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TIPOS DE CONHECIMENTO E RELAÇÃO ENTRE CONHECIMENTO

SENSO COMUM E CONHECIMENTO CIENTÍFICO

Isolada da Gloria Alberto Pápio

Mestranda da Universidade Católica de Moçambique


– Faculdade de gestão de recursos Florestais e
Faunísticos

Número de matrícula: 711230137

Disciplina: Metodologia de Investigação Cientifica

Resumo

Buscando reflectir sobre os aspectos inerentes aos tipos de conhecimento e relação entre
conhecimento senso comum e científico. O conhecimento é uma composição do sujeito, do
objecto e da imagem na situação real, que divide-se em diversos tipos como: conhecimento
popular (senso comum), filosófico e teológico (religioso) onde o senso comum traduz-se num
conhecimento transmitido de geração em geração, por meio de educação informal; científico é
transmitido por meio de treinamento adequado; religioso é uma doutrina religiosa, cuja verdade
se espera que as pessoas aceitem sem questionar e o filosófico é um conhecimento fundamentado
na lógica e na construção de conceitos. A relação entre o senso comum e cientifico, possuem ema
mesma finalidade de organizar informações que possam explicar ou dar sentido ao mundo e as
coisas, em outras palavras essas diferentes áreas são produtoras de conhecimentos.

Palavras-chave: tipos de conhecimento; conhecimento senso comum: conhecimento científico.


1. Introdução

Em busca de explica os diferentes tipos de conhecimento e relação entre conhecimento senso


comum e conhecimento cientifico. O conhecimento actualmente pode ser definido como conjunto
de conhecimentos organizados sobre as realidades através de métodos científicos (bravo, 1985;
referido por Almeida & Freire, 2003. Ferrari (1974). Os conhecimentos subdividem em diversos
tipos como o popular ou comum, cientifico, filosófico e teológico (religioso). (Marconi &
Lakatos, 2003; Lukas & Santiago, 2004). É uma forma de explicar os fenómenos das relações
seja de conhecimento senso comum, cientifico as formas de compreender o conhecimento
emergem por vários caminhos. Embora que os tipos de conhecimento, existem diversas formas de
conhecer e interpretar o mundo, cada uma delas possui características especificas que as
distinguem das demais.

2. Desenvolvimento

2.1. Conceitos básicos

2.1.1. Conhecimento

Ferrari (1974), define como ‘‘todo um conjunto de atitudes e actividades racionais dirigidas ao
sistemático conhecimento com objecto limitado capaz de ser submetido a verificações’’. (citado
por Marconi & Lakatos, 2003 p.80). Por outra o conhecimento divide-se em diversos tipos que
são o conhecimento popular ou senso comum, o cientifico, o filosófico e teológico que também
pode ser denominado de religioso. (Marco & Lakatos, 2003; Lukas & Santiago, 2003)

2.1.2. Conhecimento popular ou senso comum

Conhecimento popular, por vezes designado de comum, traduz-se num conhecimento transmitido
de geração em geração por meio de educação informal, assente na imitação e experiencia pessoal
(empírico), ou seja, é o modo corriqueiro e espontâneo de conhecer b, adquirido no trato directo
com as coisas e com os seres Humanos, utilizado em larga escala no quotidiano dos indivíduos.
(Lakatos & Marconi; 2003).
2.1.3. Conhecimento científico

É transmitido por meio de treinamento adequado, obtido racionalmente mediante procedimentos


rigorosos (métodos científicos). Tem como objectivo explicar porque e como os fenómenos
ocorrem na tentativa de evidenciar os factos que estão correlacionados’’ numa perspectiva mais
ampla do que a relacionada com mero facto. (Ibiden, p. 75)

2.1.4. Conhecimento religioso (teológico)

Segundo o dicionário Houaiss, conhecimento de origem religiosa ou místico é dogmático, em que


podemos definir Dogma, como sendo um ponto fundamental de uma doutrina religiosa,
apresentando como certo e indiscutível, cuja verdade se espera que as pessoas aceitem sem
questionar, pressupõe o acto de fé, ou seja, o sujeito tem que acreditar cegamente no mesmo.
Temos como exemplo, acreditar em Jesus, Alá, Maomé, Buda, Lansã, entre outros mais.

2.1.5. Conhecimento filosófico

De acordo com o Dicionário Houaiss, este tipo de conhecimento é fruto do raciocínio e da


reflexão humana que apresenta natureza especulativa sobre fenómenos, gerando conceitos
substantivos, busca explicar os fenómenos gerais do universo, ultrapassando os limites formais da
ciência. Exemplo: ‘‘ser é perceber-se e ser percebido!’’ (Lichtenberg)

2.2. Relação entre conhecimento senso comum e conhecimento científico

A relação entre os dois conhecimentos pode ser matéria de observação tanto para o cientista
quando para o homem comum; o que leva um ao conhecimento científico e o outro ao vulgar ou
popular é a forma de observação. Já para o sociólogo Boaventura de Sousa Santos, a aproximação
entre o senso comum e o científico permite que o senso comum se torne mais crítico e menos
supersticioso e o científico mais acessível e inteligível a todos. A relação entre esses dois tipos de
conhecimento é abordada pelo Santos (1989) na concepção de que a Ciência se opõe a opinião
pois, para essa nada é dado, tudo se constrói. O senso comum representa a experiencia imediata,
o conhecimento Vulgar, as opiniões. Apesar de terem procedimentos diferentes, o senso comum e
a ciência não são sumariamente opostos, podendo haver uma complementaridade entre os dois,
segundo alguns teóricos.
Santos (2002), justifica a aproximação do senso comum ao científico com a da descrição de
algumas características do próprio senso comum, tais como: Causa e intenção; Pratica e
pragmática; transparência e evidência; superficialidade e abrangência; espontaneidade;
flexibilidade; e persuasão.

3. Conclusão

Pode-se concluir que os tipos de conhecimento embora existam diversas formas de conhecer e
interpretar o mundo, cada uma delas possui características específicas que as distinguem umas
das outras e de forma como vamos adquirir esse conhecimento. Nesse sentido, um tipo de
conhecimento não é melhor que o outro. Eles devem ser vistos numa perspectiva de
complementaridade, interdisciplinaridade, pratica, intenção, abrangência, flexibilidade. Os seres
Humanos precisam deles para suas experienciais e materialização do dia-a-dia.

4. Referências bibliográficas

Almeida, L. S. & Freire, T. (2003). Metodologia de investigação em Psicologia e Educação.


Braga, (2010). Piquilibrios, Conceito, Conhecimento. Consultado em 20 de Maio de 2023 em
http:/www.conceito.de.conhecimento.

Carvalho, M. C. M. de, (1997). Construindo o saber - metodologia cientifica-fundamentos e


técnicas. 6ª ed. Campinas, SP: Papirus

Charlot, B., (2000). Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Trad. B magne. Porto
Alegre: Artmed

Lukas, J. F. & Santiago, K., (2004). Evaluacion educativa. Madrid: Alianza Editorial

Maslow, A., (1979). As necessidades de conhecimento e o seu condicionamento pela mente e


pela coragem. Rio de Janeiro: Zahar

Santos, B. de S., (2001). A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiencia. 3ª ed.
São Paulo: Cortez

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