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Ancha Matias
Psicologia da Aprendizagem
2023
Amino Amido Madeira
Álvaro Floriano Namuine
Ancha Matias
Josefa João Mafigo
No presente trabalho abordaremos sobre as teorias integracionistas, temos nós a dizer que
essa teoria do desenvolvimento apoia-se na ideia de interacção entre o organismo e o meio.
A aquisição do conhecimento é entendida como um processo de construção contínua do ser
humano em sua relação com o meio. Organismo e meio exercem acção recíproca Essas
construções dependem bastantemente das relações que são estabelecidas com o ambiente
numa dada situação. Basicamente todo o conhecimento que possuímos acerca do mundo ao
nosso redor é adquirido por meio de um processo de observação, absorção e compreensão
das informações que nos são apresentadas nas mais diversas situações. Ou seja, o processo
de construção de nosso conhecimento ocorre a partir da aprendizagem e aquisição novas
informações.
1.1. Metodologias
1.3. Específicos:
Esta teoria tem como os principais representantes os teóricos Jean Piaget e Lev Vygotsky.
Essa concepção, considera o conhecimento construído graças às interacções que o sujeito
tem com o meio externo (físico e social). O conhecimento não é interno, nem vem "nato",
com o ser humano, e nem externo construído a partir das percepções sensoriais, mas sim,
através da interacção entre eles, pois, o homem, não é considerado, nessa teoria, como um
ser passível, mas interage e muda as coisas ao seu redor. É nessa interacção que os
processos de aprendizagem vão se efectivando. Uma criança, por exemplo, constrói suas
características de agir, pensar, sentir e sua visão de mundo, através da interacção\ com
outras crianças e adultos e esses processos duram a vida toda, o ser humano de acordo com
essa teoria está em constante aprendizagem. Jean Peaget (1896-1980)
O ser humano interage com o meio ambiente respondendo aos estímulos externos,
analisando, organizando e construindo seu conhecimento a partir do “erro”, através de um
processo contínuo de fazer e refazer (COLL, 1992, p. 164). Essas construções dependem
bastantemente das relações que são estabelecidas com o ambiente numa dada situação.
Podemos empregar o termo construtivismo como sinónimo de interacionismo, uma vez que
existe a construção do conhecimento considerada a verdadeira aprendizagem. Sendo
classificada como interaccionista, a teoria construtivista é em sentido geral, o processo pelo
qual um indivíduo desenvolve sua própria inteligência adaptativa e seu próprio
conhecimento, interagindo com o meio.
A partir das teorias interaccionistas, foi possível analisarmos que a aprendizagem não
acontece apenas por factores internos ao sujeito, mas também pela interacção do indivíduo
com o ambiente externo. Entre os principais representantes do interacionismo, podemos
citar Jean Piaget e Lev Vygotsky.
Piaget utilizou-se do método clínico, para suas observações, por ter semelhança com
procedimentos usados em Psiquiatria e Psicoterapia: entrevistas, aplicações de testes,
observação. Utilizando este método, ele chegou a formulações de uma teoria de como se
processa o desenvolvimento cognitivo – a Psicologia Genética (COLL, 1992, p. 168-169).
Piaget coloca o foco de suas pesquisas na interacção do sujeito com o objecto. Assim, sua
teoria é considerada focada no sujeito como estruturante. Piaget buscou compreender os
mecanismos pelos quais as crianças constroem representações internas de conhecimentos
construídos socialmente, em uma perspectiva psicogenética, traz uma contribuição para
além das descrições dos grandes estágios de desenvolvimento (FERRARI, 2010a).
Piaget concebe a criança como um ser activo, atento e que constantemente cria hipóteses
sobre o seu ambiente. Assim, acredita que, de acordo com o estágio de desenvolvimento
em que a mesma se encontra, elabora os conhecimentos de forma espontânea. A criança
tem uma visão particular sobre o mundo e à medida que se desenvolve, em sua interacção
com o adulto, aproxima-se de suas concepções tornando-se socializada. No entanto, o
papel da interacção, nesta teoria, fica minimizado em virtude de que, para Piaget, a
aprendizagem subordina-se ao desenvolvimento.
Esta teoria tem como eixos as seguintes ideias com relação ao processo de
desenvolvimento da criança:
c) O desenvolvimento tem uma sequência fixa e universal de estágios: sensório motor (de 0
a 2 anos); pré-operatório (de 2 a 7 anos); operatório concreto (de 7 a 12/13 anos) e
operatório formal a partir dos 13 anos;
2.1.1. A psicogénese
A psicogénese era objecto de estudo do construtivismo como ciência e, agora, como
psicogénese das diversas ciências ou conhecimentos, é conteúdo do construtivismo
aplicado ao ensino. Assim sendo o conhecimento não pode ser concebido como algo
predeterminado desde o nascimento (inatismo), nem como resultado do simples registo de
percepções e informações (empirismo). Resulta das acções e interacções do sujeito com o
ambiente onde vive. Todo o conhecimento é uma construção que vai sendo elaborada
desde a infância, através de interacções do sujeito com os objectos que procura conhecer,
sejam eles do mundo físico ou cultural (BOCK, FURTADO E TEIXEIRA 2002:103-104;
PIAGET apud COLL, 1992:170, SANTOS, 2002).
Esta teoria, defende que todas as crianças se desenvolvem intelectualmente passando por
estágios. Os diferentes estágios por que passam os indivíduos, são descritos no processo de
aquisição dos conhecimentos, de como se desenvolve a inteligência humana e de como o
indivíduo se torna autónomo. O construtivismo é mudança de visão, pois ele não considera
o conhecimento só pelo prisma do sujeito nem só pelo prisma do objecto, mas pela óptica
da interacção sujeito-objecto (COLL, 1992:169-170). Assim, ensaia-se definir o
construtivismo como uma teoria do conhecimento que engloba numa só estrutura dois
polos, o sujeito histórico e o objecto cultural, com interacção recíproca, ultrapassando
dialeticamente e sem cessar as construções já acabadas para satisfazer as lacunas ou
carências (necessidades).
A principal diferença na obra de Piaget é que ele coloca o foco de suas pesquisas na
interacção do sujeito com o objecto. Assim, sua teoria é considerada focada no sujeito
como estruturante. Para Vygotsky, a interacção é o foco. Sua teoria também é considerada
construtivista e interaccionista porque o psicólogo nos afirma que a criança se desenvolve
e modifica sua aprendizagem à medida que internaliza experiências externas.
i) O indivíduo percebe e organiza o real através dos dados fornecidos pela cultura.
Para Vygotsky, toda forma superior de comportamento aparece duas vezes durante seu
desenvolvimento: primeiro como forma colectiva, como um procedimento externo do
comportamento, isto é, interpsicológica, para depois se converter em individual, em uma
forma de comportamento da própria pessoa, isto é, intrapsicológica.
Quem explica é Fabrício Cortezi. Trata-se de uma formação baseada na interacção entre o
indivíduo com o outro e com o meio, portanto, aponta que factores orgânicos e ambientais
influenciam de alguma forma o desenvolvimento humano, inclusive o educacional.”
É preciso trabalhar com uma proposta pedagógica que favoreça habilidades e competências
mais do que o acúmulo de conteúdos. E é nesse sentido que o interacionismo pode fazer
uma grande diferença para as instituições de ensino e seus estudantes.
Além disso, Fabrício ressalta que os aspectos de um ser humano mais colaborativo,
empático, crítico e criativo se fazem presentes.
Vantagens do interacionismo
A proposta interacionista trabalha uma abordagem muito mais voltada à realidade vivida
no quotidiano dos estudantes. Assim, existe a possibilidade de estabelecer conexões com
conhecimentos anteriores de uma forma bem mais significativa. Além disso, o
interacionismo promove aos estudantes uma visão de mundo diferenciada, mais ampla e
humana.
Nesse processo a nova informação interage com uma estrutura de conhecimento específica,
a qual Ausubel chama de “subsunçor”, existente na estrutura cognitiva de quem aprende. A
aprendizagem para Ausbel, significa organização e integração do material na estrutura
cognitiva. Admite a existência de uma estrutura na qual a organização e a integração de
ideias se processam. A experiência cognitiva é caracterizada por um processo de
integração no qual os conceitos novos se interagem com os já existentes na estrutura
cognitiva, integrando o novo material e, ao mesmo tempo, modificando-se.
(OSTERMANN & CAVALCANTI, 2011:34; ALFERES, 2018:9). O subsunçor é uma
estrutura específica ao qual uma nova informação pode se integrar ao cérebro humano, que
é altamente organizado e detentor de uma hierarquia conceitual que armazena experiências
prévias do aprendiz.
Superordenada: Quando a informação nova é ampla demais para ser assimilada por
qualquer subsunçor existente, sendo mais abrangente que estes e então passa a assimilá-los.
Por exemplo: Se o indivíduo tem subsunçores para Catolicismo, Protestantismo e
Kardecismo, e depois aprende o conceito geral de Cristianismo. Esse último conceito é que
na realidade assimilará os 3 originais;
Alferes (2018:6-7) diz que Bruner parte do conceito de que aprendizagem é modificação
do comportamento resultante da experiência.
Nesta óptica Bruner afirmando que o aprendizado é um processo activo, ele quis dizer que
o aprendiz constrói novas ideias ou concepções, baseado em seus saberes prévios e os que
estão sendo estudados, baseado em sua estrutura mental inata, ou seja, o aprendiz filtra e
transforma a nova informação, infere hipóteses e toma decisões, utilizando uma estrutura
cognitiva, cujo essa estrutura cognitiva (esquemas e modelos mentais) fornece significado
e organização para as novas experiências, permitindo deste modo que o aprendiz enriqueça
seu conhecimento além do conceito estudado, e este enriquecerá seu conhecimento
somente através do relacionamento das novas informações com seus conhecimentos
prévios.
Essa ideia também é sustentada didacticamente, pois a didáctica diz que o conhecimento
científico deve ser sistematizado para garantir uma sequência dependente dos conteúdos
para facilitar a aprendizagem, partindo do mais simples aos mais complexos. Assim sendo
o aluno vai descobrir aquilo que já existe em sua estrutura cognitiva. E este vai construindo
o seu conhecimento através do ensino por descoberta.
2. Estrutura – qualquer assunto ou tema deve ser organizado de uma forma óptima para
poder ser transmitido para qualquer aluno. O currículo deve ser estudado em espiral. O
mesmo tópico deve ser ensinado de vários níveis e abordagem deve ser periodicamente.
4. Reforço – para atingir a mestria de um problema tem que receber informação retroactiva
sobre o que estamos a fazer. Ter uma interacção entre professor.
Ostermann & Cavalcanti (2011:32) dizem que dez anos após Bruner publicar seus dois
livros sobre sua teoria de aprendizagem, revisa algumas questões e propõe a “desênfase”
no ensino da estrutura das disciplinas em favor de ensiná-las no contexto dos problemas
que a sociedade enfrenta. Além disso, conclui que a elaboração de um currículo não é
suficiente para a melhoria da educação, pois esta é profundamente política.
3. Conclusão
ALFERES, Piedade Carolina Fernando Jemusse. Apontamentos PA2, Sl, 2018. BOCK,
Ana M. B.; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de L. T. Psicologias – uma introdução
ao estudo de psicologia. Saraiva, São Paulo, 2002.
Lev Vygotsky, O teórico do ensino como processo social. Especial Nova Escola, São
Paulo, n. 43, 16 jul. 2012b. Edição especial grandes pensadores. Disponível em: . Acesso
em: 18 Agosto, 2019.
SANTOS, Raquel. A aquisição da linguagem. In: FIORIN, Ática, São Paulo, 2002:11-24.