Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3
6 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 51
2
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
3
2 O CONCEITO E O MODELO DE GESTÃO EDUCACIONAL
4
como na indústria. A escola organiza o processo educativo e todas as suas
necessidades. A chave aqui é aprender efetivamente, isso acontece por meio das
relações estabelecidas entre alunos, objetos de aprendizagem e professores,
OLIVEIRA; (2019).
Para OLIVEIRA; (2019) assim, ao longo dos anos, começou a surgir uma
revolução com críticas às organizações escolares baseadas na administração
tecnocrática, essa mudança na década de 1980 estava relacionada ao momento pelo
qual passava o país, a redemocratização, que levou à democratização das escolas
públicas. Sucederam há duas etapas principais, como será mencionado abaixo:
Administração escolar: historicamente, a escola passou a utilizar a
estrutura da administração geral devido às necessidades relativas ao
contexto econômico e ao crescimento industrial, num cenário político
fechado.
Gestão escolar: a partir da abertura política brasileira, a escola pública
também necessitou da democratização do ensino.
Esse movimento de mudança ganhou força com a ratificação da Constituição
Federal de 1988 e dos Princípios da gestão democrática do ensino público,
consolidado, posteriormente, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBN), de 1996 (BRASIL, 1996 apud OLIVEIRA; 2019). Esses documentos
introduzem uma nova organização escolar, não mais baseada em princípios e
premissa da administração empresarial, mas pautada por uma base de gestão mais
democrática, capaz de proporcionar autonomia aos sujeitos Através da participação
coletiva e da construção da educação coletivas.
Como se depreende desses marcos históricos, a educação democrática é mais
do que um processo de tornar a educação acessível a todos. A oferta de educação de
qualidade também está ameaçada, independentemente das características
econômicas ou sociais dos alunos. Até aqui, você viu o processo histórico da escola
desde a gestão integral da administração até a gestão escolar, OLIVEIRA; (2019).
Para sistematização, levando em conta a gestão é o processo que orienta uma
organização e a partir daí toma decisões com base nas necessidades ambientais e
nos recursos disponíveis. O conceito de gestão está relacionado ao processo
administrativo envolvido em planejar, organizar, dirigir e controlar recursos para atingir
5
metas. No entanto, a gestão escolar tem algumas características especiais,
OLIVEIRA; (2019).
De acordo com Libâneo (2007, p. 324 apud OLIVEIRA; 2019), gestão escolar
significa um conceito de gestão socialmente crítica. A gestão escolar é, assim, vista
como um sistema que reúne as pessoas, "[...] o contexto sócio-político". A gestão
envolve tudo, as comunidades que compõem o espaço escolar. Portanto, é um
processo necessário que não ocorre isoladamente, mas ocorre sistematicamente e
visa a estrutura organizacional da escola para que seja continuamente melhorada e
aperfeiçoada.
Dessa maneira, já temos a ideia da evolução e os conceitos do processo de
gestão, levando em consideração é preciso haver uma análise de como se dá a gestão
escolar. Segundo Libâneo (2007 apud OLIVEIRA; 2019), os processos
organizacionais e de gestão, inserindo também direção, têm significados diferentes
de acordo com a concepção das pessoas sobre os objetivos educacionais,
relacionando com a sociedade e a educação do aluno. Gestão escolar demonstra
como cada instituição vê a educação, a sociedade e desempenho dos professores e
a formação de alunos (cidadãos).
Conforme Libâneo (2007 apud OLIVEIRA; 2019), existem quatro modelos de
gestão escolar. Do seguinte modo:
Concepção técnico-científica: Concentra-se na hierarquia, regras e aspectos
burocráticos e administrativos de cargos e funções. Esse conceito é mais conservador
e burocrático, com um sistema rígido de regras e normas. O foco do trabalho recai
sobre a divisão de tarefas no espaço escolar. A imagem do diretor é mais importante
no contexto da educação, caracterizando a forma de poder. Portanto, o diálogo é
baseado no cumprimento das regras, OLIVEIRA; (2019).
Concepção autogestionária: Este estilo de gestão é baseado no princípio
coletivo. Seus pressupostos são a criação de grupos e a autorregulação. O conceito
busca excluir qualquer sinal de autoridade, poder e centralização do espaço escolar.
Então não adere a nenhum tipo de regulação, regras ou burocracia. A ideia seria
investir na autogestão da instituição, para que todas as decisões sejam tomadas em
Assembleia Geral ou reunião de grupo. As funções se alternam por meio de eleições,
destacando não a imagem individual de cada pessoa, mas a coletiva e sua auto-
6
organização. Relacionamentos são mais valiosos do que em vez do mandato das
instituições de ensino, OLIVEIRA; (2019).
Concepção interpretativa: Essa gestão prioriza o entendimento, dos
processos de organização da escola, neste conceito, não há necessidade de nenhum
estudo mais aprofundado de normas, regras, organização ou funções. Entende-se que
o ambiente escolar é construído sobre relações e acontecimentos cotidianos e não
sobre uma realidade dada, preparada e feita. Portanto, a ênfase é colocada na
interpretação da situação, ignorando o aspecto objetivo, enfatizando o aspecto
humano ao invés da estrutura formal da escola, OLIVEIRA; (2019).
Concepção democrático-participativa: O conceito é baseado na participação
e responsabilidade coletiva de todos. Toma-o como um eixo interagir com a gestão e
participação de todos os componentes de uma instituição de ensino. O processo é
desenhado com os objetivos compartilhados de todos que compõem a equipe,
buscando a participação coletiva. Nesse contexto, as metas são cruciais para o
programa de ensino da instituição de ensino, OLIVEIRA; (2019).
As decisões são tomadas coletivamente, também enfatiza a responsabilidade
pessoal para alcançar os objetivos propostos. Compreender a necessidade de
coordenação ou mentoria, e não deixar de compreender a importância da agência
escolar. Não se ressaltam os aspectos subjetivos e a construção do processo
educativo por meio das relações, mas os componentes gerenciais e organizacionais
são tratados de forma objetiva e sistemática, OLIVEIRA; (2019).
Conforme OLIVEIRA; (2019) o conceito de gestão também determina a direção
do projeto político e educacional da escola, ou seja, do projeto político-pedagógico,
bem como o próprio conceito de currículo. Hoje, a busca pela democratização e
autonomia na gestão escolar requer colaboração com a comunidade educativa, pais,
entidades e organizações paralelas à escola. A gestão escolar precisa atender a todas
as necessidades de ensino, incluindo a legislação e o processo de ensino, além das
necessidades administrativas. Veja alguns dos pilares da gestão escolar:
Gestão pedagógica;
Gestão administrativa;
Gestão financeira;
Gestão de recursos humanos;
Gestão da comunicação;
7
Gestão de tempo e eficiência dos processos.
Como se vê, o processo de gestão escolar deve ser coordenado com todo o
sistema educativo, e com a escola em particular. Além disso, articular claramente a
importância das diretrizes e políticas públicas de educação públicas, ações para
implementar essas políticas e programas escolares. Esses programas devem abordar
princípios democráticos e ambientes educacionais autônomos, participação e
compartilhamento, tomada de decisão compartilhada e efetividade de resultados,
monitoramento, avaliação e feedback, OLIVEIRA; (2019).
Por fim, considere que a gestão escolar deve operar com base no princípio da
transparência, ou seja, mostrar o processo e os resultados ao público (LUCK, 2007
apud OLIVEIRA; 2019). Concluindo, a gestão escolar deve atuar de forma
transparente e aberta às comunidades interna e externa, compartilhando a tomada de
decisões e responsabilidade.
8
Os autores relatam ainda que nas décadas de 1950 e 1960 as ideias de
autonomia escolar e liberdade do educador foram desenhadas para contrariar a
eficácia das ações administrativas e interferências políticas por meio de programas
alheios à realidade escolar. A supressão de reivindicações na década de 1970 revelou
o ápice do processo de centralização administrativa. A gestão escolar voltou à a sua
visão do debate político na década de 1980, com um novo contexto – a reforma do
Estado. Tais reformas são desejáveis porque levam à justiça, justiça social, redução
de clientelismo, ocasionando também o fortalecimento da democracia, por meio da
qual a descentralização recupera sua força. (KRAWCZYK, 19991999 apud CROTI; et
al., 2014).
Compreender essas contradições sociais é essencial, pois assim os gestores
conseguem fazer da escola um ambiente que não reproduz os reflexos das estruturas
sociais capitalistas, mas reflete conscientemente essas perturbações, contribuindo
assim para uma ação pedagógica mais abrangente e consequentemente para uma
formação emancipadora, CROTI; et al., (2014).
No entanto, segundo Krawczyk (1999 apud CROTI; et al., 2014), na década de
1990 o foco na educação tomou um novo rumo. As novas demandas que estão
surgindo na economia globalizada fizeram com que o setor produtivo interferisse no
setor educacional. Portanto, diante dessas mudanças socioeconômicas, a educação
passou a fazer parte da agenda política como forma de aumento da produtividade e
cidadania globalizada.
Deixando de lado o intrincado contexto sócio-político econômico e olhando para
a teoria administrativa, podemos dizer que nas décadas de 1960 e 1970, assumindo
que o arcabouço teórico da gestão escolar estava enraizado na Teoria Geral da
Administração (TGA), foi feito um esforço para delinear a gestão escolar como um
campo específico de pesquisa. (ABDIAN, OLIVEIRA E HOJAS, 2010 apud CROTI; et
al., 2014).
Em meados da década de 1980, no entanto, surgiram críticas a ideias
anteriores e, a partir desse período, a ênfase mudou para o estudo do trabalho coletivo
e o envolvimento da comunidade escolar na gestão. Assim, os princípios da
governança democrática começam a ganhar corpo na teoria e nos espaços escolares.
(RUSSO, 2004 apud CROTI; et al., 2014).
9
De acordo com Rangel (2009 apud CROTI; et al., 2014), o que ocorreu foi uma
espécie de neofuncionalismo, a aplicação radical da teoria administrativa às escolas
sem levar em conta a finalidade e o papel das escolas e sua especificidade. Não se
observou o que Cohn (1998, p. 58 apud CROTI; et al., 2014) resolveu nitidamente e
abordou com maestria, a partir do momento em que o sistema responde aos requisitos
funcionais decorrentes de uma relação com o ambiente marcada por contingências
(portanto, incapaz de orientar a composição mais completa do sistema) enfrenta uma
nova tarefa: criar seus próprios elementos, realizar operações autoconstruídas.
Uma organização do sistema escolar guiada pela governança democrática
requer objetivos educacionais claros, reflete as necessidades da comunidade e leva
em consideração as especificidades dos programas instrucionais dos projetos
pedagógicos (LIBÂNEO et al., 2012 apud CROTI; et al., 2014).
Embora a gestão democrática seja alcançada sob a forma de lei, baseada na
Lei de Diretrizes e Bases no. 9394/96 – LDB, e em linha com a tendência de
hegemonia mundial, destaca três aspectos: descentralização administrativa,
participação da sociedade civil e crescente autonomia dos sistemas públicos e escolas
(Brasil, 1996 apud CROTI; et al., 2014), muitos impasses na prática dificultam sua
aplicação.
Conforme Senge (2005 apud CROTI; et al., 2014), enfrentar esses
constrangimentos é um fator importante na geração de mudanças, pois não impede a
escola de cumprir seu papel fundamental, o da educação. Há a necessidade de
superar as divisões e divisões existentes nas escolas, e aquelas proporcionadas pelas
políticas públicas.
Para parte das teorias organizacionais aplicadas à escola parece haver uma
compreensão de que a gestão escolar é conjunto de aspectos de natureza
técnica, com campos de conhecimentos delimitados: a administração e a
pedagogia. Esses pensadores compreendem, à luz da teoria clássica da
administração ou das teorias das escolas que a substituíram (das teorias da
burocracia), a gestão escolar como um fenômeno administrativo no qual os
recursos são utilizados por meio das técnicas disponíveis para o alcance dos
objetivos e fins da organização, portanto, sugerindo a ideia de uma
forma/técnica ótima de se conduzir tal fenômeno (SOUZA, 2012, p. 161-162
apud CROTI; et al., 2014).
10
É importante notar a dualidade proposta por Paro (1988 apud CROTI; et al.,
2014) apud Wellen; Wellen (2010 apud CROTI; et al., 2014), de acordo com os
autores, na maioria dos trabalhos sobre gestão escolar ou se voltam para a justificação
e legitimidade dos princípios da gestão capitalista, argumentando que eles com
universalidade, ou enxergam apenas burocracia e autoritarismo na gestão escolar,
negando e abandonando qualquer possibilidade de progresso ou mudança nessa
situação.
Para compreender a realidade da gestão escolar, é preciso observar que a
escola não existe em um modelo ideal, mas se apresenta como uma vontade humana
e sofre grande influência da sociedade que a organiza, criando as condições materiais
para a escola, como forma de sobrevivência (WELLEN; WELLEN 2010 apud CROTI;
et al., 2014). Lembrando Karl Marx (MARX; ENGELS, 2007 apud CROTI; et al., 2014)
antes do indivíduo realizar qualquer pensar, seja na política, na arte ou na ciência, os
seres humanos precisam se preocupar em comer, beber, vestir e se abrigar.
Com base nesse ponto de vista, com as mudanças nas perspectivas
sociopolíticas e econômicas, Krawczyk (1999 apud CROTI; et al., 2014) apontou que
devido ao processo de globalização, o objetivo da educação escolar só pode
reproduzir os desejos do sistema produtivo atual, no caso do Brasil, o capitalismo. No
entanto, se os objetivos da instituição escolar vão além disso, ela pode ver a
aprendizagem escolar como a formação de cidadãos, e a educação é possível se
todos os atos centrais da gestão escolar propiciarem o alcance dos objetivos
declarados, dessa maneira torna-se possível uma educação que se volta mais a uma
formação do ser humano (LIBÂNEO et al., 2012 apud CROTI; et al., 2014).
No entanto, cabe ressaltar que a gestão escolar não é um conjunto de
tecnologias e ferramentas formadas de forma abstrata, mas um resultado histórico
que reflete a tendência do desenvolvimento social. (WELLEN; WELLEN, 2010 apud
CROTI; et al., 2014).
Erros e fantasias fazem parte da mente humana (MORIN, 2000 apud CROTI;
et al., 2014), considerando que traduções ilusórias podem ocorrer ao reconstruir o que
é visto por meio da linguagem ou do pensamento. Complementa Marx (2007 apud
CROTI; et al., 2014) sobre os equívocos do homem sobre si mesmo, a vida e o mundo.
Assim, estende-se à questão da gestão escolar, que não é neutra, mas suas intenções
devem ser compreendidas.
11
Portanto, o gestor precisa assumir que seu papel é planejar, coordenar,
controlar (CHIAVENATO, 2003 apud CROTI; et al., 2014), e agir com base em valores,
crenças, sentimentos, emoções, a fim de suscitar respostas dos professores aos
desafios escolares. Isso é importante e propício para atingir os objetivos educacionais
(LÜCK, 2011 apud CROTI; et al., 2014). O gestor precisa desenvolver seu trabalho de
acordo com o processo de gestão e entender seu efeito. Como os professores que se
envolvem mais ativa e efetivamente na ação escolar quando entendem o processo de
gestão (LÜCK, 2011 apud CROTI; et al., 2014).
Portanto, antes de avançar com alguns aspectos da gestão, parece oportuno
esclarecer os termos administração e gestão. Administração é o processo de
organizar, dirigir, planejar e controlar as pessoas para atingir os objetivos
organizacionais (CHIAVENATO, 2003 apud CROTI; et al., 2014). É mais uma função
gerencial, que remete aos princípios de organização, estruturação e controle dos
recursos disponíveis (LIBÂNEO et al., 2012 apud CROTI; et al., 2014).
Gestão significa agir sobre questões que envolvem o comportamento humano,
e é definida como o empreendimento que visa promover as pessoas para atingir os
objetivos organizacionais (LÜCK, 2011; LIBÂNEO et al., 2012 apud CROTI; et al.,
2014). No entanto, em ambos os casos, Libâneo et al. (2012 apud CROTI; et al., 2014)
referem-se a essas organizações como unidades sociais e visam atingir determinados
objetivos, embora cada organização tenha objetivos específicos e diferentes.
Em uma organização empresarial, como unidade social, destaca-se a função
administrativa. O entendimento aqui é que as pessoas são consideradas recursos,
assim como dinheiro e matéria-prima. Isso é diferente das organizações escolares. A
unidade social se preocupa principalmente com o promoção e formação de pessoas.
Neste último, as funções administrativas também são presença, de absoluta
importância, mas não constituem elementos essenciais, CROTI; et al., (2014).
Assim, a gestão do ambiente escolar deve ser orientada para a educação.
Fazer da escola o objetivo básico da educação porque facilita a formação do ser
humano. Entre eles, a interação entre as pessoas é particularmente proeminente, e
seu desenvolvimento dos potenciais físicos, cognitivos, emocionais e atitudinais são
gerados por meio do processo de ensino (LIBÂNEO et al., 2012 apud CROTI; et al.,
2014). Como menciona Lück (2011, p. 131 apud CROTI; et al., 2014), os gestores
precisam entender o processo para intervir:
12
Quando um líder escolar age da maneira como uma organização educacional
existe e se comporta, ele está efetivamente impulsionando a gestão escolar, ou seja,
é mobilizar esforços, canalizar energias e habilidades, expressar vontade e facilitar o
processo de integração para realizar as ações necessárias para atingir os objetivos
educacionais, que exigem que a escola como um todo demonstre uma abordagem
articulada de forma coerente, coerente, e forma consistente. O papel fundamental do
gestor é abordar as habilidades, valores e crenças de todos os envolvidos na ação
escolar com o objetivo de trabalhar em conjunto para objetivos que devem ser
compartilhados, educação, CROTI; et al., (2014).
Contudo, nas organizações empresariais, o foco está em grande parte nos
processos produtivos que refletem e, em última análise, interferem no
desenvolvimento da sociedade como um todo. As escolas têm a responsabilidade de
compreender esse modo de produção e como ele é produzido na sociedade, e revelá-
lo criticamente, de modo que entender a base do sistema de produção é o que reforça
o que o mundo precisa para funcionar dessa forma. (WELLEN; WELLEN, 2010 apud
CROTI; et al., 2014).
Assim, segundo Wellen; Wellen (2010, p. 165 apud CROTI; et al., 2014), um
ser humano “pode não vincular diretamente os efeitos negativos de seu trabalho e
vida ao seu chefe ou à imposição do sistema capitalista, mas essas decisões não
passam incólumes na consciência do trabalhador”. Se sim, melhor e mais benéfica, a
escola pode e deve contribuir para esse desvelamento.
Por conseguinte, reconhecer e compreender as necessidades dos
trabalhadores no mundo do trabalho, e permitir-lhes perceber as ligações que a
educação e a formação ministradas nas escolas podem proporcionar ao repensar este
contexto em relação ao trabalho, nos sistemas de produção capitalistas e realidade
social (PISTRAK, 2002; LIBÂNEO et al., 2012 apud CROTI; et al., 2014).
Conforme Libâneo et al. (2012 apud CROTI; et al., 2014) mostraram que
algumas características organizacionais podem ser utilizadas em um ambiente
escolar. No entanto, deve-se notar que é importante levar em consideração que as
escolas não são iguais e, portanto, nem sempre podem ser generalizadas, mas se
bem compreendidas e gerenciadas, certas características podem interferir na forma
como uma escola existe e funciona.
13
Assim, os gestores têm um impacto positivo quando as características
organizacionais são compreendidas e adequadamente ajustadas, o que é consistente
com a sugestão de Cohn (1998 apud CROTI; et al., 2014). Quando os gestores
buscam implementá-los para facilitar e orientar as ações dos professores a fim de
melhor preparar suas atividades para uma compreensão clara de seu complexo papel
no ensino, tendo consciência ao preparar os objetivos e o conteúdo da sala de aula;
um programa instrucional bem definido que inclui consenso mínimo entre direção e
professores; bom ambiente de trabalho; papel significativo da direção e coordenação
pedagógica; equipe disposta a inovar sem perder a identidade, alcançando melhores
resultados educacionais. 2
1
Podemos dizer que os professores são, em certa medida, gestores e como tal,
necessitam de uma formação adequada, tanto inicial, como continuada. Portanto,
todos os componentes da equipe escolar devem assumir o papel de gestores, ou seja,
professores, coordenadores, orientadores, diretores e outros da comunidade escolar,
gestores educacionais. O pertencimento de todos é buscar melhorar as condições de
trabalho nas escolas, visando o coletivo. Com essas características, os professores
estarão envolvidos em uma educação de qualidade e, obviamente, trabalharão juntos
para defender a mesma causa em uma instituição de ensino e dentro do âmbito
educacional, MESACASA; (2011).
Um dos princípios fundamentais do processo educativo envolve a educação,
pois significa proporcionar o pleno desenvolvimento do ser humano, reconhecendo as
diferenças raciais, religiosas, econômicas, geográficas, linguísticas, emocionais,
cognitivas, de idade e todas as limitações que tentam impedir a equidade. Nas
relações humanas, porque todos nascemos com a capacidade de aprender a ser, a
ser, a conhecer e a viver, MESACASA; (2011).
Os professores, como organizadores e facilitadores, ou seja, gestores, devem
desenvolver um conjunto complexo de características e dimensões que levem a
sensibilidades, vínculos afetivos, compreensão mútua de problemas e necessidades
e alguma cumplicidade. Esse conjunto se assemelha em muitos aspectos à dimensão
estética envolvida no processo de ensino, MESACASA; (2011).
14
A raiz desse sucesso de engajamento é o alinhamento emocional. Por um lado,
a autoestima do aluno é motivada e, por outro, a autoestima do professor é
reconhecida pela direção da escola por seu trabalho, e sua autoestima é direcionada
para encontrar novas práticas pedagógicas que revelem a qualidade do ensino
oferecido. De fato, o ato de ensinar é antes de tudo, um encantamento, e como em
qualquer processo de sedução, o reforço das qualidades e potencialidades do
indivíduo que quer ser seduzido deve ser constante, diz ALVES (2004 apud
MESACASA; 2011).
Nesse caso, todos participam da composição do coletivo escolar, e algumas
funções acabam se concretizando, porém, suas ações não se restringem, pelo
contrário, mesmo que haja tarefas especiais, todos estão no coletivo, no planejamento
e execução das mesmas contribuem com o processo de democratização das escolas
e para o processo geral de educação organizada ao trabalhar, MESACASA; (2011).
A gestão educacional está com contexto atual voltada para assumir a função
dos órgãos de governo não apenas como uma ocupação da equipe gestora, mas essa
função é descentralizada e transferida para todos os componentes do processo
educacional. À medida que se envolvem, os profissionais aprendem a conviver, a gerir
o que é bom e o que precisa mudar, mas também aprendem a se tolerar e respeitar,
MESACASA; (2011).
Desta maneira, o papel se aplica não apenas à liderança da escola – no caso
de diretores ou diretoras ou equipes que são diretivas, mas também a todos os
componentes do grupo. Assim, cada um acaba se tornando um líder na ação coletiva
do processo, de si mesmo e da escola. A partir dessa constatação, acredita-se que
uma abordagem equilibrada das atividades está em consonância com opiniões,
recomendações e interesses coletivos, MESACASA; (2011).
Do respeito ao coletivo, podemos ver que o trabalho de uma escola não
depende apenas de questões administrativas, nem de quanto dinheiro a escola tem,
nem da parte pedagógica, nem de ter os melhores profissionais. A rede, em geral, é
o conjunto das relações humanas responsáveis pelo seu funcionamento, MESACASA;
(2011).
15
3.2 Coordenador Pedagógico um dos componentes do coletivo escolar
A orientação deve ter uma postura muito clara na ação com os alunos, baseada
em uma dialética ternura-vitalidade, para que, por um lado, não deixem que o
“rolo compressor escolar” os ultrapasse e, por outro, não caiam na “indulgência”,
mimos, protegendo os alunos de mal-entendidos conflitantes (VASCONCELLOS,
2002, p. 81 apud MESACASA; 2011).
Dessa forma, ajudando a construir limites na escola, ele notará que sua função
não se limita a “coordenador de disciplina”. Isso acontece por causa de uma visão
distorcida da disciplina (interior) e de como lidar com isso, deixando alguém fazer,
reforça a ideia de que o problema é com a pessoa e não dentro das relações, isolado
do contexto, encaminhamentos como solução. Além de não resolver os problemas,
surgem outros problemas: o professor perde sua autoridade porque é transferido para
um terceiro, e o coordenador disciplinar fica responsável por resolver todos os
problemas sozinho, MESACASA; (2011).
Lidar com o conflito não é fácil, como reclama o facilitador ou melhor o
orientador, mas deve-se tomar cuidado para não se transformar em confronto,
silenciar o sujeito ou assumir responsabilidades, ao contrário, vários problemas devem
ser analisados por meio do diálogo, e a rede de investigação fornece informações
relevantes. A mensuração do mentor deve beneficiar a relação entre o aluno e o
professor para que a aprendizagem ocorra, pois sabe-se que se constrói a partir da
relação emocional entre os dois integrantes do processo, MESACASA; (2011).
A mudança não é alcançada pela prática isolada, mas pela colaboração
coletiva com toda a equipe da escola. Então, com certeza, a mudança vai acontecer,
os resultados serão positivos, e quem se beneficiar dela beneficia toda a comunidade
escolar e a sociedade. Em relação ao papel do orientador nas questões disciplinares
escolares, vale lembrar que ele deve ser preventivo e não remediador [...] não é o
autor de sanções ou punições. Sim, ele tem que trabalhar com a disciplina escolar,
com a equipe para analisar os problemas que surgem e dar as soluções adequadas,
17
mas não esqueça que, antes de tudo, a atuação dele tem que ser preventiva,
(GIAGAGLlA, 2003, p. 80 apud MESACASA; 2011).
Sabendo que o Projeto Político Pedagógico é uma ferramenta importante para
superar o isolamento, o individualismo e as práticas fragmentadas, a instrução
educacional desempenha um papel importante tanto na conscientização quanto no
desenvolvimento e implementação. No processo de conscientização, pode sentir
resistência ou não participar e intervir. Durante a construção, participe ativamente,
preste atenção na dinâmica do plenário, ajude na coordenação, não seja manipulado,
onde se formam “círculos de panelinhas”, MESACASA; (2011).
Orientações educativas que observem o respeito, o poder, o ritmo, a moral e a
relação entre emoção, pensamento e questões políticas, podem ajudar a construir um
projeto coletivo, desencadear mudanças e sugerir novos tipos de redefinição dos
papéis dos envolvidos. Porque há várias partes ali e ligadas ao trabalho coletivo dos
alunos. Ainda encontramos um grande número de ligações de alunos e pais no final
de nossos conselhos aos orientadores que não são considerados bons resultados se
não estiverem vinculados ao trabalho em grupo de alunos e às sessões de ensino.
Em vez disso, a prática educacional deve agora ser considerada de forma holística,
MESACASA; (2011).
No conselho de escola, a orientação pedagógica deve encorajar estas secções
a expressarem as suas ideias e perspectivas nas reuniões para que possam ser
analisadas a partir de diferentes perspectivas e encaradas como um desafio para todo
o grupo escolar. A orientação deve estar ciente do conflito entre os interesses
individuais e do grupo. A educação de qualidade precisa mobilizar as forças sociais,
que é o papel primordial da orientação, MESACASA; (2011).
De acordo com isso, é esperado que se realize dentro da prática da orientação
educativa, demonstrando o trabalho de forma muito concreta a necessidade da
construção de escolas democráticas de qualidade e a libertação da sociedade
(VASCONCELLOS, 2002, p. 84 apud MESACASA; 2011).
A orientação profissional desempenha um papel nas realidades sociais da vida
e nas dificuldades que os jovens têm para fazer escolhas, pois o momento da escolha
da carreira coincide com a fase em que os jovens estão se desenvolvendo novamente,
estabelecendo sua identidade e Buscando uma melhor compreensão de si mesmo,
seus gostos e motivações, e é importante, pois visa promover escolhas entre os
18
jovens, ajudando-os a compreender sua própria realidade, incluindo aspectos
pessoais, familiares e sociais, para que possam definir qual escolha melhor, possível,
no seu projeto de vida, MESACASA; (2011).
Os orientadores também são como conselheiros e cumprem esse papel,
auxiliando na escolha através da filosofia e da ética, a escolha é dos jovens e ninguém
tem o direito de interferir nela. Respeitando o direito das pessoas à livre escolha. Livre
na realidade de sua vida, só ele pode configurar-se como uma limitação. A este
respeito, Lucchiari afirmou que “é fundamental lidar com a questão da integração
temporal durante o processo de seleção”. Para que os jovens definam o que querem
ser, eles precisam ter clareza sobre quem são, quem são e quem se tornarão,
(LUCCHIARI, 1993, p. 13 apud MESACASA; 2011).
Para isso, os orientadores têm que trabalhar: o autoconhecimento, a expertise
e a própria escolha, tudo mais à parte, assumindo o que o jovem escolhe e fazendo
acontecer. Os coordenadores de grupo são especiais e importantes na vida dos
jovens, e é uma escolha de trabalho prazerosa e gratificante para ambas as partes.
Entrar no mercado de trabalho significa muito para os jovens. Ele deixa o mundo
familiar e as expectativas da vida cotidiana para assumir novas responsabilidades, por
isso a ajuda de um orientador educacional é importante, MESACASA; (2011).
Acredita-se que o mais importante no trabalho é saber ouvir e ter uma postura
profissional para acolher o adolescente. “Seus sentimentos, problemas, dúvidas e
confusões". (LUCCCHIARI, 1993, p. 16 apud MESACASA; 2011). São pouquíssimos
os lugares onde suas vozes são ouvidas, porém, se os profissionais escutássemos
mais, eles teriam até respostas para perguntas cotidianas que são direcionadas a
eles.
19
De acordo com o Gurgel (2008 apud MESACASA; 2011), o diretor/gestor é
responsável por criar um ambiente amigável que que possibilite um trabalho
educacional de qualidade, seguindo rigorosamente o programa de ensino da
escola. Fazer com o que os funcionários, pais e alunos trabalhem em torno do
objetivo. Porque o diretor/gestor é o líder, planejando, coordenando, mediando com o
coletivo. Os diretores devem, portanto, estar muito atentos ao que é transmitido “nas
entrelinhas” do processo de construção e relacionamento da escola. Seu desafio é
coordenar a gestão díspar – equipes, espaços, parcerias, recursos – para facilitar o
aprendizado em sala de aula.
Nessa abordagem, a perspectiva do gestor é fundamentalmente deslocada
para três eixos: a organização do espaço escolar (não apenas a sala de aula), a
mobilização de uma equipe coesa (trabalhando para alcançar recomendações
instrucionais claras) e o estabelecimento de canais de comunicação com os pais e
estudantes e comunidades do entorno. Embora ninguém afirme que é uma tarefa fácil,
aplicar essa teoria no dia a dia pode não transformar a escola em uma escola dos
sonhos, mas certamente levará a resultados positivos em todas as frentes, (GURGEL,
2008, p.24 apud MESACASA; 2011).
Então, entende-se que o diretor precisa estar atento, muito claro sobre seu
papel e orientação pedagógica, para ser um líder que saiba lidar com o coletivo como
precisa ser com pais, alunos, professores e funcionários da escola. Para fazer isso,
você precisa saber como se conectar com outras pessoas de maneira amigável e
atribuir funções a um trabalho competente e em conjunto. Dessa forma, o diretor se
posiciona como um professor que aprende e ensina ao lado de seus pares, seus
alunos e outros componentes da comunidade educativa. Relativamente para essa
questão é o fato de que ele sempre terá como ponto de partida o bem-estar de toda a
comunidade escolar e do coletivo que busca uma educação de qualidade,
MESACASA; 2011
20
atividades administrativas, como o uso racional de recursos para atingir metas são
essenciais para a vida humana.
Condição necessária, que existe em todos os Tipos de Organizações Sociais".
Esse conceito expressa o que o poder administrativo assume quando atua dentro de
uma organização escolar, e seus objetivos pretendidos precisam estar cada vez mais
integrados aos movimentos de transformação social para superar as formas de
construção de uma sociedade organizada, (BRASIL; 2012).
Os pressupostos desse conceito, que representam uma negação do sentido da
prática administrativa nas sociedades capitalistas, têm suas origens na gestão
científica de Taylor (1978; BRASIL; 2012), base para a organização e controle dos
processos de trabalho, expressos pelos órgãos de gestão científica que, em grande
medida, foi também assumida como um dos elementos fundantes da gestão escolar.
Dessa maneira, o desenvolvimento da prática administrativa escolar, pautada
nos princípios da gestão científica, vem sendo amplamente defendida pelos teóricos
da administração escolar, e regulará a exploração do trabalho pelo capital e garantirá
a manutenção da ordem social, é explicitamente marcado como conservador e,
portanto, excludente, BRASIL; (2012)
Braverman (1987, p. 103-109; BRASIL; 2012) apontou três princípios que
Taylor identificou para a administração científica: O primeiro refere-se a "dissociar o
processo de trabalho da expertise dos trabalhadores", em que os gestores empregam
métodos e técnicas diferentes, e os trabalhadores aprendem, criar e/ou contratar no
trabalho, enviar portanto, o processo de trabalho é inteiramente determinado por ele;
o segundo princípio, representado pela “separação do conceito e da execução”,
centra-se na gestão da aprendizagem, na compreensão e no desenvolvimento da
capacidade de trabalhar, sistematizar seu processo e realizar tarefas e funções, após
a divisão detalhada, concentre-se nos trabalhadores onde devem “seguir sem pensar,
sem entender o raciocínio técnico ou dados básicos”, garantindo assim o controle de
gestão e custo-benefício trabalhadores; por fim, há o terceiro princípio, que é “usar
esse monopólio do conhecimento para controlar todas as etapas do processo de
trabalho e como ele é realizado”.
Consolidados como articulação teórica e prática sistemática, esses princípios
fundamentam a gerência moderna, mesmo em tempos de mudanças significativas no
campo da tecnociência, na composição da classe trabalhadora e no socioeconômico.
21
A estrutura e função do capitalismo, desde simples organizações lineares até equipes
organizacionais complexas. Deste jeito,
22
Dois aspectos concomitantes do processo administrativo podem ser vistos aqui:
por um lado, os teóricos da administração de empresas se esforçam para desenvolver
uma teoria que seja geralmente aplicável à gestão de qualquer organização e, por
outro lado, os teóricos da administração escolar tentam extrair os fundamentos
científicos da teoria da administração de empresas para validar suas proposições
teóricas, garantindo assim que as empresas atendam aos mesmos padrões de
eficiência e racionalização, (RIBEIRO, 1979, ALONSO, 1976; BRASIL; 2012).
Existem dois pressupostos básicos que sustentam a posição tomada pelos
teóricos da administração de empresas e escolar são dois:
As organizações, mesmo que tenham objetivos diferentes, são
semelhantes e, como tal, suas estruturas são semelhantes e, portanto,
os princípios de gestão podem ser os mesmos, com os ajustes
necessários para alcançar a “universalidade ou generalidades” de seus
objetivos. BRASIL; (2012).
As organizações escolares e o sistema educacional como um todo
precisam empregar métodos e técnicas de administração que garantam
sua eficiência e atendam aos objetivos declarados pela sociedade.
Concordamos com Prihoda e Doltrens sobre a conveniência de usar taylor-
fyolorismo para formular problemas escolares; com Sears, sobre a necessidade de
desenvolver uma teoria de gestão escolar; com Moheman no que se refere às
condições puramente instrumentais da administração escolar, sua principal função é
adequar as atividades educativas escolares às concepções e políticas educacionais.
No entanto, é preciso esclarecer que a semelhança das organizações é resultado da
relação entre a estrutura social capitalista e sua superestrutura jurídica política e
cultural; a maioria das teorias de administração de empresas, como resultado de suas
pesquisas e desenvolvimentos, não determinam a formulação de uma teoria, incluir
toda a realidade prática administrativa da organização, qualquer que seja a sua
natureza, BRASIL; (2012).
As limitações da teoria geral da administração sobre a administração
educacional, sujeitas às condições da ciência aplicada, exigem que os
administradores educacionais (re) descobrirem o caráter tendencioso de sua prática
com base na promoção de uma recuperação crítica dela, sentir o lugar na história, ter
essa consciência, colocar-se A integridade e concentricidade do trabalho educativo,
23
podendo assim desempenhar a função-chave de revelar o discurso do pensamento e
o nível de libertação do controle , atinge o sinal ideal de libertação BRASIL; (2012).
Para cumprir seu papel fundamental, a teoria da administração escolar precisa
repensar a especificidade da gestão em relação à natureza da educação, dando
significado político às ações administrativas para superar o autoritarismo que afeta
sua relação pela falta de participação do sujeito educacional na tomada de decisões,
seus objetivos e conquista, BRASIL; (2012).
Desta forma, a administração educacional é responsável por reconstruir seu
estatuto teórico/prático, para garantir a exequibilidade e viabilidade de uma formação
de maior qualidade para todos, bem como cumprir sua função social e papel político
institucional, pois por meio das políticas a escola virá se desenvolver para parâmetros
de ação e determinar de forma dominante os tipos de mulheres e homens a serem
formados, BRASIL; (2012).
Como organização social, a escola também pretende ser um espaço
democrático no qual educadores profissionais, alunos, pais, ativistas comunitários e
outros cidadãos de origem social imediata sejam capacitados para estarem bem
informados e se engajarem criticamente. Desenvolver e implementar políticas e
programas escolares. Dessa maneira, a concretude da democratização escolar tem
dois elementos essenciais: a participação de todos os componentes da comunidade
escolar no processo decisório e a existência de um amplo processo de informação em
que todos saibam o que se passa dentro da instituição e suas relações fora dele,
BRASIL; (2012).
BRASIL; (2012) para garantir que uma escola seja verdadeiramente
democrática, dois outros elementos precisam ser considerados:
Criar estruturas e processos democráticos da vida escolar,
representados pela participação universal nas questões administrativas
e políticas, por meio do planejamento colaborativo nas escolas e na sala
de aula, por meio do atendimento de anseios, expectativas e interesses
coletivos, e de uma posição firme contra o racismo, a injustiça, a
centralização, pobreza e qualquer forma de exclusão e desigualdade nas
escolas e na sociedade;
Desenvolver um currículo que proporcione aos alunos uma vivência
democrática, caracterizada pela ênfase na ampliação da informação;
24
Garantir que aqueles com opiniões diferentes tenham o direito de
expressar suas opiniões;
Construção social do conhecimento, formação de leitores críticos da
realidade;
Incluir processos criativos que ampliem os valores democráticos;
Incluir experiências de aprendizagem em torno da problematização e
organização de pergunta.
No Brasil, a democratização das escolas públicas é analisada a partir de
três perspectivas, segundo a visão das instituições oficiais ou da
perspectiva dos educadores, principalmente daqueles que leem de
forma mais crítica o processo educacional: Democratização ao mesmo
tempo em que amplia o acesso às instituições de ensino, democratiza o
processo de ensino e democratiza o processo administrativo.
Portanto, simplesmente criar escolas não é suficiente. Por um lado, é
necessário estabelecer estruturas e processos democráticos através dos quais a vida
escolar acontece e, por outro, estabelecer um currículo crítico e criativo cuja
organização estrutural seja flexível e aberta para proporcionar aos alunos experiência
na prática democrática, todos eles são baseados em Um sistema educacional que
permita às escolas exercer autonomia, descentralizar a tomada de decisões e adotar
a gestão colegiada, BRASIL; (2012).
26
disciplinas envolvidas para que juntos busquem um único objetivo, MARANGON;
(2014).
No programa de ensino político da escola (projeto político-pedagógico) da
escola, menciona-se que a gestão é participativa, desenvolvendo-se coletivamente
nas tomadas de decisões e encaminhamentos, espaços de qualificação e currículos.
A escola é gerida democraticamente em colaboração com a equipe de gestão,
conselho escolar, círculo de pais e professores, conselho estudantil, equipe docente,
grupo de apoio escolar (GAPE), funcionários e comunidade escolar. A filosofia da
escola é formar uma disciplina de diálogo e pesquisa, reconstruir o conhecimento
sistemático, respeitar a si mesmo, aos outros e ao meio em que se vive, ter
consciência crítica e compromisso com a mudança, MARANGON; (2014).
Seu principal objetivo é "proporcionar condições para a reconstrução do
conhecimento, as relações com as comunidades e a busca de alternativas que
constituam a cidadania. Apresenta como prioridades: aprender a pensar, pesquisar
como estímulo à busca do conhecimento, estímulo à leitura, exploração científica,
além do senso comum, produção individual e em grupo, aprofundamento da teoria e
da prática, habilidades de debate, postura moral do conhecimento ao relacionamento
de autorrealização e exploração, MARANGON; (2014).
Assim, dado o Programa de Educação Política do Instituto Edmundo Roewer,
ou seja, Projeto político-pedagógico e seus aspectos filosóficos e conceituais, este
capítulo apresenta uma análise do ambiente escolar, considerando possíveis
impactos e ações práticas estabelecidas no âmbito da gestão escolar. De fato, no
contexto das dimensões participativas observadas nesta instituição, optou-se por
abranger neste artigo três dimensões convergentes inter-relacionadas pelo
comportamento de seus sujeitos, a saber: administrativas; pedagógicas e financeiras,
MARANGON; (2014).
27
mercado e trata apenas da lucratividade, para a qual utiliza indicadores de eficiência,
produtividade e competitividade, MARANGON; (2014).
Como resultado, a organização do trabalho e as características do trabalhador
são afetadas, ecoando qualificações profissionais, métodos de ensino e instituições
de ensino (LIBANEO, 2004 apud MARANGON; 2014). De acordo com Lück (2009
apud MARANGON; 2014), hoje a dimensão administrativa se constrói no contexto do
acervo interativo de várias outras dimensões da gestão escolar, passando a ser vista
como alicerce de todas as outras dimensões, mas também vista como menos
funcional, mais dinâmica.
Segundo Lück (2009 apud MARANGON; 2014), algumas das competências
necessárias para uma boa administração nas escolas são a organização da parte
burocrática, ou seja, a documentação da escola; a gestão dos recursos materiais; os
aspetos humanos e físicos das instituições educativas; a gestão dos serviços de
apoio, entre outros.
No que diz respeito aos documentos escolares, eles devem estar sempre
organizados e atualizados, pois é a partir deste ponto que os envolvidos no dia a dia
da escola buscam subsídios na tomada de decisões e utilizam as informações
necessárias para facilitar o bom progresso na prática docente, ou seja, prática
pedagógica. Nas escolas-alvo deste estudo, a maioria dos documentos encontra-se
na secretaria da escola e está à disposição de todos os interessados, como projetos
de educação política, grupos escolares, documentos registrados pelos alunos de suas
jornadas dentro da instituição de ensino, etc., MARANGON; (2014).
Por isso é muito importante organizar e guardar esses documentos no que diz
respeito à vida escolar do aluno e qualquer descuido pode causar sérios problemas
para a instituição, seja ela profissional ou estudantil. Da mesma forma, pode impactar
no dia a dia de professores e funcionários, pois pode prejudicar suas relações
funcionais se não for devidamente organizado, o que pode causar problemas quando
esse servidor for desativado. Além da organização e cuidado, conforme descrito
acima, são necessários ética, integridade e confidencialidade para o manuseio desses
documentos. (LÜCK, 2009 apud MARANGON; 2014).
Outro ponto da dimensão administrativa recai sobre a gestão dos recursos
físicos e materiais da escola, Lück (2009 apud MARANGON; 2014) afirma que a
gestão do patrimônio físico da escola deve ser digna de atenção educativa, pois não
28
só ativos disponíveis sejam observados para subsidiar e enriquecer a experiência de
aprendizagem, possibilitando que seja mais eficaz e dinâmica, além de construir uma
cultura escolar e desenvolver valores relacionados ao respeito aos bens públicos, seu
uso adequado do mesmo, e sua proteção e manutenção.
O bom uso dos recursos físicos é importante, e para as escolas que buscam
estimular e ensinar os alunos a cuidar dos espaços físicos e dos materiais fornecidos,
incutir nos alunos desde cedo o respeito e o exercício da cidadania, seja cuidando dos
materiais escolares ou cuidando dos outros; respeito aos professores e funcionários;
Fatos ocorridos na escola alvo desta monografia profissional. Percebe-se que os
recursos materiais bem administrados são pré-requisitos para um bom progresso na
prática docente de qualidade. (Sorte, 2009 apud MARANGON; 2014). A dimensão
gerencial é função do processo organizacional, ou seja, é a própria organização
(LIBÂNEO, 2004 apud MARANGON; 2014).
Refere-se à previsão e racionalização do uso de recursos humanos, materiais,
físicos, financeiros, e de informação que são os meios de trabalho para garantir a
eficácia do processo de ensino. A organização e utilização eficaz destes meios é
condição necessária para o funcionamento da escola, MARANGON; (2014).
Portanto, é necessário dar a devida consideração a todos os aspectos da vida
escolar na organização global da escola, tais como: situação física, material e
financeira; definição das funções e atividades do pessoal que integra os vários
departamentos da escola; procedimentos administrativos; sistemas de assistência
pedagógica para professores; serviços de administração, limpeza e conservação;
horários escolares, matrículas, alunos por turma; práticas disciplinares; contatos dos
pais, etc., MARANGON; (2014).
Essas situações mostram que, enquanto os recursos materiais são
importantes, os recursos humanos são fundamentais para o bom andamento das
atividades do dia a dia escolar. Uma força de trabalho alinhada às necessidades
educacionais, aliada à gestão democrática do ambiente escolar, pode aproveitar
melhor esses recursos. O que as escolas precisam é de trabalho em equipe focado
na criação de um ambiente educacional positivo para o treinamento e aprendizado
dos alunos e para atender a essas necessidades, MARANGON; (2014).
29
Os colaboradores dos serviços de apoio são todos colaboradores do processo
educativo, independentemente da sua função específica, e a gestão desta função
pelos supervisores deve ser orientada por esta perspectiva. Equipes bem lideradas
permanecem motivadas em direção a esse objetivo e trabalham juntas para apoiar
umas às outras enquanto realizam esse trabalho, MARANGON; (2014).
Para Lück (2009 apud MARANGON; 2014), isso significava que a secretária
fazia parte da equipe de apoio escolar; a equipe de limpeza e manutenção e a equipe
da merenda escolar; os supervisores e/ou coordenadores instrucionais, entre outros,
afirmavam que era necessário "manter essa equipe focada na dando vida ao ambiente
escolar, construindo um ambiente social positivo, todos sentem a responsabilidade de
construir a educação de seus alunos” (LÜCK, 2009, p.111 apud MARANGON; 2014).
Os autores também ressaltam que o envolvimento de toda a comunidade escolar
nessa dimensão é fundamental como forma de ampliar a relação entre essas
disciplinas e as escolas.
Nesse contexto, percebe-se a importância da governança democrática no
ambiente escolar. De acordo com a gestão democrática da educação da educação
institucional e sistema educacional é um dos princípios constitucionais da educação
pública art. 206º da Constituição Federal de 1988. O desenvolvimento integral do ser
humano serve como garantia educacional das obrigações do Estado e dos direitos
dos cidadãos de acordo com o art. 205º não estaria completo sem acontecer na prática
concreta nos espaços escolares, MARANGON; (2014).
No que lhe respeita, a LDB, Lei N° 9394/1996, afirma esse princípio e
reconhece à organização federal, no caso da educação básica, a definição das
normas de gestão democrática, a construção de uma cultura de participação e
transmissão ao sistema educacional comunidade escolar, promovendo a promoção
da confiança nas escolas públicas para facilitar o desenvolvimento integral dos alunos.
O conceito de democracia participativa enfatiza a necessidade de ajustar a ênfase nas
relações interpessoais e nas deliberações participativas de forma efetiva para atingir
com sucesso os objetivos das instituições educacionais (LIBÂNEO, 2003 apud
MARANGON; 2014).
Portanto, a gestão democrática é o exercício dos cidadãos e a base do
progresso social, e os programas sociais são mais justos e igualitários. No entanto, a
gestão democrática das instituições educacionais precisa ser vista como uma
30
ferramenta para restaurar a autoconfiança e a legitimidade institucional. Isso significa
resgatar a crença, o diálogo e o comprometimento de todas as partes envolvidas nos
programas da instituição, bem como os objetivos de curto e longo prazo da escola, e
significa enxergar o nível administrativo como um ambiente escolar ativo e que
representa responsabilidade no organização e gestão da escola, MARANGON;
(2014).
31
apud MARANGON; 2014), todos eles possuem conexões necessárias para o ensino
voltado para o desenvolvimento humano. É preciso compreender que, como se viu na
prática docente passada, não basta a preparação para o mercado de trabalho ou para
a faculdade, como era visto nas práticas pedagógicas de antigamente.
As instituições de ensino precisam preparar o aluno para as relações com o
mundo para que ele possa viver em sociedade com integridade e consciência crítica.
A premissa para garantir isso é que a educação se manifeste como uma relação
interpessoal do tipo dialogal, que garante a subjetividade de professores e alunos,
Lück (2009 apud MARANGON; 2014).
Quais são os principais objetivos da escola? A resposta lógica a essa pergunta
é que os alunos aprendam e tenham a oportunidade de desenvolver suas
potencialidades e habilidades necessárias para que possam participar ativamente do
meio social em que participam, tanto para valer-se de sua herança sociocultural e
produtiva, quanto para contribuir à sua expansão. Portanto, o aprendizado e a
formação dos alunos são o foco do trabalho da escola, MARANGON; (2014).
Segundo Lück (2009 apud MARANGON; 2014), esse é o principal objetivo da
escola, mas para alcançá-lo é necessária a participação ativa dos envolvidos na
prática escolar. Porque uma instituição de ensino é "uma organização social composta
e feita de pessoas" (p.94). Assim: É claro que, por sua complexidade, dinâmica e
abrangência, esse processo requer uma gestão específica envolvendo articulação
entre conceitos, estratégias, métodos e conteúdo, bem como esforço, recursos e
ação. Concentre-se no resultado esperado. Esse processo de articulação representa
a gestão pedagógica do ensino.
A dimensão pedagógica é uma das mais importantes porque formula uma
prática voltada para as mudanças nos métodos sociais que ocorrem dentro dela e, no
último minuto, na própria prática de ensino. A sua implementação depende de
“coordenar, dirigir, planear, acompanhar e avaliar o trabalho docente realizado pelos
professores e praticado em toda a escola” (LÜCK, 2009, p. 94 apud MARANGON;
2014), ou seja, os professores estão a partilhar com outros profissionais as decisões
globais e específicas, eles são responsáveis por essas decisões e, portanto,
trabalham juntos para implementá-las (LÜCK, 2011 apud MARANGON; 2014).
32
Dessa maneira, dá para perceber a grande relevância da dimensão pedagógica
e sua importância, pois, todas as ações têm caráter pedagógico participativo, uma vez
que a aprendizagem é passível de resultar de tudo o que o ser humano faz, mesmo
que ocorra de forma espontânea.
33
ensino de qualidade, e promova e motive aprendizagem do aluno" ”, mas sem deixar
de lado a questão do ensino, que é tão importante quanto as demais.
No entanto, as dimensões financeiras, assim como as dimensões
administrativa e pedagógica, estão fundamentadas na relação da gestão com as
demais secretarias e setores, sugerindo que o conceito de gestão democrática
participativa precisa ser plenamente compreendido pelos envolvidos no processo,
MARANGON; (2014).
34
em paralelo com mudanças na terminologia. Ao introduzir práticas de administração
privada, as administrações públicas escolares recomendam:
37
qualificações) e elementos atitudinais (socialização, disciplina,
comportamento, carácter);
O processo de passagem pela escola e sua relação com o desempenho
do aluno, ou seja, o sucesso ou o fracasso acadêmico, tem um impacto
relevante no acesso às oportunidades sociais para a vida social.
Vale ressaltar que a vida futura de cada pessoa que passar por ela dependerá
da formação ministrada pela escola, RIBEIRO; (2021).
As escolas são lugares de reprodução, lugares de produção de políticas,
diretrizes e regras.
A escola está inserida em uma sociedade global e na chamada
sociedade do conhecimento, o mundo do trabalho e as relações sociais
sofreram mudanças drásticas e profundas, com efeitos
desestabilizadores sobre todos os seres humanos, exigindo assim novos
conteúdos formativos, novas formas de organização e gestão. A
educação reincorpora o valor da teoria e prática da administração da
educação.
Pode-se perceber que a vida futura de todos que passarem pela escola
dependerá da qualidade da gestão da administração da educação. A qualidade da
gestão educacional terá impacto relevante na probabilidade de acesso às
oportunidades sociais para a vida social, pois a organização da escola e sua gestão
revela seu caráter excludente ou includente. Diante dessas questões inquestionáveis,
a administração da educação tem a responsabilidade de avançar em sua regulação
teórico-prática para garantir que a educação para todos seja ministrada com a mais
alta qualidade para que as escolas cumpram suas funções sociais e políticas
institucionais, RIBEIRO; (2021).
Nesta afirmação, a escola tem uma enorme responsabilidade pela formação
que proporciona e pela gestão para garantir a viabilidade dessa formação. Como
todos sabemos, as escolas não se separam ao acaso, mas se integram nas políticas
educacionais que orientam. Por meio da gestão educacional, ela é colocada em
prática, concretizando as diretrizes que emergem da política, ao fornecerem o Norte,
eles estabelecem os parâmetros de ação e, de forma dominante, os tipos de mulheres
e homens que devem ser formados, RIBEIRO; (2021).
38
No entanto, a gestão da educação deve não apenas implementar as diretrizes
emitidas, mas também explicar e subsidiar as políticas emitidas, e também explicar e
subsidiar as políticas públicas na rede econômica e as políticas públicas na rede
econômica, política e social, global que atravessamos e que se refletem no espaço
escolar, RIBEIRO; (2021).
Além disso, de acordo com Ferreira (2000 apud RIBEIRO; 2021), no contexto
de mudanças no trabalho e nas relações sociais, a administração da educação, tem
A era da globalização e da chamada sociedade do conhecimento passa também por
uma fase de profunda transformação, que constitui uma série de diferentes medidas
e construções que visam, expandir o conceito de escola; reconhecer e fortalecer sua
autonomia, promover a articulação entre as escolas e sua integração com o campo
educacional mais amplo e adotar estilos de gestão específicos e adaptados à
diversidade das circunstâncias existentes, (BARROSO, 1998 apud FERREIRA, 2000,
p. 11 apud RIBEIRO; 2021).
Para RIBEIRO; (2021) todas essas medidas se baseiam na crença de que a
gestão democrática, a construção coletiva de projetos político-educacionais e a
autonomia escolar são fundamentais. Os pressupostos básicos do desenvolvimento
cívico. Portanto, o ajuste do papel da escola como instituição formadora não pode
apenas se conecta com a lógica do mercado de trabalho, mas cumpre sua função
social, ou seja, cumpre seu papel de sistema político. Com este pensamento,
A gestão democrática é um processo de aprendizagem e luta política que não
se limita à prática educativa, mas nas especificidades dessa prática social e sua
relativa autonomia, vislumbra a possibilidade de criação de canais efetivos,
participação e aprendizagem sobre jogos democráticos e, daí um repensar das
estruturas de poder autoritárias que permeiam as relações sociais e a prática
educativa. (DOURADO apud FERREIRA, 2000, p. 79 apud RIBEIRO; 2021).
Desta forma, ressalta o caráter cívico do exercício da gestão democrática pois
ao possibilitar a participação efetiva de todos: Participação Cívica: dentro da
Construção e gestão de projetos de trabalho que formarão o ser humano nas escolas
e também possibilitarão a autoeducação de todos os alunos a participar e engajar-se
em leituras, interpretações, debates e posicionamentos que possam subsidiar novas
políticas, repensar e colocar em prática Estruturas de poder profissional e autoritárias,
39
pois, ainda existem na sociedade em geral e, portanto, na educação e nas escolas,
RIBEIRO; (2021).
No entanto, muito ainda precisa ser feito para tornar a importância e a
conscientização da verdadeira participação cívica - que hoje transcende os cidadãos
locais e exige a possibilidade e as condições da cidadania global - na construção da
democracia, nos programas políticos educacionais, nas escolas autônomas, na vida
em si, é a realidade. Esses pressupostos básicos são objeto de construção teórica e
prática no campo da administração da educação, alcançado através da luta dos
educadores na conquista consubstanciada em nossa Carta Magna educar, RIBEIRO;
(2021).
40
Gestão (do latim gestio-õnis) significa o ato de administrar, dirigir, gerir,
gerência, Ferreira (1999 apud FERREIRA, 2000, p. 985 apud RIBEIRO;
2021). Gestão é administração, é tomada de decisão, é uma organização e uma
direção. Preocupa-se com as atividades que levam uma organização a atingir seus
objetivos, desempenhar suas funções e desempenhar seu papel. Consiste em
princípios e práticas que afirmam ou negam os princípios da sociedade, pois a gestão
educacional visa promover o desenvolvimento humano.
A gestão educacional é responsável por garantir a qualidade da “Mediação na
prática social global” Saviani (1980 apud FERREIRA, 2000, p. 120 apud RIBEIRO;
2012), que constitui o único mecanismo de humanização humana, ou seja, a
educação, a humanização dos cidadãos. Seus princípios são princípios educativos
que a gestão garante alcançar - sabedoria para conviver, respeito às diferenças,
compromisso com a sabedoria um mundo mais humano e justo para todos que nele
vivem, independente de raça, cor, credo ou escolhas de vida.
O termo surgiu historicamente no contexto da administração educacional e no
estudo de instituições e organizações, incluindo a educação, como um sinônimo
voltado para administração que se inseri no mundo do pensamento com um
significado mais dinâmico, traduzindo ação, movimento, mobilização e articulação.
Embora haja alguma divergência na literatura sobre a aplicação do conceito de gestão
à educação, seu principal uso hoje é expressar a responsabilidade pela direção e
garantia da qualidade da educação e do processo educacional em todos os níveis e
nas escolas, RIBEIRO; (2021).
Nesse sentido, Sacristã (apud FERREIRA, 2000, p. 15 apud RIBEIRO; 2021)
escreveu sobre uma nova abordagem para a compreensão da gestão escolar,
observando que, a gestão escolar instala uma dimensão da educação institucional, e
sua prática evidencia a intersecção da intenção regulatória e o controle da
administração educacional, as demandas sentidas pelos professores de confrontar o
seu próprio desenvolvimento profissional nas manifestações mais imediatas, bem
como as legítimas reivindicações dos cidadãos de terem um interlocutor íntimo que
lhes dê razão e garantia de qualidade na prestação coletiva deste serviço educativo.
Superar os conceitos tayloristas/fordistas que têm sido a fonte de orientação na
pesquisa em administração da educação por décadas, a gestão democrática da
educação constrói a cidadania dos membros da escola através da participação, e de
41
uma só forma, onde participam, contribuindo para esse aprendizado e desenvolvendo
um senso mais amplo de participação no mundo. Modelos de administração da
educação foi desenvolvido em estruturas hierárquicas verticais e rígidas não abrem
espaço significativo para mudança, engajamento ou criatividade, RIBEIRO; (2021).
A respeito disso, para atender às exigências de uma organização social,
incluindo normas e comportamentos, que também são atravessados por rigidez e
estabilidade, a base taylorista/fordista gera tendências embora na versão sempre
conservadora das escolas tradicionais, emergentes e tecnocráticas, ora priorizando a
racionalidade formal e ora técnica, a prática docente é sempre pautada na uma ruptura
entre o pensamento e a ação, (KUENZER apud FERREIRA, 2000, p. 167 apud
RIBEIRO; 2021).
Assim, para Ferreira (2000 apud RIBEIRO; 2021), redefinir a gestão
educacional é entendê-la em função das decisões atuais sobre realidades planetárias
que exigem a formação de novas e, portanto, novas sociedades do mundo
educacional baseadas na construção democrática da solidariedade. Redefinir a
gestão educacional é fortalecer o status teórico/prático de seu conteúdo voltado para
salvar a unidade humana e a diversidade humana.
A realidade, não importa como é sentida e percebida, concebida e considerada,
deve sempre ser vista como um reino de possibilidades. A tarefa da teoria é
justamente definir e avaliar a natureza e o alcance das alternativas para substituir as
teorias empiricamente definidas como teorias críticas, ou seja, teorias que não
reduzem a realidade à existência, RIBEIRO; (2021).
Nessa perspectiva, Ferreira (2000, p.22 apud RIBEIRO; 2021) adverte contra
as seguintes observações, uma análise crítica da existência parte do pressuposto de
que a existência não esgota as possibilidades de existência e, portanto, a existência
pode superar existir. O desconforto, o inconformismo ou a indignação com o que existe
cria uma ânsia de teorizar sua superação.
A vitória sobre a barbárie e a vergonha do mundo depende em grande parte da
política e da gestão da administração da grande organização internacional que detém
a hegemonia mundial e planetária. Mas não só isso. É urgente pensar a possibilidade
de teorizar a superação e o estabelecimento de uma nova realidade mais humana.
Quando as escolas são geridas democraticamente, todos são ouvidos e precisam
estar cientes da importância de sua participação na tomada de decisões. Nesse ponto,
42
precisamos falar sobre autonomia escolar. Para que a gestão democrática seja bem-
sucedida, a autonomia da escola é essencial. Lück (2000 apud RIBEIRO; 2021)
argumenta que, como conceito para explicar situações complexas e multifacetadas, a
autonomia não pode ser explicada simplesmente pelo significado. Ela precisa ser
expressa de uma forma particular para explicar um processo que se pretende instaurar
na escola.
Assim, o desdobramento múltiplo e complexo de conceituar e explicar seu
significado significa que a visão geral está na escola, que tipo de identidade esta
instituição constrói e pretende construir, que tipo de relação existe entre ela, a sua
comunidade e a instituição central. Assim, as implicações políticas e sociológicas
deste conceito são múltiplas, RIBEIRO; (2021).
No contexto da educação, a autonomia inclui a ampliação dos espaços
decisórios visando o fortalecimento da escola como organização social. Visando a
melhoria da qualidade da educação, uma sociedade recíproca. A autonomia é
característica do processo de gestão Participativa, expressa quando a
responsabilidade social é plenamente assumida, por meio de aprendizados
importantes para facilitar a formação de jovens aptos às necessidades de
desenvolvimento de uma sociedade democrática, RIBEIRO; (2021).
É um conceito que ocorre dinamicamente, em um continuum fluido, baseado
na manifestação da participação local, em conflito com as decisões externas. Isso
também abrange as mudanças de um princípio de unidade, definida por regras e
regulamentos, princípios unificados, guiados por princípios e diretrizes, RIBEIRO;
(2021).
Assim, a autonomia não se limita às questões financeiras, nem é mais
importante nesta dimensão, mas politicamente, ou seja, em termos de capacidade
tomar decisões compartilhadas e comprometidas e usar os talentos e habilidades de
organização e expressão coletiva para resolver problemas e desafios educacionais,
responsabilizando-se pelos resultados dessas ações, ou seja, apropriando-se de seu
significado e autoria. A descentralização é um meio e não um fim para a construção
da autonomia, e é também um meio para a formação da democracia estudantil,
RIBEIRO; (2021).
43
Essa posição é sustentada pelo entendimento de que todas as questões
relacionadas à educação são coletivas, e não apenas questões governamentais. As
soluções devem, portanto, ser buscadas em conjunto, levando em consideração a
reflexão coletiva sobre a realidade e a necessidade de negociação e crenças locais
sobre sua eficácia, o que só pode ser praticado por meio de espaços autônomos. Vale
lembrar aqui que uma decisão corresponde primeiro a estabelecer um compromisso
firme e determinado de ação sem o qual o necessário e desejado não seria uma
realidade; portanto, não uma formalização de intenções ou expectativas. Lück (2000
apud RIBEIRO; 2021) ainda fornece algumas explicações para a prática da autonomia
escolar: a existência de uma estrutura de gestão colegiada, que assegure uma gestão
compartilhada, eleição de diretores e ações em torno de projeto político-pedagógico.
Conforme RIBEIRO; (2021) em relação a estrutura da gestão colegiada, de
acordo com o próprio Ministério da Educação (MEC) orienta a estrutura
organizacional, com o objetivo de ser sistemática e ordenada. As ordens formam
esses mecanismos de gestão, coletivamente denominados unidades de execução,
cuja principal responsabilidade é receber, executar e gerir os recursos financeiros da
unidade escolar:
44
Os gestores educacionais de sistemas e escolas necessitam desenvolver
habilidades em planejamento participativo, identificação e resolução de problemas,
gestão financeira, liderança democrática, currículo e relações interpessoais. As
escolas públicas devem planejar caso a caso, integrando questões administrativas e
financeiras com currículo e outras questões de educação política. A legislação
existente que permite a gestão participativa e as práticas de gestão participativa é
necessária, mas não suficiente. As escolas e suas equipes devem estar preparadas
para ocupar esse espaço com comprometimento, capacidade humana, teórica,
técnica e política, RIBEIRO; (2021).
De acordo com RIBEIRO; (2021) a gestão escolar que sustenta a participação
democrática requer competências cognitivas e emocionais, apoiadas em valores
internalizados, hábitos, atitudes e conhecimentos. Para o desenvolvimento de atitudes
coletivas, é importante fomentar a coesão, começando pela formação de equipes
escolares em torno de objetivos comuns. Nesse sentido, de acordo com o Programa
Nacional de Fortalecimento dos Concelhos escolares, a escolha do cargo de diretor
da escola pode ser esclarecida. São muitos os métodos e conselhos para acessar a
gestão das escolas públicas utilizados ao longo da história do sistema educacional
brasileiro. Incluindo:
Diretores livremente indicados pelo poder público (estados e
municípios); ao analisar esses padrões, a livre nomeação de diretores
pelo poder público se baseia na prerrogativa dos gestores públicos de
indicarem diretores para cargos de confiança na administração pública.
Historicamente, porém, esse modelo parece levar em conta as formas
mais comuns de apego, desde que comece com a marginalização do
favoritismo e da oposição e o papel do diretor não são apoiados pela
comunidade escolar. Assim, esse modelo, aliado ao conservadorismo
político, permite a transformação das escolas em espaços de prática
autoritária e os mais diversos mecanismos de negociação política, o que
justifica uma forte intervenção na gestão escolar.
Diretor de carreira; quanto ao diretor de carreira, é um tipo de
modalidade que é pouco utilizada e se configura a partir de critérios
rígidos de estabelecimento ou não. Nesse caso, as considerações para
obter uma diretoria incluem: tempo de serviço, méritos e/ou distinções,
45
escolaridades, entre outros. Levando em conta a falta de planejamento
de carreira, como dado o dinamismo da prática educativa, esse modelo,
além de excluir a comunidade escolar da definição de seu destino, na
maioria das vezes reforça a intervenção das rotinas escolares e a
manutenção do apego. No setor público, aparece como uma variante
das nomeações políticas, embora parece ser construído sobre os
méritos do povo.
Os diretores que são aprovados em concurso público, alguns
interlocutores defenderam o concurso público como mecanismo de
nomeação de administradores por ser visto como um processo que é
baseado na objetividade da seleção de valores intelectuais. Deve-se
enfatizar que esta abordagem não foi adotada pela maioria estado e
cidade. Considerando que a gestão escolar não se reduz a um nível
técnico, mas se configura como um ato político, entendemos que essa
abordagem reduz o escopo da gestão às atividades administrativas
cotidianas e burocráticas, deixando uma compreensão mais ampla da
política no processo em segundo plano. A nosso ver, a defesa da
concorrência pública deve ser uma bandeira que possa ser hasteada e
implementada como forma de ingresso na carreira docente no setor
público. Portanto, acredita-se que os exames ou concursos de exames
e questões devem ser o ponto de partida para que os educadores
ingressem no sistema de ensino, portanto, acredita-se que os exames
ou concursos de exames e questões devem ser o ponto de partida para
que os educadores ingressem no sistema de ensino, portanto, não
parece ser a forma mais adequada de selecionar dirigentes escolares,
uma vez que a gestão escolar não deve constituir um cargo ou
função vitalícia em um processo seletivo que não leva em consideração
a participação efetiva da escola e da comunidade local.
Eleição direta para diretor; as eleições diretas, tem sido historicamente
considerada uma das abordagens mais democráticas, embora também
tenha sido altamente controversa. A defesa dessa forma tem a ver com
a crença de que o processo implica na recuperação ou conquista da
própria decisão da escola sobre o destino da escola. O processo eleitoral
46
se apresenta de diversas formas, desde a demarcação do Colégio
Eleitoral – que pode se limitar a uma parcela da comunidade escolar, ou
a toda a comunidade escolar, entendida como um universo de pais,
alunos, professores, técnicos – ao andamento e transparência do
processo data, local, horário, valorização operacional dos votos de
participação dos vários segmentos envolvidos. Há também exemplos de
eleições como um dos mecanismos de seleção relacionados a outros,
tais como: provas específicas, apresentação de planos de trabalho, etc.
Vale destacar que neste modelo são muito importantes a participação e
o processo decisório da comunidade local e escolar na seleção dos
diferentes candidatos. (BRASIL, 2004 apud RIBEIRO; 2021).
Hoje em dia, a eleição direta de dirigentes em relação aos diretores é o
processo mais utilizado e direcionado nas instituições escolares, pois todos são
convidados a votar, além de proporcionar espaço para eleições em outras instituições
de ensino. Outro ponto da gestão democrática é que os pensamentos de todos
aqueles que querem uma educação melhor. Para atingir esses pontos e realmente
melhorar a qualidade do ensino, é necessário implementar programas de
aprendizagem desenvolvidos coletivamente, levando em consideração o perfil dos
alunos da unidade escolar, RIBEIRO; (2021).
Portanto, seguindo o código da gestão democrática da LDB, entendemos a
necessidade de preparar o programa de política pedagógica da escola, onde o
envolvimento dos profissionais da educação, bem como das escolas e comunidades
locais é extremamente importante. Entende-se que a organização escolar é
responsável por todos dentro e fora da sala de aula, pois quando todos estão
envolvidos na tomada de decisões, o trabalho é mais produtivo e há maior
comprometimento e responsabilidade, RIBEIRO; (2021).
O Projeto Político-Pedagógico desempenha um papel central na construção de
processos participativos e na implementação da governança democrática. Envolver
vários departamentos na preparação e acompanhamento o desenvolvimento de
programas de ensino representa um grande desafio para a construção da democracia
e da gestão participativa (Brasil, 2004 apud RIBEIRO; 2021). Nesse contexto,
percebe-se a importância da gestão democrática e, para que ela ocorra nas escolas,
é necessário um grande envolvimento e participação da comunidade escolar.
47
A tarefa pedagógica e administrativa, não é uma tarefa simples, requer
raciocino, observação, replanejamento, busca de novos caminhos para os
erros e fracassos. Sendo assim, o ambiente escolar necessita de democracia,
a ponto de que todos os envolvidos possam participar das decisões de forma
consciente, para isso é preciso disposição, trabalho em equipe e
redistribuição de responsabilidades, o que irá promover o sucesso da escola.
(SILVA, 2017, p. 17002 apud RIBEIRO; 2021).
49
Nesse contexto, a implementação de processos e práticas de participação
coletiva e sua avaliação são fundamentais para quebrar a lógica autoritária dos
conceitos e práticas dominantes de organização e gestão escolar. Destaca-se,
portanto, a importância de: construção coletiva escolar de programas de ensino
envolvendo diferentes segmentos da comunidade local e escolar; discussões e
mudanças na organização do trabalho e na gestão escolar; o estabelecimento de
formas de distribuição do poder e a vivência e construção, RIBEIRO; (2021).
Nesse sentido, a efetivação da gestão democrática como aprendizagem
coletiva deve considerar a necessidade de repensar a organização escolar, tendo em
vista sua importância na vida das pessoas, e os processos de formação conceitual e
prática que contribuam para uma participação efetiva e participativa. Mundo, as
pessoas e a sociedade das pessoas envolvidas (BRASIL, 2004 apud RIBEIRO; 2021).
Portanto, fica claro que ao promover um ambiente escolar participativo, toda a
comunidade escolar se sente acolhida para trabalhar em prol de um único objetivo,
que é uma escola democrática.
50
6 BIBLIOGRAFIA
CROTI, Adriana et al. Gestão escolar: reflexões e importância. Unoeste, [S. l.], p.
1-8, 2014.
DOS SANTOS, Daiana. Gestão escolar numa perspectiva democrática. Fslf, [S.
l.], p. 1-11, 2005.
51