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IVo Grupo

Ana Inocente Salani


Félix Fernando Chinanga
Hernélio Sózimo Juízo Chichaúte
Isac Samuel Mateus
Orízia Alberto Saidone

Dimensões da Avaliação: Níveis de ensino, programas de ensino, currículo,


organização e as condições da organização escolar
(Licenciatura em Ciências de Educação)
2o Ano

Universidade Púnguè
Chimoio
2022
IVo Grupo

Ana Inocente Salani


Félix Fernando Chinanga
Hernélio Sózimo Juízo Chichaúte
Isac Samuel Mateus
Orízia Alberto Saidone

Dimensões da Avaliação: Níveis de ensino, programas de ensino, currículo,


organização e as condições da organização escolar
(Licenciatura em Ciências de Educação)
2o Ano

Trabalho de pesquisa a ser apresentado ao


curso de Licenciatura em Ciências de
Educação, de carácter avaliativo na cadeira
de Avaliação de Qualidade em Educação,
sob orientação do: Dr. Armando Domingos.

Universidade Púnguè
Chimoio
2022
Índice
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO .................................................................................. IV
1.0 Introdução ............................................................................................................. IV
1.2.Objectivo ............................................................................................................... IV
1.2.1.Objectivo geral ................................................................................................... IV
1.2.2.Objectivos específicos ....................................................................................... IV
1.3. Metodologia do trabalho ........................................................................................V
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................... 6
2.0 Avaliação ................................................................................................................ 6
2.1 Dimensão ................................................................................................................ 6
2.2 Avaliação em Educação .......................................................................................... 6
2.3 Dimensões da Avaliação Educativa ........................................................................ 6
3.0 Avaliação na sala de aula ........................................................................................ 7
3.1 Directrizes comuns que normalizam o processo de avaliação de sala de aulas em
diferentes sistemas de ensino ........................................................................................ 8
3.2 Avaliação Institucional ......................................................................................... 10
3.3 Avaliação de currículos ........................................................................................ 12
4.0 Avaliação de Programas de Ensino....................................................................... 13
4.1 Condições de gestão ou organização escolar ........................................................ 14
Gestão pedagógica da escola ............................................................................... 14
Gestão administrativa da escola .......................................................................... 14
Gestão financeira da escola ................................................................................. 14
Gestao de recursos humanos ............................................................................... 15
Gestão da comunicação da escola ....................................................................... 15
Gestão de tempo e qualidade do ensino............................................................... 15
CAPÍTULO III: CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................... 17
4.2 Conclusão.............................................................................................................. 17
4.3 Referências Bibliográficas .................................................................................... 18
IV

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

1.0 Introdução
Neste presente trabalho referente à cadeira de Avaliação de Qualidade em Educação,
falar-se-á acerca da Avaliação das dimensões da Educação, sem deixar-se de lado os
aspectos relacionados ao tema em destaque.

É sabido por muitos que quando fala-se da avaliação num sentido amplo, é mesmo que
estar-se a falar de um processo de apreciação que visa obter alguma informação sobre
um determinado assunto. É natural que a imagem da avaliação como medida seja ainda
muito forte, até pela sua manutenção no quadro das instituições e nos discursos
políticos e sociais. Ainda alguns autores como (Hadji, 1989), diz que A avaliação está
intimamente articulada com a actividade humana e, como tal, a sua história parece ser
também bastante antiga, mas a avaliação tal como a conhecemos tem um passado
recente, estando intimamente ligada ao desenvolvimento da escola pública de massas.

No contexto educacional, a avaliação é vista como uma acção que não apenas implica
em descrever e mensurar a qualidade dos processos de ensino-aprendizagem, mas
implica também nos mecanismos de gestão e da formação de educadores. A função dos
processos avaliativos educacionais é melhorar o processo educacional em todos os seus
aspectos.

O trabalho apresenta três (3) capítulos, onde no primeiro capítulo (CAPÍTULO I:


Introdução) introduz-se o trabalho, assim como os objectivos traçados e metodologias,
o segundo capítulo (CAPÍTULO II: Fundamentação Teórica) busca compreender a
avaliação e seus aspectos relevantes. No último capítulo (CAPÍTULO III:
Considerações finais) apresenta-se as conclusões obtidas no desenvolvimento do
trabalho, e por fim, a referência bibliográfica.

1.2.Objectivo
1.2.1.Objectivo geral
 Compreender as Dimensões da valiação educativa.
1.2.2.Objectivos específicos
 Identificar as dimensões da avaliação;

 Explicar os procedimentos da avaliação em cada uma das dimensções;


V

 Demostrar os aspectos que se fazem presentes dentro de cada dimensão de


avalição educativa.
1.3. Metodologia do trabalho
De acordo com Libâneo (2006), método é o caminho usado para o alcance dum
objectivo. Daí que, para a realização do trabalho reccorreu-se as seguintes
metodologias:
 Revisão bibliográfica, que consistiu na busca de algumas informações em obras
de alguns autores que debatem em torno do tem supracitado, assim como o
recurso à biblioteca internacional (internet).
6

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.0 Avaliação
avaliação o processo dinâmico através do qual, e indistintamente, organização ou
instituição académica pode conhecer seus próprios rendimentos, especialmente seus
lucros e fraquezas e assim reorientar propostas ou focar-se naqueles resultados positivos
para fazê-los ainda mais rentáveis.

2.1 Dimensão

A palavra dimensão, provem do latim dimensĭo, é um aspecto ou uma faceta de algo. O


conceito tem diversos usos de acordo com o contexto. Pode tratar-se de uma
característica, de uma circunstância ou de uma fase de algo ou de algum assunto.

2.2 Avaliação em Educação


No contexto educativo, a Educação é tida como uma tarefa didáctica necessária e
permanente no trabalho do professor, ela deve acompanhar todos os passos do processo
de ensino e aprendizagem. É através dela que vão sendo comparados
os resultados obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos,
conforme os objectivos propostos, a fim de verificar progressos, dificuldades e orientar
o trabalho para as correcções necessárias. A avaliação insere-se não só nas funções
didácticas, mas também na própria dinâmica e estrutura do Processo de Ensino e
Aprendizagem (PEA).

2.3 Dimensões da Avaliação Educativa


No decorrer dos anos a avaliação passou por grandes transformações tanto no modo
como ela é usada como na sua definição, sendo sem dúvida um dos assuntos mais
discutidos e mais complexos da área educacional, pois é caracterizada por ter várias
dimensões. Discorre Sousa (2000, p.101) que “é possível classificar as dimensões da
avaliação segundo o espaço pedagógico que define sua actuação”. Nesse sentido,
apresenta as dimensões da avaliação e suas características da seguinte maneira:
A avaliação de sala de aula tem como foco o processo de ensino-aprendizagem e visa a subsidiar o
aperfeiçoamento da prática docente; a avaliação institucional permite a análise da instituição
educativa e indica a efectividade da instituição educativa no cumprimento de sua função social; a
avaliação de programa e projectos educativos focaliza sua atenção nos propósitos e estratégias
concebidos por determinado programa previsto para aperfeiçoar ou corrigir desvios de um sistema de
ensino; a avaliação de currículo tem seu centro de atenção voltado para a análise do valor
psicossocial dos objectivos e conteúdos propostos de um curso organizado para formar o aluno e
para o estudo da efectividade dos processos previstos em sua implementação; a avaliação de sistema
focaliza sistemas de ensino visando subsidiar políticas públicas na área educacional. (SOUSA, 2000,
p. 101-102).
7

Assim, segundo Sousa (2000) a avaliação é classificada em cinco dimensões: avaliação


de sala de aula, a avaliação institucional, avaliação de programa e projectos educativos e
avaliação de currículo. Ou seja, a avaliação está presente não somente na sala de aula
onde geralmente o aluno é submetido a vários tipos de avaliação como: formativa,
cumulativa, diagnóstica, sumativa e auto-avaliação, a mesma faz parte de toda a esfera
educacional como citado acima por Sousa (2000). Por isso, a avaliação é muito mais
abrangente do que costumamos pensar, pois envolve tudo que faz parte do universo
educacional. Mello e Souza (2005) defendem essa ideia dizendo:

Em nossa casa, avaliamos o alimento que estamos fazendo quando provamos seu
sabor, sua rigidez, verificando se se encontra “no ponto” ou se necessita de mais
algum ingrediente, de mais tempo de cozimento etc. Na empresa ocorre o mesmo.
Nenhuma empresa sobreviverá sem avaliação com consequente tomada de
decisão, tendo em vista seu melhor funcionamento e, por isso mesmo, sua melhor
produtividade. A avaliação tem por função subsidiar a construção de resultados
satisfatórios. (LUCKESI, 2011, p.183-184).

Então, é preciso entender que a avaliação é de suma importância, pois investiga o


resultado de algum processo, buscando construir resultados positivos, sendo realizada
em todos os segmentos, o que diferencia é o objecto a que a mesma se refere e na esfera
educacional isso não é diferente. Dessa maneira, avaliar não é uma tarefa fácil, pronta e
acabada. Vários são os processos que a envolvem. De acordo com Libâneo (2006):

A avaliação é uma tarefa complexa que não se resume à realização de


provas e atribuição de notas. A mensuração apenas proporciona dados
que devem ser submetidos a uma apreciação qualitativa. A avaliação,
assim, cumpre funções pedagógico-didácticas, de diagnóstico e de
controle em relação às quais se recorre a instrumentos de verificação do
rendimento escolar. (LIBÂNEO, 2006, p. 195).

3.0 Avaliação na sala de aula


Essa avaliação é desenvolvida com objectivo de fazer o acompanhamento escola do
aluno, possibilitando assim que se tomem decisões de reajuste e de revisão durante o
processo de ensino.

A sua importância no processo educativo tem sido, no entanto, historicamente


superdimensionada no quotidiano escolar.
8

Na verdade, na escola ela tem desempenhado o papel principal, na medida em que é o


veículo da legitimação da autoridade do professor e o único que subsidia decisões que
realmente afectam a vida do aluno.

Vários estudos, desde a década de 70, foram realizados com o objectivo de evidenciar a
natureza política das decisões que esse tipo de avaliação permite tomar. Resumidamente
tais estudos apontaram para o facto de a avaliação reflectir, no interior da escola, um
processo discriminativo, que exclui aqueles que já não são socialmente descriminados
na medida em que acaba sendo um instrumento de legitimação da selectividade da
educação, conferindo ao ensino um papel subsidiário do fracasso do aluno.com
pressupostos políticos baseados em meritocracia, o quotidiano escolar concebeu um
processo de avaliativo perverso, sem compromisso com a equidade da educação e com o
desenvolvimento de um ensino diferenciado. Atendendo a tais propósitos, a avaliação
passou a ser utilizada fundamentalmente para aprovar e reprovar o aluno. Assim sendo a
decisão pedagógica que a avaliação poderia subsidiar, quanto ao que a escola poderia e
deveria fazer para garantir ensino de qualidade, foi decapitada do processo escolar.

A critica aos processos avaliativos desenvolvidos na escola, tem requerido que se


estabeleça maior controle no ensino por meio de procedimentos legais mais rigorosos de
organização da vida académica dos alunos. Conhecidos como Sistemáticas de Avaliação
tais procedimentos legais definem seriação, critérios de aprovação e reprovação dos
alunos e estabelecem princípios que devem orientar a avaliação em sala de aula.
Analisando diferentes países é possível identificar algumas directrizes comuns que
passam a ser descritas em seguida.

3.1 Directrizes comuns que normalizam o processo de avaliação de sala de aulas


em diferentes sistemas de ensino
 A avaliação de sala de aula deve ser desenvolvida a partir da proposta da escola
e do perfil do aluno que se pretende formar ;
 A avaliação de sala de aula tem como função identificar, verificar o alcance dos
objectivos, diagnosticando, portanto as dificuldades, os problemas que possam
estar impedindo o aluno de adquirir as aprendizagens propostas;
 As dificuldades do aluno que são identificadas pela avaliação em sala de aulas
não devem resultar em motivos de descriminação que impeça o seu progresso
educacional;
9

 O aluno deve ser visto como um todo, o que pressupõe levar em conta não
apenas o aspecto cognitivo;
 A avaliação em sala de aula deve pressupor que o aluno demostre o que
aprendeu, e que o professor crie situações que permitam a ele expressar as
aprendizagens;
 A avaliação de sala de aula pode ser entendida como uma faca de dois gumes.
Diagnostica tanto a aprendizagem do aluno como o ensino oferecido pelo
professor. O fracasso do aluno é o fracasso do planeamento e da prática
educativa;
 A avaliação de sala de aula deve ser desenvolvida de forma contínua, mas
formativa que sumativa, visando corrigir dificuldades do aluno e do ensino
durante a formação;
 Para que a avaliação de sala de aula supere seu carácter discriminatório,
politicamente orientado no sentido de excluir alunos ao nível socioeconómico
mais baixo é preciso fazê-la recuperar o pedagógico, comprometê-la com a
construção de resultados e com rearticulação do ensino com objectivo de
ensino.

Acompanhado das directrizes comuns, as Sistemáticas de Avaliação têm recomendado


que o professor, em sua sala de aula, utilize diferentes tipos de procedimentos na colecta
de informações sobre o aluno.

A avaliação de sala de aulas exigem a utilização de instrumentos que permitam o


professor fazer analises mais profundas dos seus alunos, no contexto de sala de aula.
Além dos instrumentos, exige também a formação de professores que apresentem uma
atitude avaliativa. Compreende-se essa atitude avaliativa como uma predisposição pra
realizar uma constante reflexão sobre o seu ensino, as aprendizagens dos alunos e as
condições educacionais oferecidas pela escola. Essa formação deve permitir que o
professor seja capaz de:

 Identificar se o aluno está aprendendo;


 Formular hipóteses sobre como se realiza a aprendizagem dos alunos e procurar
relacioná-las às importantes teorias sobre o assunto;
 Reflectir sobre as prioridades do seu plano de ensino;
10

 Identificar quais estratégias têm dado melhor resultado para garantir


determinadas aprendizagens;
 Estabelecer quais as decisões devem ser tomadas a partir dos resultados da
classe;
 Desenvolver procedimentos para discutir e do resultados com os alunos, para
que assim eles possam ter uma visão clara de suas possibilidades e dificuldades
sem que por isto sinta-se menosprezado;
 Desenvolver uma observação constante que permita identificar quando os alunos
estão desinteressados o curso e, a partir daí, identificar estratégias para
compensar esse desinteresse;
 Compreender qual visão de avaliação que os alunos têm e estar interessado em
mudar essa visão, quando ela significa prejuízo para a auto-imagem do próprio
aluno;
 Utilizar os resultados de avaliação para diagnosticar o processo de ensino-
aprendizagem e para mudar a prática educativa, com vista a proporcionar o
melhor desempenho dos alunos;
 Compreender que a responsabilidade com a melhoria do desempenho do aluno é
da escola e por isso procura não culpar o aluno ou a sua família pelas
dificuldades que ele possa apresentar;
 Perceber que sua actuação em sala de aula faz diferença e assim está
continuamente interessado em avaliar seu próprio desempenho para estabelecer
novas metas para seu aperfeiçoamento.

3.2 Avaliação Institucional


A avaliação institucional tem como foco uma instituição educativa. Geralmente essa
dimensão tem sido aplicada na avaliação duma universidade ou instituição de ensino
superior, contudo pode ser utilizada para analisar também uma escol de ensino primário,
secundário, assim como médio.

A avaliação institucional questiona fundamentalmente como a instituição vem


efectivamente cumprindo sua função social. Nos país com políticas democráticas, as
exigências de prestação de contas à sociedade das instituições de ensino superior têm
conduzido à inúmeras actividades de avaliação institucional que procuram criar
possibilidades da universidade reflectir e julgar sobre o valor de suas actividades de
11

pesquisa, ensino e extensão, sobre seu impacto social, sua participação na melhoria da
qualidade de vida.

A análise de uma instituição educativa considera as relações pedagógicas da instituição


que se consolidam em sua prática quotidiana, e que se traduzem em todas as actividades
que a instituição desenvolve, desde os processos de organização de seu currículo, da
relação que mantém com seus professores, de como compreende o papel do aluno na
instituição, até das tecnologias e recursos que disponibiliza para as actividades de
ensino e pesquisa e consequentemente dos resultados de uma aprendizagem que
consolidam tais processos.

A análise desses processos pedagógicos pode ser compreendida em três (3) contextos
diferentes que se constituem a interpelação dos actores de uma instituição educativa
(Hadji, 1992). Nesse sentido, a avaliação pode estar voltada para análise do contexto
psicopedagógico da instituição, do contexto da formação profissional ou do contexto da
formação do cidadão.

 Contexto psicopedagógico – é aquele em que interagem professores, alunos e


país, articulando-se as actividades de ensino do professor, as aprendizagens dos
alunos e as esperanças dos país. Analisar esse espaço implica indagar sobre a
eficácia do ensino, grau de satisfação dos alunos, expectativas educacionais. Os
resultados da avaliação, nesse contexto, devem subsidiar o aperfeiçoamento de
decisões sobre a trajectória escolar, conteúdos e aprendizagens fundamentais,
direcção da formação escolar, assim como estratégias de ensino.
 Contexto da formação profissional – é a que requer dos actores do processo
educativo (professores e alunos), a vivenciar dos papéis de formadores e
formandos para construírem a possibilidade de diálogo com os empregados e o
mundo do trabalho. É nesse espaço que o avaliador irá interpretar como a
universidade está preparando seus alunos para o futuro, para ingressarem como
profissionais no mercado do trabalho. Para que a universidade analise as
articulações entre formadores, formandos e empregados deverá considerar as
atitudes e capacidades que irão alunos em profissionais competentes. E o que
significa, na instituição, um profissional competente? De que forma a
universidade está conjugando os conceitos de competências e competitividade?
Como a universidade descreve seu compromisso social pela formação
12

profissional que imprime a seus alunos? Qual tipo de interpretação a


universidade faz das demandas do mundo do trabalho? Qual o diálogo que a
universidade mantém com empregadores, profissionais, ex-alunos e sociedade
civil?
 Contexto formação do cidadão – compreende os professores como
trabalhadores sociais, alunos como cidadãos, que devem se relacionar com
grandes decisões, aqueles que têm condições de interferir sobre as possibilidades
e a qualidade de políticas da educação oferecida e recebida na instituição
educativa. Nesse espaço, o avaliador irá instigar como as necessidades sociais
estão sendo atendidas pela instituição. É o espaço que permite a avaliação
compreender: como as políticas são interpretadas pela instituição; a sociedade
que se procura construir.

A definição dos contextos tem o propósito de delimitar a acção do avaliador em


determinado processo avaliativo, sem no entanto significar qualquer tentativa de
fragmentar a compreensão da acção educativa desenvolvida em uma universidade.

3.3 Avaliação de currículos


Compreendemos currículo um conjunto organizado de conhecimentos e actividades
estruturadas com a finalidade de formar o cidadão, o profissional e a promover o
desenvolvimento do ser humano em determinada direcção. Nesse sentido, as avaliações
de currículo podem ser desenvolvidas a partir de:

 Análises internas ou de auto-avaliações, que são realizadas por grupos ou


comités da própria instituição;
 Análises externas, realizadas por especialistas das áreas do conhecimento do
currículo em avaliação, mas sem vínculo com a instituição.

Franco (1997, p. 10) propõe que a avaliação de currículo deva comportar três (3)
dimensões: análise de contexto, de dinâmica institucional e análise de resultados ou
produtos.

 Avaliação de Contexto – essa avaliação diz respeito às variáveis que se


colocam de antemão, tais como condições de infra-estruturas, qualificação dos
professores e outras. A análise do contexto é indispensável na medida em que
contribui para conferir dados a serem colectados.
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 Avaliação da Dinâmica Institucional – trata-se da análise do processo das


acções desenvolvidas. Essa dimensão de análise é fundamental quando se tem
como propósito a realização da avaliação contínua e sistemática, e a intenção é a
de promover correcções das actividades das distorções identificadas ou fazer a
manutenção das actividades bem-sucedidas.
 Avaliação de Produtos ou de Resultados – essa avaliação confere significado à
avaliação dos cursos, seja quanto a sua respeitabilidade, o seu desempenho, a
sua qualidade ou mesmo quanto ao seu prestígio externo.

4.0 Avaliação de Programas de Ensino


Um programa de ensino é proposto para corrigir problemas, aperfeiçoar práticas de
acordo com prioridades políticas de determinados governos. Tais programas têm
claramente definido seus objectivos, metas, estratégias e recursos a serem utilizados.

A avaliação de programas e projectos de ensino, segundo Barry Mac Donald (1982, p.


16), pode ser classificada em autocrática, burocrática e democrática.

 Avaliação Autocrática – é um serviço condicional prestado pelas agências


governamentais maior controle sobre a alocação de recursos educacionais. Ela
oferece a validação externa de uma dada política em troca da aceitação das
recomendações feitas pelo avaliador. Seus valores derivam da percepção que o
avaliador tem das obrigações morais e constitucionais da burocracia. O avaliador
focaliza problemas ligados à meritocracia educacional e age como um assessor
especializado e suas técnicas de investigação devem fornecer provas científicas
porque a base de seu poder é a comunidade de pesquisadores.
 Avaliação Burocrática – constitui-se num serviço incondicional prestado às
agências governamentais que têm maior controle sobre a alocação de verbas
educacionais. O avaliador aceita os valores daqueles que o contratam e fornece-
lhes informações que os ajudam a atingir seus objectivos políticos. Ele age como
um consultor administrativo e seu critério de sucesso é a satisfação do cliente e
suas técnicas de investigação devem merecer créditos por parte dos
administradores e não deixá-los expostos a criticas.
 Avaliação Democrática – é um serviço informativo, prestado à comunidade
acerca das características de um programa de ensino. Ela reconhece a exigência
de um pluralismo de valores e procura representar uma gama variada de
14

interesses ao formular suas indagações principais. O valor básico é o de uma


cidadania consciente e o avaliador age como um intermediário nas trocas de
informações entre diferentes grupos. Suas técnicas de colecta e apresentação de
dados devem ser acessíveis a audiências não especializadas. A principal
actividade do avaliador consiste no levantamento das concepções e reacções
acerca do programa estudado.

4.1 Condições de gestão ou organização escolar


 Gestão pedagógica da escola

Esse é o pilar mais importante de todos. Ele deve ser a prioridade máxima da
instituição, uma vez que está direta e intimamente ligada à atividade-fim da
empresa. Sendo assim, a gestão pedagógica está relacionada a elementos de máxima
relevância, tais como:

 Planejar e organizar o sistema educacional;


 Gerir os recursos humanos;
 Melhorar as práticas educacionais;
 Aprimorar as metodologias de ensino;
 Elaborar e implementar projetos pedagógicos;
 Definir metas para otimizar a relação de ensino/aprendizagem.

Gestão administrativa da escola

O objetivo principal da gestão administrativa da escola é gerenciar os recursos materiais,


físicos e financeiros da instituição.

A gestão é responsável por cuidar do patrimônio e assegurar a coerência de sua utilização.


Para garantir que sua atuação seja exemplar, é imprescindível:

 Manter um estado de constante atenção às normas e leis educacionais;


 Prezar pela manutenção dos bens da empresa;
 Ter atenção com as atividades rotineiras da secretaria (e de outras áreas) e com
operações pertinentes, de forma a ensejar um melhor trabalho do corpo docente.
 Gestão financeira da escola
15

A funcionalidade da gestão financeira escolar consiste em gerir os recursos financeiros.


Fica sob sua alçada, por exemplo, realizar um levantamento de todas as receitas e
despesas, definir o destino dos recursos, fazer a distribuição apropriada do dinheiro de
acordo com as demandas de cada atividade e setor etc.

A gestão escolar financeira competente é aquela capaz de garantir que todos os setores
tenham suas demandas atendidas e possam funcionar de forma plena e satisfatória,
contribuindo para que a organização alcance seus objetivos de negócios.

 Gestao de recursos humanos

Obviamente, a sua escola apresenta uma preocupação contínua com os seus recursos
humanos. A gestão de RH envolve lidar com o corpo docente, o corpo discente, os pais
e os funcionários.

O setor de recursos humanos deve prezar por uma boa relação com todo esse contingente
de pessoas ligado direta e indiretamente aos processos da instituição. Contudo, o foco
deve ser majoritariamente o engajamento e a motivação dos colaboradores, para que eles
possam desenvolver as habilidades necessárias para a obtenção de um melhor desempenho
da escola.

 Gestão da comunicação da escola

A gestão de recursos humanos e a comunicação estão, de fato, conectadas uma à outra.


Mas esta última diz respeito somente à comunicação realizada internamente na instituição.

Ela trata também da comunicação feita para além dos muros da escola, ou seja, com a
comunidade exterior, com o “público”.

 Gestão de tempo e qualidade do ensino

Por gestão do tempo, entendemos aqui o ato de estimular e proporcionar que todos os
setores tenham condições de aumentar a produtividade. E, também, de fazer com que os
procedimentos internos apresentem um elevado nível de excelência. Nesse caso, os
16

gestores devem organizar e coordenar o trabalho, de modo que a equipe obtenha um


ótimo desempenho e, consequentemente, reduza ineficiências.
17

CAPÍTULO III: CONSIDERAÇÕES FINAIS

4.2 Conclusão
Apos ter sido feita a investigacao em torno das dimensoes da avaliacao no processo
educativo, concluiu-se que avaliação é classificada em cinco dimensões: avaliação de
sala de aula, a avaliação institucional, avaliação de programa e projectos educativos e
avaliação de currículo, Essa avaliação é desenvolvida com objectivo de fazer o
acompanhamento escola do aluno, possibilitando assim que se tomem decisões de
reajuste e de revisão durante o processo de ensino.

A sua importância no processo educativo tem sido, no entanto, historicamente


superdimensionada no quotidiano escolar.

A avaliação institucional tem como foco uma instituição educativa. Geralmente essa
dimensão tem sido aplicada na avaliação duma universidade ou instituição de ensino
superior, contudo pode ser utilizada para analisar também uma escol de ensino primário,
secundário, assim como médio, compreendemos currículo um conjunto organizado de
conhecimentos e actividades estruturadas com a finalidade de formar o cidadão, o
profissional e a promover o desenvolvimento do ser humano em determinada direcção.
18

4.3 Referências Bibliográficas


Hadji, C. (1994). Avaliação, Regras do Jogo. Das intenções aos instrumentos. Lisboa:
Porto Editora. Johnson, R. (2004)

LIBÂNEO, José Carlos. “O sistema de organização e gestão da escola” In: LIBÂNEO,


José Carlos. Organização e Gestão da Escola - teoria e prática. 4ª ed. Goiânia:
Alternativa, 2001.
LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem. São Paulo: Atta mídia e educação.
VIDEODVD. ______. Avaliação da aprendizagem escolar:

LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação. 3.ed. ed. São Paulo: Cortez Editora,
2011. . Relação de Exemplares deste material .

MELLO, Marco Aurélio Mendes de Farias. Um debate essencial. O Globo, Rio de.
Janeiro, n. 28375, p. 19, 15 abr. 2011

SOUZA, J. G. de.; KATUTA, A. M. Geografia e conhecimentos cartográficos: a


cartografia no movimento de renovação da geografia brasileira e a importância do uso
de mapas. São Paulo. Ed. Unesp. 2001. 162 p.

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