REFERENCIAL TEÓRICO
O trabalho é baseado teoricamente sob a perspectiva Interacionista, que
trabalha com o conceito de um sujeito ativo e produtor de sentidos, na qual o
pensamento é construído pelo ambiente histórico e pelas relações sócio-
culturais.
Por outro lado como pensarmos o movimento inclusivo numa sociedade que
silencia que faz desaparecer o feio, o imperfeito, o disforme, o que estremece
os ideais de beleza e perfeição?
Nesse sentido, Vigotski (1997) faz uma série de críticas à escola especial pela
atuação centrada nas funções elementares e nos limites impostos pela
deficiência, rejeitando o ensino por meio de técnicas e treinamentos penosos
ajustados à deficiência. Ainda, afirma que a educação especial assim como a
educação geral deve envolver o aluno na trama do mundo comum, valorizar o
seu acesso a diferentes esferas de atividades. Deve ser, enfim, uma educação
social que envolva realmente o aluno na coletividade.
OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo analisar como acontece a inclusão através do
trabalho desenvolvido nas salas de AEE e refletir como a pesquisa-ação crítico
colaborativa pode contribuir na busca da transformação de práticas educativas
na escola.
METODOLOGIA
Procedimentos
Para investigarmos, analisarmos e compreendermos como acontecia a
inclusão através da sala de AEE, precisamos fazer parte da rotina dessas
salas, observamos as práticas pedagógicas nos atendimentos, como as
professoras ensinavam utilizando os recursos e materiais disponíveis, de que
forma estabeleciam a relação professor-aluno, quais ações educacionais
dentro do AEE fomentavam a vontade dos alunos em aprender e como estes
modificaram seu comportamento e aprendizagem frente as práticas
desenvolvidas.
RESULTADOS
Na nossa pesquisa, não tivemos contato direto com a sala de aula regular, os
encontros eram dados nos intervalos, quando circulávamos pela escola ou
quando éramos apresentadas pelas professoras do AEE a alguns professores
das crianças atendidas. No entanto, com o convite para ministrar uma palestra
para os professores da sala de aula regular, conhecemos muitos daqueles que
possuiam alunos com necessidades especiais.
Meirieu (2002) fala sobre esse momento de interação, tão desejado pelas
professoras, ele chama de “momento pedagógico”, que é justamente esse
espaço onde conseguimos pensar novas possibilidades, escapar dos fazeres
cristalizados.
Givigi (2007) aponta em seu trabalho que essas salas têm se configurado
apenas como locais de atendimento a pessoa com deficiência. Essa concepção
vem caracterizando a Educação Especial como um “subsistema paralelo ao
ensino comum” e com isso os professores das salas regulares tem se
distanciado da responsabilidade pelo aprendizado dos alunos com
necessidades especiais.
CONCLUSÕES
A considerações realizadas nesse trabalho acabam por aqui por uma questão
acadêmica, porém, todos os sentidos que impulsionaram o nosso fazer
permanecem vivos no caminho dos infindáveis trilhos que compõem essa
viagem. Novos destinos, novos lugares e novas descobertas mantém firme o
nosso desejo de pesquisadoras, em palavras, demos corpo aos nossos
desejos e a outros desejos de fazer outras viagens.
REFERENCIAS