UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

Resenha Crítica de Caso

Suellen Moutinho da Silva de Oliveira

Trabalho da disciplina História e Formação na psicopedagogia

Tutor: Prof. Rosalva Drummond

Rio de Janeiro
2022

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 RESENHA DO TEXTO INTERLOCUÇÕES DAS PRÁTICAS PSICOPEDAGÓGICAS E O
SERVIÇO DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

Referências: PAVÃO. Sílva Maria de Oliveira; SMOLARECK. Rodrigo Dalosto.

O texto “Interlocuções das práticas psicopedagógicas e o serviço de atendimento

educacional especializado” nos esclarece as áreas de atuação do psicopedagogo e as
possíveis parcerias e intervenções que podem ocorrer concomitante ao Serviço de
Atendimento Educacional Especializado, almejando a inclusão tanto dos alunos com
necessidades especiais quanto dos alunos com dificuldades específicas de aprendizagem.
Os autores esclarecem como a inclusão ocorre nas dimensões social e escolar. O
primeiro envolve todos os acessos urbanos, de traslados e instituições que atendem às
necessidades básicas como saúde, moradia, entre outros. O segundo já se refere ao meio
escolar e tudo em que nele é construído para o desenvolvimento dos alunos em suas
especificidades.
Ao observar e analisar o universo escolar (o foco desse texto), os autores levantam
algumas hipóteses sobre as possíveis causas dos problemas de aprendizagens e as atrelam
a aspectos pedagógicos e neurológicos. Com relação ao pedagógico, referem-se aos
métodos, didáticas de ensino dos docentes. Aludem também aspectos físicos e sociais do
ambiente escolar. Ambos estão interligados e inerentes ao processo de aprendizagem dos
discentes, por isso é importante que os profissionais de educação sejam capacitados e
estejam atentos a tudo que engloba o meio escolar.
Uma possível solução apresentada pelo texto seria a construção de um currículo, a
partir da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e dos
documentos e da legislação (LDB), que abranja desde o espaço físico até o pedagógico,
incluindo a formação adequada dos profissionais da educação. Além de privilegiar o
acolhimento, o respeito às limitações e às diversidades, valorizando o conhecimento empírico
de cada ser que chega à escola.

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 Conforme as orientações dos documentos que regem a educação inclusiva, há a
necessidade de se ter nas escolas uma Sala de Recursos Multifuncionais com atendimento
Educacional Especializado (AEE), cujo principal objetivo é garantir a aprendizagem e a
participação efetiva dos alunos com ou sem necessidades especiais, que apresentam alguma
dificuldade de aprendizagem.
Esse atendimento deve ser feito por profissionais especializados, capazes de
desenvolver e aplicar atividades que permitam identificar as dificuldades e as limitações de
aprendizagens dos alunos, a fim de minimizá-las ou dirimi-las. Baseado nessa demanda,
surge a psicopedagogia para concatenar as políticas inclusivas na perspectiva multidisciplinar
a fim de acompanhar o desenvolvimento dos alunos com necessidades especiais e com
dificuldades de aprendizagens.
A psicopedagogia ainda é recente no Brasil. Iniciou-se aqui na década de 60 e tinha
caráter médico. Ainda não é regulamentada como profissão, contudo, segue atuante e
intervindo nos espaços de práticas inclusivas dentro e fora das instituições de ensino, por se
tratar de uma área de conhecimento e de práticas multidisciplinar. Também trabalha em
parceria ao AEE, embora sejam instituídos como campos diferenciados, constituem-se de
uma formação profissional semelhante, além de almejarem os mesmos objetivos.
Portanto, o texto traz à luz a relevância do profissional de psicopedagogia à educação
inclusiva. Revela sua origem a partir de uma necessidade real (inicialmente, médica) inerente
ao processo de aprendizagem; sua parceria, nas instituições de ensino com o Atendimento
Educacional Especializado, alicerçada em um currículo pautado nos documentos e
legislações que regem a educação inclusiva. Assim, visa o acolhimento dos alunos com ou
sem necessidades especiais, a fim de garantir a aprendizagem para todos, respeitando
limitações e dificuldades.