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Introdução

Este presente trabalho falará na sua totalidade do Marxismo, no qual veremos o Marxismo
como sistema ideológico que critica radicalmente o capitalismo e proclama a emancipação da
humanidade numa sociedade sem classe igualitária. Falaremos também do factor económico
ou teoria económica de Marx, nisso veremos também que Marx afirmava que "o valor da
força de trabalho é determinado, como no caso de qualquer outra mercadoria, pelo tempo de
trabalho necessário a produção é consequentemente a reprodução desse artigo especial".

Esperamos abordar o tema de melhor maneira.


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1. O Marxismo

Marxismo é o conjunto de ideias filosóficas, económicas, políticas e sociais que foi


elaborado e desenvolvido por Karl Marx (1818-1883) e seu colaborador, Friedrich Engels
(1820-1895) em meados de 1848.

Seus pensadores perceberam que o trabalho é o conceito chave da teoria marxista e a luta de
classes seria “o motor da história”, bem como a produção dos bens materiais seria o factor
condicionante da vida social, intelectual e política.

Por outro lado, os “socialistas utópicos” já teorizavam sobre os meios capazes de solucionar a
diferença entre os membros do proletariado e da classe burguesa dominante.

Contudo, foram Marx e Engels os empreendedores da reflexão sobre as


relações humanas e as instituições que regulavam as sociedades, donde
surgem os princípios que fundamentaram o marxismo, também conhecido
como “socialismo científico”( KRAG, 2003).

Portanto, para os marxistas, é necessário atrelar o pensamento à prática revolucionária,


unindo conceito à práxis como forma de transformar o mundo.

Contudo, aqueles pensadores sobrestimaram a previsibilidade das sociedades humanas, uma


vez que os países que se autoproclamavam marxistas não seguiram à risca os preceitos de
Marx.

Vale citar que as principais correntes do marxismo foram a social democracia, presente nos
países ocidentais até os dias actuais e bolchevismo, extinto com a queda da URSS.

Ademais, a obra basilar do marxismo é “O Capital”, publicado em 1867, 1885 e 1894, em


três volumes, editados por Engels, a partir dos manuscritos de Marx.

Esta obra permanece como leitura básica e ainda é influente nos campos da filosofia, bem
como em outras áreas das ciências humanas e artes.

O marxismo inspirou diversas revoluções e governos, como a bolchevique de Vladimir


Lenine e León Trotsky, na Rússia em 1917 e, após a Segunda Guerra Mundial, na formação
da República Popular da China, no Vietnam, na Alemanha Oriental, na Polónia, Coreia do
Norte e, mais recentemente, em Cuba.
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1.1 Teoria Marxista

Desenvolvida em quatro níveis fundamentais, a teoria marxista se agrupa nos níveis


filosófico, económico, político e sociológico, segundo a ideia de “transformação
permanente”.

Fica explicito, com essa abordagem, que mesmo quando buscamos definir o ser humano a
partir da linguagem, religião, dentre outros, somente podemos entendê-lo ao compreender as
forças que produzem e reproduzem as condições de existência, donde torna-se basilar a
análise das condições materiais da existência humana em sociedade.

Por outro lado, o marxismo foi testado a partir de três tradições intelectuais desenvolvidas
na Europa do século XIX a saber:

1. O idealismo alemão de Hegel;


2. A economia-política de Adam Smith;
3. A teoria política do socialismo utópico, de autores franceses.

A partir destas concepções, foi possível estudar a humanidade e o que determinou seu
materialismo.

Para Marx, a história seria um processo de criação, satisfação e recriação


contínuas das necessidades humanas. Estas não podem ser compreendidas
fora do contexto histórico e seu determinismo material historicamente
localizado(KRAG, 2003).

O conhecimento liberta o homem, por meio da ação deste sobre o mundo, possibilitando,
inclusive a ação revolucionária contra a ideologia dominante, a qual sempre busca retardar e
escamotear as contradições do sistema capitalista.

Portanto, o marxismo percebe a luta de classes como meio para o fim dessa exploração, bem
como para instituição de uma sociedade onde os produtores seriam os detentores de sua
produção.
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Sobre o “Estado”, Marx percebeu que não seria um ideal de moral ou de razão, mas sim uma
força externa da sociedade que se colocaria acima da mesma.

Contudo, isso seria, na realidade, uma forma de garantir a dominação da classe dominante,
mediante a manutenção da propriedade.

Assim, o Estado teria surgido concomitantemente a propriedade privada, como uma forma de
protegê-la, o que torna qualquer Estado, por mais democrático que seja, uma ditadura.

Karl Marx e Friedrich Engels demonstraram que as ferramentas do Estado para efectivar sua
dominação seriam: a burocracia, a divisão territorial dos cidadãos, bem como o monopólio
da violência, garantida por um exército permanente.

Desse modo, fica implícito que a revolução armada seria um caminho, assim
como socialismo, o qual seria a etapa intermediária entre o Estado burguês e o Comunismo,
quando não mais haveria a divisão da sociedade em classes, bem como seria o fim do modo
de produção capitalista, o qual desapareceria junto com a divisão por classes sociais.

Essa seria a “Ditadura do Proletariado”, caracterizada pela absorção das funções sociais
destinadas ao Estado. Note que desapareciam, também, as características estatais, tal como a
burocracia e o exército permanente.

Por fim, o governo proletário cederia em função de uma sociedade comunista, na qual o
Estado e as propriedades seriam extintas permanentemente.

1.2 Mais Valia e Alienação

Dentre os vários conceitos marxistas, destacam-se os de “mais valia” e “alienação”. Eles


referem-se ao trabalhador, o qual produz mais do que foi calculado, criando um valor muito
superior ao que lhe é restituído na forma de salário.

Assim, este trabalho excedente não é pago ao trabalhador, pois o lucro será utilizado pelo
capitalista para aumentar ainda mais o seu capital, assim como o estado de dominação sobre o
trabalhador.
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Enfim, “mais valia” é a diferença entre o que o operário recebe (salário) e o que produziu
efectivamente. Por outro lado, a “alienação” ocorre quando o produtor não se reconhece no
que produz, fazendo o produto surgir enquanto um poder separado do produtor.

1.3 Materialismo Histórico e Dialéctico

O materialismo histórico é o modo de compreender as sociedades humanas a partir da forma


pela qual os bens de produção são produzidos e distribuídos entre os seus integrantes ao
longo do tempo, definindo assim os “Modos de Produção” (Primitivo, Asiático, Escravista,
Feudal, Capitalista e Comunista).

Por outro lado, o materialismo dialéctico seria, basicamente, a luta de classes, uma das
"molas mestras" e fundamentais, a qual gera as transformações históricas.

A superação definitiva de um sistema por outro, seria fruto das lutas de uma sociedade
divididas em classes, onde os trabalhadores conduzem o processo revolucionário no qual
tomam o controle do Estado, como no caso da Revolução Francesa, quando a burguesia
vence a nobreza e toma seu lugar.

Portanto, o materialismo histórico e o materialismo dialético são, de fato, conceitos inter-


relacionados, nos quais o primeiro seria panorâmico e o segundo retrata os processos de
mudança social.
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2. O Factor económico de Marx

Marx afirmava que "o valor da força de trabalho é determinado, como no caso de qualquer
outra mercadoria, pelo tempo de trabalho necessário a produção é consequentemente a
reprodução desse artigo especial".

Por sua característica o capitalismo tende a separar as classes sociais de modo sempre
crescente: com o avanço tecnológico, o número cada vez maior de trabalhadores e rebaixando
em suas técnicas, e passa a realizar operações de rotina e tarefas repetitivas. Alem disso, a
substituição dos homens pelas maquinas faz aumentar o exército de reserva dos
desempregados - consequência de modo de produção capitalista, que mantém a produção de
poderes dos capitalistas e permite abundantes ofertas de trabalhos a salários de subsistência.
Aliás, entre os próprios capitalistas difusão do maquinismo e da dinâmica do sistema fazem
desaparecer os pequenos empresários, ou os de menor recursos, que também se tornam
dependente dos proprietários dos meios de produção.

2.1 Teoria económica de Marx

Marx começou a sua análise do Capitalismo com uma análise de mercadoria. A primeira
frase do Capitalismo diz: "a riqueza daquelas sociedades em que o modo de produção
capitalista prevalece, se apresenta como uma imensa acumulação de mercadoria".

Sob a teoria de valor de trabalho, o valor de direito de uma mercadoria se encontra


socialmente no tempo de trabalho nela investido. Mas as mercadorias também tem um valor
de uso (isto é, a utilidade directa que se obtém delas) é um valor de troca (mais ou menos
equivalente ao seu preço de mercados, apesar de que a economia de Marx em tempo de
trabalho). Por exemplo o uso de valor de uso de uma cenoura está em come-la e saciar a
fome, enquanto seu valor de troca está na quantidade de ouro (cujo valor verdadeiro também
está no trabalho despendido para a sua extracção) pela qual poderia ser vendida.
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No entanto, os capitalistas não pagam seus trabalhadores o valor total das mercadorias que
produzem. A diferença entre o valor que o trabalhador produz o seu salário é uma forma de
trabalho não remunerado conhecido por mais - valia.

Alem disso, Marx nota que os mercadores tendem a obscurecer as relações sócias e os
processos de produção, um fenómeno que ele chamou de fetichismo da mercadoria.

Os consumidores enxergam a mercadoria somente em termo de mercado. Ao buscar poder


algo somente para ser uma propriedade privada, seria considerado somente seu valor de troca,
não seu valor de trabalho.

A economia marxista geralmente nega o Trade-off de tempo por dinheiro. No ponto de vista
marxista é trabalho que define o valor das mercadorias as relações de trocas depende de que
haja trabalho prévio para determinação de preço.

A escassez de qualquer recurso físico em particular é subsidiário à questão central das


relações de poder atrelada ao monopólio dos meios de produção.
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Conclusão

Após a materialização do presente trabalho concluímos que, a Teoria Marxista tornou-se


uma ideologia que se estendeu a regiões de todo o mundo e embaça governos até os dias de
hoje. No qual Marx se denominava um materialista, não idealista. Desta forma, as reformas
económicas socialistas, baseada nos conceitos marxistas, também foram responsáveis por
milhões de mortes no século passado, causadas por guerras e pela fome generalizada; e
também a  Revolução Russa foi o maior experimento de engenharia social na história da
humanidade.
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Bibliografia

REIS, José Carlos. A História entre a Filosofia e a Ciência. Série Fundamentos, S/D.

KRAG, Helge. Introdução à historiografia da ciência. Porto: Porto Editora, 2003.


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Índice
Introdução..........................................................................................................................................1

1. O Marxismo...................................................................................................................................2

1.1 Teoria Marxista............................................................................................................................3

1.2 Mais Valia e Alienação................................................................................................................4

1.3 Materialismo Histórico e Dialéctico............................................................................................5

2. O factor económico de Marx.........................................................................................................6

2.1 Teoria económica de Marx..........................................................................................................6

Conclusão..........................................................................................................................................8

Bibliografia........................................................................................................................................9

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