Você está na página 1de 14

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

Importância dos meios de ensino e da relação professor- aluno no processo de ensino


aprendizagem

Nome do estudante: Elísio Francisco Andrassane

Código: 70816942

Curso: Licenciatura em ensino de Geografia

Cadeira: Práticas Pedagógicas II

Ano de frequência: 2º, Semestre 1º

Tutor: Mcs. Alberto Malequeta

Quelimane, Agosto de 2022


Nome do estudante: Elísio Francisco Andrassane Ano de frequência:
Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia Turma: Q
Trabalho de: Práticas Pedagógicas II Código do estudante: 70816942
Tutor: Mcs. Alberto Malequeta Número de páginas: 11
Confirmado pelo responsável do CED Data de entrega: Agosto de 2022

Aspectos a considerar na correcção Cotação Cotação


Introdução: Exposição e delimitação do assunto em 2,0 v
análise
Desenvolvimento: 5,0 v 10,0 v
Fundamentação teórica (definição de conceitos e
termos e apresentação dos pontos de vista do autores).
5,0 v
Integração entre teoria e prática (argumentos/contra
argumentos e exemplificação)
Clareza expositiva 2,0
Citações bibliográficas (directas e indirectas) 2,0
Conclusão 2,0
Referências bibliográficas (normas APA) 2,0
Cotação total: 20,0 v
Assinatura do docente:
Assinatura do assistente pedagógico:
Índice

1. Introdução ............................................................................................................................... 1
2. A IMPORTÂNCIA DOS MEIOS DE ENSINO E DA RELAÇÃO PROFESSOR- ALUNO
NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM ................................................................... 2
2.1. Conceito, finalidades e critérios de utilização dos meios de ensino-aprendizagem ............ 2
2.1.1. Conceitos de Meio de Ensino ......................................................................................... 2
2.1.2. Finalidades do uso dos meios de ensino-aprendizagem ................................................... 2
2.1.3. Classificação dos meios de ensino-aprendizagem ............................................................ 4
2.2. A importância do uso de recursos didácticos ...................................................................... 5
2.3. Formação de professores e a utilização de recursos em sala de aula .................................. 8
Conclusão ................................................................................................................................. 10
Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 11
1. Introdução

O presente trabalho da cadeira de Práticas Pedagógicas II apresenta o seguinte tema: A


Importância dos meios de ensino e da relação professor- aluno no processo de ensino
aprendizagem. Qualquer ensino, mesmo o mais tradicional que seja, apoia-se em meios ou
recursos; alias, esta é uma particularidade inerente a todas actividades humanas que, para a
sua realização, um mínimo de recursos materiais e humanos (para além de financeiros, em
certos casos) se torna indispensável.

No caso do ensino trata-se sobretudo de meios que se devem utilizar para despertar a motivar
a actividade dos alunos, ao mesmo tempo que poderão representar forma através da qual os
conteúdos são representados e concretizados, tornando-os reais e palpáveis, próximos dos
alunos.

Nessa lógica, com o passar do tempo o aluno perde o interesse pelas aulas, pois muito pouco
de diferente é feito para tornar a aula mais atractiva e que motive o mesmo a aprender e
construir seu próprio conhecimento. Os recursos utilizados geralmente são quadro e giz e
assim a aula acaba virando rotina, não chamando a atenção dos alunos para os conteúdos
abordados. Os métodos usados para a execução do trabalho foram o indutivo, hermenêutico e
o de pesquisa bibliográfica.

Objectivos do trabalho:

Objectivo Geral:

Compreender a Importância dos meios de ensino e da relação professor- aluno no processo de


ensino aprendizagem.
Objectivos Específicos:

 Apresentar o Conceito, finalidades e critérios de utilização dos meios de ensino-


aprendizagem;
 Explicar a importância do uso de recursos didácticos;
 Abordar em torno da Formação de professores e a utilização de recursos em sala de
aula.

1
2. A IMPORTÂNCIA DOS MEIOS DE ENSINO E DA RELAÇÃO PROFESSOR-
ALUNO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

2.1. Conceito, finalidades e critérios de utilização dos meios de ensino-aprendizagem

2.1.1. Conceito de Meio de Ensino

De acordo com Castellar (1999) Os «meios ou recursos de ensino (também podendo ser
designados recursos didácticos) “são todos os meios e recursos materiais e humanos utilizados
pelo professor e pelos alunos para a organização e condução metódica do processo de ensino e
aprendizagem” (p. 87). O ideal seria que toda aprendizagem se efectuasse em situação real de
vida.

Não sendo isso possível, os materiais/meios ou recursos de ensino tem por fim substituir a
realidade, representando-a da melhor forma possível, de maneira a facilitar a sua intuição por
parte do aluno.

Por outras palavras, “os recursos de ensino são componentes do ambiente da aprendizagem
que dão origem à estimulação para o aluno. Esses componentes podem ser o professor, os
livros, os mapas, os objectos físicos, as fotografias, as fitas gravadas, as gravuras, os filmes,
os recursos da comunidade, os recursos naturais e assim por diante” (Castoldi, 2009, p. 23).

O material didáctico é uma exigência daquilo que está sendo estudado por meio de palavras,
a fim de torná-lo concreto e intuitivo.

2.1.2. Finalidades do uso dos meios de ensino-aprendizagem

A partir deste conceito de «meios de ensino-aprendizagem», como antevíamos anteriormente,


facilmente podemos chegar a conclusão de que os meios de ensino-aprendizagem são usados
com vista a determinadas finalidades, dentre as quais, você deve ter mencionado as seguintes:

 Aproximar o aluno da realidade do que se quer ensinar, dando-lhe noção mais exacta
dos factos e fenómenos estudados;

 Motivar e despertar o interesse dos alunos na aula;

 Facilitar a percepção e compreensão dos factos e conceitos;

2
 Concretizar e ilustrar o que está sendo exposto verbalmente (isto é, visualizar ou
concretizar os conteúdos da aprendizagem);

 Aproximar o aluno da realidade;

 Desenvolver a capacidade de observação;

 Desenvolver a experimentação concreta;

 Economizar esforços para levar os alunos à compreensão de factos e conceitos;

 Auxiliar a fixação da aprendizagem pela impressão mais viva e sugestiva que o


material pode provocar;

 Dar oportunidade de manifestação de aptidões e desenvolvimento de habilidades com


o manuseio ou construção de aparelhos por parte dos alunos.

Em resumo, pode dizer-se que, na escola actual, o material didáctico, mais do


que ilustrar, tem por fim levar o aluno a trabalhar, a investigar, a descobrir e a
construir. Assume, assim, aspecto funcional e dinâmico, propiciando
oportunidade de enriquecer a experiência do aluno, aproximando-o da
realidade e oferendo-lhe oportunidade de actuação (Castoldi, 2009, p. 29).

Entretanto, para que o material didáctico seja realmente auxiliar eficiente do ensino, deve
obedecer as seguintes condições:

 Ser adequado ao assunto da aula;

 Ser de fácil apreensão e manejo;

 Estar em perfeito estado de funcionamento quando, principalmente, se trata de


aparelhos.

E, por outro lado, a utilização dos recursos de ensino deve ter em conta alguns critérios e
princípios, nomeadamente:

 Ao seleccionar um recurso de ensino deve-se ter em vista os objectivos a serem


alcançados. Nunca se deve utilizar um recurso de ensino só porque está na moda;

 Nunca se deve utilizar um recurso que não seja conhecido suficientemente de forma a
poder empregar correctamente;

3
 A eficácia dos recursos dependerá da interacção entre eles e os alunos. Por isso,
devemos estimular nos alunos certos comportamentos que aumentam a sua
receptividade, tais como a atenção, a percepção, o interesse, a sua participação activa,
etc.

 As condições ambientais podem facilitar ou, ao contrário, dificultar a utilização de


certos recursos. A inexistência de tomadas de energia eléctrica, por exemplo, exclui a
possibilidade de utilização de retroprojector, projector de slides ou de filmes.

 O tempo disponível é outro elemento importante que deve ser considerado. A


preparação e utilização dos recursos exige determinado tempo e, muitas vezes, o
professor não dispõe desse tempo. Então deverá buscar outras alternativas, tais como:
utilizar recursos que exigem menos tempo, solicitar a ajuda dos alunos para preparar
os recursos, solicitar a ajuda de outros profissionais, etc.

2.1.3. Classificação dos meios de ensino-aprendizagem

Tradicionalmente os meios de ensino são classificados em: visuais (projecções, cartazes,


gravuras), auditivos (rádio, gravações) e audiovisuais (cinema, televisão), apesar de se
reconhecer que, na pratica, as expressões verbais, sonoras e visuais se complementam,
fazendo com que os recursos/meios visuais, auditivos e audiovisuais muitas vezes sejam
funcionais quando se utilizam de forma complementar.

Uma outra classificação de meios de ensino considera existirem:

 a) Meios/recursos humanos
 Professor
 Alunos
 Pessoal escolar
 Comunidade.

 b) Meios/recursos materiais

Do ambiente:

 Natural (água, folha, pedra, etc.)


 Escolar (quadro, giz, carteiras, etc.

4
Da comunidade:

 Bibliotecas, indústrias, lojas, repartições públicas, etc.

Para além da classificação acima, uma outra que podemos registar apresenta as seguintes
categorias de meios de ensino-aprendizagem:

Categoria/tipo Exemplos
Móveis e equipamento geral das salas de aula Cadernos, lápis, esferográficas, régua,
escantilhão, compasso, giz, apagador, etc.
Objectos originais/naturais Carteiras e mesa do professor,
armários/estantes, etc.
Reproduções ou imitações tridimensionais Partes de seres vivos ou na sua totalidade,
vivos ou mortos, exemplos mineralógicos,
matérias-primas, etc.
Aparelhos e aparelhagens para experiências e Modelos didácticos: modelo do sistema solar,
produção máquinas simplificadas
Meios visuais, auditivos e audio-visuais Aparelhos de demonstração e medição,
máquinas e ferramentas de produção, estojos
de dissecação, microscópios, aparelhos em
vidro (tubos de ensaio, pipetas, provetas,
buretas, alambiques, etc.)

2.2. A importância do uso de recursos didácticos

No estágio actual do ensino Moçambicano, a configuração do currículo escolar dos ensinos


médio e fundamental deve ser objecto de intensos debates, para que a escola possa
desempenhar adequadamente seu papel na formação de cidadãos. Como parte desse processo,
a biologia pode ser uma das disciplinas mais relevantes e merecedoras da atenção dos alunos,
ou uma disciplina mais insignificante e pouco atraente, dependendo do que for ensinado e de
como isso for feito.

Ciências e Biologia são disciplinas que muitas vezes não despertam interesse dos alunos,
devido à utilização de nomenclatura complexa para as mesmas. Isso exige do professor que
faça a transposição didáctica de forma adequada e também faça uso diversas estratégias e
5
recursos. A utilização de jogos, filmes, oficinas orientadas, aulas em laboratório, saídas de
campo são alguns recursos que podem ser utilizados sendo que, podem possibilitar a
compreensão dos alunos no sentido da construção de conhecimentos relacionados à área.
Dessa forma, alguns autores ressaltam a sua importância de alguns recursos didácticos que
foram citados acima:

Enquanto joga, o aluno desenvolve a iniciativa, a imaginação, o raciocínio, a


memória, a atenção, a curiosidade e o interesse, concentrando-se por longo
tempo em uma actividade. Cultiva o senso de responsabilidade individual e
colectiva, em situações que requerem cooperação e colocar-se na perspectiva
do outro. Enfim, a actividade lúdica ensina os jogadores a viverem numa
ordem social e num mundo culturalmente simbólico (Fortuna, 2003, p. 3).

A realização de experimentos, em Ciências, representa uma excelente ferramenta para que o


aluno faça a experimentação do conteúdo e possa estabelecer a dinâmica e indissociável
relação entre teoria e prática.

As actividades de campo constituem importante estratégia para o ensino de


Ciências, uma vez que permitem explorar uma grande diversidade de
conteúdos, motivam os estudantes, possibilitam o contacto directo com o
ambiente e a melhor compreensão dos fenómenos (Viveiro & Diniz, 2009,
p. 1).

Para que os alunos demonstrem maior interesse pelas aulas, todo e qualquer recurso ou
método diferente do habitual utilizado pelo professor é de grande valia, servindo como apoio
para as aulas. Assim, “recurso didáctico é todo material utilizado como auxílio no ensino
aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado, pelo professor, a seus alunos.

Dessa forma, as utilizações desses recursos no processo de ensino podem possibilitar a


aprendizagem dos alunos de forma mais significativa, ou seja, no intuito de tornar os
conteúdos apresentados pelo professor mais contextualizados propiciando aos alunos a
ampliação de conhecimentos já existentes ou a construção de novos conhecimentos.

Com a utilização de recursos didácticos diferentes é possível tornar as aulas mais dinâmicas,
possibilitando que os alunos compreendam melhor os conteúdos e que, de forma interactiva e
dialogada, possam desenvolver sua criatividade, sua coordenação, suas habilidades, dentre
outras.

6
De acordo com Souza (2007, p.112-113),

Utilizar recursos didácticos no processo de ensino- aprendizagem é importante


para que o aluno assimile o conteúdo trabalhado, desenvolvendo sua
criatividade, coordenação motora e habilidade de manusear objectos diversos
que poderão ser utilizados pelo professor na aplicação de suas aulas.

Para que isso ocorra, faz-se necessário que o material que será aplicado para os alunos esteja
em consonância com o que vai ser ou já foi estudado, e assim, é necessário um planejamento
crítico, para que o professor saiba e consiga usar de forma que seus objectivos sejam
alcançados e o aluno consiga atrelar teoria e prática.

Para Souza (2007, p. 113),

O uso de materiais didácticos no ensino escolar, deve ser sempre


acompanhado de uma reflexão pedagógica quanto a sua verdadeira utilidade
no processo de ensino e de aprendizagem, para que alcance o objectivo
proposto. Não se pode perder em teorias, mas também não se deve utilizar
qualquer recurso didáctico por si só sem objectivos claros.

Com base em estudos anteriores é possível notar a importância da utilização de recursos


didácticos no processo de ensino aprendizagem tanto para o aluno quanto para o professor. O
aluno acaba tendo maior interesse pelas aulas, tornando o processo de aprendizagem mais
fácil e instigante enquanto o professor poderá visualizar de forma mais efectiva os resultados
do seu trabalho, realizando uma reflexão de como poderá dar seguimento às actividades.

Castoldi e Polinarski (2009, p. 685), afirmam que “a maioria dos professores tem uma
tendência em adoptar métodos tradicionais de ensino, por medo de inovar ou mesmo pela
inércia, a muito estabelecida, em nosso sistema educacional”.

Do mesmo modo, para Krasilchik (2008, p. 184),

Pelas suas difíceis condições de trabalho, os docentes preferem os livros que


exigem menos esforço, e que reforçam uma metodologia autoritária e um
ensino teórico. O docente, por falta de autoconfiança, de preparo, ou por
comodismo, restringe-se a apresentar aos alunos, com o mínimo de
modificações, o material previamente elaborado por autores que são aceitos
como autoridades. Apoiado em material planejado por outros e produzido
industrialmente, o professor abre mão de sua autonomia e liberdade, tornando
simplesmente um técnico.

Isso pode gerar nos alunos e professores uma dependência, podendo ocasionar em resultados
negativos aos alunos, estimulando a descoberta, a imitação e a falta de criatividade, pois terão
tudo o que precisam pronto no livro. Porém, quando é utilizado de modo reflexivo e
7
organizado, como um apoio e não como recurso exclusivo, o livro didáctico pode ser um bom
aliado para o professor.

Quando o professor decide utilizar um recurso diferente, dependendo do resultado obtido, ele
poderá avaliar se o seu trabalho foi válido ou não. Diante de resultados positivos, ele poderá
motivar e influenciar outros professores a também fazerem uso dos diversos recursos que
podem contribuir com o aprendizado do aluno e o crescimento profissional do professor,
possibilitando dessa forma maior interacção professor-aluno e aluno-aluno. Além disso, é uma
boa maneira do aluno colocar em prática o que foi visto na teoria.

Quirino (2011, p. 13) ressalta que “quando bem utilizados, não só em relação à sua mera
utilização em sala, mas condizendo com vários aspectos relevantes às individualidades ou a
determinados grupos de alunos, é que efectivamente o trabalho surtirá o efeito desejado”.

2.3. Formação de professores e a utilização de recursos em sala de aula

A realidade educacional Moçambicanos, desde o início do século XXI, sinaliza a construção


do processo de democratização escolar, centralizando suas metas, acções e problemas a serem
superados ora no professor, ora no aluno, ou mesmo no conteúdo, subsidiado por diferentes
recursos didácticos.

No processo de actuação docente é que se explicam as diversas exigências da sociedade


actual. Ao mesmo tempo em que muitos professores são criticados pelo que fazem dentro da
sala, são eles que estão assumindo as mudanças que vêm ocorrendo dentro do cenário da
educação actual. No contexto de inúmeras e significativas mudanças, como por exemplo, o
Ensino Médio Integrado no estado do Rio Grande do Sul, as Diretrizes Curriculares Nacionais
e a Base Nacional Comum Curricular, faz-se imprescindível também repensar e propor
diversas técnicas e materiais de apoio pedagógico com:

O intuito de respaldar o professor com habilidades instrumentais tais como os


experimentos de ensino e o uso de recursos tecnológicos. Como resultado
dessa tendência está a preocupação em formar e actualizar o professor frente
às necessidades técnicas colocadas por novas demandas de conteúdo. Por
outro lado, esse aparente movimento de acesso aos novos recursos apontam
pressupostos que dão sustentação ao modelo de sociedade capitalista, como a
globalização da economia e dos mercados internacionais de produtos e de
serviços (Viscovini et al. 2009, p. 1232)

8
Dessa forma, já na formação inicial deve acontecer o processo de instigação sobre o uso de
diferentes recursos em sala de aula, seja com a sua utilização pelos alunos em trabalhos e
práticas ou nos estágios. Em relação à formação continuada é importante que se proponha aos
professores, nos cursos e processos formativos, a elaboração e utilização de recursos
diferenciados a fim de aperfeiçoarem suas aulas, além de trocas de experiências com outros
colegas. É com a convivência e relação com outros professores que vamos fortalecer nosso
desenvolvimento intelectual e mental.

Faz-se válido, e com bastante significado para os alunos e principalmente para os futuros
professores, o processo de construção de materiais para auxiliar as aulas e não usar somente o
que está pronto. Com isso, tanto aluno quanto professor acabam aprendendo com esse
processo. Além da possível maneira de atrelar teoria e prática. Para isso,

O professor deve, portanto, actuar no sentido de se apropriar de sua


experiência, do conhecimento que tem para investir em sua emancipação e em
seu desenvolvimento profissional, actuando efectivamente no
desenvolvimento curricular e deixando de ser mero consumidor (Castellar,
1999, p. 52).

Neste contexto a produção de um material didáctico se apresenta como um importante


instrumento, pois tem início em um problema vivenciado em sala de aula, onde o professor
busca concretizar e facilitar o processo de ensino e aprendizagem dos alunos.

Um aspecto importante na produção de material didáctico pelo professor, é a


apropriação, e muitas vezes o aprendizado, de aspectos pedagógicos inerentes
a sua profissão, visto que a pedagogia que temos contacto no dia-a-dia escolar
é uma extensa citação e leitura de clássicos da pedagogia, na maioria das
vezes sem ligação com o contexto real da escola, assim ao produzir materiais
didácticos o professor se vê obrigado a ir além do discurso pedagógico e
pensar e educação, se aproximando ao fazer-pensar (Kimura, 2010 apud
Santos, 2014, p. 7).

Nesse sentido a utilização de recursos didácticos diferenciados, possibilita ao professor


dinamizar a aula, estabelecer relações importantes entre o aluno e o conteúdo a ser abordado,
além de possibilitar a troca de conhecimentos.

9
Conclusão

Concluído o nosso trabalho, importa frisar que, confirma-se que a utilização de recursos
diferentes proporciona aos alunos um ganho significativo no processo de ensino e
aprendizagem dos mesmos. Os alunos se mostram mais motivados e interessados, quando
neles é despertada a vontade de construção de conhecimento. Tal vontade tem como resultado
a motivação de professores em estimularem os alunos para que o processo de construção de
conhecimento seja concretizado.

Utilizar recursos didácticos diferentes em sala de aula tem grande importância no processo de
ensino e aprendizagem dos alunos, possibilitando ganho no processo educativo, não somente
para o aluno, mas também para o professor, que acaba por aprender coisas novas, tendo o
recurso com um novo aliado e auxílio em suas aulas.

Sabendo então, da importância desses materiais, tanto para aluno quanto para professor, o
professor, que é a figura mais próxima do aluno, pode desenvolver no aluno inúmeras
capacidades. Desse modo, faz-se necessário que o professor esteja preparado para utilizar os
recursos didácticos, objectivando que o aluno possa realmente aprender.

Assim, a inserção de recursos didácticos diferenciados nas aulas resulta em uma melhor
compreensão e fixação dos conteúdos abordados, favorecendo o processo de
ensino/aprendizagem, tornando-o de qualidade e estimulando o senso crítico e a participação
dos alunos nas aulas. Diante disso, o professor, além de dinamizar suas aulas, poderá
despertar o interesse nos alunos, envolvendo-os cada vez mais no processo de ensino-
aprendizagem.

10
Referências Bibliográficas

Castellar, S. M. V. (1999). A formação de professores e o ensino de geografia. Terra Livre,


São Paulo.

Castoldi, R.; Polinarski, C. A. (2009). A utilização de Recursos didáctico-pedagógicos na


motivação da aprendizagem.

Fortuna, T. R. (2003). Jogo em aula: recurso permite repensar as relações de ensino


aprendizagem. Revista do Professor, Porto Alegre.

Krasilchik, M. (2008). Prática de ensino de biologia. 4ª ed., São Paulo: Editora Edusp.

Quirino, L. V. (2011). Recursos didácticos: fundamentos de utilização. 2011. 31 f. Trabalho


de Conclusão de Curso (Graduação em geografia).

Santos, M. C. (2014). A importância da produção de material didáctico na prática docente.


In: congresso brasileiro de geógrafos, 7, Vitória.

Souza, S. E. (2007). O uso de recursos didácticos no ensino escolar. In: i encontro de


pesquisa em educação, iv jornada de prática de ensino, XIII semana de pedagogia da UEM,
Maringá, 2007.

Viscovini, R. C. et al. (2009). Recursos pedagógicos e actuação docente. In: IX


CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO; III ENCONTRO SUL BRASILEIRO DE
PSICOPEDAGOGIA, Curitiba, 2009.

11

Você também pode gostar