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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências de Educação


Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática

A transposição didática na aula de matemática

Nome do estudante: Cristina Afate. Código: 91230596

Pemba, Março de 2024

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Faculdade de Ciências de Educação
Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática

A transposição didática na aula de matemática

Trabalho de campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura
em Ensino de matemática da UnISCED.

Tutor: Mestre, Natércio Paulo Mucavele

Nome do estudante: Cristina Afate. Código: 91230596

Pemba, Março de 2024


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Índice
Introdução.............................................................................................................................................3

1. Conceitualização da transposição didática..................................................................................4

1.1. Passagem do saber científico para o saber escolar..................................................................4

2. Etapas e características da transposição didática na aula de matemática....................................4

2.1. Seleção de Conteúdos.............................................................................................................5

2.2. Adaptação da Linguagem........................................................................................................5

2.3. Escolha de Estratégias Didáticas.............................................................................................5

2.4. Contextualização.....................................................................................................................6

Conclusão.............................................................................................................................................7

Referência Bibliográfica.......................................................................................................................8

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Introdução
Este trabalho fala do transposição didática na aula de matemática. A transposição didática nas
aulas de matemática refere-se à transformação do conhecimento matemático, muitas vezes
complexo e abstrato, em conteúdos acessíveis e compreensíveis para os alunos. Isso envolve
adaptar os conceitos matemáticos, métodos e linguagem para torná-los mais adequados ao
nível de compreensão dos estudantes, facilitando assim o processo de aprendizagem.

O uso da transposição didática na aula de matemática é fundamental para tornar os conceitos


matemáticos mais acessíveis e significativos para os alunos. Isso envolve traduzir o
conhecimento matemático abstrato em exemplos concretos, situações do cotidiano e
problemas práticos, de forma a tornar o conteúdo mais palpável e compreensível. Além disso,
a transposição didática na matemática também inclui a adaptação da linguagem, a escolha de
recursos visuais e a utilização de estratégias que facilitem a compreensão e a aplicação dos
conceitos matemáticos pelos alunos.

Objectivo Geral

 Desenvolver competências conceituais e de aplicação da transposição didática na


aula de matemática.

Objectivos específicos

 Criar um texto que fala da transposição didática na aula de matemática;


 Apresentar um plano exemplar para este paradigma educacional.

Metodologia e estrutura do trabalho

Para a elaboração do trabalho fez-se a consulta bibliográfica de manuais disponibilizados na


plataforma e de outros obtidos nas bibliotecas virtuais.

Quanto a estrutura, o trabalho apresenta a introdução, desenvolvimento, conclusão e


referência bibliográfica.

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1. Conceitualização da transposição didática

A transposição didática, de acordo com diversos autores, refere-se ao processo de


transformação do conhecimento científico em conteúdo ensinável, adaptado para ser
compreendido e apropriado pelos alunos. Autores como Yves Chevallard e Bernard Charlot
abordam a transposição didática como um aspecto fundamental no processo de ensino, pois
envolve a seleção, organização e apresentação dos conteúdos de forma a torná-los acessíveis
aos estudantes, levando em consideração suas características cognitivas e seu contexto
sociocultural.

1.1. Passagem do saber científico para o saber escolar

A transposição do saber científico para o saber escolar envolve a seleção, organização e


adaptação do conhecimento científico para que seja ensinado de forma eficaz nas escolas. Isso
requer a identificação dos conceitos-chave, a definição de objetivos educacionais claros e a
escolha de abordagens pedagógicas que tornem o conhecimento científico acessível aos
alunos. Além disso, é necessário considerar as capacidades cognitivas dos estudantes e o
contexto escolar, adaptando o conteúdo para atender às necessidades educacionais específicas.

Segundo Pinho Alves (2000),

O saber a ensinar é entendido como um novo saber, sua estrutura de origem está
localizada fora do contexto acadêmico produtor do saber sábio. Dessa forma, para que
na integração entre objetos de ensino não haja prevalência de conceitos sem
significado, é recomendado o uso das diferentes fontes de referência, que inspiram e
estabelecem a legitimação de um saber (p. 23).

Na aula de matemática, especialmente no ensino de funções, a transposição do saber científico


para o saber escolar envolve a tradução dos conceitos matemáticos complexos em linguagem
acessível e em exemplos práticos que os alunos possam compreender. Isso pode incluir o uso
de gráficos, tabelas, situações do quotidiano e problemas contextualizados para ilustrar as
propriedades e aplicações das funções.

2. Etapas e características da transposição didática na aula de matemática

Segundo Pinho Alves (2000), a transposição didática na aula de matemática apresenta


diversas características e etapas que visam traduzir o conhecimento matemático científico
para o contexto escolar. Algumas das características e etapas incluem:

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2.1. Seleção de Conteúdos

Identificação dos conceitos matemáticos essenciais a serem ensinados, levando em


consideração a relevância, a progressão e a articulação com outros conteúdos.

Neste trabalho tomamos exemplo o ensino de funções.

2.2. Adaptação da Linguagem

Transformação da linguagem técnica e abstrata em termos acessíveis aos alunos, utilizando


uma comunicação clara e adequada ao nível de compreensão dos estudantes (Luckesi, 1994).

Ao ensinar funções, utiliza uma linguagem técnica que seja precisa, mas também acessível
aos alunos. Algumas das expressões e termos técnicos que podem ser utilizados incluem:

 Variável independente e dependente


 Domínio e contradomínio
 Imagem e anti imagem
 Função injetora, sobrejetora e bijetora
 Gráfico de uma função
 Composição de funções
 Função inversa.

É fundamental explicar esses termos técnicos de forma clara, fornecendo definições,


exemplos e ilustrações para garantir que os alunos compreendam o significado e a aplicação
de cada conceito dentro do contexto das funções matemáticas.

2.3. Escolha de Estratégias Didáticas

Seleção de abordagens pedagógicas que promovam a compreensão dos conceitos


matemáticos, como o uso de exemplos, analogias, atividades práticas e recursos visuais.

Na escolha de estratégias didáticas para o ensino de funções, algumas abordagens eficazes


podem incluir:

 Utilização de exemplos concretos: Apresentar situações do quotidiano em que as


funções estão presentes, mostrando como diferentes variáveis estão relacionadas.

Um exemplo claro é de família entre mães e filho. Em que cada mãe tem seus filhos e cada
filho tem uma e única mãe. Neste caso estamos na noção de função em que as mães
representam o domínio e os filhos contradomínio.
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 Uso de recursos visuais: A utilização de gráficos, tabelas e diagramas pode ajudar os
alunos a visualizar as relações entre as variáveis em uma função.
 Atividades práticas: Propor problemas práticos que envolvam o uso de funções,
permitindo que os alunos apliquem o conhecimento teórico em contextos reais.
 Discussão em grupo: Promover debates e discussões em sala de aula para explorar
diferentes abordagens e compreender as aplicações das funções em diversos contextos.
 Tecnologia educacional: Utilizar softwares ou aplicativos que permitam a exploração
interativa de funções matemáticas, facilitando a compreensão por meio da
experimentação.

2.4. Contextualização

Para Behrens(2000), a Integração dos conceitos matemáticos em situações do quotidiano ou


em problemas reais, tornando o conteúdo mais significativo e aplicável para os alunos.

A contextualização no ensino de funções matemáticas envolve a integração dos conceitos


teóricos em situações do cotidiano ou em problemas práticos, tornando o conteúdo mais
significativo e aplicável para os alunos. Isso pode ser feito de várias maneiras, tais como:

 Situações do cotidiano: Apresentar exemplos reais nos quais as funções estão


presentes, como o comportamento de fenômenos naturais, o crescimento de
populações, ou o movimento de objetos.
 Problemas práticos: Propor desafios que exijam a modelagem de uma situação real por
meio de uma função matemática, como a elaboração de funções para descrever custos,
lucros, distâncias, entre outros.
 Aplicações interdisciplinares: Explorar a presença de funções em outras disciplinas,
como física, economia e biologia, demonstrando como os conceitos matemáticos são
relevantes em diversos contextos.

Avaliação

Desenvolvimento de instrumentos de avaliação que permitam verificar a compreensão dos


alunos em relação aos conceitos matemáticos ensinados.

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Conclusão

Para concluir a transposição didática é o processo de tradução e adaptação do conhecimento


científico para o contexto educacional, levando em conta as necessidades e características dos
alunos, bem como os objetivos e métodos de ensino. É a transformação do saber acadêmico
em conteúdo pedagógico, considerando a melhor forma de apresentar esse conhecimento para
que os alunos possam compreendê-lo e assimilá-lo de maneira eficaz.

O uso da transposição didática na aula de matemática é fundamental para tornar os conceitos


matemáticos mais acessíveis e significativos para os alunos. Isso envolve traduzir o
conhecimento matemático abstrato em exemplos concretos, situações do cotidiano e
problemas práticos, de forma a tornar o conteúdo mais palpável e compreensível. Além disso,
a transposição didática na matemática também inclui a adaptação da linguagem, a escolha de
recursos visuais e a utilização de estratégias que facilitem a compreensão e a aplicação dos
conceitos matemáticos pelos alunos. A contextualização permite aos alunos compreender a
utilidade e a relevância das funções matemáticas, ao mesmo tempo em que promove uma
compreensão mais profunda e significativa do conteúdo.

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Referência Bibliográfica

Behrens, M. A. (2000). O paradigma emergente e a prática pedagógica. Curitiba:


Champagnat.

Khun, T. S. (1975). A estrutura das revoluções cientificas. São Paulo: Perspectiva.

Luckesi, C. L. (1994). História da educação. São Paulo: Cortez.

Moraes, M. C. (1997). O paradigma educacional emergente. Campinas: Papirus.

Moran, J. M.; Masetto, M. T.; Behrens, M. A. (2002). Novas tecnologias e mediação


Pedagógica. Campinas: Papirus.

Pinho Alves, J. (2000). Regras da transposição didática aplicada ao laboratório didático.


Caderno Catarinense de Ensino de Física.

Viesser, L. C. (1994). Um paradigma didático para o Ensino Religioso. Petrópolis: Vozes.

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