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Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Matemática

Transposição Didáctica na aula de Matemática

Nome do estudante: Cassimo Timoteo

Código de estudante:

Lichinga, aos 08 de Maio de 2024


Universidade Aberta (UnISCED)
Faculdade de Ciências de Educação
Curso de Licenciatura em Matemática

Transposição Didáctica na aula de Matemática

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Licenciatura em Ensino de Matemática da
Universidade Aberta UnISCED.

Tutor: MSc: Natércio Paulo Mucavele

Nome do estudante: Cassimo Timoteo

Código de estudante:

Lichinga, aos 08 de Maio de 2024


Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 3

1.1. Objectivos .................................................................................................................... 3

1.1.1. Geral ......................................................................................................................... 3

1.2. Específicos ................................................................................................................... 3

1.3. Metodologia ................................................................................................................. 3

2. Transposição Didáctica na aula de Matemática .................................................................. 4

2.1. Transposição didáctica e o saber do professor de matemática .................................... 4

2.2. Os processos da transposição didática e o saber do professor ..................................... 5

2.3. Relação professor saber ............................................................................................... 5

3. Conclusão ............................................................................................................................ 7

4. Bibliografia.......................................................................................................................... 7
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1. Introdução

O conhecimento é construído numa sala de aulas e cujo recai por uma tríade: professor, aluno
e um conhecimento em risco. Diversas instituições afetam as partes humanas dessa relação, o
que a torna dinâmica e adaptável.

Definir de forma mais precisa como o professor organiza a aula de matemática e como ela é
ensinada. Portanto, discutiremos brevemente nosso referencial teórico e metodologia antes de
apresentar a análise dos resultados.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral

 Analisar a Transposição Didáctica na aula de Matemática.

1.2. Específicos

 Identificar os mecanismos usados pelos professores na Transposição Didáctica na aula


de Matemática;
 Descrever os cuidados a ter com a Transposição Didáctica na aula de Matemática.

1.3. Metodologia

A metodologia usada para elaboração do presente trabalho, foi de estilo bibliográfico que
culminou com a pesquisa de artigos de forma a discutir os resultados.
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2. Transposição Didáctica na aula de Matemática

Para a matemática científica as definições formais e as


demonstrações rigorosas são elementos importantes tanto
durante o processo de conformação da teoria nos momentos em
que a comunidade avalia e eventualmente acata um resultado
novo, garantindo-se, então, a sua incorporação ao conjunto
daqueles já aceitos como válidos quanto no processo de
apresentação sistematizada da teoria já elaborada.

Os estudos colocam a atividade matemática no contexto das ações e instituições humanas; em


outras palavras, estuda o homem a partir do conhecimento matemático e, mais
especificamente, das situações matemáticas.

Na visão de Araújo (2009, p. 32), “pode ser considerada como um prolongamento da teoria da
transposição didáctica, a partir da problemática ecológica, para levar em consideração as
exigências advindas das inter-relações entre os objectos de ensino”.

Chevallard (1999) afirma que, quando se trata de um objeto de estudo, duas dimensões devem
ser consideradas. A primeira é praxeologia didáctica, ou organização didáctica, e a segunda é
a forma como essa realidade matemática pode ser estudada.

2.1. Transposição didáctica e o saber do professor de matemática

A Teoria da Transposição Didáctica estrutura o sistema de ensino, que é composto pelos pais,
sistemas para administrar a educação e a comunidade científica, bem como pelo sistema
didáctico, que é composto pelo professor, aluno e conhecimento, e propõe uma análise do
sistema educacional a partir dessa perspectiva, utilizando a epistemologia do conhecimento
educacional.

Essa sugestão não prejudica o conhecimento escolar em relação ao conhecimento científico.


Em vez disso, ajuda a reconhecer as particularidades do conhecimento matemático escolar,
colocando-o em um contexto único, com requisitos e abordagens específicos.

Depois de ser chamado de saber a ensinar, o conteúdo de conhecimento passa por uma série
de mudanças que o tornam capaz de ser incluído entre os objetos de ensino. A "transposição
didática" é o termo usado para descrever o "trabalho" que é usado para transformar uma
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informação a ser ensinada em uma informação a ser ensinada. (CHEVALLARD, 1991, p.45),
traduzido por nós e com grifos do autor.

O seguinte esquema pode ser usado para ilustrar a ideia de Transposição Didática:

Fonte: Dorival (2011).

Outra parte mencionada na teoria de Chevallard (1991). Nessa dimensão, por exemplo, são
discutidos o currículo e outros requisitos sociais aos quais os professores devem atender
durante a formação. Os professores usam a vigilância epistemológica ao questionar as
questões relacionadas à educação.

Para começar, o conhecimento de matemática é apresentado ao futuro educador como


conhecimento científico. Esse conhecimento, por sua vez, será transferido ou mediado
didaticamente para a educação escolar. Portanto, nossa ênfase está na idei.

2.2. Os processos da transposição didática e o saber do professor


Aqui, apresentamos uma análise dos dados coletados das observações das aulas e sugerimos
que alguns componentes do processo de transposição didática ocorrem. Isso demonstra o
conhecimento fundamental dos professores sobre como adaptar a matemática científica à
matemática escolar.

Nesse estudo, O sistema didático (professor-aluno-saber) inclui alguns processos de


transposição didática, incluindo as categorias de análise. Com isso, as categorias são as
seguintes: a vigilância epistemológica; a dialética antiga e nova e relação professor saber

O estudo de métodos que possam ajudar a transferir esse conhecimento real para o
conhecimento escolar e preparar o caminho para novos conceitos é um grande desafio para os
educadores (PAIS, 2011, p. 59).
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Também nesse diálogo é possível identificar que a professora


elabora perguntas para trabalhar o conceito de divisibilidade e a
formalidade desse conteúdo, quando propõe: “Eu entendi o que
você falou, eu só vou falar em outras palavras: para eu afirmar
que 1559 é múltiplo de 7, eu tenho que ter um número que vezes
7 dá 1559”; essa proposta é uma adaptação didática do conceito
científico.
No entanto, é evidente que a divisão exata criou os conceitos de divisível e múltiplo. Duval
(1995a, p.2) confirma que essa construção é uma criação didática, pois se limita à matemática
escolar.
As noções protomatemáticas também podem ser aprendidas pelos alunos quando comparam
verificações por ordem precisa e divisão. O aluno demonstrou a capacidade de pensar
matemático sistematizando os conceitos construídos, comparando-os e selecionando a melhor
estratégia de resolução nesse caso.
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3. Conclusão

As análises nos permitiram aproximar-nos da realidade observada e aprender um pouco mais


sobre o professor e os alunos que tiveram permissão para filmar durante uma aula de
matemática. Na aula, observamos que o professor muda a abordagem para apresentar o
conceito de potência aos alunos na primeira passagem, passando do ensino ao ensino. Mas a
transposição didática da aula do professor se baseou apenas em pontos específicos do livro
didático.

A análise revelou os processos de transposição didática na construção do conceito de


divisibilidade no sexto ano do ensino fundamental e na disciplina de Teoria dos Números. Ao
mesmo tempo, permitiu chegar à conclusão de que a disciplina de Teoria dos Números não
aborda adequadamente a educação básica de matemática.

4. Bibliografia

1. AIQUE. Tradución, Claudia Gilman. Título Original: Chevallard, Y. (1984). La


transposition didactique: Du savoir savant au savoir enseigné, Grenoble.
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2. ARAÚJO, A. J. (2009). O ensino de álgebra no Brasil e na França: estudo sobre o


ensino de equações do 1º grau à luz da Teoria Antropológica do Didático.
Universidade Federal de Pernambuco. CE. Educação. Tese de doutoramento. Recife.
3. BESSA, M. (2004). Investigando o processo de transposição didática interna: o caso
dos quadriláteros. 184 f. Dissertação (Mestrado em Educação) UFPE-PE, Recife.
4. BRITO Menezes, A. P. (2006). Contrato didático e transposição didática: inter-
relações entre os fenômenos didáticos na iniciação à álgebra na 6ª série do Ensino
Fundamental. Tese de doutorado. Doutorado em Educação. Universidade Federal de
Pernambuco. Recife.
5. CHEVALLARD, Y. (1991). La transposición didáctica: Del saber al saber enseñado.
6. DORIVAL, Taiz Barcelos. Didática da Matemática; uma análise da influência
francesa. 3 ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora. 2011.
7. MOREIRA, P. C. e DAVID, M. M. M . S. O Conhecimento Matemático do Professor:
Formação na Licenciatura e Prática Docente na Escola Básica. Tese (Doutorado em
Educação). UFMG, Belo Horizonte, 2004. 195 p.
8. PAIS, Luiz Carlos. Transposição Didática. MACHADO, S. D. A. (Org.) Educação
Matemática Uma (nova) introdução. 3 ed. revisada, 3 reimp. – São Paulo: EDUC,
2015.p. 11-48. 2015.

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