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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.......................................................................... 3

A HISTÓRIA DOS MUSCLE CARS........................................ 5

O DECLÍNIO DOS MUSCLE CARS....................................... 11

O RESSURGIMENTO DOS MUSCLE CARS........................12

OS MUSCLE CARS AUSTRALIANOS................................. 14

O FUTURO DOS MUSCLE CARS........................................ 15

OS MAIORES MUSCLE CARS DO MUNDO...................... 16

OS MUSCLE CARS QUE FIZERAM SUCESSO NO BRASIL... 22

CURIOSIDADES SOBRE OS MUSCLE CARS....................34

OUTROS MUSCLE CARS DE SUCESSO........................... 39

BIBLIOGRAFIA.......................................................................49

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Crédito editorial: Egor Vikhrev | Unsplash.com

INTRODUÇÃO
Os carros conhecidos como muscle cars possuem
alta performance. Eles são compactos e contam
com um motor potente, que permite um bom ren-
dimento. Outro diferencial destes modelos é a tra-
ção traseira.

É interessante destacar que os muscle cars criaram


uma definição de carros. Isso aconteceu porque eles
foram pensados para serem carros esportivos, mas
também modelos que fossem atemporais e clássi-
cos. Dessa forma, acabaram se tornando referên-
cia quando o assunto é a velocidade e o estilo.

Tudo isso pode ser visto através do design, que é


bastante diferente, também ocorre com a motori-
zação e a possibilidade de personalização do au-
tomóvel, especialmente no que se refere a ferra-
mentas e aparelhos.

Dessa forma, os muscle cars acabaram ganhan-


do um grande destaque entre as pessoas que são
apaixonadas por veículos automotivos. O auge de
sua popularidade aconteceu entre os anos 1960 e
1990.

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Nesse contexto, as máquinas eram potentes e con-
tavam com um design agressivo. Esse sucesso não
aconteceu somente no exterior e se repetiu no Bra-
sil, de forma que até hoje reúnem fãs e coleciona-
dores.

O resultado dessa paixão é que ainda acontecem


alguns eventos relacionados aos muscle cars. Es-
ses carros são uma presença importante na cultu-
ra pop, como o Opala de Dean Winchester na série
Supernatural.

Diante disso, não é muito difícil imaginar porque


esses carros ainda atraem tantas pessoas. E é in-
teressante pontuar que os modelos brasileiros não
ficam devendo em nada para os estrangeiros.

A seguir, veremos mais detalhes sobre a história e


os modelos de muscle car, incluindo os do Brasil.
Se você deseja saber mais sobre isso, continue a
leitura do conteúdo.

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Crédito editorial: Tyler Clemmensen | Unsplash.com
Crédito editorial: Justin W | Unsplash.com

A HISTÓRIA
DOS MUSCLE
CARS
É importante destacar que os muscle cars são com-
ponentes fundamentais do desenvolvimento do
automobilismo. O termo em questão serve para se
referir a veículos diversificados, mas que reúnem
características como performance alta, tamanho e
potência.

Devido aos fatos destacados, é bastante comum


que os muscle cars contem com carroceria de duas
portas e tração traseira. A categoria em questão
surgiu nos Estados Unidos (EUA) e seu nascimento
se deu em uma situação bastante particular.

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Com a Lei Seca nos EUA, entre os anos de 1920 e
1933, era proibida a venda de bebidas alcoólicas. As-
sim, conhecidos como moonshiners, os fabricantes
ilegais de bebidas e contrabandistas começaram
a fazer modificações em seus carros para que eles
fossem mais rápidos, superando assim os veículos
dos policiais.

Conforme os anos foram passando, a proibição


chegou ao fim. Entretanto, a fama dos carros mo-
dificados dos moonshiners foi algo que permane-
ceu nos Estados Unidos nas décadas seguintes.

Dessa maneira, em meados dos anos 1940, o negó-


cio das bebidas já não era mais tão lucrativo quan-
to havia sido em outros contextos. Dessa forma,
os carros, antes usados para transpostar bebidas
ilegais, agora participavam de corridas. Durante
algum tempo, estes veículos dominaram as ruas.

Então, é interessante destacar que eles foram os


responsáveis pela criação do termo muscle car,
visto que serviram de inspiração para a criação do
primeiro carro desta categoria, o Oldsmobile Ro-
cket 88.

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Crédito editorial: Markus Spiske | Unsplash.com
A partir do lançamento do dele, o conceito acabou
tomando conta da indústria automobilística, na
década de 1950. Neste ponto, é interessante des-
tacar a contribuição da Chrysler Corporation Remi
e do Chevrolet V8 para o segmento.

O motor V8 se tornou o padrão da General Motors,


por exemplo, sendo usado pela fabricante por cer-
ca de 50 anos. Porém, a indústria dos muscle cars
sofreu uma parada por conta de uma decisão da
Automobile Manufactures Association, em 1957.

Essa decisão proibiu que as corridas fossem pa-


trocinadas pelas fabricantes dos veículos. O moti-
vo para isso está ligado ao acidente que aconteceu
no ano de 1955 que foi considerado uma verdadeira
catástrofe. Ele ocorreu na corrida que ficou conhe-
cida como Le Mans e resultou em 84 mortes.

Veja a seguir mais detalhes sobre alguns muscle


cars icônicos dos Estados Unidos.

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Crédito editorial: Vitali Adutskevich | Unsplash.com

Pontiac GTO
Quando falamos em muscle cars, o Pontiac GTO é
um grande influenciador. Este modelo contava com
motor V8 e produzia 325 cavalos de potência bru-
tos. Além disso, tinha freios reforçados, bem como
embreagem e suspensão adequados.

Ao todo, este veículo chegou a vender mais de 32


mil unidades somente em 1964, tanto na versão
coupé quanto na versão conversível, o que o torna
um verdadeiro fenômeno do contexto em questão.

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Hudson Hornet
Ele possuía um design bastante funcional e conta-
va com chassi com centro de gravidade mais baixo
do que outros veículos contemporâneos, o que lhe
ajudava bastante nas corridas. Era produzido pela
Hudson Motor Car e possuía um tamanho consi-
derado normal.

É interessante destacar que nenhum carro de gama


média no mundo conseguiu se aproximar tanto do
Rocket 88 quanto o Hundson Hornet. O modelo se
tornou tão icônico graças a seus feitos que chegou
a receber homenagens posteriores.

Um exemplo disso é a animação Carros, da Pixar.


No longa em questão, o carro aparece cansado nas
pistas após ter sofrido um acidente grave que qua-
se o matou. Dessa forma, o carro vive em uma pe-
quena cidade estadunidense, mas deixa pendura-
do na parede um artigo sobre seu acidente.

Essa vida monótona, entretanto, começa a desa-


parecer depois que Relâmpago McQueen, um car-
ro de corrida vivendo o auge nas pistas, descobre o
passado do Hornet Hudson e o estimula a reacen-
der sua paixão pelo esporte, integrando-o à equi-
pe.

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Crédito editorial: Bryce Carithers | Pexels.com
Crédito editorial: Atle Mo | Unsplash.com

Oldsmobile Rocket 88
O Oldsmobile Rocket 88 foi lançado no ano de 1949
pela Oldsmobile. Ele é considerado atualmente o
primeiro muscle car da história e contava com uma
carroceria leve, também um motor V8 de alta com-
pressão, bastante potente. Outro diferencial era
que o Rocket 88 tinha um tamanho considerado
comercial.

É interessante destacar que o modelo em foi domi-


nante na NASCAR durante a década de 1950. Ele
venceu cerca de oito a cada dez corridas da tem-
porada, o que fez com que a paixão por velocidade
aumentasse.

É interessante destacar que o Oldsmobile Rocket


88 foi um verdadeiro sucesso de vendas, pois con-
seguiu vender seis vezes mais unidades do que a
montadora previa em um primeiro momento.

O slogan do carro se tornou bastante popular nesse


contexto. Isso aconteceu também graças à música
de Ike Turner e Jackie Breston, chamada “Rocket
88”. A Oldsmobile adotou o foguete como logotipo
desse modelo, colocando o emblema na tampa do
porta-malas.

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Crédito editorial: erlucho | Shutterstock.com

O DECLÍNIO
DOS MUSCLE
CARS
O declínio dos muscle cars aconteceu em meados
da década de 1970, quando os carros foram retira-
dos do mercado devido a uma mudança na postu-
ra social. Isso aconteceu em decorrência de alguns
fatores, como altas taxas de seguro.

Também havia ligação direta com a lei do ar limpo


e a crise dos combustíveis. Nesse contexto, manter
um muscle car se tornou inviável para muitas pes-
soas, visto que a crise ocorrida em 1973 resultou
em um racionamento de combustível nos Estados
Unidos.

Assim, uma parte desse mercado acabou conver-


gindo com a dos carros de luxo pessoais.

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Crédito editorial: Meritt Thomas | Unsplash.com

O RESSUR-
GIMENTO
DOS MUSCLE
CARS
Por volta dos anos 1980, os muscle cars começa-
ram a fazer um retorno nos Estados Unidos. Entre-
tanto, nesse contexto eles passaram por algumas
regulamentações que garantiam um controle mais
rígido de poluição e maior segurança.

Devido a isso, foi introduzida a injeção eletrônica


de combustível e também a transmissão Overdri-
ve, que estava presente em carros como o Chevro-
let Camaro, o Pontiac Firebird e o Ford Mustang.

Anos depois, em 2004, o Pontiac GTO foi relan-


çado nos Estados Unidos. Além disso, um Holden
Monaro da terceira geração foi completamente re-
modelado e a Chrysler lançou o 300 C em uma ver-
são de 2005, o mesmo ano no qual a Ford lançou

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o novo Mustang, que contava com projeções simi-
lares à versão de 1965.

Posteriormente, em 2008, a Chrysler aproveitou


para reintroduzir o Dodge Challenger no mercado,
ligando-o com o modelo de 1970, e essa versão tor-
nou-se uma verdadeira paixão dos aficionados por
muscle cars devido a seu design, que era bastan-
te ousado para o período, deixando o carro ainda
mais poderoso.

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Crédito editorial: Alina Rubo | Unsplash.com
AUSTRÁLIA E
SEUS MUSCLE
CARS
Para além dos Estados Undios, é interessante fa-
lar um pouco a respeito dos muscle cars que foram
desenvolvidos na Austrália. A Ford australiana, a
Chrysler Austrália e a Holden Dealer Team foram
as empresas responsáveis por começar este mer-
cado.

O primeiro modelo introduzido no cenário da Aus-


trália pertence à Ford. Isso aconteceu no ano de
1957 com o Ford Falcon GTXR. Posteriormente, de
1971 a 1973, a Chrysler produziu o R/T Vallant Char-
ger

Ainda que este cenário fosse favorável, é interes-


sante ressaltar que a produção dos muscle cars
australianos foi travada abruptamente, com o lan-
çamento da Regra Australiana de Design, que se
refere às emissões de ADR27a, o que ocorreu em
1976.

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Crédito editorial: myphotobank.com.au | Shutterstock.com
Crédito editorial: Florian Schneider | Unsplash.com

MUSCLE CARS:
FUTURO
É importante ressaltar quer o termo muscle pre-
sente no nome da categoria, antes de mais nada,
se refere à força dos carros. Assim, a chegada da
energia elétrica está funcionando como uma ver-
dadeira ameaça ao motor V8, a combustão.

Isso está acontecendo porque os motores elétri-


cos conseguem produzir essa força de maneira ins-
tantânea e linear. Entretanto, é importante lem-
brar que, neste segmento, a energia elétrica ainda
é bastante cara. Serão necessários mais tempo e
desenvolvimento para que o sistema elétrico de
transmissão seja comparado com o de combustão
em termos de preço.

Vale citar que muitas pessoas apaixonadas por


carros não conseguem imaginar um muscle car se
tornando green, ou seja, ecologicamente correto.
Essa é uma realidade que já está tomando forma
sem que os veículos em questão percam em po-
tência ou mesmo em estilo, o que é favorável para
o meio ambiente.

De acordo com sites especializados em veículos


automotivos, existem várias montadoras que atu-
almente já contam com seus muscle cars, como o
Toyota Camry; o Honda Accord; a Chevrolet com o
eCOPO Camaro Concept; e a Ford, com o Mustang
Lithium.

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Crédito editorial: Ivan Kuznetsov | Unsplash.com

OS MAIORES
MUSCLE CARS
DO MUNDO
Os muscle cars são carros considerados robustos,
quer se fale sobre tamanho, motor, pneus ou ou-
tros detalhes. Além disso, eles contam com um vi-
sual característico, o que contribui bastante para
que várias pessoas sejam apaixonadas por eles.

Em geral, a lataria tem uma coloração forte e conta


com faixas em outra cor na faixa superior. A seguir,
será possível encontrar uma lista com os maiores
muscle cars do mundo, que impressionam em to-
dos seus detalhes.

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Crédito editorial: Jorgen Hendriksen | Unsplash.com

Shelby Mustang GT 500 (1967)


O Shelby pode ser considerado o modelo mais en-
venenado da família Mustang, apesar de que foi de-
senhado para andar nas ruas. O modelo em ques-
tão foi gerado pelo piloto Carroll Shelby e conta
com um motor V8 de 4,7 litros.

Além disso, tinha câmbio manual de quatro mar-


chas, que proporcionava em torno de 335 cava-
los de potência. Devido a essas especificações, o
Shelby Mustang G 500 não demorou muito para
se tornar um verdadeiro sucesso nos Estados Uni-
dos e ganhar muitos admiradores.

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Crédito editorial: Gaschwald | Shutterstock.com

Shelby Cobra 427 (1966)


O Shelby Cobra 427, de 1966, é um carro sem ca-
pota, provavelmente o mais rápido nesse estilo já
conhecido em todo o planeta. Ele também conta
com a mão de Carroll Shelby e possui um motor V8
Ford 427 embaixo da lataria.

O carro impressiona bastante por conseguir atingir


de 0 a 160 km/h em apenas 13 segundos. Devido a
essa característica, rapidamente ele se tornou um
modelo de corrida e foi bastante bem-sucedido no
segmento em questão.

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Chevrolet Camaro Z28 (1969)
O Chevrolet Camaro Z28 pode não ser o modelo
mais rápido entre todos os muscle cars, mas com
certeza ocupou o posto de mais desejado. Isso
aconteceu devido a seus pneus largos, listras bran-
cas na lataria e discos de feios frontais.

Entretanto, também está ligado a outras carac-


terísticas que chamam bastante a atenção, como
os escapamentos poderosos, do câmbio de quatro
marchas e da suspensão esportiva.

O modelo ainda contava com direção hidráulica e


um motor V8 de 290 cavalos de potência, de forma
que podia ser considerado um verdadeiro monstro
quando se fala sobre a circulação nas ruas.

Crédito editorial: Anna Brown | Unsplash.com

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Crédito editorial: Erik Zepeda | Pexels.com

Chevrolet Chevelle SS 454 (1970)


Quando a disputa entre os muscle cars estava em
seu auge, a Chevrolet lançou o Chevelle SS 454,
que pode ser considerado o mais potente da cate-
goria. O objetivo do lançamento era rivalizar com
suas principais rivais, como a Oldsmobile, a Buick
e a Pontiac.

O Chevelle contava com um motor V8 capaz de ge-


rar até 450 cavalos de potência. Dessa forma, até
hoje é o muscle car mais potente já visto na indús-
tria.

Derivado do Barracuda, mas com linhas mais sim-


ples do que este modelo, o Hemi Cuda 1970 incor-
porava um motor que poderia variar entre 275 e
425 cavalos de potência em suas cinco versões.

Além disso, outro diferencial deste modelo era a


distribuição de peso, que podia ser considera-
da bastante peculiar. Também se destacavam os
freios a disco frontais, o câmbio de quatro marchas
com alavanca com acabamento de ar e um interior
charmoso.

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Crédito editorial: Gestalt Imagery | Shutterstock.com

Dodge Charger (1969)


Conhecido no Brasil pelo apelido de Dojão, este mo-
delo de muscle car se tornou um verdadeiro símbo-
lo da categoria em questão. Isso aconteceu devido
à sua presença em milhares de seriados dos anos
1980.

Com potência variável entre 375 e 425 cavalos, ele


pode ser considerado um carro bastante caro. Além
disso, era muito pesado, somente seu motor con-
tava com quase 500 kg. É interessante destacar,
por fim, que o Charger chegou a ser produzido no
Brasil até o ano de 1979.

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Crédito editorial: Tim Meyer | Unsplash.com

OS MUSCLE CARS QUE


FIZERAM SUCESSO NO
BRASIL
A indústria dos muscle cars no Brasil conta com al-
guns dos modelos de maior qualidade no mundo.
Para quem gosta de colecionar e customizar estes
carros, ela também foi um verdadeiro prato cheio.

Com potência e bastante estilo, o Brasil soube en-


contrar espaço para os muscle cars e recebê-los
com o prestígio que mereciam, fazendo com que se
tornassem marcantes no território nacional e dis-
ponibilizando opções para todos os gostos.

Veja mais sobre isso a seguir!

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SANTA
MATILDE 4.1
Com uma produção um tanto quanto limitada, o
Santa Matilde 4.1 chegou ao mercado mostrando
a que veio e se mostrou com um muscle car único
e cheio de personalidade e diferencial. O acaba-
mento interno é um dos pontos que merece maior
destaque.

Dentro, o modelo contava com tantos itens que fa-


ziam com que ele fosse mais moderno e atraente,
que acabava sendo comparado até mesmo com
modelos importados, que na época tinham algu-
mas particularidades nesse sentido.

Na parte interna, como destacado, o modelo era


todo finalizado em couro e tinha também mostra-
dores que remetiam aos carros esportivos mais lu-
xuosos da Europa, o que trazia para o Brasil a mo-
dernidade de outros veículos que eram fabricados
fora do país.

Em relação às configurações, um ponto que dava


bastante destaque ao modelo era que ele vinha
equipado com freios a disco em suas quatro rodas.
Para época este era um grande feito e mostrava
um alto padrão para o automóvel.

Os mostradores, contavam com particularidades


que transformavam totalmente a experiência in-
terna, pois vinham personalizados com desenhos
futurísticos com uma luz azul no volante de três

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raios costurados a mão. Tudo isso junto dava ao
modelo a modernidade esperada.

Os primeiros modelos que chegaram ao merca-


do acabaram apresentando um desempenho um
pouco abaixo do Opala SS, por exemplo. Apenas
170km/h em reta e com uma aceleração de 0 a 100
km/h feita em 13,5 segundos.

Mas chegando à versão do ano de 1985, as coisas


mudaram um pouco. Aqui, o modelo conseguiu su-
perar de forma incrível o Opala Diplomata 4.1, quan-
do atingiu 185 km/h e 0 a 100 km/h em apenas 12
segundos, uma grande mudança para o momento.

Isso tudo porque o modelo passou por algumas


mudanças que foram importantes para trazer es-
sas características a ele. Nesse caso, foi adiciona-
do um sistema de câmbio de quatro marchas, que
era bem mais eficiente e também mais fácil, até
mesmo macio.

Ele vinha com uma ignição eletrônica, o que pro-


porcionava a sensação de um toque mais suave,
mas que, simultaneamente, garantia uma firmeza
para o motorista de modo geral. Assim, o mode-
lo passou por um avanço importante e entregou
muito mais potência do que seus concorrentes com
nomes de peso.

Uma questão a respeito do Santa Matilde é que o


modelo contava com um peso que pode ser consi-
derado leve. Ele pesava 100 kg a menos do que o
Diplomata, por exemplo. Em relação ao tamanho,
a distância era curta, de apenas 2370 mm entre
eixos.

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'

O modelo contava com freio a disco em suas qua-


tro rodas, fazia com que ele inclusive fosse um car-
ro bem mais seguro em situações específicas, como
no caso de curvas. Assim, o modelo, mesmo em es-
tradas molhadas, conseguia um desempenho sa-
tisfatório.

Outra questão sobre os freios a disco, vinha do


fato de que o modelo passava por uma estabilida-
de maior, não sofria mais tanto com oscilações e
vibrações mesmo em retas. Isso novamente fazia
com que ele fosse seguro e muito eficiente.

A parte do acabamento externo do Santa Matilde


era bastante interessante e contava com um con-
junto de faróis de lentes boleadas e mais redondas,
duplos na horizontal com recuo embutido.

Com tantos itens e configurações diferenciadas e


modernas, era esperado, claro, que o modelo ofe-
recesse um valor bem salgado. E de fato, foi um
muscle car bastante caro, mas por oferecer tanto
luxo.

Outra questão a respeito do modelo é que não


somente seu valor deveria ser considerado, mas
também que suas manutenções preventivas e cor-
retivas eram bastante caras. Com 500 unidades
fabricadas, ele se despediu em 1986.

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Crédito editorial: Stefan Lambauer | Shutterstock.com

PUMA GTBS2
O Puma GTBS2 era considerado no Brasil como
uma alternativa nacional para os que desejavam
ter um Camaro. O modelo era rápido, confortável e
cheio de detalhes inéditos que faziam com que ele
se destacasse perante os brasileiros.

Na época em que foi lançado, este carro foi visto


como o modelo do segmento mais caro do merca-
do. O que fazia com que ele conseguisse superar
até mesmo um feito incrível: era mais caro do que
o Opala Diplomata e o Alfa Romeo 2300.

Mostrando a que veio, o modelo contava com 171


cv de potência, e uma mecânica igual a já conheci-
da do Opala SS 6 cilindros. Devido a esta configu-
ração bem particular, ele conseguia chegar a 200
km/h em reta, com a glicagem do carburador alte-
rada.

Um ponto fora da curva a respeito dele era que,


diferente do que era visto na época, a maioria dos
chamados muscle cars, vinham com itens de luxo de
série. Como, por exemplo, direção hidráulica, ban-
cos de couro, ar-condicionado e vidros elétricos.

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Esses adicionais na época eram muito caros para
serem itens de série. O que fazia com que ele fos-
se um modelo de muscle car bem especial e dife-
renciado, e também que respondesse à questão do
motivo pelo qual era tão caro.

A carroceria e o chassi adotados para este modelo


eram o que garantia a ele um pouco mais de equi-
líbrio e até mesmo fazia com que fosse um pouco
mais veloz em algumas situações, já que este era
um ponto muito importante.

Fabricado pela Puma Veículos, o GTB recebia esse


nome que vinha de Gran Turismo Brasil e foi um
dos muscle cars brasileiros mais incríveis da his-
tória, que encantou os fãs de modelos velozes e
cheios de personalidade.

A comercialização dele aconteceu apenas durante


o ano de 1974. Estes pontos de destaque fizeram
com que ele recebesse uma alcunha de esportivo,
mas não só isso: ele era o mais esportivo da histó-
ria da marca até então.

Outra questão que vale ser relembrada é que o


Puma foi fabricado em cima da plataforma do Opa-
la, el o motor usado inicialmente era de 4100 cc. O
desempenho do modelo acabava, então, compa-
rado a modelos como Dodge Charger.

Outra comparação que aparecia muito na época era


com o Opala. O que difere os modelos em questão
é justamente o valor, pois o Puma era o mais caro
da época e por isso sua produção acabava sendo
em uma escala bem menor.

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MAVERICK GT
O Maverick Gran Turismo, ou Maverick GT, pode ser
considerado uma excelente opção. Ele foi lançado
no Brasil no ano de 1973 e vendido em três versões
diferentes, sendo a GT a melhor da linha.

É interessante ressaltar que este carro contava com


motor V8 Windsor de 302 polegadas cúbicas, o que
fazia com que ele conseguisse render até 257 ca-
valos de potência.

De início, o Maverick foi lançado em 1969 para fazer


frente a outros modelos compactos, como o Hornet
e o Plymouth, também a alguns veículos importa-
dos de fabricantes como a Toyota, a Volkswagen e
a Datsun.

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Esse modelo se tornou um verdadeiro sonho de mui-
tos brasileiros, mas foi uma edição limitada, o que
fez com que poucas unidades fossem fabricadas e
comercializadas no Brasil. A potência chamava a
atenção por onde passava.

É interessante ressaltar que para um muscle car, ele


tinha o preço, relativamente baixo, custava apenas
US$ 1995. Ele também tinha a manutenção que
pode ser considerada simples e barata, o que con-
solidou sua reputação como um carro confiável.

Seu formato lembrava bastante o Mustang e o To-


rino devido à traseira curta e ao teto com fastback
em queda, bem como ao capô alongado. Isso fez
com que o modelo se tornasse um sucesso imedia-
to de vendas, registrando mais de meio milhão de
unidades somente em seu ano de produção.

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OPALA SS
Lançado em 1971, o Opala SS pode ser descrito
como uma versão esportiva do Opala e se tornou
um dos maiores concorrentes entre os muscle cars
lançados no Brasil. Ainda que ele conte com um
motor de seis cilindros, conseguia ultrapassar bas-
tante alguns V8 dos anos 1970, o que contribuiu
bastante para seu sucesso.

Potente e ainda mais esportivo do que em suas


versões anteriores, o Opala SS de 1971 conquistou
o coração dos brasileiros. Isso também aconteceu
porque se tratava de um modelo bastante robusto
que podia ser considerado confiável.

O SS contava tinha um câmbio de quatro marchas,


que conseguia chegar até 170 km/h. Além disso, ele
atingia de 0 a 100 km/h em apenas 12,8 segundos.
Em termos de consumo, sua média era de 5,2 a 6,8
km/L, o que pode ser considerado um pouco alto.

É interessante ressaltar que com 171 cavalos brutos


de potência, alguns modelos do Opala SS conse-
guiam chegar a 190 km/h, o que os deixava atrás

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Crédito editorial: Nathan Costa | Unsplash.com
do Maverick e do Dodge, mas os modelos em ques-
tão entregavam mais força e mais consumo em ro-
tações mais baixas ou então em médias rotações.

Outro ponto que contribuiu para que este mode-


lo fosse bem-visto é que ele representava um dos
muscle cars com melhor custo-benefício. Ainda as-
sim, seu preço podia ser considerado alto quando
em conversão direta, de modo que o modelo em
questão custava, em média, R$297 mil.

Vale destacar que o gasto com manutenções para


o Opala SS podia ser bastante alto para a época.
Mas ele foi considerado um dos carros mais rápi-
dos do país, e tinha um design mais voltado para o
esportivo, então teve muita fama.

É interessante citar, por fim, que este foi o primeiro


modelo nacional a contar com bancos individuais
na parte dianteira, além de alavanca na parte do
assoalho e câmbio de quatro marchas.

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Crédito editorial: Nathan Costa | Unsplash.com
DODGE
CHARGER
R/T
O Dodge Charger R/T foi lançado no ano de 1970,
quando a gasolina ainda era barata. O modelo em
questão foi fabricado pela Chrysler Brasil, e era uma
derivação do Dodge Dart Cupê, mas contava com
potência de carro americano, assim como com um
design compatível com estes modelos.

Atualizando os valores para a moeda atual, o Do-


dge Charger R/T chegou a custar em média R$197
mil. Nesse contexto, ele era considerado um dos
carros mais potentes do Brasil, devido a suas es-
pecificações técnicas, começando por seus 215 ca-
valos de potência. Entretanto, também é interes-
sante mencionar a alta taxa de compressão, que
fazia com que o modelo conseguisse alcançar de
0 a 100 km/h em apenas 11 segundos. Além disso,
ele conseguia ultrapassar com facilidade a marca
dos 180 km/h.

A título de curiosidade, é interessante destacar que


o Dodge Charger R/T era um modelo tão bom de
muscle car que chegou a receber muitos elogios do

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piloto Emerson Fitipaldi, ainda em 1971. Na ocasião,
Fitipaldi destacou que este era um modelo gostoso
de dirigir, bastante obediente e que oferecia boa
estabilidade.

Apesar de todos os atributos positivos, é interes-


sante ressaltar que ele consumia bastante com-
bustível, de modo que algumas pessoas brincavam
que seria importante comprar um posto de gasoli-
na com o carro.

Em termos de números, isso se refletia em 4 km/L


nas cidades e em 6 km/L nas estradas. Portanto,
foi e ainda é um carro para poucas pessoas. É im-
portante destacar que dirigir um Dodge Charger
R/T pode ser considerado um verdadeiro desafio.

Ele apresenta um bom desempenho em termos de


motor, mas tem os freios pesados e a tração trasei-
ra forte, o que torna fácil fazê-lo sair da pista caso
o motorista não esteja acostumado com a direção.

É interessante ressaltar, por fim, que estes modelos


de carro são supervalorizados no mercado atual e
podem ser um pouco difíceis de encontrar, chegan-
do a custar mais de R$100 mil.

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Crédito editorial: Markus Spiske | Unsplash.com
Crédito editorial: Alina Rubo | Unsplash.com

CURIOSIDA-
DES SOBRE
OS MUSCLE
CARS
O termo muscle cars pode não ser tão popular no
Brasil quanto em outros países, mas os modelos que
estão dentro dessa categoria possuem uma histó-
ria única e que vale muito ser relembrada em de-
talhes e com suas devidas curiosidades, que mos-
tram o motivo para o sucesso.

Algumas questões a respeito dos muscle cars logo


de cara fazem com que eles sejam reconhecidos e
apreciados pelas ruas, pois são modelos bem par-
ticulares em relação ao ronco do motor e também
pelo fato de que oferecem uma velocidade bem di-
ferenciada.

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Crédito editorial: mike noga | Pexels.com

O visual destes modelos é bem diferente, eles con-


tam tanto com itens de luxo quanto também he-
ranças de outros modelos mais populares, que fa-
zem com que tenham caído no gosto do público ao
longo dos anos.

Como ao falar de muscle cars espera-se que o as-


sunto central seja de fato a potência, o primeiro
item de curiosidade que vale ser lembrado são os
modelos considerados com os mais potentes da
história desses automóveis únicos e incríveis.

Na lista de modelos englobados nesse termo, es-


tão automóveis que ficaram marcados na história,
como o Shelby Cobra 427, lançado em 1966. O mo-
delo é um carro sem capota e ficou conhecido por
ser o mais rápido com esse diferencial no mundo
todo.

Tornou-se rapidamente um clássico para a história


dos muscle cars, pelo fato de que ele, mesmo não
parecendo por suas características externas, que
enganavam muito, era um carro altamente veloz,
que partida de 0 a 160 km/h em apenas 13 segun-
dos, um feito para os anos 60.

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A lista segue com outro modelo icônico, o Chevrolet
Chevelle SS 454 de 1970. Potente e cheio de per-
sonalidade, o modelo na época em que foi lançado
conseguia superar e muito as expectativas dos fãs
de velocidade com seu motor V8 que gerava até
450 cv.

Inclusive, o Chevelle até o momento, ao se falar de


Muscle Car, é de fato o modelo mais potente de
todos, não perde para nenhum outro nesse que-
sito. E se encontra junto de vários outros modelos
de segmentos distintos no topo.

O PlyMouth Hemi Cuda, de 1970, vem em sequ-


ência como um modelo potente para ser lembrado
sempre. O carro chegava a incríveis 428 cv de po-
tência. A velocidade máxima era de 209 km/h.

Sempre muito lembrado e comentado, o Dodge


Charger não poderia ficar de fora de uma lista onde
destacam-se os mais velozes muscle cars da his-
tória. Lançado em, 1969, ele entregava elegância e
potência na mesma proporção.

Conhecido ao redor do mundo todo, o modelo apa-


receu em diversos momentos, até mesmo em fil-
mes. A potência variava, podendo ser entre 375 a
425 cv. Outro carro, também muito celebrado e que
se encontra nesta lista, era o Mustang.

A versão Shelby Mustang GT500, de 1967, era po-


tente e cheia de personalidade, com um motor V8
4.7L e com câmbio manual de quatro marchas; esse
era o carro ideal para quem queria velocidade e luxo,
ao mesmo tempo. O carro chegava a incríveis 335
cv de potência.

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Crédito editorial: Joppe Spaa | Unsplash.com

O Pontiac Firebird Fórmula de 1974 não poderia fi-


car de fora e merece o devido destaque entre os
muscle cars mais potentes do mundo todo. O mo-
delo foge um pouco dos estereótipos e acaba não
sendo tão quadrado quanto os lançados na mes-
ma época.

Com um motor V8, ele tinha uma traseira mais lon-


ga e um design diferenciado. Seu motor conseguia
oferecer 400 cv de potência. Em seguida, um nome
que ficou e está na memória dos fãs de carros para
sempre: Chevrolet Camaro Z28.

Um dos muscle cars mais lembrados e famosos do


mundo, o modelo conta com pneus mais largos e
listras brancas que atravessavam sua lataria toda.
Os discos de freios frontais e a direção hidráulica
também davam o tom do modelo.

O interessante, neste caso, era o motorV8, que ofe-


recia 290 cv de potência. Não é o mais potente en-
tre os citados, mas que para época era um grande

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feito e ainda assim fazia com que o modelo rece-
besse o devido e merecido destaque por isso.

A lista de mais potentes ainda segue com três mo-


delos únicos: Ford Mustang Boss 429, Maverick GT
V8 302 e Chevrolet Corvette Sting Ray. A potência
dos três variava bastante, o primeiro atingindo 375
cv, o segundo conquistava 0 a 100 km/h em 11.6 e
o terceiro fazia 380 cv.

Crédito editorial: Tyler Clemmensen | Unsplash.com

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OUTROS
MUSCLE CARS
DE SUCESSO
Ainda hoje muitos dos modelos chamados de mus-
cle cars podem ser encontrados nos mercados ame-
ricanos e também no Canadá, em alguns casos. Os
preços são varáveis, mas podem ser acessíveis a
depender do modelo e de outras questões.

Entretanto, apesar de ainda haver essa possibili-


dade, os muscles cars mais marcantes da história
estão nas garagens de colecionadores e outros lo-
cais bem preservados. Portanto, vale a pena relem-
brar os modelos de grande sucesso.

Os modelos de muscle cars passaram por mudan-


ças e muitos detalhes que fizeram com que se tor-
nassem o que podemos relembrar com suas histó-
rias, com carros que chegavam a mais de 450 cv
de potência, por exemplo.

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Clássicos, como o Corvette L88 e o Hemi Cuda de
1971 ficaram na memória de muitas pessoas, mas
ainda existem outros tantos modelos que fizeram
parte desse segmento e que deixaram heranças
marcantes para os modelos que vieram depois de-
les.

Um ponto a se mencionar a respeito das mudan-


ças dos muscles cars ao longo dos anos foi que,
em 1980, os modelos acabaram passando por al-
gumas mudanças relativas às regulamentações e
emissões.

Isso não impediu que esses carros incríveis deixas-


sem histórias ainda mais surpreendentes para se-
rem contadas. Dessa forma, alguns modelos me-
recem muito ser relembrados e conhecidos.

Crédito editorial: ernie114 | Pixabay.com

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Crédito editorial: Photo Person | Unsplash.com

Plymouth Barracuda 1966


Um dos mais icônicos modelos do segmento de
muscles cars é o Plymouth Barracuda de 1966. Co-
nhecido como um carro de passeio, ele possui um
aspecto mais durão e conta com uma capacidade
de aceleração que chega de 0 a 100 km/h em ape-
nas 10 segundos.

O motivo de este modelo conseguir conquistar esse


grande feito vinha de seu motor de 235 cv. Com
isso tudo, o Barracuda de 1966 não é um modelo
tão difícil de conseguir hoje em dia.

Shelby GT350
O Mustang Shelby definitivamente é um dos mode-
los mais importantes do segmento de muscle cars.
Lançado em 1965, o carro conta com um desempe-
nho surpreendente, também com detalhes únicos.

Na época em que foi lançado, alguns compradores


reclamaram um pouco a respeito de uma sensa-
ção que tinham de que o carro era um pouco pe-
sado. Um pouco depois, a marca resolveu mudar
um pouco essas questões, adicionando recursos
de alto desempenho.

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Crédito editorial: Tyler Clemmensen | Unsplash.com

Um dos itens colocados foram os amortecedores


Koni, que eram ajustáveis. O capô de fibra de vidro
e as saídas de escapamento laterais também foram
modificadas para trazer um diferencial ao modelo.

Ford Mustang Shelby GT500 1968


Os primeiros anos do Mustang são os mais desejá-
veis para a maioria dos fãs do modelo de modo ge-
ral. Isso porque na época em questão, os GT 350 de
1965 e 1966 eram mais leves e com um estilo bem
diferente e simples.

Entretanto, os modelos que vieram logo após, em


1967 a 1968, eram mais divertidos, por assim dizer.
Foram carros mais desejados pelas pessoas que
gostam de velocidade e que queriam correr. Dife-
rente das outras versões, que erram mais para tra-
balho e lazer.

Dodge Challenger SRT Hellcat Re-


deye
O Dodge Challenger SRT Hellcat Redeye é extre-
mamente potente. O adjetivo que melhor pode des-
crever este modelo e que faz com que seja possível
entender seu sucesso é poderoso. Esse é um dos
muscle cars mais incríveis já fabricados.

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Crédito editorial: Haidong Liang | Unsplash.com

Em apenas 10,8 segundos esse modelo consegue


percorrer 400 metros. E não só isso: seu poder tam-
bém está em sua imponência. Esse é um carro bem
mais pesado, mas que, simultaneamente, não traz
a sensação de dificuldade na direção.

O motor de 797 cv é incrível e o motivo pelo qual


este modelo ficou na memória e no coração dos
apaixonados por muscle cars. Um clássico desde a
capacidade a até a aparência elegante.

Dodge Super Bee A12 1969


O Super Bee foi um modelo muito admirado pelos
fãs de muscle cars, por mais que não seja o pri-
meiro a vir a mente quando se fala nesses modelos
bem peculiares. Ele chegava de fábrica com 383V8
ou então com o incrível e monstruoso 426 V8.

Na época, o modelo era conhecido internamente


como A12 e usava um capô feito de fibras de vidro
pintado de preto fosco com um scoop mais voltado
pela frente. Já o A12 Super Bee contava com 390
cv e torque mais alto.

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Crédito editorial: Marc Kleen | Unsplash.com

Corvette Baldwin-Motion Phase III


GT 1969 -1971
Seguindo entre os modelos mais icônicos, o Corvet-
te Baldwin deixou marcas incríveis no segmento de
muscle cars. A Baldwin Motion foi uma das primei-
ras preparadoras do Corvette e os carros produzi-
dos podem ser descritos aqui como legendários.

Os Corvettes especiais, mais adiante, contaram


com uma produção em série sob encomenda. Ao
final do ano de 1968, foi construído também um
novo e mais rápido modelo, além de altamente fun-
cional, que seria o GT esportivo americano.

AMX/3 1969
Esse modelo, pode-se se dizer, é um dos mais exó-
ticos a ser destacado no segmento de muscle cars.
Ele conta com vários pontos distintos e interessan-
tes, desenvolvido de forma colaborativa.

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Crédito editorial: betto rodrigues | Shutterstock.com

A colaboração internacional foi feita entre uma


equipe da AMC, liderada por Dick Teague, que era
o chefe de desenho na época, e com a ItalDesign.
Ainda contando com o reforço do engenheiro ita-
liano, Giotto Bizzarrini.

Bem peculiar e diferenciado, o modelo contava


com alguns detalhes a mais, como seu motor AMC
390V8 de 340 cv, que colocava ele também entre
os modelos mais potentes do segmento de muscle
cars, que chegavam a mais de 450 cv na época.

O modelo contava ainda com um câmbio manu-


al de quatro velocidades e conseguia sair de 0 a
100km/h em apenas 5 segundos. Um feito e tanto
para a época em que o modelo figurava no mer-
cado, apresentando a velocidade máxima em 274
km/h.

Mas um ponto interessante sobre a história deste


modelo é que ele não chegou oficialmente às con-
cessionárias da AMC. O motivo para isso foi pelo
fato de que ele contava com um alto custo para
ser produzido.

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Chevrolet Corvette 1984
Mais um modelo de Corvette figurava entre os es-
peciais muscle cars. A terceira geração vinha com
algumas previsões na época destacavam itens e
detalhes, como que se apostava que o carro viria
com motor central, já outros acreditavam em um
motor rotativo.

Mas ao final, quando foi anunciado de fato, o Cor-


vette chegou de uma forma bem diferente do que
se pensou e a marca não foi tão radical assim em
suas decisões de fato. Ele vinha equipado com um
motor Chevrolet V8 small block na frente e com tra-
ção nas rodas traseiras.

Em seu primeiro ano, ele ainda produzia apenas


205 cv. Entretanto, com o tempo e alguns avanços,
o modelo passou por um aumento nesse sentido.
Assim, com cinco anos de mercado, o carro chegou
com um desempenho incrível de 375 cv.

Crédito editorial: Connor Betts | Unsplash.com

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Dodge Charger Daytona 1969
Para um modelo de 1969, o Daytona trazia vários
itens incríveis a serem relembrados. Um dos veícu-
los considerados mais radicais da história dos mus-
cle cars.

A ideia por trás deste modelo era trazer um car-


ro com uma velocidade alta para poder competir
nas corridas de Nascar, as chamadas speedways.
O nome, como curiosidade, sugeria que esse era
um carro criado para competir apenas em disputas
como rachas.

Para conseguir o objetivo, entretanto, os engenhei-


ros investiram pesado em conseguir entender o que
era preciso para chegar ao objetivo final. Mudanças

Crédito editorial: Tony Savino | Shutterstock.com

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foram feitas no modelo e até mesmo foi adiciona-
da uma asa traseira de quase 60 cm de altura para
trazer este diferencial na velocidade.

E, por fim, esta versão de corrida do Daytona se


tornou o primeiro carro da história da Nascar a con-
seguir atingir o feito de 320km/h. Com isso, os ob-
jetivos dos engenheiros eram concluídos e o mo-
delo figurava entre os mais potentes muscle cars
da história.

Crédito editorial: Igor | Unsplash.com

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BIBLIOGRAFIA
As informações e dados utilizados neste e-book se
basearam nos conteúdos abaixo listados:

Crédito Editorial
Amir Hosseini | Unsplash.com (Foto de Capa)

A história dos muscle cars


https://supercarros.cc/noticias/detalhe/muscle-car-a-potencia-dos-eua Acesso em 21/10/2022

O declínio dos muscle cars


https://supercarros.cc/noticias/detalhe/muscle-car-a-potencia-dos-eua Acesso em 21/10/2022

O ressurgimento dos muscle


https://supercarros.cc/noticias/detalhe/muscle-car-a-potencia-dos-eua Acesso em 21/10/2022

Os muscle cars australianos


https://supercarros.cc/noticias/detalhe/muscle-car-a-potencia-dos-eua Acesso em 21/10/2022

O futuro dos muscle cars


https://supercarros.cc/noticias/detalhe/muscle-car-a-potencia-dos-eua Acesso em 21/10/2022

Os maiores muscle cars do mundo


https://www.redbull.com/br-pt/os-maiores-muscle-cars-ja-feitos-no-mundo Acesso em 21/10/2022

Os muscle cars que fizeram sucesso no Brasil


https://retornar.com.br/muscle-cars-sucesso-no-brasil/?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaig-
n=kw-retornar-dinamica&el=google&gc_id=18208305582&h_ad_id=619166864628&gclid=Cj0KCQjwhsmaBhCvARIsAIbE-
bH44V0WPIgz52ps8x4U3tlyU8c6wA5jhvemeQixOVu7hlOqlsg_y-poaAlK0EALw_wcB Acesso em 21/10/2022

Curiosidades sobre os muscle cars


https://sulcarro.com.br/tudo-sobre-muscle-car Acesso em 21/10/2022

Outros muscle cars de sucesso


http://autoetecnica.band.uol.com.br/11-muscle-cars-do-tempo-emque-homens-eram-homens-e-carros-eram-carros/ Aces-
so em 21/10/2022

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Este e-book, caracterizado como uma obra literá-
ria, produzido pela Retornar e de sua integral titu-
laridade, contém citação de marcas de terceiros em
caráter meramente informativo, na forma autori-
zada pelo Artigo 132, IV da Lei 9279/96. A Retornar
salienta que respeita todos os direitos de terceiros,
incluindo direitos de propriedade intelectual, como
direitos autorais ou marcas registradas, e que to-
dos os seus conteúdos estão de acordo com a le-
gislação brasileira.

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51
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