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INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVAS
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Mestranda em Educação Matemática do Programa de Pós- Graduação em Educação Matemática da
Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, UFMS, Campo Grande/MS, Bolsista da CAPES –
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
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Professor Doutor do Departamento de Matemática e Programa de Pós - Graduação em Educação
Matemática da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, UFMS, Campo Grande /MS.
O objeto teve sua gênese a partir de um trabalho de pesquisa que desenvolvi como
trabalho de conclusão do curso de graduação, no qual foi realizado um estudo de
dissertações sobre o mesmo tema, todas voltadas ao ensino superior e também foi realizada
uma experimentação com alunos em sala de aula. Procurei investigar os conceitos
pertinentes à convergência de sequências numéricas a partir de atividades, com acadêmicos
de um curso de licenciatura em Matemática. O que mais motivou a escolha do estudo deste
tema é o fato de que na disciplina de cálculo já foram identificados vários tipos de
entraves, que acabam por contribuir para a ocorrência de um número elevado de
reprovações. Com essa pesquisa foi possível observar dificuldades relativas ao aprendizado
desse tema e algumas de suas consequências para a formação de colegas de turma. Dentre
as dificuldades de aprendizagem observadas destacamos: Associação de sequências
numéricas apenas a Progressão Aritmética e a Progressão Geométrica; o “horror ao
infinito”, por exemplo, expresso na possibilidade de um conjunto infinito ser limitado; e
também quanto à determinação de domínios e contradomínios de funções. Segundo
Sierpinska (1985), esses obstáculos aparecem com muita frequência no estudo do tema.
Além disso, houve valiosas contribuições decorrentes da leitura de outros trabalhos, em
particular de Nunes (2001), ao propor uma análise do tema nos livros didáticos, já que eles
constituem um dos principais alicerces do professor.
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
REFERENCIAL TEÓRICO
Ao optarmos pela teoria das situações como base teórica de nossa pesquisa,
poderemos abordar algumas idéias de contrato didático e de obstáculos, visto que eles
podem ser determinantes nas relações envolvendo professor, aluno e saber matemático.
inglês Mason (1996), afirma ser o ato de sensibilizar-se pela a distinção entre “olhar
através” e “olhar para”, o que implica “ver a generalidade no particular” e “ver o particular
no geral”. Isto é, observando uma regra geral pode-se identificar qualquer termo da
sequência, o aluno vê “o geral” e ao mesmo tempo percebe “o particular.” Acreditamos ser
necessária tal distinção como forma do aluno não decorar parte de um conhecimento,
fórmulas, etc, e sim, saber apreciar, diante de várias situações, o que realmente aprendeu.
REFERENCIAL METODOLÓGICO
Nas análises preliminares faremos estudos e análises teóricas sobre o tema que
orientarão as demais etapas do desenvolvimento da parte experimental da pesquisa. Na
fase de Concepção e análise a priori será feita uma seleção de atividades, sem perder de
vista os objetivos do nosso objeto de estudo, na qual devem ser instituídas as variáveis
didáticas, assim, faremos uma previsão do desempenho dos alunos, levantando possíveis
dificuldades e estratégias mobilizadas por eles durante as atividades propostas. A fase de
experimentação constitui da aplicação de atividades com os alunos. Na análise a posteriori
Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática
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Pôster
X Encontro Nacional de Educação Matemática
Educação Matemática, Cultura e Diversidade
Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010
e validação será realizada uma análise dos protocolos contendo produções dos alunos,
além das observações feitas em sala de aula e de dados recolhidos na experimentação,
como entrevistas individuais e questionários. É aqui onde ocorre a validação da pesquisa,
que consiste na confrontação entre a análise a priori e a posteriori.
Acreditamos que a metodologia proposta nos dará subsídios e que com ela
promovermos o surgimento de situações adidáticas, no sentido que propõe Brousseau
(1986) e podermos desenvolver nossa pesquisa a partir da análise das sessões de atividades
realizadas.
RESULTADOS ESPERADOS
Diante do que foi exposto acima, esperamos que nossa pesquisa possa encadear um
ambiente construtivo, em que possamos investigar o aluno como protagonista no processo
de construção de seu próprio conhecimento. Desta forma, ansiamos pelo envolvimento
deles na resolução dos problemas propostos, a fim de que raciocinem, conjecturem,
elaborem relações, conceitos, a partir de seus próprios procedimentos. Acreditamos que ao
propor um trabalho com situações-problema, o aluno poderá dar significado ao tema e
passar a vê-lo como um saber totalmente ligado a outros saberes. Com o tema sequências
numéricas pretendemos favorecer a conexão com alguns aspectos do conceito de função,
assim como explorar a noção do infinito presente no tema, a fim de possamos investigar e
analisar dificuldades e superações do aluno diante de sequências numéricas com algumas
peculiaridades.
Esperamos que nossa pesquisa contribua com subsídios para as pesquisas sobre
essa temática e também que possa auxiliar nas escolhas metodológicas relativas a
conhecimentos específicos e, consequentemente, para a melhoria do aprendizado de
conteúdos matemáticos dos alunos nesse nível de escolaridade.
REFERÊNCIAS
FREITAS, J. L. M., Teoria das Situações Didáticas. In: M.S. (Org). Educação
Matemática: uma nova introdução. 3ª ed. São Paulo: Ed. PUC, 2008.
MASON, J. Expressing Generality and Roots of Algebra. In. BEDNARZ, N.; KIERAN,C.;
LEE,L. (Ed). Approaches to Algebra: Perspectives for Research and Teaching.
Netherlands: Kluwer Academic Publishers, 1996, p. 65-86.