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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................. 3
ANTES DO SURGIMENTO DO MAVERICK.............. 5
COMO SURGIU O NOME MAVERICK?.................... 8
O MAVERICK AMERICANO..................................... 10
MAVERICK SPRINT....................................................13
MAVERICK GRABBER............................................... 14
MAVERICK LDO...........................................................17
MAVERICK NO BRASIL..............................................24
MAVERICK SUPER E SUPER LUXO.............................31
MAVERICK QUADRIJET.............................................. 37
MAVERICK 6-CILINDROS...........................................45
A CRISE DO PETRÓLEO E O MAVERICK...................49
A SEGUNDA FASE DO MAVERICK............................. 52
O FIM DO MAVERICK.................................................54
MAVERICK VERSÃO PERUA.......................................55
BIBLIOGRAFIA...........................................................58
CONHEÇA O INSTITUTO RETORNAR................... 60
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Crédito editorial: Vitali Adutskevich | Unsplash.com
INTRODUÇÃO
Criado pela Ford nos Estados Unidos, o Maverick é
um carro que conseguiu conquistar algum suces-
so em seu país de origem. Devido a isso, entre os
anos de 1973 e 1979, ele acabou fabricado também
no Brasil.
3
Devido a isso, trata-se de um modelo bastante de-
sejado no Brasil e que passou por um processo de
valorização durante a década de 2010.
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Crédito editorial: Meritt Thomas | Unsplash.com
ANTES DO
SURGIMENTO
DO MAVERICK
Em 1932, a Ford lançou o motor V8. Na ocasião, ele
custava apenas 10 dólares. Em toda a história do
automobilismo, a empresa foi a primeira a unir o
bloco de 8 cilindros no formato de V em uma mes-
ma peça, justificando o nome do motor.
5
Além disso, o V8 conseguia se destacar bastan-
te devido à sua potência de 65 cv quando a 3400
rpm. Ele também tinha como diferencial o fato de
que chegava a alcançar 120 km/h. Um pouco de-
pois do lançamento dessa primeira versão, a Ford
chegou a apresentar mais duas, com 2200 cm³ e
com 3620 cm³, mas sempre com os oito cilindros
no formato de V.
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A título de curiosidade, vale citar que o primeiro
carro a receber o Small Block foi o Ford Fairlane, o
221. O mesmo bloco foi posteriormente estendido
para o 260, o 289 e, por fim, para o conhecido V8
302.
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COMO SUR-
GIU O NOME
MAVERICK?
Existem algumas lendas que explicam o surgimen-
to do nome Maverick. A mais aceita delas o conec-
ta ao fazendeiro Samuel Maverick, cujo seus ani-
mais eram obrigados a viver sozinhos. Além disso,
Maverick não marcava seu gado com ferro quente,
de modo que qualquer animal da região que não
era marcado, era reconhecido como propriedade
de Samuel.
8
Conforme a lenda, a Ford quis prestar essa home-
nagem a Samuel Maverick e é exatamente por isso
que o emblema do carro funciona como a repre-
sentação de um chifre de touro, fazendo referência
direta ao estado do Texas.
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O MAVERICK
AMERICANO
Nos anos finais da década de 1960, antes da chega-
da da crise do petróleo na década seguinte, a Ford
estava em busca de um carro que fosse compacto,
econômico e barato para os padrões dos Estados
Unidos.
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Para suprir essa demanda, no dia 17 de abril de 1969,
a Ford lançou o Maverick. Naquele contexto, o car-
ro custava em média US$1.195, estava disponível
em 15 cores diferentes e com motores de 2,8 e 3,3
litros, ambos de seis cilindros.
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Crédito editorial: Markus Spiske | Unsplash.com
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MAVERICK
SPRINT
O Maverick Sprint pode ser considerado um mo-
delo raro. A série em questão foi lançada ainda no
ano de 1972, nos Estados Unidos e no Canadá, e
usava como referência o Mustang e o Pinto. Assim,
trazia vários itens interessantes e um acabamento
diferenciado.
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Crédito editorial: Keith Bell | Shutterstock.com
MAVERICK
GRABBER
A versão Grabber do Ford Maverick tinha como ob-
jetivo deixá-lo com uma aparência de muscle car.
Lançado em 1971, foi criado para realizar os dese-
jos dos consumidores que desejavam um carro es-
portivo barato. Na época em questão, o Grabber
custava menos de US$2 mil.
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A dianteira e o capô tinham faixas esportivas pin-
tadas em tons foscos, assim como a parte traseira
do carro. Características disponíveis em diversas
combinações de cores distintas, para aumentar a
diversidade e o interesse dos consumidores.
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Apesar disso tudo, é importante destacar que o
Grabber não era um concorrente direto para mo-
delos como o Barracuda e o Corvette. Estes carros
possuíam motores de grande desempenho, algo
que não estava presente no pacote em questão.
Portanto, é possível concluir que o apelo do Gra-
bber era o visual somado a sua reputação como
um carro barato.
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MAVERICK
LDO
O Maverick LDO ou Luxury Decor Option foi lança-
do nos Estados Unidos em 1972. Na ocasião de seu
lançamento, ele contava com bancos reclináveis,
painel de madeira sintética e teto revestido de vinil.
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Entretanto, o cupê da General Motors, que era ba-
seado no Opel Rekord, contava com soluções de
engenharia muito mais de acordo com a realidade
brasileira, o que tornava essa competição bastan-
te injusta para o LDO.
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Outro aspecto que pode ser considerado uma fa-
lha e serviu para tornar a competição injusta foi o
banco traseiro, que era descrito por aficionados por
carros como “claustrofóbico”, sensação agravada
pela ausência de janelas basculantes nas laterais,
outro recurso disponível no Opala.
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Entre os anos de 1973 e 1976, a Chevrolet vendeu
mais que o dobro de unidades do Opala quando
comparado com o LDO. Desse modo, em 1977, a
Ford se mostrou disposta a reverter essa situação,
durante o Salão do Automóvel de 1976.
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Entre os diferenciais do novo LDO, é interessante
citar a suspensão própria para pneus radiais, assim
como as molas e os amortecedores, que foram de-
vidamente recalibrados. Outro ponto de destaque
fica por conta do eixo traseiro, que se tornou mais
largo.
21
Sobre os bancos dianteiros, é importante ressaltar
que eles receberam um encosto maior, com apro-
ximadamente 10cm a mais. Outro ponto de des-
taque é o acabamento interno do LDO, que ficou
marcado por vários tons de marrom e pelos mate-
riais de alto padrão usados no carro de forma ge-
ral, mas especialmente nos seus arremates.
22
As janelas receberam alguns frisos cromados e o
teto agora contava com um revestimento vinílico.
As rodas foram cobertas com calotas de aço esco-
vado e um friso de alumínio contornava as novas
lanternas traseiras.
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MAVERICK
NO BRASIL
Em 1967, as operações da Ford em território brasi-
leiro ainda eram bastante pequenas. Entretanto,
ela adquiriu o controle das ações da fábrica Willis
Overland no país exatamente nesse contexto.
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Além deste novo compacto, também foram manti-
dos em fabricação alguns carros, em sua maioria,
os médios, além do Aero Willys 2600 e da versão
Itamaraty, que era de luxo.
25
A General Motors do Brasil, com a Chevrolet, che-
gou a lançar em 1968 carros visando dominar a fai-
xa média do mercado, especialmente no segmento
de luxo, como o Opala.
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Após os resultados da pesquisa de opinião condu-
zida no evento, a Ford percebeu que o carro favorito
dos consumidores era o Tanus, visto que a prefe-
rência do brasileiro sempre acabou pendendo para
o lado dos modelos europeus.
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É importante ressaltar que, apesar de o motor Willys
ter sido originalmente pensado durante a década
de 1930, esse foi o meio que a Ford conseguiu en-
contrar para conseguir economizar uma quantia
que girava em torno de US$70 milhões de inves-
timentos para a produção de uma versão nacional
do Tanus.
28
Crédito editorial: Keith Bell | Shutterstock.com
A primeira modificação no motor 184, como era re-
conhecido pela Engenharia de Produtos da Ford,
foi a redução da compressão, que caiu para 7:7:1.
O motor em questão foi pensado para ser o bási-
co da linha, visto que a fábrica já tinha outros pla-
nos, que incluíam o lançamento do famoso 302 V8,
importado dos Estados Unidos e que chegaria ao
Brasil como opcional.
29
Com essas dificuldades contornadas, a Ford orga-
nizou uma pré-apresentação do Ford Maverick com
o 184. Na ocasião, estiveram presentes cerca de 40
jornalistas. O evento ocorreu no dia 14 de maio de
1973, no Centro de Pesquisas da montadora.
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MAVERICK
SUPER E
SUPER LUXO
Os modelos chamados de Super e Super Luxo con-
tavam com vários itens que iam ao encontro des-
ses termos utilizados para dar o devido destaque
a eles, que se apresentavam em opções distintas,
sedãs ou cupês.
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Vale ressaltar aqui que os modelos Maverick que
vinham equipados com o motor V8 contavam com
um poder de acelerar de 0 a 100 km/h em cerca de
dez segundos. Mas na época, após alguns testes,
foram destacados erros que ficaram cada vez mais
evidentes.
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A versão que vinha com quatro portas não contou
com nenhum dos problemas destacados na épo-
ca. Mas é importante pontuar que este não foi um
grande benefício para a marca, visto que na épo-
ca, os modelos de duas portas tinham muito mais
apelo.
33
Isso acabou sendo temporário, visto que logo a fá-
brica de motores da Ford foi inaugurada em 1975,
na cidade de Taubaté, em São Paulo. Após isso, o
motor foi substituído por um 2,3 litros e quatro ci-
lindros em linha, que contava com um comando
de válvula em seu cabeçote e correia dentada. Por
mais que fosse pequeno, o novo motor do Maverick
adicionou ao modelo uma capacidade nunca vista
antes, garantindo um melhor desempenho.
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Ao longo dos anos, novos modelos foram surgindo,
como Maverick Quadrijet, que trazia mais veloci-
dade. O modelo contava com 8 cilindros e um mo-
tor com carburador de corpo quádruplo.
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Para garantir um maior e melhor desempenho do
Maverick nessa segunda fase que se iniciava, o mo-
delo recebeu um sistema de freios mais eficiente. O
eixo traseiro vinha equipado com uma bitola mais
larga, o que melhorou consideravelmente o espaço
do banco traseiro.
36
MAVERICK
QUADRIJET
A história da Maverick seguia então com novos mo-
delos que chegavam ao mercado a todo o momen-
to, como o Quadrijet, destacado pela preferência
dos aficionados por velocidade. O modelo foi im-
portante para o segmento e cheio de particulari-
dades únicas.
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O modelo se tornou um verdadeiro clássico, e isso
vem do fato de que as suas configurações eram
bastante particulares e únicas para aquela época.
Um carro potente e com ares de modelo de compe-
tição, foi o suficiente para despertar a curiosidade
e desejo.
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Entretanto, nesse momento, a ideia era conseguir
fazer com que o carro disputasse a mesma posição
do Opala, da Chevrolet, que ainda hoje é um dos
mais lembrados da marca e que deixou raízes pro-
fundas na história do automobilismo.
39
O conjunto contava com 197 cv SAE e 5 litros de
cilindrada. Dessa forma, em apenas 11,6 segundos,
ele conseguia ir de 0 a 100 km/h, o que para a épo-
ca era excelente, comparando com outros modelos
que vinham recebendo um grande destaque pela
velocidade.
40
O novo motor adicionou essa capacidade para a
vitória do Opala pelo fato de que ele contava com
uma taxa de compressão bem mais alta, também
aos comandos de válvula esportivo e o carburador
de corpo duplo utilizado.
41
Mas a história do Quadrijet estava apenas come-
çando, pois em seguida, o modelo passou por al-
gumas mudanças. A primeira é que ele recebeu um
coletor Edelbrock, o carburador Holley de corpo
quádruplo, e também um comando de válvulas es-
portivo Iskenderian.
42
Em relação à questão da homologação, o mode-
lo passou então a ser oferecido ao público de três
formas distintas. Nesse caso, ele contou com mo-
tor V8 completo, automóvel completo, ou então a
comercialização do kit Quadrijet, através da LAG
Veículos.
43
O motivo pelo qual receberam essa denominação
vem do fato de que ambos os modelos contavam
com freios que não haviam sido alterados, o que
de certa forma atribuía um risco a eles, já que eram
usados pela velocidade.
44
MAVERICK
6-CILINDROS
Em junho de 1973 chegava o Maverick em sua ver-
são cupê, o que vinha para reforçar a imagem de
esportivo, iniciada pelo GT V8. Em seguida, no Sa-
lão do Automóvel do ano em questão, era apre-
sentado o Maverick sedã.
45
O último item citado é uma evolução do que o Ae-
ro-Willys e o Itamaraty usavam antes. Esse atribu-
to foi o motivo pelo qual o Maverick acabou sendo
lançado com uma agilidade muito maior do previs-
to.
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Como parte dessas mudanças, o filtro de ar também
passou a ser diferente e agora era do tipo seco. O
carburador duplo, que antes fazia parte das confi-
gurações do modelo, foi embora, deixando espaço
para um simples.
47
Para dar o devido destaque ao modelo e ser justo
ao que ele propunha, alguns testes foram feitos à
época com modelos Super Luxo, um de seis e outro
de oito cilindros. E assim, ficou comprovado que al-
guns pontos poderiam passar por melhorias.
48
A CRISE DO
PETRÓLEO E
O MAVERICK
A crise do petróleo ocorreu entre os anos de 1973
a 1974, e durante esse período, a Ford precisou en-
frentar algumas questões, em especial com o Ma-
verick, que estava em seu momento de auge e re-
cebendo o devido destaque no mercado pelos seus
feitos.
49
A atitude da marca, para contornar a situação que
vinha avançando cada vez mais ao longo desse ano,
foi inserir o motor de 6 cilindros no modelo. Nesse
momento o automóvel recebeu uma fama que an-
tes não tinha.
50
Sendo assim, o momento da crise do petróleo foi
uma época prejudicial para o Maverick, o que dei-
xou o carro mal visto por um período, mesmo que
ainda fosse muito popular.
51
A SEGUNDA
FASE DO
MAVERICK
A chamada segunda fase do Maverick aconteceu
quando o modelo, nos Estados Unidos, já havia até
mesmo sido aposentado, no ano de 1977. Mas no
Brasil, a Ford vinha preparando esse novo momen-
to.
52
A mecânica também recebeu mudanças nessa épo-
ca, com sistema de freios, eixos traseiros com bi-
tola e também uma suspensão revista. Foi quando
veio a versão LDO, que ficou conhecida como sen-
do a mais cara de toda a história do Maverick.
53
O FIM DO
MAVERICK
Mesmo com mudanças e uma vontade de perma-
necer no mercado por mais tempo, o Maverick che-
gava em seus momentos finais. Em abril de 1979,
chegava o fim de um dos modelos mais queridos
da história da Ford, com aproximadamente 10.537
unidades do GT.
54
MAVERICK
VERSÃO
PERUA
Em 1974, a GM contava com o modelo Caravan.
Nesse momento, a única perua da Ford no Brasil
era a Belina. Para suprir essa questão, foi fabrica-
do um modelo de Maverick em versão perua, lan-
çado no ano de 1978.
55
Outro detalhe dessa versão perua era que o ban-
co traseiro poderia ser abaixado, o que facilitava
em alguns casos, como para colocar mais baga-
gem caso fosse necessário. Já o bocal do tanque
da Maverick perua ficou na lateral direita.
56
O modelo se tornou cobiçado por colecionadores
e conta com uma história que vale a pena ser lem-
brada pelos seus feitos e pelo fato de ter contribu-
ído para os avanços automobilísticos no Brasil e no
mundo.
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BIBLIOGRAFIA
As informações e dados utilizados neste e-book se
basearam nos conteúdos abaixo listados:
Crédito Editorial
Artem Beliaikin - Shutterstock.com (Foto de Capa)
O Maverick americano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ford_Maverick Acesso em 19/10/2022
Maverick Sprint
http://mavericknahistoria.blogspot.com/2016/05/1972-maverick-sprint.html Acesso em 19/10/2022
Maverick LDO
https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/classicos-ford-maverick-ldo-foi-uma-das-versoes-mais-refinadas-do-cupe/
Acesso em 19/10/2022
Maverick no Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ford_Maverick Acesso em 19/10/2022
Maverick Quadrijet
https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/classicos-ford-maverick-quadrijet-o-polemico-rival-do-opala/ Acesso em
19/10/2022
Maverick 6-cilindros
https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/grandes-brasileiros-ford-maverick-seda-6-cilindros Acesso em 19/10/2022
58
https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/grandes-brasileiros-perua-maverick/ Acesso em 19/10/2022
O fim do Maverick
https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/grandes-brasileiros-perua-maverick/ Acesso em 19/10/2022
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INSTITUTO
RETORNAR
A fundação do Instituto Retornar é um sonho con-
cretizado. Por meio dele, nossa missão de transfor-
mar vidas pode levar o amor e a esperança para mi-
lhares de pessoas pelo Brasil.
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cias, melhorando a qualidade de vida e favorecendo
a inclusão social. Realizou a doação de carros, ces-
tas básicas, equipamentos de esporte e custeio de
reformas.
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