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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

LICENCIATURA EM PSICOLOGIA ESCOLAR E DAS NEE

Disciplina: Administração e Gestão Escolar


Sistema de Administração e Gestão Educacional

Discentes:

Édipo Isidoro Manjate

Gracinda Franquilino Sique

Joalinda Pedro Cumbe

Liah Domingos Mabjaia

Docentes:

Dra. Isabel Houguane

Msc. José Uquéio

Maputo, Outubro de 2023.

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Índice
1. Introdução.................................................................................................................................3

2. Objetivos..................................................................................................................................3

2.1. Geral..................................................................................................................................3

2.2. Específicos........................................................................................................................3

3. Metodologia..............................................................................................................................3

4. Estrutura...................................................................................................................................3

5. Educação..................................................................................................................................4

6. Gestão Educacional..................................................................................................................4

7. Gestão estratégica aplicada às instituições...............................................................................4

8. Órgãos de Gestão......................................................................................................................4

9. Administração Educational......................................................................................................5

10. Modelos de Administração dos sistemas da Educação.........................................................5

11. Modelo de Administração Centralizado...............................................................................6

12. Modelo de Administração Descentralizado..........................................................................6

13. Áreas de Actuação do Administrador...................................................................................7

14. Conclusão.............................................................................................................................9

15. Referências.........................................................................................................................10

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1. Introdução
O presente trabalho é referente à cadeira de Administração e Gestão Escolar, a ser
leccionada no sexto semestre do curso de Psicologia Escolar e das Necessidades Educativas
Especiais, na Faculdade de Educação, da Universidade Eduardo Mondlane. Maximiano (2006
p.12) destaca que "Administração é o processo de tomar decisões sobre objectivos e utilização de
recursos". Gestão, é um conjunto de princípios relacionados às funções de planejar, organizar,
dirigir e controlar uma companhia, ela consiste em trabalhar com os recursos disponíveis, de
maneira mais eficiente possível para atingir os objectivos esperados com o mínimo de despesas
(Bicudo, 2021).

2. Objectivos

2.1. Geral

 Compreender o Sistema de Administração e Gestão Educacional.

2.2. Específicos

 Ilustrar as funções dos órgãos de Gestão Educacional;


 Explicar os modelos de Administração; e
 Descrever as áreas de actuação do admistrador Educacional.

3. Metodologia
Para a realização do trabalho, recorreu-se a bibliografia recomendada, artigos científicos
encontrados na internet, em português, em inglês, posteriormente traduzidos para a língua
portuguesa.

4. Estrutura
Além da presente Introdução, o trabalho contém: O Conceito de Educação, Gestão Educacional,
Órgãos de Gestão, Administração Educacional, Modelos de Administração, a conclusão e as
referências bibliográficas usadas.

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5. Educação
Na perspectiva de Libâneo (2004, p. 30) é um conjunto de acções, processos, influências ,
estruturas que intervêm no desenvolvimento humano de indivíduos e grupos na sua relação com
o meio natural e social, num determinado contexto de relação entre grupos e classes sociais.

6. Gestão Educacional
De acordo com Vieira (2007, p. 63), citado por Silva (2014, p. 26), a gestão educacional, diz
respeito a “actos desenvolvidos pelas diferentes instâncias do governo, com responsabilidades
compartilhadas na oferta de ensino”, ou seja, são iniciativas e acções governamentais que
precisam ser compreendidas a partir dos impactos e demandas a nível da economia, política,
cultura e tecnologia (Vieira, 2007, p. 63, citado por Silva, p. 26).

Marangon (2014, p. 23) refere que cabe à gestão educacional determinar a dinâmica e a
qualidade de ensino, melhorar as acções e os processos educacionais, visando a formação de
qualidade dos alunos. Ademais, realizar acções conjuntas, associadas e articuladas, visando o
alcance dos objectivos e dos resultados estabelecidos (Luck, 2006, p. 25, citado por Marangon,
2014, p. 26).

7. Gestão estratégica aplicada às instituições


Quanto ao papel do estado, deve assegurar o desenvolvimento da sociedade nos diversos fóruns,
bem como criar condições para a expansão e utilização do conhecimento nos distintos sectores.
Portanto, compete ao estado, recolher, analisar, estruturar e interpretar informações relativas ao
país, de modo a responder às exigências educacionais, bem como garantir a massificação
educacional, Reis e Reis (1945).

8. Órgãos de Gestão
Para Reis (1945), no que diz respeito aos órgãos responsáveis pela gestão educacional, os
conselhos científico e pedagógico apresentam diversas funções, tas como:

Conselho Científico Conselho Pedagógico

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Definir as estruturas curriculares das escolas a Apreciar e propor sistemas de avaliação
ministrar

Analisar o leque de ofertas formativas e as Acompanhar e propor instrumentos de


áreas de especialização dos professores avaliação

Promover a investigação e indicar as áreas Avaliar os conteúdos das disciplinas face aos
prioritárias interesses dos alunos

Avaliar o trabalho desenvolvido em outros Promover a formação pedagógica dos


estabelecimentos educacionais professores

Promover o intercâmbio académico Definir directrizes no âmbito pedagógico

9. Administração Educational
A administração Educacional como disciplina autónoma surge no fenómeno norte- americano na
primeira metade do século XX, tendo-se estendido pelo Canadá e pelo Reino Unido a partir da
década de 70 (Bush, 1999, citado por Barroso, 2005, p. 3). A visibilidade social desta área se
deve ao desenvolvimento de políticas educativas de descentralização e autonomia das escolas
como forma de promover a eficácia e eficiência da escola e a qualidade de ensino (Barroso,
2005, p. 3).

10. Modelos de Administração dos sistemas da Educação


Quanto aos modelos de administração de sistemas educativos, Formosinho (1989:55) citado por
Domingos (2010, p. 29), destaca dois, que são: modelo de administração centralizado e modelo
de administração descentralizado.

11. Modelo de Administração Centralizado


Este modelo caracteriza-se pela centralização das decisões no topo do sistema, verificando-se
escalões intermédios e inferiores, aos quais estão direccionadas às funções de execução, isto é, o
poder decisório se concentra na alta administração.

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Segundo Bresser-Pereira (1980) e Chiavenato (1993) a administração centralizada tem como
vantagens:

 As decisões mais importantes são tomadas por administradores de maior competência;


 Necessidades de menor número de gestores de alto nível, pois os níveos mais baixos têm
atribuições de execução do que de tomada de decisões;
 A coordenação torna-se mais fácil por conta do encadeamento das actividades; e
 Possibilita compras de larga escala devido ao aumento no poder de barganha.

Quanto às desvantagens, na visão Chiavenato (1993) apresenta:

 Geralmente, as decisões são tomadas por gestores que estão distanciados da realidade;
 Os administradores dos níveis mais baixos ficam distantes dos objectivos globais; e
 Devido à comunicação distante, há demoras e maior custo.

Por outro lado, Formosinho (1986: 67) citado por Domingos (2010, p. 34) acrescenta dizendo
que a desvantagem deste modelo é a não participação da comunidade na resolução de problemas
escolares, dos problemas dos alunos na própria escola, bem como na sala de aulas.

12. Modelo de Administração Descentralizado


A descentralização na administração é caracterizada por comunicação entre as partes envolvidas,
ou seja, os alunos, pais e a comunidade escolar. Nesta o sistema educativo se organiza com base
nos projectos da escola, visando uma autonomia na elaboração curricular, buscando integrar
aspectos locais e viabilizando a inserção e a participação de todos membros envolvidos no
processo. Neste modelo abre-se espaço para a autonomia pedagógica do aluno, onde este é
responsável pela própria aprendizagem e desenvolvimento, possibilitando um controlo do
mediador,(Domingos, 2010, p. 41).

No que concerne às vantagens deste modelo, Bresser (1980) e Chiavenato (1993), destacam o/a:

 Corte nos atrasos na tomada de decisões, visto que o administrador fica mais próximo às
condições locais;
 Estimulação à iniciativa dos administradores intermédios;

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 Aumento na eficiência, pois é fácil recorrer ao chefe; e
 Atenção da administração aos resultados, já que os objectivos da organização estão
desdobrados aos demais níveis.

Chiavenato (1993), quanto às desvantagens aponta:

 Perda na uniformidade na tomada de decisões;


 Falta de equipa apropriada nas actividades; e
 Aproveitamento insuficiente dos especialistas, visto que ficam distantes da execução.

13. Áreas de Actuação do Administrador


Áreas de Actuação do Administrador Segundo Amadi (2008), existem cinco áreas principais, a
saber:

1.O Currículo/ Funções Instrucionais: O administrador garante que a instrução seja


direcionada às exigências dos órgãos examinadores. Ele é o facilitador da mudança académica,
podendo mudar o currículo como e quando necessário para atender às necessidades e refletir as
aspirações da sociedade. Ademais deve garantir a alocação do pessoal nas disciplinas corretas,
bem como garantir que os conteúdos de ensino estejam alinhados com o plano de estudos
actuais.

2. As funções do pessoal: O administrador é o líder da organização, tendo sob seu comando a


instituição por administrar, juntamente com os seus subordinados. Ele não pode administrar a
organização sozinho, tem de aproveitar o potencial de sua equipa para seu grande benefício.
Ademais deve criar as estruturas necessárias e permitir que os seus colegas participem na
governação organizacional, pois isso influencia nos seus conhecimentos e bem-estar.

3. As funções do pessoal estudantil: O administrador educacional tem a responsabilidade de


gerenciar os alunos, devendo ter pleno conhecimento e compreensão das diversas fases do
desenvolvimento dos alunos. Pelo facto dos estudantes passarem de observadores passivos a
participantes activos nas questões e programas que os afectam, devem participar na tomada de
decisões, especialmente nas que afetam o seu bem-estar e na governação.

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4. Funções de recursos financeiros e físicos: O administrador deve ter bastante conhecimento
em gestão financeira. Este tem de começar com o orçamento articulando adequadamente às
entradas e saídas do caixa no sistema. O administrador educacional distribui preferencialmente
os recursos disponíveis entre as necessidades concorrentes em sua organização. Sua gestão
financeira deve ser adequada, seus relatórios contábeis e financeiros corretos.

5. As funções das relações com a comunidade escolar: A comunidade é o parente mais


próximo da organização escolar e exige uma responsabilidade conjunta do administrador e da
comunidade. Embora a escola sirva à comunidade, é função ou dever deste administrador dar o
primeiro passo no relacionamento positivo com a comunidade. A empresa educacional por
apresentar um sistema aberto prospera através de inter-relacionamentos eficazes dentro dela e
com os seus públicos relevantes.

14. Conclusão
Após a realização do presente trabalho, é possível notar que os órgãos responsáveis pela gestão
educacional dividem-se em: Conselho Científico; responsável pelo Currículo, Especialização dos
professores e Avaliação dos trabalhos realizados nas instituições. O Conselho Pedagógico é
responsável pelo sistema de avaliação dos conteúdos lecionados pela instituição e promover a
formação adequada dos professores.

Os modelos de Administração são formas administrativas que as escolas e outras organizações


usam para tomada de decisão e dividem-se em: Modelo Centralizado; caracteriza-se pela
centralização das decisões no topo do sistema, o Director,, verificando-se escalões intermédios e
inferiores e o Modelo Discentralizado; caracterizada por comunicação entre as partes
envolvidas, ou seja, os alunos, pais e a comunidade escolar.

Um Admistrador Educacional pode actuar nas áreas de elaboração, mudança e supervisão das
unidades curriculares assim como garantir a sua implementação por professores capacitados, é
líder e deve possuir conhecimento sobre as suas responsabilidades com todos os elementos
envolvidos com a escola, incluindo a comunidade e garantir a boa gestão dos recursos
disponíveis na instituição.
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15. Referências
Amadi, E, C. (2008) Introduction to Educational Administration; A Module

Barroso, J. (2005). A Administração Educacional e a Abordagem Sociológica das Organizações


Educativas. p. 3-5

Domingos, A. B. (2010). Administração do Sistema Educativo e a Organização das Escolas em


Moçambique no Período Pós-independência 1975-1999: Descentralização ou Recentralização. p.
29-41

Marangon, C. (2014). Administração versus Gestão Escolar: O intercruzamento conceitual. Tio


Hugo, Brasil. p .23-26

Paro, V, H. (1945) Administração Escolar: Introdução Crítica. 7ª edição. São Paulo: Cortez 1996

Reis, R, L. & Reis, H, P. (2008) Gestão Estratégica, Aplicada a Instituições de Ensino Superior

Silva, P.O. (2014). As Influencias das Teorias Administrativas na Gestão Escolar. Santa Maria,
Brasil p. 26-30

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