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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO VISUAL

Diorélio Dionísio Rui Oliveira Lopes

USO DE MATERIAL DIDÁCTICOS NO PROCESSO DE


ENSINO E APRENDIZAGEM DE DESENHO

Quelimane
2022
UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO VISUAL

Diorélio Dionísio Rui Oliveira Lopes

USO DE MATERIAL DIDÁCTICOS NO PROCESSO DE


ENSINO E APRENDIZAGEM DE DESENHO

Quelimane
2022
Sumário
RESUMO ...................................................................................................................................... I

1. Introdução ............................................................................................................................. 6

1.1. Delimetação do Tema ....................................................................................................... 6


1.2. Problematização ................................................................................................................ 6
1.3. Justificativa ........................................................................................................................... 7

1.4. Objectivos ......................................................................................................................... 8


1.4.1. Geral .............................................................................................................................. 8
1.5. Hipóteses ........................................................................................................................... 9
1.6. Questões Éticas ................................................................................................................. 9

2. Fundamentaçāo teórica ........................................................................................................... 10

2.1. Interacção do ensino - Aprendizagem com uso de Material Didáctico .............................. 10

2.2. Metodologia ........................................................................................................................ 15


2.2.2. Quanto ao Método de Abordagem .......................................................................... 16
2.2.3. Quanto ao Método de Procedimento ....................................................................... 16

2.2.4. Quanto aos Objectivos ............................................................................................. 16

2.2.5. Quanto aos Procedimentos Técnicos ....................................................................... 16

2.2.7. Universo ...................................................................................................................... 17

2.2.8. Amostra ....................................................................................................................... 17

2.2.9. Técnicas de Recolha de Dados .................................................................................... 18

2.2.10. Questionário ............................................................................................................ 18


2.2.11. Entrevista ................................................................................................................. 18
2.2.13. Pesquisa Bibliográfica ............................................................................................. 19
2.2.14. Técnicas de Apresentação, Análise e Interpretação de Dados .................................... 19

2.3. Cronograma .................................................................................................................... 20

2.3.1. Orçamento ................................................................................................................... 20

Referências Bibliográficas ......................................................................................................... 21


RESUMO

Este projecto de pesquisa tem como objectivo discutir e analisar a construção de saberes
do aluno, optamos por analisar e discutir o saber por parte dos professores do ensino de desenho,
como é manuseado e utilizado os recursos no ensino, a partir das análises feitas notou – se que
não é uma tarefa fácil.

O referencial teórico desta pesquisa comtenpla discussões relacionadas com o papel, a


função e a importância dos materias didacticosno PEA, este relacionado com as concepções e
teorias fundamentais pela ciência da educação.

A presente pesquisa foi realizada com um grupo de alunos da 8º classe de uma escola de
rede pública, da província da Zambézia-Queimante, situado arredores do bairro floresta, quanto
recolha de dados e dados estes foram coletados em 3 momentos Questionário, entrevista e
pesquisa bibliográfica.

Palavras chaveꓽAluno. Aprendizagem. Desenho. Criança.


SUMMARY

This contentious research project and analyze the construction of student knowledge, we
chose to study and aims to analyze the knowledge on the part of teachers of drawing teaching,
how resources are handled and used in teaching, from fact noted - if that Not an easy task.

The referential research with theory related to the role, function and importance of raw
materials, made reference to theories and theories fundamental by the science of education.

The present research was carried out with a group of students from the 8th grade of a
public school, in the province of Zambézia-Quelimane, located on the outskirts of the Forest
neighborhood, data collection of data were collected in 3 Questionnaire, interview and
bibliographic research .

Keywordsꓽ Student. Learming. Drawing. Child.


6

1. Introdução

O presente trabalho tem como tema a “Uso de Material Didácticos no Processo de Ensino
e Aprendizagem de Desenho, Caso de‫ ׃‬Escola Secundaria Geral Eduardo Mondlane.

Optamos por Analisar e discutir o saber dos professores de ensino de Desenho sobre
manuseamento e utilização de recursos no ensino, a partir dessas análises nota-se que não e uma
tarefa fácil.

Optamos por utilizar durante a pesquisaria o termo Material didácticos por estes serem
mais usados dia após dia dentro do espaço escolar, sugerindo também uma abordagem ampla de
utilização de vários tipos de objectos, entendesse recursos didáctico ou e o vários tipos de
material qualquer que o professor vai utilizar dentro ou fora da sala de aula; como os mais usados
em vários níveis de ensino, como o giz, quadro, livro, textos impressos, assim como os mais
modernos, o uso de recursos na sala aula torna o processo de ensino e aprendizagem mais
concreto mais eficaz e eficiente e uma preocupação que a educação tem acompanhado ao longo
de monitoria na sua história de Desenho.

1.1.Delimetação do Tema

“Uso de Material Didácticos no Processo de Ensino e Aprendizagem de Desenho, Caso


de‫ ׃‬Escola Secundaria Geral Eduardo Mondlane – Quelimane.

O tema enquadra-se na faculdade das ciencias e tecnologias e surge no âmbito de


cumprimentode um dos riquisitos exigidos pela Universidade Licungo extensão Quelimane, sob
inpunidade de melhorar as qualidades de ensino na area da Educação em Moçambique.

1.2. Problematização

O sector de educação na cidade de Quelimane, verificou uma queda no que concerne a


fraca utilização dos Materiais Didácticos, que consequentemente afecta ao aproveitamento
pedagógico da mesma disciplina, nas classes finais do 1º e 2º ciclo do ensino secundário.

Há necessidade de se entender que aprender é processo complexo, onde o ser humano


deve ser activo na constituição e construção do conhecimento, que estes somente se da a partir da
acção do sujeito sobre a realidade. Os recursos didácticos são os grandes promotores de
conhecimento que é o factor principal da inovação disponível ao homem, o conhecimento não é
constituído de verdades estáticas, mas um processo dinâmico, que acompanha dia a pois dia a
vida humana, sendo um guia para acção. Eles emergem na interacção social e tem como
característica fundamental poder ser manifestação e transferido por intermédio da comunicação.
Assim a capacidades de aprender, e desenvolver novos padrões da interpretação e de acção,
depende da diversidade e da natureza de vários recursos didácticos que o mesmo o acompanha na
aquisição do conhecimento.

O processo de ensino-aprendizagem é concebido como um sistema dinâmicos, e alunos


como um sistema integrado por uma serie de componentes essenciais qual se destaca e se
compreende a inteira actuação entre professores com um sistema integrado por uma serie de
componentes essenciais do respectivo processo para que seja necessário analisar sua estreitas
relação com os demais componentes, tais como objectivos conteúdo e metodologia que sendo os
meios cuja sejam aplicados de forma adequada os meios que utilizam.

Numa análise circunstanciada sobre Material didáticos que a escola e os educadores


oferecer é possível perceber que a escola e os educadores oferecem, possível percepção que o
cidadão a escola e o educador estão se formando para viver em sociedade. O contacto da criança
com o mundo científico, pode ser justificada em termo das necessidades de aproximação da
criança com a situação vivenciadas por ela.

Sobre o conteúdo a cima exposta, tendo em conta a pretensão de nortear o eixo desta pesquisa
levantamos a seguinte questão: Que factor contribui na falta de Material didático no PEA de
Educação Visual?

1.3.Justificativa

Para (Chiavenato; 2004: p379), O planear é a função pedagógica, que determina


antecipadamente quais são os objectivos que devem ser atingidos e como se deve fazer para
alcançar, trata-se, pois, de um modelo técnico para a acção futura. Começa com a determinação
dos objectivos e detalha os planos necessários para atingi-los da melhor maneira possível.
A Escolha do tema deveu-se ao facto de se tratar de um tema actual em que se nota na
camada estudantil as dificuldades na utilização de material didáctico na E.S.G Eduardo
Mondlane.

Se recorremos às estatísticas do aproveitamento pedagógico da 10ª classe, verificar-se-á


que as percentagens obtidas neste período, na disciplina de Educação, não satisfazem as metas
planificadas para o efeito, e que consequentemente a qualidade de ensino também deixa a desejar,
pois este factor poderá estar na origem da ineficiência ou não uso dos Materiais didácticos no
programa das suas actividades no processo de ensino - aprendizagem, como tal influenciando
negativamente a base (os alunos).

Como se sabe que os Materiais didácticos auxiliam educando o educador em situações


que de mostram os sons, pinturas, traçado de arco, imagens objectos os factos para âmbito da
consciência para as ideias se tornem nítidas, e leva o aluno a compreender o que esta sendo
estudado, favorecendo a ele o que esta a observar da realidade através da visualização e
manuseamento de instrumentos que oferecem informações e dados que permitem uma melhor
assimilação dos conteúdos.

Este trabalho de pesquisa não vai ser acabado visto que a ciência em se é dinâmica do
resultado desta pesquisa que vai se realizar ira permitir que os demais intervenientes do processo
educativo conheçam estes componentes pertinentes ao processo de ensino e aprendizagem que
possibilita ao educando aprender mais, em menos tempo sobre qualquer assunto de qualquer área
de conhecimento, utilizando o materiais físicos, concretos e palpáveis para a concretização da
aula, como régua, compasso, esquadro, lápis, borracha, e outros matérias facilitará o PEA na
disciplina de Desenho.

1.4.Objectivos
1.4.1. Geral
 Analisar a importância da utilização dos recursos didácticos no processo de ensino -
aprendizagem da história ao nível da Escola Secundaria geral Eduardo Mondlane.
1.4.2. Específicos
 Identificar as técnicas ou formas de uso de Material didáctico no PEA na disciplina de
Desenho vigentes na Escola Secundária Geral Eduardo Mondlane;
 Mencionar as vantagens do uso do Material didáctico no PEA na disciplina de Desenho;
 Propor algumas estratégias de modo a minimizar as dificuldades enfrentadas pelos alunos
na falta de material dos alunos da 10ª Classe C/D da E.S.G.Eduardo Mondlane;
 Explicar os efeitos dessas vantagens para os alunos no PEA.

1.5.Hipóteses

Hipótese é uma proposição de resposta provisória relativamente sumaria a questão


colocada. Ela tende a formular uma relação entre factos significativos ou entre dois conceitos. Ela
guia o trabalho de colecta ou de análise de dados, ajudando a seleccionar os factos observados. É
nesta ordem de ideias que delineamos as seguintes hipóteses;

 Com existência de Matérias didácticos vai orientar e facilitar aprendizagem dos alunos de
maneira sistemática.
 A utilização dos Material didácticos em contexto da sala de aula contribuirá para eficácia
do processo de ensino - aprendizagem dos alunos.

1.6.Questões Éticas

Para garantir as questões éticas em pesquisas ou investigações científicas, deve-se garantir


o anonimato ao entrevistado, devendo os mesmos serem identificados por código (letra, número
ou nome fictício), o que aventa a questão relativa ao respeito as questões éticas num estudo. Isto
pode fornecer uma relação mais descontraída, sincera e, naturalmente, contribuir para a revelação
de dados que poderiam comprometer o entrevistado se a sua identidade não fosse protegida.
(Contandriopoulos, Champanhe, Potvin, Denis & Boye, 1994).

Nesse contexto, o presente estudo salvaguardou as questões éticas de modo a respeitar e


cumprir com as normas exigidas numa pesquisa científica.
2. Fundamentaçāo teórica

Neste capítulo, procura-se discutir aspectos relacionados com o papel, a função e a


importância dos materias didáctico no PEA, este relacionado com as novas concepções e teorias
fundamentadas pela ciência da educação.

Segundo (Santos 2008, p. 3), é comum que as pessoas utilizem matérias escolar para
facilitação, orientação, informação ou comunicação, tanto dentro do ambiente escolar para fins de
realização de actividades escolares como ensino e aprendizagem, quanto fora dele para
actividades profissionais ou sociais como, por exemplo, exposição, pois nossa sociedade está
imersa em varias exposições de vários tipos, que fazem parte do quotidiano das pessoas. As
matérias sempre estiveram presentes na vida das pessoas, desde a infância quando se tem início o
período escolar até a vida adulta.

Paralelamente ao exposto no parágrafo anterior, Simielli (2010, p. 77), considera que, não
somente os professores, mas também os alunos e a comunidade em geral diariamente utilizam
matérias para delinearem as suas actividades ou se orientarem, com isso cada vez mais, o trabalho
dos arquitectos, deve ser baseado nas necessidades e interesses dos usuários dos de plantas. Por
isso mesmo o arquitecto deve conhecer subjectivamente o indivíduo que vai utilizar as plantas.

2.1.Interacção do ensino - Aprendizagem com uso de Material Didáctico

No entender de Mugrabi (1991, p.237), “os recursos de ensino atendem, em parte a


afirmação de Aristóteles: nada está na inteligência que antes não tinha passado pelos sentidos”.
Os sentidos são, sem dúvida, as portas de entradas das sensações. Estas se transformam em
percepções que, uma vez organizados e estruturados, se constituem em aprendizagem. Nossa
preocupação é observar se os alunos também constroem e utilizam o material didácticos o Mapa
uma vês que é aspecto que nos chama atenção necessidades dele manipular o instrumentos e a
ferramenta com os quais desenvolvem as suas aprendizagem. Os mapas podem estar na escola ou
fora dela. Estes só podem ser usados se levarmos o aluno até eles no local em que se encontram.
O Mapa Didáctico leva os alunos a observar e apresentam-nas atenção e permite-lhes distinguir
melhor as coisas. Podem mostrar a forma a sequência de fenómenos, a posição, o tamanho, a
estrutura, o funcionamento de equipamento, o movimento. Facilita o reconhecimento de
semelhança e diferença: de animais de plantas, de sexos, de insectos, de objectos, e de outras
imagens da natureza nela contida.

2.1.1. Importâncias do uso dos recursos didácticos no PEA

No entender de Yin (2005, p. 237), os recursos de ensino atendem, em parte a afirmação


de Aristóteles: nada está na inteligência que antes não tinha passado pelos sentidos. Os sentidos
são, sem dúvida, as portas de entradas das sensações. Estas se transformam em percepções que,
uma vez organizados e estruturados, se constituem em aprendizagem.

Nossa preocupação é observar se os alunos também constroem e utilizam os recursos


didácticos uma vês que são aspectos que nos chamara atenção necessidades dele manipularem os
instrumentos e as ferramentas com os quais desenvolvem as suas aprendizagem. Os recursos
podem estar na escola ou fora dela. Estes só podem ser usados se levarmos o aluno até eles no
local em que se encontram. Os recursos de ensino levam os alunos a observar e apresentam-nas
atenção e permite-lhes distinguir melhor as coisas. Podem mostrar a forma a sequência de
fenómenos, a posição, o tamanho, a estrutura, o funcionamento de equipamento, o movimento.
Facilita o reconhecimento de semelhança e diferença: de animais de plantas, de sexos, de
insectos, de objectos.

2.1.2. Etimologia de Desenhar

O português desenho é um substantivo de verbal do verbo desenhar, que remonta ao latim


designará, “marcar, notar, traçar, desenhar; indicar, designar; dispor, ordenar, regular, imaginar”,
étimo do italiano designará. O português desenhar (e desenho) é modernamente só “traçar (e
traçado) com linhas e afins”. Desenho é qualquer representação gráfica – colorida ou não – de
formas. Desenho é a expressão gráfica da forma, não se pode desenhar sem conhecer as formas a
serem representadas.

2.1.2.1.O papel do desenho no desenvolvimento da criança

O desenho foi utilizado pelo ser humano desde os primórdios e, pelos registos observados
nas cavernas, tinha como objectivo narrar os acontecimentos referentes ao autor do registro e ao
seu grupo. Nesse sentido, o desenho foi utilizado como um recurso de representação e um
instrumento de materialização do pensamento, mesmo antes da construção da linguagem escrita.

Os desenhos, durante o período em que eram feitos nas paredes das cavernas, substituíam
a linguagem oral que ainda não havia sido desenvolvida pelo ser humano. Ao longo do tempo
novas formas de expressão foram criadas, contudo o desenho não perdeu sua funcionalidade, uma
vez que continua presente até hoje em nosso quotidiano. Custódio (2011, p. 19)

O desenho é uma das actividades que as crianças desenvolvem na infância e é nesse


período, segundo Lowenfeld (1954), que a criança inicia o seu processo de criação, que pode
auxiliar no desenvolvimento da criatividade, da autonomia e da imaginação, pois o desenho é
uma actividade lúdica, e possibilita que a criança expresse com liberdade, por meio dos traços e
das cores.

Lowenfeld (1954, p. 17) afirma que a experiência artística, iniciada logo nos primeiros
anos de vida da criança, é essencial para o desenvolvimento de faculdades como: “[...] o senso de
independência, liberdade e democracia, o impulso criador, a maturidade emocional e intelectual,
a personalidade nos múltiplos aspectos”. Enquanto actividade artística, o desenho não é uma
expressão objectiva, mas pode se tornar o meio pelo qual a criança consiga se expressar
individualmente.

O meio social no qual vive a criança pode interferir na relação dela com sua expressão
artística, já que, por meio dela, é possível expressar tanto as coisas que são agradáveis ao
indivíduo, quanto as que não o agradam. Essa relação pode proporcionar ao ser humano uma
adaptação mais fácil ao meio em que vive, aprendendo também a colocar-se no lugar do outro,
tornando-se um cidadão mais feliz, cooperativo e saudável psicologicamente.

Outro benefício proporcionado por actividades artísticas desde a infância é o


desenvolvimento da coordenação motora, que pode ser percebido em actividades diárias, por
exemplo, levar o talher à boca sem derrubar o alimento. À medida que a criança passa a controlar
os seus movimentos, começa a dar nomes as suas garatujas, consequentemente criando histórias
sobre elas, ou seja, sua imaginação também é estimulada, conforme Cox (2007) evidencia que o
desenho, além de colaborar para que a criança perceba como uma figura é convencionalmente
desenhada, principalmente a figura humana, desenvolve na criança a capacidade de se lembrar da
localização dos membros do corpo humano.

Para Vigotski (1988) a criança se expressa verbalmente e graficamente por meio de


gestos. O gesto é um signo visual considerado base para toda atividade simbólica, e é a partir dele
que se desenvolvem a linguagem escrita e o desenho. Os rabiscos das primeiras representações da
criança são vistos como gestos, pois não representam nenhum objeto, apresentando apenas a
representação gestual da criança. O desenho, nessa perspectiva, surge apenas depois que a criança
domina a linguagem falada, de modo que a linguagem gráfica surge da linguagem verbal
(VIGOTSKI, 1988, p. 75).

De acordo com Vigotski (1988), a criança só desenha a partir do momento que se apropria
da linguagem oral. Para o autor, o desenho pode ser considerado um estágio preliminar no
desenvolvimento da linguagem escrita, pois desenhando a criança faz uso de conceitos verbais
nomeando suas garatujas.

Ao desenhar, a criança percebe que além de representar objectos ela pode representar a
fala. Para Vigotski (1988, p. 77) “o desenvolvimento da linguagem escrita nas crianças se dá,
conforme já foi escrito, pelo deslocamento do desenho de coisas para o desenho das palavras.” e,
nesse sentido, pode ser considerado estágio preliminar da linguagem escrita.

O desenho estimula a memória e a imaginação. Para Vigotski (2001) a imaginação é feita


de memórias, de tal modo que, no momento do desenho, a criança associa e cria partindo de sua
história e do contexto no qual se insere. Nesta etapa, a da produção gráfica, o adulto desempenha
um importante papel ao aluno enquanto mediador desse processo.

Desta forma, observa-se que o desenvolvimento gráfico não ocorre de forma automática,
ao contrário, precisa ser explorado e estimulado, o que implica em planejamento, organização,
orientação e acompanhamento das atividades de desenho, possibilitando ainda a troca entre os
colegas e professores.

Ao assegurar ao estudante um tempo maior para o convívio escolar, faz-se necessário que
o professor passe a utilizar diferentes linguagens em suas aulas, pois isso possibilitará ao
educando compreender que essas linguagens podem ser associadas com diferentes formas de
representação, tais como: gestual, corporal, plástica, oral, escrita, entre outras.

É importante observar que o ingresso nesse novo nível de ensino, o ensino fundamental
não deve romper com o processo de ensino anterior vivido na educação infantil ou em casa, ao
contrário, deve ser um ponto de partida para a aquisição de novos conhecimentos. Nesse sentido,
o desenho pode ser um desses instrumentos, que além de proporcionar prazer à criança é um
importante aliado no processo de apropriação da linguagem escrita e de construção do
conhecimento.

Os gestos inicialmente dão sentido ao desenho, como nas garatujas, mas é posteriormente,
ao longo do seu desenvolvimento, que a criança passa a nomear o desenho e depois passa a
informar o que deseja desenhar e, sendo uma linguagem gráfica, antecede a escrita.

Se o conhecimento da escrita aparece muito antes da criança ingressar na escola, o mesmo


ocorre com o desenho. Assim como no processo de escrita, o desenho tem uma importância não
só enquanto produto, mas como processo constituído de uma riqueza a ser explorada e
intermediada enquanto função simbólica, sendo, de acordo com Vigotski (1988), um simbolismo
de segunda ordem, tal como a escrita.

Considerando a importância do desenho no processo de aquisição da linguagem escrita,


este trabalho se propôs a investigar se essa forma de representação tão presente na infância está
também contemplada no livro didáctico dos anos iniciais do Ensino Fundamental, visto ser esse
um material de apoio utilizado com frequência pelos professores e alunos no processo de
escolarização, e de que forma ela é explorada.
2.2.Metodologia

Segundo Marconi & Lakatos (2003) o método é o conjunto das actividades sistemáticas e
racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objectivo - conhecimentos
válidos e verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as
decisões do cientista.

A Metodologia é a aplicação de procedimentos e técnicas que devem ser observados para


construção do conhecimento, com o propósito de comprovar sua validade e utilidade nos diversos
âmbitos da sociedade. O método é o conjunto das actividades sistemáticas que permite alcançar o
objectivo dando conhecimentos validos obtidos traçando o caminho a ser seguido, detectando
erros e auxiliando as decisões de cientistas (Marconi e Lakatos 2000, p.195).

Esta perspectiva pressupõe a utilização de novos métodos de ensino, porque não é


possível existir uma verdadeira evolução Pedagógica. Se os métodos da didáctica permanecerem
como sempre tem sido, ao pretendermos desenvolverem capacidades aos alunos devemos optar
aos métodos activos que colocam o aluno no centro da acção didáctica contribuindo para
construção, progressão, e desenvolvimento do conceito gerais de atitudes propícios da
inteligência activa.

Em função dos objectivos, este trabalho será desenvolvido com base nos procedimentos
metodológicos que se seguem: Entrevista que consiste na elaboração de um guião feita pelo
pesquisador, observação directa, aos alunos da 8ª classe e professores da disciplina de Educação
Visual da E.S.G Eduardo Mondlane.

2.2.1. Tipo de Pesquisa

O trabalho realizado, quanto ao tipo ou finalidade é uma pesquisa básica, que na óptica de
Jung (2004), consiste em entender, descrever e explicar os fenómenos da natureza através da
aquisição de conhecimento sobre seu comportamento, sem ter como objectivo central finalidades
práticas a curto prazo.
2.2.2. Quanto ao Método de Abordagem

Quanto ao método de abordagem, o estudo é do tipo qualitativo que, segundo Holloway


(1999, p. 87) “a investigação qualitativa é uma forma de estudo da sociedade que se centra no
modo como as pessoas interpretam e dão sentido às suas experiências e ao mundo em que elas
vivem”.

2.2.3. Quanto ao Método de Procedimento

Quanto ao método de procedimento, trata-se do método indutivo, que segundo Marconi e


Lakatos (1991, p. 47), “é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados
particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida
nas partes examinadas”.

2.2.4. Quanto aos Objectivos

Quanto aos objectivos, trata-se de uma pesquisa exploratória que, segundo (Gil, 2008, p.
27), “têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo
em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos
posteriores”. Habitualmente envolvem levantamento bibliográfico e documental, entrevistas não
padronizadas e estudos de caso.

2.2.5. Quanto aos Procedimentos Técnicos

Quanto aos procedimentos técnicos utilizou-se a pesquisa bibliográfica, que na visão de


Fonseca (2002, p. 32) “é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e
publicadas por meios escritos e electrónicos, como livros, artigos científicos, páginas de
websites”.

2.2.6. Razões de Escolha da Pesquisa Qualitativa

De acordo com Diehl & Tatim (2004), na pesquisa qualitativa identificam-se algumas
principais características comuns:

 Os dados são colectados preferencialmente nos contextos em que os fenómenos são


construídos;
 A análise de dados é desenvolvida, de preferência no decorrer do processo de
levantamento dos dados;

 Os estudos apresentam-se em forma descritiva com enfoque na compreensão e


interpretação a luz dos significados dos próprios sujeitos e de outras referências afins d de
hablidades;

 A teoria é construída por meio da análise dos dados empíricos, para posteriormente ser
aperfeiçoada com a leitura de outros autores, mas também podem partir de categorias
preexistentes;

 A interacção entre o pesquisado e o pesquisador é fundamental, e por essa razão exige-se


que o pesquisador aperfeiçoe as técnicas comunicacionais visuais;

 A integração de dados qualitativos com dados quantitativos não é negada, e sim a


complementaridade desses dois modelos é estimulada.

Entretanto, Gil (2008), estabelece que o uso da abordagem qualitativa proporciona o


aprofundamento da investigação das questões relacionadas ao fenómeno em estudo e das suas
relações, mediante a máxima valorização do contacto directo com a situação estudada.

Portanto, o pesquisador que utiliza o enfoque qualitativo, tem ao seu dispor a liberdade
teórico-metodológica para desenvolver seus trabalhos.

2.2.7. Universo

No entender de Marconi e Lakatos (2012, p. 112), “o universo ou população é o conjunto


de seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum”.

No contexto do presente estudo, o universo abarcou todos funcionários da escola em


estudo, ou seja, a escola possui 38 funcionários e 1100 alunos.

2.2.8. Amostra

Marconi e Lakatos (2012, p. 112), aventam que “amostra (...) constitui uma porção ou
parcela, convenientemente seleccionada do universo (população); é um subconjunto do
universo”.
No estudo em discussão, usou-se a amostragem não probabilística por acessibilidade.

A amostragem não probabilística por acessibilidade é entendida, segundo Gil (1989, p. 9),
como “aquela em que o pesquisador tem a possibilidade de seleccionar os elementos a que tem
acesso admitido, ou seja, pessoas que de alguma forma representam o universo”.

Desta feita, do universo/população definida, foi extraída uma amostra que foi dividida em
27raparigas e 45 rapazes.

2.2.9. Técnicas de Recolha de Dados

Para Silvestre e Araújo (2012, p. 141), “a recolha de dados é uma etapa fundamental no
processo de pesquisa fazendo a ligação entre o enquadramento teórico que o pesquisador elegeu e
os resultados a que vai chegar, contribuindo deste modo para a produção científica”.

Entretanto, para a efectivação da presente pesquisa, vai se usar-se as seguintes técnicas de


recolha de dados:

 Questionário;
 Entrevista (semi-estruturada);
 Pesquisa Bibliográfica.

2.2.10. Questionário

Segundo Richardson (2010, p. 189), “geralmente, os questionários cumprem pelo menos


duas funções: descrever as características variáveis de um grupo social. A informação obtida por
meio de questionário permite observar as características de um indivíduo ou grupo”. O
questionário usado no estudo em discussão é questionário de perguntas abertas.

2.2.11. Entrevista

Na visão de Silvestre e Araújo (2012, p. 149), entrevista “corresponde a um processo de


interacção face-a-face entre uma ou mais pessoas (que desempenham o papel de entrevistador) e
uma pessoa ou grupo de pessoas (que desempenham o papel de entrevistado)”.
No que tange a entrevista, esta foi elaborada a partir de um guião de questões semi-
abertas, dando espaço ao entrevistado para que possa emitir juízos de valor sobre o tema.

Portanto, para a concretização da mesma, foram utilizados os seguintes instrumentos de


recolha de dados: Bloco de notas, caneta.

2.2.12. Entrevista Semi-Estruturada

Para Laville e Dionne (1999, p. 188), as entrevistas semi-estruturadas são definidas


“como uma lista das informações que se deseja de cada entrevistado, mas a forma de perguntar (a
estrutura da pergunta) e a ordem em que as questões são feitas irão variar de acordo com as
características de cada entrevistado”.

2.2.13. Pesquisa Bibliográfica

Na óptica de Gil (2008, p. 50), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material


já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. A principal vantagem da
pesquisa bibliográfica reside no facto de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de
fenómenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar directamente.

Esta técnica auxiliou na fundamentação do mesmo, bem como serviu de guia para a
realização e implementação do trabalho. Portanto, o mesmo consistiu na leitura de certos livros
que abordam algo inerente ao tema

2.2.14. Técnicas de Apresentação, Análise e Interpretação de Dados

É importante frisar que, a análise de dados tem como objectivo sintetizar os dados de
modo que facilitem o fornecimento de respostas ao problema levantado na pesquisa ou
investigação.

Por seu turno, Gil (2008) aventa que a interpretação de dados visa procurar o sentido mais
amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação com os conhecimentos obtidos
anteriormente.

No que toca a análise e interpretação de dados ira usar-se a técnica de triangulação de


dados, que segundo Davidson (2005), visa a combinação de técnicas e métodos distintos, a saber:
o questionário, a entrevista e a pesquisa bibliográfica, sendo a análise dos mesmos feito em
conjunto e não individualmente.

2.3.Cronograma

Actividades Abril Maio Junho

X
Elaboração do projecto

Revisão teórica X

Colecta de dados X

Produto final do texto X

Revisão do trabalho X

X
Entrega final

Fonte: Autor (2022)

2.3.1. Orçamento

Material Quantidade Preço unitário em MT Total em metical


Blocos de notas 4 100 mts 400
Esferográficas 5 10 mts 50
Transporte 5 cinco viagens 50 mts 250
Digitação 27 paginas 20 mts 540
impressão 27 papeis 2,5 mts 67.5
Encadernação 3 vezes 30 mts 90
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Referências Bibliográficas

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Mazula, Brandão. (2002). Educação, Cultura e Ideologia Em Moçambique: edição afrontamento.


Maputo,

10-ANEXO 1

Roteiro de entrevista com o grupo alvo (alunos da 8ª classe):


1. Nome: _________________________Idade: ________Sexo: ___________________
2. Escola em que estuda: __________________________________________________
3. Classe e Turma: _______________________________________________________

4. Você tem facilidade em obter material didáctico?


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
5. Você gosta de desenhar? Por quê?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
6. Alguma vez desenho a alguém?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
7. O que você mais desenha:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
8. Quando estiveres a desenhar comprendes a mensagem visual?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
9. Pode contar um pouco alguns matérias que usa dentro e fora da sala se aula?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

10. O professor tem orientado os alunos interpretar uma imagem?:

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________
15-ANEXO

Roteiro de entrevista com a professora:

1. Nome: ____________________________________Idade: _____________________

2. Formação: ___________________________________________________________

3. Séries em que lecciona: _________________________________________________

4. Tempo de actuação: ____________________________________________________

5. Durante esses mesês , senhora professora conhece o nível de compreensão de cada um dos seus
alunos?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

6. Quantos alunos tem a sua turma?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

7. Dentre esses quantos conseguem interpretar imagem?

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________

8. Os alunos apresenta os matérias básicos da disciplina de educação visual?

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________

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