Você está na página 1de 56

1

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................3
O INÍCIO DA INDÚSTRIA
AUTOMOTIVA NO BRASIL..................................... 6
A INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA
NO BRASIL.............................................................. 25
OS CARROS MAIS VENDIDOS
DO BRASIL.............................................................. 36
A HISTÓRIA DO PRIMEIRO
CARRO A RODAR NO BRASIL.............................. 42
FUSCA: O CARRO QUE
ARREBATA CORAÇÕES........................................ 49
BIBLIOGRAFIA........................................................ 54
CONHEÇA O INSTITUTO RETORNAR................ 55

À cada via de e-book adquirida, a RETORNAR concederá ao Usuário uma licença, não exclusiva e intransferível, de
uso do e-book (“Licença”). O download do e-book será considerado como termo inicial da Licença, fato que impli-
cará aceitação expressa, irrestrita e automática do Usuário para com as cláusulas e condições dispostas a seguir.

A RETORNAR permite que você instale o e-book em quaisquer dos seus dispositivos pessoais, em qualquer forma-
to disponível, desde que, exclusivamente, para o seu uso pessoal.

O USUÁRIO fica expressamente proibido de:


- compartilhar, reproduzir, vender, revender, alugar, ceder, atribuir, sublicenciar, emprestar, distribuir ou transferir,
no todo ou em parte, sob qualquer meio ou forma, o e-book ou quaisquer direitos atribuídos a ele para quem quer
que seja.
- duplicar o arquivo do e-book, independentemente da finalidade;
- alterar, marcar ou remover qualquer aviso, rótulo ou marca de titularidade e do e-book, assim como qualquer
nome, símbolo, logotipo, slogan e demais expressões de propaganda que tenham relação com a marca RETORNAR.

2
Crédito editorial: cejofoto | Shutterstock.com

INTRODUÇÃO
A história da chegada do carro no Brasil é muito
mais antiga do que as pessoas podem imaginar.
Para se ter uma ideia, o primeiro veículo a estrear
nas antigas terras indígenas só veio por meio de
Alberto Santos Dumont, o pai da aviação.

Santos Dumont desembarcou com um Peugeot, no


ano de 1991. Esse carro era muito conhecido pelos
europeus como Voiturette, isso porque, se parecia
bastante com as classificações de uma charrete.

O modelo, no entanto, não possuía grandes estru-


turas. Isso quer dizer que apresentava um motor
Daimler, de 3,5 cv movido a gasolina. Além de de-
ter 2 cilindros em ‘V’, o veículo tornou-se muito co-
nhecido por ficar atrelado a figura de Dumont.

3
Crédito editorial: Mario Tassy | unsplash.com

Outro fato curioso é que quem dirigia essa relíquia


era o irmão de Santos Dumont, Henrique Santos
Dumont. Mas este não foi o primeiro veículo em-
placado no Brasil. Embora fosse o primeiro a che-
gar, quem recebeu a honra foi o carro do Conde
Francisco Matarazzo. Esse episódio aconteceu no
ano de 1903. Nessa época, também já existiam no-
tícias de outros veículos rodando no Brasil.

Mais adiante, especificamente no ano de 1908, foi


lançado o Automóvel Clube de São Paulo. O evento
promoveu a primeira corrida de veículos da Améri-
ca do Sul.

Para a escolha da data, 14 de julho, foi levado em


conta o dia em que era comemorada a Festa da
Federação da França, que nessa época era classi-
ficada como a mãe do automobilismo. Mas, devido
a algumas ocorrências, a data foi alterada para o
dia 26 de julho. O evento foi chamado de Circuito
de Itapecerica.

4
Os organizadores determinaram a largada no Par-
que Antártica, seguindo caminho pela rua Cerquei-
ra César, o Convento igreja do Embu, dando conti-
nuidade para os caminhos de Itapecerica da Serra,
assim como o trajeto de Santo Amaro e também
pela avenida municipal.

O retorno ao Parque Antártica, garantiu uma dis-


tância de exatamente 70 km. A primeira corrida
de veículos teve como destaque George Haentjens
que foi o vencedor da competição. O companheiro
no fantástico itinerário de Haentjens, foi o Lorrai-
ne Dietrich que tinha como potência 60 cv.

Ele concluiu a corrida em 1h31m55s. A velocidade


foi estimada em aproximadamente 48 km/h.

Crédito editorial: Sue Thatcher | Shutterstock.com

5
Crédito editorial: James Hime | Shutterstock.com

INDÚSTRIA
AUTOMOTIVA
NO BRASIL
Com a chegada dos veículos no Brasil, as pessoas
começaram a demonstrar cada vez mais interesse
por carros. Esse fato fez com que no país chegasse
às linhas de fabricação o Ford modelo T. Vale res-
saltar, que o primeiro deles foi feito em 1919.

Adiante, para fomentar ainda mais o interesse do


público, a General Motors chegou ao país para mon-
tar seus carros, esse episódio ocorreu em 1940. O
desenvolvimento de departamentos automotivos
que vieram de outros países chegou ao Brasil so-
mente até o período pós-guerra.

6
Nessa época, o então presidente Juscelino Kubits-
chek decidiu promover a necessária Indústria Au-
tomotiva no país. Sendo assim, após tomar posse
do poder, no ano de 1956, JK, em pouco menos de
três meses, deu origem ao chamado Grupo Execu-
tivo da Indústria Automobilística (Geia).

Essa entidade era dirigida pelo Almirante Lúcio Mei-


ra, o Ministro de Viação e Obras Públicas. O órgão
decidiu propor alguns alinhamentos para incenti-
var a chegada de indústrias de carros no País. Por
isso, foi oferecido incentivos fiscais totalmente re-
lacionados às metas de desempenho de nacionali-
zação.

Para que os departamentos se sentissem atraídos,


algumas medidas eram necessárias: os caminhões
deveriam ter 90% do seu peso com componentes
brasileiros, nos automóveis 95% do peso. No en-
tanto, essa norma só poderia ser executada após
4 anos.

7
Crédito editorial: Andrew Lancaster | Unsplash.com
Entenda a Década de 1950
A fabricante Brasmotor, no ano de 1951, começou
a construir os importados da Volkswagen, para os
brasileiros. O Fusca e a Kombi eram esses mode-
los. Mas só em 1956, a Romi garantiu o desenvolvi-
mento do Romi-Isetta 2. Este foi classificado como
o primeiro carro fabricado no país.

Mas foi em 1957, quando aconteceu não só a monta-


gem, como também a fabricação do primeiro carro
no Brasil. Foi a Kombi, com um motor Boxer 1.200
cc. Depois de 2 anos chegava ao Brasil o Volkswa-
gen Sedã, com motor 1200 cc, e também o Fusca.

Vale ressaltar que alguns modelos Bel Air também


tiveram fabricação própria no Brasil, entretanto, a
proposta não foi levada para frente por diversos
motivos comerciais da época.

8
Crédito editorial: Douglas Mendes | pexels.com
A década de 1960
O ano de 1960 foi marcado pela indústria auto-
motiva por conta da estreia da versão completa-
mente do carro Alfa Romeo 2000 Berlina. Entre
as novidades desse automóvel estavam os pneus
radiais, assim como o motor com duplo comando
de válvulas e também o câmbio que possuía cinco
marchas.

Ainda, em 1960 surgiram outras grandes novidades


que seriam de extrema importância para o setor.
Foram os veículos: Aero-Willys, Simca Présidence,
Rural Willys e DKW-Vemag Candango. Vale lembrar
que o Simca Présidence possuía até um modelo de
minibar, no banco de trás.

Crédito editorial: Rui Alves | Unsplash.com

9
O Willys Interlagos 4 registrou presença no Brasil a
partir do ano de 1962. A versão licenciada do car-
ro Renault Alpine também foi um dos memoráveis
que abriu caminho para a estreia do Karmann Ghia,
por meio da Volkswagen.

Tivemos também o lançamento do ‘Cornowagen’,


apelido atribuído ao fusca diferenciado com teto
solar de aço. Depois de três anos, a Willys trouxe
o Itamaraty, versão mais robusta do Aero-Willys,
com contemplações mais luxuosas.

Entre os anos de 1967 e 1969, surgiram três gran-


des clássicos: o Ford Galaxie, o Chevrolet Opala e
o Ford Corcel.

O Chevrolet Opala foi um marco da época, pois o


seu esperado lançamento, que ocorreu apenas em
novembro de 1969, começou a ser falado em mea-
dos em 1968, quando ainda nem existia um primei-
ro modelo pronto.

10
É fato que, assim como o Fusca, o Opala dominou
o coração dos brasileiros ao longo das suas 2 déca-
das e meia de comercialização no país. Logo, não é
possível falar sobre o início de tudo sem dar a de-
vida atenção à linha da Chevrolet.

O furor causado pelo Opala no final dos anos 60


foi tão grande, que a sua divulgação revolucionou
as formas de propagandas do setor automobilísti-
co para sempre.

Estamos falando de nomes de peso para a divul-


gação do novo carro clássico feito em solo brasi-
leiro, entre jogadores de futebol, atrizes e cantores
famosos da época.

Sem dúvidas, o fechamento dessa década foi de


suma importância para o que estava por vir nos
anos 70.

11
Crédito editorial: Johnnie Rik | Shutterstock.com

O marco da década de 1970


A indústria nacional, no período de 1970, trouxe
lançamentos significativos. a Dodge começou a
produzir no Brasil o modelo Dart, que se tornou um
grande sucesso no mercado automobilístico brasi-
leiro. Isso porque, a sua carburação dupla de 1600
era o ponto alto. O Volkswagen Fusca e o Dodge
Charger foram todos esses lançamentos que o ano
de 1970 contemplou.

Em 1971, as grandes estrelas foram o Ford Belina,


Volkswagen TL, o Chevrolet Opala SS, além do Ford
Landau LTD e também o Puma GTE. Além disso,
através da mecânica Volkswagens, dois modelos
muito aclamados se destacaram: o Ford Maverick
e o Dodge Chrysler 1800.

Os carros Volkswagen Passat eram classificados


como VW nacional, que detém motor arrefecido a
líquido, além de tração dianteira. Já o Alfa Romeo
2300, garantia mecânica 2.3, sem contar os freios
a disco, presente nas quatro rodas, e também a sua
carroceria com zonas de deformação.

12
O Chevrolet Caravan, assim como o Puma GTB,
foram algumas das inovações de 1974. Em 1975, o
Opala Comodoro chegou para revolucionar a dé-
cada, pois, após o lançamento da versão SS, que
saiu de linha devido à crise do Petróleo, foi o mo-
mento da Chevrolet lançar um novo esportivo de
luxo.

Dividindo espaço da General Motors com a Cara-


van neste ano, o Comodoro se manteve em alta no
mercado por quase uma década, sendo relançado
a cada dois anos, com atualizações relevantes para
os consumidores.

Mas foi em 1976, depois do anúncio do Programa


Nacional do Álcool, que a Fiat resolveu trazer para
o Brasil o seu primeiro carro, o Fiat 147.

Esse modelo garantia o motor 1050, mas a sua pi-


cape mesmo com todo o avanço, só chegaria de-
pois de dois anos.

Crédito editorial: Chris F | pexels.com

13
O luxo da década de 1980
Em 1980 as ruas já começavam a contemplar a era
do luxo. Isso porque o Chevrolet Opala Diplomata,
um carro muito luxuoso, foi visto como uma gran-
de revolução para o mercado nacional.

Mas não podemos deixar de destacar o primeiro


carro a rodar com álcool no Brasil - o clássico Fiat
147. Foi esse modelo que abriu caminho para o Gol
1.3, valorizando o mercado Volkswagen que desde
então se manteve como líder.

O gol 1.3, era caracterizado por possuir arrefeci-


mento a ar. Após um ano, recebeu um novo motor
(1600). Junto com a estreia do Gol, a sua variante,
a famosa Sedã, começava a se firmar. Além dela, o
Voyage também transitava pelo mesmo caminho,
afinal este possuía motor 1.5.

Crédito editorial: Martin Charles Hatch | Shutterstock

14
No ano de 1982, o Monza Hatch 1.6 e 1.8, foram as
grandes apostas da Chevrolet. E no mesmo perí-
odo chegaram, finalmente, a picape Ford Pampa e
também o Volkswagen Saveiro. Sem esquecer, do
Volkswagen Parati, o Fiat Spazio e também o Gur-
gel XEF.

A Ford foi responsável por trazer o Escort Ghia e o


XR3. Não ficando para trás, a Chevrolet lançou o
Chevrolet Monza com duas e 4 portas. O Voyage,
da Volkswagen, passou a ser apresentado também
com as opções de 4 portas.

Vale destacar, que em 1983 a Chevrolet também


lançou mais um modelo inspirado no Chevette, a
clássica picape Chevy 500. No ano seguinte, a Fiat
contou com a inovação do Uno SX 1.05 e também
1.03. Esses modelos revolucionários tornaram-se
um dos maiores rivais da Volkswagen.

Neste importante ano, a Volkswagen não quis dei-


xar por menos, lançou o Sedã Santana, o Luxuo-
so Passat GTs Pointer, além do Gol GT. Por outro
lado, a Ford trazia destaque para a incrível tração
de 4x4, nesse caso, a picape Pampa e a charmosa
Perua Belina.

15
Crédito editorial: rafastockbr | Shutterstock.com

Depois dessa fase, os carros esportivos vieram com


bastante força. Ou seja, o ano de 1985 trouxe a
nova configuração do Alfa Romeo 2300, além do
Monza S-R e do Ford Escort XR3 conversível.

Como novidade empolgante, foi o período onde


também chegaram o Ford Corcel e também o famo-
so Del Rey. Com isso, a Volkswagen também consi-
derou a disponibilização do Gol com motor 1.6, de-
tendo funcionalidade refrigerada a água.

A Gurgel estreitou o mercado comercializando o


Carajás com o motor 1.8 AP e também 1.6 a diesel,
mesmo caso da Kombi. Enquanto isso, a Fiat de-
monstrava o novo sedã do Uno. O Ford Escort tam-
bém foi um carro clássico que em 1986 conquistou
nova geração.

OVolkswagen Gol apontou inovação com uma nova


dianteira. Já a Fiat, possibilitou mais três grandes
novidades: a Perua Elba e o Uno 1.5 R, carro espor-
tivo. Sem contar que a Fiat foi premiada pelos seus
lançamentos com quatro portas.

16
Como não gostava de ficar atrás, a Chevrolet es-
treou então o seu luxuoso Monza Classic. No ano
de 1988, a Volkswagen foi responsável por apostar
no primeiro carro com injeção eletrônica do país. O
esportivo e requisitado Gol GTi, uma derivação do
GTS lançado em 1987, foi o veículo com essa mo-
dalidade.

Ainda, neste período, a Gurgel apresentou o seu


mais novo modelo de destaque - o BR-800. O car-
ro Diplomata se instaura no mercado com câmbio
automático e quatro marchas. Além de evidenciar
a nova performance da Chevrolet Veraneio.

Na classe dos esportivos nacionais, novos lança-


mentos também impulsionaram o ramo. O AM3,
AM4 e o AMV/GTB eram os três Pumas do seg-
mento. A importante década de 80, trouxe alguns
lançamentos consideravelmente importantes. A
inclinação buscou destaque para o Chevrolet Ka-
dett e a perua Ipanema.

Na lista, o Fiat Elba com quatro portas também foi


de grande relevância. Mas não tem como deixar de
citar os primeiros do Volkswagen e do fabricante
Ford. Em 1980, foi o período onde nasceu o Ford
Verona.

17
A chegada de 1990
Na estreia de 1990, chega ao mercado o Apolo, co-
nhecido como o incrível ‘Verona’ da Volkswagen.
Seguindo o modelo lançado pela demonstração
do Gol GTI, o Santana Executivo EFi correspondeu
com grande expectativa. Tendo como diferencial a
injeção eletrônica, podemos dizer que esse mode-
lo se consagrou nessa época. A Chevrolet também
se manteve no topo comemorando a chegada do
Monza EF com a versão injeção eletrônica.

A Fiat não deixou por menos e lançou o Uno Mille.


E assim, um ano depois, o Gol e o Santana passa-
ram por um facelift, bem como o Chevrolet Monza
e o Opala. A Fiat mostrou ao mercado o seu mais
novo sedã, o Tempra. E a Ford, o Versailles.

Entre as grandes novidades que aconteceram em


1992 é importante destacar o Ford Escort XR3 For-
mula. Este apresentava controle eletrônico de seus
amortecedores.

Crédito editorial: Svarun | Shutterstock.com

18
Já a Chevrolet apresentou o carro clássico Kadett
GSI conversível, assim como a Autolatina foi capaz
de inserir o conversível no Santana e também no
Versailles, além do primeiro programa de antitra-
vamento de freios (ABS) do país.

Ao mesmo tempo, em 1992 foi o ano da finalização


da fabricação da linha Opala no Brasil. Após qua-
se 30 anos, os modelos se despediram do público
fiel em um último lançamento, feito especialmente
para os fãs: a Opala Collectors.

Seguindo o modelo Diplomata, que pegou o reina-


do após o Comodoro passar o bastão, a Chevrolet
lançou uma linha exclusiva para colecionadores,
com apenas 100 modelos disponibilizados.

O carro de número 100, que também foi o Opala


de número 1 milhão fabricado em São Paulo, está
exposto no Museu Dodge até os dias de hoje, com
a sua beleza intocada e os itens de colecionador
que saíram junto ao carro.

Crédito editorial: M.Antonello Photography | Shutterstock.com

19
Crédito editorial: Johnnie Rik | Shutterstock.com

Entre os itens, colocados em uma pasta de couro


luxuosa, estavam uma fita VHS contando a traje-
tória do Opala, uma carta do presidente e do vice-
-presidente da General Motors, um relógio e uma
chave dourada.

O fim da fabricação do querido Opala causou mui-


ta comoção entre os amantes dos carros clássicos,
havendo, até mesmo, relatos de protestos por par-
te dos consumidores.

Entretanto, com a chegada da modernidade, algu-


mas coisas precisam mudar e evoluir, com isso, a
Chevrolet conseguiu continuar com a sua experti-
se em lançar moda.

Assim, no campo das novidades o Chevrolet Ome-


ga, o Chevrolet Chevette Junior 1.0, o Volkswa-
gen Gol 1.0, o Ford Escort Hobby 1.0, Ford Royale,
Volkswagen Quantum, Mille electronic, Ford Escort
com motor 2.0, Fiat Uno 1.5 e o Gurgel Supermini
foram os destaques desse período.

20
No campo das novidades, o Chevrolet Omega, o
Chevrolet Chevette Junior 1.0, o Volkswagen Gol
1.0, o Ford Escort Hobby 1.0, Ford Royale, Volkswa-
gen Quantum, Mille electronic, Ford Escort com
motor 2.0, Fiat Uno 1.5 e o Gurgel Supermini foram
os destaques desse período.

O Presidente Itamar Franco, no ano de 1993, pediu


o retorno da produção do Volkswagen Fusca. Nes-
se período nascia também o Volkswagen Logus, as
Peruas Chevrolet Suprema e Ipanema, assim como
o Fiat Tempra 16v, o Chevrolet Vectra, Ford Verona
e o Fiat Uno 1.6 R.

Em 1994, o Chevrolet Corsa, chegava ao mercado


braseileiro com uma versão mais inovadora que a
concorrência. A Volkswagen lançou a nova geração
do Gol, com modelo 1995, possuindo injeção ele-
trônica em todas as variações de motor.

Crédito editorial: Johnnie Rik | Shutterstock.com

21
Nesse mesmo ano, o Fiat Mille ELX, assim como, os
esportivos da Fiat Uno 1.4 Turbo e o Tempra 2.0 Tur-
bo anunciavam a sua chegada. O Chevrolet Ome-
ga também estreou com tudo, apresentou as suas
versões 4.1 e 2.2 de motores.

Já a Volkswagen, acabava de anunciar o seu mais


novo carro, o Hatch Pointer. Ainda em 95, a Che-
vrolet divulgou a estreia da picape S10. Nessa ver-
são a cabine era totalmente fechada. A Blazer, por
outro lado, comunicava as variantes para o Corsa.
Estes foram: Hatch quatro portas, sedan e picape.

O Gol reagiu da mesma forma e a Parati também,


ambos chegaram ao mercado representados em
novas versões. A Fiat, por sua vez, apresentava a
chegada do hatch de luxo, e também a funcionali-
dade da injeção eletrônica no Mille.

No ano de 1997, o sedã Vectra aumentava de tama-


nho. Outro fator é que a produção desse carro era
feita no Brasil. A Fiat apresentou o Palio Weekend
e sua versão hatch, além do Tipo que se firmava
como primeiro carro nacional com airbag.

A Chevrolet acaba de ampliar a sua versão da S10,


com as modalidades cabine dupla e estendida. O
fato é que tanto ela quanto a Blazer, recebiam o
incrível motor V6 Vortec, com capacidade de 4.3 li-
tros e câmbio automático.

Nessa era acaba de nascer a picape grande, o Che-


vrolet Silverado. A Ford anunciou o hatch compacto
Ka. Já a Autolatina, chegava ao seu fim. Por men-
surar estreias, não podemos deixar de comparar
que nessa época também surgiu a nova geração
da Saveiro, o Parati GTI 2.0 e o Gol 1.0 16V.

22
O período de 97 foi marcado também pela chega-
da do primeiro Honda Civic nacional. A Fiat aca-
bava de proporcionar uma revolução ao mercado,
permitindo a estreia do avançado Marea sedã e do
Weekend.

Também na lista de estreia: a Strada e também o


Siena 1.0, que garantia cambio manual com seis
marchas. Tentando ultrapassar a Honda, a Toyota
celebrou a chegada do Corolla nacional.

A Chevrolet, para não ficar por baixo, lançou o As-


tra e o Vectra com motor 2.2.

Crédito editorial: Everyonephoto Studio | Shutterstock.com

23
Como foi a chegada de 2000
Um pouco antes da chegada do ano 2000, ain-
da deu tempo para lançar novos modelos no Brasil.
Estes foram: O Volkswagen Golf Nacional, o Fiat
Palio Adventure, Renault Scénic, Audi A3, Strada
com cabine estendida, o Mercedes-Benz Classe A,
além do Palio Weekend 1.0, Chevrolet Astra sedã e
do Fiat Brava.

Crédito editorial:Patrik Velich | Unsplash.com

24
A INDÚSTRIA
AUTOMOBI-
LÍSTICA NO
BRASIL
Nos anos 2000, houve uma grande revolução para
a indústria automotiva nacional. A Chevrolet lançou
o Celta, a Fiat apontou o Palio com versão motor
Fire, a Renault desenvolveu o Clio Sedan, a Honda
trouxe uma renovação para o Civic, a Volkswagen
propôs a opção de motor superior para o Gol e tam-
bém a Paraty com potência 1.0.

Crédito editorial:Amir Hosseini | Unsplash.com

25
Crédito editorial:Amir Hosseini | Unsplash.com

Já a Blazer e a Chevrolet S10 apresentaram novas


versões estéticas. No ano de 2001, foi a fase tam-
bém das minivans como o Citroen Xsara Picasso, o
Peugeot 206, Chevrolet Zafira e Fiat Doblò.

O Polo foi o carro clássico da Volkswagen em 2022.


Já a Chevrolet conseguiu renovar o Corsa hatch e o
sedã. Além disso, estreou no mercado o Celta com
quatro portas e o Meriva. Com isso, a Ford permi-
tiu inovações no Fiesta 1.0 Supercharger.

Mesmo sem saber, a Ford não tinha ainda a dimen-


são, de que pouco depois, traria significativas re-
voluções para o mercado, a partir do Ecosport SUV
compacto.

A Volkswagen também seguiu essa mesma linha de


evolução e permitiu que o mercado conhecesse o
Gol Total Flex. Este foi considerado o primeiro car-
ro do país com motorização amplamente flexível
em combustível.

26
A Honda, por sua vez, permitiu inovações com o
Honda Fit. Sendo assim, esse foi o primeiro carro
no Brasil com câmbio CVT. Nessa categoria, não
podemos deixar de destacar o Citroen C3, além do
Volkswagen Fox, assim como a surpreendente li-
nha Fiat Palio com motor surpreendente 1.8 GM.

Os lançamentos Chevrolet Montana, Renault Clio,


Honda Civic também fazem parte da categoria dos
renovados desse período. O ano de 2004 foi mar-
cado por outras novidades importantes como o
carro Toyota Fielder, o Fiat Mille e o Ford Ecosport.

Já em 2005, a Volkswagen se destaca apresen-


tando a indústria o CrossFox e a minivan da Fiat. A
Volkswagen também lançou a Kombi com uma ver-
são totalmente atualizada compondo motor com
capacidade 1.4, refrigerado a líquido.

Nos anos de 2006 e 2007, a grande novidade foi o


Fiat Idea Adventure, Renault Logan, Sandero, Peu-
geot 206 SW, Chevrolet Vectra GT, Renault Méga-
ne Grand Tour, Fiat Punto e o ‘New’ Honda Civic.

27
Crédito editorial: HOHLOVMIHAIL | Shutterstock.com
Já em 2008, o Toyota Corolla passou por mais uma
renovação. Nesse período, o Gol também estrea-
va com motor de qualificação transversal e o carro
Voyage conseguiu retornar ao mercado.

O Honda Fit apresentou nova versão trocando o


CVT pela capacidade do câmbio automático con-
vencional. O Renault Sandero se conceitua com
a versão Stepway. Além disso, a Fiat acabava de
anunciar o carro que acaba de substituir o carro
Marea Sedã, que seria o Linea.

Os Pálios Weekend e Strada Adventure Locker


também apresentavam novos estilos. A Hyundai
mostrava o novo SUV Tucson e voltava com força
ao Brasil. As versões renovadas também acompa-
nhavam o Peugeot 206. Esse se apresentava com
dianteira e posteriormente novo nome e fazia parte
de sua história, Peugeot 207. O Honda City marcou
história em 2009.

Além dele, outras novidades movimentaram o mer-


cado automobilístico: Fiat Strada com cabine du-
pla, Grand Livina, Nissan Livina, Punto T-Jet, além
das versões atualizadas do Volkswagen Fox e tam-
bém Saveiro, Volkswagen Polo Bluemotion, Hatch
J3 e o Peugeot 207 SW Escapade.

O Uno deixou de receber o nome Mille e retornou


a sua primeira evolução, quando foi lançado nos
anos 80. Nesse mesmo período, chegou o Citroen
Aircross, a picape Chevrolet Montana e a picape
Peugeot Hoggar. A Fiat acabava de lançar o carro
Bravo, já o Renault Logan passava por um proces-
so de transformação.

28
Crédito editorial:Bestami Sarıkaya | Unsplash.com

O Renault Duster, o primeiro concorrente de alto


padrão do Ford Ecosport, chegou em 2011. Nesse
caso, o Fiat Palio apresentava também uma nova
estrutura estética. O Chevrolet Cruze, acabou
substituindo o Vectra.

Já o Honda New Civic recebia uma nova remode-


lagem e o Chevrolet Cobalt acabava de estrear no
mercado. O Mégane deixa seu espaço para o Re-
nault Fluence. Em 2012, outros lançamentos com
amplos destaques também foram impulsionados.

Os hatch Hyundai HB20, Chevrolet Onix e Toyo-


ta Etios eram as referências desse período. Outras
surpreendentes novidades foram o destaque da
nova geração do Citroen C3, bem como o lança-
mento do Fiat Grand Siena, além da nova geração
do Chevrolet S10.

Sem esquecer do trailblazer Spin que logo em se-


guida se tornou o substituto do Meriva e Zafira.
A nova geração do Volkswagen Gol, Ford Ecosport
e o Voyage também estrelam nessa época. Alguns
recebiam o câmbio Powershift e modernizações es-
téticas.

29
Nessa década, foi onde os lançamentos demons-
traram o verdadeiro boom, principalmente com o
destaque para o Ford New Fiesta renovado, o Che-
vrolet Prisma com nova geração, renovação do
Honda Civic, Peugeot 208, Renault Logan, assim
como Hyundai ix35.

Em sequência, o Volkswagen Up!, Toyota Corolla


possuindo câmbio CVT foram representados com
selo de nova geração. Não podemos deixar de falar
que em 2014, a nova geração Nissan March, o Ford
Ka e Ka + também se apresentaram em nova con-
figuração.

Crédito editorial: otomobil | Shutterstock.com

O mercado dos SUVs demonstraram acirrada con-


corrência pelo mercado, em 2015. Nesse ano tam-
bém aumentou de forma considerável a estreia do
Honda HR-V, o Peugeot 2008 e o Jeep Renegade.
O carro Chery Celer passou a ser desenvolvido no
Brasil, já o SUV Duster recebeu nova versão picape
Oroch.

30
Crédito editorial: oa Souza | Shutterstock.com

O Sandero ficou com a classificação esportiva R.S,


com capacidade de 2.0 litros, além de 150 cv. A
Audi considerou o lançamento do A3 sedan nacio-
nal e a Volkswagen apontou o Up!, com motor de
potência 1.0 TSI.

O Nissan March se manteve no destaque possuin-


do motor de 3 cilindros aspirado. Já o HB20 sofreu
outra modelagem estética. Além dele, o Citroen
Aircross e o Chevrolet Cobalt também passaram
por esse procedimento.

A Fiat Toro chegou em 2016 tornando-se uma forte


concorrente da picape Renault Duster Oroch. Trou-
xe também o desejado compacto Mobi. Os desta-
ques de 2016 ficaram por conta do Fiat Uno, o Jet-
ta nacional 1.4, a nova geração do Civic, o Peugeot
208 GT 1.6, Chevrolet Onix, Trailblazer, Prisma, os
BMW X1 e X4, Audi Q3 e S10.

Além desses lançamentos, o mercado recebeu o


famoso Ranger Rover Evoque, a nova geração do
Jeep Compass, além dos Mercedes Classe C e GLA
das classificações nacionais.

31
Em 2017, as referências ficaram por conta do Che-
vrolet Equinox, Chevrolet S10, possuindo câmbio
automático a partir de tecnologia CPA, Honda WR-
V, Volkswagen Polo, Renault Kwid, além do Renault
Captur 2.0 CVT, Peugeot 3008, nova reformulação
do Toyota Corolla, renovação do Volkswagen Up!,
apresentação da nova geração da Nissan Frontier,
Fiat Argo 6, Ford Ka Trail e a modernização do Ford
Ecosport.

Desse período em diante, a indústria automobilís-


tica tem apresentado a cada ano mais reformu-
lações tecnológicas em seus veículos. Para trazer
sequência aos demais anos, teremos assunto para
mais um completo ebook, visto que as capacida-
des modernas, estarão sempre em constante evo-
lução.

Afinal, a partir do investimento em tecnologia em


automóveis, abre-se um leque de opções para fa-
vorecer os motoristas e passageiros.

Em se tratando de assuntos relacionados à che-


gada dos carros no Brasil, bem como a permanên-
cia dos carros clássicos, confira a seguir um pou-
co mais sobre a trajetória da indústria automotiva
brasileira.

32
Crédito editorial: otomobil | Shutterstock
Impacto da Indústria automotiva
no cenário brasileiro
Conforme conseguimos visualizar anteriormente,
a história da Indústria Automotiva trouxe mudan-
ças significativas para o cenário brasileiro. Já que
conseguimos entender como se deu o início dessa
história, vamos considerar agora como a trajetória
da Indústria Automotiva se reflete nos dias de hoje.

Nos anos de 1990, foi muito estimulada a impor-


tação de carros. Este fato foi importante porque
conseguiu abrir de forma satisfatória o mercado
brasileiro para novas empresas e produtos. Atu-
almente, o país conta com aproximadamente 20
empresas do setor automotivo.

Crédito editorial: Jenson Z | Shutterstock.com

33
Esses segmentos competem de forma totalmente
lucrativa, com mais de 60 fábricas, em 11 estados
diferentes. Ou seja, a capacidade de produção é
de 4,5 milhões de carros por ano. Isso quer dizer, a
média de 5 mil e 500 setores de concessionárias.

Em termos de exportação, no Brasil 22% de toda


produção é comprometida. Sem contar que a in-
dústria é capaz de garantir mais de 100 mil em-
pregos. Mesmo depois de uma fase de recessão, a
economia por parte do segmento automotivo vol-
tou a crescer de forma considerável.

Só para ter uma ideia, em 2018, houve um cres-


cimento de aproximadamente 16%, e atualmente
espera-se um aumento de pelo menos 12%. Essa
é a expectativa das principais montadoras. Fazer
com que a fase de recessão seja superada não é
tarefa tão simples, principalmente para a indústria
de carros, mas é importante ter sempre um olhar
otimista com relação a esse cenário.

Crédito editorial:Lenny Kuhne | Unsplash.com

34
Sem contar que o governo também deve propor al-
guns incentivos a esse segmento. Uma dessas ca-
racterísticas é por causa do programa Rota 2030.
A iniciativa garante a definição de regras para a fa-
bricação de carros no Brasil nos próximos 10 anos.

Dividido em alguns períodos diferentes, o programa


tem como apontamento a quantidade necessária
que os fabricantes devem investir na atividade de
pesquisa e desenvolvimento no país.

O objetivo central é fazer com que as empresas


usem até 1,22% do seu faturamento, em compen-
sação, poderão garantir abatimento de 10,2% a
12% do valor em tributos.

O programa Rota 2030 também exigirá uma maior


agilidade energética, segurança automotiva, assim
como o desenvolvimento de capacidades de mobi-
lidade e ampla capacitação profissional.

Essas, no entanto, se configuram como tendências


que podem permitir, acima de tudo, um aumento
totalmente expressivo ao mercado.

Crédito editorial: Irina Borsuchenko | Shutterstock.com

35
Crédito editorial: sarunyu rapeearparkul | Shutterstock.com

OS CARROS MAIS
VENDIDOS DO BRASIL:

OS CAMPEÕES
Você já parou para se perguntar quais são os carros
mais comercializados do Brasil? Muitos possuem
certo conhecimento quando o assunto se refere à
venda de veículos. Contudo, a questão começa a
ficar mais complexa, quando envolve algumas dé-
cadas anteriores.

Por isso, resolvemos trazer algumas comparações


para que você entenda de forma simples quais fo-
ram os carros mais vendidos da história do Brasil.

Desde 1954 até os dias de hoje, líderes deste seg-


mento puderam se beneficiar dos reflexos da in-
dústria automobilística no Brasil. Vale considerar
que, nessa fase, o Brasil ainda não contava com
um setor automotivo. Ou seja, todos os carros que
andavam pelas ruas, eram importados ou simples-
mente estruturados em solo nacional. No entanto,
suas peças vinham do exterior. O mercado era re-
lativamente pequeno e esses também eram con-
siderados fatores que dificultavam o interesse do
fomento neste setor.

Por fim, conheça quais foram os vencedores dessa


época:

36
Jeep Willys
O Jeep Universal pode ser considerado um veículo
que surgiu exatamente no mesmo momento que a
indústria automotiva no Brasil. Com isso, no ano de
1957, a extinta Willys Overland se manteve como a
principal líder no mercado de vendas do país.

Com performance robusta, o Jeep Willys também


era extremamente versátil. Por isso, era tão acla-
mado pelo público.

37
Crédito editorial: Kody Hogan |Pexels.com
Fusca da Volkswagen
Não é novidade dizer que o fusca está na lista dos
carros mais vendidos no Brasil. Afinal de contas,
este veículo manteve essa fama por nada menos
que 23 anos.

No período de 1959, a fábrica da Volkswagen em


São Paulo começou a produzir os primeiros Fuscas
brasileiros. E no final desse mesmo ano, o carro já
era líder do mercado.

Não podemos esquecer que o Fusca foi sinônimo


de sucesso mundial. Isso porque o seu desenvol-
vimento global atingiu aproximadamente 21,5 mi-
lhões de carros. No Brasil, essa produção foi de 3,1
milhões de unidades.

38
Crédito editorial: YEŞ | pexels.com
Crédito editorial: Moises Alex | Unsplash.com

Chevrolet Chevette
O Chevette alcançou o topo do ranking dos carros
mais comercializados do Brasil, inclusive, desban-
cou o Fusca durante um ano.

Calculando o início da fabricação do Chevette no


Brasil (em 1973) e também o fato de sua produção
ter sido encerrada 20 anos depois (em 1993) foram
somadas 1,6 milhões de unidades.

Chevrolet Monza
Manter-se no quadro de líder de mercado por três
anos consecutivos é considerado um feito para
carros de modalidade popular. Para os carros so-
fisticados, a cobrança é ainda maior.

Esse feito ocorreu com o Monza. Esse carro caiu


no gosto dos consumidores. Mesmo com as crises
no setor econômico, as vendas alcançaram mais
de 857 mil unidades.

39
Crédito editorial: Wirestock Creators / Shutterstock.com

Volkswagen Gol
Os carros da Volkswagen sempre estiveram no topo
dos mais vendidos no país e com o gol não foi di-
ferente. Durante 26 anos, esse modelo se tornou
o preferido dos motoristas. Inclusive, este era um
recorde com muita relevância e muito difícil de ser
alcançado.

A produção do Gol, já chegou a faixa de 8,5 mi-


lhões de veículos produzidos e até os dias de hoje,
esse número segue em crescimento.

A verdade é que, no final das contas, o modelo aca-


bou envelhecendo muito e por isso acabou perden-
do espaço no mercado para as novas gerações.

Fiat Palio
O Fiat Palio é um carro que vendeu bastante. Seu
visual e o valor baixo chamavam bastante a aten-
ção na hora de decidir qual carro comprar. A Fiat
foi responsável por fabricar o Palio no país por 22
anos. Ao total foram produzidos mais de 3 milhões
de veículos.

40
Chevrolet Onix
Quase 30 anos depois da apresentação do Monza,
a Chevrolet conseguiu novamente assumir o topo,
dessa vez com Onix. Esse foi um carro que perma-
neceu na liderança por 6 anos seguidos - de 2015
até 2020.

No entanto, o Onix teve uma história curta. O lan-


çamento ocorreu em 2012 e em seguida o público
motivou a Chevrolet a lançar uma nova geração.

Crédito editorial: Darren Brode | Shutterstock.com

41
Crédito editorial: Johannes Plenio | Unsplah.com

CONHEÇA A HISTÓRIA DO
PRIMEIRO CARRO A

RODAR NO
BRASIL
No ano de 1956 foi apresentado o Romi-Isetta no
país. Há mais de 60 anos o Brasil pôde apreciar um
carro clássico, de performance urbana e atrativa-
mente de tamanho compacto. Embora tenha nas-
cido na Europa, foi no Brasil que ocorreu a produ-
ção em série desse primeiro carro.

Em Santa Bárbara D’Oeste - SP, as Indústrias Romi


ficaram responsáveis pela fabricação do modelo.
Afinal de contas, essas já eram famosas por ga-
rantir a fabricação de tratores.

42
Este foi um carro que criou uma trajetória impor-
tante até 1961. Nesse período foram produzidas
mais de 3 mil unidades. Sendo assim, as ruas do
Brasil puderam aproveitar bastante o característi-
co Romi-Isetta.

Possuindo somente 2,28 metros de comprimento


e 1,38 metros de largura, o Romi foi o pequeno ve-
ículo que arrebatou o coração da classe artística.
Atrizes como Dercy Gonçalves, Eva Wilma e John
Herbert, por exemplo, foram os que adquiriram o
charmoso compacto.

Crédito editorial: Sergey Kohl | Shutterstock

43
Entenda o estilo do Romi-Isetta
Com estilo diferenciado, o Romi-Isetta foi desen-
volvido a partir do conceito da aviação. Construído
com chassi tubular (com eixo dianteiro mais que a
parte traseira) as rodas da frente possuíam molas
independentes.

A composição do carro tinha 10 polegadas. Por


isso, enfrentava um pouco de dificuldade quando
era submetido às ruas com asfalto irregular.

Quando a porta era aberta, elevava a coluna de di-


reção. Na parte interior existia um banco com ca-
pacidade de dois adultos e uma criança. Mas de-
pendendo da altura dos passageiros, poderia até
bater com a cabeça no teto.

Em termos de capacidade, o Romi-Isetta era estru-


turado com motor dois-tempos bi-cilindricos, com
estrutura de 236 cm³ o motor garantia 9,5 cv de
potência. Contudo, a velocidade máxima alcança-
va 85 km/h. O Romi-Isetta também possuia câm-
bio de 4 marchas.

44
Crédito editorial: Julian Hochgesang | Unsplash.com
No ano de 1959, toda estrutura do motor mudou,
isso porque o propulsor BMW acabou entrando em
cena. Esse, no entanto, contava com quatro mo-
nocilíndricos.

Basicamente era classificado como motor de moto.


Com isso, contava com 298 cilindradas e potência
de 13 cv.

Com essas atribuições, o Romi-Isetta atingia 85


km/h. Nesse caso, a tração traseira além do tan-
que de combustível, de capacidade para 13 litros,
se mantiveram nas condições do compacto Romi.

Crédito editorial: Rui Alves | Unsplash.com

45
A ideia de criar um veículo rentável:
saiba mais sobre o Romi-Isetta
No ano de 1955, os empresários Américo Emílio
Romi e Carlos Chiti foram para a Itália com a in-
tenção de realizar uma negociação da produção
do Iso Isetta. Os procedimentos foram longos, mas
finalmente os sócios conseguiram a licença para o
desenvolvimento do carrinho no Brasil.

Os empresários precisaram de um ano para colocar


em prática as atividades de instalação da planta e
também para ampliar a relação com os principais
fornecedores.

Um ano depois, em 1956, tudo estava no lugar para


iniciar a fabricação do então Romi-Isetta. As car-
rocerias eram trazidas da Tecnogeral, uma indús-
tria de São Paulo. Por fim, no dia 5 de setembro de
1956, o lançamento do Romi-Isetta praticamente
parou toda a capital paulista.

Aconteceu uma caravana, mais precisamente um


desfile de carros. O local exato foi o estádio do Pa-
caembu. Mesmo com tanto sucesso, acabou que
Romi-Isetta ficou preso em uma rede de polêmicas.

A pergunta, no entanto, era para definir se o pe-


queno carrinho era de fato um automóvel ou não.
Nesse período, aconteceu o fim do automóvel com-
pacto.

46
Crédito editorial: Dmitry Eagle Orlov | Shutterstock.com
Romi-Isetta chegou ao fim de for-
ma precoce
No começo dos anos 50, o Brasil era um país que
não tinha muita regulamentação. Por isso, o Grupo
Executivo da Indústria Automobilística desenvol-
veu novas regras.

Para que as empresas de automóveis pudessem re-


ceber benefícios do Governo de Juscelino Kubits-
chek, os carros precisam ter duas portas, assim
como duas fileiras de bancos. E o Romi-Isetta não
cumpria com essas recomendações.

E assim, o carrinho deixou de receber os incentivos.


Dessa maneira, os gestores tiveram que duplicar
seu preço no mercado. Para o público esse não foi
um fato interessante. E logo, outros modelos pas-
saram a ser mais requisitados.

Crédito editorial: Sergey Kohl / Shutterstock.com

47
O Romi-Isetta não conseguiu resistir às obrigações
impostas pelo Governo. Fato que prejudicou com-
pletamente a sua permanência no mercado. Com
isso, acabou saindo de linha no ano de 1961.

Segundo o empresário Romi, o governo de Itamar


Franco demonstrou haver interesse na volta do
compacto. Apesar da vontade, em se tratando das
questões financeiras, era completamente inviável.

Isso porque, nesse período a indústria já absorvia


investimentos altíssimos. Com isso, o seu retorno
foi impossibilitado.

48
Crédito editorial: John M | pexels.com

FUSCA:
CARRO CLÁSSICO QUE
ARREBATA CORAÇÕES ATÉ OS
DIAS DE HOJE
O Fusca é tido como um dos carros com mais des-
taque na história do automobilismo. É também um
dos veículos que carregam maior relevância na his-
tória. O Fusca, no processo de popularização, se
mantém até os dias de hoje com uma identidade
muito autêntica.

Sendo um carro totalmente econômico, foi um dos


primeiros modelos a se estabilizarem no mercado
brasileiro, principalmente por conta de suas carac-
terísticas.

A seguir, conheça um pouco da trajetória do Fusca


no Brasil e saiba porque ele é um carro tão impor-
tante para o segmento automotivo.

49
O Fusca e a relação com a Alema-
nha
Quando Hitler assumiu o governo da Alemanha
propôs para a indústria um veículo capaz de apre-
sentar um desempenho adequado e que ainda por
cima mantivesse uma boa velocidade -100 km/h -
e economia de combustível.

Apesar desse projeto ter sido motivado por gran-


des interesses econômicos, Hitler desejava um car-
ro acessível para o povo alemão. Nesse período,
o Fusca acabou sendo conhecido como “carro do
povo”.

Crédito editorial: Wirestock Creators / Shutterstock.com

50
A chegada do Fusca ao Brasil
O Brasil pode contemplar a chegada do Fusca em
suas terras no ano de 1959. Representado pelo nome
Volkswagen Sedan, não demorou muito para o car-
ro receber um apelido mais carinhoso - Fusca.

Após alguns anos, a fábrica alemã acabou adotan-


do o apelido como nome oficial do carro. A perfor-
mance do Fusca se apresentava com tração, câm-
bio manual de quatro marchas com mais marcha
ré e motor traseiro.

O sucesso foi tão grande no Brasil que recebeu au-


tonomia para projetar modelos diferenciados para
o país. Em outras palavras, o Fusca rapidamente
construiu o posto de carro mais popular.

Crédito editorial: Erik AJV | Shutterstock.com

51
Crédito editorial: vitalez | Shutterstock.com

Os pontos altos do Fusca


A conquista do Fusca no mercado nacional e in-
ternacional é claramente detalhada por meio dos
números. Em 1955, foram fabricados mais de mil
carros durante todos os dias. Esse é um fato de
enorme proporção para o mercado naquela época.

Um ano antes, mais de um milhão de unidades já


haviam sido comercializadas. Vinte anos depois, o
carro fusca acabou se tornando o automóvel mais
fabricado de todo planeta. Nessa fase, as vendas
ultrapassaram 15 milhões de unidades.

Vale destacar que o único carro mais vendido que


o Fusca foi o Golf, responsável por ocupar o título
desde o ano de 2022.

52
Algumas curiosidades sobre o Fus-
ca
O Fusca, na Inglaterra e Estados Unidos, recebeu o
nome de ‘Beetle’, que tem como significado a pala-
vra besouro.

Existe um recorde que aponta que um carro Fus-


ca já conseguiu abrigar 25 pessoas em seu espaço.
Além disso, por causa desse carro clássico, o Brasil
já sediou um desfile, em São Paulo, em homena-
gem a Ayrton Senna.

Uma outra curiosidade, é que o Fusca já foi usado


em corridas de arrancada. Inclusive, as formula-
ções estéticas do carro se mantiveram por mais de
60 anos. Sem contar, que o modelo já serviu para
passeios aquáticos, onde os aventureiros lançaram
seus veículos na água para garantirem a diversão.

Para encerrar as curiosidades sobre o Fusca, vale


ainda dizer que até os dias atuais a imagem desse
incrível clássico é muito explorada. Inclusive, atu-
ando como estrela principal em alguns eventos de
exposição de carros.

Crédito editorial: Mateus Soares | pexels.com

53
BIBLIOGRAFIA
As informações e dados utilizados neste e-book se ba-
searam nos conteúdos abaixo listados:

Crédito Editorial
Crédito Editorial: Alexandros Athanasopoulos | unsplash.com (Foto de capa)

CONHEÇA O INÍCIO DA
INDÚSTRIA AUTOMOTIVA NO BRASIL
https://revistacarro.com.br/historia-do-automovel-no-brasil-rica-e-apaixonante/ Acesso em 19/09/2022.

A INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA NO BRASIL


https://www.tgpoli.com.br/noticias/historia-e-evolucao-da-industria-automotiva-brasileira/#:~:text=A%20primeira%20
a%20se%20estabelecer,5%20mil%20para%2043%20mil Acesso em 19/09/2022.

CONHEÇA QUAIS FORAM OS CARROS MAIS


VENDIDOS DO BRASIL: SAIBA OS CAMPEÕES
https://diariodepernambuco.vrum.com.br/app/noticia/noticias/2020/02/13/interna_noticias,53320/conheca-os-10-carros-
-mais-vendidos-da-historia-no-brasil.shtml Acesso em 19/09/2022.

CONHEÇA A HISTÓRIA DO PRIMEIRO CARRO A


RODAR NO BRASIL
https://jornaldocarro.estadao.com.br/carros/romi-isetta-65-anos-relembre-a-historia-do-primeiro-carro-brasileiro/#:~:tex-
t=Em%205%20de%20setembro%20de,autom%C3%B3vel%20de%20produ%C3%A7%C3%A3o%20em%20s%C3%A-
9rie Acesso em 19/09/2022.

FUSCA: CARRO CLÁSSICO QUE ARREBATA CO-


RAÇÕES ATÉ OS DIAS DE HOJE
https://www.instacarro.com/blog/mercado-automotivo/historia-do-fusca/#:~:text=As%20primeiras%20unidades%20fo-
ram%2C%20em,%2C%20ou%20%E2%80%9Ccarro%20caixote%E2%80%9D. Acesso em 19/09/2022.

54
CONHEÇA O
INSTITUTO
RETORNAR
A fundação do Instituto Retornar é um sonho con-
cretizado. Por meio dele, nossa missão de transfor-
mar vidas pode levar o amor e a esperança para mi-
lhares de pessoas pelo Brasil.

As conquistas do Instituto Retornar já são inúme-


ras. Estabelecemos parcerias com 22 organizações
sem fins lucrativos em mais de 10 estados. Ao todo,
mais de 3.500 pessoas em 19 cidades foram direta-
mente beneficiadas por essa rede de amor.

Atuando em 6 causas humanitárias principais, o Ins-


tituto Retornar permitiu que crianças e adolescen-
tes em situação de risco tivessem acesso à educa-
ção, à música, à arte e ao esporte. Ainda ofereceu
assistência multidisciplinar a pessoas com deficiên-

55
cias, melhorando a qualidade de vida e favorecendo
a inclusão social. Realizou a doação de carros, ces-
tas básicas, equipamentos de esporte e custeio de
reformas.

E tudo isso foi possível porque o Instituto Retornar


é movido pelo amor - a força mais transformadora
que existe.

Obrigado por acreditar na missão do Instituto Re-


tornar. Você também faz parte dessa história!

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Nenhuma parte desta publicação pode ser trans-
mitida ou reproduzida sob qualquer forma, seja eletrônica ou mecânica, nem
mesmo comercializada, incluindo fotocópias, gravações ou qualquer outro
armazenamento de informações ou sistema de recuperação sem autoriza-
ção expressa, escrita, datada e assinada pela RETORNAR.

56

Você também pode gostar