UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

Resenha Crítica de Caso

Suellen Moutinho da Silva de Oliveira

Trabalho da disciplina Psicologia da Educação

Tutor: Prof. Guilherme Pereira

Rio de Janeiro
2022

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 RESENHA DO TEXTO A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM E SUAS
TEORIAS PARA O CAMPO DO ENSINO-APRENDIZAGEM

Referências: COSTA. Orlando Santana; NETTO. Arthur Prado.

O texto “A importância da psicologia da aprendizagem e suas teorias para o campo do

ensino-aprendizagem” apresenta, inicialmente, a definição de aprendizagem “como um
processo de aquisição de novos conhecimentos através de experiências vivenciadas e
determinadas por fatores endógenos e exógenos”. Para a psicologia da educação, esses
novos conhecimentos serão evidenciados na mudança de comportamento do sujeito.
Este artigo ressalta a importância dos postulados teóricos de Wallon, Piaget, Vygotsky,
e Skinner, para a compreensão do processo de desenvolvimento do sujeito e para as ações
pedagógicas. O recorte teórico propalado também contribui para o docente refletir sobre sua
prática em sala de aula. Também sugere ao Professor concatenar o aprender e o ensinar,
para pensar sobre as dimensões do fazer pedagógico.
O capítulo sobre “Teorias da aprendizagem na Educação” relata o contexto histórico
do termo “psicologia”; a distinção entre história da Psicologia e da Filosofia, que era
confundido; a influência do positivismo de Auguste Comte (1798-1857) na constituição da
Psicologia como ciência, que vai investigar os processos mentais, os sentimentos, a razão, o
inconsciente, as atividades psíquicas e comportamentais tanto dos humanos quanto dos
animais.
Piajet, Wallon, Vygotsky, são teóricos de referência na Psicologia, pois perscrutaram
como o sujeito aprende, desenvolve o conhecimento a partir do contanto com o objeto. Eles
consideraram a afetividade, o ambiente, o contexto histórico e a epigenética do indivíduo. Por
isso foram conhecidos como teóricos interacionistas ou cognitivistas. Suas contribuições
ajudaram a compreender o papel do professor no processo ensino-aprendizagem e o
processo de aquisição de conhecimento. Logo, o docente passa a ser visto como o mediador
do conhecimento e não um transferidor.

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 O capítulo sobre as “Implicações das concepções teóricas de Wallon, Piaget, Vygotsky
e Skinner na prática pedagógica” evidencia que o ambiente é imprescindível para o processo
de aprendizagem do sujeito. O meio proporciona novas descobertas, estimula a curiosidade
para exploração de novos objetos, ou seja, é um elemento constituinte do transcurso do
desenvolvimento social, emocional, intelectual do aprendente.
Ao longo do tempo, as práticas pedagógicas foram elaboradas a partir de várias linhas
de pesquisas, entre elas: o behaviorismo, o construtivismo, o interacionismo, a fim de
aprimorar o ensino e melhorar a qualidade das aulas. Essas teorias constituem juntas a
psicologia da educação, cuja finalidade é observar, analisar, todo o desenvolvimento da
educação no processo de ensino-aprendizagem, ao longo dos anos.
No behaviorismo, uma imensurável referência teórica é Skinner. Nessa teoria, o
processo de aprendizagem e conhecimento decorre da relação estímulo-resposta e das
ações praticadas pelas crianças, tendo como objetivo a aquisição de novos comportamentos
ou a mudança dos já existentes; pois o ensino decorre da adaptação e planejamento de
reforços através dos quais o aluno é levado a adquirir ou modificar um comportamento.
No construtivismo, Piaget diz que a aprendizagem só ocorre mediante a consolidação
das estruturas de pensamento, portanto, a aprendizagem sempre se dá após a consolidação
do esquema que a suporta. Da mesma forma, a passagem de um estágio para outro da
criança estaria dependente da consolidação e superação do estágio anterior. Logo,
compreende-se que a aprendizagem em si nada mais é do que a substituição de uma
resposta generalizada por outra mais complexa.
Já Wallon vai relacionar o desenvolvimento da individualidade com a afetividade e a
cognitividade do sujeito. Para ele, a linguagem e a cultura fornecem ao pensamento as
ferramentas para a sua evolução. A interação do sujeito com o mundo biológico não depende
apenas do seu amadurecimento intelectual, mas de habilidades mais complexas para
interagir com a cultura existente entre o sujeito e seu meio.
Vygotsky entende a aprendizagem como um processo de interação, troca de
conhecimento existente entre os aprendentes, com a finalidade de produzirem novos
conhecimentos. O desenvolvimento é pensado como um processo em que estão presentes a
maturação do organismo, o contato com a cultura produzida pela humanidade e as relações
sociais que permitem a aprendizagem.

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 No capítulo sobre “Reflexões acerca das teorias Behavioristas, psicogenéticas e sócio-
históricas na educação”, é explicitado a relevância das contribuições de Skinner, Vygotsky,
Wallon e Piaget, para o campo científico da psicologia da aprendizagem. Esse capítulo
retoma os conceitos do behaviorismo, a teoria da psicogenética e a teoria construtivista, na
perspectiva pedagógica, relacionando-os à prática docente.
Na teoria comportamentalista, o professor usa um reforçador (algo do interesse do
sujeito aprendente) para aumentar a probabilidade de se obter a resposta almejada. O aluno
é visto como um sujeito passivo no processo ensino-aprendizagem, que deve atender aos
estímulos do professor – sujeito agente.
Na perspectiva do construtivismo, o aluno é o sujeito da construção do próprio
conhecimento. O professor o desafia com proposta de atividades desafiadoras, que
provocam o desequilíbrio e o reequilíbrio das estruturas mentais no processo ensino-
aprendizagem. Para Piaget, a psicologia genética permite compreender o processo de
aprendizagem como construção do pensamento e deduzir hipóteses sobre as leis próprias do
desenvolvimento intelectual.
Para Vygotsky, existem três momentos importantes da aprendizagem da criança: a
zona de desenvolvimento potencial (área que o aprendente não domina), a zona de
desenvolvimento real (que a criança é capaz de fazer sozinha), a zona de desenvolvimento
proximal (área que o sujeito só atual com a mediação de outro ser mais experiente). Esses
momentos representam a evolução de aprendizagem do aluno.
Em suma, o presente artigo nos revela a relevância das teorias interacionistas /
cognitivistas e comportamentalistas predominantes da psicologia da educação, para a
formação continuada do professor, pois tais aportes teóricos auxiliam no aprimoramento do
processo de ensino-aprendizagem e nas elaborações das práticas pedagógicas. Por isso
ambas são grandes influenciadoras dos métodos pedagógicos atualmente.