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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Trabalho de Campo de Didáctica Geral

A Classificação dos Métodos e Técnicas de Ensino e Aprendizagem

Brígida Hortence Soares Chongo: Cód. 21220520

Maputo, Junho de 2022.


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Trabalho de Campo de Didáctica Geral

A Classificação dos Métodos e Técnicas de Ensino e Aprendizagem

Trabalho de Campo da Didáctica Geral a ser


submetido na Coordenação do Curso de
Biologia da UnISCED, sob recomendação do
Tutor:

Brígida Hortence Soares Chongo: Cód. 21220520

Maputo, Junho de 2022.


Índice

1. Introdução............................................................................................................................4
1.1. Objectivo..................................................................................................................4
1.1.1. Objectivo geral..........................................................................................4
1.1.2. Objectivos específicos...............................................................................4
1.2. Metodologia.............................................................................................................4
2. A Classificação dos Métodos e Técnicas de Ensino e Aprendizagem................................5
2.1. Conceitos básicos.....................................................................................................5
2.1.1. Conceito de Método de Ensino.................................................................5
2.1.2. Conceito de técnica...................................................................................5
2.2. Classificação dos métodos de ensino-aprendizagem...............................................5
2.2.1. Classificação segundo as vias lógicas de obtenção de conhecimento:......6
2.2.1.1. Classificação segundo as fontes de obtenção dos
conhecimentos:........................................................................................6
2.2.1.2. Classificação dos Métodos, tendo em conta aspectos em realçar
as posições do professor, do aluno, da disciplina e organização escolar:6
2.3. Classificação das técnicas de ensino e aprendizagem..............................................9
2.4. Critérios para Utilização dos Métodos e Técnicas.................................................10
3. Considerações finais..........................................................................................................11
4. Referências Bibliográficas................................................................................................12
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1. Introdução

O presente trabalho versa sobre “A Classificação dos Métodos e Técnicas de Ensino e


Aprendizagem”. Para que o processo ensino-aprendizagem seja proveitoso e produza os
resultados esperados, é necessário que sejam adoptados métodos e técnicas adequadas. O
método pode ser conceituado como um roteiro geral para a actividade. Situa-se na linha do
pensamento da orientação, indicando as grandes linhas de acção, sem se deter em
operacionalizá-las. Orienta em termos gerais onde se quer chegar.

1.1. Objectivo

1.1.1. Objectivo geral

 Compreender o processo da Classificação dos Métodos e Técnicas de Ensino e


Aprendizagem.

1.1.2. Objectivos específicos

 Conceituar os termos Métodos e Técnicas;


 Apresentar os diferentes Métodos e Técnicas de Ensino e Aprendizagem;
 Descrever os Métodos e Técnicas de Ensino e Aprendizagem.

1.2. Metodologia

Para a elaboração da presente pesquisa, foi possível pelo uso do método de pesquisas
bibliográficas. Que segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66) a pesquisa bibliográfica trata-se
do levantamento, selecção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o assunto
que está sendo pesquisado, em livros, revistas, jornais, boletins, monografias, teses,
dissertações, material cartográfico, com o objectivo de colocar o pesquisador em contacto
directo com todo material já escrito sobre o mesmo.
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2. A Classificação dos Métodos e Técnicas de Ensino e Aprendizagem

2.1. Conceitos básicos

2.1.1. Conceito de Método de Ensino

Etimologicamente, método quer dizer “ caminho para chegar a um fim “. Representa a


maneira de conduzir o pensamento ou acções para alcançar um objectivo. É, também forma
de disciplinar o pensamento e as acções para obter maior eficiência no que se deseja realizar.

Existem várias definições sobre os métodos de ensino, alguns autores


partem essencialmente da actividade do professor, outros integram a
actividade do professor e dos alunos; alguns definem com uma via para
alcançar os objectivos de ensino, outros como um conjunto de procedimentos
metodológicos. Assim os métodos de ensino são um conjunto de acções,
pessoais, condições externas e procedimentos utilizados intencionalmente pelo
professor para dirigir e estimular o professor de ensino em função da
aprendizagem dos alunos (Libâneo, 1992).
A par das dificuldades de se encontrar unanimidade na definição dos métodos, o
professor na actividade docente tenta estabelecer uma diferenciação entre método e técnica de
ensino. No entanto, não é fácil estabelecer fronteiras bem definidas entre estas duas
componentes essenciais da formação. Na literatura sobre o assunto não encontramos
unanimidade. Alguns autores consideram como método que outros reduzem a simples
técnicas, sendo o contrário igualmente verdadeiro.

2.1.2. Conceito de técnica

A técnica de ensino ou pedagogia é o conjunto de atitudes, procedimentos e actuações


que o professor/formador adopta para utilizar correctamente os diversos instrumentos de
formação de que dispõe: a palavra, o gesto, a imagem, o texto, o audiovisual, a informática,
etc. Deste modo, a utilização correcta de diferentes técnicas pedagógicas contribui para que o
método desempenhe, de facto, a sua função de gestão de situação de formação.

2.2. Classificação dos métodos de ensino-aprendizagem

Perante uma turma, mas sobretudo durante a fase de planificação da aula,


provavelmente o professor se pergunta sobre que método utilizar. Para responder a esta
questão importa, pois, do lado do professor ter um inventário geral sobre as possibilidades de
métodos que se podem utilizar no PEA.
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Libâneo, (1992)

De certeza que esta seria também uma questão que você iria se
colocar. De facto, não pretendemos que, para cada situação, lhe daremos
indicações sobre os métodos que deveria utilizar, senão alistarmos as
variedades destes métodos, conforme os diferentes tipos de classificações de
métodos de ensino-aprendizagem que temos a disposição na literatura
pedagógica e de acordo com as circunstâncias de ensino saberá escolher o
método ou técnica adequada em função das características dos alunos e das
condições materiais existentes.
2.2.1. Classificação segundo as vias lógicas de obtenção de conhecimento:

 Métodos Indutivos
 Métodos Dedutivos
 Métodos analitico-sintético

2.2.1.1. Classificação segundo as fontes de obtenção dos conhecimentos:

Métodos orais (os que se centram na palavra como fonte essencial de aquisição de
conhecimento. Ex: conversação, exposição, conto, narração, etc.)

Método e percepção sensorial (os que centram nas fontes visuais. Ex: Ilustração,
demonstração, etc.)

Métodos práticos (os que fundamentam no uso de exercícios escritos e gráficos, nos
trabalhos em laboratórios, nos ateliers. etc.).

2.2.1.2. Classificação dos Métodos, tendo em conta aspectos em realçar as posições do


professor, do aluno, da disciplina e organização escolar:

a) Método quanto a forma de raciocínio:


b) Método Dedutivo
 O professor procede do geral para o particular;
 O professor apresenta conceitos ou princípios, definições ou afirmações, dos quais se
extraem conclusões ou consequências;
 Permite tirar consequências, prever o que pode acontecer, ver a riqueza de um
princípio ou de uma afirmação.

Método indutivo

 O assunto é estudado por meio de casos particulares, sugerindo-se que se descubra o


princípio geral que os rege;
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 Começa com a apresentação de elementos que originam generalizações por parte dos
alunos com ou sem ajuda do professor
 Baseia-se na experiência, na observação, nos factos. Assim as visitas de estudo a
regiões turísticas, históricas na comunidade podem constituírem numa excelente forma
de trabalhar com a indução.

Método analógico, comparativo ou transdutisco

 Utiliza-se quando os dados particulares apresentados permitem comparações que


levam a concluir por semelhança;
 O pensamento procede do particular para o particular. Por isso, este método pode
conduzir o aluno a analogias entre o reino vegetal e mesmo animal, com relação a vida
humana. De facto há conteúdos como o estudo sobre a digestão, o sistema nervoso,
exigiriam verificar, na impossibilidade de o fazer, usa-se outros exemplos próximo
destes, a isso que se chama analogia.

Métodos quanto a coordenação da Matéria

Método Lógico

 Os dados ou factos são apresentados em ordem de antecedência e consequência;


 A estrutura da matéria, dos factos ou elementos é do menos para o mais complexo, ou
da origem a actualidade
 Principalmente faz a ordenação partindo da (s) causa (s) para o (s) efeito (s). É a
recomendação que se dá aos professores ao leccionar as suas aulas começar sempre do
simples ao complexo, do conhecido ao desconhecido.

Método Psicológico

 A ordem dos elementos segue-se mais segundo os interesses, necessidade e


experiências dos alunos;
 Segue mais a motivação do momento do que um esquema rígido previamente
estabelecido;
 Atende a idade evolutiva dos alunos ao invés de determinações da lógica do adulto.

Método quanto a relação do Professor com aluno

Método individual

 Destina-se a educação de um só aluno/formando;


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 Trata-se do caso em que o professor está para um aluno;


 É recomendável em casos de recuperação para alunos que, por qualquer motivo,
tenham-se atrasado nos seus estudos. Também pode ser usado em casos de alunos
excepcionais, que requerem um tratamento individualizado, exigem maior atenção e
muito tempo por parte do professor.
 Procura ajustar o ensino a realidade de cada aluno, o que é vantajoso no sentido de
que: o aluno passa a ser o centro de acção educativa; o ensino é adequado realmente as
condições pessoais doas alunos; possibilita a motivação, o que favorece o crescimento
pessoal; propicia o desenvolvimento da criatividade.
 Entretanto: não favorece a sociabilização do aluno, quando a aluno trabalha sozinho;
não oferece situações de estudo compatíveis com a realidade; é mais caro.

Método de ensino colectivo

 Dirigem-se ao mesmo tempo e sob mesmas condições para todos os educandos;


 De modo geral, o professor actua com base no aluno médio
 As tarefas a serem desenvolvidas individualmente são as mesmas para todos os
alunos;
 Exemplo destes métodos: método expositivo, de Arguição, de leitura, trabalhos em
grupo, etc.

Método quanto a actividade dos alunos

 Método Passivo e Métodos activo.

Métodos quanto a abordagem do tema

 Método analítico e Método Sintético.

Para além das classificações de métodos de ensino que acabamos de aprender na aula
anterior, existe o segundo o tipo de interacções entre o professor e o aluno que é proposto por
Klingberg (1972), a qual considera existirem três variantes metódicas básicas a destacar;

 Método Expositivo
 Elaboração conjunta
 Trabalho Independente

2.3. Classificação das técnicas de ensino e aprendizagem


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Sendo as técnicas formas concretas de proceder, é necessário ter clareza sobre os seus
diversos tipos de empregá-las. É claro que cada situação, cada disciplina exigem técnicas
definidas, que geralmente não são únicas e exclusivas. Por isso devem-se variar as técnicas,
tanto por causa dos assuntos, como atendendo as características das diversas situações
(Schmitz, 1984).

Pode-se indicar as técnicas como sendo de três tipos (Hilst, 1994):

 Expositiva ou de Comunicação
 Interrogativa ou de Indagação
 Pesquisa ou de Experimentação (Hilst, 1994).

Técnicas Expositivas ou de Comunicação correspondem mais ao método dedutivo,


lógico, verbalizado. Há muitas formas de exposição, desde a simples palavra do professor, até
as comunicações de grupo, os meios de comunicação social, os cartazes, os audiovisuais, etc.
Têm como característica principal transmitir uma mensagem codificada, seja por palavras,
seja por símbolos visuais ou sonoros.

Sua maior característica é que suas ideias vêm mais ou menos


estruturadas. Mas nem por isso devem estar definitivamente fechadas.
Geralmente todo o material e todos os modos de comunicação de alguma
coisa, por viva voz ou pela imagem, situam-se na faixa das técnicas
expositivas (Antunes, 1970).
Estas técnicas não podem ser consideradas más. Apenas é necessário ter o cuidado de
que a decodificação, ou interpretação, não seja demasiado limitada ou condicionante.

Técnicas de Interrogação ou Indagação implicam uma comunicação e aprofundamento


dialogado dos assuntos. Estabelece-se o diálogo, ou o confronto entre diversas ideias ou
opiniões.

Uma das características desta técnica é que não são meras informações
ou generalizações, como geralmente acontece na técnica expositiva. Existe
sempre um elemento de dúvida ou indagação, que é respondido de várias
formas, seja através da resposta oral, seja pela pesquisa ou reflexão. Assim se
estabelece o diálogo e às vezes a dialéctica. Tem em comum, com a técnica
expositiva, que é uma comunicação de pessoa a pessoa ou de meio de
comunicação para a pessoa (Hilst, 1994).
Técnicas de Pesquisa ou Experimentação são fundamentalmente individuais, embora
também possam ser realizadas em grupo, especialmente se estes forem pequenos. 13 Consiste
no estudo, na procura dos elementos fundamentais de uma situação, na sua análise, na
posterior síntese, e, na comunicação dos resultados. Conclui-se que são técnicas de alto valor
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educativo e de grande rendimento, pois contêm em si todos os passos de qualquer actividade


científica bem realizada.

Podem ser usadas em laboratórios, ou em qualquer situação em que o aluno sozinho,


ou auxiliado por outros, procura, na realidade ou nos fatos, as informações e os dados de sua
aprendizagem (Adams, 1967).

2.4. Critérios para Utilização dos Métodos e Técnicas

O critério principal, para a decisão sobre qual o método e técnica que se deverá
adoptar, deve ser o que atenda a situação concreta. Um bom método e técnica precisa atender
as características, capacidade, objectivos e aspirações, necessidades e possibilidades, recursos
e circunstâncias, não só do aluno, mas do seu ambiente e de todos os elementos envolvidos no
processo da educação. Não são os alunos ou os professores sozinhos que determinarão qual
será a técnica e o método a serem utilizados, mas o conjunto dos factores que neles confluem
e os desafiam.

De acordo com Adams, (1967)

Cabe ao professor, a todo momento, julgar as situações e decidir,


juntamente com os alunos, quais os melhores procedimentos, métodos e
técnicas a serem utilizados. Também se pode dizer que cada momento da
aprendizagem exige tratamento particularizado. Uma boa técnica de iniciação
num assunto pode não ser boa para o aprofundamento ou a revisão. Daí a
necessidade de estar alerta às características do momento educacional e
didáctico, e à reacção dos alunos, para que a todo momento, a partir de uma
contínua avaliação, seja possível adoptar o método e técnica mais conveniente.
Para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem, utilizam-se inúmeras
técnicas de ensino, tais como: Aula Expositiva-Dialogada, Estudo Dirigido, Seminário,
Demonstração Didáctica em Laboratório e Oficina, Trabalho Individual, Trabalho em Grupo,
Debate, Estudo de Caso e Visita Técnica.
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3. Considerações finais

Findado o presente trabalho, deu a compreender de que cabe ao professor, a todo


momento, julgar as situações e decidir, juntamente com os alunos, quais os melhores
procedimentos, métodos e técnicas a serem utilizados. Também se pode dizer que cada
momento da aprendizagem exige tratamento particularizado. Uma boa técnica de iniciação
num assunto pode não ser boa para o aprofundamento ou a revisão. Daí a necessidade de estar
alerta às características do momento educacional e didáctico, e à reacção dos alunos, para que
a todo momento, a partir de uma contínua avaliação, seja possível adoptar o método e técnica
mais conveniente.
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4. Referências Bibliográficas

Adams, E. (1967). Princípios básicos de prática de Ensino. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura.

Antunes, C. (1970). Técnicas pedagógicas de dinâmica de grupo. São Paulo: Ed. do Brasil.

Hilst, V. L. S. (1994). A Tecnologia Necessária. Piracicaba: Unimep.

Klingberg, L. (1972). Itroducción a la didáctica general. Editorial Pueblo y educacion; Ciudad


de la Habana.

Libâneo, J. (1992). Didáctica; Cortez editora; SP.

Marconi, M. de A. e Lakatos, E M. (2009). Fundamentos de Metodologia Científica, 6ª


edição. São Paulo, Editora Atlas S.A

Schmitz, E. F. (1984). Didáctica moderna. Rio de Janeiro: LTC-Livros Técnicos e Científicos


Ed. S.A.

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