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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distância

Turma: S

Tema: O papel metodológico da subjectividade e identidade na melhoria do processo de


ensino e aprendizagem na Didáctica de Geografia.

Pedro Ministro Monteiro. Codgo -708221863

Curso: Licenciatura em ensino de Geografia


Disciplina: Didáctica de Geografia
Ano de Frequência: 3° Ano
Tutor:

Quelimane, Maio de 2024


Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5

 Índice 0.5

Aspectos  Introdução 0.5


Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5

 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5

 Contextualização (Indicação
1.0
clara do problema)
Introdução  Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
discurso académico (expressão
Conteúdo 2.0
escrita cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica nacional
e internacionais relevantes na 2.0
área de estudo
 Exploração dos dados 2.0
Conclusão  Contributos teóricos práticos 2.0

 Paginação, tipo e tamanho de


Aspectos
Formatação letra, paragrafo, espaçamento 1.0
gerais
entre linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência das
Referências edição em citações/referências
4.0
Bibliográficas citações e bibliográficas
bibliografia

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Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 2

1.1.Objectivos ............................................................................................................................. 4

1.1.1.Objectivo Geral: ................................................................................................................ 4

1.1.2.Objectivos específicos: ...................................................................................................... 4

1.1.3. Metodologia ...................................................................................................................... 4

2. O papel metodológico da subjectividade e identidade na melhoria do processo de ensino e


aprendizagem na Didáctica de Geografia. .................................................................................. 5

2.1. O papel da Geografia escolar na formação das condutas humanas ..................................... 5

2.3. O papel metodológico da subjectividade e identidade na melhoria do processo de ensino e


aprendizagem em Geografia ....................................................................................................... 7

3. Conclusão ............................................................................................................................... 9

4. Referências bibliográficas .................................................................................................... 10

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1. Introdução

A Didáctica de Geografia tem como objectivo essencial compreender e aprimorar o processo


de ensino e aprendizagem desta disciplina tão fundamental para a compreensão do mundo que
nos cerca. Dentro desse contexto, a subjectividade e identidade emergem como elementos
metodológicos essenciais que influenciam directamente a eficácia desse processo.
Neste trabalho de campo, exploraremos o papel crucial que a subjectividade e identidade
desempenham na melhoria do ensino e aprendizagem em Geografia, com foco especial em
dois aspectos-chave: o papel da Geografia escolar na formação das condutas humanas e o
papel metodológico da subjectividade e identidade nesse processo.

1.1.Objectivos

1.1.1.Objectivo Geral:

 Conhecer o papel metodológico da subjectividade e identidade na melhoria do processo


de ensino e aprendizagem na Didáctica de Geografia.

1.1.2.Objectivos específicos:

 Identificar o papel da Geografia escolar na formação das condutas humanas;


 Caracterizar o papel da Geografia escolar na formação das condutas humanas;
 Explicar o papel metodológico da subjectividade e identidade na melhoria do processo
de ensino e aprendizagem.

1.1.3. Metodologia

Para a elaboração do presente trabalho, foi possível pelo uso do método de revisão
bibliográfico.

Segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66) a pesquisa bibliográfica trata-se do levantamento,


selecção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o assunto que está sendo
pesquisado, em livros, revistas, jornais, boletins, monografias, teses, dissertações, material
cartográfico, com o objectivo de colocar o pesquisador em contacto directo com todo material
já escrito sobre o mesmo.

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2. O papel metodológico da subjectividade e identidade na melhoria do processo de
ensino e aprendizagem na Didáctica de Geografia.

De acordo com Bastos, (2011, p. 45), na Didáctica de Geografia, o papel metodológico da


subjectividade e identidade é crucial para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
Ao considerar a subjectividade e identidade dos alunos, os professores podem reconhecer e
valorizar a diversidade de experiências, perspectivas e conhecimentos trazidos para a sala de
aula. Isso cria um ambiente inclusivo que promove o respeito mútuo e a troca de ideias
enriquecedoras.

Segundo Cavalcanti (2010, p. 47), ao integrar a subjectividade e identidade dos alunos no


ensino de Geografia, os professores podem criar conexões significativas entre os conteúdos
curriculares e a realidade vivida pelos alunos. Isso torna o aprendizado mais relevante e
motivador, aumentando o engajamento e a compreensão dos conceitos. Os professores podem
usar exemplos e estudos de caso que reflictam a diversidade de contextos geográficos e
sociais, permitindo que os alunos compreendam melhor as diferentes realidades e perspectivas
ao redor do mundo.

Os autores acima referenciados, comungam o mesmo ponto de vista ao discutir questões


relacionadas à subjectividade e identidade na Geografia. Eles referem que os alunos são
incentivados a analisar criticamente as relações entre espaço, lugar e identidade. Isso promove
o pensamento crítico e a reflexão sobre as complexidades das interacções humanas com o
ambiente geográfico. Os professores podem melhorar significativamente o processo de ensino
e aprendizagem, tornando-o mais inclusivo, relevante e estimulante para todos os envolvidos
(idem).

2.1. O papel da Geografia escolar na formação das condutas humanas

Para Cavalcanti, (2010, p. 35), O papel da Geografia escolar na formação das condutas
humanas é multifacetado e abrange diversas áreas de influência. Os pontos-chave sobre como
a Geografia escolar podem contribuir para a formação das condutas humanas:

 Consciência Espacial e Ambiental: A Geografia escolar ajuda os alunos a


desenvolverem uma consciência espacial, compreendendo a distribuição e
interconexão dos elementos físicos e humanos no espaço. Isso contribui para uma

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maior sensibilidade ambiental, promovendo a compreensão dos impactos das acções
humanas no meio ambiente.
 Compreensão das Diferenças Culturais: Ao estudar diferentes regiões do mundo,
culturas, costumes e modos de vida, os alunos desenvolvem uma compreensão mais
ampla e tolerante das diferenças culturais. Isso ajuda a promover a diversidade cultural
e o respeito mútuo entre as pessoas.
 Conhecimento de Problemas Globais: A Geografia escolar aborda questões globais
como mudanças climáticas, desigualdades sociais, migrações e desenvolvimento
sustentável. Ao compreenderem esses problemas, os alunos são incentivados a
reflectir sobre questões éticas e a buscar soluções responsáveis para os desafios
enfrentados pela sociedade.
 Desenvolvimento de Habilidades Cognitivas: O estudo da Geografia envolve a
análise de mapas, interpretação de dados geoespaciais, compreensão de relações
espaciais e uso de tecnologias geográficas. Isso contribui para o desenvolvimento de
habilidades cognitivas como pensamento crítico, raciocínio espacial e resolução de
problemas complexos.
 Conexão entre Local e Global: A Geografia escolar ajuda os alunos a entenderem a
interconexão entre eventos locais e globais. Isso permite que desenvolvam uma visão
mais ampla do mundo, reconhecendo como suas acções e decisões locais podem ter
repercussões em nível global, e vice-versa.
 Promoção da Cidadania Activa: Ao compreenderem as dinâmicas geográficas e os
desafios enfrentados pela sociedade, os alunos são incentivados a se tornarem
cidadãos activos e engajados, participando de debates, projectos e acções voltadas para
o bem-estar colectivo e a sustentabilidade do planeta.

Conforme Gebran, (2003) explica que a Geografia escolar desempenha um papel fundamental
na formação das condutas humanas, proporcionando conhecimentos, habilidades e valores
que são essenciais para uma participação consciente, responsável e solidária na sociedade
global.

Exemplos:

A geografia desempenha um papel fundamental ao capacitar os alunos a compreender


e analisar criticamente o ambiente ao seu redor. Isso significa não apenas ler o espaço
geográfico, mas também questionar e reflectir sobre como ele é produzido, utilizado e
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influenciado pelas acções humanas. Ao desenvolver essa capacidade de pensamento
crítico, os alunos tornam-se cidadãos mais conscientes e activos, capazes de contribuir
de forma significativa para a sociedade. (Damiani, 1999).
A essência da geografia reside em estudar o espaço humano, ou seja, o ambiente
modificado e moldado pelas actividades humanas. Essa abordagem permite que os
alunos se reconheçam como parte integrante do mundo em que vivem e,
consequentemente, desenvolvam uma consciência crítica sobre suas próprias acções e
seu impacto no ambiente e na sociedade. Isso é essencial para uma educação cidadã
que promova a responsabilidade individual e colectiva. (Damiani, 1999).
Ao ser considerada uma ciência social, a geografia proporciona aos alunos uma
compreensão abrangente da sociedade em que vivem. Isso inclui não apenas a análise
das interacções humanas, mas também o papel desempenhado pela sociedade no
contexto global actual. Além disso, a geografia destaca as implicações e
consequências da relação entre os seres humanos e o ambiente natural ao longo do
tempo, incentivando uma reflexão crítica sobre a sustentabilidade e o equilíbrio entre
esses dois elementos. (Damiani, 1999).
A geografia oferece aos alunos uma visão dinâmica do mundo, demonstrando não
apenas sua estrutura estática, mas também os processos em constante movimento que
o moldam. Isso inclui a análise das mudanças físicas, sociais, económicas e políticas
que ocorrem no espaço geográfico. Ao compreender esses movimentos e
transformações, os alunos adquirem uma perspectiva mais ampla e contextualizada do
mundo em que vivem. (Damiani, 1999).

2.3. O papel metodológico da subjectividade e identidade na melhoria do processo de


ensino e aprendizagem em Geografia

A subjectividade e identidade dos alunos, para Bomfim, (1998), influenciam como eles
percebem e constroem o conhecimento geográfico. Por exemplo, a relação pessoal de um
aluno com o ambiente pode moldar sua compreensão dos conceitos geográficos, como espaço,
lugar e paisagem. Quando os alunos conseguem se identificar com o conteúdo geográfico,
seja por meio de suas experiências pessoais ou identidade cultural, eles tendem a se engajar
mais no processo de aprendizagem. Isso pode ser explorado através de exemplos locais,
histórias pessoais ou actividades que conectem o conteúdo com suas vidas.

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Já Almeida, (2010) refere que a subjectividade e identidade dos alunos trazem uma
diversidade de perspectivas para a sala de aula. Isso pode enriquecer as discussões, permitindo
que os alunos vejam diferentes maneiras de interpretar e analisar questões geográficas,
levando a uma compreensão mais ampla e inclusiva do mundo. Também é possível
desenvolver competências socioemocionais importantes, como empatia, respeito pela
diversidade e pensamento crítico. Isso contribui para a formação de cidadãos mais conscientes
e responsáveis.

Para melhorar o processo de ensino e aprendizagem em Geografia com base nesses princípios,
Passini, (2010) diz que é fundamental adoptar abordagens pedagógicas inclusivas, que
valorizem as experiências e identidades dos alunos, promovam a diversidade de perspectivas e
estimulem o engajamento activo dos estudantes no processo de aprendizagem.

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3. Conclusão

Ao longo deste trabalho, examinamos de forma aprofundada o papel metodológico da


subjectividade e identidade na Didáctica de Geografia. Demonstramos como a Geografia
escolar desempenha um papel fundamental na formação das condutas humanas, permitindo
aos estudantes não apenas compreenderem o espaço geográfico, mas também reflectirem
criticamente sobre suas identidades e perspectivas em relação a esse espaço.

Além disso, destacamos o papel essencial da subjectividade e identidade como ferramentas


metodológicas para a melhoria contínua do processo de ensino e aprendizagem em Geografia.
Ao considerar a diversidade de experiências e perspectivas dos alunos, podemos criar
ambientes de aprendizagem mais inclusivos e eficazes, que promovam o desenvolvimento
integral dos estudantes e sua capacidade de compreender e transformar o mundo ao seu redor.

Este trabalho ressalta a importância de integrar a subjectividade e identidade de forma


consciente e reflexiva na prática docente em Geografia, contribuindo para a formação de
cidadãos críticos, conscientes de suas identidades e capazes de participar altivamente na
construção de uma sociedade mais justa e sustentável.

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4. Referências bibliográficas

Almeida, D. R. (2010). Prática de Ensino em Geografia. Editora Terra livre 8. São Paulo.

Bastos, P. A. (2011). Revista Geografia: Pedagógica 2.0. Recursos didáticos e sua

importância para as aulas de Geografia. P. 44-50. Ministério da Educação FNDE

Periódicos. Editora Escala Nacional.

Bomfim, N. R. (1998). A geografia da percepção e a percepção da geografia na escola.

Revista ciência geográfica, vol. (11), p.34‐38,

Cavalcanti, S. L. (2010). Geografia, Escola e Construção de Conhecimentos. Editora Papirus.

São Paulo.

Damiani, A. L. (1999). A Geografia e a construção da cidadania. In: CARLOS, Ana Fani A.

(Org.). A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, pp.50-61.

Gebran, A. R. (2003). A Geografia no Ensino Fundamental – Trajetória Histórica e

Proposições Pedagógicas. UNOESTE, São Paulo.

Passini, E. Y. (2010). Prática de ensino de geografia e estágio supervisionado. 2. Ed. São

Paulo: Contexto,

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