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UNIVERSIDADE CATOLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Administração escolar

Mateus Miguel Mateus


Código: 708237862

Licenciatura em ensino da língua portuguesa

Práticas pedagógicas

Maputo, junho de 2023


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISÂNCIA

Administração escolar

Trabalho de investigação a ser


apresentado na Universidade
Católica de Moçambique, como
requisito parcial para aprovação na
cadeira de práticas pedagógicas.

Licenciatura em ensino de língua portuguesa

Práticas pedagógicas

Maputo, junho de 2023


Índice

Introdução........................................................................................................................................2

Objetivos..........................................................................................................................................3

Desenvolvimento.............................................................................................................................4

Conceituando administração escolar............................................................................................4

Tipos de administração escolar........................................................................................................6

Administração centralizada..........................................................................................................6

Administração participativa ou democrática................................................................................7

Modelos da administração escolar...................................................................................................8

Modelo da administração escolar na escola secundária da matola..................................................9

Metodologia...................................................................................................................................11

Considerações finais......................................................................................................................12

Referências bibliográficas.............................................................................................................13
Introdução

Todos os sistemas educativos tem uma história de administração, de centralização ou de


descentralização, durante a qual são criadas as estruturas que podem prevalecer ou ser alteradas
de acordo com as reformas levadas a cabo para adequar o sistema às condições socioeconómicas
e/ou e às exigências que essas transformações sempre apresentam. Tais mudanças podem ter
origem nos fatores internos (sistema económico, social e político) ou nos fatores externos
(pressão dos organismos internacionais, agencias de ajuda externa e os chamados governos dos
países centrais), ou ainda na conjugação de ambos.

O sistema educativo moçambicano, o denominado sistema nacional de educação (SNE) foi


implementado em Moçambique na década de 80, um período em que o país atravessa um dos
momentos críticos da sua história e o mundo é marcado das suas exigências políticas,
económicas e culturais. As consequências destas duas «forças internas e externas» foram bem
visíveis no campo das políticas públicas e particularmente na estrutura, nos objetivos, nos
princípios e modelos da administração escolar da educação do país.

Estudos sobre o impacto destas mudanças sobre o sistema nacional de educação, mormente nos
seus modelos de administração, são uma lacuna que dificultam a qualquer um, e principalmente
nos decisores políticos à compreensão das alterações que ocorrem e a busca de soluções para
responder os desafios colocados, numa altura em que há uma pressão cada vez mais maior para a
solução dos problemas à luz de novas abordagens de ponto de vista teórico e prático.

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Objetivos

O objetivo geral desta pesquisa é estudar os modelos da administração escolar.

Como objetivos específicos temos os seguintes:

 Problematizar os diferentes conceitos da administração escolar


 Distinguir vários tipos da administração escolar
 Refletir sobre vários modelos da administração escolar

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Desenvolvimento

Conceituando administração escolar

De acordo com Chiavenato (2004) administração é a maneira de governar organizações ou parte


delas. É o processo de planear, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos organizacionais
para alcançar determinados objectivos de maneira eficiente e eficaz. No entanto, o mesmo autor
acrescenta que a administração é imprescindível para existência, sobrevivência e sucesso das
organizações. Sem a administração, as organizações jamais teriam condições de existir e de
crescer.
Como se pode ver, a Administração é, um processo de planeamento de actividades da
organização, da direção e do controlo de todas as atividades diferenciadas pela divisão de
trabalho que ocorrem dentro de uma instituição.
Designação geralmente atribuída a Compayré (séc. XIX), remete para um campo de práticas de
administração, gestão, governo ou direção de sistemas, ou redes escolares e de escolas, ou outras
unidades de ensino e, simultaneamente, para um campo de estudos, teorias, disciplinas
acadêmicas e cursos, ou programas. Como campo de práticas, inclui os aparelhos
organizacionais e administrativos da educação escolar em seus distintos níveis: nacional,
estadual, municipal, ou outros, consoante a organização de cada país, e os serviços que produzem
políticas e orientações normativas para a educação escolar, incluindo ainda as escolas. Aos
distintos níveis de intervenção, do ministério da educação a cada escola concreta, a
Administração Escolar compreende as estruturas legais, organizacionais e administrativas, e
também os atores e as ações com intervenção nos processos de utilização racional de recursos, ou
meios, para a realização de determinados fins. Como decorre do conceito de administração
(DUNSIRE, 1973), também a Administração Escolar envolve sentidos aparentemente
contraditórios: por um lado, de governo, direção, definição de políticas e de filosofias de
educação, planos de ação, normas e recursos; por outro lado, de serviço, apoio e execução
detalhada das orientações políticas. A determinação da política, dos valores e objetivos, no
primeiro caso, e a execução em conformidade daquelas orientações, dentro dos limites fixados,
no segundo caso, representam desde o século XIX, e especialmente nos Estados Unidos da
América, uma base da dicotomia entre política e administração e, mais tarde, da distinção entre
administração e gestão no contexto industrial. Atualmente, porém, registra-se uma tendência no
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sentido de recusar a separação entre política e administração: toda a administração é um ato
político e, no limite, não existe política sem administração. Isso não significa que a análise dos
atores que formulam as políticas educacionais e controlam as principais funções de concepção,
decisão, execução, avaliação, tal como a definição dos objetivos educativos, a determinação dos
programas, a organização das redes de ensino, a atribuição de meios, a formulação de regras de
funcionamento, a inspeção (DURANDPRINBORGNE, 1989) não deva considerar as assimetrias
de poder entre as autoridades e os atores escolares, ou entre os níveis centrais e locais. Em
administrações de tipo centralizado, seja de feição concentrada ou desconcentrada, isto é, de
natureza monocêntrica ou de características territorialmente dispersas, mas mantendo a
centralização de poderes face às escolas, a descentralização, o reforço da autonomia das escolas e
a sua gestão democrática são inviabilizados ou dificultados. No que concerne à distinção entre
administração e gestão escolares, embora seja possível encontrar autores a sustentá-la, a questão
não é consensual, dado que os conceitos são fluidos e intermutáveis (BARROSO, 1995). Na
maioria dos dicionários, administração e gestão surgem como sinônimos, sendo também esse o
entendimento da UNESCO (1988) no caso da educação. A expressão “administração escolar”
tende a ser mais usada nos Estados Unidos da América, no Canadá e na Austrália, por exemplo,
ao passo que “gestão escolar” surge como mais frequente na Grã-Bretanha e noutros países
europeus (BUSH, 2003). No Brasil e noutros países, como Portugal, na sequência da
democratização política, foi a expressão “gestão democrática” que conheceu grande
protagonismo. No Brasil, a designação “gestão escolar”, ou “gestão educacional”, tem sido
conotada como menos próxima da administração empresarial, recusando a tradicional
subordinação do campo da Administração Escolar às teorias e práticas de origem industrial. Em
Portugal e noutros países, porém, alguns autores concluem, em sentido inverso, atribuindo à
palavra administração maior proximidade com as políticas e as instituições públicas. Isso
significa que a questão não reúne consenso teórico, estando dependente das conotações dos dois
vocábulos nas diversas línguas, e mesmo dos usos distintos da língua portuguesa, bem como de
diferentes épocas históricas e contextos políticos.O debate terminológico implica já a
consideração da Administração Escolar como campo de estudos, como disciplina ou
especialidade acadêmica, com expressões variadas e existência intermitente desde finais do
século XIX, em disciplinas universitárias de formação de professores, em diferentes países. No
caso da América Latina, e designadamente do Brasil, Sander (1995) identificou a emergência de

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vários enfoques, com destaque para os enfoques jurídico e tecnocrático e, posteriormente, para o
enfoque sociológico, análise coincidente com as de autores de outros países, embora nem sempre
com as mesmas cronologias. O ensino e a pesquisa foram influenciados por abordagens
legalistas, assentes na interpretação jurídica e, mais tarde, pela transferência de teorias e
princípios da “administração industrial e geral”, proposta por autores da “Administração
Científica” como F. Taylor e H. Fayol, para a Administração Escolar. Félix (1984) e Paro (1986)
destacam-se na crítica à sobredeterminação teórica exercida pela administração empresarial
capitalista sobre a administração escolar, tendo recusado uma definição de Administração
Escolar como aplicação de uma “administração geral” ao caso concreto das escolas, a partir de
uma “pretensa universalidade de princípios” (PARO, 1986: 11). A deslocação do campo das
abordagens normativistas / pragmáticas para as abordagens de vocação analítica/interpretativa
(LIMA, 2009) tem permitido que, ao longo das últimas duas décadas, a formação e a pesquisa
em Administração Escolar tenham adquirido um pendor pluriparadigmático sem precedentes,
com destaque para os contributos da Ciência Política, da Sociologia das Organizações, das
Ciências da Administração, entre outros, e no domínio dos estudos educacionais, com relevo
para os contributos da investigação em Sociologia da Educação e Políticas Educacionais. Trata-
se de um movimento de refundação teórica, em boa parte conduzido através do ensaio de
perspectivas críticas, em que as análises sociológicas e organizacionais, as abordagens
sociopolítica e histórico-crítica têm revelado protagonismo e suportado novas investigações
teóricas e empíricas, valorizando especialmente o estudo organizacional das escolas e das
práticas dos atores escolares, bem como as articulações entre políticas públicas e administração
das escolas.

Tipos de administração escolar

Entre muitos tipos de administração escolar, dois se destacam e sintetizam todos os outros: a
administração centralizada, também chamada de burocrática, e a administração descentralizada e
participativa, também conhecida como gestão democrática.

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Administração centralizada

Neste tipo de administração, a diretoria trabalha com total autonomia para tomar decisões, sem
participá-las a outras pessoas envolvidas na comunidade escolar. É um modelo hierarquizado,
com cargos e funções bem especificados, sempre com orientação do diretor, que assume a
responsabilidade de supervisionar todas as tarefas executadas. Nesta gestão, a comunicação
geralmente é verticalizada, com grande ênfase no resultado – e não tanto nas relações
interpessoais. Algumas escolas que exercem uma gestão clássica já começaram a mudar o
modelo e a investir em decisões compartilhadas com seus coordenadores e outros colaboradores.

“O processo de decisão envolve alguns elementos, como a qualidade das pessoas envolvidas, a
qualidade das informações obtidas e do processo decisório em si. Nesse sentido, fica fácil
perceber que a decisão mais centralizada acaba sendo limitadora, pela capacidade de uma só
pessoa analisar uma grande quantidade de informações e pela capacidade de tomar decisões a
partir dessas informações. Então, talvez a única vantagem da centralização seja a agilidade,
conseguir tomar decisões mais rápidas, uma vez que depende de uma só pessoa. E essa
vantagem às vezes é crucial”

“Numa instituição em que há uma cultura de descentralização do poder, o que se tem são
decisões tomadas sobre um volume mais amplo de informações, vários pontos de vista e, se esse
processo for bem feito, isso eleva a qualidade das decisões. Mas muitas vezes isso gera o risco de
um atraso nas entregas”

Administração participativa ou democrática

Este tipo de gestão tem como base a tendência internacional de descentralizar a gestão escolar,
priorizando a participação de toda a comunidade escolar na tomada de decisões, na programação
de objetivos, na implementação de atividades. Ou seja, envolvendo, gestores, coordenadores,
professores, funcionários, alunos e pais.

Um grande desafio da gestão democrática, é que relações mais horizontais costumam gerar
processos mais demorados, pois envolvem articular muitas opiniões diferentes sobre cada tema.

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Chegar a definições de forma dinâmica e ágil é sempre um desafio. Vale lembrar existem saídas
para isso, como criar cronogramas para o planejamento de ações, determinando datas limite para
a tomada de decisões.
Outra dificuldade é conseguir o engajamento de todos, inclusive de pais de alunos. Outro
problema que vem sendo combatido, por exemplo, com o uso de aplicativos de comunicação
escolar, como o Classapp. Os apps de comunicação aumentam o envolvimento dos pais na vida
escolar dos filhos, o que acaba gerando benefícios para todos. No caso de escolas
descentralizadoras, nas quais os pais de alunos participam do processo decisório, eles tendem a
ficar mais atentos ao desempenho de seus filhos e a ter maior participação no dia a dia da vida
escolar.

Modelos da administração escolar

Na seção anterior apresentamos algumas características para afinar e ampliar a compreensão


acerca do conceito de administração escolar. Abrimos este subitem para demonstrar
brevemente os modelos existentes e as suas peculiaridades.

Administração técnico-científica – Consiste na visão técnica do trabalho por meio de


hierarquia e do centralismo do poder. Nesta perspetiva, se enfatiza que dentro dos limítrofes
hierárquicos existe autoridade e subordinação, onde há cumprimento de regras e burocracias,
realçando as tarefas, onde a comunicação é linear. Em suma, é um modelo que privilegia a
racionalização do trabalho e a verticalização nas tomadas de decisão.

Autogestionária – Aqui se evidencia a maneira de criar estratégias de autogestão na escola


para influenciar decisões coletivas que impactem dentro e fora do âmbito escolar. Ao
contrário da visão anterior, essa tendência se baliza pela ausência de autoridade e poder.
Todas as decisões precisam ser tomadas coletivamente em reuniões e assembleias, onde se
organizam as eleições e se planeja a alternância de funções. É importante salientar a ênfase
nas relações, e isso geralmente pode comprometer a realização das tarefas. Com ausência de
hierarquia, esta é uma tendência libertária, onde as decisões do estado não constituem estofo
fundamental para a organização do trabalho.

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Interpretativa – Baseia-se no subjetivismo em relação à escola, interpretando que ela não está
dentro de um âmbito planejado e que possui objetivos. A principal preocupação reside na ação
organizadora, com pouco foco no ato de organizar, e forte tendência a valores compartilhados.
Esta tendência valoriza a subjetividade e “rejeita” a norma. Seu aporte filosófico consiste na
interpretação dos signos da educação e não em fatores constatáveis.

Participativa – Esta é a perspetiva que tem sido mais valorizada dentre os autores mais
destacados nos estudos sobre educação brasileira, como Savianni e Libâneo. A gestão
democrática da educação prevê um modo de organização no qual a equipe escolar define os
objetivos sociopolíticos e pedagógicos da escola. Nela se torna necessário que haja uma
articulação entre as atividades da escola – as pessoas que fazem parte da comunidade escolar,
ou seja, quem se beneficia e faz uso dela. Por isso, é necessário que a equipe conte com
profissionais qualificados e com diversas competências. É característico da gestão
democrática participativa, a objetividade na organização e na gestão de informações reais.
Portanto, visa o acompanhamento das avaliações com finalidades pedagógicas que têm a
pretensão de reorientar as estratégias de organização do trabalho. Diferentemente das outras
perspetivas, na gestão democrática se tem hierarquias, porém, não são rígidas, com uma
verticalização dura, já que todos podem dirigir e ser dirigidos, de acordo com as tarefas, que
não se sobrepõem às relações, e nem vice-versa.

Portanto, estes foram os modelos de gestão escolar. Partiremos agora para algumas inferências
acerca das implicações que a política educativa em Moçambique pode acarretar no âmbito da
educação. Salientamos que de todos estes modelos apresentados, optamos pela gestão
democrática participativa, por estar mais alinhada ao que os autores até aqui abordados tomam
como mais adequado para impulsionar a nossa educação.

Modelo da administração escolar na escola secundária da matola

Líderes escolares têm a capacidade de influenciar a administração escolar. Em particular,


diretores de escola podem estabelecer metas, influenciar professores e assistir alunos em

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momentos cruciais de aprendizagem. Ao conversar sobre a operação da escola procurámos
entender quais os principais obstáculos para o bom funcionamento de uma escola.

Escolas com processos formalizados e enraizados na cultura da comunidade escolar tendem a


ter melhor desempenho em termos de rendimento escolar. A nossa pesquisa aponta que muitas
escolas em Moçambique ainda não conseguiram concretizar uma visão para o futuro da
escola. Uma boa visão baseia-se num objetivo concreto, que pode ser medido e avaliado num
determinado horizonte de tempo. Visões que se baseiam em medidas subjetivas não alcançam
esse nível, pois não permitem aos gestores e membros da comunidade escolar medir o seu
progresso.
Ao fazer perguntas sobre a elaboração dos planos de aula, também conseguimos recolher
valiosas informações sobre a situação das escolas secundárias em Moçambique. O objetivo da
nossa pesquisa foi de entender qual o grau de autonomia e pró-atividade que os professores e
gestores têm na organização das suas matérias. A maioria dos diretores confirmaram que os
seus professores seguem os planos de aula enviados pelas autoridades nacionais e locais na
preparação das suas aulas. Essa constatação é importante, uma vez que nos mostra que todos
os alunos moçambicanos seguem um currículo similar. Contudo, notamos também que não há
uma grande adaptação dos planos de aula para se adequar às diferentes realidades de cada
aluno. A utilização de novos materiais, adaptação à realidade do aluno e constante
aperfeiçoamento do plano de aula permite aos estudantes uma melhor aprendizagem.
Enfatizamos a elaboração pró-ativa, e não reativa, de planos de aula que consigam seguir com
o previsto pelo governo, mas que também dialoguem com a realidade local.

Levando-se em conta o que foi observado nesta escola secundária, concluí que o modelo
de administração escolar predominante é autogestionária.

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Metodologia

Este trabalho é resultado de uma pesquisa bibliográfica, trata-se de uma discussão a respeito
da planificação escolar presente no âmbito educacional, elecando as principais planificações,
como o de ensino, o de aula e o da escola.

Para desenvolver este trabalho, foram feitas pesquisas a respeito do tema, a partir de autores e
pesquisadores na área, tendo como principal base teórica o autor Libâneo. A pesquisa é de
carácter bibliográfica, pois, é feita a partir de levantamento de referências teóricas já analisadas,
e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web
sites.

Este tipo de pesquisa nos proporciona um olhar mais amplo a respeito da planificação, uma
vez que nos possibilita comparar e averiguar pontos de vistas distintos de vários autores a
respeito do mesmo tema.

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Considerações finais

A administração escolar em Moçambique passou por diversas transformações as quais


dependem essencialmente do modelo político e econômico do país, que sempre esteve na
dependência dos acontecimentos internacionais para se organizar internamente. Somente a
partir do processo de redemocratização do país se pensou na adoção da sistematização de um
modelo mais aberto e dialógico, em que a participação nas decisões escolares poderia ser
ampliada para a sociedade.
Diante deste quadro, e atentos às transformações que a educação brasileira sofreu no decorrer
da história do país, o presente artigo visou responder: qual é o modelo de gestão escolar que
melhor atende aos anseios da educação Moçambicana? No transcorrer do texto foi
demonstrado alguns modelos e como eles se articulam com a possibilidade de desenvolver um
trabalho satisfatório no âmbito da gestão escolar nacional.
Diante do exposto, o modelo de gestão escolar que melhor atende aos anseios da nossa
sociedade é o de gestão democrática, tendo em vista que é aquele que engendra a noção
dialógica e de decisões menos centralistas, abertas para as sugestões dos atores que compõe o
público-alvo da educação, e na audição e participação daqueles que fazem parte, mesmo que
de maneira indireta, do processo educativo das unidades escolares. Somado a este fato, é o
modelo com melhores parâmetros de planejamento, metodologia e avaliação.

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Referências bibliográficas

 ANDRADE, M. M. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 2ª Ed. São


Paulo: Atlas, 1997.
 FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa.
São Paulo, Paz e Terra, 2011.
 LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e Pedagogos, para quê? 11 ed. São Paulo: Cortez
Editora, 2009.
 OLIVEIRA, D.A. Educação básica: gestão do trabalho e da pobreza. Petrópolis:
Vozes, 2000.
 SAVIANNI, D. Pedagogia Histórico Crítica: Primeiras Aproximações. Polêmicas
do Nosso Tempo. São Paulo: Cortez, 1991.
 DUNSIRE, A. Administration: the word and the science. Londres: Martin Robertson,
1973
 FÉLIX, M. F. C. Administração escolar: um problema educativo ou empresarial? São
Paulo: Cortez; Campinas: Autores Associados, 1984.
 LIMA, L. C. A escola como organização educativa: uma abordagem sociológica. 3. ed.
São Paulo: Cortez, 2009.

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