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FORD F100

A “RAÇA FORTE”
INTRODUÇÃO
Ela reinou por três décadas como a Não menos memorável é a história da F100
principal caminhonete do mundo e fez no Brasil. O modelo surgiu derivado da versão
seus sucessores mantendo, até hoje, o americana e logo fez sucesso por aqui, ainda
sucesso da dinastia. A Ford F100 é a grande mais numa época em que o país estava
responsável pelo sucesso da Série F da Ford crescendo e necessitando de veículos
nos anos 1950, 1960 e 1970. Série que já comerciais leves que realmente ajudassem
passou por 13 gerações e segue em alta no os negócios que estavam surgindo. Foi com
mercado até os dias de hoje, sendo o grupo ela que a Ford conseguiu forjar o conceito
de pickups mais vendido na história, com a de “Raça Forte”, atribuindo uma resistência
F150 sendo o carro mais vendido no mundo longa aos produtos da marca no segmento.
em 2018.

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ÍNDICE
INTRODUÇÃO2
História5
A origem: Ford F-1, uma paixão americana11
Primeira geração 13
Segunda geração 14
Terceira geração 16
A sucessora, Ford F100020
A revolução a partir da suspensão22
F-Series – A dinastia26
Primeira Geração (1948-1952) Ford F-126
Segunda Geração (1953 - 1956) Surge a F-10030
Terceira Geração (1957-1960)31
Quarta Geração (1961-1966)32
Quinta Geração (1967-1972)33
Sexta Geração (1973-1979)34
Sétima Geração (1980-1986)36
Oitava Geração (1987–1991)38
Nona Geração (1992–1997)39
Décima Geração (1997-2004)41
F-150 – o carro mais vendido do mundo51
O xodó de Chip Foose54
“O exemplo arrasta” 57
Quarenta e dois anos e só cinco motoristas60
Tabela de imagens:63

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História
Uma história que se confunde com a da
Ford no Brasil.

Fundada no Brasil em 24 de abril de 1919,


a Ford foi a primeira montadora de automó-
veis do país. E o conceito era esse mesmo,
de montadora, uma vez que iniciou suas ati-
vidades montando Modelos T, importados
desmontados dos Estados Unidos. A fabri-
cação de automóveis só teve início, na Ford
Brasil, em 1957, quando saiu, da fábrica no
Bairro Ipiranga, em São Paulo, a versão bra-
sileira do caminhão F-600.

Com 40% de conteúdo nacional, o F-600


brasileiro era equipado com motor V8 a ga-
solina de 4,5 litros, 167 cv de potência a
4.400 rpm e torque máximo de 35,9 m.kgf a
2.200 rpm (valores brutos), importado dos
EUA. A partir de 1959 o motor também pas-
sou a ser fabricado no Brasil.

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6
Ainda em 1957 foi lançado no mercado bra-
sileiro a pick-up F100, utilizando a mesma
cabine e o motor do caminhão.

Similar ao modelo produzido nos Estados


Unidos na época, o F-100 tinha formas ar-
redondadas, com o capô mais alto e estrei-
to que os pára-lamas dianteiros, dois faróis
circulares e caçamba de perfil baixo. Media
3,30 metros entre eixos e pesava 1.780 kg.
A suspensão utilizava eixo rígido na frente e
na traseira.

As primeiras alterações ocorriam em 1959,


com pára-brisa envolvente de área 20%
maior e novo painel de instrumentos. Três
anos depois a cabine ficava mais larga e
o capô era integrado em estilo aos pára-
-lamas, o chamado Styleside. Havia agora
quatro pequenos faróis circulares e bancos
com espuma de borracha no assento e no
encosto, para maior conforto — uma pala-
vra que, de qualquer modo, não definia com
exatidão o uso desses veículos.

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Em 1963 aparecia a versão de cabine dupla
e três portas, sendo que a traseira única, do
lado direito, se abria em sentido oposto às
dianteiras. Era o mesmo princípio das atu-
ais cabines estendidas, só que mantendo a
coluna central e permitindo a abertura in-
dependente da porta traseira, razão de seu
apelido mundial como “suicida”.

Dois anos depois a linha era dividida entre


as versões Rancheiro, utilitária, e Passeio,
mais luxuosa e com suspensão mais macia.
A frente recebia alterações, em que a grade
perdia o relevo central ligando os faróis. Em
seu lugar aparecia a palavra Ford ou, na ver-
são Passeio, um pequeno emblema vertical
com o mesmo nome. Esta versão oferecia
também pintura em dois tons, com divisão
na linha de cintura da carroceria, a chamada
“saia-e-blusa”. No ano seguinte era introdu-
zida a opção de tração nas quatro rodas.

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Em 9 de outubro de 1967 a Ford assumiu
o controle acionário da Willys-Overland do
Brasil S.A., fabricante dos modelos Aero-
-Willys, Itamaraty, Jeep, Rural e F-75. Dela
absorvia a fábrica do Taboão e o Centro de
Pesquisas e Desenvolvimento do bairro de
Rudge Ramos, ambos em São Bernardo do
Campo, SP. A unidade de Taubaté, no interior
paulista, seria inaugurada em 1974.

Em maio de 1968 o F-100 sofria uma remo-


delação frontal. Ficava mais atual, com uma
grade larga e faróis oblongos (retangulares
com cantos arredondados), embora o res-
tante da carroceria fosse o mesmo. O logo-
tipo Ford estava na parte frontal do capô.
Na mecânica, o destaque era a suspensão
dianteira independente do tipo Twin-I-Be-
am, composta por semi-eixos oscilantes e
molas helicoidais. 

Uma reforma realmente ampla foi efetua-


da em maio de 1971. A nova carroceria, a
mesma adotada nos EUA em 1968, desta-
cava, em toda a extensão das laterais, um
vinco em relevo que transmitia a impressão
de solidez. Os faróis eram novamente dois

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circulares, ladeando uma grade com nu-
merosos frisos. A cabine vinha mais baixa,
larga e retilínea, e o pára-brisa era menos
envolvente. O F-100 estava bem mais mo-
derno, superando o C-10, então concorrente
da General Motors, lançado em 1964.

Com a primeira crise do petróleo, em 1973,


e o início da produção do motor de quatro
cilindros e 2,3 litros na fábrica de Taubaté,
no ano seguinte, o F-100 ganhava em se-
tembro de 1976 uma opção mais econômi-
ca de motorização. Moderno, com comando
de válvulas no cabeçote, sendo este de flu-
xo cruzado, o motor era o mesmo do Mave-
rick e seria empregado também nos utilitá-
rios herdados da antiga Willys.

Mas o uso da gasolina em utilitários torna-


va-se oneroso demais: era preciso adotar o
óleo diesel. Em novembro de 1979 chegava
ao mercado a F-1000, versão a diesel do
F-100 e seu sucessor natural no Brasil.

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A origem: Ford F-1,
uma paixão americana
Por 40 anos consecutivos, a Série F da
Ford é a pickup mais vendida nos Estados
Unidos. Há 35 anos ela é também o veículo
de maior vendagem por lá.

A tradição da Ford com esse tipo de utilitário


vem dos tempos do Modelo T, disponível
nessa versão de carroceria a partir de 1925.

Nos anos 30 a pickup começou gradualmente


a evoluir de maneira distinta dos carros
de passeio da marca. Mas a grande virada
na história desses utilitários viria após a
Segunda Guerra Mundial.

Em 16 de janeiro de 1948 a pick-up era o


primeiro novo produto a chegar às lojas,
antes mesmo dos carros de passeio da

11
marca. O design da nova Série F dava um
salto em relação ao que se conhecia de
picapes até ali. O para-brisa era inteiriço.
Para-lamas incorporados à dianteira davam
um tom de modernidade, ressaltado pela
grade cromada entre os faróis. Anúncios
da época diziam que as novas cabines
tinham custado US$ 1 milhão para serem
desenvolvidas.

As versões variavam de acordo com o entre-


eixos e a capacidade de carga. A F-1 levava
500 kg e era a picape da linha. As demais
eram consideradas “caminhões expressos”.
A F-2 suportava até 750 kg e a F-3, 1
tonelada. A linha crescia até a F-8, apta a
carregar 3 toneladas. Eram dois os motores
disponíveis para a F-1, o seis-cilindros
de 3,7 litros e 95 cv e o V8 de 3,9 litros
e 100 cv. O câmbio manual podia vir com
três ou quatro marchas. A F1 nasceu para o
trabalho e levava 500 kg de carga.

Para 1953, a F-100 substituiu a F-1,


inaugurando a segunda geração e dando
início a uma dinastia de caminhonetes que
segue até hoje.

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Primeira geração
A origem da Ford F100 está atrelada à
segunda geração das pickups Ford Série F
nos EUA, que surgiu em 1948. Lançada em
outubro de 1957 no Brasil, ela seguiu as
linhas do modelo de 1953 nos EUA, tendo
para-lamas mais baixos que o capô, que era
bem curvo e elegante.

A F100 de 1957 tinha motor V8 4.5 a gas-


olina com 167 cavalos e câmbio manual de
três marchas com alavanca na coluna de
direção. Esse modelo tinha torque de 38,7
kgfm, mas era importado. Nacionalizado
mesmo somente após 1958 e durou muito
tempo por aqui.

Esta picape rapidamente foi adaptada para


diversos usos, incluindo aqueles que usa-
vam caçambas de madeira.

A Ford implementou alterações no modelo


nos anos seguintes, incluindo para-brisa
maior e versão apenas com cabine e chas-
si, o que favorecia a instalação de carroce-
rias diversas. Uma caçamba mais larga foi

13
introduzida também, mas a Ford percebeu
que no começo dos anos 60, os clientes já
estavam usando a Ford F100 também para
lazer.

Com 3,30 m de comprimento, essa pick-up


era derivada do caminhão F600 e tinha eixo
rígido na dianteira e traseira, sendo um veí-
culo bem robusto e manutenção fácil.

Segunda geração
Em 1962, a Ford lançou a segunda geração
da Ford F100 no Brasil, sendo que dessa
vez, a pick-up passou a ter índice de nacio-
nalização elevado e ganhou carroceria mais
quadrada, com paralamas integrados ao de-
senho do capô e caçamba.

A utilitária veio ainda com a versão Passeio,


que tinha foco no conforto com suspensão
mais macia e pintura “saia-e-blusa”.

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A F100 dessa geração tinha ainda uma
versão de trabalho, a Ranchero, que adotava
o nome da picape leve da Ford no mercado
americano. Esta era mais robusta e dura,
mas ambas mantinham a mesma mecânica
da anterior, ou seja, o velho Ford 292 V8 4.8
e seu câmbio manual de três marchas “no
volante”.

Em 1963, surgiu uma versão de cabine du-


pla desta picape com três portas, sendo a
traseira do lado direito e com abertura in-
vertida.

O estilo dessa época empregou duas grades


diferentes e quatro faróis circulares. Havia
ainda o V8 272 4.5 que também foi usado e
com 168 cavalos.

Vários detalhes remetiam à nacionalização


da Ford F100, incluindo as cores verde e
amarelo. Essa picape também ganhou uma

15
atualização visual na segunda metade dos
anos 60. Porém, a Ford já preparava uma
mudança para distancia-la da F75, que era
a Rural Willys rebatizada.

Em 1968, ganhou a suspensão Twin I-Beam.


Além disso, a F100 recebeu faróis retangu-
lares e levemente ovalizados, bem como
grade branca com friso único horizontal.

Terceira geração
A terceira foi a mais popular e aquela que
mais durou no mercado nacional, mesmo
com mudança de nomenclatura. Lançada
em 1971, ela incorporava o estilo da quar-
ta geração americana, um visual que ficaria
marcado pelo modelo até os anos 90.

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A Ford F100 dessa época tinha uma carro-
ceria de linha mais contemporâneas e es-
tava apenas três anos atrasada em relação
ao equivalente vendido nos EUA. O mesmo
visual foi empregado no novo caminhão
F4000, que substituiu o F600, assim como
nos caminhões médios da Ford.

A frente tinha capô elevado e quadrado, que


obrigatoriamente vinha com molas para sua
sustentação quando aberto. Este chamava
atenção pelo nome Ford na frente e um logo-
tipo horizontal da marca americana. Outro
detalhe é que nas laterais haviam refletores
laranjas junto à designação do modelo.

A Ford F100 tinha grade dividida em duas


partes bem horizontais e com detalhes
cromados, além de dois faróis simples e
circulares. Os piscas ficavam bem mais

17
abaixo, junto ao para-choque de aço, de cor
branca, o mesmo tom visto na traseira. Nas
laterais, um vinco em forma de seta era re-
alçado com a cor branca, dependendo da
versão.

As maçanetas enormes eram cromadas,


assim como os retrovisores, considerados
pequenos demais para uma pickup, sendo
os mesmos do Galaxie na edição Super
Série. Por isso, muitos adotaram espelhos
verticais grandes e apoiados por dois
suportes.

As rodas de aço branco com calotas eram


um charme a parte, enquanto a traseira
tinha lanternas verticais que inspirariam
aquelas da picape Pampa.

A tampa da caçamba com o nome Ford era


para ser identificada à distância, enquanto
a caçamba tinha estepe vertical e 1.655

18
litros de espaço. A cabine tinha teto branco,
combinando com os detalhes exteriores.

A Ford F100 da terceira geração media


4,856 m de comprimento, 2,029 m de lar-
gura, 1,820 m de altura e 2,920 m de en-
tre-eixos. Na versão F100-4, o consumo ur-
bano com gasolina era de 6 km/l, enquanto
na estrada, a picape fazia 7 km/l.

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A sucessora, Ford
F1000
A F1000 surgiu como sucessora da Ford
F100 e em realidade é o mesmo produto,
só que rebatizado e com motores maiores.

Apareceu em 1979 com motor diesel 3.9


da MWM e atravessou metade dos anos 80
com essa opção, até receber um motor seis
em linha Thiftpower 221, que tinha 3.6 li-
tros e equipava o Ford Falcon argentino.

Esse propulsor entregava com álcool 115


cavalos. Mais tarde ele ganharia opção a
gasolina com 108 cavalos e então elimina-
do no começo dos anos 90. O próprio mo-
tor diesel MWM 3.9 da F1000 ganhou turbo
no começo dos anos 90 e alcançando 119
cavalos e 37 kgfm.

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Com diesel, a capacidade de carga era de
1.005 kg, conforme a legislação obrigava.
Saiu de linha nos anos 1990, abrindo es-
paço para a sequência de pick-ups Ford
contemporâneas que fazem sucesso no
mercado até hoje.

21
A revolução a partir da
suspensão
Na parte mecânica, a Ford F100 começou
sua carreira com dois velhos conhecidos:
motor V8 292 4.8 a gasolina de 190 cavalos
e 37 kgfm, bem como câmbio manual de
três marchas com mudanças na alavanca.
Mesmo com a terceira geração, a pickup
da Ford não escapou de usar um motor da
década de 50 e sua transmissão arcaica.

Mas, isso mudaria com uma versão mais


“popular”, lançada cinco anos depois. Tratava-
se da F100 4, que tinha como diferencial o
uso do motor 2.3 de quatro cilindros, que era
bem mais moderno (tinha fluxo cruzado no
cabeçote) e entregava 99 cavalos a 5.400
rpm e 16,9 kgfm a 3.200 rpm.

Como se tratava de um motor pequeno numa


picape que beirava os 1.700 kg vazia, a Ford
introduziu também um novo câmbio manual,
este de quatro velocidades e alavanca
instalada no assoalho, eliminando de vez
a saudosa alavanca na coluna de direção.

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Com tudo isso, ia de 0 a 100 km/h em
eternos 22 segundos, tendo máxima de
140 km/h.

Além disso, a Ford F100 ganhou um tanque


maior, de 87 litros posicionado junto ao
eixo traseiro que, aliás, sempre se manteve
com eixo rígido e robustos feixes de molas
semi-elípticas. Essa versão com motor
Giorgia – o mesmo empregado no Ford
Maverick e também no Ford Sierra
argentino – que era feito em Taubaté-SP,
também podia ter ignição eletrônica e
diferencial traseiro autoblocante.

A F100 dos anos 70 eliminou com isso


o vetusto V8 4.8 em 1978 e tentou ficar
mais eficiente, mais por causa da Crise
do Petróleo, que impactou direto nas
picapes. Mas, como a Ford percebeu, a
queda na performance não agradou os
clientes e por isso o V8 foi mantido até
que se conseguisse um motor melhor,
potente, mas não tão gastão.

23
Isso foi resolvido em 1979, quando a Ford
simplesmente desmembrou a F100, criando
uma nomenclatura que só existiu no Brasil,
a F1000. No caso do modelo anterior, o
novo ano traz apenas o motor Giorgia 2.3
OHC abastecido com gasolina, mas também
vinha com freios dianteiros a disco, mas
isso só ocorreu em 1982.

Entretanto, a Crise do Petróleo forçou de


uma vez o Pró-Álcool e assim, no mesmo
ano, a F100 passava a ter o mesmo motor
2.3 abastecido com o combustível vegetal
derivado da cana-de-açúcar. Dessa forma, o
propulsor passou a dispor de 91 cavalos a
5.000 rpm e 17 kgfm a 2.800 rpm. Mesmo
assim, o motor não dava conta do recado na
picape da Ford.

Mas a grande transformação implementada


pela F100 no mercado automobilístico
veio em 1968, quando as caminhonetes
começaram a ser equipadas com uma

24
nova suspensão dianteira independente,
utilizando molas helicoidais: a Suspensão
Twin I Beam, que prometia (e entregava)
uma revolução no conforto e maciez ao
rodar. Nessa suspensão, as hastes de
cada lado estão dispostas no lado oposto,
dando grande amplitude no movimento de
compressão e extensão. É uma suspensão
muito simples, com poucas peças
agregadas, mesmo quem nunca mexeu
consegue realizar sua manutenção. De
todos os tipos de suspensão, este é o que
tem a maior amplitude de compressão e
extensão. Sua construção envolve peças
bem robustas, tornando-o um dos sistemas
mais resistentes que existe.

A última grande evolução mecânica na


F100 veio no sistema de frenagem, quando,
em 1979, foram adotados os freios a disco
na dianteira, trazendo mais segurança para
os proprietários.

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F-Series – A dinastia
A F-Series é uma série de caminhões leves
e caminhões médios (Classe 2-7) que são
comercializados e fabricados pela Ford
Motor Company. Em produção desde 1948,
a série F inclui picapes de tamanho
normal, caminhões de chassis e veículos
comerciais. A partir de 2019, o Ford F-Series
inclui a F-150 Raptor, os caminhões Super
Duty Classe 3-5 (F-250 até F-550) e os
caminhões Super Duty Classe 6-8 (F-650,
F-750). São 13 gerações de pickups e
caminhões sempre no topo de vendas no
mercado mundial.

Primeira Geração
(1948-1952) Ford F-1
A primeira pickup da série F da Ford foi
introduzida em 1948, substituindo o
modelo anterior, construído na plataforma

26
dos automóveis da linha. Era uma pickup
com aparência moderna e com caçamba
de superfície plana, de peça única e faróis
integrados à carroceria. Trazia vários
opcionais, como limpador e lavador do pára-
brisa (com êmbolo acionado pelo pé) e pára-
sol para o passageiro.

A F-1 era também disponível com frisos


cromados e duas buzinas como opcional.
Todas as séries F estavam disponíveis com
tração 4x4 até 1959.

O design das pickups F-Series pouco


mudou entre 1948 e 1952. Até 1950, a
grade era uma série de barras horizontais
e os faróis fixados nos para-lamas. Para
1951 e 1952, os faróis eram ligados por
uma larga cruz aerodinâmica fixa com três
suportes similarmente aerodinâmicos. O
vidro traseiro era mais amplo, e mais tarde
o painel de instrumentos foi redesenhado.

As pickups F-Series foram construídas


em dezesseis diferentes plantas. Pelos
números de série pode-se saber o modelo,
motor, ano, a planta de montagem, número

27
e unidade. O modelo mais comum foi a F-1
com uma caçamba de 6 ½-pé seguido pelo
F-2 e F-3 Express, com caçamba de 2.4m.
Os caminhões foram batizados de F-2 a F-8,
dependendo da capacidade de carga.

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29
Segunda Geração
(1953 - 1956)
Surge a F-100
A F-Series foi redesenhada para 1953 com
um olhar mais integrado. Os emblemas
também incorporaram os seus nomes
conhecidos: A F-1 já se tornou o F-100, o
F-2 agora passou a ser o F-250, e da F-3 já
se tornou o 1 tonelada F-350. Os interiores
foram remodelados, incluindo uma cúpula
leve, descansa braço, e pára-sóis. Em 1953,
o “Ford-O-Matic” - câmbio automático –
tornaram-se uma opção.

Na segunda geração, os caminhões, foram


construídos no Brasil de 1957 a 1962 como
o F-100, F-350 e F-600.

30
Terceira Geração
(1957-1960)
A pick-up foi remodelada novamente em
1957 com um capuz que ficou nivelado
com os para lamas e de uma nova grade
cromada. Na traseira, os tradicionais
paralamas traseiros separados passaram a
se chamar flareside. O eixo motriz, que era
terceirizado para Marmon-Herrington agora
é produzida em casa pela Ford Motor
Company em 1959 até os dias atuais. A
Ford oferece ainda uma versão “Low GVWR”
de cada modelo.

31
Quarta Geração
(1961-1966)
A Ford introduziu um estilo dramaticamen-
te novo de pickup em 1961 com a quarta
geração da série F. Mais compridos e mais
baixos que seus antecessores, esses ca-
minhões tinham dimensões aumentadas e
novas opções de motor e caixa de câmbio.
Além disso, os modelos 1961-1963 foram
construídos com um design unibody com a
cabina e a cama integradas. Isto provou im-
popular e Ford reverteu para o desígn de ca-
bana/cama separado tradicional em 1964.

Em 1965, a Série F recebeu uma reformu-


lação significativa no meio do ciclo. Foi in-
troduzida uma plataforma completamente
nova, incluindo a suspensão dianteira “Twin
I-Beam”, que seria usada até 1996 no F-150
e até 2016 no F-250/350 4x2. Além disso
naquele ano, o nome Ranger fez sua primei-
ra aparição em uma pick-up Ford.

32
Quinta Geração
(1967-1972)
Introduzida em 1967, a pickup da quinta ge-
ração da série F foi construída na mesma
plataforma da revisão de 1965 da quarta
geração. As dimensões e o vidro de efeito
estufa foram aumentados, as opções do
motor expandidas e os níveis de acabamen-
to mais abundantes ficaram disponíveis du-
rante a produção da quinta geração.

Componentes de suspensão de todos os


modelos da Série F 1969 são completa-
mente intercambiáveis.

Talvez a mais rara desta série seja o Heavy


Duty Special, muitas vezes confundido com
o Camper Special. No entanto, o Heavy Duty
Special é um 1/2 T com peças reforçadas,
tais como suportes de folha traseira com
sobrecarga Firestone, tambores de freio
maiores e eixos.

Uma variante da quinta geração da série F


foi produzida até 1992 no Brasil para o mer-
cado sul-americano.

33
Sexta Geração
(1973-1979)
A sexta geração da série F foi lançada em
1973. Essa versão da série F continuou a
ser construída na plataforma revisada da
quarta geração de 1965, mas com moderni-
zação e refinamentos significativos. Freios
a disco dianteiros, aumento das dimensões
da cabine, tanque de gás realocado fora da
cabine e sob o leito, aquecimento e ar con-
dicionado significativamente melhorados,
construção total de parede dupla, aumento
do uso de aço galvanizado, Super cabina foi
introduzida na sexta geração.

A série de motores FE foi descontinuada em


1976, após uma corrida de quase 20 anos,
substituída pelos mais modernos motores
da série 351 (Modificado) e da série 400.

34
Em 1975, o F-150 foi introduzido entre
o F-100 e o F-250 para evitar certas
restrições de controle de emissões. Para
1978, os faróis quadrados substituíram os
modelos redondos dos modelos anteriores
em modelos com pacotes mais altos, como
Lariat e Ranger, e em 1979 tornaram-se
equipamentos padrão. Também em 1978,
o Ford Bronco foi redesenhado em uma
variante da pickup da série F. 1979 foi o
último ano em que o motor 460 de grande
bloco estava disponível em um caminhão de
meia tonelada.

35
Sétima Geração
(1980-1986)
Em 1980 a F-Series foi redesenhado com
um chassi todo novo e corpo maior; Este
foi o primeiro redesenho desde 1965.

O estilo exterior do caminhão foi refeito


para melhorar a aerodinâmica e economia
de combustível. F-Series de serviço
médio (F600-F900) também foram
redesenhadas; embora compartilhassem
a cabine das pickups menores, a maior
versão da Série F agora usava um capô
com asas dianteiras separadas (como a
Série L ).

O Ford F-Series de serviço médio levaria


o design de interiores de 1980–1986
até 2000 (embora as pickups tenham
sido reestilizadas novamente em 1987 e
1992), com mudanças muito sutis, como
vidro de janela e eletrônicos.

36
Em um movimento de eficiência de
combustível, a Ford lançou os motores
M-Series (5.8 litros 351M e 6.6 litros 400
cu em V8s) em 1981, substituindo-os pelos
motores 4.2 VL 255 CI e 5.8 litros 351 CI
Windsor V8 da plataforma Panther. . O 255​​
V8 era simplesmente um 5.0L, 302 V8 com
um furo menor, construído especificamente
para melhor economia de combustível,
mas foi descartado para o ano do modelo
de 1982 devido à falta de potência e à
demanda limitada.

37
Oitava Geração
(1987–1991)
A Série F de 1987 foi carregada no mesmo
estilo de carroceria da sétima geração, mas
ostentava um novo clipe frontal arredondado
que melhorava a aerodinâmica, assim como
o amolecimento das linhas do corpo ao
redor da parte traseira da cama e dos pára-
lamas ao redor dos poços das rodas.

O interior também foi completamente


redesenhado em 1987. As transmissões
disponíveis nos modelos SuperCab eram
de quatro marchas ou manual de cinco
marchas; modelos de táxi regulares também
estavam disponíveis com transmissão
automática. A guarnição personalizada fez
um retorno para a oitava geração. Em 1988,
os motores de 4.9 litros inline-six, 5.8
litros V8 e 7.5 litros V8 ganharam injeção
eletrônica de combustível.

A Navistar Internacional também aumentou


o deslocamento de seu V8 de 6,9 litros
​​ no
mesmo ano, resultando na nova unidade de

38
7,3 litros. Este foi também o primeiro ano
de uma transmissão manual de overdrive
de cinco velocidades,M5OD nos F-150 e no
pesado ZF5 nos F-250 e F-350.

Nona Geração
(1992–1997)
Para o ano modelo de 1992, a carroceria
do 1980 F-Series recebeu outra grande
atualização. Para melhorar ainda mais
sua aerodinâmica, a carroceria dianteira
recebeu um capô levemente mais baixo,
arredondando os pára-lamas dianteiros e a
grade; Além disso, as mudanças combinaram
o F-Series com o design do Explorer recém-
lançado e redesenhado E-Series e Ranger.
Junto com as atualizações externas, o
interior recebeu um redesenho completo.

Para comemorar o 75º aniversário do


primeiro caminhão produzido pela fábrica

39
da Ford (o Ford Model 1917 TT ), a Ford
ofereceu um pacote de 75 anos em sua série
F de 1992, consistindo de um pacote de
listras, um pára-choque colorido argentino
e um logotipo especial. logotipos. Em 1993,
o SVT Lightning de 240 cv foi apresentado
como um caminhão de desempenho
especialmente ajustado; mais de 11.000
foram construídos de 1993 a 1995.

40
Décima Geração
(1997-2004)
Em 1997, a Ford Motor Company fez
uma grande mudança em sua família de
caminhões F-Series, já que a linha de
coletores da Série-F foi essencialmente
dividida em duas. Durante as décadas de
1970, 1980 e 1990, os compradores de
caminhonetes compraram cada vez mais os
veículos para fins de uso pessoal em vez de
uso no trabalho.

Para aumentar ainda mais a sua crescente


quota de mercado, a Ford procurou
desenvolver veículos para os dois tipos
de compradores. Em sua decisão final, a
empresa decidiu tornar o F-150 um veículo
contemporâneo para uso pessoal, enquanto
o F-250 e o F-350 seriam projetados de
forma mais conservadora para os clientes
baseados no trabalho.

41
Introduzido no início de 1996 como um
modelo de 1997, o F-150 era um veículo
completamente novo em comparação ao
seu antecessor. Semelhante ao Ford Taurus
original de 1986, o F-150 de 1997 foi de-
senvolvido com um corpo radicalmente sim-
plificado. Dispensando o tradicional Twin
I-Beam para uma suspensão dianteira to-
talmente independente, o chassi totalmen-
te novo compartilhava apenas as transmis-
sões com a geração anterior.

Em uma grande mudança, o de longa duração


de 4.9L inline-6 ​​foi substituído por um motor
de 4,2 litros Essex V6 como padrão. O 4.6 L
Modular V8 compartilhado com o Panther
Car era opcional (com um maior Triton de
5,4 LVersão V8 adicionada em meados de
1997). Originalmente desenvolvido para
uso na Série F, o Modular / Triton V8 foi o
primeiro mecanismo de árvore de cames a
ser instalado em uma picape de tamanho
normal.

42
Décima primeira
Geração
(2004-2008)
Para o ano de 2004, o F-150 foi redesenhado
em uma plataforma totalmente nova. O
modelo da 11ª geração era diferente do seu
antecessor, com um estilo mais afiado. Uma
grande mudança foi a adoção da janela do
motorista escalonado dos caminhões Super
Duty. Independentemente do tipo de cabine,
todos os F-150 receberam quatro portas,
com as portas traseiras na cabine regular
fornecendo acesso ao armazenamento por
trás do assento. A Ford também introduziu
os motores Triton nas variantes do F-150.
Devido ao declínio das vendas, as camas
Flareside foram retiradas; isso marcou a
primeira vez em 56 anos de produção da
Série F que as camas Flareside não estavam
disponíveis.

De 2005 a 2008, os revendedores Lincoln-


Mercury venderam esta versão do F-150
como o Lincoln Mark LT , substituindo o
Blackwood.

43
No final de 2007 para o ano modelo de
2008, os caminhões Super Duty receberam
uma nova plataforma . Ao usar a mesma
cama e a mesma cabine de antes, elas são
diferenciadas de suas antecessoras por um
interior totalmente novo e uma grade muito
maior e lâmpadas de cabeça . Anteriormen-
te disponível apenas como modelo de chas-
si e cabine, o F-450 agora estava disponível
como pickup diretamente da Ford.

44
Décima Segunda
Geração
(2009–2014)
A décima segunda geração F-150 foi
introduzida para o ano modelo de 2009
como uma atualização da plataforma
de caminhões de tamanho normal da
Ford . Similar ao seu antecessor, estes
caminhões são distinguidos por suas
grades de estilo Super Duty e lâmpadas
de cabeça; os modelos de táxi padrão têm
novamente duas portas em vez de quatro.

Como parte de um grande foco na


economia de combustível, toda a linha
de motores do F-150 foi atualizada para
o ano modelo de 2011. Juntamente com
dois novos motores V8, o F-150 ganhou
um novo motor V6 de base 3.7 litros e
um potente motor V6 de 3.5 litros com
turbocompressor, apelidado EcoBoost
pela Ford.

45
Uma transmissão automática é a única
opção. Outras modificações incluem a
adição de um sistema Nexteer Automotive
Electric Power Steering (EPS) na maioria
dos modelos.

Um estudo recente conduzido pela


iSeeCars.com e publicado no site da Ford
Motor Company listou o Ford F-250 Super
Duty como o veículo de maior durabilidade e
o Expedition, o Explorer e o F-150 entre os
20 veículos mais duradouros.

46
Décima terceira
Geração
(2015 – dias atuais)
A décima terceira geração do Ford F-Series
foi introduzida para o ano modelo de 2015.
Previsto em grande parte pelo veículo con-
ceito Ford Atlas no Salão do Automóvel
de Detroit de 2013, o novo design marcou
várias mudanças extensas no design da
Série-F. No interesse da economia de com-
bustível, os projetistas da Ford reduziram o
peso do F-150 em quase 750 libras, sem al-
terar fisicamente sua pegada externa. Para
permitir uma redução de peso tão grande,
quase todos os painéis da carroceria foram
trocados de aço para alumínio (com exce-
ção do firewall); o quadro em si permanece
em aço de alta resistência.

47
O F-150 de 2015 foi a primeira caminhone-
te com controle de cruzeiro adaptativo, que
usa sensores de radar na frente do veículo
para manter um conjunto de distância entre
ele e o veículo à sua frente, diminuindo a
velocidade se necessário.

O 3.7L V6 foi derrubado, substituído por um


3.5L V6 como o motor standard, com um
EcoBoost V6 de 2.7L acrescentado ao lado
do 3.5L EcoBoost V6. Enquanto o 6.2L V8 foi
retirado, o 5.0L V8 continuou como uma op-
ção, com um automático de 6 velocidades
como a única transmissão.

Para o ano modelo de 2018, o Ford F-150


passou por uma reformulação no meio do ci-
clo, sendo revelado no New York Internatio-
nal Auto Show de 2017. Após a introdução
da linha de modelos Super Duty 2017, os
F-Series (F-150 a F-550 e Ford Raptor) são
novamente fabricados usando uma cabine
comum (pela primeira vez desde 1996).

48
As Fora de série
O termo se tornou muito popular nos anos
1980, mas a verdade é que as pickups
com carrocerias especiais, principalmente
cabine dupla, começaram a surgir nos anos
1960, algumas a pedido de montadoras.

Assim, alguns fabricantes de carros fora-


de-série acabaram ganhando popularidade,
mais no caso das caminhonetes.

A Sulam, por exemplo, foi uma delas que


converteu gerações da Ford F100 em cabine
dupla, já que a Ford não disponibilizou essa
opção por quase todo o tempo de mercado
da F100, com raras exceções e com parceria
de tais empresas.

Outras do mesmo setor foram a Envemo, a


Engerauto, a Souza Ramos (especialmente
com a F1000) e fabricantes menores.

A fibra de vidro reinou nos anos 70 e 80,


já que sem possibilidade de importação, a
demanda era atendida por essas empresas,
algumas das quais revendedores. A F100
se beneficiou muito disso, mas a F1000
aproveitou mais.

49
Com cabine dupla e janelas laterais
geralmente mais baixas, a pickup
da Ford oferecia mais espaço, conforto e
comodidade aos ocupantes.

Mantinha-se boa parte dos componentes


originais da F100, mas perdia-se em
volume na caçamba. Rodas personalizadas,
ar-condicionado e bancos em couro eram
alguns dos itens oferecidos.

Assim, quem quisesse uma picape para


cinco pessoas, somente através de uma
fora-de-série.

50
F-150 – o carro mais
vendido do mundo
A sucessora de maior sucesso da F-100 é a
F-150, há duas décadas sendo a pick-up mais
vendida do mundo, há 45 anos no topo dos
veículos mais vendido dos Estados Unidos
e, nada menos que o carro mais vendido do
mundo (entre todas as categorias) de 2017.
– superando o Toyota Corolla, o Volkswagen
Golf e o Honda Civic – veículos de categorias
sedã e hatch, desenvolvidos especificamente
para as cidades e consideravelmente mais
baratos. Desde 2017 a Ford vem registrando
vendas de mais de 1 milhão de unidades de
sua principal caminhonete.

Desde que chegou ao mercado em 1975, a


F-150 foi ganhando adeptos, à medida que os
consumidores optaram por veículos de maior
tamanho, visto como o símbolo do êxito dos
fabricantes de automóveis americanos para
convencer os consumidores que precisam de
veículos maiores.

51
Uma grande parte dos compradores vive
em zonas suburbanas ou rurais. Entre eles,
há famílias de classe média e empresas de
tamanho pequeno ou médio.

No últimos anos, no entanto, os fabricantes


de picapes têm adicionado características
mais luxuosas para atingir um segmento
com maior poder aquisitivo.

Assim, a F-150 é o mais luxuoso dos


veículos da Série F e, na versão mais
recente, traz itens voltados exclusivamente
para aumentar o conforto dos passageiros,
como uma segunda fileira de assentos,
conexão Bluetooth, isolamento de ruído e
bancos de couro.

O sucesso da F-150 é tamanho que a Ford


já anunciou planos de reduzir a produção de
veículos modelo sedã para dedicar-se ainda
mais às pick-ups.

52
A F-150 foi um upgrade da F-100, numa ver-
são mais potente e com cabine estendida.
Esta pick-up caminhão de meia tonelada
tornou-se imensamente popular nos Esta-
dos Unidos logo após a sua estreia, e já no
final de 1975, quase um terço de todas as
vendas de F-série eram da F-150. Impulsio-
nada pela F-150, em 1976, a linha F-series
tornou-se a linha de pick-ups mais vendida
nos Estados Unidos, posto de onde nunca
mais saiu.

53
O xodó de Chip Foose
Além dos carros incríveis customizados
em apenas uma semana, o programa Over-
haulin’, do Discovery Channel, ficou famoso
pelas pegadinhas com os donos dos veícu-
los. Com a maioria dos modelos modifica-
dos nas cinco temporadas do programa, foi
simulado um furto do veículo. Em um dos
episódios, o protagonista do programa, Chip
Foose, provou do próprio veneno e teve rou-
bada e restaurada o seu xodó, uma F-100
1956.

Aos 14 anos, Foose comprou a picape de


seu pai, Sam, que tinha uma oficina onde
ele passava dia e noite. As alterações foram
baseadas em algumas linhas que Foose
havia traçado para o utilitário e o patriarca
da família se encarregou de pegar os tais
rascunhos para o projeto do Overhaulin’.

54
Chamado de Overlord, o episódio levou cinco
meses para ser filmado, pois a mesma
equipe que finalizava um carro por semana
ainda montava a picape, em paralelo,
trabalhando escondido do mestre.

Foose ficou tão surpreso com o resultado


quanto os participantes do programa e hoje
esse é o único veículo que o californiano diz
não vender por nada. Ele promete passá-lo
para seu filho, Brock.

Diferente dos episódios convencionais, a


picape pronta foi revelada no estande da
Roush Performance, durante o Sema Show
2006. Foose foi às lágrimas, assim como
seu pai, esposa e muita gente que viu de
perto a gravação.

55
Foose confessou que curte o carro no limite.
“Amo essa F-100. Primeiro, porque é o carro
que aprendi a dirigir, aos 12 anos. Segundo,
porque foi do meu pai e será do meu filho,
Brock. Só não sei daqui quanto tempo, nem
se será com esse big block. Não há dinheiro
que me faça vendê-lo”.

56
“O exemplo arrasta”
A paixão de Fábio Alves de Lima pelas pick-
ups Ford Series é antiga, e o acompanha por
quase todos seus 36 anos de vida. Foi na
garagem de seu avô que, ainda criança, teve
contato com a F-75. “Era aquele carro que
você fica dentro quando criança, fingindo
que está dirigindo, passando a marcha. Foi
o primeiro contato que eu tive com um carro
e já despertou aquele apego que tenho por
pick-ups até hoje. Marcou minha infância,
eu era fissurado por aquele carro”, conta o
empresário.

Apesar dos anos que passou no banco do


passageiro ou brincando frente ao volante,
Fábio nunca chegou a dirigir a F-75 de
seu avô. Ainda na adolescência de Fábio,
seu Raimundo passou por dificuldades
financeiras após um negócio malsucedido e

57
teve que se desfazer de todos os seus bens,
inclusive a caminhonete. “Fez um negócio
errado, perdeu tudo o que tinha e acabou
tendo que entregar a F-75 para quitar parte
dessa dívida. Ele até teve um outro carro
depois, uma Kombi corujinha, mas minha
paixão era a F-75. E, desde que ele morreu,
há 20 aos, eu fiquei com isso na cabeça,
que teria um pick-up Ford, para homenagear
meu avô”, conta.

A homenagem começou a tomar forma


em 2015, quando ele adquiriu uma F-100
1979. “Depois de cinco anos, terminei ela
em agosto de 2020. Quer dizer, terminar
não, né? Porque a gente nunca termina,
sempre tem um detalhe ou outro que dá
para melhorar. Coloquei uma mecânica de
Ranger, mais moderna, pois é o carro que
eu uso todos os dias, não tenho outro carro.
Meu carro para o dia a dia é ela”.

58
A referência ao avô está eternizada na
tampa traseira da pick-up: “Pintei uma
frase que trago comigo desta convivência
com ele, que explica um pouco da minha
paixão por esse carro e pela história do
meu avô que, perdeu tudo e recomeçou do
zero: ‘O exemplo arrasta’ – e ainda coloquei
o nome dele: Raimundo Alves de Lima”,
conta. O carro também carrega na pintura a
logomarca da casa de shows Toinha Brasil,
com o nome da mãe de Fábio, é o símbolo
da volta por cima da família, que, hoje,
empreende no ramo do entretenimento em
Brasília.

Foi meu avô, foi a F-75 dele, que fez eu


desenvolver o amor por este estilo de carro.
Minha referência de carro quando criança
era pick-up, então eu só piro em pick-up.
Pode me mostrar uma Ferrari, vou achar
muito bonita, mas vou preferir minha pick-
up”, conclui.

59
Quarenta e dois anos
e só cinco motoristas
A F100 1978 do gerente comercial Luís
Henrique Oliveira está com sua família
antes mesmo de ele nascer. “Ela foi tirada
da concessionária pelo meu tio, em 1978,
ano em que nasceu meu irmão mais velho.
Eu só nasci quatro anos depois, mas ela
já estava predestinada a ser minha. Antes
mesmo de eu existir, ela já recebeu a
primeira placa com as letras LH, que viriam
a ser as iniciais do meu nome”, brinca.

A pick-up ficou com o Tio Davi por 32 anos,


até ser comprada por Luís Henrique em
2010. Mas a relação dele com a “Dedety”
vem desde os primeiros passos. “Meu tio
era um senhor muito engraçado, um dos
maiores piadistas que já conheci na vida.
E era muito bom, também na mesa de
bilhar. Ele até tentou me passar essas duas
características, mas fracassou. Porém, na
terceira tentativa ele teve muito sucesso,
me ensinou à paixão por caminhonete”,
conta.

60
A F100 do tio Davi era sensação na família, assunto de todos os finais de semana. “O
tempo todo alguém estava falando sobre ‘a caminhonete’. Meu irmão e eu, ainda muito
pequenos, não conseguíamos pronunciar caminhonete, saía algo como ‘dedeti’ e, de tanto
falarmos assim errado, ela foi batizada de Dedety”, relata, citando que, agora, ela também
ganhou uma sigla: DDT.

Apesar de ser quase toda original e, praticamente “único dono”, a DDT passou por uma
alteração importante em 1989, que até causou mudança em seu registro oficial. “Meu
tio achava que estava gastando muito com gasolina, naquele período de hiperinflação e
decidiu trocar o motor para um motor a diesel. Então, hoje, ela tem um motor MWM 226
ano 1989 e, por isso, no documento, ela se transformou de F100 em F1000”, explica.

Citando que o carro tem apenas 75 mil quilômetros rodados, Luís Henrique afirma que
a caminhonete foi tratada, sempre, como uma relíquia. Um carro para ser cuidado pela
família. “Tenho uma lembrança de infância que a gente não podia entrar na caminhonete e
encostar no painel. Uma marca de dedo no Painel era uma baita bronca. E isso eu mantenho
até hoje. Ninguém toca no painel. Sou chato mesmo”, confessa.

Por conta deste excesso de cuidados, a DDT só teve cinco motoristas em toda a sua
existência “meu tio, minha tia, o filho deles, meu pai e eu”, conta, lembrando quando seu
pai recebeu o privilégio da autorização para dirigir a F100. “Estávamos na casa de campo
de uma outra tia, que tinha uma enorme rampa de acesso, em curva. Na hora de ir embora,
estava chovendo, e meu tio não conseguiu tirar a caminhonete, que, com tração traseira
e sem carga, patinou e não subiu. Aí ele pediu para meu pai, que era caminhoneiro, tentar
tirar. E meu pai tirou a caminhonete de marcha ré. ‘É por isso que eu só deixo dele dirigir’,
passou a comentar meu tio, em todos os eventos de família”.

61
No final dos anos 2000, tio Davi foi
diagnosticado com Alzheimer e, mesmo
assim, insistia em dar suas voltas com a
caminhonete. Numa ocasião, sem nenhuma
explicação, ele voltou para casa com a
frente da F100 alterada. Trocou a grade
cromada e os faróis redondos originais por
uma grade de plástico e faróis quadrados.
“Começamos a ficar preocupados com ele e
alertei a minha tia que era prudente ele não
ter mais o carro, para que não saísse com
ele correndo o risco de causar um acidente.
Foi assim que, então, ela decidiu vender
a F100 para mim, em 2010”, conta Luiz
Henrique. “E meu tio, mesmo com Alzheimer
falava pra mim, quando me via. ‘Você levou
minha caminhonete embora, você comprou
ela de mim sem nem me perguntar. Mas
tudo bem, eu sei que você vai cuidar bem
dela’. E assim foi, todos os dias, até meu tio
perder completamente a consciência. Ele
passou cerca de 10 anos doente, e faleceu
em 2019”, lembra.

Desde que adquiriu a Dedety, Luís Henrique


segue todas as tradições herdadas da
família. “Mantive tudo o que tinha no
interior dela quando esteve com meu tio: o

62
chaveirinho na antena, o santinho no quebra-sol, os calços na caçamba, tudo do jeito que
ele deixou, do jeito que ele fazia. Única coisa a mais que tem é um adesivo que foi meu
pai que colocou. É horroroso, mas eu não tenho coragem de tirar, porque foi meu pai que
colocou. Eu continuo não colocando a mão no painel, continuo chamando ela de Dedety”,
conta, dizendo qual foi a única alteração que se permitiu fazer. “Já comprei a frente original
dela, para retornar ao que ela era antes”.

Luís Henrique também comenta que a caminhonete também serviu de elo com seu pai.
“Saí da casa dos meus pais, mas a caminhonete seguiu lá. E ele era o único que tinha
autorização para dirigir. Nem a minha esposa eu deixo dirigir. Meu tio, minha tia, meu pai e
minha mãe, um quarteto muito unido, fundamental para a minha formação e, hoje, só resta
a minha tia viva, mas temos a Dedety como um elo para nunca romper esse laço e sempre
lembrar das boas histórias”, diz.

E o laço deve seguir por uma nova geração. Uma sexta motorista está surgindo entre as
pessoas autorizadas a dirigir a Dedety: a filha de Luiz Henrique, Maria, de três anos de
idade. “Essa história vai prosseguir, já estou ensinando minha filha a ter o prazer pelo
carro. Ela, sim, pode dirigir. No meu colo e obedecendo a regra de não tocar no painel”.

63
Tabela de imagens:
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