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Estratégias de Implementação do Ensino Bilingue no Distrito de Namarrói. Caso da
Escola Primária do 1º de Maio de Ualasse, entre 2021 a 2022
1. Introdução
Entre tanto, a eficiência e a capacidade de percepção dos conteúdos nas escolas primárias
tem sido uma temática muito interessante na actualidade, muitas vezes essa situação está
associada a percepção da língua que os conteúdos são transmitidos.
De acordo com a natureza do tema e da pesquisa, o autor irá optar no enfoque qualitativo que
consistirá na realização de entrevistas aos (alunos, professores e funcionários da escola),
análise documental e na observação participante. Quanto ao método usar-se-á o método
indutivo.
Como instrumentos de recolha de dados usar-se-á, a entrevista pois o autor terá um contacto
directo com os entrevistados a colher várias sensibilidades em torno do tema. Também vai se
usar a análise documental pois irá juntar material, como artigos científicos de renome,
trabalhos do final do curso, monografias, dissertações e teses e algumas bibliográficas físicas
que abordam sobre a pesquisa.
Porém também fará parte a observação dos participantes, no que concerne aos instrumentos
de análise de dados usar-se-á, a triangulação de dados pois irá se fazer a análise das
entrevistas feitas culminadas com as revisões das literaturas vindas da análise documental e
o ponto de vista do autor relativamente as abordagens dos autores.
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No que se refere a estrutura do trabalho, apresenta três (3) capítulos subdivididos em:
subcapítulos onde, no primeiro capítulo consta a introdução, a justificativa e a relevância do
estudo, a problematização, os objectivos (geral e específicos), perguntas de investigação, a
delimitação do estudo, os resultados esperados e as questões éticas.
No segundo capítulo está patente o Marco teórico, engloba as três revisões da literatura
teórica onde se faz um estudo mais aprofundado relativo a várias teorias que abordam sobre
o tema em estudo, empírica olha-se na diáspora se houve estudos similares, mas cingindo-se
mais na parte conclusiva e focalizada espelha-se a nível nacional se houve estudos similares.
E, no terceiro capítulo consta a parte metodológica que será usada para responder os
objectivos e o problema levantado, bem como as técnicas de colecta de dados.
1.2. Problematização
Nos últimos anos, a problemática de implantação do ensino bilingue nas escolas, é uma das
mais importantes temática da actualidade, visto que, a percepção e a assimilação dos
conteúdos leccionados pelos professores, são ferramentas fundamentais para o bom
desenvolvimento das crianças, porque se os conteúdos forem leccionados em língua bantu o
qual facilitará a percepção das crianças, elevando aproveitamento pedagógico, estas crianças
serão com certeza cidadãs com uma visão escolar e perspectiva de vida muito melhor, sendo
posteriormente exemplares cidadãos.
De acordo com Patel (2018), aliado a isso na instituição em estudo ainda prevalece:
1.3 Justificativa
A escolha deste tema surgiu através da constatação do elevado índice de reprovação e fraco
aproveitamento pedagógico dos alunos no processo de ensino e aprendizagem pois durante o
percurso profissional do pesquisador na que ela instituição de ensino, aliado a insatisfação da
comunidade em geral de acordo com os estudos sobre o elevado índice de reprovação escolar
devido a dificuldade de percepção dos conteúdos leccionados pelos professores.
Assim sendo, a pesquisa irá melhorar a percepção e assimilação dos conteúdos leccionados
pelos professores e o elo de ligação entre o aluno e o professor a fazer um melhor
acompanhamento no aproveitamento escolar dos seus alunos e também servirá de fonte
bibliográfica para toda comunidade académica e outros interessados em estudos similares.
Entre tanto a pesquisa trará motivação aos alunos a ingressar na escola e a reduzir a
desistência e a reprovação em massa. Porém, vai criar subsídio no conhecimento do processo
de ensino e aprendizagem, melhorando assim a vida profissional. A pesquisa também trará a
pertinência das pessoas na medida em que o pesquisador ou qualquer outro professor, estará
a traçar estratégias de implementação do ensino bilingue na sua turma, o que traria desse
modo a contribuição para o sucesso do Processo Ensino e Aprendizagem do aluno.
1.4. Objectivos
Qualquer trabalho que seja a sua natureza é acompanhado por um certo objectivo, o qual
pretende alcançar com a pesquisa, portanto constituem a finalidade pela qual o pesquisador
deseja almejar (Gil, 1999). Assim, para o presente estudo, exaltar-se-á os seguintes
objectivos:
1.5.1.Delimitação do Estudo
Segundo Marconi e Lakatos et al., (2010) “delimitação do estudo é constituída pelo espaço
físico e periodicidade na qual um pesquisador, o tema abrange”, porém, de acordo com a
opinião do autor, cabe desde já apresentar a delimitação do estudo no sentido, temático,
espacial e temporal (p. 145).
1.5.2.Delimitação Temática
O presente estudo procura fazer uma abordagem sobre “As estratégias de implementação
do ensino bilingue nas escolas do Distrito de Namarrói, caso de estudo escola primária do
1ª de Maio de Ualasse”.
Visto que a percepção dos conteúdos constitui uma das ferramentas importantes no
aproveitamento pedagógico do aluno, porém a comunicação favorece o ambiente adequado
para que haja a percepção e assimilação de qualquer informação que se pretende transmitir
deste modo a intervenção da equipe pedagógica, Directores das escolas como também a
comunidade para uma melhor assimilação dos conteúdos transmitidos no ensino e
aprendizagem na Escola Primária do 1ª de Maio de Ualasse, no Distrito de Namarrói.
Acredita-se que havendo uma estratégia de implementação do ensino bilingue nas escolas
primárias, haverá um melhor aproveitamento pedagógico dos alunos no que irá culminar
com a melhoria das capacidades cognitivas do próprio aluno no desenvolvimento da sua
própria comunidade.
2.2. Escola
Segundo Libânio (1986) e apud Ferreira et al (2004, p. 132), “a escola é uma instituição que
visa preparar os alunos para o mundo adulto e os conflitos neles existentes, dotando-os de
ferramentas através da aquisição de conteúdos e da socialização, da participação activa e do
foco no processo de democratização da sociedade“.
Segundo Gramsci (2000) e Rumble (2003, p. 65) “a escola é uma ferramenta utilizada para
formar intelectuais nos mais diversos níveis, todos aqueles que em conjunto desempenham
funções organizativas noutras frentes, nomeadamente: na produção, na cultura ou na acção“.
Por sua vez, Witting (1981) citado por Alípio e Vale (2014), acrescenta a ideia de
Abramovici et. al (1998), advogando que a percepção é um fenómeno complexo através do
qual se apreende e se interpreta o mundo exterior como sendo ordenado em totalidades, os
estímulos presentes, bem como as experiencias anteriores, são todos integrados e elaborados
numa visão de conjunto( p. 89).
Nas perspectivas dos dois autores podemos observar que, a percepção não é só um processo
complexo, mas também envolve fases pelo qual um individuo analise, apreende, descreve e
interpreta o mundo de forma ou exterior demostrando um significado para si mesmo.
2.2.2 Eficácia
De acordo com Brooke (2010) a palavra eficácia quando aplicada a escola, demonstra o grau
que a escola cumpre as suas funções mediante a satisfação dos objectivos e metas fixadas
por ela. Neste sentido, fica evidente que a eficácia não é um conceito neutro, depende dos
objectivos previamente traçados e também dos grupos de alunos cujo desempenho ou
progresso será usado como parâmetro para avaliar o cumprimento desses objectivos (p. 37).
Por isso, pode se dizer que o paradigma de eficácia que impera nas organizações
corresponde à dimensão dos objectivos racionais, apesar da preponderância de critérios de
eficácia racional nas organizações públicas que se dedicam ao ensino primário, fica clara a
coexistência com outros critérios de eficácia, nomeadamente, de natureza sistemática e
política.
Deste modo, a partir das abordagens acima, compreende-se que a eficácia está associada a
ideia de resultado. E numa perspectiva de Processo de Ensino e Aprendizagem, sobretudo na
aplicação dos modelos de ensino bilingue nas escolas, os resultados educacionais podem ser
mensurados em relação aos objectivos propostos. Neste sentido pode-se dizer que a eficácia
de um sistema de formação de professores tem uma relação directa com o alcance das
expectativas tanto dos desenhadores dos modelos como dos beneficiários da formação em
ensino bilingue.
Neste sentido de acordo com os autores já referenciados acima, a educação é viste como um
direito ético do ser humano construindo um novo homem. Porem, observando as definições
acima é o acto de instruir, educar e disciplinar uma sociedade transformando numa
sociedade renovada.
Sendo assim, a Unesco (2003), defendendo a Educação para todos, reconhece que Educação
para todos significa uma educação de qualidade para todos. Acrescenta a UNESCO, que no
mundo de hoje, isso significa incluir e considerar todos e variados contextos culturais e
linguísticos que existem nas sociedades contemporâneas (p. 166).
No caso de Moçambique, Benson (2000) lembra que o interesse pelo uso das línguas
maternas no ensino primário começou a crescer no final da década de 1980, especialmente
entre os linguistas académicos da Universidade Nacional Eduardo Mondlane (UEM) de
Maputo (p. 78).
Frias (1992) em relação ao bilinguismo, afirma que há “pouco consenso em torno do termo
bilinguismo, que tem sido usado para referir a uma larga variedade de fenómenos, e a
pesquisa reflecte esta confusão semântica”. E para compreender qualquer sistema de
Educação Bilingue (EB) é necessário entender o conceito de forma bem clara ( p. 77).
Bilinguismo é uma palavra que pode ser tratada de acordo com diferentes realidades, pois,
segundo Gonçalves (1998, p. 87), “falar de bilinguismo sem outras considerações
informadas colocaria, à partida, questões como, por exemplo: o que é bilinguismo? O que é
bilinguismo? De que bilinguismo estamos falando? Bilíngue ou bilíngue?
Neste sentido podemos, falar de bilinguismo quando nos referimos a um espaço geográfico
que utiliza duas línguas por constituir o espaço sócio – linguístico de pertença de duas
comunidades diferentes, a uma pessoa que vive num espaço geográfico cuja língua é
diferente da sua (situação dos emigrantes e a um espaço geográfico onde a língua oficial não
é língua materna dos nativos.
Patel e Cavalcante (2013), fazendo uma retrospectiva histórica, declaram que desde a
libertação de Moçambique do domínio colonial português, a educação se constituiu um pilar
das políticas governamentais que estabeleceram objectivos e metas ambiciosas visando a
superação do grande atraso herdado pelo sector (p. 54).
Nesse período, Plano Estratégico de Educação PEE (2012), se “assistiu uma forte expensão
da rede e dos efectivos escolares, como resultado da nacionalização da educação no período
pós-independência” (p. 23).
Graças a este esforço, em 1982, apenas sete anos depois de declarar a independência
nacional, o país aproximou-se do objectivo da educação básica universal, mas este objectivo
não foi alcançado devido ao brutal conflito armado que destruiu o país (Patel e Cavalcante,
2013).
De acordo com a PEE (2012), os conflitos armados levaram a um declínio significativo nas
redes escolares e à estagnação do número de estudantes.
Patel (2012) a abordagem do Ensino Bilingue em Moçambique não pode prescindir de uma
reconstituição, mesmo que breve, do estado da arte do ensino Básico, posto que é nesse nível
educacional que essa modalidade se desenvolve (p. 109).
A língua Portuguesa é língua oficial, como estaremos a ver, que em algum momento é
considerada língua segundaria (L2) e até língua estrangeira (LE) de vários moçambicanos,
mas também é considerada língua materna (LM) ou língua primeira (L1) de um número cada
vez crescente dos mesmos. Sendo assim, afigura-se adequado iniciar este ponto por trazer
alguns conceitos a propósito.
Coste (1983) diz que “a língua materna é assim chamada porque é aprendida como primeiros
instrumentos de comunicação desde a mais tenra idade e é utilizada no país de origem do
sujeito falante”( p. 442).
O Dicionário Temático da Lusofonia (2005) especifica ainda mais: “é aquela que se fala no
seio do grupo mais restrito em que o indivíduo se inclui: a família, e, conicamente, a mãe”
(p. 606).
No entanto, para Ançã (1999), a língua segunda é definida como uma língua de natureza não
materna e por vezes de forma inevitável, como sinónimo de língua estrangeira, mas com um
estatuto particular: ou e é conhecida como oficial em países bilingues ou plurilingues, nos
quais as línguas maternas ainda não estão suficientemente descritas, referem os novos países
africanos de expressão portuguesa ou ainda, com certos privilégios, em comunidades
multilingues, sendo essa língua uma das línguas oficiais do país (p. 302).
Moçambique apresenta uma diversidade de línguas Bantu. Lopes (2004) procura mostrar que
em Moçambique, para além do Português, que é a língua oficial, e das línguas asiáticas
(como o Gujarate, Memane, Hindu, Urdu), que são também faladas nativamente por vários
moçambicanos, a grande maioria das línguas faladas em Moçambique pertence ao grupo
Bantu. Por causada diversidade linguística e pelas diferenças dos números das línguas que
são apresentados nos dados estatísticos (p. 56).
Dias (2002) diz que “ainda não há consenso sobre o número exacto de línguas Bantu
existente no país”. Acreditamos também que pelas mesmas causas referidas alguns linguistas
moçambicanos optem por dizer nos seus escritos que em Moçambique existem mais de 20
línguas sem referir o número exacto das mesmas, como se pode ver nas informações a seguir
(p. 108).
Lopes (2004), baseando-se nos dados do inquérito realizado pelo INE, menciona cinco
línguas que foram consideradas principais e outras mais ou menos 15 e isso perfaz um total
de 20 línguas ( p. 66).
Lopes (2004) descreve que num passado recente realizaram-se em Moçambique projectos
pilotos na educação primária e na alfabetização de adultos sobre a utilização de línguas
Bantu como meio de ensino ( p. 87).
Nesta experiência foi utilizado o modelo de transição gradual, explica o autor, isto é,
utilização de uma língua Bantu como meio de ensino durante as primeiras classes da
instrução primária e posterior transição para o Português como língua de ensino nos anos
escolares seguintes.
Este modelo de ensino Bilingue, ocorre da seguinte maneira, PCEB (2003, p. 31):
Para o autor é positivo ao mesmo tempo que provoca novos desafios no âmbito da
planificação curricular e linguística e cultural. Avança o autor, um dos desafios consiste em
saber como vai funcionar o modelo Educacional Bilingue no contexto multicultural de
Moçambique
Justificam que o critério de selecção dessas línguas a serem introduzidas no ensino associada
com a língua Portuguesa foi a questão da cobertura nacional, que deve ser extensível a todo
o território nacional, não se excluindo nenhuma província; essas línguas já possuem
materiais escritos; padronização, estas línguas já têm ortografia padronizada; são solicitadas
pelas estruturas provinciais.
Patel (2007) justifica que, em Moçambique, para fins educacionais, as comunidades locais
são definidas como sendo linguisticamente homogéneas, pois, de uma maneira geral, há uma
língua que é o principal meio de comunicação local e, no caso de programas de educação
bilingue, é a usada no ensino (p. 208).
Aponta ainda a autora, que em 2010, 198 escolas tinham programas de Educação Bilingue,
sendo que a concentração das escolas se encontra, por ordem de grandeza, nas províncias de
Gaza, com 72 escolas, Niassa (40), Cabo Delgado (26), Manica (20) e Tete (17).
Hornberger (1991) citado por Mello (2010) afirma que os modelos de educação bilingue são
definidos tendo em conta os objectivos linguísticos, educacionais e das orientações
ideológicas em relação à diversidade linguística e cultural na sociedade ( p. 303).
Constituem modelos fracos, aqueles cujo objectivo principal é o abandono da língua materna
(L1) como língua de ensino e a assimilação da língua segunda (L2) para servir de meio de
ensino o mais cedo possível.
São considerados modelos fortes, aqueles cujo alvo é o uso da língua materna (L1) ao longo
de todo sistema de ensino, onde a língua segunda (L2) é ensinada como disciplina ou usadas
em simultâneo como meio de ensino.
Conforme Megale (2005, p. 89-91) vários são modelos de Bilinguismo que fundamentam a
eficácia do ensino bilingue no contexto educativo escolar. O mesmo autor em uma
perspectiva sociolinguística, descreve os modelos baseados em classes, nomeadamente:
Intensidade, Objectivo e Status.
2.5.3. Classe Intensidade
Por sua vez o terceiro modelo é caracterizado pelo confronto entre a língua mais e menos
importante na sociedade. E por último, o quarto modelo enfatiza a relação entre a língua tida
como oficial e não oficial na sociedade.
2.6. Estratégias didácticas do Ensino Bilingue
No entanto, cabe ressaltar que apesar de receptiva, ela não pode ser passiva. As exposições
realizadas precisam envolver e induzir os alunos a reflectirem sobre as informações e
conteúdos, estabelecendo relações com a sua prática social.
No que toca a estratégia de aprendizagem centrada nos alunos, de acordo com Orlandi
(1988), o professor deve estar sensível às condições e circunstâncias de aprendizagem dos
alunos, pois cada aluno tem condições distintas de aprendizagem, sendo necessária a
utilização de métodos de ensino apropriados, assim como a realização de actividades com
materiais adequados para cada contexto ( p. 155).
Os professores devem criar nos alunos a capacidade de enfrentar os seus medos e para
puderem eliminar as barreiras sendo pessoais assim como ambientais.
Patel (2006) afirma que do ponto de vista linguístico pedagógico e cultural, o professor
tem mais autoconfiança em levar o processo de ensino aprendizagem numa língua em que
é falante nativo e os alunos podem entender (p. 99).
Neste processo ele funciona como mediador cultural e facilitador usando seu entendimento
da língua e cultura da comunidade para encorajar os alunos a aprenderem.
Maria e Lopes (2017) referem que num cenário como o moçambicano, os materiais e os
meios de apoio com que contam professores em ambientes mais favorecidos podem não se
encontrar disponíveis (p. 25).
No entanto, este é um facto que, sendo parte da realidade profissional de muitos, não
obstará a que aqueles que se encontrarem de posse de bagagem científica adequada possam
desempenhar as suas funções da melhor maneira possível. É nestas circunstâncias que uma
formação sólida se afigura ainda mais importante em resultado das forem fracas, fracassam
também os resultados daquela.
3. Metodologia
No contexto desta pesquisa irá se empregar método indutivo que visa a chegar a uma
conclusão. O método indutivo tem como ponto de partida a observação para dai elaborar
uma teoria. Neste contexto faz-se uma análise aprofundada e contextualizada das estratégias
de implementação do ensino bilingue na Escola Primária de Ulasse em Namarroi.
3.1.2. Participantes do Estudo
Segundo Marconi e Lakatos (2012, p. 96) “amostra constitui uma porção ou parcela,
convenientemente seleccionada do universo ou população; é um subconjunto do universo”.
Aliado a este entendimento, do universo demonstrado será retirado de forma aleatória uma
amostragem não probabilística de (10) indivíduos, sendo (3) Professores da EP 1º de maio de
ualasse, (5) alunos da 1ª, 2ª e 3ª classe da mesma escola e (2) funcionários das escolas.
A realização de uma certa pesquisa é precedida por certos procedimentos, aliado a este
entendimento apresenta Marconi e Lakatos (2010, p. 79) que “é um conjunto de preceitos ou
processos de que se serve uma ciência; são, também, a habilidade para usar esses preceitos
ou normas, na obtenção dos seus propósitos. Correspondem, por tanto, a parte prática da
colecta de dados”.
Assim, podem ser chamados de técnicas aqueles procedimentos científicos utilizados por
uma ciência determinada no quadro das pesquisas próprias dessa ciência. Nestes termos eis
as técnicas que usar-se-á para o presente estudo:
3.3.1.Pesquisa Documental
Assim, está técnica é aqui parada a pesquisa bibliográfica, portanto a partir desta, permitirá
consultar várias obras físicas e virtuais como por exemplo, artigos, monografias teses etc.,
das quais frisam sobre a estratégia de implementação do ensino bilingue na escola primaria
1º de maio de Ualasse.
3.3.2. Entrevista
De acordo com Ruiz (2002, p. 66), “A entrevista consiste no diálogo com o objectivo de
colectar, de determinada fonte, de determinada pessoa ou informante, dados relevantes para
a pesquisa em andamento. Por tanto, não só os quesitos da pesquisa devem ser bem
elaborados, mas também o informante deve ser criteriosamente seleccionado”.
Para Marconi e Lakatos (2012, p. 173) “entrevista é uma conservação efectuada face a face,
de maneira metódica; proporciona ao entrevistador, verbalmente, a informação necessária”.
De acordo com as opiniões acima, será feito um guião de entrevista direccionado ao grupo
alvo identificado (professores, alunos e funcionários). A entrevista será feita de forma verbal
ou frente a frente para colher mais informações em torno do tema em estudo sem viciar os
dados.
Segundo MarconI e Lakatos (2012, p. 81), “a primeira fase da análise e da interpretação dos
dados é a crítica do material bibliográfico, sendo considerado um juízo de valor sobre
determinado material científico”.
3.5.1. Cronograma
De acordo com Gil (1999, p. 138). “Cronograma é um meio pelo qual deve identificar os
períodos das actividades pelo qual pretende-se efectuar, contudo todo trabalho científico é
indispensável de forma a clarificar a sua actividade”.
Tabela 1: cronograma
CRONOGRAMA
Periodicidade
Actividades Julh. Agost. Setem Oct Nov
2023 2023 2023 2023 2023
Submissão do Projecto
Resultados e Correcção do
Projecto
Elaboração da Dissertação
Resultados e correcção da
Dissertação e posterior submissão
Defesa da Dissertação
3.5. Orçamento
Segundo Gil (1999, p. 89), “todo trabalho acarreta custos, com isso, é evidentemente a
presença do orçamento que vem ajuda o pesquisador a ter mais consciência das suas
responsabilidades”.
Abdula, R.A.M. (2013). O ensino das línguas nacionais como solução para o processo
de alfabetização em Moçambique. Revista de Letras Dom Alberto, 1(3): 219-232.
Bazarim, M.; Vilela, M, C, S & Oliveira, B.S. (2012). Educação Multi/Bilingue e Ensino
de Línguas. Publicação científica da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas do Vale de
São Acessado em 31 de Janeiro de 2020.
Bloomfield, F (1933). Leonard. Language. New York: Henry Holt and Company.
Brooke, N. (2010). Eficácia escolar. In: Oliveira, D.A.; Duarte, A.M.C.; Vieira, L.M.F.
Dicionário: trabalho, profissão e condição docente. Belo Horizonte: UFMG/Faculdade de
Educação. CDROM.
Pacheco J.A. & Flores M.A. (1999). Formação e avaliação de professores. Porto: Porto
editora.
Patel, S.A. (2006). Olhares sobre a educação bilingue e seus professores em uma
região de Moçambique. Dissertação para a obtenção do grau de Mestre em
Linguística Aplicada na Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Campinas
(não publicada).