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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

O Professor e a Ética profissional

Nome completo:

Sidónia Eugénio Guila Docente:

Código Nr: 708190370 Dr António Tomo

Licenciatura em ensino de português

Ética profissional

4ᵒ Ano

Maputo, Maio de 2022

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Nome completo: Docente:

Sidónia Eugénio Guila Dr António Tomo

Código nr: 708190370

Trabalho a ser apresentado a Instituição de


educação à distancia, centro de recurso de
Maputo, no curso de licenciatura em ensino
de português na cadeira de Ética Profissional
,4º ano.

Maputo, Maio de 2022

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Índice
1.0 Introdução ........................................................................................................................ 5

Objectivo geral ...................................................................... Error! Bookmark not defined.

Metodologia ........................................................................................................................... 5

1º Capítulo: Inclinação do profissional para a necessidade da formação ampla e isenta. ......... 6

2º Capítulo: Culto à verdade e honestidade ............................................................................. 7

3º Capítulo: julgamento próprio, abertura ao debate e aprimoramento constante ..................... 7

3.1 Julgamento proprio........................................................................................................... 7

3.2 Abertura ao debate ........................................................................................................... 8

Porquê e que o professor deve abrir debater na sala de aula? .................................................. 8

Conclusão ............................................................................................................................ 11

Referências Bibliográfica ..................................................................................................... 12

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1.0 Introdução
A Ética estuda o que é bom ou mau, correto ou incorreto, justo ou injusto, adequado ou
inadequado. Neste caso, para a área docência a ética é indispensável porque se preocupa com o
agir do professor na sala de aula e na comunidade onde ele vive. O fazer diz respeito à
competência, à eficiência que o professor deve possuir para exercer bem a sua profissão. O agir
se refere à conduta do professor, ao conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de
sua profissão. O presente estudo de uma forma detalhada vai analisar a ética profissional que o
professor deve ter na sala de aula, na sociedade e em varias situações da sua vida profissional.
O presente estudo, tem como objectivo principal, compreender a função da ética profissional
para o professor.

Objectivos específicos:

 Reconhecer a necessidade da formação ampla e isenta;


 Explicar a importância da honestidade, culto pela verdade, abertura ao debate e o
aperfeiçoamento do professor no seu trabalho de docência.

Metodologia

Toda a pesquisa necessita de uma bibliografia de consulta, pelo facto de ser um método
desenvolvido com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos
científicos, não sendo aconselhável, em muitos casos, que textos retirados da internet
constituam a arcaboiço teórico do trabalho. Desta feita, usou-se este método para a obtenção
de bases teóricas e científicas, que justificaram os factos e fenómenos observados, através de
consultas de uma gama de livros relacionados com a ética profissional. Portanto, com este
procedimento obteve-se várias informações que constituíram o corpo teórico da pesquisa, assim
como a elaboração de instrumentos e sua aplicação durante a realização do trabalho de campo.
Estrutura
Excluindo os elementos pré-textuais e introdução, este trabalho encontra-se dividido em três
capítulos:1º Capítulo: Inclinação do profissional para a necessidade da formação ampla e isenta,
2º Capítulo: Culto à verdade e honestidade; 3º. Capítulo: julgamento próprio, abertura ao debate
e aprimoramento constante. Na introdução, apresentamos a contextualização, os objectivos da
investigação, e, de forma breve, a metodologia de investigação e a definição da estrutura do
trabalho. Na conclusão, procuramos responder de uma forma sucinta, as questões de
investigação através da triangulação de dados e das análises de conteúdo dos documentos com
o quadro teórico.
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1º Capítulo: Inclinação do profissional para a necessidade da formação ampla e isenta.

Muitas vezes não sabemos como devemos nos comportar quando nos deparamos com alguém
com alguma deficiência ou com alguma dificuldade na assimilação da matéria que, possa exigir
do professor um tratamento especial para esse aluno. Talvez a falta de formação adequada nos
coloque em algumas situações desconfortáveis no nosso dia a dia na qualidade de professores.
Muitos professores têm o curso de graduação e não se preocupam em fazer um estudo
continuado desse trabalho. O professor tem que gostar e se responsabilizar seu trabalho, para
que venha a desenvolvê-lo com qualidade. Uma formação ampla e isenta por parte do professor
ajuda – o na resolução de diferentes problemas que o mesmo possa enfrentar na sala de aula
assim como no aperfeiçoamento do seu trabalho.

O professor tem grandes desafios a vencer, dando a sua participação para a contribuição social
e para o desenvolvimento do aluno e tem um papel muito importante, que é o sucesso da
educação, seja ela formal ou informal.
Para uma educação de qualidade é necessária uma formação sólida e contínua, com uma
progressão continuada que lhe forneça subsídios para uma reflexão sobre a sua prática
pedagógica.
Com certeza o que deixa o professor mais preocupado seja a sua inexperiência, precisa repensar
seus planos para que não fique preso na questão do espaço físico ou na sala de aula, procurando
criar situações que envolvam essas crianças utilizando materiais e meios de recursos ofertados
pela instituição.
Ser profissional é uma das características pessoais do bom professor. Segundo Moraes (1996)
a profissionalização do professor ocorre essencialmente na prática. É por meio de sua prática
que o professor constrói suas crenças e pressupostos e estes o conduzem a construir seu próprio
projeto de Educação. Esse processo pode ser concebido como um movimento de auto-educação
que torna o professor um profissional cada vez mais autônomo e competente (P.47).

Além disso, o professor deve ser aquele que estimula a curiosidade, é questionador – não para
humilhar o aluno e mostrar que ele é o detentor do saber, mas para dar condições de o aluno
refletir sobre os temas abordados na sala de aula, levando-o às suas próprias descobertas.Alguns
aspectos devem ser considerados para se avaliar o desempenho do professor e se sua prática
cotidiana tem plantado sementes para que seus alunos colham bons frutos mais tarde .

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2º Capítulo: Culto à verdade e honestidade
A honestidade é a palavra que indica a qualidade de ser verdadeiro: não mentir não, fraudar e
não enganar.
A honestidade é a primeira virtude no campo profissional. É um princípio que não admite
relatividade, tolerância ou interpretações circunstanciais. A honestidade está relacionada com a
confiança que nos é depositada, com a responsabilidade perante o bem de terceiros e a
manutenção de seus direitos.
Lawson (2004) discute acerca da importância de comportamento ético entre os professores e
suas consequências no processo de ensino e aprendizagem. A primeira razão é que a crença dos
professores pode afetar a definição pessoal de ética dos alunos. Em segundo lugar, o seu
comportamento ético pode influenciar as ações no processo de aprendizagem por parte dos
alunos. E terceiro lugar, foi estimado que os roubos internos e desonestidade causam
aproveitamento baixo no final de cada ano.

Lambert (2003) define desonestidade acadêmica como sendo qualquer tipo de ação fraudulenta
realizada por um aluno através de meios ilícitos em uma atividade acadêmica. (p.78).
Ser professor é uma profissão nobre na medida em que contribui para a aprendizagem do aluno
e para o desenvolvimento da sociedade.
É importante que o professor, na sua atuação, tenha como um domínio a honestidade e o culto
a verdade. um dos exemplos de desonestidade que tem se verificado na escola é o suborno.
professores que aceitam subornos não são honestos visto que aceitam uma verdade que não
corresponde a realidade dos alunos. Ser professor honesto é dar o que o aluno merece
independentemente da sua classe social ou etnia, ser honesto é avaliar o que lecionou na sala
de aula, ser honesto é dar a mesma pena a situações iguais.

3º Capítulo: julgamento próprio, abertura ao debate e aprimoramento constante

3.1 Julgamento proprio


O julgamento próprio leva à descoberta do professor sobre si próprio, sobre suas ações, sobre
seu desenvolvimento e sua competência profissional em diversos aspectos, que inclui o
social, psicológico e o educativo. A consciência de sua identidade profissional pode ser
adquirida através de suas próprias investigações sobre como melhorar suas aulas e a
descoberta da razão pela qual os alunos não estão aprendendo. Questões como essas, sendo
refletidas. O julgamento próprio não é um processo mecânico, mas a capacidade de voltar-
se sobre si mesmo, sobre as construções sociais, sobre as intenções, representações e
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estratégias de intervenção. Essa capacidade de reflexão supõe a inevitabilidade de utilizar o
conhecimento à medida que vaisendo produzido, para enriquecer e modificar a realidade,
suas representações, as intenções e o processo de se conhecer.
Nesse sentido, um olhar crítico e reflexivo para a realidade educacional torna-se essencial para
desvelarmos situações e caminhos. “A reflexão se desenvolve também antes da ação, não
somente para planificar e construir os cenários, mas também para preparar o professor para
acolher os imprevistos” (Perrenoud, 2002, P.67).
A ideia de professor reflexivo reside na capacidade de investigar sua própria docência, ou
seja, examinar o resultado do seu trabalho. Um professor reflexivo é um profissional que
constrói seus conhecimentos a partir de investigações sobre sua prática, sua metodologia e sua
relação com os alunos, atuando de forma inteligente e flexível. Acredita-se que uma prática
pedagógica baseada na reflexão proporciona uma conquista progressiva de autonomia e
descoberta de potencialidade.

3.2 Abertura ao debate

O debate e a discussão são formas de tratamento de problemas e de apreciação de possíveis


resoluções. Trata-se, portanto, não apenas de um embate ideológico, mas sim de um esforço de
construção de resoluções de problemas utilizado por sociedades democráticas para que seja
possível chegar à conclusão mais adequada possível para todos os envolvidos.

Assim sendo, a atividade do debate é de grande valia para a formação educacional de nossos
alunos, pois estimula o desenvolvimento do pensamento crítico e a prática da elocução, além
de auxiliar no processo de desenvolvimento do raciocínio lógico.

Toda discussão acerca de possíveis formas de resolução de problemas pode ser considerada um
debate. Diante disso, também é importante lembrar que, em um debate, pode haver julgamento
das exposições realizadas, de forma que uma argumentação possa ser considerada superior à o
debate é uma metodologia de ensino que pode proporcionar aos alunos uma formação pautada
na construção lógica e na resolução de problemas.
Na perspectiva do pensamento crítico e da comunicação dialógica, o debate é uma metodologia
relevante tanto para a formação humana quanto para a formação escolar dos alunos.

Porquê e que o professor deve abrir debater na sala de aula?


Um bom debate faz com que os estudantes exercitem sua capacidade de liderança e também
busquem independência intelectual (porém, observa-se que nunca ele deve ser usado para a
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subordinação). Sabe-se que o debate não é uma atividade fácil, pois a turma deve se sentir livre
e a vontade para expressar suas ideias de forma espontânea e o professor deve se empenhar em
estimular os alunos a essa independência sem opor sua forma de argumentar sobre o assunto
exposto para o debate.
Para (Capecch, 2000). A realização de debates em sala de aula oferece aos alunos a
oportunidade de exporem suas ideias prévias a respeito de fenômenos e conceitos científicos
num ambiente estimulante. Torna-se, então, necessária a criação de espaços onde os
alunos possam falar e, por meio da fala, tomar consciência de suas próprias ideias, além de
aprenderem a se comunicar com base num novo gênero discursivo: o científico escolar. (P.167).
O professor não pode ser aberto ao debate somente na sala de aula, mas sim em toda a sua vida
profissional. deve ser aberto a debates para com alunos, deve ser aberta para com a comunidade
em geral assim com para com os membros da escola no seu geral.

3.3 Aprimoramento constante

Quando um professor resolve investir em aperfeiçoamento e em novas formas de aprender,


além de ser um benefício para si quanto profissional, pois o mesmo terá um alicerce melhor de
conhecimentos e informações, esse benefício reflete também em seus alunos, pois eles terão
um ensino com mais qualidade e um melhor embasamento teórico, que será construído junto
com um professor que se preocupou em oferecer o melhor para os seus alunos e para o bem da
profissão. Para se ter uma educação de qualidade é necessário que o professor, como principal
responsável pelo processo educativo, esteja constantemente aprimorando seu conhecimento nos
avanços e inovações. Só assim estará suprindo as desfasagens de sua formação inicial e
aprofundando os seus conhecimentos para melhorar o desenvolvimento da sua prática
pedagógica, ultrapassando o senso comum.
A formação continuada de professores se torna uma das mais importantes estratégias para a
contribuição com o processo de formação que oportuniza aprendizados referentes as
metodologias educacionais, bem como aos procedimentos que serão obtidos com as práticas
desenvolvidas em sala de aula e em sociedade. Mediante esse processo de formação, os
professores estão sempre buscando oportunidades de novas estratégias de ensino. (Wengzynski
2012, p. 4).

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A importância do aprimoramento constante do professor na busca de novas reflexões no
processo educativo, onde o mesmo passe a vivenciar as transformações de forma a beneficiar
suas ações, com novas formas didáticas e metodológicas de promoção do processo ensino-
aprendizagem com seu aluno, sem com isso ser colocado como mero expectador dos avanços
estruturais de nossa sociedade, mas um instrumento de enfoque motivador desse processo a
procura pela atualização constante depende de cada um de nós.

Portanto, as mudanças nas escolas são necessárias e que os professores são a chave dessas
mudanças. Por isso, é importante que manifestem a vontade de mudar, bem como a capacidade
para enfrentar mudanças e efetivá-las, porque, certamente que não tem, de imediato, nenhuma
possibilidade de mudar as políticas públicas para a educação, assim como as condições
materiais de ensino, tais como baixos salários, espaços físicos inadequados, entre outros.
Essas são reivindicações que exigem ações nossas no âmbito da sociedade civil organizada,
como sindicatos, partidos políticos, comunidades de base. Todavia, na sala de
aula, pode –se colocar a atenção e o coração naquilo que praticamos, tais como no desejo de
que os alunos aprendam, na criação ou recriação de atividades que possibilitem, no processo
prazeroso e criativo de aprendizagem, na relação com os educandos, que, por consequência,
possibilitam o desenvolvimento.
Nessa perspectiva, para Santos (2007) o aprimoramento constante é vista, portanto, como
importante condição de mudança das práticas pedagógicas, entendidas a partir de dois aspectos:
o primeiro como processo crescente de autonomia do professor e da unidade escolar
e o segundo como processo de pensar-fazer dos agentes educativos e, em particular, dos
professores, com o propósito de concretizar o objetivo educativo da escola, que ao meu ver
começa pela melhoria da qualidade do ensino. (p. 43).
Conforme Libâneo (1998), a formação continuada leva os professores a um desempenho
reflexivo, haja vista que, depois do desenvolvimento da sua prática, estes poderão reformular
as atividades para uma próxima ocasião, repensando as questões positivas e negativas
acontecidos durante o desenrolar das aulas, procurando melhorias nas atividades e exercícios
que não se apresentaram eficientes e eficazes.(pag.108).

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4.0 Conclusão
Consoante com as análises feitas no decorrer deste trabalho podemos perceber que melhores
professores, formam melhores alunos e a realização de debates em sala de aula oferece aos
alunos a oportunidade de exporem suas ideias prévias a respeito de fenômenos e conceitos
científicos num ambiente estimulante. Torna-se, então, necessária a criação de espaços onde os
alunos possam falar e, por meio da fala, tomar consciência de suas próprias ideias, além de
aprenderem a se comunicar com base num novo gênero discursivo: o científico escolar.
Percebe-se que no decorrer das atividades escolares, de modo geral, devem ocorrer a partir de
interações e diálogo entre professores e alunos, sendo estas atividades quase que impossíveis
de serem preparadas somente pelos professores, sem que sejam levados em conta a própria
aprendizagem e as bases que o aluno já possui em sua bagagem, e a realização de poder finalizar
as atividades com êxito por ambas as partes.
Resumindo a ética é uma ciência prática, que para além dos princípios teóricos, exige uma
aplicação prática. Como evidencia Moreira (1996) ‘não se estuda para saber, mas estuda-se para
atuar. O verdadeiro significado da ética numa organização é ajudar à excelência das pessoas”
(P.45)
Nunca ninguém se tornou ético assistindo a seminários ou cursos de ética, se assim fosse, as
pessoas de pouca cultura teriam todos comportamentos antiéticos, pelo contrário, são os mais
instruídos que efetivamente têm condutas menos éticas. A ética é algo que se pratica de forma
continuada, não apenas quando se verificam condições favoráveis, pois o difícil é quando temos
o contrário.

Sobre o próprio trabalho é visto como ganho significativo na medida em que é possível aplicar
o conhecimento adquirido na prática, atendendo e considerando que o levantamento e a
descrição do próprio conteúdo teve maior enfoque o professor e a ética profissional, como
forma de adequar ao objectivo final da formação. A partir deste trabalho é possível afirmar
ainda que, trouxe um ganho muito significativo e que surtira efeito positivo na carreira
profissional, garantindo deste modo que trabalhos de género são bem-vindos.

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5.0 Referências Bibliográfica
Universidade católica de Moçambique (2015) Manual de investigação científica. Beira,
Moçambique.
Universidade Pedagógica (2017). Regulamento académico para os cursos de graduação e
de pós-graduação. Maputo, Moçambique.
Freire, P. (1996) Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e terra.

Libâneo, J. C.( 2013) Didática. São Paulo 2. ed: Cortez.

Chizzoti, A. (1995) Pesquise em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez.

Gil, A. (2008) Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo 6. ed.: Atlas.
Gusdorf, G. (1987) Professores para quê? São Paulo, Martins Fontes.

Lefèbvre, H. .( 1975). Lógica formal/lógica dialética.Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.


Nérice, I. G.( 1987)Didática geral dinâmica. São Paulo 10 ed: Atlas.

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