Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Habitação 2019-2030
Município de Loulé
Versão final
Maio 2019
Ficha técnica
Equipa da VELVETINCENTIVE:
• Ricardo Veludo, Eng. do Território (Coordenação)
• Francisco Silva Pinto, Eng. Civil, Doutorado em Investigação Operacional
• João Pedro Coelho dos Reis, Eng. do Território
Página
Sumário executivo 5
1 DIAGNÓSTICO 12
Página
O município de Loulé enfrenta hoje fortes desafios no que concerne à habitação. De acordo com o
Instituto Nacional de Estatística (INE), é o quarto concelho do país onde é mais caro comprar casa
e o décimo primeiro mais caro para arrendar, lógica que transforma Loulé num território de pressão
urbanística e onde é necessário promover, de forma célere, ações que permitam reverter a atual
dinâmica do mercado habitacional dando condições de acesso a quem aqui reside bem como aos
futuros residentes.
As políticas que se pretendem desenvolver têm como objetivo promover o direito à habitação para
todos, seja para as comunidades desfavorecidas como para os cidadãos de rendimento intermédio,
facto que levou à criação de uma Estratégia Local de Habitação ambiciosa e de longo prazo (até
2030), e que se apoiou em soluções tanto dirigidas para o segmento apoiado como acessível,
procurando definir caminhos e metas que permitirão ultrapassar as dinâmicas que se verificam
atualmente no território (como por exemplo: dificuldade de acesso, ausência de oferta e perda de
oportunidade de captação de quantitativo demográfico, situações indignas, entre outras…).
Por outro lado, a abordagem estratégica desenvolvida possui um foco territorial alargado, definindo
medidas e ações que se destinam aos principais polos urbanos mas também aos territórios de baixa
densidade, com o objetivo de promover a coesão territorial e o povoamento.
Neste contexto, a Câmara Municipal de Loulé, pretende apostar de forma firme e consistente na
criação de soluções sustentáveis de habitação para todos, assumindo o papel central que é
conferido aos municípios no contexto da Nova Geração de Políticas de Habitação (NGPH), lançada
recentemente pelo Governo, mais especificamente pela Secretaria de Estado da Habitação (SEH), e
estabelecendo pontes de cooperação com outros agentes do território.
As medidas aqui propostas acompanham algumas decisões já tomadas no passado como foi a
construção do edifício Santa Luzia em Loulé, do edifício da Amendoeira em Quarteira e dos seis
fogos em Salir, construídos com base em candidaturas efetuadas pelo município ao Instituto de
Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), entre 1998 e 1999.
Por outro lado, foi efetuado um levantamento das situações de carência habitacional no concelho
com recurso aos pedidos de habitação da Unidade Operacional de Gestão de Habitação Social,
determinante para aferir as situações de maior vulnerabilidade e urgência social e que serão alvo
de candidaturas específicas aos instrumentos de política pública disponíveis.
Todo este trabalho foi desenvolvido por uma extensa equipa composta por consultores e
especialistas externos e pelo Grupo de Trabalho da Habitação do Município, em estreita articulação
com o Executivo municipal, que ao longo de vários meses consolidaram a proposta de estratégia
que consta deste documento.
Sentimos que não podemos perder tempo. A Habitação é um domínio de trabalho central e decisivo,
e que, como tal, encontra-se no seio das nossas prioridades estratégicas e de ação. Queremos que
Loulé seja um concelho mais inclusivo e mais coeso, que desenvolva uma verdadeira política de
habitat integradora e de proximidade destinada a todos.
A visão e estratégia que definem a grande ambição que se pretende estabelecer no concelho
de Loulé no que concerne à habitação, a par dos objetivos, prioridades e medidas específicas
que se propõem implementar no território no horizonte 2019-2030.
5. Processo de participação e
• Uma estratégia coletiva que se constrói com os atores do território
auscultação
80 000 100%
3,5
Taxa de crescimento efetivo Taxa crescimento migratório Taxa de crescimento natural
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
-0,5
-1,0
-1,5
100%
6% 5% 4% 6% 5% 6% 5% 6%
21% 4 pessoas
22% 24% 22% 22% 22%
25% 24%
60%
3 pessoas
20%
25% 28% 25%
1 pessoa
24% 22% 23% 24% 21%
0%
Loulé Albufeira Faro Olhão São Brás de Silves Algarve Portugal
Alportel
30 000 70%
6+ pessoas 3-5 pessoas 2 pessoas 1 pessoa
49%
47% 3-5 50%
20 000
41%
2 40%
33%
15 000 31% 31%
26% 1 30%
10 000
19% 24%
20%
15%
+6
5 000 9%
6% 10%
3% 2%
7%
0 0%
1960 1981 2001 2011
3000 10%
10%
7%
1500 4%
3% 5%
2% 1% 1% 1%
0 0%
Quarteira Loulé (São Almancil Loulé (São Boliqueime Salir Alte Benafim Tôr Querença Ameixial
Clemente) Sebastião)
Nota: Análise estatística à escala da freguesia com base em referencial dos Censos de 2011. Dados anteriores ao processo de agregação
(Lei n.º 11 -A/2013, de 28 de janeiro e no Despacho n.º 11540/2013, de 29 de agosto).
Nota: Análise estatística à escala da freguesia com base em referencial dos Censos de 2011. Dados anteriores ao processo de agregação
(Lei n.º 11 -A/2013, de 28 de janeiro e no Despacho n.º 11540/2013, de 29 de agosto).
2 000
1563
1 600
1375 1477 1404
1 400
1 200
979
1 000 896 970
798 763
929 943
800
600 628
308
400
379
125 128
200 76 59 76 81
55
de edifícios
0
1600 2561
T3
1200 1900
1775 T2
1000
T0 ou T1
1400
800 1404 Licenciados (Total)
1076
Licenciados+Concluídos (Total)
600 900
854
763
400
397
268
400
226
200 379 141 177
84 140
308
de edifícios
125 128
55 76 59 76 81
0 -100
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
0,02%
28,96%
2,57%
de edifícios
Pessoa singular Organismo público Empresa privada Outros
444
1.348
1.010
Para o exterior
Para o interior
A componente migratória é a que mais contribui para o crescimento da população. Não obstante,
nos últimos anos (pós 2011), e de acordo com estimativas da população residente (INE), verificou-
se uma quebra residual do crescimento efetivo (Gráfico 2);
Loulé destaca-se à escala da NUT II Algarve como o concelho com maior quantitativo de famílias e
com mais população residente (69.194, em 2017) (Gráfico 3);
Em termos da composição das famílias residentes no concelho, verifica-se que: 55% possuem um
ou dois elementos, 22% três elementos e 21% possuem dimensão ≥ a quatro (Gráfico 3);
Tendo por base dados referentes aos Censos da População o número total de famílias do concelho
está sempre a aumentar [Com mais de três pessoas a diminuir (41%); com uma pessoa a
aumentar (24%); com duas pessoas estável (33%)] (Gráfico 4);
Do ponto de vista da dinâmica interna verifica-se uma forte concentração das famílias (80%) nas
freguesias marcadamente urbanas como é o caso de Quarteira, São Clemente, Almancil e São
Sebastião. O restante território assume um padrão de baixa densidade onde se tem verificado um
progressivo acentuar da dinâmica de despovoamento (Gráfico 5);
Os núcleos monoparentais correspondem a 13% das famílias do concelho das quais 84,5% são
mães com filhos (Imagem 1). As freguesias de maior cariz urbano (nomeadamente: Quarteira,
São Clemente, São Sebastião e Almancil) têm monoparentalidade mais elevada (Gráfico 6);
Em termos de dinâmica de licenciamento verifica-se que nos últimos 10 anos houve uma diminuição
de cerca de 95% (Gráfico 7 e 8), em resultado do recente período de crise financeira;
4 000
3 500
3137 3078
2990 2945 2889
3 000
1 000
500
22
000
000 1 948 €
1 846 € 1 870 € 1 846 €
Loulé
Loulé Portugal
Portugal Algarve
Algarve 1 806 € 1 806 €
1 763 € 1 763 €
11
800
800 1 704 € 1 704 €
1 650 € 1 650 €
11 587
587 €€ 1 583
1 583 € 1€
€1 578 €1 578 596 € 1 596 €
11
400
400
11
200
200
11
000
000
800
800
600
600
400
400
200
200
00
Cascais 2 333 €
2
Oeiras 2 000 €
3
Loulé 1 948 €
4
Lagos 1 787 €
5
Albufeira 1 709 €
6
Tavira 1 686 €
7
Porto 1 612 €
8
Lagoa 1 538 €
15 14 13 12 11 10 9
Funchal 1 534 €
Odivelas 1 523 €
GEPEIG/ CML.
Vila Real de Santo António 1 447 €
Loures 1 385 €
0€ 250 € 500 € 750 € 1 000 € 1 250 € 1 500 € 1 750 € 2 000 € 2 250 € 2 500 € 2 750 € 3 000 € 3 250 €
Estrela - LX 2 750 €
5
Alvalade - LX 2 576 €
6
Belém - LX 2 500 €
9
São Vicente - LX
104 97 77 73 24 22 11 10
2 404 €
Almancil 2 367 €
Quarteira 1 864 €
Boliqueime 1 273 €
GEPEIG/ CML..
São Sebastião 1 257 € Territórios metropolitanos AM Lisboa / AM Porto
0€ 250 € 500 € 750 € 1 000 € 1 250 € 1 500 € 1 750 € 2 000 € 2 250 € 2 500 € 2 750 € 3 000 € 3 250 € 3 500 €
1 000
908
900
500
400 350
300 270
223 238
217
200 172
94
100 41
34
0
2.º Semestre de 2017 1.º Semestre de 2018 2.º Semestre de 2018
Lisboa 11,2 €
1
Cascais 9,7 €
2
Oeiras 9,4 €
Porto 7,9 €
4
Amadora 7,2 €
5
Almada 7,0 €
6
Odivelas 6,9 €
7
Funchal 6,7 €
8
Matosinhos 6,7 €
9
Loures
15 14 13 12 11 10
6,5 €
Albufeira 6,4 €
Territórios metropolitanos AM Lisboa / AM Porto
Lagos 6,4 €
NUT II Algarve
Castro Marim 6,2 €
Sintra 6,0 €
0€ 1€ 2€ 3€ 4€ 5€ 6€ 7€ 8€ 9€ 10 € 11 € 12 €
1 000
934
900
Estabelecimentos de alojamentos local (N.º) - Ano de registo
600
514
500
400
300
220
200
100
74 83 80
100
11
0
194
1036
46
108
20
8
53
6
14
6
11
6
7 5
O mercado de venda de prédios urbanos do concelho de Loulé evidencia uma tendência de subida,
atingindo, em 2017 o referencial das 2.889 transações, o valor mais elevado desde do ano de 2008
(Gráfico 10);
Com efeito, Loulé é o quarto concelho onde é mais caro comprar habitação em Portugal
(1.948€/m2), apenas ultrapassado por Lisboa, Cascais e Oeiras (concelhos de escala
metropolitana). A NUT II Algarve atinge os 1.523€/m2 e Portugal os 996€/m2 (Gráfico 12);
No ano de 2017 foram celebrados 908 novos contratos de arrendamento, tendo Loulé registado o
maior número de contratos na NUT II Algarve (Gráfico 14);
O valor de referência dos novos contratos de arrendamento celebrados é de 6,4€/m2, valor que
corresponde ao 11.º mais elevado de Portugal (Gráfico 15 e 16);
O número de registos de novos Alojamentos Locais tem vindo a crescer de forma exponencial, com
particular incidência nas freguesias de Quarteira e Almancil (Gráfico 17 e 18).
Efetuando uma análise da distribuição destes pedidos por freguesia verificamos que:
No âmbito do levantamento efetuado verifica-se que cerca de 23% dos famílias são compostas por
apenas um individuo, 32% por dois indivíduos e 24% por três indivíduos. No seu conjunto estes
agregados reúnem cerca de 79% das famílias. As famílias compostas por quatro e cinco indivíduos
correspondem a cerca de 20% da procura. A procura por parte de famílias numerosas (cinco ou
mais indivíduos) corresponde a cerca de 9% (Gráfico 19-A);
9% 9%
13% 23%
37%
22%
Relativamente à situação contratual dos arrendamentos verifica-se que cerca de 81% dos
agregados possuem contrato de arrendamento e 19% não possui (Gráfico 23).
40%
30%
30% 81%
20% 14%
10%
2% 1% 0%
Sem contrato de arrendamento
0%
T-0 T-1 T-2 T-3 T-4 > T-4 Com contrato de arrendamento
600 507
500
400
300
200
100 22 53 37 17 37
0
Em carência Com deficitárias Em situação de Em alojamento Sem abrigo Pessoas portadoras de
económica condições de sobrelotação improvisado incapacidade (por
habitabilidade deficiência ou doença)
No seu conjunto verifica-se que o Município possui neste momento, a seu cargo, um total de 280
fogos, dos quais:
6% são T1; 41% correspondem a T2; 49% são de tipologia T3; e 4% correspondem a
T4;
Efetuando uma análise mais pormenorizada, por cada um dos domínios identificados, verifica-se
que no que concerne ao realojamento concentrado:
Bairro Municipal 0 17 31 0 48
Edifícios EX-CAR 0 2 3 4 9
Total Loulé -- 0 57 79 8 144
6 Fogos de Salir Salir 1 2 2 1 6
Total Salir -- 1 2 2 1 6
TOTAL Concelho 1 97 126 10 234
IDENTIFICAÇÃO FOGOS
TIPOLOGIA DE AR
ENDAMENTO SOCIAL Designação do N.º Fogos por Tipologia Total
Localização
Empreendimento T1 T2 T3 T4 de Fogos
Quarteira 13 6 7 0 26
DISPERSO
Alojamentos dispersos
B)
Loulé 0 0 1 0 1
TOTAL 13 6 8 0 27
IDENTIFICAÇÃO FOGOS
TIPOLOGIA DE AR
ENDAMENTO SOCIAL Designação do N.º Fogos por Tipologia Total
Localização
Empreendimento T1 T2 T3 T4 de Fogos
IDENTIFICAÇÃO FOGOS
TIPOLOGIAS Designação do N.º Fogos por Tipologia Total
Localização
Empreendimento T1 T2 T3 T4 de Fogos
TOTAL (A+B+C) 17 115 138 10 280
Do levantamento efetuado é possível aferir que à data, para a reabilitação total do parque de
habitação social do município, é necessário um investimento total de 9.950.728,00 €, sem
IVA, o que representa um investimento médio de cerca de 42.500,00 € por fogo habitacional
(nota: não são considerados neste levantamento do estado de conservação geral os fogos
dispersos e em regime de sublocação por parte do município) (Quadro 5).
Bairro Municipal 48 48
Edifícios EX-CAR 9 9
Total Loulé -- 0 0 96 0 48 144
6 Fogos de Salir Salir 6 6
Total Salir -- 0 0 0 0 6 6
TOTAL Concelho 0 0 180 0 54 234
Assim, o Governo determinou solicitar ao IHRU, I.P. que procedesse junto dos municípios, a um
levantamento de âmbito nacional das necessidades de realojamento habitacional através de um
questionário que permitisse quantificar e qualificar as respetivas carências presentemente
existentes.
Esse levantamento, desenvolvido pelos serviços da Câmara Municipal de Loulé, decorreu entre
os dias 5 de junho e 31 de dezembro de 2017, tendo permitido identificar 101 famílias que se
distribuem em 20 núcleos distintos no território do concelho de Loulé, conforme se pode aferir
pelo quadro seguinte (Quadro 6).
Percentil 75: Limite superior de 75% Rendas implícitas nos preços de venda anunciados para
das rendas mensais mais apartamentos [Nov. 2018, considerando yield de 4% =
baratas 12x mediana das rendas por m² de novos contratos de
Mediana arrendamento de alojamentos familiares (€, INE 2017)/
mediana das vendas por m² de alojamentos familiares (€,
INE 2017)]. Fonte de dados base para cálculo de rendas
Percentil 25: Limite superior de 25% implícitas: Universo de apartamentos anunciados para
Mediana do Concelho de Loulé com ABC de referência das rendas mensais mais arrendamento e venda em Imovirtual, Casa Sapo, BPI
baratas Expresso imobiliário e Idealista, período Nov 2018).
Mediana do Concelho de Loulé com ABC de mercado
Percentil 95:
Percentil 80: VALOR
Limite superior dos 95% dos Limite superior dos 80% dos
menores encargos com a menores encargos com a
habitação habitação
VALOR
Mediana (Percentil 50)
Almancil: T0 - T1
≤T1
Composição + + Restantes
1167 Não dependentes: 1 100% 0% 0%
1 200 €
2 0% 100% 0%
3 0% 0% 82%
1 000 € 4 0% 0% 9%
5 0% 0% 9%
Dependentes: 0 0% 0% 56%
800 €
770 743 1 55% 0% 35%
697 2 31% 0% 9%
600 € 3 11% 83% 0%
568
4 1% 14% 0%
486 469
440 364 5 1% 3% 0%
400 €
371 358 Unitária 0% 0% 0%
303 275 304 293
200 € 234 224 66 Monoparental 97% 6% 21%
191 36 37 65
146 Nuclear S/filhos 0% 0% 0%
120 76 28
13 22 25 60
37 30 Nuclear C/filhos 0% 71% 38%
-€ 6 10 13 11
5 4 Alargada/Extensa 2% 6% 38%
Dança a Dois 1% 0% 0%
+ + Reconstituida 0% 17% 3%
TOTAL 157 35 34
Almancil: T2
T2
2 000 € Composição + + Restantes
Não dependentes: 1 100% 0% 0%
2 0% 100% 0%
1557 3 0% 0% 82%
4 0% 0% 9%
1 500 €
5 0% 0% 9%
Dependentes: 0 0% 0% 56%
1 55% 0% 35%
2 31% 0% 9%
1 000 €
3 11% 83% 0%
770 4 1% 14% 0%
697 743
582 5 1% 3% 0%
568
500 € 486 Unitária 0% 0% 0%
440 469 476
371 358 Monoparental 97% 6% 21%
303 65 275 60 304 76 293 66
191 36 234 37 224 Nuclear S/filhos 0% 0% 0%
146 37 30
120 25 28 Nuclear C/filhos 0% 71% 38%
-€ 13 22 6 10 13
5 4 11 Alargada/Extensa 2% 6% 38%
Dança a Dois 1% 0% 0%
+ + Reconstituida 0% 17% 3%
TOTAL 157 35 34
Almancil: T3
1863
T3
1 800 €
Composição + + Restantes
Não dependentes: 1 100% 0% 0%
1 600 €
2 0% 100% 0%
3 0% 0% 82%
1 400 € 4 0% 0% 9%
5 0% 0% 9%
1 200 € Dependentes: 0 0% 0% 56%
1 55% 0% 35%
1 000 € 2 31% 0% 9%
3 11% 83% 0%
800 € 770 711
743 4 1% 14% 0%
697 5 1% 3% 0%
600 € 568 588
Unitária 0% 0% 0%
486 469
400 € 440 Monoparental 97% 6% 21%
371 358
303 275 304 76 293 Nuclear S/filhos 0% 0% 0%
200 € 234 224 65 60
191 36 37 66 Nuclear C/filhos 0% 71% 38%
146 25 37 30 28
120 13 22 Alargada/Extensa 2% 6% 38%
-€ 6 10 13 11
5 4 Dança a Dois 1% 0% 0%
+ + Reconstituida 0% 17% 3%
TOTAL 157 35 34
≥T4
Almancil: ≥T4
2733
Composição + + Restantes
Não dependentes: 1 100% 0% 0%
2 500 € 2 0% 100% 0%
3 0% 0% 82%
4 0% 0% 9%
2 000 € 5 0% 0% 9%
Dependentes: 0 0% 0% 56%
1 55% 0% 35%
1 500 € 2 31% 0% 9%
3 11% 83% 0%
1008 4 1% 14% 0%
1 000 € 5 1% 3% 0%
770 Unitária 0% 0% 0%
697 743
638 Monoparental 97% 6% 21%
500 € 568
440 486 76 469
371 Nuclear S/filhos 0% 0% 0%
303 358 304 66
234 275 293
191 224 30 Nuclear C/filhos 0% 71% 38%
146 37 28
-€ 120 36
13 22 65
25
6 60
37
10 Alargada/Extensa 2% 6% 38%
5 4 13 11
Dança a Dois 1% 0% 0%
+ + Reconstituida 0% 17% 3%
TOTAL 157 35 34
1 000 € 2 0% 100% 0%
3 0% 0% 82%
4 0% 0% 9%
800 € 5 0% 0% 9%
770 743 Dependentes: 0 0% 0% 56%
697
1 55% 0% 35%
600 €
568 443 2 31% 0% 9%
486 469 3 11% 83% 0%
440 364
400 € 4 1% 14% 0%
371 358
303 36 37 65 275 304 293 5 1% 3% 0%
Alargada/Extensa 2% 6% 38%
Dança a Dois 1% 0% 0%
+ + Reconstituida 0% 17% 3%
TOTAL 157 35 34
1 600 €
T3
1383
1 400 € Composição + + Restantes
Não dependentes: 1 100% 0% 0%
2 0% 100% 0%
1 200 €
3 0% 0% 82%
4 0% 0% 9%
1 000 € 5 0% 0% 9%
Dependentes: 0 0% 0% 56%
1 55% 0% 35%
800 € 770 711
743 2 31% 0% 9%
697
3 11% 83% 0%
600 € 588
568 4 1% 14% 0%
486 469 5 1% 3% 0%
440
400 € 371 358 65 Unitária 0% 0% 0%
303 37 275 60 304 76 293 66
36 234 224 Monoparental 97% 6% 21%
200 € 191
146 22 25 37 30 28 Nuclear S/filhos 0% 0% 0%
120 13
Nuclear C/filhos 0% 71% 38%
-€ 6 10 13 11
5 4 Alargada/Extensa 2% 6% 38%
Dança a Dois 1% 0% 0%
+ + Reconstituida 0% 17% 3%
TOTAL 157 35 34
≥T4
Quarteira: ≥T4
Composição + + Restantes
2400 Não dependentes: 1 100% 0% 0%
2 0% 100% 0%
2 000 € 3 0% 0% 82%
4 0% 0% 9%
5 0% 0% 9%
Dependentes: 0 0% 0% 56%
1 500 €
1 55% 0% 35%
2 31% 0% 9%
1008 3 11% 83% 0%
1 000 € 4 1% 14% 0%
5 1% 3% 0%
770 743
697 Unitária 0% 0% 0%
638
568
500 € 486 76 469 Monoparental 97% 6% 21%
440 66
371 358 Nuclear S/filhos 0% 0% 0%
303 275 304 293
191 234 224 30 28
146 Nuclear C/filhos 0% 71% 38%
120 36 37 65 60
37
-€ 13 22 25
6 10 13 11 Alargada/Extensa 2% 6% 38%
5 4
Dança a Dois 1% 0% 0%
+ + Reconstituida 0% 17% 3%
TOTAL 157 35 34
+ 5 3
4
1% 1% 11%
5 4
3% 14%
1
Tipologia dos agregados 0 35%
56%
38% 38% Nº de não dependentes
21% + 4
2 3
9%
3% 9% 82%
Restantes tipos 5
Monoparental Nuclear C/filhos Alargada/Extensa Reconstituida
de famílias 9%
Pressupostos
1. É considerado "dependente" qualquer individuo com idade inferior a 26 anos, com relação familiar de descendência
com outro membro do agregado;
2. É considerado "não dependente“, todos os indivíduos nos restantes casos.
3. No levantamento efetuado não foram contabilizados agregados familiares de etnia cigana a residir em barracas.
Estratégia Local de Habitação do Concelho de Loulé 78
Gráfico 25. Rendimentos disponíveis das famílias em carência habitacional
2500
Rendimento disponível do agregado (€)
2000 1a_0d
1a_1+d +
1500
2a_0d
2a_1d
1000
2a_2d
500 2a_3+d
+
out
Restantes
0
0 2 4 6 8 10
tipos de
Decis famílias
2500
2500
+
500 2 31%
3 11%
4 1%
0
5 1%
0 2 4 6 8 10
Unitária 0%
Decis da procura total
Monoparental 97%
Procura: Nuclear S/filhos 0%
• Classe média: 150€ a 370€ (rendas acessíveis T2 a ≥T4). Nuclear C/filhos 0%
• Renda apoiada: 157 famílias só com 1 não dependente e 1+ dependentes Alargada/Extensa 2%
(97% monoparental). Rendas de 5€ a 40€. Dança a Dois 1%
Reconstituida 0%
TOTAL 157
2500
• Classe média: 220€ a 570€ (rendas acessíveis T0 a T2). Nuclear S/filhos 66%
• Renda apoiada: 73 famílias (66% nuclear sem filhos). Rendas de 5€ a 65€. Nuclear C/filhos 0%
Alargada/Extensa 0%
• Agregados monoparentais com filhos com idade >26 anos em situação precária. Dança a Dois 1%
Reconstituida 3%
TOTAL 73
Estratégia Local de Habitação do Concelho de Loulé 82
Família com 2 adultos e 1 dependente (71% nuclear com 1 filho)
2500
1500 2 100%
3 0%
T2 INE 4 0%
1000 5 0%
Dependentes: 0 0%
1 100%
500
2 0%
3 0%
0 4 0%
0 2 4 6 8 10
5 0%
Decis da procura total
Unitária 2%
Procura: Monoparental 7%
0%
• Classe média: 280€ a 700€ (rendas acessíveis T2 a T3). Nuclear S/filhos
71%
• Renda apoiada: 56 famílias (71% nuclear com filhos). Rendas de 10€ a 60€. Nuclear C/filhos
Alargada/Extensa 13%
Dança a Dois 2%
Reconstituida 5%
TOTAL 56
Estratégia Local de Habitação do Concelho de Loulé 83
Família com 2 adultos e 2 dependentes (81% nuclear com 2 filhos)
2500
0 4 0%
0 2 4 6 8 10 5 0%
Decis Unitária 0%
Procura: Monoparental 3%
0%
• Classe média: 300€ a 770€ (rendas acessíveis T2 a T3). Nuclear S/filhos
81%
• Renda apoiada: 36 famílias (81% nuclear com filhos). Rendas de 10€ a 80€. Nuclear C/filhos
Alargada/Extensa 6%
Dança a Dois 0%
Reconstituida 11%
TOTAL 36
Estratégia Local de Habitação do Concelho de Loulé 84
Família com 2 adultos e 3+ dependentes (71% nuclear c/ filhos)
A amostra deste Estudo de Mercado/ Opinião foi constituída por 403 entrevistas, efetuadas em
Loulé e em alguns concelhos limítrofes, com recurso a trabalho de campo, e na realização de um
questionário com a duração média de 21 minutos (face to face);
Nas páginas seguintes são demonstrados alguns dos resultados do estudo efetuado.
54% 8%
Já mudaram de casa Tem intenção em mudar
58.778 famílias 8.170 famílias
4%
BASE P/NP: Tencionam mudar de casa (8.170 / 42)
QST: P.18.1+P.18.2
Total 108.648
Mudaram em
média 1.3 famílias
vezes
BASE P/NP: Total (108.648/ 403)
Loulé; 2018
BASE P/NP: Já mudaran de casa (58.778/ 190)
QST: P.10
19 71% 4%
% Concelho Loulé 2.015
9.221
famílias famílias
81 29% 96%
% Fora de Loulé 3.831 43.710
famílias famílias
BASE P/NP: JÁ MUDARAM DE CASA
BASE P/NP: JÁ MUDARAM DE CASA E VIVEM FORA DE LOULÉ
(58.778 / 190)
(45.725/ 82)
Loulé; 2018
De quem já mudou de 29% dos indivíduos que
casa (54%), 19% mudaram de casa e vivem em
residiam no concelho Loulé vieram de fora de Loulé. BASE P/NP: JÁ MUDARAM DE CASA E VIVEM EM LOULÉ
de Loulé (13.052/ 108)
5% 100%
74% Fora de Loulé
95% 0% 4.370
4.370
famílias famílias
BASE P/NP: HABITAM FORA DE LOULÉ E QUEREM
BASE P/NP: TOTAL BASE P/NP: NÃO TENCIONAM MUDAR DE CASA MUDAR DE CASA (4.470/11)*
(108.648/403) (100.478/ 361)
Loulé; 2018
Quem vive em Loulé tem maior 8% 41% (das famílias que querem mudar)
intenção de mudança (13%) do
que quem vive Fora de Loulé (5%) 8.170 famílias 3.344 famílias
BASE: TENCIONAM MUDAR DE CASA (8.170 / 42)
Não Motivos para não mudar de casa nos próximos 3 anos (%)
88%
Fora
Total Loulé
Sim Loulé
8% Gosta da casa onde estou / A casa tem boas
48 42 50
condições
NS/NR
4% Renda acessível/ Noutra zona pagava mais 24 9 30
Loulé; 2018
B ASE: T otal (1 08.648 / 4 03)
BASE P/NP: Não tem intenção de mudar de casa nos próximos 3 anos:
Total (100.478 / 361); Residem no Concelho de Loulé(24.601 / 222); Residem fora do Concelho de Loulé (75.877 / 139)
8%
Tenciona comprar casa 13 15 11
8.170 famílias
Outras respostas 16 21 11
Loulé; 2018
B ASE: T otal (1 08.648 / 4 03)
Loulé; 2018
agregado de 1 a 2 pessoas
• T3 e T4: para agregados de 3
pessoas ou mais
Ns/Nr
4% Atractividade dos regimes de habitação
Sim
8% Arrendar c/
Arrendar Comprar opção de compra
[10] Muito Atrativo
Não 15 T2B:
[9] 21 24 15%
88%
T2B: 2
[8]
8 29% T2B: 11
[7] 11 35%
3
4 12
B ASE: T otal (1 08.648 / 4 03) [6] 7
7
[5] 10
Média que estão [4] 21 27
10
dispostos a pagar: [3]
2
335€ [2] 12
14 6
[1] 2
[VALOR]
[VALOR] 17 L5B:
L5B:
Loulé; 2018
[0] Nada Atrativo 17 L5B: 11 50%
30%
51%
[Ns/Nr] 6 8 11
Não Loulé
Quarteira Almancil Boliqueime Salir Querença Tôr Benafim Alte Ameixial
88% (Cidade)
T2B 32 32 22 12 1 7
BASE: Total (1.144.466 / 503)
Concelho de residência no L5B 15 27 40 54 60 61 63 63 52 57
futuro (%)
Média 7.2 6.7 5.3 4.7 3.7 3.6 3.7 3.4 4.4 3.3
Loulé 41 BASE: Com intenção em mudar de casa nos próximos 3 anos para Loulé
Faro 20 (3.344 / 27*)
Albufeira 12
Loulé; 2018
São
Olhão
Outro
Brás de…
municípios 11
41%
Silves 1 POTENCIAL DE MUDANÇA PARA O CONCELHO
Para fora do… 16 DE LOULÉ
• BASE: Tem intenção de mudar de casa nos próximos 3 anos (8.170 / 42)
Loulé; 2018
Tem bons transportes públicos 2
É uma zona com boas acessibilidades para automóvel,… 2 1%
É uma zona com estacionamento 2 Razões Económicas
Outras respostas 25
Outros motivos
• BASE: TEM INTENÇÃO DE MUDAR DE CASA NOS PRÓXIMOS 3 ANOS (8.170 / 42)
Verifica-se que o concelho possui um elevado potencial de procura se considerarmos que 29% dos
indivíduos que mudaram de casa e atualmente vivem em Loulé vieram de fora (3.831 famílias), o
que reforça a relevância da componente migratória para o crescimento demográfico (Imagem 10);
Das 8.170 famílias que pretendem mudar de residência, na área de estudo, verifica-se que Loulé é
o concelho que potencialmente captará maior número de residentes nos próximos três anos (41%
do total, ao qual correspondem 3.344 famílias) (Imagem 11);
O principal motivo para não mudar de casa nos próximos três anos são “Gosta da casa onde estou /
A casa tem boas condições” e “Renda acessível atual/ noutra zona pagaria mais” (Imagem 12);
Os principais motivos para mudar de casa nos próximos três anos são “Quer uma casa com melhor
localização”, “Quer sair de casa dos pais” e “Quer ter espaço próprio/ independência/ liberdade”
(Imagem 13);
A compra de casa e o arrendamento são os regimes com maior procura, estando os agregados
disponíveis a pagar uma média mensal de 335€ (Imagem 15);
A cidade de Loulé é o aglomerado com maior atractividade para residir, seguido pelos aglomerados
da zona litoral/ sul (Quarteira, Almancil e Boliqueime) (Imagem 16);
Em Loulé, o parque habitacional é 2,3 vezes superior ao nº de famílias, no entanto isso não
significa que estejam disponíveis no mercado essas cerca de 37 mil habitações “em
excesso” face ao número de famílias existentes no ano 2011;
Em Novembro de 2018, existiam nas mediadoras cerca de 4.400 habitações disponíveis para
comercialização no concelho de Loulé, dos quais apenas 0,6% são apartamentos para
arrendamento, correspondendo a cerca de 57 potencialmente para arrendamento habitacional
(não sazonal);
Apesar da inexistência de oferta para arrendar nas mediadoras, em 2017, foram celebrados 908
contratos (INE), i.e. o arrendamento funciona sem intervenção relevante de mediação imobiliária.
Por outro lado, atendendo à importância do turismo em Loulé e à sua sazonalidade podemos estar
na presença de uma percentagem significativa de contratos com durações inferiores a um
ano;
Grande parte das habitações não ocupadas são de segunda residência ou dedicadas a
arrendamento sazonal e exploração turística (44% do total, Censos 2011);
3.344 agregados familiares são a procura potencial estimada pela GfK para o concelho
de Loulé (Out./2018), para o período 2019-2021, correspondendo essencialmente a população
já residente no concelho;
Atualmente a capacidade de Loulé atrair novos residentes está limitada pelos preços
inacessíveis à generalidade da população de rendimentos intermédios e baixos, aspeto
que surge refletido no estudo da GFK, de 2018;
Devem ser utilizadas referências de preços específicas para cada mercado (território),
pois existem grandes disparidades entre Almancil, Quarteira, Cidade de Loulé e
territórios rurais;
O valor da mediana das rendas do concelho de Loulé (6,4€/m2), divulgado pelo INE, com base
em novos contratos de arrendamento, deve ser considerado como referência indicativa apenas
com utilidade para comparações entre concelhos e para aferir aplicação de critérios legais que
regulam apoios do Estado no acesso a habitação;
Notas: (*) Referêncial de 5% das vítimas registadas no concelho de Loulé; (**) Bairro Municipal Frederico Ulrich.
Interesse manifestado por parte de empresas privadas no Existência de famílias a residir sem condições mínimas de
sentido de se encetar a criação de parcerias estratégicas para habitabilidade e/ou em sobrelotação;
o desenvolvimento de habitação para arrendamento acessível; Situações de população sem abrigo e casos de violência
Criação ao nível da orgânica municipal de gabinete específico doméstica;
para a implementação das medidas elencadas na ELH. Estado de conservação de algum edificado integrado no parque
da habitação social municipal.
Manutenção da dinâmica de “esvaziamento” demográfica dos Capacidade da iniciativa municipal em promover soluções de
territórios do interior na ausência de medidas estruturais de habitação dirigidas aos segmentos de habitação acessível e
apoio à criação de habitação; apoiada, em simultâneo, enquanto fator de diferenciação
regional;
Contínuo aumento dos preços de compra e arrendamento de
habitação no concelho e manutenção da dinâmica de difícil Investimento em soluções de sustentabilidade ambiental e
acesso ao mercado; energética de suporte à política de habitação, nomeadamente
no parque da habitação social;
Degradação progressiva do parque da habitação social
municipal na ausência de uma estratégia de atuação de Novo quadro legal e regulatório no contexto das políticas de
conservação dos ativos existentes; habitação (Nova Geração de Políticas de Habitação);
Aumento das situações de exclusão social e do número de Existência de programas e instrumentos de financiamento, de
pessoas sem abrigo pela ausência de stock habitacional para escala nacional, para o arrendamento, reabilitação, construção
fazer face às necessidades da população mais carenciada e a e aquisição de soluções de suporte à política de habitação
residir em situações indignas. municipal;
Possibilidade de cooperação com outras entidades para
promoção de soluções habitacionais;
Revisão do Plano Diretor Municipal (PDM).
Objetivos Medidas
Estratégicos
P.1.2 - Criar condições de acesso à primeira habitação (jovens em início de vida ativa) 1
P.3.2 - Fomentar a reabilitação urbana de imóveis privados (beneficiários diretos) Âmbito transversal
P.3.3 - Assegurar a acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida Âmbito transversal
Ações da M.1:
• A. Reabilitação de todo o património habitacional do Município, melhorando conforto, eficiência
energética, segurança contra incêndios e diminuir a vulnerabilidade ao risco sísmico.
Territórios de intervenção:
• Empreendimentos de habitação social do concelho de Loulé propriedade do Município.
Fontes de financiamento:
• 1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação;
• Orçamento Municipal;
• Outros programas e linhas de apoio previstas em instrumentos de política pública de âmbito
comunitário e nacional.
>> Ação transversal: Criação de entidade gestora (Empresa Municipal ou outra), em 2021.
Territórios de intervenção:
• Loulé (cidade): Lotes n.º 2 a 9 do Loteamento “Clona” n.º 2/2002; Lote de terreno adjacente à sede
do Juventude Sport Campinense, localizado na Rua Dr.ª Laura Ayres;
• Almancil: Lotes do Plano de Pormenor (PP) 01 de Almancil;
• Salir: Lotes disponíveis no Loteamento n.º 1/2002;
• Utilização de património das Juntas de Freguesia, a sujeitar a ações de reabilitação, para efeitos da
política de habitação municipal (por exemplo em direito de superfície);
• Outras localizações adequadas com base em ações de prospeção de mercado.
Fontes de financiamento:
• 1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação;
• Orçamento Municipal;
• Outros programas e linhas de apoio previstas em instrumentos de política pública de âmbito
comunitário e nacional;
• Privados (apenas para a M.2.2).
Ações da M.3:
• A. Aquisição de habitações dispersas no mercado, com procedimento sujeito a concorrência, destinadas a
arrendamento;
• B. Estudar a possibilidade e viabilidade de introduzir mecanismos de planeamento urbanístico, de
perequação e tributários que promovam a oferta de habitação, em especial a preços acessíveis.
Território:
• Concelho.
Fontes de financiamento:
• 1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação;
• Orçamento Municipal;
• Outros programas e linhas de apoio previstas em instrumentos de política pública de âmbito comunitário
e nacional.
Ações da M.4:
• A. Arrendar pelo Município no mercado privado habitações para serem subarrendadas por este a
famílias, assumindo este a diferença entre o valor da renda acessível para essa família e o valor de
mercado (medida de natureza supletiva).
Território:
• Concelho.
Fontes de financiamento:
• Orçamento Municipal.
Ações da M.5:
• A. Conceder subvenção a fundo perdido para cofinanciar o pagamento de encargos de habitação
(rendas, consumo de energia e água) a famílias com contratos de arrendamento que estejam com
taxa de esforço superior a 30% do seu rendimento disponível médio mensal (duodécimos);
Território:
• Concelho.
Fontes de financiamento:
• Orçamento Municipal.
Sub-medidas:
SM.6.1. Cooperação com Universidade do Algarve e entidades operadoras de residências universitárias para
promoção de habitação para estudantes, bolseiros de investigação e docentes universitários, com preços
acessíveis;
SM.6.2. Cooperação entre município e entidades privadas, com ou sem fins lucrativos para reabilitação e ou
construção de habitação com rendas acessíveis [p.ex. IPSS, Misericórdias, Cooperativas, sindicatos,
empresas (exceto de construção e imobiliário)] que pretendam contribuir para habitação acessível para os
seus trabalhadores:
Afetação de terrenos públicos;
Afetação de terrenos privados;
Outras formas de apoio.
SM.6.3. Cooperação com Entidades do Estado (p.ex. Segurança Social,...) para promover o aproveitamento
de património devoluto do Estado para a promoção de habitação com renda acessível (reconversão e ou
reabilitação de edifícios, alterações, ampliações e construção nova).
Ações da M.7:
• A. Apoio financeiro do município às obras de conservação de habitação própria permanente de famílias
carenciadas e a viver em condições indignas (Beneficiários diretos).
Território:
• Concelho.
Fontes de financiamento:
• 1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação;
• Orçamento Municipal.
Sub-medidas:
SM.7.2. Redução da taxa de IMI em imóveis de habitação (mín. 0,3%) para além da redução aplicável a
imóveis nas freguesias do interior.
Sub-medidas:
SM.9.1. Organização de sessões de debate público sobre a Estratégia Local de Habitação e ponderação de
problemáticas e propostas daí resultantes para a definição de medidas de intervenção;
SM.9.3. Realização de estudos de procura qualitativos para compreender o quotidiano das famílias
potencialmente beneficiárias de programas municipais de habitação, necessidades habitacionais, trade-offs e
elasticidade preço de modo a informar a conceção de programas habitacionais e serviços pertinentes, bem
como respetivos preços;
SM.9.4. Assistência técnica e ações de formação e sensibilização para beneficiários e entidades executoras
das medidas previstas, incluindo para trabalhadores da Câmara Municipal, sobre domínios técnicos
necessários à execução das tarefas que lhes couber executar neste âmbito.
Sub-medidas:
SM.10.1. Criar o Gabinete de Estratégia Local de Habitação com as seguintes atribuições:
a) planear, programar, executar e monitorizar as medidas previstas na estratégia local de habitação;
b) propor as decisões de contratar e preparar os respetivos procedimentos de contratação pública
necessários à prossecução da estratégia;
c) prestar apoio técnico aos júris dos procedimentos de contratação referidos na alínea anterior;
d) propor parcerias e respetivos termos de cooperação;
e) propor normas e regulamentos necessários à execução da estratégia;
f) promover os estudos e projetos necessários à execução da estratégia;
g) promover e organizar iniciativas de participação pública e de mobilização das entidades pertinentes;
h) promover a execução estratégia local de habitação nomeadamente através da participação em feiras,
congressos e eventos técnicos;
i) avaliar a execução da estratégia local de habitação e propor medidas de melhoria contínua de forma a
serem atingidos os objetivos da mesma.
SM.10.2. Reforçar tecnicamente os serviços da Câmara Municipal com recurso à aquisição de serviços, que
desde já se identificam como necessários nos seguintes domínios:
a) Contratação pública, incluindo apoio na preparação de peças de procedimento, avaliação de projetos,
propostas e candidatos;
b) Jurídico;
c) Ordenamento do Território e Urbanismo, Arquitetura e Engenharia;
d) Levantamentos topográficos e arquitetónicos;
e) Estudos geotécnicos, hidrogeológicos, acústicos e de tráfego;
f) Fiscalização e coordenação de projetos e obras;
g) Estudos de mercado de oferta e procura de habitação;
h) Imobiliário;
i) Economia, finanças e fiscalidade;
j) Sustentabilidade ambiental urbana e de edifícios;
k) Estudos de monitorização e avaliação da estratégia;
l) Marketing e Comunicação;
m) Produção de imagens 3D e vídeos.
Notas: (1) * Correspondem às mesmas habitações dos períodos 2018 e 2019-2025. Medida de continuidade.
(2) Os dados constantes do quadro são dinâmicos e sujeitos a atualização pela Câmara Municipal de Loulé sempre que tal se revele necessário devido, nomeadamente
a: alteração de pressupostos de custos de construção, de aquisição de terrenos, preços de rendas e de venda de imóveis de habitação; alterações nos instrumentos e
condições de financiamento; alterações dos modelos de produção de habitação; de dinâmica da oferta e procura de habitação.
Sub-Total benefícios tributários (apoio sob forma de perda de receita) 32,5 20,0% 32,5 - -
M.4 Arrendada pelo Município e subarrendada a famílias 1,3 0,8% 1,0 0,3 -
M.5 Com apoio financeiro para encargos com habitação 6,5 4,0% 6,5 - -
M.6 Cooperação com entidades terceiras 20,4 12,5% 1,5 1,2 17,6
M.7 Incentivos à Reabilitação de Habitações (Beneficiários diretos) 4,00 2,46% - 1,6 2,4
M.8 Benefícios tributários para habitação (perda de receita municipal) 32,5 20,0% 32,5 - -
Nota: Os dados constantes do quadro são dinâmicos e sujeitos a atualização pela Câmara Municipal de Loulé sempre que tal se revele necessário devido, nomeadamente a: alteração de
pressupostos de custos de construção, de aquisição de terrenos, preços de rendas e de venda de imóveis de habitação; alterações nos instrumentos e condições de financiamento; alterações dos
modelos de produção de habitação; de dinâmica da oferta e procura de habitação.
Esta programação de soluções tem por base o levantamento de carências habitacionais efetuado
pelo município de Loulé, entre 2017 e 2018. Importa aqui salientar que os serviços técnicos do
município efetuarão um levantamento e acompanhamento permanente dos agregados que
procuram soluções habitacionais enquadradas no âmbito do 1.º Direito, lógica que torna a situação
de referência dos agregados que são elegíveis no quadro deste programa relativamente dinâmica,
podendo sofrer alterações ao longo do tempo.
Loulé,
50 Quarteira, Aquisição +
P2 Frações dispersas (fase 1) M.3.1
(40+10) Almancil e Aquisição/ Reabilitação
Boliqueime
Loulé,
40 Quarteira, Aquisição +
P7 Frações dispersas (fase 2) M.3.1
(25+15) Almancil e Aquisição/ Reabilitação
Boliqueime
Agregados
cobertos
pelas 0 48 65 25 20 27 185
soluções
propostas
Agregados
com
soluções a 478
programar
(*)
Nota 1: (*) A solução para este conjunto de agregados será encontrada no quadro da estratégia definida no presente documento em momento oportuno.
Nota 2: Nas situações em que as definições constantes neste documento sejam distintas das previstas no Programa 1.º Direito (Decreto-Lei n.º 37/2018,
de 4 de junho) aplicar-se-à as deste último.
f) Valor médio dos benefícios fiscais por agregado familiar residente no concelho, por ano;
h) Indicadores de eficiência (custo unitário total por cada uma das alíneas anteriores), por modelo de
produção quando aplicável (empreitada, concessão, parceria...).
Fonte: CML