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INTRODUÇÃO
2. PERCURSO METODOLÓGICO
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IMENES, L. M.; LELLIS, M. MILANI, E. Coleção Matemática Para Todos, Volume da 3ª Série. São
Paulo: Editora Scipione, 2004. p. 130-135. As atividades permanecem publicadas na mesma ordem
seqüencial na edição reformulada, que corresponde à Coleção do Projeto Conviver (Matemática 4º Ano)
da Editora Moderna, 2009.
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Para Henry (2006) a análise prévia corresponde a uma análise teórica, que por sua vez, consiste no
conjunto de estudos que contribuem para: o conhecimento do saber em jogo numa situação didática
(análise epistemológica); para a descrição de seu funcionamento na evolução de uma situação (análise
didática) e contribui também para o estudo dos comportamentos possíveis dos alunos em sua gestão
(análise pedagógica).
Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática
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Comunicação Científica
X Encontro Nacional de Educação Matemática
Educação Matemática, Cultura e Diversidade
Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010
Para discutir os resultados finais da pesquisa optamos por ilustrar o artigo com
apenas uma das atividades que integram as sequências didáticas vivenciadas nas
situações de aprendizagem e avaliação, que se encontra representada na Figura 1. Como
podemos observar, a atividade contempla situações distintas, os itens a, b e c exploram a
relação parte/todo com o inteiro discreto (coleção de selos) e, no item d, o inteiro é
contínuo (polígono). Na Tabela 1, verificamos as frequências e percentuais referentes ao
sucesso e insucesso do aluno na realização da atividade, nas situações de aprendizagem e
situação de avaliação, das quais participaram 36 e 37 alunos respectivamente. A partir
daí, apresentamos a análise dos efeitos didáticos resultantes do jogo de variáveis e suas
cotas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nas atividades que integram a sequência didática sugerida pelo livro didático
predominam as situações em que o significado parte/todo é explorado com o inteiro
contínuo. A relação parte-todo se caracteriza por um inteiro, contínuo ou discreto, do
qual uma parte pode ser associada a um número fracionário. Convenciona-se, então, que
o inteiro pode ser dividido em partes “iguais” ou equivalentes (em área/superfície ou em
quantidade de elementos), para que a parte em questão possa ser quantificada. Portanto,
cada parte pode ser expressa por uma fração. Nessa pesquisa, constatamos a dificuldade
do aluno em transferir a idéia de dividir o inteiro em partes iguais para as situações cujo
inteiro foi representando por uma quantidade discreta. A análise dos registros efetuados
nos protocolos, relativos às atividades sugeridas na sequência didática, fornece indícios
de que as soluções apresentadas foram efetivadas sem a devida compreensão por parte
do aluno. Pois, os erros são continuamente repetidos pelo aluno em diferentes situações
e contextos, ao realizar as conversões entre os registros de representação do número
racional. Portanto, a interação do aluno com o meio: a sequência didática, proposta
pelos autores do livro didático não é suficiente para garantir a aprendizagem do
significado parte/todo do número racional. Seriam necessárias adequações nas variáveis
didáticas utilizadas na elaboração do dispositivo de ensino para minimizar a ocorrência
dos efeitos didáticos.
REFERÊNCIAS
BROUSSEAU, Guy. Recherches em didactique des mathématiques Paris : La pensée
sauvage, 1986. (Tradução Livre)
MEIRIEU, Philippe. Aprende... sim, mas como? Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.