Características da aprendizagem:
Modelo Humanista: Formulada por Rogers em seu viés de modelo de ensino: o sujeito se
torna mentor da própria história, buscando o processo construtivo de conhecimento e se
adaptando as novas formas do saber, promovendo ao aluno a qualidade da aprendizagem que
acontece quando o aluno participa responsavelmente neste processo (ROGERS, 1974). Para ele,
o docente apenas disponibilizará os recursos necessários para o desenvolvimento do
conhecimento do aluno, no sentido literal de facilitar acesso ao material, e o aluno ganhará
autonomia para desmiuçar livremente o conteúdo. A aprendizagem significativa é aquela que
provoca alterações no comportamento do indivíduo, ou seja, através do envolvimento mútuo
entre o conhecimento, sentimentos e expectativas pessoais, possibilitando tratar aprendizagem
não só da mente, mas aquela aprendizagem que envolve o todo (SOUZA;2013). O aluno deve ser
ativo, não passivo. Ela ou ele tem que aprender a interpretar, a negociar significados; tem que
aprender a ser crítica (o) e aceitar a crítica. Receber acriticamente a narrativa do “bom professor”
não leva a uma aprendizagem significativa crítica, a uma aprendizagem relevante, de longa
duração; não leva ao aprender a aprender. (ROGERS, 1969 apud MOREIRA, 2010. p. 4).
Aprendizagem ativa, participativa, é superior à passiva e puramente dependente. Se lhe for
possibilitando ir na linha dos seus interesses, estudar os problemas que o preocupam e desafiam,
escolher a forma e o ritmo para escudar-lhes a solução, o aluno mobilizará intensamente seus
recursos (JUSTO, 2001. p. 162). Condições facilitadoras do aprendizado: o professor deve ter
consideração positiva, compreensão empática e congruência.
"O homem é um ser em movimento, portanto, a sua inteligência é formada por estruturas
orgânicas funcionais que nascem com o indivíduo, mas que necessitam de variáveis internas
(maturação) e externas (estímulos do meio), contribuindo com as possibilidades do
desenvolvimento cognitivo. São essas contribuições que tem orientado os saberes e fazeres da
escola na atualidade, de tal modo que não pode prescindir de considerar nas intervenções
pedagógicas."
As mudanças ocorridas no sistema educacional nas últimas décadas exigem cada vez mais a busca
de novas formas de disseminação do conhecimento por meio do ato de ensinar e o modo de
aprender. A relação ensino/aprendizagem é construída por meio de vários fatores que se
relacionam entre si, ou seja, que funciona como o conjunto de competências e habilidades
individuais, tanto daquele que ensina, como daquele que aprende. Dessa forma, compreende-se
que um funcionamento prático e evolutivo de conhecimento passa por um processo de mudança
de comportamento, não só do professor, mas também do aluno a partir do reconhecimento das
suas potencialidades para o aprender. O modo construtivista pode ser relacionado a imagem em
que o professor está como mediador, como na FPS, se coloca em interação com o estudante para
juntos construírem o conhecimento; Enquanto no modelo tradicional de ensino, os estudantes
ficam de forma passiva, esperando do professor o conhecimento, como no modelo empirista e
racionalista, em que no empirista o estudante é considerado uma tábula rasa, em que o professor
que é detentor do conhecimento, como na imagem em que o professor está no quadro passando o
conhecimento, entretanto o estudante é dotado de conhecimentos e experiências que são
fundamentais para a construção de novos conhecimentos; no racionalista, se acredita que os
estudantes têm uma pé- determinação biológica ao conhecimento, porém essas características
biológicas só se desenvolvem de acordo com o estímulo do ambiente, como já vimos no caso
Genie, que ele não se desenvolveu devido à falta de estímulos. Na visão construtivista, alguns
pontos dessas concepções são validados, mas o estudante é visto de forma ativa, que tem
potencial, que precisa de estímulos para aprender.
Referências:
TESSER, Gelson João. Principais linhas epistemológicas contemporâneas. Educar, Curitiba n. 10, p.
91-98, 1995.
NUNES, Ana Ignez Belém Lima; SILVEIRA, Rosemary do Nascimento. Psicologia da Aprendizagem. 3.
ed. rev. Fortaleza: EdUECE, 2015.
MORTIMER, Eduardo Fleury. Construtivismo, mudança conceitual e ensino de ciências: para onde
vamos?. Investigações em ensino de ciências, v. 1, n. 1, p. 20-39, 2016.
PINHEIRO, Marlene Nogueira; BATISTA, Eraldo Carlos. O ALUNO NO CENTRO DA APRENDIZAGEM:
UMA DISCUSSÃO A PARTIR DE CARL ROGERS. Revista Psicologia & Saberes, v. 7, n. 8, p. 70-85,
2018.
"A Psicologia da Educação é o ramo da psicologia que se propõe a estudar o processo de ensino e
aprendizagem em suas diversas vertentes: os mecanismos de aprendizagem nas crianças e nos
adultos; a eficiência e eficácia das estratégias educacionais; bem como o estudo do funcionamento
da própria instituição educacional enquanto organização buscando compreender os processos de
desenvolvimento e aprendizagem humana, bem como compreender e explicar os fenômenos e
ordem psicológica que ocorrem em contextos de educação formal e não formal."
Psicologia escolar (atuação se caracteriza mais pela intervenção na prática): A Psicologia Escolar,
define-se pelo intuito profissional e refere-se a um campo de ação determinado, a escola e as
relações que aí se estabelecem. Se fundamenta sua atuação nos conhecimentos produzidos pela
Psicologia da Educação, por outras subáreas da psicologia e por outras áreas de conhecimento. É
exercida como campo de atuação profissional, realizando intervenções no espaço escolar ou a
ele relacionado, tendo como foco o fenômeno psicológico, tem bases de sustentação teórica e
metodológica que se caracterizam por propor um olhar para o processo de escolarização e para
todo o contexto sócio-político-cultural em que estão inseridos os processos educativos. A função
do psicólogo escolar é de modo crítico buscar as origens e raízes do processo de escolarização,
compreender suas diferentes facetas, incluir em seu trabalho uma atuação junto ao aprendiz, aos
docentes, à família, à escola, à Educação como um todo e à sociedade em que está inserida.
“o psicólogo escolar atua, em primeiro lugar, de acordo com um papel de educador” afirma Reger,
que acrescenta: seu objetivo básico é ajudar a aumentar a qualidade e a eficácia do processo
educacional através dos conhecimentos psicológicos. Ele está na escola para ajudar a planejar
programas educacionais [...]"
Objeto da psicologia educacional: todos os aspectos das situações da educação, sob a ótica
psicológica. atualmente não se considera apenas “dificuldades de aprendizagem do aluno”, pensa-
se contemporaneamente no fenômeno do “fracasso escolar”, das “queixas escolares”, dos
“problemas de escolarização”, por isso se tem objetos de estudo e intervenção mais abrangentes e
não individualizantes da questão.
Período Colonial: Durante essa época, o principal era propiciar a educação dos indígenas e da
população recém-chegada ao Brasil. Dessa forma, tinha-se como objetivo principal a educação de
crianças de modo a “domá-las”, “moldá-las”. Era utilizado castigos e prêmios como formas de
controles de comportamentos. Na primeira cartilha educativa de Portugal, escrita por Manoel
Andrade Figueiredo foi denominada “A Nova Escola para aprender a ler, escrever e contar”,
descrevia nesta a “educação de meninos rudes”. Tinha influências ambientalistas e empiristas.
A psicologia filosófica e a teoria educativa (até 1980, aprox.), durante esse período ainda não era
falado sobre psicologia da educação, entretanto, pode- se averiguar a influência das explicações
psicológicas de natureza filosófica exercem no pensamento educativo. Uma das explicações
psicológicas que foi importante até o final do século XIX, foi a teoria das faculdades, em que o
conhecimento consiste na investigação da verdade através dos nexos existentes entre os
acontecimentos temporais, a finalidade fundamental do ensino deve ser o exercício das
faculdades humanas dos alunos (matemática). Durante esse período diversos estudiosos como:
Aristóteles (estuda a aprendizagem, influência das experiências cognitivas)), Platão, Descartes,
Locke.
Durante o último quarto século XIX, a psicologia começou a se afastar da filosofia. A psicologia
começou a servir de método experimental das ciências físicas e naturais.
Stanley Hall (1844-1924) e Edward Thorndike (1874-1949) aparecem com destaque com
mais contribuições para o desenvolvimento da Psicologia da Educação. A partir de 1905,
começam o uso de testes de inteligência para aferir o desempenho dos alunos, destacou-se pelas
suas pesquisas sobre a psicologia da criança. Deve-se a ele a popularização do questionário, nos
Estados Unidos, como um instrumento para explorar o pensamento infantil. Nas obras de Hall,
dentre as quais é preciso destacar Adolescência (1904) e Problemas educacionais (1911), mostra-
se como defensor ferrenho da ideia de que o desenvolvimento pessoal constitui uma
recapitulação da evolução biológica; insiste também no fato de que é conveniente considerar o
nível de desenvolvimento infantil e como características e necessidade das crianças como um
ponto de partida da educação. Stanley Hall fundou também a revista Pedagogical Seminary-mais
tarde chamada de Journal of Genetic Psychology- órgão de expressão e de intercâmbio dos
seguidores do Child Study Movement - do qual foi incentivador e representante destacado e uma
verdadeira tribuna para a difusão e o debate das ideias psicológicas e pedagógicas da época.
Século XX: Durante esse século, amparada pela psicologia científica e, em boa parte, como um
resultado das expectativas que foram depositadas a partir do mundo da educação, nasce a
psicologia da educação. Essa disciplina, assume trabalhos e pesquisas sobre aprendizagem,
testes mentais, medida do comportamento, psicologia da criança e clínica infantil, tudo direto ou
indiretamente à problemática educativa e escolar. Durante esse período, a sociedade vivenciava o
escolanovismo em 1930, que se baseava na ideal liberal de “mito da igualdade de oportunidades”
que a escola pode oferecer, negando as diferenças de classe dadas pela constituição do
capitalismo. Esse movimento, encontrou na Psicologia através dos testes psicológicos e
conhecimento sobre inteligência, explicações para as diferenças individuais que culpabilizavam o
sujeito pela sua condição e ocultavam as desigualdades sociais. É durante esse momento que a
história da Psicologia na educação começa medindo aptidões tidas como naturais, e tentando
fazer um encaixe perfeito entre as capacidades medidas de Q.I., habilidades específicas etc.
Nessa época, se tinha um raciocínio muito parecido com o da taylorização do processo de
produção industrial. Então desde o final do século XIX, a Psicologia e a Educação se articularam,
cabendo à Psicologia aprofundar os conhecimentos relativos às diferenças individuais, explicar as
dificuldades de aprendizagem e buscar métodos educacionais que pudessem garantir o sucesso
dos alunos na escola. Entretanto a produções da psicologia educacional era focada
excessivamente na mensuração e na avaliação da inteligência, nas dificuldades escolares
encontradas nos alunos, em estudos sobre maturidade e prontidão para a aprendizagem.
Durante esse período a Psicologia Educacional, sofreu diversas críticas devido a atuação do
psicólogo ser exclusivamente avaliativa. Durante esse período, as designações terminológicas
para a área sofriam variações e eram encontrados termos que pretendiam introduzir diferenças
conceituais, como: Psicologia Educacional, Psicologia da Educação, Psicologia e Educação,
Psicologia sem muita clareza nos conceitos expressos pela terminologia empregada.
Nos anos 1980, muitos teóricos passam a criticar o foco na criança, no educando, no olhar que
enfatizava o desenvolvimento individual e a utilização de instrumental psicométrico,
psicanalítico ou a teoria da carência cultural.
Nos anos 90, começaram a surgir outros estudos, que mostravam os modelos dominantes na
Psicologia Educacional e por outro o sistema educacional brasileiro com seus mecanismos de
exclusão e de reprovação presentes principalmente na rede pública de ensino, que recebia
crianças mais pobres da população. Dessa maneira, se tinha diversas críticas ao modelo
excludente. Nesse período, os psicólogos sofreram críticas, passou a ser visto como despreparado
para dar respostas problemas de ensino e aprendizagem com que se deparava, uma das críticas
foi devido à Psicologia Educacional/ Escolar não se integrar a outras áreas do conhecimento.
Diante disso, com o intuito de buscar respostas para as críticas, se começou a ser notado outros
caminhos da Psicologia, defendendo a interdisciplinaridade e relação com a sociedade e
combatendo o pensamento higienista através de um escrito.
No ano 2000, consolida-se uma nova literatura a respeito da Psicologia Educacional, tendo sua
forma multifacetada. Atualmente, os psicólogos escolares atuam na elaboração de políticas
educacionais, na instituição escolar, no planejamento e avaliação de programas de ensino, na
capacitação de docentes, nas relações da escola com as famílias e comunidade, no enfrentamento
dos problemas de aprendizagem e de ensino, no atendimento educacional a alunos com
necessidades especiais, na supervisão de estágios em cursos de Psicologia, em postos de saúde,
em consultórios particulares, na docência nas instituições de ensino superior. Esse conhecimento,
inclui noções interdisciplinares: Psicologia Geral, Psicologia Social, Psicologia do Desenvolvimento,
Psicologia da Educação. Além de, Pedagogia, Didática. As ações afirmativas estão fazendo surgir
uma nova Psicologia Educacional estão conectadas ao processo educacional visto em sua
complexidade. Atualmente o psicólogo escolar precisa criar um espaço para escutar as demandas
da escola e pensar maneiras de lidar com situações que são cotidianas. Precisa criar formas de
reflexão dentro da escola, com todos os sujeitos (alunos, professores e especialistas) para que se
possa trabalhar com suas relações e paradigmas, além de ouvir os estudantes e estar junto com a
família, criando estratégias para possibilitar o sucesso da criança.
Referências:
BARBOSA, Deborah Rosária; SOUZA, Marilene Proença Rebello de. Psicologia educacional ou
escolar? Eis a questão. Psicologia Escolar e Educacional, v. 16, n. 1, p. 163-173, 2012.
MALUF, Maria Regina; CRUCES, Alacir Villa Valle. Psicologia educacional na contemporaneidade.
Boletim Academia Paulista de Psicologia, v. 28, n. 1, p. 87-99, 2008.
ANDRADA, Edla Grisard Caldeira de. Novos paradigmas na prática do psicólogo escolar. Psicologia:
reflexão e crítica, v. 18, n. 2, p. 196-199, 2005.
PRADO, Margareth Simone Marques. Psicologia na Educação/ Margareth Simone Marques Prado ._
Cruz das Almas, BA: SEAD-UFRB, 2017.42.; il. ISBN: 978-85-5971-042-7.
Piaget era biólogo procurava estabeleci uma lógica entre a biologia e o meio.
É a ciência que tem como objetivo revelar os processos pelos quais se constituem os diferentes
estados, estruturas, do conhecimento. Logo, é uma pesquisa que foca no processo de formação
dos estados do conhecimento. A epistemologia genética exige além da formalização lógica e
matemática do conhecimento, mas também dos dois procedimentos básicos: a pesquisa histórica
das ideias cientificas (e pré-científicas) e a pesquisa psicogenética.
"O conhecimento resultante de interações que se realiza um meio caminho entre os dois (sujeito
e objeto] depende, portanto, dos dois ao mesmo tempo, indiferenciação completa, e não de
intercâmbio entre formas distintas. De outro lado e por consequência, se não há, no início, nem
sujeito no sentido epistemológico do termo, nem objetos concebidos como tais, nem, sobretudo,
instrumentos invariantes de troca, o problema inicial do conhecimento será, pois, o de elaborar
tais mediadores. " Diante disso, decorrente de uma noção de "construção" resulta, o afastamento
do empirismo e do apriorismo. Para Piaget, o conhecimento não é uma cópia do meio, só existirá a
partir da interação do objeto do conhecimento e o sujeito epistêmico. Para PIAGET o sujeito
epistêmico (é o sujeito do conhecimento oriundo a partir de diversas áreas: biologia, filosofia,
psicologia).
Segundo Piaget, desde o nascimento a vida adulta, o desenvolvimento mental é contínuo, com
características comuns a todas as idades que refletem o grau de desenvolvimento intelectual.
Para Piaget, existem estruturas variáveis que são maneiras de organização das atividades mentais,
que englobam os aspectos motor ou intelectual e afeito. E as características invariáveis que são
funções de interesse, explicação, entre outras, que não variam com o nível mental do indivíduo.
Portanto, para cada explicação sobre algo há uma integração com a estrutura existente, ela
primeiro é reconstruída e então ultrapassada para uma dimensão mais ampla, levando ao
desenvolvimento mental.
2. A experiência física e lógico- matemática (retirar informações dos próprios objetos cor, peso,
tamanho e relações mentais);
4. O equilíbrio das estruturas cognitivas (melhorar o estado das estruturas cognitivas, ex: auto
regulação).
Sensório-motor: vai do nascimento até, aproximadamente, dois anos. Etapa que antecede uma
linguagem. A criança neste estágio constrói e coordena esquemas de assimilação, tendo como
referência suas percepções e movimentos. Este estágio indica-se pela construção de esquemas
de ação que possibilitam à criança assimilar objetos e pessoas. Caracteriza-se por uma
inteligência prática, que coordena, no plano da ação, os esquemas que a criança utiliza.
O pré-operatório: etapa que se inicia com uma linguagem e avança até por volta de sete anos:
esta fase nota-se pela plena manifestação da função simbólica e pelo aparecimento intuitivo das
operações. A criança pode representar, substituir objetos ou acontecimentos, idade "como se"
fosse, por simulação. Por Ihe faltarem recursos cognitivos para sair do seu ponto de vista e operar,
diferenciando e integrando os estados e como transformações das coisas, fala- se do caráter
egocêntrico desse estágio. Existem 2 subestágios, um subestágio de função simbólica (2-4 anos):
representar mentalmente um objeto que não está presente, animalismo e o egocentrismo;
subestágio pensamento intuitivo (4-7 anos): em que as crianças usam raciocínio primitivo e várias
perguntas sobre o mundo.
Operatório concreto: período entre 7 a 12 anos, denominado de etapas das Ensino operações
concretas. Este estágio é avançado pelo início das operações lógicas que são marcadas pelo
pensamento reversível, ou seja, a criança neste estágio é capaz de admitir a possibilidade de
efetuar uma operação contrária. Para PIAGET, neste estágio, os estados estão ocorrendo às
transformações reversíveis. Seriação: colocar em ordem os objetos.
Operações proporcionais ou formais: que acontecem a partir dos 12 anos. Neste estágio o
pensamento lógico alcança um nível maior de equilíbrio, constituindo uma lógica proposicional, o
que foi considerado por PIAGET auge do desenvolvimento cognitivo. Raciocínio hipotético
dedutivo.
Acomodação: Modificação que a estrutura sofre devido a incorporação de elementos novos a ela,
ou seja, a transformação que os esquemas de assimilação precisam realizar para que a estrutura
cognitiva se ajuste ao objeto.
Ou seja, a criança, apontará para o cavalo e dirá "cachorro”. Neste momento, um adulto intervém
e corrige, "não, aquilo não é um cachorro, é um cavalo". Quando corrigida, definindo que se trata
de um cavalo, e não mais de um cachorro, a criança, então, acomodará aquele estímulo a uma
nova estrutura cognitiva, criando assim um novo esquema. Esta criança tem agora, um esquema
para o conceito de cachorro e outro para o conceito de cavalo.
Referências:
GARCIA, Sonia Maria dos Santos. A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO SEGUNDO JEAN PIAGET.
3. O conhecimento humano é mediado, não é direto. O homem não tem acesso direto aos seus
objetos é mediado. Seu acesso é mediado por significados (signos).
De acordo com Vygotsky, as funções mentais têm conexões externas ou sociais. Vygotsky
argumentou que a criança desenvolve conceitos mais sistemáticos, lógicos e racionais como
resultado do diálogo com um assistente habilidoso. Assim, na teoria de Vygotsky, outras pessoas
e línguas têm um importante papel no desenvolvimento cognitivo da criança. A contribuição
específica de Vygostsky para o construtivismo foi, em primeiro lugar, a ideia de que o contexto
cultural é a fonte privilegiada do material para o desenvolvimento psicológico, ou seja, o homem
não nasce pronto. Na sua perspectiva, o indivíduo se constrói, enquanto ser psicológico, ao longo
de um percurso de desenvolvimento no qual a interação com grupo e com o outro social é
fundamental, e na qual ele vai se reconstruir, em nível individual, com o material que ele recebe
do contexto social. No pensamento de Vygostsky, as coisas acontecem de fora para dentro.
Primeiro acontecem em nível social, para depois serem incorporadas pelo indivíduo em nível
pessoal (interpsíquico -intrapsíquico). O indivíduo não observa passivamente a informação dada
pelo contexto cultural, ele negocia com ela. Por exemplo o jogo entre cultura e homem, que está
em constante transformação.
Zona de desenvolvimento proximal: A ZDP é a teoria que é uma série de tarefas que são difíceis
para a criança, mas que podem ser aprendidas com a interação de outro mais habilidoso. Para
explicar essa zona, ele explica que tem dois níveis: o nível real e o nível de desenvolvimento
potencial.
O desenvolvimento potencial é o que ela precisa de um auxílio, ajuda para fazer isso sozinha
futuramente.
A ZDP é a crença na importância das interações sociais para a aprendizagem das crianças para
que ela possa aprender sozinha, ter autonomia. Ou seja, a ZDP captura as habilidades da
criança.
E como saber que ela tem potencial para tal desenvolvimento, vê-se a inter-relação do que ela
consegue fazer com ajuda porque futuramente conseguirá fazer sozinha. E por isso que Vygotsky
diz que deve se ver o desenvolvimento com uma visão prospectiva.
é a distância entre aquilo que foi conquistado, que está consolidado no desenvolvimento do
sujeito, e aquilo que ainda está por vir. Esse espaço podemos enxergar as coisas como "em
semente". É um espaço que focaliza o interesse não nas conquistas passadas do
desenvolvimento, mas no que ainda está por vir. Exemplo: ensino- aprendizagem. Em uma série
de tarefas que são muito difíceis para que a criança domine sozinha, mas que podem ser
aprendidas com orientação e assistência de adultos ou de crianças mais habilidosas.
Andaime: mudar o nível de apoio. Durante uma sessão de ensino, uma pessoa mais habilidosa
(um professor ou um colega avançado) ajusta a quantidade de orientação para adequar o
desempenho atual da criança. Conforme a competência do estudante aumenta, menos ajuda é
dada. Andaimes são utilizados geralmente para ajudar os estudantes a atingir limites mais altos em
sua zona de desenvolvimento proximal.
Diálogo: a conversação entre duas ou mais pessoas. É uma ferramenta importante dos andaimes
na zona de desenvolvimento proximal. Vygotsky via as crianças como possuidoras de conceitos
ricos, mas espontâneos, desorganizados e não-sistemáticos. Em um diálogo, esses conceitos
caracterizam o encontro da criança com os conceitos sistemáticos, lógicos e racionais de um
assistente habilidoso. Como resultado, os conceitos da criança se tornam mais sistemáticos,
lógicos e racionais. Por exemplo, um diálogo pode ser utilizado entre o professor e a criança
quando o professor utiliza andaimes para ajudar a criança a compreender o conceito de “meios
de transporte”.
Signo: e “o signo é um meio de que se vale o homem para influenciar psicologicamente sua
própria conduta, ou a dos demais; é um meio para sua atividade interior, dirigida a dominar o
próprio ser humano: o signo está orientado para dentro” Os signos podem ser exemplificados
por sistemas simbólicos, como: linguagem, símbolos algébricos, escrita, diagramas, desenhos,
mapas etc. A linguagem é um signo fundamental, representa simbolicamente objetos e eventos.
Para ele, a palavra como o signo por excelência, responsável pelo desenvolvimento cultural dos
sujeitos. A palavra é o signo cultural de mediação fundamental, responsável pela transformação
das funções naturais elementais de inteligência do sujeito para as funções superiores (atenção
consciente raciocínio lógico, etc), ou culturais. As funções elementares possuem origem biológica
e se referem a um momento mais inicial do desenvolvimento da criança, apresentando-se também
nas demais espécies animais (atenção, percepção).
Vygotsky fala que o brinquedo ajudará a desenvolver uma diferenciação entre a ação e o
significado. A criança, com sua evolução passa a estabelecer relação entre o seu brincar e a ideia
que se tem dele, deixando de ser dependente dos estímulos físicos, ou seja, do ambiente concreto
que a rodeia.
"O brinquedo cria ZDP e uma imitação é importante neste processo. Vygotsky
considerava a situação imaginária como a característica definidora da atividade de brincar. Ele
afirmava que a criação de uma situação imaginária era a primeira manifestação da emancipação
da criança em relação às restrições situacionais ".
“É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de uma
esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, e não pelo dos incentivos
fornecidos pelos objetos externos”. No brincar, a criança consegue separar pensamento
(significado de uma palavra) de objetos, e a ação surge das idéias, não das coisas. Por exemplo:
um pedaço de madeira torna- se um boneco. Isso representa uma grande evolução na
maturidade da criança.
Referências:
OLIVEIRA, Maria Kohl. A teoria de Vygostky. Dois Pontos, v. 2, n. 11- Out/ 97.
LIMA, Anna Paula Brito. A teoria sociohistórica de de Vygotsky e a educação: reflexões psicológicas.
R. bras. Est, pedag,, Brasília, v.81, n. 198, p. 219- 228, mai/ ago. 2000.
DE LA TAILLE, Yves; DE OLIVEIRA, Marta Kohl; DANTAS, Heloysa. PIAGET, VIGOTSKI, WALLON:
Teorias psicogenéticas em discussão. Summus editorial, 2019.
NUNES, Ana Ignez Belém Lima; SILVEIRA, Rosemary do Nascimento. Psicologia da Aprendizagem. 3.
ed. rev. Fortaleza: EdUECE, 2015.
ROLIM, Amanda Alencar Machado; GUERRA, Siena Sales Freitas; TASSIGNY, Mônica Mota. Uma
leitura de Vygotsky sobre o brincar na aprendizagem e no desenvolvimento infantil. Revista
Humanidades, v.23, n. 2, p. 176-180, 2008.
Caso 05: A teoria de Wallon, seus estágios e domínios cognitivos relacionando-os com a
aprendizagem, a brincadeira, as emoções e o processo de desenvolvimento.
A teoria de Wallon
Henri Wallon, nasceu em 1879 e morreu em 1962, passou sua vida em Paris. Em 1902 formou- se
em Filosofia e em 1908. em Medicina. Atendeu crianças com deficiências neurológicas e distúrbios
de comportamento em hospitais. Em 1904, atuou como médico na guerra e desenvolveu trabalhos
com crianças com deficiências. A partir dessas experiências, deu bases para ele entender e
estabelecer relações entre o psiquismo e a parte orgânica. Para Wallon, a evolução da
inteligência humana é de natureza biopsicossocial e descontínua envolvida por conflitos e
rupturas. Wallon sempre esteve atento aos acontecimentos de seu tempo, tendo sido
contemporâneo de duas grandes guerras, além de ter participado ativamente de um contexto de
efervescência política e transformações de diversas ordens na sociedade europeia.
Na sua teoria psicogenética, ele se preocupa em explicar a relação entre criança e o seu
meiossocial, como as mudanças vão se processando nos diferentes momentos de seu
desenvolvimento. Wallon busca compreender a gênese dos processos psíquicos do ser humano,
apresentando uma concepção de desenvolvimento que inclui, de forma integrada: as dimensões
intelectual, afetiva e motora. O sujeito walloniano possui um aparato orgânico prevalecente em
seu início de vida, marcado por manifestações predominantemente emocionais, direcionadas ao
mundo externo, às pessoas que dele cuidam. Desde o início, o contato com os outros constitui
uma dimensão eminentemente social e possibilita que a criança, apropriando-se do universo
cultural em que está inserida, construa progressivamente condutas superiores de raciocínio e de
ação no mundo. A concepção walloniana de infância entende o ser humano como
biologicamente social, um ser cuja estrutura orgânica supõe a intervenção da cultura para
avançar constantemente em seu desenvolvimento. "Os fatores orgânicos são os responsáveis pela
sequência fixa que se estabelece entre as etapas do desenvolvimento, porém, não asseguram uma
homogeneidade no seu tempo de duração, haja vista a interferência das circunstâncias sociais."
Ademais, o desenvolvimento do sujeito é visto como uma construção progressiva, com fases
sucessivas, em que o predomínio dos aspectos afetivos e cognitivos se alterna. Wallon denomina
essa tendência ao predomínio de um aspecto sobre o outro de "predominância funcional". Tal
predomínio é orientado pelo princípio de alternância funcional, as formas de atividade se alternam
em cada fase em função do interesse da criança, estando ligadas aos recursos que a criança dispõe
para interagir com o ambiente.
oposição: crise de escolha ao outro. A criança confronta o outro pelo simples prazer de
experimentar sua independência. Tais atribuições assumem um aspecto de confronto no intuito
sedução ou idade da graça: a criança precisa da admiração dos outros para também se de "afirmar
o eu". É na relação com os objetos que a distinção do eu e do outro é percebida, A criança já
começa a distinguir a fantasia da realidade, porém sente prazer em misturá-las em suas
brincadeiras, por exemplo. admirar.
Sedução ou idade da graça: a criança necessita do olhar dos outros para se admirar. Em
função da maturação motora que ocorre, ela executa movimentos com perfeição, presta mais
atenção neles que em seus objetivos. Mas a ansiedade por aprovação é acompanhada por
conflitos e decepções. A criança, além de competitiva, torna-se ciumenta. Se as fraturadas e
arrogâncias emergidas nessa fase não principais bem orientadas, podem ser prejudiciais ao
comportamento que a criança processo com o meio. Definitivamente, esta é uma etapa decisiva
no desenvolvimento humano.
d) Estágio Categorial (7-10 anos): Neste estágio, são “os processos intelectuais que dirigem o
interesse da criança para as coisas, para o conhecimento e conquista do mundo exterior,
imprimindo às suas relações com o meio, preponderância do aspecto cognitivo. ". A evolução
mental ocorre de maneira progressiva, com progresso considerável regular. Após ter
desenvolvido a consciência de si no estágio anterior, uma criança percebe-se como pertencente a
diferentes grupos, exercendo atividades e papéis. O autoconhecimento é mais completo e
concreto. Sob o aspecto motor, seus gestos estão mais precisos, o que permite realizar uma ação
que deseja de forma e eficiente. Além de que, agora, uma criança é capaz de planejar
mentalmente o movimento e prever como consequências, garantindo assim uma melhor
desenvoltura exploração do meio. Predomínio domínios cognitivos. Este período subdivide-se em
duas etapas:
e) Estágio da Puberdade e da Adolescência (11-12 anos): nesse período, existe uma nova crise que
envolve todos os aspectos (afetivo, cognitivo e motor) e que se constitui pela passagem da
infância à adolescência. Ocorrem modificações fisiológicas que provocam transformações
corporais e psíquicas. Devido às transformações corporais acentuam-se as diferenças entre
meninas e meninos tais como: evolução da estatura, aparecimento de pêlos nos meninos e
primeira menstruação e crescimento dos seios nas meninas. O jovem volta-se para si, retorna o
pensamento para si mesmo, para a construção da pessoa. Portanto, predomina novamente a
afetividade. O jovem é marcado pelo desequilíbrio interior, pois, alternam-se os desejos de
acordo com o conformismo, posse e sacrifício, renúncia e aventura. O que pode ser feito de forma
imaginária ou real. Porém, se o jovem busca satisfazer suas necessidades de forma real, faz-se
necessária a orientação de um adulto para que suas ações tenham valores sociais morais.
• No estágio sensório-motor e projetivo, que vai até o terceiro ano, a criança direciona seu
interesse para a exploração sensório-motora do mundo físico, em que predominam as relações
cognitivas com o meio. O desenvolvimento da função simbólica e da linguagem são marcos
importantes desta fase.
• No estágio do personalismo, na idade dos três aos seis anos, a tarefa central é o
desenvolvimento da personalidade. A construção da consciência de si, que ocorre pelas interações
sociais, reorienta o interesse da criança para as pessoas. Retorna o predomínio das relações
afetivas.
• Aos seis anos tem início o estágio categorial, que, por conta da consolidação da função
simbólica e da diferenciação da personalidade realizadas no estágio anterior, traz importantes
avanços no plano da inteligência. Os progressos intelectuais dirigem o interesse da criança para o
conhecimento e conquista do mundo a sua volta. Predomínio do aspecto cognitivo.
• No estágio da adolescência a crise pubertária impõe a necessidade de uma nova definição dos
contornos da personalidade em virtude das mudanças corporais. Movimento que traz à tona
questões pessoais, morais e existenciais, retomando a predominância da afetividade.
Domínios cognitivos:
Tônico (até os 3 meses): se refere aos movimentos das expressões. Mais primitivo e ligado às
emoções, sendo involuntário e precisa da interpretação do outro para atribuição de sentido.
A escola necessita lidar adequadamente com as emoções dos alunos, não intensificando
situações de frustração e ansiedade;
A escola torna-se um espaço de reflexão não apenas acerca dos modos de aquisição de
aprendizagens de conteúdos, mas também sobre as formas de se lidar com expressões da própria
subjetividade.
Na escola, o aluno pode conseguir um espaço maior para exercitar suas escolhas (amigos,
atividades lúdicas, leituras), principalmente quando tem um professor que conhece suas
peculiaridades e elabora atividades coerentes com sua realidade.
Em sua teoria Wallon diz que é através da imitação que a criança vive o processo de
desenvolvimento que é seguido por fases distintas, no entanto, é a quantidade de atividades
lúdicas que proporcionarão o progresso, e diante do resultado, temos a impressão que a criança
internalizou por completo o aprendizado, mas, ela só comprova seu progresso através dos
detalhes. Não existe na criança um jogo natural, portanto: “[...] a brincadeira pressupõe uma
aprendizagem social. Aprende-se a brincar.”
Conflitos:
Segundo Wallon, o desenvolvimento infantil é um processo que existe diversos conflitos. A partir
concepção do desenvolvimento da pessoa como uma construção progressiva, que ocorrem
diversas fases, com predominância afetiva e cognitiva. A presença de conflitos, crises,
contradições na trajetória humana são, pontos fecundos para o desenvolvimento humano. Os
conflitos servem como fatores dinamogênicos, ou seja, são estimulantes do desenvolvimento.
Um exemplo de uma fase cheia de conflitos é a adolescência, mudanças fisiológicas, fisiológicas
que provocam transformações corporais e psíquicas. Esses conflitos, vão ser propulsores da
passagem da infância para a adolescência.
Referências:
NUNES, Ana Ignez Belém Lima; SILVEIRA, Rosemary do Nascimento. Psicologia da Aprendizagem. 3.
ed. rev. Fortaleza: EdUECE, 2015.
DE ALMEIDA, Rozeli Maria; DE MELO, Raimunda Ercilia Fernandes S. O JOGO SEGUNDO A TEORIA
DO DESENVOLVIMENTO HUMANO DE WALLON Cleudo Alves Freire Daiane Soares da Costa Ronnáli
da Costa Rodrigues.
Bibliografia Skinner:
“A história de interações passadas entre um indivíduo e seu ambiente que permitirá entender
porque certas consequências são reforçadoras para alguns, aversivas para outros, e, finalmente,
incapazes de manter comportamentos para outras ainda” (LUNA, 2002, p. 161).
Skinner trabalhou com o método experimental, realizando vários estudos com animais, os quais
nos ajudam a entender seus conceitos e proposições. Em um deles, a caixa de Skinner: um rato
privado de alimento foi colocado em uma caixa, denominada de câmara operante. Explorando o
espaço da caixa, o rato acidentalmente acionou uma alavanca que liberou comida. O corpo do rato
se acostumava a receber o estímulo e ele conseguia tomar a água. Considerava que a caixa dele
era do comportamento operante.
Para Skinner o ambiente se refere aos eventos físicos, sociais e culturais, capazes de repercutir
no organismo, envolvendo comportamentos abertos e encobertos, como sonhos, ideias,
pensamentos e linguagem não verbal.
Skinner traz a definição de comportamento respondente e operante: o respondente é a resposta
que o organismo tem imediatamente em relação ao estímulo, tendo o estímulo condicionado
(aquele que nós aprendemos através da repetição) e incondicionado (não passa pelo processo de
aprendizagem, organismo responde, seleção natural, é involuntário); o operante são os processos
que são analisados através do efeito, que são os reforços positivos e negativos.
Reforço social: É um reforço que requer a presença de outras pessoas, reforço que é mediado por
outras pessoas: atenção, aprovação, afeição.
Punição social: É uma punição que ocorre na frente das pessoas: desaprovação, desprezo, insulto.
Extinção: uma resposta previamente reforçada deixa de ser reforçada e a frequência da resposta
diminui. Em sala de aula, o uso mais comum de extinção é quando o professor deixa de dar
atenção a um comportamento que a atenção estava mantendo.
Modelagem: São determinadas etapas para que aos poucos seja alcançando o comportamento
final desejado (Aproximações sucessivas); Modelação: O aprendizado ocorre por observação e
imitação. Experimentalmente o pesquisador pode manipular o comportamento através do
reforço. Reforçando-o cada vez que indivíduo emite uma resposta mais próxima do
comportamento desejado.
Contínuo: o comportamento do sujeito é reforçado toda vez que é emitido. Por exemplo,
sempre que o aluno presta atenção nas explicações do professor, ele recebe um elogio.
Em intervalo: o reforço pode ser apresentado em intervalo fixo ou variável, exemplo- fixo:
toda sexta ganha um ponto; variável: prova surpresa.
Em razão: pode ser fixa e variável, sendo que o reforço depende do número de vezes em
que o comportamento ocorre, exemplo- fixa cada três atividades certas o estudante ganha um
ponto; variável: ocorrência de comportamento vai ocorrer sem ser pré- determinado.
No processo de ensino, Skinner dar ênfase do método e na eficácia da estruturação dos recursos
externos, como principais promotores da aprendizagem. Isso ocorre em virtude da forma como
esquemas de reforçamento são organizados. Skinner elaborou a ideia de um ensino
programado, de uma programação dos objetivos e dos conteúdos da educação, expressas em
algumas características específicas, como:
É mais comum que uma punição interrompa apenas temporariamente uma resposta. Se
a resposta ainda for reforçada, uma punição poderá ser particularmente ineficiente.
A punição diz a uma pessoa ou um animal que a sua resposta está “errada". Entretanto,
não informa qual seria a resposta "certa", então a punição não ensina novos comportamentos.
Assim, se menos houver reforço, ela será eficiente (Gershoff, 2002).
Quais são os lados negativos da punição? O problema básico com a punição é que ela é
aversiva (dolorosa ou desconfortável). Por causa disso, as pessoas e as associadas à punição
tendem, por meio do condicionamento clássico, a ser temidas, ressentidas e não apreciadas. A
nature aversiva da punição torna-a especialmente pouco apropriada para ser usada quando se está
ensinando como crianças a comerem de forma educada ou a usarem o banheiro.
Um estudo recente descobriu que as crianças que são punidas fisicamente tendem a
apresentar comportamentos mais agressivos, impulsivos e anti-sociais (Straus e Mouradian,
1998). Outro estudo sobre meninos adolescentes cheios de raiva descobriu que eles eram punidos
severamente em casa. Isso suprimiu o mau comportamento em casa, mas os tornou mais
agressivos em outros lugares, Os pais ficavam surpresos quando eram informados de que os seus
"bons meninos" estavam com problemas porque brigavam na escola (Bandura e Walters, 1959).
Um outro estudo de problemas de disciplina na sala de aula descobriu que a punição física,
os gritos e as humilhações eram, em geral, ineficientes. O reforço positivo em forma de elogio,
aprovação e recomendo é provavelmente mais eficiente para lidar com os problemas em sala de
sula, atitudes de desafio e falta de atenção (Tulley e Chin, 1995).
Punir ou não punir? o erro mais comum no uso da punição é confiar apenas nela para o
treinamento ou a disciplina. O ajuste emocional geral de uma criança ou de um animal de
estimação disciplinados principalmente pela recompensa é frequentemente superior ao de uma
pessoa ou animal disciplinados principalmente pela punição. A punição frequente torna uma
pessoa ou um animal infelizes, confusos, ansiosos, agressivos e medrosos (Gershoff, 2002).
Referências:
COON, Dennis. Introdução à psicologia: uma jornada. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006.
NUNES, Ana Ignez Belém Lima; Silveira, Rosemary Nascimento. Psicologia da aprendizagem, 3. ed.
rev. Fortaleza : EdUECE, 2015. Disponível em:
https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/431616/2/Livro_Psicologia%20da%20Apren
dizagem.pdf
Albert Bandura:
A teoria sociognitiva de Bandura estabelece que fatores sociais e cognitivos estabelecem fatores
sociais e cognitivos, como também o comportamento, são fundamentais na aprendizagem. Essa
teoria também tem influências da personalidade e da subjetividade de cada pessoa.
Tríade: três pessoas para que ocorra a relação: pessoa, comportamento, ambiente. Para
bandura, o fator pessoa é mais importante, porém o ambiente é uma variável é muito influente
para impulsionar a cognição.
Para Bandura, os seres humanos são flexíveis nas formas de aprender, para ele, a aprendizagem
pode ser ativa ou por observação. A aprendizagem ativa ocorre por meio de experiências diretas
que são comportamentos apresentados com suas respectivas consequências. E a aprendizagem
que ocorre por meio da observação de comportamentos de outras pessoas que fornecem
experiências indiretas (vicárias) e tem como consequência reforços vicários. A aprendizagem por
observação pode ser considerada mais eficiente, já que não expõe os indivíduos a reforços ou
punições.
É uma forma de aprendizagem que ocorre quando se adquire habilidades, estratégias e crenças
observando os outros. A aprendizagem por observação envolve a imitação, mas não está limitada
a ela. O que é aprendido não é uma cópia exata do modelo observado, mas uma forma geral ou
estratégia que o observador aplica de maneira criativa. A capacidade de aprender padrões de
comportamento por meio da observação elimina a aprendizagem enfadonha da tentativa e erro.
Em muitas ocasiões, a aprendizagem por observação exige menos tempo do que o
condicionamento operante. Bandura procurou confirmar tal teoria ao fazer um experimento com
um joão-bobo. Três grupos de crianças foram submetidos a um filme diferente cada, nos quais
adultos agrediam os bonecos. Relatou-se que o grupo que viu o adulto sendo recompensado
tendia a repetir com maior frequência as agressões quando comparado aos dois últimos grupos.
Sua conclusão é que comportamentos agressivos se tornam mais frequentes ao ver outros serem
recompensados por sua agressividade.
Atenção: É preciso antes de executar o que o modelo faz, prestar atenção no que o modelo está
fazendo ou dizendo. A atenção ao modelo é influenciada por diversas características. Por exemplo,
pessoas calorosas, poderosas ou atípicas exigem mais atenção do que pessoas mais comuns, frias e
fracas. Há uma maior tendência em observar indivíduos com os quais se tem mais contato,
modelos atraentes e comportamentos de natureza que se considera importante ou valiosa.
Reprodução: Para comportamentos mais complexos, mesmo que o indivíduo tenha observado,
prestado atenção e codificado, é necessário que ele reproduza. A prática consolida o que foi
observado.
Consequência ou motivação: Mesmo que a pessoa tenha aprendido o comportamento não irá
reproduzi-lo até que haja motivação. Principais motivações: gratificações e afastamentos de
consequências punitivas.
4 reforços para a motivação:
-Recompensar o comportamento do modelo;
-Recompensar o comportamento o da criança;
-Instruir a criança a fazer autoafirmações do reforço;
-Mostrar como o comportamento leva a resultado reforçadores.
Reforço Viçario: Aprendizado ou fortalecimento de uma resposta por meio de uma observação por
consequências de tal comportamento. Por exemplo: Alguém na sala de aula pega café para o
professor- Resposta; O professor dar um abraço no estudante- Consequência; O estudante ver o
colega ser abraçado e pensa em fazer o mesmo- Reforço Viçario.
Conceitos fundamentais para sua Teoria:
Agência humana: na maioria das situações, somos determinantes, protagonistas das nossas
vidas, capazes de influenciar comportamentos, seres ativos nos processos de
autodesenvolvimento, adaptação e mudança. O indivíduo é visto como agente, influencia o
próprio comportamento e as circunstâncias de sua vida, pois não é apenas alvo das influências do
meio, mas também age sobre ele e produz influências que o modificam.
Premeditação: o indivíduo cria objetivos para si mesmo, prevê os resultados prováveis de seus
atos, guia e motiva seus esforços; previsão com base no conhecimento que temos, prever,
escolhemos os comportamentos, definir resultados.
Autorreatividade: permite adotar padrões de referência para avaliar, monitorar e regular seus
atos capacidade de monitorar o progresso em direção as metas que queremos.
Autoreflexão: capacidade através da qual o indivíduo reflete sobre o valor e o significado de suas
ações, fazendo ajustes, quando necessário.
Auto eficácia: O fator pessoal/ cognitivo que Bandura mais enfatizou é a crença de que uma
pessoa consegue dominar uma situação e produzir resultados positivos. Bandura diz que a auto-
eficácia tem influência poderosa sobre o comportamento. Por exemplo, um estudante que tem
baixa auto-eficácia pode nem mesmo tentar estudar para uma prova por acreditar que isso não
fará diferença alguma; As crenças que os indivíduos têm em sua própria capacidade de organizar
e executar determinado curso de ação para alcançar determinado resultado. Bandura (2004)
propõe quatro mecanismos para desenvolvimento de um forte senso de autoeficácia:
1)modelação social: a observação de outros atuando como modelos bem-sucedidos permite que o
indivíduo identifique conhecimentos e habilidades para lidar com as exigências do meio;
2) persuasão social: quando as pessoas são persuadidas a atuar de forma a obter sucesso, elas
confiam mais em sua capacidade e afastam-se de situações nas quais podem falhar; além disso,
não se envolvem em pensamentos que intensificam as dúvidas sobre sua própria capacidade;
3) estados emocionais: as pessoas também julgam suas capacidades em função de seus estados
emocionais, fazendo leituras de sua tensão, ansiedade e depressão como sinais de sua deficiência
pessoal;
Referências:
Caso 08: Carl Rogers a teoria humanista e sua relação com a aprendizagem
Carl Rogers:
Carl Ransom Rogers nasceu em 1902, nos EUA. Todos em sua família cultivavam a questão do
trabalho ativo e da religião protestante, tinham bases fundamentalistas.
Em 1924, Rogers matriculou-se no Seminário da União Teológica, em NYC. As dúvidas de Rogers
sobre se a abordagem religiosa era a forma mais eficaz de ajudar as pessoas, levou-o a
frequentar cursos de psicologia clínica e de psicopedagogia.
A Teoria de Carl Rogers vem de encontro a psicanálise (primeira força) e behaviorismo (segunda
força), ela surge como a terceira força da psicologia (psicologia humanista). Experiência com as
batatas: Rogers viu que as batatas que estavam no porão de sua casa, se desenvolviam em direção
a uma fresta de luz relacionando assim com os seres humanos, e deu origem ao conceito de
tendência atualizam-te. Tendência atualizam-te é a capacidade do homem de se reinventar e se
autorregular, a tendência ao crescimento.
Influências pessoais: Educação familiar, viagens ao redor do mundo, princípios religiosos, Budismo,
Fundamentalismo, Humanismo.
Existencialismo: influencia a sua visão de homem, “o homem é o que ele faz”. Traz a ideia de
essência, a visão ao indivíduo e não ao diagnóstico, homem ativo e livre. Congruência, self etc.
Fenomenologia: influenciou a terceira fase, fase experiencial, onde é levado em consideração a
experiência vivida pelo cliente.
A aprendizagem está ligada a qualidade do ensino que visa suprir o aluno, seja, individual,
emocionalmente ou socialmente. Literalmente correlacionado as potencialidades e competências
que foram estingadas desde das bases fundamentais da educação, no qual foi ensinado de
maneira construtiva, a transformar o objeto do conhecimento e dar novas formas, e funções a ele.
Essa aprendizagem, é significativa pois acontece quando o assunto torna-se perceptível para aluno
como algo relevante para os seus propósitos (ROGERS, 1974).
Carol Rogers, nas sessões de terapia se colocava como mediador dos seus clientes, dessa
forma, no caso da educação, o professor é o intermediador, e deve ter aceitação incondicional,
empatia, congruência e autenticidade. A aceitação incondicional valoriza aquele que aprende,
seus sentimentos, suas opiniões, sua pessoa. Essa atitude positiva revela que o formador deve
aceitar sem restrições os temores e as hesitações que o aluno experimenta à medida que
vivencia o aprendizado.
Referências: