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Felisberto Lameque

Germias Paulo Samuel

Lucas Timóteo

Viriato Claúdio Murrure

Licenciatura em Ciências da Educação

2º. Ano. Regime Laboral

Estratégia de avaliação para o desenvolvimento de competências

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2023
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Felisberto Lameque

Germias Paulo Samuel

Lucas Timóteo

Viriato Claúdio Murrure

Estratégia de avaliação para o desenvolvimento de competências

Trabalho de pesquisa a ser entregue na


disciplina de Didática II no curso de Ciências
de Educação, 2º ano, período laboral, para
efeitos de avaliação sob a orientação do
Doutor Elídio Madivádua

Universidade Pedagógica de Maputo

Maputo

2023
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INDICE

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................4
1.1. Objectivos..............................................................................................................................5
1.1.2. Objectivo geral:..................................................................................................................5
1.1.3. Objectivos específicos:........................................................................................................5
1.2. Metodologia...........................................................................................................................5
I. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................................5
1.3. Estratégia..............................................................................................................................5
1.4. Avaliação...............................................................................................................................6
1.6. Desenvolvimento...................................................................................................................6
1.7. Competência..........................................................................................................................6
1.8. Desenvolvimento de Competência.......................................................................................7
2. Estratégias de avaliação para o desenvolvimento de competências..........................................7
3. TRABALHO DO CAMPO........................................................................................................15
3.1. Conceito de observação...........................................................................................................15
3.2. Pré-observação.........................................................................................................................15
3.4. Pós-observação........................................................................................................................17
4. SUGESTÕES..............................................................................................................................18
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................................19
II. BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................20
APÊNDICE.........................................................................................................................................22
ANEXO...............................................................................................................................................23
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1. INTRODUÇÃO
Avaliação é uma estratégia usada em diferentes áreas de trabalho para avaliar ou medir o nível
do desenvolvimento de competências, conhecimentos e habilidades.

De acordo com o regulamento geral de avaliação do ensino primário (2020), a avaliação deve
ser uma componente curricular, presente em todo o processo de ensino-aprendizagem, a partir
da qual se obtém dados e informações, permitindo relacionar o que foi proposto e o que foi
alcançado, analisar criticamente os resultados formular juízo de valores e tomar decisões,
visando promover o desenvolvimento de competências, melhorar a qualidade do ensino e do
sistema educativo.

Importa dessa forma a criação de estratégias de avaliação inovadoras e promotoras do


desenvolvimento pessoal e das competências dos alunos, a educação deve torná-los sujeitos
activos e críticos, do desenvolvimento psicológico e um excelente preditor de êxito na vida
futura, o mesmo não acontece com os resultados das provas, e com as medias altas, com as
notas dos alunos, mais sim com muitas actividades reflexivas que aproxima da realidade.

O presente trabalho está estruturado de seguinte forma: objetivos do trabalho, metodologia


que foi usado na elaboração do trabalho, referencial teórico, onde desenvolvemos dos
conteúdos relacionados com o tema proposto, estratégias de avaliação, resultados colhidos no
campo, competências, sugestões, onde desenvolvemos as nossas opiniões e sugerimos
algumas mudanças na educação, considerações finais, também encontramos os apêndices e
anexos.
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1.1. Objectivos
1.1.2. Objectivo geral:
 Compreender as estratégias de avaliação para o desenvolvimento de competências.

1.1.3. Objectivos específicos:


 Identificar os instrumentos de avaliação para o desenvolvimento de competências;
 Descrever as estratégias de avaliação para o desenvolvimento de competências;
 Observar aula e as competências desenvolvidas pelos alunos.
1.2. Metodologia

Para a elaboração do presente trabalho recorreu-se a pesquisa bibliográfica: É desenvolvida a


partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos (GIL,
2008). Segundo a ideia do autor, concluímos que para elaboração do presente trabalho,
consistiu na consulta de várias obras bibliográficas e artigos científicos publicados que
abordam conteúdos relacionados com o tema. Desde modo, foi possível reunir o material
necessário para a produção do trabalho.

Debate: Este diz respeito ao momento em que os alunos expõem seus pontos de vista sobre
um assunto polêmico. Sua função é aprender a defender uma opinião, fundamentando-a em
argumentos.

Internet: Consistiu na meditação em relação aos métodos lógicos e científicos, ou seja, uma
forma de conduzir uma pesquisa.

Para o trabalho do campo, usamos como técnica de recolha de dados a observação indirecta
tendo como instrumento o guião da entrevista, direcionado a directora pedagógica da escola e
para observação da aula tivemos como técnica, a observação directa não participativa, onde
foi possível recolher os dados sobre a avaliação formativa com a perspectiva de avaliar o
desenvolvimento de competências dos alunos e o desempenho dos professores na sala de aula.

I. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Conceitos básicos

1.3. Estratégia
Segundo OLIVEIRA (1999) estratégia é a acção ou caminho mais adequado a ser executado
para alcançar os objectivos e desafios da empresa. Segundo este autor pode-se dizer que,
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estratégia é um plano de ação para alcance das metas e objetivos de longo prazo em contexto
organizacional.

1.4. Avaliação
A avaliação é uma componente curricular, presente em todo o processo de ensino-
aprendizagem, a partir da qual se obtêm dados e informações, permitindo relacionar o que foi
proposto e o que foi alcançado, analisar criticamente os resultados, formular juízo de valor e
tomar decisões, visando promover o desenvolvimento de competências, melhorar a qualidade
de ensino e do sistema educativo (INDE, (2020),

A avaliação educacional é entendida como uma tarefa didática necessária e permanente no


trabalho do professor que acompanha todos os passos do processo de ensino aprendizagem. É
através dela que serão comparados os resultados obtidos no decorrer do trabalho conjunto do
professor e do aluno, conforme os objetivos propostos, a fim de verificar (INDE, 2020).
Assim sendo, Todos os resultados da avaliação devem ser registados nas cadernetas e mapas
de avaliação.

1.5. Estratégias de avaliação

Estratégias de avaliação correspondem a um conjunto de técnicas utlizados para analisar o


desempenho dos alunos, medindo seus conhecimentos sobre assuntos ensinados na sala de
aula.

1.6. Desenvolvimento
Desenvolvimento é considerado como um resultado do crescimento econômico seguida de
melhoria na qualidade de vida de uma sociedade, ou seja, aumento de produto interno bruto e
da eficiência na evocação de recursos pelos diversos setores da economia, melhorando o bem-
estar econômico social da população.

1.7. Competência

De acordo com Fleury & Fleury, apud Persira (2017), o conceito de competência se refere a
um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que justificam um elevado
desempenho, fundamentados na inteligência e personalidade das pessoas, ou seja,
competência é percebida como recursos, que o indivíduo detém.

A Lei 18/2018, de 28 de Dezembro do SNE, competência é o que permite a cada um realizar


correctamente uma tarefa complexa. A capacidade de mobilizar conhecimentos, habilidades e
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atitudes para realizar uma tarefa ou função. Uma aptidão para cumprir com sucesso alguma
tarefa ou função.

1.8. Desenvolvimento de Competência


O desenvolvimento de competências no processo de ensino e aprendizagem refere se ao foco na
aquisição de habilidades, conhecimentos, e atitudes essenciais para o sucesso do aluno, isto é, para que
um aluno tenha competências numa determinada área do saber é necessário primeiro adquirir
habilidades específicas que dizem respeito a área em questão.

De acordo com Barreira & Moreira (Citados por Dias, etal, 2010) Para o desenvolvimento de
competências dos alunos, o professor deve ter em conta os recursos, as tarefas a executar e as
instruções para a execução da tarefa.

2. Estratégias de avaliação para o desenvolvimento de competências


As estratégias de avaliação para o desenvolvimento de competências correspondem a um
conjunto de técnicas utilizadas para estimular a aquisição de habilidades, conhecimentos, e
atitudes essenciais para o sucesso dos alunos, além disso também tem a função de aferir o grau de
desempenho dos alunos, possibilitando mensurar os conhecimentos adquiridos sobre os
assuntos ensinados na sala de aula.

As estratégias de avaliação para o desenvolvimento de competências tratando se de técnicas


para que sejam aplicados há necessidade de serem usados certos instrumentos para que sejam
materializados, denominados instrumentos de avaliação que tem como função possibilitar o
acompanhamento da aprendizagem do aluno, visto que expressam o que o aluno aprendeu,
deixou de aprender ou ainda precisa aprender. Os instrumentos apresentam registos de
diferentes naturezas, expressos pelo próprio aluno (provas, cadernos, textos e outros) ou pelo
professor (pareceres, registro de observação, fichas e outros).

2.1. Instrumentos de avaliação

Instrumentos de avaliação são meios através dos quais se realiza a avaliação, (INDE, 2020).

De acordo com Vasconcellos (2003), o professor ao elaborar instrumentos de avaliação, deve


verificar se são essenciais, reflexivos, abrangentes, contextualizados, claros e compatíveis
com o trabalho que ele realiza com o aluno.

A seleção dos instrumentos de avaliação depende da classe, disciplina, faixa etária dos alunos,
das condições e local de aprendizagem. Os instrumentos de avaliação para o desenvolvimento
de competências amplamente usados no contexto educacional são:
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 Trabalho para casa;


 Teste;
 Relatórios de visitas de estudo;
 Portfólio;
 Diário reflexivo;
 Ficha de leitura;
 Rubrica.

 Trabalho para casa

O trabalho para casa é uma forma de avaliação contínua que consiste na resolução de tarefa
que os alunos realizam de forma independente ou colectiva, fora da aula.

 Teste

O teste é uma forma de avaliação em que o aluno responde a um conjunto de questões ou


tarefas que lhe são apresentadas. O teste pode ser escrito, oral ou prático;

 Relatório de visitas de estudo

É uma apresentação ou comunicação dos resultados de actividades realizadas, pelo aluno,


durante visitas de estudo a algum sector

O Relatório de visita de estudo deve apresentar a seguinte estrutura: elementos pré textuais
(capa, contra capa ou folha do rosto e índice, agradecimentos); elementos textuais (introdução
desenvolvimento e conclusão) e elementos pois textuais (bibliografia, apêndices e anexos).

 Portfolio

É um conjunto de trabalhos e materiais elaborados e/ou organizados pelos alunos que


possibilitam ter informações sobre a sua organização, o seu desempenho e a sua progressão ao
longo da aprendizagem. (DUARTE, 2008)

O professor deve incentivar os alunos a organizarem o portfólio de forma a desenvolverem as


habilidades de auto-avaliacao e melhorar o seu desempenho académico.

A avaliação de um Portfolio deve ter como enfoque a organização e pertinência dos saberes.

Existe dois modelos de portfólios: físico e eletrónico


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O portfólio a presenta a seguinte estrutura:

Elementos Pré- textuais (capa, contra capa, identificação do autor, índice)

Elementos textuais (nota introdutória, relatório final das actividades, nota reflexiva sobre o
relatório, e considerações finais)

Elementos pós textuais (referencia bibliográficas, apêndice e anexos).

 Diário reflexivo

É um registo diário de todas as ocorrências registadas durante o decurso da aula e é uma


ferramenta muito importante para os estudantes apreenderem a refletir as suas tarefas.

O diário reflexivo tem a função de actualizar aos estudantes o decurso das actividades e para
promover a sua reflexão na sala de aulas de forma individual assim como coletivamente
(DUARTE 2008).

A estrutura do diário reflexivo deve responder obrigatoriamente as seguintes perguntas:


Onde? (o local), Quando? (dia, mês e ano) O quê? (o tema que foi tratado) Com quem? (os
participantes), E as constatações ou anotações observados no local de ensino.

 Ficha de leitura

É o registo (feito em fichas ou caderno) que indica todas as referências sobre a obra, como o
nome do (s) autor (es), título e subtítulo, edição, editora, ano de publicação e outros dados, e
também anotações de interesse para o trabalho, como resumos, sínteses das ideias e citações
literárias relevantes.

É um instrumento importante, pois é resultado da leitura realizada, do entendimento da obra


(ou parte dela) e é o registo do que vai ser utilizado na redação final do trabalho, (JUNIOR
2007). Quando ao modelo da ficha de leitura encontra-se em anexo deste relatório.

 Rubrica

É uma grelha de avaliação, uma forma de desenvolver em termos concretos as competências


que o estudante deve adquirir (DUARTE, 2008).
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Definir os Principiante Aprendiz (em Profissional Mestre


níveis desenvolvimento) 2 (avançado) (excelente)
(No início) 1

Identificação da Descrição dos Descrição dos Descrição dos Descrição dos


dimensão ou critérios critérios observáveis critérios critérios
aspecto a observáveis que que reflitam já algum observáveis observáveis que
avaliar evidencia um trabalho, mas passam que ilustra o nível
nível de ainda ser correspondem máximo
desempenho aperfeiçoados a um nível desempenho ou
típico de um satisfatório traços de
principiante desempenho. excelência

Deste modo uma rubrica pode ser considerada como:

 Uma folha de classificação que contem diretrizes para avaliar um desempenho ou


produto para dar feedbeck ou retro alimentação;

 Uma ferramenta de avaliação autentica para medir o trabalho de estudante isto quer
dizer, uma forma de avaliação na qual fazem tarefas da vida real que mostram
aplicação significativa dos conhecimentos, habilidades essenciais e atitudes.

Ao fazer uma rubrica tem que se tomar em consideração os passos abaixo:

a) Identifique os vários níveis de avaliar

b) Identifique as potenciais dimensões;

c) Selecione um número razoável de aspectos mais importante

d) Descreva os critérios de referência de referencia a cada nível de cada aspecto

Avaliação por rubrica

Segundo exemplo de avaliação alternativa é o uso de rubricas. Uma rubrica cometem critérios
e os indicadores que mostram de forma visível as competências desejadas.

Apartir da perpectiva de que o estudante tem a oportunidade e a responsabilidade se


desenvolver, a avaliação não poderá ser uma mera classificação do que negativo ou mau.
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O estudante deve mostrar no fim do processo – ao supervisor – as competências requeridas


que ele adquiriu e a que nível. Para o supervisor é importante identificar os principais
aspectos a melhorar numa perspectiva formativa apontando os caminho para a excelência.

Portanto, abaixo estão identificadas algumas estratégias de avaliação que podem ajudar para o
desenvolvimento de competências:

a) Avaliação formativa;
b) Participação dos alunos em sala de aula;
c) Avaliação alternativo
d) Caixa de sugestões;
e) Auto-avaliacao;
f) Seminário;
g) Conselho de turma
h) Avaliação por pares:

a) Avaliação formativa

A avaliação formativa busca avaliar de forma constante e sistemática com a função de


informar ao professor sobre o nível de desenvolvimento de competências previstas nos
programas. Para a realização desta estratégia o professor pode utilizar os seguintes
instrumentos:

Ficha de leitura, diário reflexivo, relatório, prova etc.

Competências a desenvolver: comunicação, interação a reflexão, resolução de problemas,


elaboração de síntese, etc.

b) Participação dos alunos na sala de aulas

Dentre as estratégias de avaliação que o professor pode utilizar esta também a participação
dos alunos em sala de aula. A interação entre os alunos e professor na sala de aula, a
participação activa das actividades propostas, Se os alunos trabalham bem em grupo e
prestam atenção nas aulas, pode ajudar a adaptar se ao ambiente escolar.

O instrumento de avaliação que é usada nesta estratégia é diário reflexivo, fichas de leitura,
relatório escolar, guião de observação etc.
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As competências a desenvolver: competências cognitivas, como pensamento crítico, análise,


síntese, resolução de problemas, raciocínio lógico e criatividade.

c) Avaliação por trabalhos (trabalho pratico):

Nas disciplinas de Educação Física, Educação Visual, Ofícios, Educação Musical, Educação
Moral e Cívica, constituirão elementos da avaliação os trabalhos práticos e outras actividades
específicas de cada disciplina.

Essa estratégia de avaliação permite que os alunos apliquem seus conhecimentos e


habilidades em trabalhos práticos e contextualizados. Os trabalhos podem ser individuais ou
em grupo e envolver a resolução de problemas reais, criatividade, investigação de temas
específicos, entre outros. Os alunos são avaliados com base em critérios pré-estabelecidos,
como pesquisa, comunicação, trabalho em equipe e resultados alcançados.

Os instrumentos usados nesta estratégias são: relatórios, artigo científicos, etc.

As competências a desenvolver: a reflexão crítica, analise literária, resolução de problemas,


criatividade e inovação etc.

d) Caixa de sugestões

Outra alternativa de avaliação é a caixa de sugestão, esse objecto pode ser deixado próximo a
porta ou da mesa do professor.

Essa é uma forma de receber retorno dos alunos que sente vergonha, de aproximar do docente
para falar algo ou tirar dúvidas. Nesse contexto o professor vai ter um retorno sobre o seu
trabalho e saber dos próprios alunos o que eles têm necessidade.

Os instrumentos que deve ser usados são:

As competências a desenvolver: análise crítica, resolução de conflitos, auto regulação


emocional, capacidade de escrita.

e) Auto avaliação

Auto-avaliação é uma estratégia que o aluno avalia o seu próprio desempenho, os professores
fazem com que eles reflitam sobre o seu aprendizado, sua postura, suas dificuldades e seu
desempenho. Desta forma a auto-avaliação pode ser usada para estimular os estudantes a
terem mais responsabilidade com o seu próprio aprendizado.
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Segundo DUARTE, (2008), a firma que a auto- avaliação pode ser feita através de uma lista
de perguntas sobre o que se faz na sala de aula. O mesmo autor acentua que, a auto-avaliacao
pode ser considerada como uma forma de auto diagnostica. No entanto, para este autor,
melhor modo de avaliar-se é preencher o questionário e comparar as respostas com o padrão.

Os instrumentos de avaliação que são usados nesta estratégia são: o portfólio, rubrica, diário
reflexivo.

As competências a desenvolver são: análise reflexiva, analise crítica, criatividade, inovação,


organização etc.

f) Seminários

O seminário é um método de estudo e actividade didáctica específica de cursos universitários.


Os seminários pedagógicos são actividades planificadas, de intercâmbio, nas quais o estudante
praticante apresenta, individualmente ou em grupo, estudos efectuados sobre determinado
tema, com carácter psico-pedagógico e didáctico. (DIAS et al, 2010)

Seminário assume, em regra, a forma de apresentação e debate de um tema previamente


preparado pelos estudantes. (UPM-Maputo, 2007)

Aspectos organizativos do seminário

Segundo DIAS et al, (2010), a firma que, quanto ao modo prático de realização de um
seminário, adopta-se qualquer das técnicas do trabalho em grupo, sendo mais comuns as
seguintes:

 Exposição introdutória; discussão em pequenos grupos; discussão em plenária; síntese


da conclusão;
 Exposição introdutória; discussão em pequenos grupos; discussão de grupo
coordenador observada pelo grupo observador dos participantes; síntese de conclusão;
 Exposição introdutória; discussão em grupos formados horizontalmente; discussão da
problemática também em plenário; síntese da conclusão.

O instrumento usados nesta estratégia são: o relatório de pesquisa, ficha de leitura etc.

As competências a desenvolver são: compreensão auditiva, leitura, escrita e expressão oral,


cognitivas. etc.
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g) Conselho de turma

Reunião liderada pela equipe pedagógica de determinada turma. Sua função é trocar
informações sobre a turma e sobre cada aluno para embasar a tomada de decisões. Tem por
vantagem favorecer a integração entre professores, a análise do currículo e a eficácia das
propostas e facilita a compreensão dos fatos pela troca de pontos de vista. O resultado final
deve levar a um consenso em relação às intervenções necessárias no processo de ensino e
aprendizagem. Todos devem ter direito à palavra para enriquecer o diagnóstico dos
problemas, (Silva, et al 2013).

O instrumento usado nesta é relatório de desempenho dos alunos.

As competências a desenvolver são: comunicação, análise crítica, capacidade de


argumentação em público e da retórica.

h) Avaliação por pares

Nessa estratégia, os alunos são envolvidos no processo de avaliação dos colegas. Eles podem
fornecer feedback construtivo sobre o desempenho de outros alunos com base em critérios
estabelecidos previamente. A avaliação por pares não substitui a avaliação feita pelo
professor, mas promove a aprendizagem colaborativa e o desenvolvimento de habilidades de
análise e comunicação.

Os instrumentos usados nesta estratégia podem ser: a língua, a redação.

As competências a desenvolver são: competências cognitivas, afectivas, psicomotoras,


habilidades de análise e comunicação.
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3. TRABALHO DO CAMPO
3.1. Conceito de observação
A observação é um conjunto de actividades destinadas a obter dados e informações sobre o
que se passa no processo de ensino/aprendizagem com a finalidade de, mais tarde, proceder a
uma análise do processo numa ou noutra das variáveis em foco. Quer isto dizer que o objecto
da observação pode recair num ou noutro aspecto: no aluno, no ambiente físico da sala de
aula, no ambiente sócio relacional, na utilização de materiais de ensino, na utilização do
espaço ou do tempo, nos conteúdos, nos métodos, nas características dos sujeitos, etc.
(Alarcão & Tavares apud, Dias, 2010).

3.2. Pré-observação
No dia 16 de Março de 2023, o durante o decurso da aulas de didática II na sala n° 17 na
posada dos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), o grupo foi atribuído a uma tarefe de
fazer um trabalho de pesquisa com tema: Estratégias de avaliação no processo de ensino e
aprendizagem para o desenvolvimento de competências, para a consolidação da mesma,
recorreu-se em pesquisas bibliográficas e a realização do trabalho do campo. Por sua vez o
grupo escolheu a Escola Primaria Completa de Lhanguene-Piloto para realizar o trabalho de
campo.

No dia 20 de Março do mesmo ano o grupo pediu credencial na faculdade de educação e


psicologia, para apresentar na escola onde o grupo iria realizar o trabalho de campo, e no
mesmo dia dirigimo-nos até a secretaria da escola acima citada onde fomos atendidos por uma
funcionária da secretaria de nome: Felizarda, na mesma hora, ela conduziu-nos até ao
gabinete do pedagógico e por sua vez o/a pedagógico não se encontrava presente, e a senhora
orientou nos para comparecer na semana seguinte.

No dia 24 de Março o grupo composto por 4 elementos nomeadamente: Felisberto Lameque,


Germias Paulo, Lucas Timóteo e Viriato Murrure compareceram novamente na escola mas o
pedagógico não estava presente. E o grupo foi atendido por uma outra funcionária e ela
orientou-nos para comparecer na semana seguinte.

3.3. Observação

No dia 27 de Março o grupo composto pelo mesmo número de elementos compareceu na


escola e o pedagógico novamente não estava e a sua substituta a senhora: Rita Eva dos Santos
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recebeu o grupo e convidou o mesmo até ao gabinete do pedagógico na sala de visita, o


representante do grupo fez a apresentação de cada elemento do grupo. Depois desta fase,
começamos a fazer o trabalho de recolha de dados e análise de documentos, usando a técnica
da observação indirecta tendo como instrumento o guião de entrevista. Durante a entrevista
com a senhora Rita dos Santos, o grupo optou os seguintes dados:

1. Na Escola Primaria Completa Lhanguene-Piloto não usa nenhuma estratégia de


avaliação, não tem guião de estratégias de avaliação para o desenvolvimento de
competências nos alunos, a não ser o guião de gestão de competências.

A nossa entrevistada disse ao grupo que já foi desvinculada do exercício de dar aulas na
escola por causa da idade de serviço, mas ela exerce o mesmo ofício no privado, la há
exigências do patronato, que o aluno deve desenvolver competências durante um determinado
período de actividade do professor, e por conta própria ela usa a estratégia de avaliação para o
desenvolvimento de competências dos alunos como: trabalho em grupo, individual, a pare e
exercícios.

2. A escola avalia as competências dos alunos através de um guião de gestão de


competências de leitura, escrita e calculo (Portfólio de registo e gestão de
competências) que foi disponibilizado pelo Município de Maputo pela Direcção do
Serviço Municipal de Educação.

Este instrumento a direção pedagógica entrega ao professor e, ele por sua vez seleciona
alguns alunos da sua turma e instrui-os como deve preencher e o professor no fim avalia-os e
depois de avaliação devolve ao pedagógico.

Segundo a nossa entrevistada disse ainda que este processo de avaliação de competência ainda
esta numa fase piloto, porque não são abrangidos todos os alunos, são abrangidos somente os
alunos de 1ª a 5ª classe.

3. Na escola os professores não possuem bloco de notas para o registo de avaliações que
se realiza no decurso das aulas. Os professores não possuem nenhum instrumento de
avaliação na sala de aula.
4. O Ministério de Educação não faz a fiscalização do desempenho dos professores na
sala de aula. Na opinião dela, a falta desta prática de forma constante e permanente
contribui muito para que os alunos não desenvolvam competências.
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5. Os professores não têm portefólio, não fazem relatórios de actividades, diários de


actividades.
6. A escola somente realiza as avaliações sistemáticas como: AC, AP, AF.

7. Em jeito de considerações finais ela pede que o Ministério de Educação deve desenhar
estratégias de avaliação e disponibiliza-lo em todas as escolas do Pais, como
obrigação.

A observação da aula

No final da entrevista, o grupo pediu a senhora Rita para que autorizasse o grupo a assistir
aulas, simplesmente para avaliar e comparar o conteúdo da nossa pesquisa bibliográfica e das
respostas do questionário com a realidade ministrada nas salas de aulas, com o objectivo de
querer saber como é que o professor realiza a avaliação formativa na sala de aula, e as
respectivas estratégias usadas pelos professores. Ela aceitou o nosso pedido, dirigiu-nos a uma
sala da 3ª classe, onde fomos assistir aulas de português, chegamos na sala quase 15 minutos
depois de ter iniciado.

Ao decorrer das aulas, a professora ditava os apontamentos em movimento e controlava nos


cadernos de cada aluno, o texto falava do " Pedro e o Paulo", depois do ditado, a professora
pediu quatro alunos voluntários para fazer a leitura do apontamento enquanto os outros
acompanhavam, três deles fizeram a leitura sem dificuldades mas o outro teve problemas na
leitura, e os seus colegas ajudavam a superar as dificuldades sem a intervenção da professora.
Depois a professora deu exercícios para resolver em grupo de dois elementos, os alunos
organizaram-se e começaram a resolver os exercícios, depois fizeram correcção e quase 87%
resolveram de forma correta, e os que não conseguiram a professora fez correcção. No final
da aula ela deu trabalho para casa.

No final da aula, perguntamos a professora, qual era o objectivo daquela aula, e ela disse-nos
que o objectivo da aula era de: conhecer as formas de comunicação entre colegas, respeitar as
opiniões dos outros, desenvolver as habilidades de comunicação entre colegas.

3.4. Pós-observação
Após o trabalho de campo o grupo reuniu-se em várias sessões para elaborar o relatório, com
base nos dados colhidos por cada elemento do grupo:

Aspectos positivos
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Embora a escola não reúne todos os instrumentos estratégicos de avaliação para o


desenvolvimento de competências, os professores esforçam-se a dar o seu máximo para
contribuir no desenvolvimento de competências do aluno.

Aspectos a melhorar

É necessário que os professores façam diários e relatórios das suas actividades, é importante
levar a cabo todas as formas de avaliação, visto que, no processo de ensino-aprendizagem
todas as modalidades e formas de avaliações desempenham papéis diferentes.

É necessário que a direção pedagógica da escola, adopte as estratégias de avaliação que


contribuem para o desenvolvimento de competências dos alunos, e também usem
instrumentos adequados, considerando o nível do ensino. É necessário que os professores
tenham bloco de notas, onde eles poderão escrever os acontecimentos de todo processo de
aula, considerando que cada avaliação deverá ser registada.

Aspectos negativos

As estratégias de avaliação para o desenvolvimento de competências, é uma boa alternativa


para avaliar o desempenho dos alunos nas Escolas, a nossa entrevistada afirmou que, na
Escola Primária Completa de Lhanguene-Piloto, não existe nenhuma estratégia de avaliação
para o desenvolvimento de competências, mas a mesma afirmou que a escola tem um
documento fornecido pela a Direcção do Serviço Municipal de Educação, designado por
“gestão de competências de leitura, escrita e cálculo". O Ministério de Educação não faz a
fiscalização do desempenho do professor na sala de aula.

Importa dizer que a professora não trazia o plano de aula, mas ela deu as aulas e os alunos
mostravam sinais de assimilação dos conteúdos.

4. SUGESTÕES
No que diz respeito ao tema proposto acima, "estratégias de avaliação o desenvolvimento de
competências" sugerimos o seguinte:
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A realização de avaliação deve ser vista como um processo que possibilita o controlo do
desenvolvimento de competências e a construção de conhecimentos dos alunos de modo que
os mesmos adquirem com sucesso o perfil que caracteriza ao seu nível

Os professores devem ser criativos com actividades, isto é, serem capazes de discernir as
dificuldades dos alunos e criar condições para supera-los, os professores devem trabalhar pelo
amor da profissão e não ver a profissão como a solução para se sobreviver. Os professores
devem ser sempre curiosos de saber o que o aluno sabe dando lhe oportunidade de se
expressar ao público.

Os professores devem ser pesquisadores, construtores e inovadores, isto é, transformar a


teoria em prática, devem procurar cada vez mais fazer o melhor na sua carreira profissional.

No processo do ensino-aprendizagem, o professor deve acompanhar constantemente o


desempenho do aluno, verificando o nível do desenvolvimento de competências, e alcance do
seu perfil.

A direção pedagógica da escola, deve acompanhar os professores no processo do ensino-


aprendizagem, apoiando-os em materiais didáticos para facilitar o seu trabalho. O Ministério
da Educação deve olhar a educação como um progresso do desenvolvimento e devem criar
condições favoráveis de modo que os alunos tenham uma educação de qualidade.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na realização do trabalho que foi o fruto da nossa pesquisa, constatou-se que existe três
modalidades de avaliação como: avaliação diagnóstica, que consiste em medir o
conhecimento do aluno adquirido na classe anterior, avaliação formativa, que consiste em
avaliar o processo do ensino-aprendizagem ocorrendo em todos momentos da
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aprendizagem e avaliação sumativa que consiste em medir conhecimentos dos alunos


classificando-os.

Para além dessas modalidades, encontramos as formas de avaliação no caso das escolas
primárias, que são: avaliação continua, avaliação sistemática, avaliação parcial e avaliação
final. Quando ao guião de avaliação de desempenho do aluno para o desenvolvimento de
competências, consiste em medir as competências dos alunos, as habilidades do saber
fazer, desenvolvendo assim as suas habilidades psicomotoras.

Competência como a ação do profissional que consiste em saber transpor sua bagagem de
conhecimento individual para o contexto organizacional, que é composto pela cultura
organizacional; relações no trabalho; prazos e contingências. No processo do ensino-
aprendizagem envolve três componentes que são: professor conteúdo e alunos, isto é, o
professor cria condições de aprendizagem para que os conteúdos alcancem aos alunos de
forma eficaz.

Estratégias são conjuntos de procedimentos desenhadas de forma inteligente para alcançar


um determinado objectivo. As estratégias de avaliação, são técnicas, atitudes, acções
realizadas pelos professores ou avaliadores no processo do ensino-aprendizagem, que
servem para comprovar que os objectivos foram alcançados pelos alunos, essas técnicas
podem ser realizadas de diferentes formas, por exemplo: trabalho preparatório de casa,
caixas de sugestões, projectos extraclasses, seminários, conselhos de classes, auto-
avaliacao, entre outras atividades realizadas para a mesma finalidade.

No caso da Escola Primaria Completa Lhanguene-Piloto, constatou-se o seguinte, os


professores não aplicam nenhuma estratégia de avaliação para o desenvolvimento de
competências, alegando que o Ministério da Educação não faz a fiscalização do
desempenho dos professores e a mesma não desenha estratégias de avaliação para alocar
nas escolas.

II. BIBLIOGRAFIA
DIAS, Hildizina Norbert et al. Manual de Práticas e Estágio Pedagógico. 2ª edição. Educar-
UP. Maputo 2010.

DUARTE, Stela.et al. Manual de supervisão de práticas pedagógicas. Educar- UP, Maputo,
2008.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. - São Paulo: Atlas, 2008.
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https://educacao.imagine.com.br/estrategias-de-avaliacao.

JUNIOR, Ernesto Luís Guimino et al. Técnicas de Expressão em Língua Portuguesa; 1ª


Edição: Maputo; 2007.

OLIVEIRA, Cláudio de; MOURA, Samuel Pedrosa; SOUSA, Edinaldo Ribeiro. Tecnologias
de Informação e Comunicação na educação: a utilização das tecnologias da informação e
comunicação na aprendizagem do aluno. 1999

PERSIRA, Alfredo José Pacheco. (2017). Desenvolvimento de competências práticas


essenciais à formação do estudante do ensino médio e a sua inserção na vida. Dissertação do
Mestrado em ciências da educação. Faculdade de Ciências Sociais, Educação e
Administração. Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa. 114 p.

República de Moçambique, Boletim da República: Decreto-lei que regula o Sistema Nacional


da Educação na República de Moçambique, In: Boletim da República, 18/2018 de 28 de
Dezembro de 2018.

SILVA. A, N, O, Da. et al. Gestão e Organização Escolar. Coleção cadernos Pedagógicos.


Editora FURG, Rio Grande, 2013. . Volume 17.

UPM-Maputo. Regulamento acadêmico para os cursos de graduação e de pós-graduação.


Regulamento aprovado na 1ª sessão ordinária do conselho Universitário realizado no dia 17
de Março de 2017. Maputo, 2017.
22

APÊNDICE
23

ANEXO

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