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BIRIGUI
2021
MONIQUE HAYLEN ALVES DO NASCIMENTO
BIRIGUI
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................................5
2. DESENVOLVIMENTO..................................................................................................6
2.1 Afetividade........................................................................................................................6
2.2 Resolução de
problemas.....................................................................................................7
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................10
PSICOLOGIA EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: Aprendizagem da Matemática
Abstract: The idea of psychology in mathematics education is to study how the learning of
mathematics is done, investigating from teacher education to the capture and learning of the
student. Within that, it deepens in the scholars in educational psychology such as Piaget,
Vygotsky, Wallon, Skinner, among others, having as main objective the balance of all the
ideas of these thinkers. The psychology of mathematics education has been internationally
recognized for some decades as an area of interdisciplinary knowledge with scientific
production relevant to a specific field: psychological, cognitive and social-affective processes,
specifically involved in teaching and learning mathematics. The lack of motivation to learn
algebraic mathematics and the shock of getting out of counting with numbers and entering
mathematics with letters and more abstract. How can anxiety harm this? How can balance
help? Does the teacher have the necessary affection to realize that each student learns in a
way?
1. INTRODUÇÃO
Na história da Psicologia, vemos que seu uso no ensino de Matemática tem se dado de
várias formas e muitas maneiras, com perspectivas muito diferentes e cujos resultados são
considerados extremamente positivos. Já no período inicial da psicologia científica, havia um
enfrentamento entre os partidários de uma aprendizagem baseada na prática de habilidades
matemáticas elementares e aqueles que defenderam que era necessário aprender sobre os
conceitos e uma forma de raciocínio.
Vale ressaltar que a aplicação da psicologia, em relação à matemática é uma
abordagem principalmente baseada em modelos matemáticos, compostos por processos
perceptivos, cognitivos, etc. Isto implica o estabelecimento de regras que se relacionam com
as características quantificáveis de um estímulo com o chamado comportamento
quantificável.
A psicologia matemática está intimamente relacionada com a psicometria, que nada
mais são do que métodos quantitativos da psicologia, e se refere às muitas variáveis
individuais, na maior parte estáticas, mas a psicologia matemática centra-se no processo de
modelos de assimilação e percepção.
Esse artigo terá como objetivo encontrar um equilíbrio entre todos os pensamentos dos
estudiosos da psicologia da educação Piaget, Vygotsky, Wallon, Skinner entre outros e
também como o comportamentalismo de Skinner entra na questão de reforços positivos,
bonificações e deixar a aprendizagem como algo que se torne duradoura.
Este estudo trata sobre as relações entre a Psicologia e a Educação Matemática.
Sistematiza ideias acerca do lugar que ocupa a Psicologia, e sobre as suas contribuições na
constituição de saberes necessários ao campo científico da Educação Matemática, nas
pesquisas nessa área de conhecimento e na formação profissional do educador matemático.
Dentro desse contexto, será analisado as relações entre a educação matemática e a
psicologia que evidenciam-se mais especificamente com os ramos da psicologia da educação,
psicologia do desenvolvimento, psicologia da aprendizagem e psicologia cognitiva.
Nesse sentido, destacamos as Teorias Psicológicas que marcaram século o século XX
e influenciaram as ciências educacionais: A Psicogenética de Jean William Fritz Piaget (1896-
1980), a Teoria Sócio-Histórica de Lev Semenovitch Vygotsky (1896-1934), a Análise do
comportamento de Burrhus Frederic Skinner (1904-1990), a Teoria da Aprendizagem
cumulativa de Robert Mills Gagné (1916-2002), a Teoria da Instrução de Jerome Seymour
Bruner (1915-), a Teoria da Aprendizagem Significativa de David Paul Ausubel (1918-2008),
e Teoria da Aprendizagem Social de Albert Bandura (1925-).
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2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Afetividade
Segundo consta no artigo de Brito (2011),
É inegável a importância da relação entre a aprendizagem informal proporcionada
pelos eventos e relações do cotidiano e a aprendizagem formal acadêmica. A
importância das aprendizagens anteriores (cognitivas, afetivas e comportamentais)
trazidas para as instituições escolares e a importância das aprendizagens informais é
reconhecida na literatura, em geral. Relacionada à natureza da aprendizagem, é
consagrada a proposição de que se constrói o conhecimento complexo a partir das
experiências, pois os esquemas mentais são construídos em uma hierarquia cada vez
mais complexa, sendo a aprendizagem entendida como ativa, volitiva e mediada
interna e socialmente. A aprendizagem é um processo de descoberta, de construção
pessoal e de significados compartilhados, que são obtidos a partir da informação e
da experiência, filtrados pelas percepções, sentimentos e pensamentos, bem como da
negociação com os outros. (Brito, 2011)
Wallon mostra que a afetividade é expressa de três maneiras: por meio da emoção, do
sentimento e da paixão. Essas manifestações surgem durante toda a vida do indivíduo, mas,
assim como o pensamento infantil, apresentam uma evolução, que caminha do sincrético para
o diferencial. Para o estudioso, “a dimensão afetiva ocupa lugar central, tanto do ponto de
vista da construção da pessoa quanto do conhecimento”. Para ele, a emoção, uma das
dimensões da Afetividade, é instrumento de sobrevivência inerente ao homem, é
“fundamentalmente social” e “constitui também uma conduta com profundas raízes na vida
orgânica”.
O ser humano, como visto, é movido pela afetividade, tanto na sua forma positiva
quanto na negativa, ou seja, um elogio lhe afeta positivamente, enquanto uma reprimenda ou
crítica lhe afeta negativamente, sendo que, nos dois casos, a Afetividade opera como elemento
de desenvolvimento no sentido de criar mecanismos de compreensão, aceitação, defesa ou
administração das sensações desencadeadas.
Ao se falar em aprendizagem, deve-se ter em mente o processo ensino-aprendizagem,
já que uma não acontece sem o outro e isso é a forma mais concreta do que se nomeia
“interação social”, ou seja, não existe ensino-aprendizagem sem as interações, sem as trocas,
sem o convívio, o que pode ser melhor vivenciado, intermediado, levado a cabo pela via da
afetividade e a compreensão das suas implicações no processo.
O professor, como mediador dessa aprendizagem precisam estarem dispostos a
compreenderem que cada aluno tem sua especificidade, suas dificuldades e diferentes tipos de
pensamentos, além de buscar diariamente, formas de aplicar esse entendimento diretamente
ao ensino. No artigo de Britto, faz referência também a necessidade dos professores
adquirirem “familiaridade com os três tipos de pensamento da teoria triadica (pensamento
analítico, pensamento criativo e pensamento prático), pois estes são poderosas ferramentas
para os estudantes, tanto na sala de aula como fora dela.
A matemática é vista atualmente como uma disciplina que traz grandes dificuldades no
processo ensino-aprendizagem, tanto para os alunos, como aos professores envolvidos no
mesmo. De um lado, observa-se a incompreensão e a falta de motivação dos alunos em
relação aos conteúdos matemáticos ensinados em sala de aula de forma tradicional, e do
outro, está o professor que não consegue alcançar resultados satisfatórios no ensino de sua
disciplina.
A matemática como instrumento social produzido pelo homem pode desempenhar um
duplo papel. De um lado, pode ser usada como instrumento de dominação ou de exploração
por aqueles que dela se apropriam. De outro lado, ela pode também se constituir como um
instrumento de libertação das classes oprimidas ao viabilizar, pela apreensão deste
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instrumento, uma compreensão mais crítica da realidade e, portanto, orientar mais de forma
mais competente as ações transformadoras da sociedade.
Em toda ação de educação necessita de um mediador, que é o professor e um aluno
interagindo afetivamente em diversas situações afetando e sendo afetados um pelo outro. Daí
surge o olhar do professor para seu aluno, um professor bem formado e antenado, saberá fazer
com que seu aluno seja capaz de captar e aprender a matemática de uma maneira que não o
assuste, entendendo que a afetividade permeia todo processo educacional.
Ficar apenas na perspectiva do dia-a-dia é ensinar matemática sob uma ótica
funcionalista; isto é, perde-se o caráter científico da disciplina e do conteúdo matemático. Não
é com essa atitude superficial e de senso comum que se entende o ensino de matemática.
Segundo Vygotsky, “os conceitos entendidos como cotidianos são as aparências reais,
porém superficiais, que, ao serem registradas como ideias espontâneas dos indivíduos, fazem
parte do senso comum”. Ir além do senso comum pressupõe conhecer a teoria científica, cujo
papel é oferecer condições para apropriação dos aspectos que vão além daqueles observados
pela aparência da realidade.
Na ótica piagetiana, o afeto desempenha um papel essencial na fundamentação da
inteligência, pois segundo Piaget (1977, p 16),
“Vida afetiva e vida cognitiva são inseparáveis, embora distintas. E são inseparáveis
porque todo intercâmbio com o meio pressupõe ao mesmo tempo estruturação e
valorização [...]. Assim é que não poderia raciocinar, inclusive em matemática, sem
vivenciar certos sentimentos, é que, por outro lado, não existem afeições sem o
mínimo de compreensão [...]”.
Diante disso, pode-se dizer que sem o afeto, não há interesse, necessidade de
aprendizagem, não existe também os questionamentos, e sem eles, não há desenvolvimento
mental. O afeto acelera a formação das estruturas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREIRE, P. Cartas a Cristina: reflexões sobre minha vida e minha práxis. São Paulo, SP:
Unesp, 2003.
SKINNER, B. F. Tecnologia do ensino. Trad. Rodolpho Azzi. São Paulo, SP: Herder, Ed. da
Universidade de São Paulo, 1972.