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UNIVERSIDADE LICUNGO
LICENCIATURA EM DIREITO
TIPOS DE CONHECIMENTO
Beira
2024
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TIPOS DE CONHECIMENTO
Beira
2024
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Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 4
Objectivos ........................................................................................................................................ 4
1. Conhecimento .............................................................................................................................. 5
Conclusão ...................................................................................................................................... 12
Introdução
Objectivos
Geral:
Compreender quais são os tipos de Conhecimento.
Específicos:
Apresentar conceito de conhecimento;
Procedimentos Metodológicos
1. Conhecimento
Segundo Aurélio (2002), a palavra conhecimento tem origem no latim, da palavra cognoscere,
que significa acto de conhecer. Conhecer, no latim, também advém do mesmo radical gno,
presente na língua latina e no grego antigo, da palavra gnose, que significa conhecimento, ou
gnóstico, que é aquele que conhece.
De acordo com Marconi & Lakatos (2008), Conhecer é o acto de apreender, de ser capaz de
abstrair leis do entendimento e entender algo. Conhecimento é o atributo de quem conhece, isto é,
é aquilo que resulta do ato de conhecer, entender etc.
O conhecimento é possível apenas ao ser humano. Os animais, por outro lado, desenvolvem
mecanismos de aprendizagem por meio da experiência prática e da repetição de experiências,
porém o conhecimento complexo, efectivo e racional somente é apreendido por nós (Idem).
Desde que a linguagem foi desenvolvida, o ser humano busca mecanismos para conhecer e
estabelecer relações entre o mundo e as suas experiências com ele, tentando desmistificar e
entender a complexidade da existência. Por isso, desenvolvemos, ao longo de mais ou menos dez
milénios, variadas formas de entender o mundo, o que atesta a existência de diversos tipos
diferentes de conhecimento.
Na óptica de Marconi & Lakatos (2008), o conhecimento de senso comum também pode
manifestar crenças e opiniões verdadeiras, porém é necessário ter cuidado com esse tipo de
conhecimento quando se quer algo para se embasar e afirmar com certeza, pois o conhecimento
de senso comum não requer nenhum tipo de validação ou método que ateste o seu sentido lógico
racional ou a sua veracidade.
Chassot (2004) diz que, é um conhecimento que existe desde a época dos homens das cavernas. É
um conhecimento passado de geração em geração, e que, de certa forma, deu origem a todos os
outros tipos de conhecimento. A grande maioria dos factos do nosso quotidiano actual teve
origem no senso comum, e muitas vezes, por mero acaso.
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Segundo Chassot (2004), o conhecimento religioso talvez seja tão antigo quanto o conhecimento
popular. Faz parte da característica humana buscar explicações para suas dúvidas. Por exemplo,
ter a noção de que a fumaça indica a presença de fogo na mata admite uma explicação natural.
Em outras palavras, se existe fumaça, com certeza há algo queimando.
Santos (2015) diz que, “com base na fé, a união entre o conhecimento e as religiões, chamado de
teologia, visa estruturar sistemas de conhecimento baseados em verdades não-demonstráveis e
indubitáveis, chamados de dogmas. A religião garante a ligação entre o que é humano e o que é
divino”. Esses dogmas reforçam um acto de conhecimento comum na religião: a divisão entre o
que é profano e observável e o que é sagrado e misterioso. A partir dessa ideia, há uma
hierarquização dessa divisão, que confirma o poder divino sobre os indivíduos.
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Entretanto, pode ter havido muitos casos em que o homem antigo deve ter-se perguntado sobre o
porquê de determinado fenómeno (por exemplo, o que é, e porque ocorre um eclipse lunar) e não
tenha conseguido uma explicação natural. Assim, surgia então uma explicação sobrenatural, um
mito, que teria a função de tranquilizar o homem, porque esse mito forneceria a explicação
necessária para a sua dúvida.
De acordo com Marconi & Lakatos (2008), desde a mais remota antiguidade, o homem percebia
que a natureza era regulada por ciclos: o ciclo do dia e da noite, o ciclo das marés (alta e baixa),
os ciclos da lua (cheia, minguante, nova e crescente) e o ciclo das estações. Entretanto, o homem
não sabia o porquê desses ciclos. E, muito pior, quando acontecia algo anormal dentro de um
ciclo esperado, ou um evento da natureza que ele não tinha como prever (uma inundação, um
terramoto, uma erupção de vulcão etc), as explicações para esses acontecimentos inexplicáveis
era também inexplicável. Nesse contexto, surgem os deuses, senhores dos acontecimentos, como
responsáveis por esses fenómenos naturais. Para haver controlo da situação, é preciso angariar a
simpatia ou aplacar a ira de um desses deuses com sacrifícios, muitas vezes humanos.
O conhecimento filosófico nasce a partir de reflexões que pessoas fazem sobre questões
subjectivas. Surgiu, portanto, da capacidade das pessoas de pensarem sobre questões imateriais,
subjectivas e conceituais. Então, é um conhecimento racional (Chassot, 2004).
Não são teorias que podem ser testadas. Por esse motivo, não é um conhecimento verificável.
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Em outras palavras, o conhecimento filosófico que construiu algumas ideias e conceitos que
explicam questões sobre o mundo e a vida humana que temos nos dias atuais. Um exemplo desse
tipo de conhecimento é: Qual é o sentido da vida? O que é o tempo? Qual é o futuro da
humanidade?
A actividade filosófica é uma reflexão crítica sobre as bases que tornam todas as formas de
conhecimento possíveis. E, para além disso, volta-se também para a reflexão crítica sobre sua
própria actividade e construção (Marconi & Lakatos, 2008).
Segundo Aurélio (2002), “a palavra ciência vem do latim e significa conhecimento. A ciência
representa todos os conhecimentos obtidos a partir de estudos e práticas, para encontrar solução
de algum problema”. Para ser científico, o conhecimento deve ser validado e demonstrado através
de investigações e experimentações.
De acordo com Matallo Júnior (1989), o conhecimento científico começa a partir do momento em
que as explicações saem do campo da opinião (eu acho que) e entram no mundo do método da
ciência (eu sei que).
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De acordo com Marconi & Lakatos (2008), o senso comum é um conjunto de informações não
sistematizadas, fragmentadas. A partir do momento em que essas informações começam a ser
justificadas por meio de argumentos aceitáveis, o senso comum começa a evoluir em direcção à
ciência. Em outras palavras, o senso comum trabalha com o juízo de valor, com o subjectivo.
Assim, não há como determinar se uma opinião é boa ou má, verdadeira ou falsa. O
desenvolvimento científico leva esses comportamentos informais a um formalismo, um padrão
aceitável pela maioria como verdade.
Assim, a ciência pode ser definida como um conjunto de proposições coerentes, objectivas e
desprovidas (até certo ponto) de valorações (Matallo Jùnior, 1989). O mesmo autor nos ensina
que o conhecimento científico tem início em problemas que visam solucionar questões práticas
ou explicar irregularidades em padrões da natureza. Esses problemas criam teorias que devem ser
validadas por um programa investigativo de pesquisa. Tais programas visam determinar leis que
explicam e permitem fazer previsões (nem sempre infalíveis).
A ciência é extremamente rigorosa em suas proposições, que, por sua vez, são fortemente
baseada em factos verdadeiros.
Marconi e Lakatos (2008) nos ensinam que o conhecimento científico é basicamente factual
(baseado em factos), mas também pode ser racional e formalizado (caso da Lógica e da
Matemática). A ciência factual distingue dois tipos de factos:
Os factos naturais: que deram origem às ciências exactas, biológicas, da terra e da saúde;
Os factos sociais: que deram origem às ciências humanas, tais como a Sociologia, a
Antropologia, o Direito, a Economia, a Psicologia, a Educação, a Política etc.
O conhecimento científico e o senso comum podem ser considerados duas formas de pensamentos
distantes de como o Homem se relaciona com a verdade. No conhecimento científico, a sua base
para afirmar uma verdade passa por experimentos e métodos científicos, que comprovam a
confiabilidade de uma hipótese (Marconi & Lakatos, 2008).
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Já o segundo conceito é uma herança cultural que se torna uma constante, fundamentada em
crenças e hábitos de uma determinada sociedade. Além disso, não é questionável e apenas
determina o motivo sem apresentar os caminhos que conduziram a uma conclusão (Marconi &
Lakatos, 2008).
No entanto, embora a ciência seja a fonte de conhecimento que apresenta mais segurança, é
importante ressaltar que o senso comum pode ser capaz de fornecer hipóteses para as pesquisas
científicas. Por isso, é possível considerar que o senso comum é um elemento impulsionador da
ciência.
Segundo Santos (2015), “o senso comum pode ser um bom ponto de partida para se chegar a
conhecimentos mais seguros”. Na óptica de Chassot (2004) “a ciência é apenas senso comum
treinado e organizado”.
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Conclusão
Terminado o presente trabalho conclui-se que, a palavra conhecimento tem origem no latim, da
palavra cognoscere, que significa acto de conhecer. Conhecer, no latim, também advém do
mesmo radical gno, presente na língua latina e no grego antigo, da palavra gnose, que significa
conhecimento, ou gnóstico, que é aquele que conhece. O conhecimento é, uma forma de
compreender a realidade. Quanto a tipologia do conhecimento, foi possível compreender que,
existem quatro (4) tipos de conhecimento, nomeadamente: o conhecimento popular ou senso
comum, o conhecimento religioso, o conhecimento filosófico e o conhecimento científico.
O conhecimento científico e o senso comum podem ser considerados duas formas de pensamentos
distantes de como o Homem se relaciona com a verdade. No conhecimento científico, a sua base
para afirmar uma verdade passa por experimentos e métodos científicos, que comprovam a
confiabilidade de uma hipótese. Já o segundo conceito é uma herança cultural que se torna uma
constante, fundamentada em crenças e hábitos de uma determinada sociedade. Além disso, não é
questionável e apenas determina o motivo sem apresentar os caminhos que conduziram a uma
conclusão.
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Referências Bibliográficas
Aurélio, António O. (2002). Dicionário da Língua Portuguesa. Ática. São Paulo, SP.
Chassot, Attico. (2004). A Ciência através dos Tempos. 2ª Ed. Moderna. São Paulo, SP.
Ferreira, A. B. H. (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª Ed. Nova Fronteira. Rio de
Janeiro, RJ.
Gil, António Carlos. (1989). Como Elaborar Projectos de Pesquisa. 4ª Ed. Atlas. São Paulo, SP.
Santos, Carlos José Giudice. (2015). Metodologia Científica: Tipos de Conhecimento. Revista
Brasileira. Artmed. São Paulo, SP.