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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................. 3

A PRIMEIRA GERAÇÃO............................................... 7

A SEGUNDA GERAÇÃO........................................... 16

A TERCEIRA GERAÇÃO............................................ 22

A QUARTA GERAÇÃO.............................................. 26

A QUINTA GERAÇÃO................................................ 32

A SEXTA GERAÇÃO.................................................. 39

E A HISTÓRIA CONTINUA........................................46

BIBLIOGRAFIA.......................................................... 48

CONHEÇA O INSTITUTO RETORNAR.....................51

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Crédito editorial: allanw / Shutterstock.com

INTRODUÇÃO
Icônico, o Mustang é um carro que atravessa ge-
rações e se mantém atual no gosto e admiração
públicos.

Tendo seu début no mercado em 1964, seu lança-


mento foi fruto de uma percepção aguçada de mer-
cado por parte da Ford.

Identificou-se que havia uma demanda para carros


potentes e esportivos, mas com dimensões mais
contidas, contrastando assim com os carros enor-
mes típicos do mercado americano.

O sucesso foi imediato, tendo atingido a marca de


1 milhão de unidades vendidas já nos primeiros dois
anos.

Muito desse sucesso se deve ainda ao fato de o


Mustang apresentar uma série de novidades, es-
tando na vanguarda de seu tempo: o comprador
podia quase que customizar seu carro com a esco-
lha dos diferentes opcionais e acessórios, como di-
ferentes rodas e calotas, caixa de câmbio, ar-con-
dicionado.

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Hoje em dia, isso nos parece muito comum, afinal,
é o basicamente oferecido em todas as concessio-
nárias. Mas, à época, vindo ainda de um mercado e
cultura fortemente fordistas, de produção em mas-
sa de produtos semelhantes, a possível e acessível
diferenciação do Mustang ao gosto do comprador
era uma novidade e tanto.

E como um carro quase sexagenário ainda se man-


tém tão admirado e desejado?

É necessário muita inovação e aperfeiçoamento ao


longo dos anos, mas mantendo a essência do que
tornou o Mustang um sucesso: seu estilo esporti-
vo e veloz! Notamos isso ao longo da trajetória do
carro, em suas gerações.

Por que falamos em gerações do Mustang? O termo


“geração” é uma classificação usual para designar

Crédito editorial: Ishan Kulshrestha / Pexels.com

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um período de tempo durante o qual uma identi-
dade comum é construída, mesmo com o passar de
diferentes anos, pois guarda semelhanças e prin-
cípios entre si, preservando uma certa unidade.

Logo, falamos de uma diferente geração quando há


mudanças significativas e mesmo descontinuidade
histórica daquela unidade anteriormente percebi-
da. Para o ícone Mustang, são seis as gerações ao
longo de sua história.

Ao iniciarmos a narrativa do Ford Mustang, uma


história arrebatadora que percorre as muitas pá-
ginas deste e-book, conscientemente prestamos
homenagem aos visionários que reconheceram a
necessidade de projetar e construir um carro es-
portivo que mudaria as futuras gerações de entu-
siastas automotivos – assim como a Ford Motor
Company – para sempre.

MUS
Neste ebook, então, você vai conhecer mais sobre
as gerações do Mustang, sobre as curiosidades e
características de cada uma delas e, se ainda não
é fã, certamente vai se tornar um! Vem conosco co-
nhecer mais desta extraordinária história!

TANG 5
6
Crédito editorial: Paul Volkmer / Pexels.com
Crédito editorial: Kelly / Pexels.com

A PRIMEIRA
GERAÇÃO
A primeira geração do Ford Mustang foi fabricada
pela Ford de março de 1964 até 1973.

Ela representou a introdução de modelos mais co-


nhecidos e importantes do mundo automotivo, aju-
dando a lançar um novo segmento (carro pônei) e
criando uma gama de variantes icônicas como o
Boss 302, Boss 429, Mach 1 e Boss 351, bem como

o lendário Shelby Mustang (edição especial).

Essa geração inicial do Mustang passou por atua-


lizações regulares de estilo e mecânica a cada dois
anos, resultando em quatro evoluções: 1965-1966,
1967-1968, 1969-1970 e 1971-1973. No final da pro-
dução do Mustang de primeira geração, foi substi-
tuído pelo Ford Mustang de segunda geração.

Vamos a cada uma das atualizações!

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Crédito editorial: Darren Nunis / Unsplash.com

1965-1966
Na superfície, o Ford Mustang era um automóvel
novo e inovador, que exalava uma sensação de ve-
locidade e uma aura de sensualidade.

O Ford Mustang chegava assim ao mercado em abril


de 1964, já como modelo 1965, em duas versões:
conversível e coupé 2 portas. Os modelos poderiam
vir equipados com um modesto motor 6 cilindros
de 2,8L com 101HP e um 3,3L de 116HP (potência
bruta).

Como o Mustang trazia diversos opcionais e aces-


sórios, se o comprador quisesse mais força, podia
optar pelo V8 de 260 polegadas cúbicas de 4,3L e
164HP, ou, podia escolher o modelo de 289 pole-
gadas cubicas de 4,7L em três versões: com carbu-
rador duplo para 210HP, de corpo quadruplo para
220HP e o pacote K-Code de alta compressão, que
elevava a potência a 271HP.

Quanto à caixa de câmbio as opções variavam en-


tre o câmbio de três marchas de linha, com exceção
da versão de 271HP, que era equipado com quatro

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marchas, e um câmbio manual para os demais mo-
tores.

Ainda em 1964, foi apresentada a versão Fastback,


com forte apelo esportivo, que marcou o desenho
da traseira com o caimento suave com estilo.

A demanda pelo Ford Mustang quase instantane-


amente superou a capacidade da empresa de pro-
duzir o automóvel incrivelmente popular. As brigas
para comprar o carro eram comuns e criaram uma
quantidade incrível de hype que só aumentou ain-
da mais a demanda por este carro esportivo icôni-
co.

No ano seguinte, o carro foi um sucesso de vendas


e atingiu a marca de 1 milhão de unidades vendi-
das. No mercado, esse sucesso determinou o com-
portamento da concorrência: nessa época, cerca
de 70% dos carros vendidos eram equipados com
alguma versão do motor V8.

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Crédito editorial: Ian Mac Donald / Unsplash.com
1967-1968
Para 1967 e 1968, a carroceria do Mustang foi re-
desenhada para ter uma linha mais agressiva e se
tornar mais confortável. O carro ficou mais com-
prido, mais pesado e mais largo. Ao alargar e rede-
senhar a suspensão dianteira, o carro adquiriu uma
condução muito mais suave. A travagem também
foi melhorada e tornou-se mais segura, porque a
Ford utilizou um sistema hidráulico duplo, sendo o
veículo pioneiro nisso! Os freios a disco dianteiros
opcionais também estavam disponíveis com assis-
tência elétrica.

MUSTANG

Crédito editorial: VizAforMemories / Unsplash.com

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O Mustang 1967 trouxe a primeira grande refor-
mulação do carro! Embora fosse mais longo e mais
largo, o Mustang manteve a mesma distância en-
tre eixos de 108 polegadas.

A abertura da grade foi maior para dar ao Mus-


tang uma aparência mais “malvada”, já que o pai-
nel da lanterna traseira era côncavo. O fastback
agora alcançava todo o caminho até a parte tra-
seira do porta-malas e, em todos os três modelos,
você podia encontrar conchas de painel simuladas
nos quartos traseiros.

O capô estava disponível com duas persianas em-


butidas. Dentro das persianas havia luzes indica-
doras de direção, visíveis para o motorista.

Nas laterais do carro, logo atrás das portas dian-


teiras, nos painéis traseiros, foram simuladas en-
tradas de ar laterais. Isso diferia dos recortes su-
aves e peças cromadas encontradas nas versões
anteriores e era uma maneira fácil de distinguir um
Mustang 1967 do resto da multidão.

A principal novidade foi a introdução do motor V8


big-block como opcional, de 390 polegadas cúbi-
cas. Este motor adicionou um aumento significati-
vo de desempenho.

Ele veio com coletores de admissão e escape de ferro


fundido. A carburação foi conseguida por meio de
um carburador de quatro cilindros 600 CFM Holley,
o qual foi avaliado em 320HP. Todos os Mustan-
gs, contendo o 390, tinham um sistema de escape
duplo. Um total aproximado de 28.800 Mustangs
com o motor 390 foram produzidos, colocando-o
como um dos favoritos do período.

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Crédito editorial: Tim Meyer / Unsplash.com

1969-1970
Em 1969 e 1970, houve nova atualização de estilo,
deixando a linha mais atual e agressiva. Aconteceu
também o lançamento dos modelos BOSS 302 e
429, equipados com motores de alto desempenho
e das linhas Mach 1(Esportiva) e Grande (Luxuosa).

O 1969 foi o primeiro modelo a usar faróis quádru-


plos colocados dentro e fora da abertura da grade.
O pônei grade encurralado foi substituído pelo lo-
gotipo pônei. O carro era mais longo do que os mo-
delos anteriores e ostentava painéis laterais con-
vexos em vez de côncavos. A versão de carroceria
fastback foi nomeada SportsRoof na literatura de
Ford.

O ano modelo de 1969 viu a introdução do Mach 1,


com uma variedade de opções de motores e mui-
tos novos recursos de estilo e desempenho: faixas
refletivas distintas foram colocadas ao longo dos

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lados do corpo, com uma tampa de gás aberta, es-
capamentos duplos, capô preto fosco com entrada
de ar simulada e cabos estilo NASCAR e amarra-
ções de pinos.

O Mach 1 apresentava um interior de luxo com aca-


bamento em madeira simulada, assentos com en-
costo alto, amortecimento de som extra, espelhos
esportivos remotos e outros recursos. O mode-
lo provou ser popular entre os compradores, pois
72.458 carros foram vendidos até 1969!

Já o Boss 302 foi criado para atender às regras da


Trans Am e apresentava listras distintivas de ta-
cos de hóquei, enquanto o discreto Boss 429 foi
criado para homologar o motor Boss 429 (basea-
do no novo motor da série Ford 385) para uso na
NASCAR. Os dois modelos Boss ganharam fama
na pista e na rua. Um total de 1.628 Boss 302 e 859
Boss 429 foram vendidos até 1969 – tornando es-
ses veículos um tanto raros.

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Crédito editorial: Jacob Moore / Pexels.com
MUS
Um novo modelo de “luxo” tornou-se disponível a
partir de 1969, disponível apenas no estilo de carro-

TANG
ceria cupê. O ‘Grande’ apresentava um passeio su-
ave, 24,9 kg de amortecimento de som extra, bem
como um interior de luxo com acabamento em ma-
deira simulada. Também foi popular entre os com-
pradores.

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1971-1973
Entre 1971 e 1973, ocorreu uma significativa mu-
dança de estilo dentro da primeira geração.

Mais uma vez, o modelo revisado cresceu em tama-


nho, ganhando 3 polegadas de largura para aco-
modar o grande bloco do motor sem necessidade
de um extenso redesenho da suspensão.

Como antes, foram oferecidos três estilos de car-


roceria: Hardtop (disponível em acabamento básico
ou Grande), SportsRoof (disponível em acabamen-
to básico ou Mach 1) e conversível (sem pacotes de
acabamento específicos disponíveis).

Em comparação ao modelo 1965, o Mustang au-


mentou quase 15 cm e ficou 250 kg mais pesado e
já não contava com motores tão potentes quanto
os oferecidos nos anos 60. Isso provoca o fim da
primeira geração e o nascimento do Mustang II em
1974, muito mais leve e econômico.

Crédito editorial: Ahmed Abouelhassan / Pexels.com

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Crédito editorial: Pixabay / Pexels.com


A SEGUNDA
GERAÇÃO
A segunda geração do Ford Mustang foi fabricada
pela Ford de 1974 a 1978.

Um pouco de história
Em 1970, Lee Iacocca, um dos responsáveis pelo de-
senvolvimento do primeiro Mustang, tornou--se o
presidente da Ford Motor Company e pediu para os
engenheiros da empresa desenvolverem um Mus-
tang menor e mais econômico; que seria apresen-
tado ao público em 1974.

Não é exagerado dizer que esse pedido partiu de


uma visão a respeito dos acontecimentos que vi-
nham ocorrendo no mundo, tornando este Mus-
tang, em particular, o Mustang II, um subprodu-
to direto de eventos que começaram a ocorrer no
início da década de 1950, antes de culminar com
a criação do Mustang de 2ª geração, cerca de 20
anos depois.

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HIS
Vamos à história!

Na década de 1950, os soldados estavam voltando


para casa, da Europa, depois de lutar no exterior,


na guerra. Muitos desses soldados haviam perma-
necido na Europa por um tempo após o fim oficial
da guerra, ou traziam automóveis do exterior ou
procuravam carros compactos estrangeiros aces-
síveis nos Estados Unidos, semelhantes aos que
eles encontravam na Europa.

Embora, inicialmente, não tenha sido dada muita

RIA
consideração a esse mercado na frente domésti-
ca, essa crescente demanda por automóveis “pe-
quenos e acessíveis” passou a ser vista com preo-
cupação e como tendência para os fabricantes de
automóveis americanos.

Como exemplo, carros como o Volkswagen Beetle


tornaram-se sinônimo de acessibilidade e, no final da

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Crédito editorial: Emmanuel Hernández / Pexels.com
década de 1950, a marca se estabeleceu como parte
integrante do cenário automotivo americano.

A Ford, por sua vez, iniciou o desenvolvimento do


Ford Falcon no final da década de 1950. Quando
foi lançado, em 1960, o carro vendeu incrivelmen-
te bem, trazendo para o plano concreto a percep-
ção de que os americanos estavam procurando por
automóveis pequenos e econômicos. Contudo, já
em 1966, o Ford Falcon havia crescido considera-
velmente em tamanho, fazendo a transição de um
mercado compacto e acessível para um mercado
de tamanho médio.

A concorrência com as importações europeias e


asiáticas apontaram para um erro de estratégia
e, assim, um novo compacto da Ford, o Maverick,
foi lançado em 1969, tornando-se comercialmente
disponível como parte da linha do ano modelo 1970
da Ford.

Em contraste, as vendas do Ford Mustang, em 1972,


seguiam caindo pelo seu terceiro ano consecutivo.
Entre as possíveis causas para esse declínio, já se
vislumbrava que o Mustang era um alto consumi-
dor: de recursos, de gasolina, de tamanho.

Lee Iacocca, então, passou a argumentar mais ex-


tensivamente pela redução do tamanho do Mus-
tang, com a construção de um carro novo, pequeno
e esportivo, mas considerado de luxo, com capaci-
dade de rivalizar com qualquer modelo da concor-
rência, estrangeira e doméstica. Para diferenciá-lo
do período anterior, o novo carro recebeu um novo
nome – Mustang II –, simbolizando uma nova ge-
ração da marca.

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Crédito editorial: Paul Volkmer / Pexels.com

O lançamento
O Mustang II estreou em agosto de 1973. Apesar
de se diferenciar radicalmente da geração anterior,
isso não quer dizer que essa geração não tenha sido
melhor em tantos outros aspectos.

Ela representou uma viagem no tempo para o Mus-


tang menor.

O Mustang II era 13 polegadas mais curto na distân-


cia entre eixos do que o modelo de 1973, 19 polega-
das mais curto no geral, 4 polegadas mais estreito
e mais leve também. Comparado com o Mustang
de 1965, o II era 11,8” mais curto na distância entre
eixos, 6,6” mais curto no comprimento e 2” mais
estreito.

O Mustang II foi oferecido em 4 modelos para es-


colha: um cupê de 2 portas, um hatchback de 3
portas, o cupê de 2 portas Ghia, que substituiu o
Grande como modelo de luxo e apresentava um teto
padrão de vinil completo e o de 3 portas Mach 1,
que apresentava pintura preta na parte inferior da

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carroceria e o 2.8L V-6 como equipamento padrão,
uma derivação do concorrente europeu: o Capri.

Ainda eram oferecidos acessórios e opções, como,


em 1974, a inclusão de ar-condicionado, vários rá-
dios e toca-fitas, teto solar, molduras laterais, ro-
das de aço estilizadas, rodas de alumínio forjado e
protetores de para-choques.

O Mustang II de 1974 foi o primeiro Mustang a vir


com um motor de 4 cilindros, tendo sido usado até
1993. O motor padrão era conhecido como motor
“LIMA”, um slug de 4 cilindros de 140 polegadas
cúbicas com 88HP.

Crédito editorial: Ante Samarzija / Pexels.com

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Para deixar o carro mais silencioso, as vibrações do
motor foram canceladas usando um eixo de aciona-
mento de diâmetro maior, e o Mustang II ganhou uma
suspensão dianteira nova e melhor. Para acompanhar
a suspensão dianteira, havia um conjunto de direção
de pinhão e cremalheira. Os freios foram melhorados
e o padrão deles se tornou a disco.

A grande diferença é que, pela primeira vez, um


V8 não estava disponível em um Mustang! Mas os
acontecimentos mundiais favoreceram essa gera-
ção de Mustangs menores, menos potentes, mas
econômicos.

A crise do petróleo
Em 1973, pouco tempo depois do lançamento do
Mustang II, o mundo passou por uma grave crise
do petróleo: houve embargo por parte dos países
árabes produtores do petróleo, fazendo com que
o preço do barril de petróleo explodisse e, conse-
quentemente, o preço da gasolina também. Outro
golpe que a indústria automobilística dos carros
velozes sofreu foi o limite de velocidade de 55 mi-
lhas por hora decretado pelos EUA.

Muitos veem esses dois acontecimentos como gol-


pes de sorte para transformar o Mustang II em um
sucesso de vendas, tendo sido nomeado Carro do
Ano da Motortrends em 1974. O público americano
fez do novo Mustang uma mercadoria quente no
mercado automobilístico. Foi o carro certo para a
época em que foi produzido.

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Crédito editorial: Grzegorz Czapski / Pexels.com

A TERCEIRA
GERAÇÃO
A terceira geração do Ford Mustang foi fabricada
pela Ford de 1979 até 1993.

Este novo Mustang foi baseado na plataforma ‘’Fox


Body’’, marcando o primeiro ano com o Chassi Fox,
compartilhando alguns componentes dos modelos
Fairmont, Capri e outros carros Ford. O uso dessa

plataforma foi a de maior duração em toda a his-
tória do Mustang. Ela representou a chegada de
um design moderno e um renovado compromisso
com a performance, com o retorno de uma versão
mais esportiva e potente, com as versões “Cobra”.
Foram mantidos, nessa geração, os modelos Ghia
e o Mustang regular.

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O modelo de lançamento possuía quatro faróis, que
eram conhecidos pelos entusiastas como ‘’qua-
tro olhos’’. A carroceria e a distância entre eixos,
maiores do que as do Mustang de geração ante-
rior, permitiram um espaço maior para os passa-
geiros, porta-malas com capacidade aumentada
e compartimento do motor maior. Nessa geração,
desempenho ainda estava sendo sacrificado em
detrimento da comodidade. Vale lembrar que, em
1979, nova crise do petróleo assolou o mundo.

Assim, no seu lançamento inicial, o Mustang de ter-


ceira geração foi oferecido com os tipos de carro-
ceria cupê e hatchback (a versão conversível veio
posteriormente). De novidades, a Ford trazia as
ofertas de motor com 2.3L 4 cilindros e 132HP e o
3.3L inline-six. Ainda, foram oferecidos o 2.8L V6
(descontinuado em seguida) e o retorno do V8.

Crédito editorial: Cláudio Medina / Pexels.com

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Vale dizer que a concepção dessa nova geração
ocorreu na esteira da saída de Lee Iacocca, grande
visionário e protagonista na história do Ford Mus-
tang. Ainda assim, para muitos, o Fox Body Mus-
tang, ainda que menor, tinha uma aparência mais
poderosa e parecia sinalizar para um retorno aos
trilhos do que o carro pônei (pony car) original ti-
nha sido desenhado e pensado para ser.

De 1987 a 1993 o Mustang adotou uma frente mo-


derna para a época, passando a não usar mais gra-
de, além de novos faróis e um interior redesenhado
que permaneceram até o encerramento da gera-
ção em 1993.

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Crédito editorial: Juan Montes / Pexels.com
No coração de qualquer carro de pônei pretenda ser
grande está um excelente motor e no topo da pilha
estava o V8 de 5.0L. O motor 5.0L foi uma herança
do Mustang II, com exceção de uma nova correia
serpentina única em vez de correias separadas para
diferentes dispositivos. Foi usado um novo sistema
de escape menos restritivo, que apresentava co-
letores de escape de ferro fundido e uma saída de
tubo único de 2,5 polegadas de diâmetro.

A suspensão foi alterada para a Macpherson mo-


dificada. O eixo traseiro usava um sistema de mon-
tagem de 4 pontos e molas helicoidais em vez de
molas de lâmina. Uma barra estabilizadora traseira
foi adicionada com o motor V8.

Em 1993, foram lançados os modelos ‘’SVT Cobra’’


e ‘’Cobra R’’ que foram carros de alto desempenho
que encerraram a terceira geração do Mustang.

Crédito editorial: Tyler Clemmensen / Pexels.com

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Crédito editorial: Tony Savino / Shutterstock.com


A QUARTA
GERAÇÃO
A quarta geração compreende o período de 1994 a
2004, com seu lançamento realizado em novem-
bro de 1993. A carroceria foi baseada na platafor-
ma Fox-Body chamada Fox-4 de tração traseira
atualizada. Essa plataforma era mais sólida, devi-
do aos painéis de controle maiores, trilhos de teto e
juntas mais fortes, o que contribuiu para se alcan-
çar outros objetivos como o de diminuir e erradicar
o barulho do motor e a vibração, além de tornar a
direção mais fácil de manusear. Com a plataforma
mais rígida, os engenheiros tiveram maior latitude
com o ajuste da suspensão e aproveitaram isso ao
máximo.

O designer, Patrick Schiavone, incorporou carac-


terísticas que remetiam ao design dos primeiros
Mustangs dos anos 1960 e 1970 nessa carroceria,
a exemplo do retorno das saias laterais e do forma-

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to original do icônico emblema de pônei. A quarta
geração do Mustang também apresentava linhas
de carroceria arrebatadoras e faróis com ângulos
distintos. Até o novo painel de capô duplo do Mus-
tang serviu como um aceno óbvio para o passado.
A intenção de Ford para o modelo era a de conferir
ares modernos, mas que o carro fosse instantane-
amente reconhecido como sendo um Mustang. O
modelo conversível também se beneficiou de um
visual mais elegante com uma capota que agora
se dobra quase totalmente no deck traseiro.

O modelo padrão do Mustang de quarta geração


veio com o motor 3.8L V6 145HP, mas melhorado
em relação ao anterior, representando um upgrade
em relação ao modelo padrão da geração anterior,
de 2.3L 4 cilindros.

Crédito editorial: Dawid Zawila / Unsplash.com

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Crédito editorial: Adrian N / Unsplash.com

A opção para a linha 5.0L V8 com 215HP, que foi a


de muitos consumidores, vinha no modelo GT. Me-
lhorias subsequentes no motor levaram a um ga-
nho de performance notável, trazendo a potência
total do automóvel para 260HP.

Com o aumento da potência, o Mustang foi capaz


de gerenciar os mesmos tempos de aceleração da
última versão da geração anterior, apesar de um
ganho de peso de 300 libras. O ganho de peso foi
atribuído a todos os reforços usados para
​​ reforçar
o chassi, vigas de impacto lateral nas portas e ou-
tros itens de segurança, como airbags duplos que
o carro anterior não tinha. Para transmitir potência
às rodas traseiras, qualquer um dos motores podia
ser equipado com uma transmissão manual Borg-
-Warner T-5 de cinco marchas ou uma nova auto-
mática de quatro marchas com controle eletrônico
de mudanças.

Como acessórios, foram oferecidos airbags du-


plos, banco de motorista poderoso de poder e um
volante de inclinação, tornando-se o equipamento
padrão. Os freios ABS eram opcionais, exceto nos
pacotes Cobra.

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Acerca do sistema de frenagem, essa foi uma área
que recebeu atenção maior dos engenheiros da
Ford, uma vez que a pobre performance desse sis-
tema era uma das maiores causas de reclamação
contra o Mustang. Depois de anos oferecendo freios
abaixo da média no Mustang da carroceria Fox, a
Ford sabia que tinha que elevar seu jogo no siste-
ma de frenagem, considerando ainda o quanto o
veículo tinha evoluído.

Pela primeira vez, então, a Ford ofereceu freios a


disco nas quatro rodas como equipamento padrão
em todos os Mustangs. Os novos freios consistiam
em grandes rotores ventilados de 10,9 polegadas
na frente e discos sólidos de 10,5 polegadas na tra-
seira. Um impulsionador de freio de potência maior
e pastilhas sem amianto ajudaram a parar o SN95
rapidamente. Mais um ponto em pioneirismo para
o Mustang!

Crédito editorial: Olga Popova / Shutterstock.com

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Como um benefício colateral da atualização do
freio, todos os Mustangs agora usavam um con-
junto de cubo mais forte de cinco parafusos. Essa
mudança por si só empolgou muitos fãs do Mus-
tang que adoravam personalizar seus veículos com
rodas de reposição, já que as rodas com padrão de
cinco parafusos são muito mais comuns do que as
rodas de quatro parafusos que foram usadas no
passado.

Ademais, havia um incrível número de opções de


sistema de som. Além do padrão estéreo AM/FM,
havia as opções AM/FM e vídeo cassete, um to-
cador de discos compacto com som premium e o
primeiro mini disc player da indústria automobilís-
tica. O modelo Mach 460 tinha a melhor opção de
som para os audiófilos: com potência de pico de
460 watts, amplificadores em abundância, alto-
-falantes de subwoofer e tweeters de médio porte,
o sistema de som do Mach 460 ofereceu um dos
melhores sistemas de áudio de fábrica disponíveis
com desempenho de áudio de ponta para combi-
nar com o desempenho dos carros na estrada.

O Mustang se tornou mais aerodinâmico e sofreu


modificações no seu interior para seduzir comprado-
res novamente: os designers de Ford levaram para o
interior o formato mais arredondado. Foi-se o centro
do volante em bloco e o painel de instrumentos estilo
caminhão. Era um interior completamente moderno
em execução, com toques de estilo do passado para
mantê-lo um Mustang. Na frente e no centro, havia
um novo painel com um design distinto de tampa du-
pla que homenageava o Mustang do passado, mas
buscando ser moderno ao mesmo tempo.

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O Mustang dessa geração era um veículo sólido e
confortável de pilotar com desempenho brilhante.
Foi amplamente melhorado e muito mais refinado
do que a geração de saída. A Ford acertou no esti-
lo exterior que combinou lindamente com um visu-
al aerodinâmico moderno com as sugestões clás-
sicas dos Mustangs anteriores. O interior era tão
agradável quanto o exterior, sendo aconchegante,
mas confortável, com ergonomia moderna, estilo
clássico e posição de assento familiar. A Ford ha-
via transformado o Mustang de um instrumento
desatualizado em um automóvel de qualidade de
sensação sólida com refinamentos que os gêmeos
Camaro/Firebird não conseguiram igualar.

Ele se propunha a ser – e conseguiu – um renovado


sopro de ar fresco para um carro pônei que entrava
na sua quadragésima década de produção.

Em 1999, o Mustang sofre modificações no seu de-


sign. Ele passa a ter contornos mais “afiados”, car-
roceria mais detalhada e arcos de roda mais largos,
dando um ar de mais agressivo. Apesar disso, o de-
sign básico da carroceria, características do inte-
rior e chassi, permanecem idênticos aos do modelo
anterior. De novidades, entram em circulação no-
vas cores para o carro.

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Crédito editorial: Olga Popova / Shutterstock.com
Crédito editorial: Piotr Wawrzyniuk / Shutterstock.com


A QUI NTA
GERAÇÃO
Lançada em 2004, no North American Internatio-
nal Auto Show, a quinta geração do Mustang foi
nostálgica ao remeter aos Mustang Fastback do
final dos anos 60, animando entusiastas do Mus-
tang ao redor do globo. A Ford queria usar o lan-
çamento do Mustang de nova geração como uma
chance de rememorar e reviver os dias de glória.
Seu estilo era decididamente retrô, com faróis tra-
dicionalmente posicionados, linhas de carroceria
clássicas e uma grande grade aberta. Até os faróis
de neblina característicos do Mustang anterior re-
tornaram.

O desenvolvimento desse novo modelo ficou sob


controle do engenheiro Hau Thai-Tang. O respon-
sável pelo design do exterior foi Sid Ramnarace.

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Crédito editorial: Ian Mac Donald / Unsplash.com

Essa nova geração marcou ainda o retorno dos


muscle cars (carros “musculosos”), influenciando
fabricantes como Chevrolet e Chrysler a ressusci-
tarem os seus modelos Camaro e Challenger, res-
pectivamente.

Para a primeira metade desta geração, o Mustang


apresentava um V6 de 4.0L, um V8 de 4.6L ou um
V8 supercharged de 5.4L. As transmissões incluí-
am um manual de cinco ou seis velocidades ou um
automático de cinco velocidades. A segunda meta-
de desta geração viu um design retrabalhado para
melhor aerodinâmica, embora parecesse ostensi-
vamente o mesmo, exceto por alguns outros deta-
lhes cosméticos, como um emblema redesenhado
e o posicionamento dos faróis. Um V8 de 5.8L tor-
nou-se o maior motor oferecido, e uma transmis-
são automática de seis velocidades também foi in-
troduzida.

Outra novidade era uma embreagem acionada hi-


draulicamente que reduzia bastante a pressão do
pedal necessária para engatar e desengatar as

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marchas. Isso também reduziu a manutenção, pois
o novo sistema era autoajustável. Enquanto eles
estavam nisso, os engenheiros também especifi-
caram novos materiais de disco de embreagem nos
carros V-6 para maior durabilidade e os V-8 rece-
beram um conjunto de embreagem maior para li-
dar com o aumento de potência.

Para aqueles que não estavam entusiasmados com


a perspectiva de três pedais, uma nova transmis-
são automática era opcional tanto no V-6 quanto
no V-8. Tirada do Ford Thunderbird e do Lincoln LS,
a transmissão 5R55S construída pela Ford era uma
unidade de 5 velocidades de deslocamento suave,
que trouxe novos níveis de civilidade e desempe-
nho nunca antes vistos em um Mustang de deslo-
camento automático. Essa transmissão sofisticada
apresentava uma quarta marcha de acionamento
direto e uma quinta com overdrive, permitindo que
os engenheiros usassem relações de transmissão
mais espaçadas para melhor aceleração, enquan-
to ainda eram capazes de atingir um consumo de
combustível decente na estrada.

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Crédito editorial: Tim Mossholder / Unsplash.com
Outra área de melhoria muito necessária foi no sis-
tema de frenagem. Os freios a disco nas quatro ro-
das padrão tinham os maiores rotores e pinças mais
rígidas já instaladas em um Mustang convencional.

Crédito editorial: Andrea Zanenga / Unsplash.com

Um computador do trem de força controlava o tem-


po e a duração dos turnos, com a capacidade de se
comunicar com a transmissão 10 vezes mais rápi-
do do que antes. Isso permitiu que os engenheiros
do trem de força combinassem melhor as carac-
terísticas de mudança de transmissão com os no-
vos controles eletrônicos do acelerador e o VCT no
motor V-8.

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Crédito editorial: M. Arseneau / Shutterstock.com

O resultado foi um Mustang que poderia acelerar


agressivamente quando o motorista desejasse ou
poderia cruzar oferecendo mudanças suaves e per-
feitas que são quase imperceptíveis para o moto-
rista. O controle de tração estava disponível mais
uma vez, mas agora o sistema era mais sofistica-
do. O sistema era padrão no GT e estava disponí-
vel como um pacote que incluía freios antibloqueio
nos modelos V6.

Um sistema de freio antibloqueio, opcional, de qua-


tro canais, estava disponível para um maior grau de
controle de frenagem, usando sensores eletrônicos
para monitorar constantemente as condições da
estrada e alimentar as informações para um com-
putador de controle dedicado capaz de determi-
nar, em milissegundos, se o veículo está em piso
seco ou em uma superfície escorregadia. Quando
o controle de tração não é desejado, os motoristas
podem desativar o sistema com um simples botão
no painel de instrumentos.

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O chassi do Mustang 2005 foi completamente re-
formulado: inaugurava-se um sistema de suspen-
são totalmente novo, que finalmente livraria os en-
genheiros dos compromissos que tiveram que ser
feitos com a antiga plataforma e suspensão Fox/
Fox-4 usadas no passado. Os engenheiros de chas-
sis dianteiros inspiraram-se na BMW e no seu fa-
buloso M3. Molas mais leves foram montadas ao
redor dos suportes MacPherson, permitindo aos
engenheiros mais precisão ao ajustar as válvulas
de choque.

Sobre o interior do carro, toques modernos foram


misturados com a história e herança do Mustang
no interior do carro da quinta geração: saídas de
ar com anéis cromados, dispostas verticalmente
ao longo do painel, precisamente alinhadas com
os medidores, e o volante com três raios com cubo
central marcado pelo logotipo do cavalo e barras
tricolores ecoavam o design do Mustang 1967.

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Crédito editorial: Piotr Wawrzyniuk / Shutterstock.com
Crédito editorial: Piotr Wawrzyniuk / Shutterstock.com

Essa distância maior entre eixos também criou mais


espaço para os passageiros do Mustang, algo que
os clientes reclamaram em relação ao carro da ge-
ração anterior.

Como sempre, a Ford embalou mais recursos pa-


drão do que nunca na quinta geração do Mustang:
vidros elétricos de um toque para cima/baixo, es-
pelhos elétricos, entrada sem chave e travas elétri-
cas, uma janela traseira aquecida e limpadores de
intervalo. Para quem queria mais do que o padrão,
a Ford também tinha vários pacotes de interiores!

Essa nova geração demonstrava que a Ford tinha


realmente intensificado seu jogo e tinham um car-
ro game changer claramente pronto para marcar o
século 21.

A quinta geração do Mustang foi novamente re-


estilizada antes do ano modelo 2010. Em 2012, foi
introduzido o Mustang Boss 302 que recebia o mo-
tor ‘’Coyote’’ com 444 bhp.

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A SEXTA
GERAÇÃO 6º
Hoje, o Mustang encontra-se no meio de sua sexta
geração de produção. O modelo desta geração foi
apresentado ao público em 5 de dezembro de 2013
em um evento privado da Ford, a carroceria rece-
beu a denominação de “S550” e entrou em produ-
ção em 14 de julho de 2014.

Em sua forma mais recente, o Mustang assumiu


um visual mais moderno, com uma dianteira arre-
batadora, faróis de estilo agressivo e linhas de car-
roceria nítidas.

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Crédito editorial: Steven Binotto / Unsplash.com
A sexta geração do Mustang foi oferecida com um
total de quatro motores diferentes até o momen-
to. Esses motores incluem o 2.3L EcoBoost, 3.7L
V6, 5.0L Coyote V8 e 5.2L Voodoo V8. Em 2018, o
V6 3.7L acima mencionado foi retirado da linha de
motores do Mustang, deixando o EcoBoost 2.3L
turboalimentado como motor base da linha.

Uma transmissão manual de seis velocidades era


padrão e uma automática de seis velocidades foi
oferecida até 2017, antes de uma automática de
10 velocidades tomar seu lugar em 2018.

O Mustang de sexta geração também se destaca


pelo uso de uma suspensão traseira independente
como equipamento padrão. Este é um desvio no-
tável do uso de longa data do Mustang de um de-
sign de eixo traseiro ao vivo.

Crédito editorial: Steven Binotto / Unsplash.com

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A geração atual do Mustang se diferenciou das
duas gerações anteriores de algumas maneiras.
Ele agora tem uma suspensão traseira totalmente
independente e o design exterior foi ajustado para
um visual mais futurista e europeu, em comparação
com o estilo retrô anterior. A atualização do design
foi um aceno ao fato de que nesta última geração,
é o Mustang passou a ser vendido globalmente.

O Mustang passa assim a ser um produto global,


com o primeiro Mustang a ser vendido mundialmen-
te pela Ford. Como parte da estratégia, a monta-
dora começou a fabricar este carro com “mão in-
glesa” para que pudesse comercializá-lo em todo
o mundo. Cada novo ano traz mais sofisticação e
desempenho geral do carro esportivo. O Mustang
é, finalmente, um verdadeiro concorrente do exo-
tismo europeu.

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Crédito editorial: Steven Binotto / Unsplash.com
Mustang Cinquentão
Em 2015 foi o 50º aniversário do Mustang. Por den-
tro e por fora, a edição de 2015 deste modelo histó-
rico parece, sente, cheira e soa como um Mustang,
enquanto é completamente atualizada em todos os
aspectos, com uma série de novidades que trazem
a linha Mustang para o futuro. O mais emocionan-
te para os veteranos foi o fato de o Ford Mustang
2015 trazer o estilo de carroceria Fastback!

As mudanças de estilo criaram um carro mais bai-


xo e mais largo (especialmente na traseira). O pilar
A dianteiro foi movido para trás e o para-brisa in-
clinado para trás para tornar o Mustang mais ae-
rodinâmico e com aparência mais elegante.

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Crédito editorial: Dominik Perau / Pexels.com
Crédito editorial: Jan Kopřiva / Pexels.com

O ano modelo de 2015 também viu a Ford finalmen-


te oferecer uma suspensão traseira independente
(IRS), uma grande melhoria pela qual se espera-
va há décadas. Para o front-end, houve mudanças
significativas que, quando combinadas com o IRS,
fizeram uma enorme diferença no manuseio e na
sensação da estrada. Além das melhorias mencio-
nadas, o peso não suspenso foi reduzido, melho-
rando ainda mais a capacidade de resposta e ma-
nuseio.

Compara-se o Mustang 2015 com o Mustang Boss


302, o modelo com melhor dirigibilidade de todos
os tempos, o que diz muito sobre a seriedade com
que se tratou essa edição.

O Mustang 2015 manteve o capô longo. Também


na frente, usou-se um nariz dianteiro de mordida
de tubarão com uma grande grade frontal trape-
zoidal. O visual foi contemporâneo e um tanto con-
troverso. As carcaças dos faróis foram alongadas
e refinadas e estiveram equipadas com iluminação
HID padrão para os faróis e três marcas de hash de
LED verticais de cada lado para as luzes diurnas.

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Sua aparência era moderna e agressiva, dando ao
carro uma aparência mais proposital.

Para 2015, o cupê foi renomeado como fastback e


o carro recebeu um perfil mais elegante com uma
redução na altura do teto com um para-brisa e vi-
dro traseiro mais inclinados. Na parte traseira, o
Mustang recebeu um leve chute na tampa traseira
que atuou garantindo melhor estabilidade em ve-
locidades mais altas.

E, finalmente, um Mustang não seria um Mustang


sem suas lanternas traseiras tri-bar e o modelo de
2015 não foi exceção com sua interpretação mo-
derna em LEDs tridimensionais com os sempre po-
pulares piscas sequenciais.

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Crédito editorial: Steven Binotto / Unsplash.com
Novidade para 2015, todos os Mustang conversíveis
receberam um teto externo de tecido e um forro in-
terno completos, com uma almofada de isolamen-
to de dez milímetros de espessura, o que reduzia
bastante os níveis de ruído dentro da cabine ao di-
rigir com a capota levantada. Houve também um
novo sistema de acionamento eletromecânico que
não era apenas mais silencioso do que o sistema
eletro-hidráulico anterior, mas também podia ele-
var e abaixar a capota na metade do tempo. Este
novo sistema de acionamento também se tornou
mais compacto, deixando mais espaço para que o
teto dobrável em Z fosse dobrado para fora.

Com o passar de cada geração, o Mustang passou


por uma série de mudanças de design, tanto de na-
tureza técnica quanto cosmética. A soma dessas
adaptações é a própria essência do Mustang, em
sua forma moderna de sexta geração.

O Mustang de sexta geração com “facelift” foi apre-


sentado em 17 de janeiro de 2017 com frente, faróis
traseiros e interior levemente reestilizados.

Crédito editorial: Basel Al Seoufi / Shutterstock.com

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Crédito Editorial: Zoran Karapancev / Shutterstock.com

E A HISTÓRIA
CONTINUA...
Desde 1964, o público automobilístico é apaixona-
do pelo Ford Mustang. Ele foi vendido com relativa
facilidade desde o primeiro dia, servindo como um
dos favoritos dos consumidores.

Apesar de o Mustang ter sido alvo regular de ce-


ticismo entre os críticos, muitos dos quais ques-
tionaram o status dele como um verdadeiro carro
esportivo, a grande maioria dessas críticas final-
mente desapareceu em 2015, um ano em que mui-
tos sentiram que o Mustang se tornou um carro
esportivo adequado.

O ano modelo de 2015 proporcionou assim a tem-


pestade perfeita na qual o Mustang poderia flores-
cer. Foi nessa época que o Mustang recebeu uma
série de atualizações, incluindo a adição de sus-
pensão traseira independente. O Mustang tam-
bém foi oferecido a um mercado muito maior do
que historicamente, alimentando assim o apetite
dos motoristas em todo o mundo.

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Simplificando, os consumidores estavam prontos
para algo novo, e a Ford entregou a sério, distri-
buindo a versão mais icônica de seu lendário carro
pônei até hoje. Como tal, os consumidores respon-
deram com entusiasmo, aproveitando a chance de
possuir este clássico instantâneo.

Crédito Editorial: Ishan Kulshrestha / Pexels.com

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BIBLIOGRAFIA
Introdução
Referências disponíveis em: https://autoentusias-
tas.com.br/2019/05/a-historia-do-ford-mustan-
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https://www.scielo.br/j/se/a/QLxWgzvYgW4bK-
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A Primeira Geração
Referências disponíveis em: https://www.mustan-
gspecs.com/the-1st-generation-ford-mustang-
-overview/

https://www.noticiasautomotivas.com.br/mus-
tang/

https://en.wikipedia.org/wiki/Ford_Mustang_
(first_generation)#1969%E2%80%931970/ Aces-
so em 04/08/2022.

A Segunda Geração
Referências disponíveis em: https://www.elling-
sonmotorcars.com/blog/TheGenerationsOfMus-
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https://www.mustangspecs.com/the-2nd-gene-
ration-ford-mustang-overview/

48
https://www.mustangspecs.com/the-2nd-gene-
ration-ford-mustang-overview/#google_vignet-
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A Terceira Geração
Referências disponíveis em: https://www.noticia-
sautomotivas.com.br/mustang/

https://www.mustangspecs.com/the-3rd-gene-
ration-ford-mustang-overview/

https://en.wikipedia.org/wiki/Ford_Mustang_
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A Quarta Geração
Referências disponíveis em: https://www.mustan-
gspecs.com/the-4th-generation-ford-mustang-
-overview/

https://en.wikipedia.org/wiki/Ford_Mustang_
(fourth_generation)#:~:text=The%20fourth%20
generation%20Ford%20Mustang,launching%20
on%20December%209%2C%201993./ Acesso
em 06/08/2022.

A Quinta Geração
Referências disponíveis em: https://www.mustan-
gspecs.com/the-5th-generation-ford-mustang-
-overview/

https://en.wikipedia.org/wiki/Ford_Mustang_(fif-
th_generation)/

Acesso em 07/08/2022.

49
A Sexta Geração
Referências disponíveis em: https://www.mustan-
gspecs.com/the-6th-generation-ford-mustang-
-overview/

https://en.wikipedia.org/wiki/Ford_Mustang_(si-
xth_generation)/ Acesso em 07/08/2022.

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