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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................3
A HISTÓRIA DO MAVERICK................................... 5
MAVERICK NO BRASIL.......................................... 16
MAVERICK GT 2.3.................................................. 33
DESEMPENHO DO MAVERICK............................ 47
BIBLIOGRAFIA.........................................................57
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INTRODUÇÃO
Durante todo o tempo em que o Maverick foi fa-
bricado, até mesmo alguns anos depois do final de
sua produção, algumas versões especiais e alter-
nativas foram desenvolvidas para o público.
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A história do Maverick ainda é muito injustiçada no
mercado de automóveis brasileiro. Muitas das ideias
dessas versões, com certeza não faziam parte dos
planos da marca, mas como elas fizeram parte da
história do Maverick, compartilharemos mais so-
bre esses detalhes, que inclusive muitas pessoas
não conhecem.
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A HISTÓRIA
DO MAVERICK
O Ford Maverick surgiu nos Estados Unidos, no ano
de 1969, e o principal objetivo de sua criação era
ajudar no combate da invasão dos europeus e ja-
poneses no mercado americano.
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A ideia era bem simples, fazer um carro mais com-
pacto, que fosse barato e tivesse manutenção sim-
ples, além de ser fácil de manobrar nas ruas. Sua
aparência era semelhante ao Mustang, mas a ideia
principal era identificar o Maverick como um carro
para a família, moderno, prático, econômico e até
esportivo.
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Nesse momento, a Ford começou a fazer pesquisas
que acabaram gerando bons resultados na histó-
ria do marketing de automóveis nacionais. Isso fez
com que a empresa tivesse seu público alvo defini-
do.
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A Ford tentou resolver isso, porém o modelo Tau-
nus exigia um motor que só seria possível de fabri-
car em 1975, a partir de outra fábrica. Além disso, a
suspensão traseira também era mais moderna do
que a de modelos anteriores. Diante desses deta-
lhes, a adaptação do Ford Taunus para o mercado
brasileiro foi inviável.
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Os objetivos que a empresa tinha eram maiores,
como a urgência de lançar logo no mercado e tam-
bém economizar ao investir. Então, os problemas
também começaram a aparecer.
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Tempos depois, a versão GT esportiva também foi
lançada, com um motor V8 importado que tinha
4,95 litros e era de fábrica. Ele também tinha dire-
ção hidráulica e pintura metálica, sendo um dife-
rencial opcional desse modelo.
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segundo ano de lançamento.
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Com o motor de 6 cilindros, ele tinha o consumo de
combustível tão alto como o motor V8, e andava
como um carro médio. Assim, o Maverick ganhou
fama de ser um carro com consumo alto de com-
bustível na época.
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Isso porque essa versão era equipada com o motor
de 5.0 litros, onde a junção com o carburador de
corpo duplo, produzia até 197 hp de potência bru-
ta (SAE). Se isso fosse medido pelo padrão atual,
norma ABNT, ele não chegaria a mais do que 140
cv.
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Crédito editorial: Markus Spiske | Unsplash.com
Os responsáveis pelo marketing da Ford pensaram
em um modelo que tivesse as mesmas caracterís-
ticas esportivas e que fosse moderno, como o Pony
Car V8, um clássico da época. Mas, a intenção era
que o Maverick custasse bem menos, para cair no
gosto dos consumidores.
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MAVERICK
NO BRASIL
Depois do tempo em que o Itamaraty e o Aero Willys
foram aposentados do mercado de automóveis, o
Maverick americano chegou ao Brasil, no começo
dos anos 1970.
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Muitas curiosidades que fizeram com que o Mave-
rick não tivesse tanto sucesso em seu lançamen-
to foi que, em pesquisas feitas pela Ford, mostra-
va que os consumidores queriam um sedan médio,
além de terem preferência pelo design do Taunus.
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Mesmo com o sucesso, teve um detalhe que aca-
bou atrapalhando seu lançamento, que foi a fal-
ta de sincronismo entre o começo da produção do
motor 2.3 com 4 cilindros, que era mais moderno,
com o lançamento do modelo de 1973.
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As primeiras unidades do modelo fabricadas tam-
bém tinham problemas com o aquecimento do mo-
tor de 3.0, onde a temperatura subia rapidamente
quando o motorista exigia muito do motor.
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VERSÕES
ESPECIAIS
DO MAVERICK
Maverick Bicolor
Uma das grandes versões especiais do Maverick foi
o modelo bicolor, que estava disponível em duas to-
nalidades de cor, popularmente conhecidas como
blusa e saia.
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Maverick Série Ouro e Prata
Outra versão especial do Maverick foi feita no fi-
nal dos anos de 1976 e 1977, e eram modelos da ca-
tegoria Super com alguns detalhes da linha Super
Luxo. O diferencial eram as tonalidades douradas
e prata, nos bancos, por exemplo.
Maverick Pickup
A Maverick Pickup foi ideia de um projeto que veio
da concessionária Novocar, que não tinha a inten-
ção de produzir essa versão especial em série, mas
apenas utilizá-la para o dia a dia da empresa e aju-
dar nos serviços.
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Não existem muitas informações sobre esse proje-
to, e existem diversos outros modelos que também
foram transformados em pickup em diferentes es-
tados do Brasil.
Maverick Quadrijet
Uma das versões especiais mais raras de todos os
Mavericks que já foram produzidos, o Quadrijet foi
uma grande jogada que a Ford teve para que a per-
formance nas corridas fosse melhor.
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Essa versão era preparada sob licença pela Ford,
usando carburadores Quadrijet Holley, comando
bravo da Iskenderian e coletor de alumínio da Edel-
brock.
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Maverick Perua
Como dissemos anteriormente, muitas versões es-
peciais do Maverick foram idealizadas por conces-
sionárias, como o Maverick Perua, feito pela Souza
Ramos, de São Paulo. O objetivo era fazer com que
essa versão atingisse o mercado das peruas.
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O banco traseiro é rebatível, vindo da Belina para
criar um espaço um pouco maior para carregar itens
e o deslocamento do bocal do tanque de combus-
tível é na parte lateral direita.
Maverick 5000R
Outra versão especial do Maverick foi o 5000R,
trazendo um conceito novo criado pela conces-
sionária Caltabiano, em São Paulo, uma das mais
tradicionais do Brasil que também marca presença
nas pistas de corridas.
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O design do Maverick 5000R ficou sob respon-
sabilidade de Anísio Campos, que criou diversos
modelos de carros fora de série. Essa versão tinha
muitos itens exclusivos, como vidros elétricos, teto
solar, spoiler dianteiro, rodas de liga leve, aerofólio
traseiro, volante esportivo, farol de iodo e a pintu-
ra na parte lateral, que era exclusiva desta versão.
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Maverick Centauro
O Maverick Centauro foi um dos projetos apresen-
tados de forma independente pela Decorauto Pro-
duções, idealizado por Carlos Alberto Correa.
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Maverick Quatro Portas
Com o passar dos anos, após o lançamento do Ma-
verick, a família cresceu. No final do ano de 1973,
surgiram as novas carrocerias sedan de 4 portas.
Desde então, a Ford só oferecia o modelo com 2
portas, enquanto outros modelos rivais tinham 4
portas.
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Mesmo não tendo mais o design esportivo da carro-
ceria fastback, esse modelo era mais indicado para
quem queria um carro com porta-malas maior ou
para a família.
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mente depois dos grandes fracassos que enfrenta-
dos em seu lançamento.
Maverick Mavilac
O projeto dessa versão especial do Maverick foi
mostrado na revista Motor 3 e seu desenvolvimen-
to foi feito em 7 meses pelo Sr. Shlomo Eliakim.
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MOTOR V8
E SUAS ESPE-
CIFICAÇÕES
A versão GT com motor V8 302 polegadas cúbi-
cas tinha 5.0 litros e era importada da América do
Norte. Esse motor com certeza, era uma das op-
ções mais fora da curva da época.
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A velocidade máxima que ele chegava era de 180
km/h, fazendo com que fosse uma das opções de
carros mais rápidos do Brasil na década de 1970.
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MAVERICK
GT 2.3
Na mesma época existia um movimento visando
popularizar a versão esportiva do GT, que trouxe
grande confusão. Essa versão foi oferecida como
mais barata, ainda mantendo seu visual esportivo,
motor 2.3 OHC e câmbio manual com 4 marchas.
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Crédito editorial: luizsantanna | Shutterstock.com
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Crédito editorial: luizsantanna | Shutterstock.com
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O que realmente fez com que o Maverick se tor-
nasse uma grande lenda do mercado de automó-
veis foi o GT V8 com kit Quadrijet, tendo mais de
500 unidades prontas após preparadas.
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O MITO:
MAVERICK V8
QUADRIJET
Como citamos anteriormente, a versão do Maveri-
ck V8 Quadrijet foi um dos maiores mitos do mer-
cado. Ele tinha o motor 250-S em um Opala 4100
no ano de 1973, produzindo cerca de 171 hp SAE
e tendo um excelente desempenho comparado ao
sedan da GM.
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Com isso, a Ford teve a brilhante ideia de oferecer
o Kit Quadrijet para o motor V8, que chegou em
1975. Esse motor estava presente no Maverick GT
V8 e também na versão Super Luxo V8, agregando
um carburador de corpo quádruplo para substituir
o de corpo duplo.
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MAVERICK
QUE USAVA
ITENS DOS
EUA
Depois que o Maverick saiu de linha no mercado
norte-americano, no ano de 1977, apenas a produ-
ção do carro nacional ainda era feita. Mesmo que
os números de unidades fabricadas ainda não fos-
sem tão grandes quanto os dos EUA, o sucesso foi
alto, mas não impediu que ele fosse tirado de linha
para o Ford Granada entrar.
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Um grande fato é que o Maverick nacional conse-
guiu se aproveitar do fato do Maverick americano
ter sido tirado de linha, afinal, todos os equipamen-
tos que eram utilizados por lá para trazer conforto
e melhorar o design foram destinados ao uso da
produção do modelo nacional.
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Para que essa novidade fosse bem acomodada, a
Ford aproveitou esse momento e lançou a versão
Luxo Decorativo Opcional (LDO), que foi a primeira
desde que o carro foi estreado e se tornou topo de
linha.
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A POTÊNCIA
DO MOTOR V8
A potência que os motores V8 nacionais tinham,
sempre trouxe muita polêmica para o mercado.
Existem dois tipos de potências que um motor pode
ter: a potência SAE (potência bruta) e a ABNT (po-
tência líquida.
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Em 1970, as potências dos carros eram medidas de
modo SAE, e por isso o Maverick tinha potência de
199 hp. Quando consideramos o câmbio, o motor, o
escapamento e as bombas, a potência diminui.
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Quando falamos sobre potência, até podemos di-
zer que o V8 tem menos, por conta de seu tamanho,
mas se você remover o escapamento do carro, por
exemplo, já são mais 10 hp de potência nas rodas.
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DESEMPENHO
DO MAVERICK
O Ford Maverick foi um dos carros esportivos mais
icônicos de toda a história de automóveis no Brasil,
principalmente sua versão GT V8, como dissemos
anteriormente. Mas, nos Estados Unidos, esse car-
ro era considerado apenas como mais uma opção
de entrada.
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Isso pode ser visto também porque ele serve como
base para fazer experimentos diferentes, por con-
ta de seu valor mais acessível.
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O Maverick que participou desse experimento é de
1974, e Luke Finley é o proprietário. Ele conhece os
motores dos carros muito bem, assim como os sis-
temas de combustível, então aceitou o desafio e
elaborou essa transformação, que funcionou mui-
to bem.
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Seu motor não entregou mais do que 3500 rpm na
puxada e não tinha mais o que entregar. No gráfico,
foi observado que o torque máximo foi de 19 kgfm,
apenas a 2125 rpm. Tal desempenho o fez chegar a
rotações mais baixas.
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CUIDADOS AO
ADQUIRIR UM
MAVERICK
É comum que muitas pessoas, após ouvir mais so-
bre a história do Maverick, de como ele chegou no
Brasil, seu desempenho e motor, fiquem interessa-
dos em adquirir um carro como esse.
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Entendendo esse ponto, confira a seguir outros de-
talhes muito importantes que devem ser observa-
dos.
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Outro ponto importante a ser observado é que a
Ford apresentou alguns descasos com os seus car-
ros que fizeram sucesso, mas eram antigos, como
o Maverick no Brasil. Não existem dados oficiais
sobre a quantidade de cada modelo que foi produ-
zida, assim como quantos deles tinham os motores
4 cc, 6 cc ou V8.
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Se alguém faz transformações que deixam o car-
ro parecido com uma nave espacial, por exemplo,
com diversos detalhes que anteriormente ele não
tinha, o carro ficará mais caro.
Identifique os Modelos
É comum que muitos consumidores tenham difi-
culdade em identificar de fato quais são os mode-
los do Maverick que existem, isso acontece princi-
palmente por não terem a plaqueta, item que dava
para identificar os dados técnicos sobre o carro,
como motor, estofados, cor original, transmissão e
outros pontos.
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Não tem como saber dessas informações a partir
do pedido da Ford, pois no Brasil, quando os mo-
delos não são mais produzidos, essas informações
não são mais passadas.
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Adaptação de Motores
Esse ponto você precisa se atentar com muita de-
dicação, pois também pode gerar problemas, prin-
cipalmente se as adaptações tivessem sido feitas
para aumentar a potência do Maverick.
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BIBLIOGRAFIA
As informações e dados utilizados neste e-book se
basearam nos conteúdos abaixo listados:
Maverick no Brasil
https://autopapo.uol.com.br/noticia/ford-maverick-v8/#:~:text=Assim%2C%20o%20Ford%20Maverick%20foi,esporti-
va%20s%C3%B3%20com%20motor%20V8
https://autopapo.uol.com.br/noticia/ford-maverick-v8/#:~:text=Assim%2C%20o%20Ford%20Maverick%20foi,esporti-
va%20s%C3%B3%20com%20motor%20V8
Maverick GT 2.3
https://autopapo.uol.com.br/noticia/ford-maverick-v8/#:~:text=Assim%2C%20o%20Ford%20Maverick%20foi,esporti-
va%20s%C3%B3%20com%20motor%20V8
A potência do motor V8
https://www.maverick73.com.br/historias/a-potencia-do-motor-v8/
Desempenho do Maverick
https://motor1.uol.com.br/news/597119/maverick-carburador-cortador-grama-v8/#:~:text=Em%20um%20dinam%C3%B-
4metro%2C%20o%20poderoso,19%20kgfm%20a%202.125%20rpm.
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Principais cuidados ao adquirir um Maverick
https://www.maverick73.com.br/dicas-em-geral/cuidados-ao-comprar-seu-maverick/
58
CONHEÇA O
INSTITUTO
RETORNAR
A fundação do Instituto Retornar é um sonho con-
cretizado. Por meio dele, nossa missão de transfor-
mar vidas pode levar o amor e a esperança para mi-
lhares de pessoas pelo Brasil.
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cias, melhorando a qualidade de vida e favorecendo
a inclusão social. Realizou a doação de carros, ces-
tas básicas, equipamentos de esporte e custeio de
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