em vários
países do mundo, inclusive no Brasil, onde possui
uma longa tradição.

Retomando a história do Modelo T, nove anos após


o seu lançamento, os consumidores começaram a
manifestar o desejo por um veículo com capacida-
de de carga maior, que pudesse ser usado em ser-
viços de entregas.

Assim, em 27 de julho de 1917, a Ford deu a sua res-


posta com o lançamento do Modelo TT, que con-
tava com o mesmo motor e a mesma cabine do T,
mas possuía um chassi mais pesado e, portanto,
capaz de transportar mais carga. A sua capacida-
de chegava a 1 tonelada.

Somente naquele ano, foram vendidas 209 unida-


des, um verdadeiro sucesso para a época. Como
no caso do trator Fordson, Henry Ford pensou em
um chassi que fosse capaz de acomodar caçambas
diferentes, bem como implementos que poderiam
ser oferecidos por terceiros. Desse modo, o veículo
se tornaria mais versátil para o trabalho.

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Essa fórmula se mostrou tão produtiva e de suces-
so que a Ford chegou a vender 1,3 milhões de Mo-
delos TT somente até o ano de 1928, quando este
veículo foi substituído pelo modelo AA, com chassi
de 1,5 tonelada.

É válido ressaltar que nesse contexto as picapes


da Ford eram vendidas especialmente em áreas
rurais. O Modelo AA, assim como os antecessores,
era oferecido apenas com chassi cabine, contando
com dois comprimentos, motor e eixo de maior ca-
pacidade.

Crédito editorial: Karasev Viktor | Shutterstock.com

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Aos poucos, o segmento em questão tornou-se
bastante competitivo e a Ford acabou substituin-
do o Modelo AA pelo Modelo BB, ainda em 1933.
Ele foi usado como veículo de entrega, além de ter
realizado a função de transporte de animais e até
mesmo de ambulância.

Apenas dois anos depois do lançamento do BB, a


Ford introduziu no mercado o Modelo 50, que era
equipado com o seu notório motor V8 flathead. De-
vido a essas mudanças, somente no ano de 1941, a
montadora chegou a vender mais de 4 milhões de
picapes.

Crédito editorial: Gestalt Imagery | Shutterstock.com

No contexto da Segunda Guerra Mundial, acon-


teceram algumas mudanças na produção. Desse
modo, as vendas para consumidores passaram por
uma redução, mas a empresa acabou ganhando

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experiência na construção de picapes militares, que
eram mais pesadas e 4x4, visto que, eram voltadas
para transporte de pessoal.

Um ano depois do fim do conflito e da retomada


da produção normal, em 1947, a Ford aproveitou o
conhecimento do período de guerra para oferecer
ao seu público ainda mais inovações no segmento
das picapes.

Desse modo, surgiu a primeira geração da Série F


com a F-1 de meia tonelada. Essa série se estendia
até a F-8, que era muito maior do que o primeiro
modelo citado. Em 1953, chegou ao mercado a se-
gunda geração dessas picapes, e a Ford aumentou
a sua capacidade e a potência do motor.

Crédito editorial: H R | Pexels.com

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Conforme os anos foram passando, é interessante
destacar que as picapes da Ford tornaram-se me-
nos utilitárias. Assim, detalhes como as pinturas
em mais de um tom, a transmissão automática e
sistemas de climatização aprimorados foram inse-
ridos, garantindo o conforto dos consumidores.

Além disso, é importante ressaltar que a F-100


chegou a introduzir alguns itens de série voltados
para essa questão, como o apoio de braço, as luzes
de cabine e o quebra sol. Ela também contava com
cabine mais larga e mais baixa, bem como design
mais aerodinâmico.

Crédito editorial: Gestalt Imagery | Shutterstock.com

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Crédito editorial: Mark Roger Bailey | Shutterstock.com

Um ano que deve ser citado na trajetória da Ford é


1957, contexto no qual ela estreou uma picape ba-
seada em um automóvel, a Falcon Ranchero, que
foi anunciada como “mais do que um carro”. Ela
contribuiu para definitivamente trazer o conforto
para este segmento.

Em 1961, foi introduzida a quarta geração da Sé-


rie F, que atualmente está na sua décima terceira
geração. Nesse contexto, ela se tornou mais baixa
e mais elegante, além de estrear a suspensão que
seria considerada revolucionária, a Twin I-Beam.

Além disso, é interessante pontuar que em 1967,


dando maior ênfase ao conforto e à durabilidade,
foram incorporados detalhes como os freios hi-
dráulicos, chassis de perfil menor e versões de ca-
bine estendida, conhecidas como Super Cab, com
bancos mais confortáveis.

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Crédito editorial: JJ Whitley | Pexels.com

AS PICAPES
DA CHEVROLET
A história da Chevrolet é vasta e cheia de detalhes
bem particulares e especiais, como o fato de que
a marca está no mercado produzindo picapes há
mais de 100 anos e ainda traz para os seus clien-
tes inovações importantes no segmento, perma-
necendo entre as líderes.

O primeiro modelo de picape que foi lançado pela


marca, em 1918, foi a One-Ton que, na época, não
contava com grandes luxos. Entretanto, ela conse-
guia cumprir o seu papel essencial, que, para este
momento, era ser efetiva para o trabalho.

Sabe-se que agora, no momento atual, as picapes


são muito mais do que instrumentos de trabalho e
contam com diversos itens diferenciados que pro-
porcionam experiências únicas aos motoristas, in-
clusive para o lazer.

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Desde o primeiro lançamento, muita coisa mudou
na história da Chevrolet e na sua produção de pica-
pes. Os modelos foram contando com mais itens e
passaram a ser mais bonitos e refinados à medida
que se tornavam uma escolha não somente para
trabalhadores.

Com essas mudanças estéticas e também nas suas


configurações, as picapes assumiram uma carac-
terística diferente e ficaram, de alguma forma, mais
parecidas com os automóveis de passeio. Um dos
motivos para que as mudanças fossem feitas ao
longo dos anos era o oferecimento de mais confor-
to.

E assim, com uma história de mais de 100 anos de


modelos produzidos, a Chevrolet reúne no seu ca-
tálogo algumas das picapes mais especiais já lan-
çadas, que deixaram saudade e marcaram época,
tornando-se verdadeiros ícones no segmento.

A própria One-Ton, primeira picape lançada pela


marca, conta com detalhes que foram essen-
ciais para a construção de modelos mais atuais.

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Crédito editorial: dpexcel | Pixabay.com
Ela contava com uma configuração que é conheci-
da atualmente como chassi de cabine.

O modelo não contava com laterais na sua caçam-


ba, o que fazia com que fosse mais fácil personali-
zar da forma como fosse desejada pelo motorista.
Assim, tinham possibilidades diversas de instalar
itens como baús ou caçambas removíveis.

Dando sequência aos modelos da Chevrolet, em


1929, foi lançada a International Series LD. Com um
toque mais refinado e elegante, o modelo foi o pri-
meiro a sair da fábrica da Chevrolet com o detalhe
da cabine fechada e garantindo que os motoristas
pudessem personalizar a parte interna.

A Half Tron, de 1938, chegou ao mercado trazen-


do inovações. Isso aconteceu porque foi o primei-
ro projeto criado pelo departamento Art and Co-
lor, que depois de algum tempo recebeu o nome de
Design Center.

Essa particularidade foi a responsável para que


esse modelo contasse com um refinamento maior,
mesmo sendo considerado um veículo utilitário na
época. Na parte frontal, a picape contava com uma
grade filetada e para-lamas mais salientes.

Partindo para 1958, a Chevrolet lançou a 3100 Che-


vrolet Brasil. O modelo nos Estados Unidos havia
chegado alguns anos antes, em 1947. Ela foi consi-
derada como uma das picapes mais belas de todos
os tempos. No Brasil, ela teve a sua fabricação em
São Caetano do Sul, em São Paulo.

Crédito editorial: Ethan Currier | Unsplash.com

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Crédito editorial: 652234 | Pixabay.com

Ao chegar em solo brasileiro, o modelo, que nos


EUA chamava apenas 3100, recebeu a alcunha de
Chevrolet Brasil. Além disso, vinha com um logoti-
po que contava com o mapa do país. Mas as mu-
danças não pararam por aí, pois o motor 3.8, que
era utilizado nos EUA, foi modificado para um 4.3
de seis cilindros em linha.

Já em 1962, o modelo passou por uma reestilização.


Mas, antes disso, foi o responsável por dar origem
à uma família de picapes com cabine dupla, pe-
rua e furgão, que respectivamente eram Alvorada,
Amazona e Corisco.

Um dos modelos mais lembrados e icônicos do seg-


mento, o El Camino, foi lançado pela marca em 1959.
O modelo bem particular claramente veio como
uma resposta da Chevrolet ao Ranchero da Ford,
que era derivado de um cupê e reunia característi-
cas como conforto e praticidade.

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Crédito editorial: Gestalt Imagery | Shutterstock.com

O design do El Camino chegava ao mercado de pi-


capes inovando, com detalhes harmoniosos e tam-
bém uma motorização potente, com seis cilindros
de 3,9 litros, V8 de bloco pequeno de 4,6 litros e
bloco grande de 5,7 litros.

Além de uma suspensão com molas helicoidais e


um câmbio automático, que faziam com que o carro
tivesse tanto as características esperadas de uma
picape como também de um veículo destinado ao
lazer de forma confortável e única.

Em seguida, entretanto, o modelo, passando por


suas devidas mudanças e gerações novas, passou a
contar com uma base diferente, que vinha do cupê
Chevelle e o Malibu. Eles saíam das fábricas con-
tando, agora, com um motor V8 de 7,4 litros e 450
cv de potência.

A produção do El Camino infelizmente foi finaliza-


da em 1987, quando o modelo passou por uma bai-
xa na sua demanda, visto que, os clientes começa-
ram a se interessar mais pelas picapes médias que
vinham chegando ao mercado, como a S10.

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A C-14 chegava ao mercado das picapes em 1964 e
trazia consigo um design muito mais moderno, com
traços retos e imponentes. O motor do modelo era
o conhecido 4.3 seis cilindros em linha, com 149 cv
de potência, que vinha sendo usado no Brasil des-
de 1958.

Crédito editorial: Charles8244 | Pixabay.com

O modelo ainda recebeu uma versão perua, que


era chamada de C-1416 em alguns casos, mas que
recebeu o nome de Veraneio. Logo ela conquistou
a atenção das famílias mais numerosas, pois era
uma excelente opção para lazer. Outro público que
também aproveitou bem a novidade foram os ór-
gãos públicos, em especial a Polícia Militar.

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Com 10 anos de mercado, a C-14 foi substituída
pela C-10, que vinha apenas com novas opções de
chassi. A picape contava com suspensão indepen-
dente na dianteira, e também o eixo rígido com fei-
xes e molas que ficavam atrás.

A tração deste modelo era traseira e contava com


uma capacidade de 750kg. E assim, a C-10, que
veio para substituir a C-14, ficou no mercado até
a metade dos anos 80, quando o seu espaço foi
ocupado para a nova série 10/20.

Mesmo ainda não sendo tão comuns e populares,


os modelos de picapes leves estavam aos poucos
sendo inseridos no Brasil. E assim, chegou a Chevy
500, que era baseada na plataforma da perua pe-
quena Marajó e vinha com a tração traseira herda-
da do sedã Chevette.

Crédito editorial: sarunyu rapeearparkul | Shutterstock.com

36
Estes dois aspectos, inclusive, forneciam ao mo-
delo uma dirigibilidade muito melhor, em especial
para locais que poderiam ser mais escorregadios.
A caçamba possuía uma capacidade de 500 kg,
sem contar o peso do motorista.

A Chevy podia ser encontrada na época em duas


versões, com acabamentos distintos, a SE e SL. A
considerada de luxo contava com ripas de madeira
na caçamba. Outros itens como câmbio cinco mar-
chas, rádio, ar quente, temporizador, vidros verdes
e lavador elétrico também faziam parte das suas
configurações.

Em 1985, começava a Série 10/20, que era formada


pelos modelos A-10/A-20, C-10/C-20 e D-10/D-20,
além de duas versões de acabamento distintos, bá-
sica ou então custom. A letra que vinha no nome
era o que identificava o tipo de combustível.

Crédito editorial: Gestalt Imagery | Shutterstock.com

37
No caso, a letra A era para representar os modelos
que utilizavam álcool, o D para diesel e o C para ga-
solina. Apesar de estranho, não há uma justificati-
va para explicar o motivo pelo qual a marca optou
por utilizar a letra C nesse caso, o que se entende
é que ela seguiu um padrão da C-14 e C-10.

Crédito editorial: stock-boris | Shutterstock.com

Já o número no nome do modelo vinha para repre-


sentar a carga, que era medida em libras - que po-
deria se aproximar de 100 libras, ou então 600kg,
na Série 10 e no caso da Série 20, o valor seria de
2000 libras, ou 1.100kg, aproximadamente.

Estiloso, o modelo contava com alguns detalhes


bem semelhantes com picapes produzidas nos
EUA, com linhas mais retas, para-brisa inclinado e
também um conjunto óptico dianteiro, que veio de
herança do Opala.

38
No caso dos modelos A-10 e A-20, o modelo citado
também cedeu os seis cilindros a álcool e a gasoli-
na, no caso do C-10 e C-20. Já a versão chamada
de Custom vinha com uma pintura que poderia ser
escolhida em dois tons, rodas mais esportivas e um
acabamento mais refinado.

Em 1989, a Veraneio passou por uma mudança e,


já no ano seguinte, aparecia a Bonanza no merca-
do, que era uma versão um pouco mais encurtada,
contando somente com duas portas. As duas car-
rocerias, vale destacar, eram produzidas pela Bra-
sinca.

A S10, em seguida, chegava ao mercado, em 1995.


E vale lembrar que esta foi uma década muito agi-
tada para a Chevrolet de modo geral. Foram di-
versos lançamentos acontecendo nesse período, o
que deu a oportunidade para que a empresa se in-
serisse em outros segmentos.

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Crédito editorial: stock-boris | Shutterstock.com
Assim, a marca conseguiu trazer para o mercado
brasileiro mais modelos de picapes médias e expan-
diu o seu portfólio de forma considerável. O ponto
de partida, é claro, foi a S10 brasileira, que tinha
algumas boas diferenças em relação à dos EUA.

O principal ponto que vale ser mencionado em


que os modelos se diferenciavam é o fato de que a
dianteira da versão que era feita por aqui tinha um
desenho muito mais harmonioso do que a que era
vendida nos Estados Unidos.

Em um primeiro momento, entretanto, o modelo


era oferecido somente com uma cabine simples.
Assim, a S10 contava com boas configurações na
sua motorização também, com motor 2.2 de qua-
tro cilindros e com uma potência de 106 cv.

A cabine dupla chegou somente em 1997, quando o


modelo passou por uma das suas últimas grandes
novidades no mercado (sem levar em consideração
o momento em que ela passou por uma reestiliza-
ção em 2002, que não foi tão bem recebida).

A Pick-Up Corsa chegava ao mercado em 1995,


como mais uma novidade da marca nos anos 90,
que não parou de trazer modelos importantes para
o segmento e marcar presença nele. O modelo veio
para ocupar o espaço que foi deixado anteriormen-
te pelo Chevy 500.

Vale destacar aqui que, nesta época, o Corsa fazia


o maior sucesso no mercado brasileiro, mas não foi
somente pensando nisso que a empresa resolveu
lançar essa versão. O projeto inicial desse modelo
foi criado em 1992 e vinha sendo desenvolvido aos
poucos.

40
Em 1993, a Chevrolet preparou o lançamento de
mais um modelo, a Silverado. Nos EUA, ela já era
um grande sucesso, mas, ao chegar ao Brasil, isso
se mostrou de uma forma diferente para o seg-
mento de picapes. E, infelizmente, não conseguiu
o mesmo sucesso da Série 10/20.

Crédito editorial: Danilo Marcelino | Pexels.com

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A famosa Montana chegava 2003 e trazia consigo
um diferencial: o projeto era totalmente brasileiro.
O modelo em questão contou com uma base de
um projeto europeu, mas foi inteiramente desen-
volvido por aqui, o que justifica seu sucesso entre
os brasileiros.

Crédito editorial: Art Konovalov | Shutterstock.com

O design dessa picape é bem mais esportivo e trou-


xe um item diferenciado: o degrau na lateral da ca-
çamba, conhecido como step side. O item, além de
prático, traz uma beleza a mais para o design do
modelo e foi tão bem aceito que outras marcas re-
solveram adotar.

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Crédito editorial: Aleks Michajlowicz | Pexels.com

AS PICAPES
DA FIAT
Referência no segmento de picapes, a Fiat foi uma
das primeiras a investir pesado nos modelos em
questão e trazer para o mercado brasileiro a inova-
ção. A marca não se tornou uma referência à toa,
visto que, ainda hoje consegue vender em alguns
anos mais de 129 mil unidades.

Mas essa história vem de 1978, quando os primei-


ros modelos de picape da marca foram lançados no
mercado. A primeira que chegou foi a 147 Pickup,
que inaugurou o segmento de pequenos utilitários
no país e trouxe com ela uma perspectiva impor-
tante.

A pequena picape, apesar de não ser o modelo mais


imponente da história, é especial e tem configu-
rações que foram essenciais para traçar a histó-
ria das picapes no país. Com uma carroceria mais
curta e uma tampa traseira que abria da direita
para esquerda, ela conseguia suportar uma carga
de 389kg.

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O modelo era bem mais prático e ágil pelo seu ta-
manho e ainda contava com um consumo baixo. Im-
portante para os motoristas que necessitam desse
tipo de carro para andar pelo trânsito da cidade e,
ainda assim, conseguir carregar itens do seu dia a
dia.

Posteriormente, o modelo contou com uma versão


City, que vinha com um acabamento diferenciado,
com a intenção de ser mais jovem e atrair um pú-
blico específico. O que de fato conseguiu fazer, já
que a picape se tornou uma das mais queridas da
história da marca.

A Fiorino veio logo depois, em 1988, com um as-


pecto que remetia a outro modelo muito especial e
querido: o Uno. E isso era fácil de reconhecer logo
de cara com suas características e design. Ela ti-
nha uma poderosa capacidade de 967 litros na ca-
çamba, podendo transportar até 620kg.

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Crédito editorial: S.Candide | Shutterstock.com
Já o painel do modelo contava com alguns itens
como termômetro de água, relógio e também um
acabamento interno que contava com um maior
refinamento, algo que começava a ser visto nas pi-
capes, que antes eram tidas como carros para tra-
balho e carga somente.

A Strada, que até hoje é uma referência no seg-


mento de picapes, chegou ao mercado em 1998, e
veio para completar a família Palio. Algo que mu-
daria mais a frente quando o modelo passasse por
reestilizações e mudanças necessárias.

Crédito editorial: Art Konovalov | Shutterstock.com

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Um sucesso de vendas, a Strada seguiu ao longo
dos anos contando com gerações que modificavam
itens e traziam mais tecnologias e modernidade,
além de um design único e atrativo.

A Toro, outro sucesso de vendas ainda hoje, che-


gou em 2016. O grande ponto da Toro vem do fato
de que ela reúne muito mais praticidade para os
que desejam circular em perímetros urbanos e, com
isso, garante para os motoristas uma capacidade
de carga altamente satisfatória.

Crédito editorial: Art Konovalov | Shutterstock.com

Em 2020 chegou ao mercado a Nova Strada, com


a essência do modelo querido pelos motoristas fãs
da marca, mas com muito mais tecnologias e deta-
lhes únicos. O modelo chegou para conseguir atin-
gir um público diferenciado, que se atrai por mo-
delos de carros mais tecnológicos e avançados.

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Crédito editorial: Rinke Dohmen | Unsplash.com

AS PICAPES RAM
Falar da história das picapes sem citar os modelos
da RAM é impossível. Pois a marca contribuiu e ain-
da contribui muito para o segmento com modelos
únicos. A Dodge, vale lembrar aqui, chegou ao Bra-
sil somente após a sua segunda geração, quando
o motor já havia sido modificado.

A primeira geração dos modelos da Dodge durou


de 1981 até 1993, com várias mudanças e com itens
que seriam importantes para a história dos mode-
los picape, como o fato de que aqui começariam a
ser inseridas as cabines duplas ou estendidas.

Já na segunda geração, de 1994 a 2002, as RAM


vinham com mudanças. Aqui, os modelos recebe-
ram um capô mais elevado e também passaram a
ter os faróis mais baixos. Este momento foi mar-
cante para o estilo do modelo, trazendo uma im-
ponência muito maior.

47
Isso era mostrado no fato de que o modelo passou
a ser oferecido aos motoristas com a possibilidade
de abastecimento a diesel, o que trazia ainda mais
potência e força bruta, com 300 cv.

A terceira geração chegou em 2001 e durou até


2009. Os modelos que apareceram tinham um es-
tilo diferente dos vistos anteriormente, pois eram
mais arredondados e haviam perdido um pouco da-
quela imponência citada, deixando de ser tão bru-
tos.

Nesse momento, a RAM assumia uma personalida-


de mais esportiva, mas sem deixar a sua potência
de lado, já que conseguia atingir 510 cv em algu-
mas versões que estavam disponíveis do modelo
até o ano de 2007.

Com o começo da quarta geração, que se estende


até hoje, a RAM começou a assumir outra posição
no mercado. Assim, ela se tornou um sinônimo de
marca de utilitários da Chrysler, conquistando um
estilo mais luxuoso que só foi possível com o lan-
çamento da 2500 Laramie.

Crédito editorial: stevosdisposable | Unsplash.com

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Crédito editorial: Jonathan Cooper | Unsplash.com

A HISTÓRIA DA
RURAL E DA
PICAPE F-75
Falar a respeito da história das picapes sem citar
este episódio é esquecer de uma fase importan-
te e necessária não somente para os modelos em
questão, mas também para outros que vieram e
se derivaram de heranças deixadas pelas picapes
mais antigas, por exemplo.

Dois nomes que se tornaram marcantes na histó-


ria das picapes e que deixaram marcas grandiosas
nela foram a Rural, que é tida agora como a “avó
do SUV brasileiro”, e também a F-75, usada bem
mais tarde.

Toda a saga da picape brasileira começou em 1952,


quando a Rural foi lançada em meio ao estrondoso
sucesso que os Jeeps vinham fazendo no mercado.

49
Com um nome bem fácil de ser abraçado pelos bra-
sileiros, não demorou para que ela desse certo por
aqui.

Em 1960, o modelo passou por uma reestilização,


mas aproveitou o desenho básico para isso. A com-
binação usada era a do chassi do Jeep Pickup jun-
tamente com uma carroceria exclusiva feita para o
Brasil. O motor era de 2.6 litros, seis cilindros e 90
cv.

A motorização do modelo só sofreu mudanças, ape-


sar de algumas reestilizações que aconteceram, em
1968, quando passou a contar com um motor 3.0
de seis cilindros e sua potência chegou em 132 cv.

Em 1970, o modelo brasileiro passou a utilizar o


nome F-75, que é lembrado mais facilmente até o
presente momento. Isso, inclusive, foi um reflexo da
aquisição feita pela Ford. E assim seguiu até deixar
de ser produzida em 1982, depois de mais algumas
mudanças.

Crédito editorial: Sandra Burm | Shutterstock.com

50
AS 10 PICAPES
MAIS VENDIDAS
DO MUNDO
A história das picapes é longa, cheia de detalhes e
reviravoltas, e, portanto, dá para entender como o
mercado mudou tanto, mas ainda permanece bem
aquecido, em especial no Brasil. Mas vale lembrar
também que em outros países os modelos são mui-
to apreciados.

Entre a infinidade de modelos que já foram lan-


çados, 10 deles se destacam como sendo os mais
vendidos até o momento. São poderosos, cheios
de personalidade e trazem uma história de muito
sucesso.

1° Ford F-Series

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Crédito editorial: Brendan Sapp | Unsplash.com
2° Chevrolet Silverado

Crédito editorial: Gear5.8 by Roberto R. | Unsplash.com

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3° RAM Pick-Up

Crédito editorial: Mike Mareen | Shutterstock.com

4° Toyota Hilux

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Crédito editorial: Blake Carpenter | Unsplash.com
5° GMC Sierra

Crédito editorial: Brad Killen | Unsplash.com

6° Ford Ranger

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7° Toyota Tacoma

Crédito editorial:Katie Musial | Unsplash.com

8° Great Wall Wingle 5

55
Crédito editorial: Tikhomirov Sergey | Shutterstock.com
9° Toyota Tundra

Crédito editorial: Wirestock Creators | Shutterstock.com

10° Chevrolet Colorado/S10

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Crédito editorial: Jonathan Weiss | Shutterstock.com
Crédito editorial: Soma Laszlo | Unsplash.com

AS PICAPES
MAIS ICÔNICAS
DA HISTÓRIA
Com tantos modelos de picapes lançados no mundo
todo, algumas ainda se destacam no pensamento
dos fãs do modelo e são tidas como as mais icôni-
cas de todos os tempos, mesmo que ainda estejam
aparecendo todos os anos no mercado inovações
marcantes.

Entretanto, após conhecer a história dos modelos


e como eles chegaram até os dias atuais, vale re-
lembrar um pouco alguns, que são os mais mar-
cantes, partindo de 1938 até 2009.

57
Com estilos diferenciados e únicos, as picapes apa-
reciam com uma brutalidade maior, como a Half
Ton, Chevrolet 3100, Chevrolet 3124 e Ford F2, mo-
delos icônicos e marcantes, mas que carregavam a
característica histórica das picapes: um carro para
trabalhar e levar cargas.

Mas a história também mudou bastante nesse sen-


tido, e outros modelos icônicos apareceram no mer-
cado e assumiram uma postura mais de perímetro
urbano e para lazer, como a Chevrolet Silverado,
Ford Bronco e Ford F-150.

Ao comparar as características, é notável a evolu-


ção dos modelos quanto ao que eles se propõem
e como a história foi adaptando às picapes para
que elas se encaixassem mais nos contextos atu-
ais sem que perdessem a essência principal.

Apesar de ainda serem modelos muito usados para


cargas, agora contam com um visual moderno, di-
ferenciado e muito mais tecnológico, o que permi-
te um conforto maior e também facilita a vida dos
motoristas que necessitam de espaço e força para
cargas.

58
BIBLIOGRAFIA
As informações e dados utilizados neste e-book se
basearam nos conteúdos abaixo listados:

Introdução
https://conteudo.solutudo.com.br/solutudo/historia-e-estilo-115-anos-das-pick-ups/#:~:text=Elas%20se%20torna-
ram%20essenciais%20para,como%20%E2%80%9CPick%2Dups%E2%80%9D. Acesso em 13/10/2022.

As picapes nos Estados Unidos


https://www.noticiasautomotivas.com.br/pickups-sua-historia-no-brasil-e-no-mundo/ Acesso em 13/10/2022.

https://conteudo.solutudo.com.br/solutudo/historia-e-estilo-115-anos-das-pick-ups/#:~:text=Elas%20se%20torna-
ram%20essenciais%20para,como%20%E2%80%9CPick%2Dups%E2%80%9D. Acesso em 13/10/2022.

A evolução das picapes e a influência do Japão


https://www.noticiasautomotivas.com.br/pickups-sua-historia-no-brasil-e-no-mundo/ Acesso em 13/10/2022.

https://conteudo.solutudo.com.br/solutudo/historia-e-estilo-115-anos-das-pick-ups/#:~:text=Elas%20se%20torna-
ram%20essenciais%20para,como%20%E2%80%9CPick%2Dups%E2%80%9D. Acesso em 13/10/2022.

As picapes no Brasil
https://www.noticiasautomotivas.com.br/pickups-sua-historia-no-brasil-e-no-mundo/ Acesso em 13/10/2022.

https://conteudo.solutudo.com.br/solutudo/historia-e-estilo-115-anos-das-pick-ups/#:~:text=Elas%20se%20torna-
ram%20essenciais%20para,como%20%E2%80%9CPick%2Dups%E2%80%9D. Acesso em 13/10/2022.

A popularização das picapes


https://conteudo.solutudo.com.br/solutudo/historia-e-estilo-115-anos-das-pick-ups/#:~:text=Elas%20se%20torna-
ram%20essenciais%20para,como%20%E2%80%9CPick%2Dups%E2%80%9D. Acesso em 13/10/2022.

As picapes da Ford
https://autovideos.com.br/historia-todas-picapes-ford-desde-1917-hoje/ Acesso em 13/10/2022.

https://naboleia.com.br/ford-100-anos-de-historia-no-segmento-de-picapes/ Acesso em 13/10/2022.

As picapes da Chevrolet
https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/chevrolet-celebra-100-anos-fazendo-picapes-veja-as-melhores/ Acesso em
13/10/2022.

As picapes da Fiat
https://www.webmotors.com.br/wm1/noticias/de-1978-a-2020-a-evolucao-das-picapes-da-fiat Acesso em 13/10/2022.

As picapes RAM
https://autoesporte.globo.com/carros/noticia/2015/11/picape-ram-conheca-quatro-geracoes.ghtml Acesso em 13/10/2022.

59
A história da Rural e da picape F-75, avós dos SUVs
brasileiros
https://www.dinheirorural.com.br/a-historia-da-rural-e-da-picape-f-75-avos-dos-suvs-brasileiros Acesso em 13/10/2022.

As 10 picapes mais vendidas do mundo


https://www.terra.com.br/parceiros/guia-do-carro/conheca-as-10-picapes-mais-vendidas-do-mundo-e-seus-motores,-
59109329cacdba0ec9a749ce1f8c42994txzla97.html Acesso em 13/10/2022.

As picapes mais icônicas da história


https://www.motor24.pt/sites/jornal-dos-classicos/as-pick-ups-mais-iconicas-da-historia/556056/ Acesso em
13/10/2022.

https://www.jornaldosclassicos.com/2019/03/03/as-pick-ups-mais-iconicas-da-historia/ Acesso em 13/10/2022.

Este e-book, caracterizado como uma obra literá-


ria, produzido pela Retornar e de sua integral titu-
laridade, contém citação de marcas de terceiros em
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