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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE EDUCACAO

LICENCIATURA EM ENSINO BÁSICO, EM HABILITAÇÕES DE


SUPERVISÃO E INSPECÇÃO PEDAGÓGICA DA ESCOLA BÁSICA

MOISÉS JOAQUIM ANTÓNIO

O USO DAS TEORIAS CONSTRUTIVISTAS NO ENSINO DE


FUNÇÕES: PROBLEMAS ACTUAM NO ENSINO DA ARITMÉTICA

Beira

2021
MOISÉS JOAQUIM ANTÓNIO

O USO DAS TEORIAS CONSTRUTIVISTAS NO ENSINO DE


FUNÇÕES: PROBLEMAS ACTUAM NO ENSINO DA ARITMÉTICA

Trabalho de Investigação apresentado ao curso de


Ensino Básico, com requisito para a classificação
parcial na disciplina de Didáctica de Matemática
Básica II

Docente: Fernando Alfredo Muchanga

Beira

2021
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................4

1.1. Objectos Gerais:................................................................................................................4

1.2. Objectivos Específicos......................................................................................................4

2. Teorias construtivistas no ensino.............................................................................................5

2.1. Teorias construtivistas no ensino de funções....................................................................6

2.2. Os problemas actuais no ensino da aritmética..................................................................7

3. Conclusão...............................................................................................................................10

4. Referencias Bibliográficas.....................................................................................................11
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1. Introdução
A metafora pedagogica construtuvista tem se tornado cada vez mais aceita os meios
de processo de ensino e aprendizagem. Muitas tentativas de aprofudamento toeirico do
significado desta palavra especificas do ensino tem sido empreendidas a exemplo de varias
disciplinas, como por exemplo a diciplina de Matematica, principalmente quando aborda-se
sobre a artimeterica. Portanto, o presente trabalho pretende analisar como as teorias
construtivistas incidem no processo de ensino aprendizagem da disciplina da matemática.

Contudo, é de referir que para a realização desta pesquisa, foi necessária a consulta de
vários autores que abordam sobre o tema tratado neste trabalho. Em fim, a pesquisa será
apresentada em 3 partes, isto é, a primeira parte será a apresentação do tema, de seguida irei
abordar sobre o tema referido e por fim, abordar-se-á sobre as minhas perspectivas no que a
tange a conclusão do trabalho.

1.1. Objectos Gerais:


 Analisar o uso das teorias construtivistas no ensino de funções.

1.2. Objectivos Específicos


 Conceptualizar a teoria construtivista
 Descrever a influência da teoria Construtivista na disciplina de Matemática nas aulas
de funções
 Descrever os problemas actuais no ensino da aritmética
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2. Teorias construtivistas no ensino de Matemática


A teoria construtivista trata do conhecimento. Mais particularmente, é uma teoria
epistemológica e psicológica que solicita descrever e explicar como se desenvolvem os
conhecimentos. Um importante alerta apresentado pelos autores sobre a concepção
construtivista: esta não deve ser utilizada como um manual a ser seguido, uma vez que as
directrizes apenas auxiliam na tomada de decisões sobre o ensino e devem ser adequadas às
metas de aprendizagem e ao contexto em que será aplicada Moro (2009).
Tarouco (2019) salienta que, de acordo com a teoria, todo ser vivo tende a organizar
os próprios esquemas/estruturas de conhecimento para lidar com o ambiente; e todo ser vivo
tende adaptar-se ao ambiente, mediante os processos de assimilação (incorporação aos
esquemas/estruturas das propriedades presentes no ambiente) e acomodação (modificação de
esquemas/estruturas) para ajustá-los às exigências ambientais. Esse modelo foi arraigado nas
teorias de aprendizagem de Dewey, Piaget, Vygotsky, Gagne e Bruner.
Segundo Chakur (2015, p. 4)

A perspectiva construtivista do ensino e da aprendizagem é oposta à perspectiva do


ensino transmissivo na escola. Este modelo consiste em fazer repetir, recitar, aprender, ensinar
o que já está pronto, em vez de fazer agir, operar, criar, construir a partir da realidade vivida
pelos formandos. Para esta corrente o sujeito é um participante activo, faz interpretações das
experiências, elabora e testa essas interpretações e apropria-se das informações dadas.

Assim, podemos dizer que a teoria construtivista é baseada na ideia de que os alunos
são participantes activos em sua jornada de aprendizagem; o conhecimento é construído a
partir de experiências. Os acontecimentos ocorrem, cada pessoa em sua experiência e
incorpora as novas ideias com seus conhecimentos prévios. Chakur (2015) os alunos
desenvolvem esquemas para organizar o conhecimento adquirido. Segundo o mesmo autor
acima salienta que nesta teoria estão empregue vários tipos de métodos de ensino que alem o
aluno se tornar como centro das atenções. É por esta razão que os professores possuem mais
cargo sobre a administração das suas actividades do que no modelo tradicional e o papel do
tutor passa a ser o de orientador ou facilitador1.

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facilitar é tarefa ambígua e não descreve o que o professor faz. Criar situações que facilitem a aprendizagem é
uma entre várias formas didácticas que o professor pode utilizar para ajudar seus alunos e não pode ficar no lugar
do ato de ensinar Chakur (2015, p. 7)
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2.1. Teorias construtivistas no ensino de funções


Rosenbaum (2016) o conceito de função é encarada como um dos mais principais na
Matemática e seus aspectos mais elementar está presente nas noções mais básicas desta
ciência, como por exemplo, na contagem. Mas, a noção de função, nitidamente personalizada
como objecto de estudo corrente é mais recente. Ponte (1990, citado em Barreto 2008)
descreve a origem e o desenvolvimento deste conceito ao longo da História da Matemática,
sua evolução na Educação Matemática e seu surgimento como um instrumento matemático
fundamental para o estudo quantitativo dos fenómenos naturais, mostrando que este
desenvolvimento histórico foi um processo longo e delicado.

O estudo das funções permite ao aluno adquirir a linguagem algébrica como a


linguagem das ciências, necessária para expressar a relação entre grandezas e modelar
situações problema, construindo modelos descritivos de fenômenos (sic) e permitindo várias
conexões dentro e fora da própria matemática. (Brasil 2006, citado em Barreto 2008, p. 2).

Portanto, o conceito de função abrange compreensões diferentes e múltiplas


representações, fazendo se necessário, compreender o sentido que este conceito pode assumir
em diferentes contextos, quais significados o aluno pode produzir e de que formas isto se
desenvolve no ambiente escolar.

Como educador, é importante compreender a teoria da aprendizagem construtivista e


aplica-la neste tipo de aula. É sabido que contar é algo que crianças, em geral e das mais
diversas culturas, fazem ou podem fazer em dado momento de seu desenvolvimento
psicológico, assim, cada alunamos que entra em sua sala de aula tem uma perspectiva única
de vida que foi criada por suas experiências únicas, como por exemplo as brincadeiras que a
criança tem tido na sua como por vezes a Separe vários balões coloridos. Assim, isso poderá
afectar seu aprendizado. Se a base da teoria construtivista afirma que os alunos constroem
novos conhecimentos sobre o que já possuem, o ponto de partida de sua jornada de
aprendizagem é de extrema importância. As teorias de aprendizagem são tão valiosas quanto
credenciais para educadores; é importante entender o que afectará a jornada de aprendizado de
seus alunos Moro (2019).

Em suma, o que auxilia uma criança a aprender sobre as funções é fazê-la contar,
empregando o sistema de sinais correlativas em condições e actividades diversas para que ela
seja levada a avaliar, a comparar quantitativamente colecções, a elaborar tais inferências
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numéricas como resultados de suas acções. E, dessa forma, provocar-lhe a elaboração de


princípios de ordem lógica, inerentes ao número.

Tarouco (2019) refere que, essa colocação faz sentido se as aulas sobre funções for
visto como um esquema que não se reduz ao recitar a sequência dos nomes dos números, mas
que contém, obrigatoriamente, a acção de correspondência entre cada conjunto de elementos e
a respectiva palavra número, quando cada elemento designado ou indicado pelo dedo, pelo
olhar, guarda seu sentido unitário. É no quadro dessa interdependência de relações de
números e de relações de elementos, no caso da aprendizagem inicial dos números naturais
(Vergnaud, 1985), que o contar é construído como esquema significativo de medir
quantitativamente a realidade, da matemática do mundo pela criança.

2.2. Os problemas actuais no ensino da aritmética


Alguns estudos confirmam que os professores não conseguem abordar de forma
adequada o conteúdo sobre a aritmética, por má vontade ou coisa parecida. Automaticamente
estes levam os professores a ensinar de maneira inapropriada à formação do cidadão crítico e
sujeito de sua história, se tratando do conteúdo em geral. Na matemática, em particular, tal
conjuntura constitui-se uma barreira para a flexibilidade do pensamento algébrico Bertini
(2016).

Um dos maiores problemas na educação decorre do fato que muitos professores consideram os
conceitos matemáticos como objectos prontos, não percebendo que estes conceitos devem ser
construídos pelos alunos. De alguma maneira, os alunos devem vivenciar as mesmas dificuldades
conceituais e superar os mesmos obstáculos epistemológicos encontrados pelos matemáticos.
Solucionando problemas, discutindo conjecturas e métodos, tornando-se conscientes de suas

concepções e dificuldades, os alunos sofrem importantes mudanças em suas ideias (Vergnaud, 1990).

Nas perspectivas de Chakur (2015) ressalta que geralmente as teorias construtivistas


dizem que o professor não deve ensinar os alunos e sim orientá-los para que eles descubram
sozinho o conhecimento. O professor deve criar situações para a aprendizagem do aluno, deve
provocar desafios, deve ser um mediador competente. Mas acabam por tornar-se slogans do
Construtivismo. Em consequência, provocam algumas atitudes que contradizem o ser
professor, pois podem levar ao entendimento de que o ato de ensinar é negativo, ou seja,
quando o professor ensina, ele impede o aluno de construir conhecimentos. Conforme este
mesmo autor acima, `` o ensinar não aparece, o que aparece são maneiras de facilitar a
aprendizagem ´´ (2015, p. 10).
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Bertini (2016) refere que, para além das dificuldades de ensino na altimétrica
encontradas deparadas pelos professores, também podem ser causadas por outras fontes
como:

A diferença entre o saber vivenciado e o escolar: vejamos que a criança, quando


entra na escola, traz consigo noções e conhecimentos adquiridos no seu dia-a-dia através de
conversas, brincadeiras, situações da vida quotidiana. Assim, na escola, encontra-se com um
conhecimento sistematizado, repleto de símbolos e isso pode provocar um conflito, gerando
dificuldades na adaptação desses conhecimentos.

A escola: A falta de um esboço bem determinado e de materiais adequados pode gerar


uma certa desorganização no ambiente escolar e provocar dificuldades de aprendizagem sobre
o ensino da aritmética em seus alunos. Para além disso, os conteúdos mal estruturados, ou que
se apresentam de maneira desorganizada, exigindo dos alunos saltos mentais e a utilização de
conceitos que ainda não assimilou, podem gerar muitas dificuldades.

As concepções negativas de Matemática: as ideias adoptadas sobre a disciplina da


matemática como uma matéria difícil, que só é assimilada por alunos inteligentes, como uma
matéria exacta, pronta e acabada, que precisa apenas ser transmitida, cabendo ao aluno apenas
recebê-la e reproduzi-la, isso acaba fazendo com que algumas pessoas passem a considerar as
dificuldades apresentadas pelos alunos como normais. Essa concepção é transmitida aos
alunos, tornando-se difícil aprendizagem e, portanto gerando algumas dificuldades.

Contudo, a formação matemática dos alunos, além de pretender-se a construção de


uma sólida base de conhecimento na área, deve-se estar atento para a riqueza intelectual que
decorre do constante desenvolvimento cognitivo do sujeito quando a ele propicia-se imersão
no processo do ‘fazer matemática’, que nada mais é que o processo dinâmico ‘assimilação
versus acomodação’ de construção simultânea de conhecimento matemático e de estruturas
mentais. Chakur (2015).

Para além disso, segundo o mesmo autor refere que nos dias actuais, embora não se
perceba, a vida sujeita-se principalmente na matemática. A matemática está presente em
praticamente tudo em nossas vidas, a sua aplicabilidade já é discutida até em outras Ciências.

Entretanto os currículos de matemática, as metodologias e os livros didácticos estão


em descompasso com o mundo moderno. Vivemos em um mundo de alta tecnologia e o
ensino da Matemática não acha-se no caminho de criar relações com este mundo. Recursos
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tecnológicos como a calculadora e o computador, estão cada vez mais presentes nas
actividades do dia-a-dia, no entanto quase não são usados em sala de aula. Assim, muitos
conteúdos que são hoje trabalhados nas escolas desaproveitaram sua relevância enquanto
outros tópicos que envolvem, por exemplo, noções da aritmética são abordadas
fundamentalmente na matemática. Na prática, vê-se um ensino matemático em desligado
entre o que o aluno assimila na escola e o que a sociedade verdadeiramente exige dos seus
cidadãos Bertin (2018).

Portanto, cabe aos professores, à missão de aprontar o maior número possível de


cidadãos conscientes, e preparados para os desafios do mundo. Abandonar os padrões
tradicionais e inserir um novo conceito didáctico que desperte a curiosidade e estimular o
raciocínio lógico para o treinamento à vida é a justificativa.
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3. Conclusão
Esta pesquisa, optou-se em abordar sobre as teorias construtivistas nos processos de
ensino e aprendizagem da disciplina de matemática. Assim, após o desenvolvimento da
pesquisa, pude compreender que, o construtivismo traz a ideia de que nada, a rigor, está
pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma
instância, como algo terminado, mais sim constitui-se pela interacção do Indivíduo com o
meio físico e social. Portanto, a matemática exposta em sala de aula só será entendida quando
esta traz uma significação para o aluno. A significação é função da realidade do sujeito de
conhecimento. Logo, o educador, enquanto articulador da construção desse conhecimento
deve conhecer a realidade com a qual vai trabalhar isso significa que inicialmente ele tem que
aprender com seus alunos primeiramente.
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4. Referencias Bibliográficas
Barreto, Leite. (2008). Piaget e a educação: exame crítico das propostas pedagógicas
fundamentadas na teoria psicogenética: Porto Alegre, v. 19.

Bertini, Luciane (2016). Dificuldades de aprendizagem em aritmética nas séries


iniciais. Universidade Federal de São Carlos.

Bertini, Luciane. (2018). Problemas de aritmética na escola primária no final do


século XIX. Universidade Federal de São Paulo.

Chakur, C. Ribeiro; Silva, Rita Cássia e Massabni, Vânia. (2015). O construtivismo no


ensino fundamental: Um caso de desconstrução. UNESP.

Moro, L. Maria. (2009). Construtivismo e educação matemática. São Paulo: UFPR v.


09.

Rosenbaum, S. Luciane (2016). Construtivismo no ensino de funções trigonométricas:


Limites e possibilidades. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil.

Tarouco, Lacerda Vanessa. (2019). Concepções epistemológicas dos professores:


desafios para o ensino da matemática nos anos iniciais. Universidade Federal do Mato
Grosso: CURIBA.

Vergnaud, G. (1981). Psicologia na educação: articulação entre pesquisa, formação e


prática pedagógica Traduzido Por Lima Ernesto.

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