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A história do Jeep no Brasil

Escrito por Editoria


Sex, 03 de Julho de 2009 21:42 - Última atualização Qui, 01 de Outubro de 2009 15:04

Até quem tem carros caros, luxuosos e confortáveis não escapara de dar uma boa olhada ao
ver o velho e bom "jipinho" passar ao seu lado na rua. Hoje vemos infinitas marcas que,
embora recentes, tem seu design baseado no velho e bom Jeep Willys. No Brasil existem
infinitos clubes de jipeiros que adoram enfiar o bichinho na lama e vê-lo sair de lá se abanando.
Mas você sabe como tudo começou. E no Brasil, existe desde quando. Nós encontramos no
site de um dos clubes, o Jeep Clube de, Jacareí , um texto que conta toda a história desse
valente velhinho, da época da guerra. Leia a seguir a matéria que achamos.

Até 1945, o Brasil ainda era muito atrasado em termos de mercado automobilístico. Naquele
tempo, o que se via nas ruas eram os bondinhos, calhambeques e jardineiras – uma mistura de
carroça com ônibus. Foi exatamente nesta época, que os Jeep Willys começaram a aportar em
nossas terras. Era apenas o começo de uma grande evolução que mudou a realidade de toda
a nação.

A 2ª Guerra fazia as últimas vitimas quando os primeiros Jeep Willys e Ford passaram a rodar
por aqui. A missão original desses veículos era equipar o nosso exército , que fazia parte do
bloco dos países aliados.

Naquele período, os jipes militares eram trazidos da Itália, mas a partir de 1946 foram
importados diretamente dos Estados Unidos, de onde saiam parcialmente desmontados da
Willys Overland, localizada na cidade de Toledo, Estado de Ohio.

Foi assim com todos os CJ-2A (1945 - 1949), CJ-3A (1948 – 1953), CJ-3B (1952 – 1964) e CJ
5 (1954 – 1969). Um fato curioso é que no porto de Santos – local de desembarque dos
veículos, os Jeep tinham os parafusos pintados de preto. Nunca se soube o motivo certo dessa
medida, mas consta que isso só aconteceu Brasil. O restante do carro era mantido original.

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Sex, 03 de Julho de 2009 21:42 - Última atualização Qui, 01 de Outubro de 2009 15:04

Em 1951, a Willys passou a montar o Jeep no País e em 26 de abril de 1952, foi fundada a
Willys Overland do Brasil, empresa que deu continuidade e ampliou o processo iniciado no ano
anterior. Em agosto de 1957, a marca apresentou o Jeep Universal modelo nacional, com 65 %
dos componentes nacionalizados. Na virada de 1958 para 1959, os primeiros Jeep totalmente
brasileiros começaram a ser fabricados. É interessante o fato de que os primeiros CJ-5
possuíam a o desenho da caixa de rodas traseiras em formato redondo, seguindo o padrão
norte-americano. Ao contrário do que muitos imaginam, nem todo CJ-5 do final da década de
50 e que possuí caixa de roda redonda, é importado. No mesmo período, o motores 6 cilindros
BF-161 substituíram os antigos “Hurricane” de 4 cilindros.

Em 1960, a Willys, inaugurou a primeira fábrica de motores do Brasil, localizada em


Taubaté-SP, chamada simplesmente WILLIS OVERLAND MOTORES. Era um período de
revitalização da industria nacional do progresso, do nascimento de Brasília. O ufanismo era
comum e a grande vedete do automobilismo era a Willys.

Para um país sem tradição automobilística, a produção da marca foi expressiva. De 1957 até
1961, foram produzidos 122.610 Jeep, o que indica media anual superior a 24 mil unidades.

A necessidade de atender com mais agilidade o ávido mercado de utilitários fez com que a
marca inaugurasse uma fabrica em Pernambuco, especificamente na cidade de Jaboatão, em
14 de julho de 1965. O Jeep que saia das instalações desta fabrica tinha as portas feitas de
madeira e recebia o carinhoso apelido de “chapéu de couro”.

Em 1967, a Ford comprou a Willys e exibiu interesse em galgar posições mercadológicas. A


francesa Renault era sócia da Willys brasileira junto com a Kaiser Corporation, que detinha os
direitos da marca Jeep nos Estado Unidos. Após várias negociações, a Renault ficou com a
IKA (Industria Kaiser de Argentina), comercializando a Willys brasileira com a Ford, que
adquiriu 48% das ações da Willys. O negocio foi fechado em 15 de outubro de 1967.

A Ford sabia o que estava fazendo: além de continuar fabricando toda a família Jeep; CJ-5,
CJ-6, Rural e F-75 – a nova proprietária ficaria com o domínio do ambicioso projeto “E”,
conhecido pouco tempo depois, como Corcel.

Em 27 de outubro de 1969, a união das duas empresas determinou o nome Ford/Willys do


Brasil, passando para apenas Ford do Brasil, em 30 de maio de 1972.

Em 11 de julho de 1975, foi introduzido o motor Ford Geórgia OHC de 4cc nos utilitários Rural
e F-75, que em conjunto com o câmbio de 4 marchas sincronizadas, utilizado desde o final dos
anos 60, deixou esses carros mais leves e econômicos. Em 15 de outubro de 1975, o Jeep
também começou a ser equipado com esse motor.

Em 25 de abril de 1978, o Jeep atingiu o número de 200 mil unidades produzidas. Em toda a
trajetória brasileira, o CJ-5 recebeu três tipos de motores:

- o “Hurricane” - americano, de 4 cilindros e 70 hp, presente até 1959

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- o “BF-161”, de 6 cilindros, de 90 hp a 4.000 rpm, de 1959 até 1975

- o “Ford Geórgia OHC”, de 4 cilindros, de 83 hp a 4.600 rpm, de 1975 até 1983, sendo que em
1982, foi lançado a versão álcool do propulsor OHC.

Além do CJ-5 – renomeado U-50 na era Ford, também foram fabricados os modelos CJ-6, de
chassi alongado mais conhecido como “Bernadão”, de duas e quatro portas.

Em 1983, a Ford considerou o projeto do Jeep como obsoleto e, em abril daquele ano foi
interrompida a produção do veterano, o que abriria uma verdadeira lacuna, até hoje não
preenchida totalmente.

Hoje, o nome Jeep é sinônimo de um carro forte e de estilo único e inconfundível. O legado do
imortal modelo é mantido por milhares de admiradores, que fazem de tudo para manter esses
incríveis 4x4 em perfeito funcionamento, seja em estado original ou com incríveis
transformações mecânicas.

Fonte: http://www.jeepclubejacarei.com.br

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