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ÿþPREFÁCIO

PELO PROFESSOR D'ARSONVAL


SOBRE QUÊ ESTÁ PENSANDO, FARADAY?
Se eu dissesse, meu prezado Deville, você poderia pensar que eu estivesse sofrendo de alucinações.
Tal é a lenda.
Mais confidencialmente do que Faraday, Lakhovsky me disse a essência de suas idéias sobre as radiações e seus efeitos sobre os
seres vivos. Ele pensou, e corretamente, que suas idéias poderiam não chocar um experimentador que, nos últimos 35 anos, tinha
estudado os efeitos de um espectro total das ondas Hertzianas em animais e micróbios.
Na pesquisa científica é recomendável encorajar o quê parece ser as idéias mais desafiantes. Tenho vivido na intimidade de dois
grandes homens: Claude Bernard e Brown-Sequard, que revelaram novas idéias. E estas não os pagaram tão mal!
O fenômeno da ressonância tem sido familiar por muito tempo aos fisiologistas. Nós todos sabemos dos ressonadores acústicos do
órgão do Corti, os ressonadores óticos da retina desde as famosas de Helmholtz. E ainda mais familiar para nós, os ressonadores
biológicos de Charles Henry. Lapicque, Latzareff e eu mesmo temos invocado o fenômeno da ressonância celular em várias ocasiões
para explicar a ação de influências nervosas ou outros agentes físicos em seres vivos.
Esse espaço está cheio de forças que são desconhecidas para nós e que seres vivos emitem radiações ou eflúvios dos quais nós não
estamos conscientes, mas dos quais a significância tem atraído a atenção de certos observadores, são fatos que eu aceitei há muito
tempo. Tudo é possível. Mas não temos que aceitar algumas coisas, exceto, aquelas que puderem ser provadas experimentalmente. As
idéias de uma pessoa insana diferem das concepções de um gênio, principalmente porque os experimentos invalidam o primeiro e
confirmam o segundo.

Lakhovsky, encorajado pelas suas próprias pesquisas e resultados práticos que tem obtido, está particularmente ansioso de que suas
teorias possam despertar interesse e estimular trabalhos experimentais entre investigadores independentes. As teorias de Lakhovsky
constituem o quê Claude Bernard chamou de Hipóteses que funcionam .
Em Segredo da Vida Lakhovsky se auto confina ao estudo das ondas eletromagnéticas, ondas profundamente prenetrantes e ondas
desconhecidas.
Há, certamente, muitos mais processos de transmissão de energia além daquelas reveladas á nós por Newton e Fresnel. É no estudo
dos seres humanos que as chances de descobrir tais processos são mais promissoras. Portanto, vamos experimentar utilizando os
métodos dos físicos e químicos, e vamos nos focar em descobrir o detector especial mencionado na conclusão deste trabalho.
D Arsonval

INTRODUÇÃO
De alguma maneira eu deveria indicar nesta introdução a filosofia da minha nova teoria que constitui o tema do presente trabalho.
Qual é a propósito de propor uma nova teoria da vida? Desde o começo do mundo não têm a filosofia e a ciência prometido nos
iluminar nesse aspecto? O que resta destes esforços tão significativos? Para o filósofo, e particularmente para o metafísico, eu
não tentarei provar o uso de uma nova concepção.
Eles sabem melhor do que eu com que entusiasmo nós todos almejamos a esperança de uma explicação clara, a esperança de progresso
no conhecimento do absoluto.
O enorme desejo dos humanos é o bastante para justificar a novidade de uma hipótese. É o homem médio e especialmente o homem da
ciência que eu quero convencer. O conhecimento humano de um caráter positivo, não é feito apenas, como alguns querem que
acreditemos, de uma massa de fatos experimentais. Estes fatos, por si só, não valem nada sem a idéia que os consolida, arranja e
classifica. O futuro da ciência se apóia essencialmente, no seu senso dinâmico, na expansão dos seus conceitos fundamentais, que
deve ser expresso nas hipóteses científicas. Toda ciência é um campo experimental cujas inter-relações com campos vizinhos, são
mais ou menos inusitadas e difíceis de interpretar. Medicina, biologia, ciências naturais, estão intimamente relacionadas e suas
ramificações se extendem ao domínio da química. Por outro lado, elas parecem estar ainda separadas, algumas vezes por
compartimentos impermeáveis, das ciências físicas, notadadmente a eletricidade e a rádio-eletricidade. Todo progresso na evolução
do conhecimento revela um novo ponto de vista e nos habilita a explorar mais profundamente o campo integral de ciências diferentes,
para saber seus vários estados de avanço, para observar suas relações mútuas e a assistência que elas podem prestar umas às
outras.
As mais recentes descobertas em física têm nos possibilitado reduzir a unidade os vários fenômenos suscetíveis de análise através
do estudo de todas as radiações conhecidas. Este novo campo é singularmente fértil se alguém tem em mente que todas as mais
recentes descobertas em física, e conseqüentemente nas ciências aplicadas, pertencem ao domínio de radiações: iônica, eletrônica e
atômica; as radiações eletromagnéticas usuais, rádio-eletricidade, telegrafia e telefonia sem fio.
Até agora a concepção original de radiação, que parece ser a base de todo conhecimento positivo, tem sido confinada ao reino das
ciências físicas e aparte de uma incursão na indústria, não tem feito qualquer contribuição importante para as ciências naturais
cujo desenvolvimento parece estar limitado à química orgânica. Eu acredito que chegou o tempo de expandir o campo e os recursos da
biologia, utilisando novos instrumentos baseados nos últimos avanços das ciências físicas. Minha teoria da origem da vida, que
constitue o tema do presente trabalho, defende este conceito, unificando dois domínios de ciência mantidos separados até então.
Numerosas hipóteses, na qual eu não devo insistir, têm sido desenvolvidas para explicar a origem da vida e vários fenômenos
biológicos. Vamos destacar que a maioria das mais recentes de tais hipóteses tentam simplificar o problema reduzindo estes

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fenômenos complexos a fenômenos puramente químicos ou mecânicos.
Em vista do desenvolvimento sem precedentes das novas descobertas em física, as últimas hipóteses biológicas parecem ser simples
demais de algum modo. Mais do que isto, do ponto de vista de um critério mais elevado, elas não dão uma explicação satisfatória de
certos fenômenos fundamentais que a minha teoria dá satisfatoriamente.
Vamos dar uma rápida olhada em alguns daqueles pontos obscuros na biologia, que nós desejamos elucidar. Entre a maiorias dos fatos
cuidadosamente estudados pelos naturalistas e entomologistas, nós encontramos todos aqueles que estão relacionados com o problema
do instinto ou senso especial dos animais; apesar da acumulação de dados experimentais, acurados e indiscutíveis, nenhuma
explicação clara foi dada ao instinto ainda. Minha teoria de radiação de seres vivos, confimada por experiências conclusivas, está
em perfeita harmonia com os fatos em questão e cuja significância oculta está também esclarecida. Similarmente, o papel da
orientação dos pássaros durante a noite e o problema da migração são explicados pelo fenômeno da auto-eletrificação dos seres
vivos.
Então, o quê é esta radiação universal nos seres vivos? Minha teoria explica em termos simples seu princípio fundamental e revela
sua natureza. Com base nas mais recentes descobertas no domínio das radiações, minha teoria demonstra, com a ajuda de analogias
elementares, que a célula, unidade orgânica essencial em todos os seres vivos, não é nada mais que um ressonador eletromagnético,
capaz de emitir e absorver radiações de freqüências muito altas.
Estes princípios fundamentais cobrem todo o campo da biologia.
O quê é vida? Ela é o equilíbrio dinâmico de todas as células, a harmonia de radiações múltiplas que reagem, umas diante das
outras.
O quê é doença? É o desequilíbrio oscilatório de células, originado de causas externas. É, mais especialmente, a batalha entre a
radiação microbial e a radiação celular. O micróbio, um organismo unicelular, age também em virtude da sua radiação. Se a radiação
microbial é predominante, o resultado é a doença e quando a resistência vital é completamente vencida, a morte ocorre. Se a
radiação celular ganha a ascendência, a restoração da saúde flui.
A importância da minha teoria se torna mais aparente diante da confirmação de sua validade, como mostrada pelos recentes
experimentos em plantas cancerosas. As curas registradas pareceriam dar uma nova esperança no tratamento do câncer, essa terrível
doença contra a qual nós parecemos estar lutando em vão. A aplicação prática da minha teoria, que possibilita de as células re-
ganhem a total atividade vital de suas radiações, possibilitarão, em minha opinião, vez ao tratamento específico do câncer, em
particular e serão igualmente aplicáveis às doenças devidas à idade em geral.
Além das aplicações práticas imediatas, minha teoria pode explicar, graças ao papel desempenhado pelas radiações penetrantes, o
processo da origem da vida, a diferenciação das células e das espécies vivas, o fenômeno da hereditariedade em uma palavra todos
os grandes problemas cuja totalidade constituem as ciências biológicas. Eu dou, intencionalmente, uma forma muito simples por
conta da minha teoria, para que ela seja compreendida por todos aqueles que desejarem aprofundar na investigação dos mistérios da
ciência. Excluo dela qualquer palavreado desnecessário, como também a maioria dos termos técnicos peculiares ao vocabulário da
biologia e da eletricidade.
Os termos técnicos usados no texto do presente trabalho são familiares a todos os ouvintes de rádio, exceto a auto-indutância, que
caracteriza a indutância eletro-magnética de um circuito; Capacidade, caracterizando a indutância eletrostática e a Resistência
elétrica, que significa a oposição do circuito à passagem de corrente; Comprimento de onda e freqüência que caracteriza a natureza
da radiação.
Fórmulas matemáticas foram também omitidas. Todas as explicações científicas relevantes são dadas em notas nos fins das páginas,
que entretanto, não são indispensáveis à compreensão da essência dos fatos.
Meu único desejo é que meu trabalho possa ser compreendido por todos, mesmo por aqueles que não são familiarizados com a
literatura científica. E estarei mais do que gratificado se eu conseguir este intento.
GEORGES LAKHOVSKY.

Quando a França foi invadida pelas tropes alemãs, Lakhosvsky, sendo um proeminente anti-nazista, foi forçado a deixar Paris e
escaper para New York, onde morreu em 1942 aos 73 anos de idade. (Nota do Tradutor)
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Notas de Imprensa
As teorias contidas aqui são tão interessantes do ponto de vista do desenvolvimento futuro, que valerá a pena para qualquer
trabalhador hospitalar, dar a elas cuidadosa atenção. O HOSPITAL LONDRES.
Este livro é de especial interesse. Se as teorias de Lakhovsky são acuradas, como parecem ser, então parece que as muitas
doenças, antes sem esperança, possam se tornar passíveis de alívio ou mesmo cura.
MEDICAL WORLD LONDRES
Os métodos de Lakhovsky já têm sido usados nos Hospitais Continental por algum tempo e esperamos que seja dada a devida atenção
ao seu livro e aos seus métodos neste país .
IRISH JOURNAL DE MEDICAL SCIENCE DUBLIN

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Nós achamos este livro muito incomum e extremamente interessante
INTERNATIONAL REVIEW OF MEDICINE AND SURGERY/NEW YORK
Em outros países o trabalho de Lakhovsky já tem sido levado a sério e a tradução do livro para o Inglês e o trabalho que Mark
Clement tem desempenhado de forma admirável, será aclamado calorosamente nos círculos progressivos. A teoria geral não pode ser
ignorada por físicos, biólogos e médicos.
SCIENCE FORUM LONDON

O promotor de conhecimento natural se recusa absolutamente a reconhecer a autoridade como tal. Cada grande avanço no conhecimento
natural tem envolvido rejeição absoluta da autoridade.
Huxley

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CONTEÚDO
Prefácio Professor D ArsonvalV
Introdução O AutorVII
Introdução do Tradutor1
I. O problema do instinto ou sentido especial nos animais35
II. A auto-eletrificação nos seres vivos48
III. A natureza universal da radiação nos seres vivos53
IV. Sobre radiações em geral e Ondas eletromagnéticas
em particular61
V. Oscilação e Radiação das células75
VI. Modificações das células e desequilíbrio oscilatório85
VII. Natureza da energia radiante109
VIII. Manchas Solares e radiação cósmica em relação à saúde
e a vida122
IX. Influência do solo sobre o campo das ondas cósmicas
Contribuição para o surgimento do câncer
Distribuição Geológica e Geográfica do câncer
O papel da água em relação ao câncer132
X. Terapia da oscilação celular150
XI. Origem da Vida159
Conclusão173
As teorias de Lakhovsky confirmadas por um famoso cirurgião americano175
Apêndice do Tradutor177
I.O oscilador de ondas múltiplas
II.Registros médicos
III.Registro sobre o oscilador de ondas múltiplas de Lakhovsky
IV.O registro do Dr. Boris H. Vassileff
V.O registro do Dr. Alexander Francis
VI.Registros americanos
VII.Efeitos notáveis dos circuitos oscilantes em animais
VIII.Os desenvolvimentos futuros das teorias de Lakhovsky.

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INTRODUÇÃO DO TRADUTOR
Notas preliminares
I.Princípios gerais
a) Definições 4
b) Diagramas de circuitos oscilantes5
c) Mecanismo da oscilação celular6
d) Radiações dos seres vivos9
II. Radiação Cósmica12
III.Manchas solares
IV.O problema do câncer
a) a falta de apoio público nas campanhas do câncer14
b) limitações dos métodos ortodoxos de pesquisa18
c) as teorias de Lakhovsky sobre as causas do câncer; oscilador de ondas múltiplas no tratamento do câncer 21
V. As críticas dos profissionais do tratamento com radiação
a) a experiência trágica de um cirurgião de Londres24
b) deixe o Rádio enterrado25
VI. O câncer em relação ao solo27
VII.A similaridade das teorias de Lakhovsky e Crile30
IX.A confirmação americana dos registro médicos europeus 31
Conclusão32

NOTAS PRELIMINARES
Um livro patrocinado pelo professor D Arsonval, um dos maiores cientistas da nossa época, deve ter mérito excepecional e portanto
chamar a atenção. Em várias ocasiões este cientista famoso mundialmente tem apresentado comunicações à Academia dos Cientistas de
Paris em favor de Lakhovsky, um investigador talentoso e independente.
George Lakhovsky, um engenheiro nascido na Rússia, estabelecido na França, se naturalizou cidadão francês e foi premiado com a
faixa vermelha da Legião de Honra por seus serviços técnicos durante a primeira guerra mundial. Quando a França foi invadida pelas
tropas alemãs, Lakhovsky, sendo um proeminente anti-nazista, foi forçado a deixar Paris e fugir para Nova York, onde morreu em
1942 aos 73 anos de idade.
O Segredo da Vida foi originalmente escrito em francês em 1925. Foi traduzido para o alemão, italiano e espanhol. A versão
inglesa não surgiu até 1939, pouco antes do início da segunda guerra mundial.
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O trabalho notável de Lakhovsky foi não foi virtualmente ignorado neste país pelos profissionais da medicina e também pelo público.
A razão para esta extraordinária apatia foi, provavelmente, devida aos rumores de que a guerra afeta o equilíbrio mental de
muitas pessoas cujas mentes estavam preocupadas com a segurança pessoal, mais do que com as descobertas científicas, todavia,
revolucionárias.
A tradução inglesa original deixou de ser impressa por algum tempo e a presente edição revisada, lançada por cortesia da Heinemann
Medical Books Ltda, é a única que contém as impressionantes fotografias de casos tratados com os famosos aparatos de Lakhovsky, o
oscilador de ondas múltiplas. Esta edição revisada contém também todas as últimas informações sobre a aplicação das teorias de
Lakhovsky e seus futuros desenvolvimentos.
No Continente, o trabalho de Lakhovsky atraiu muita atenção nos meios científicos, particularmente na Alemanha e Itália.

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Investigadores italianos estavam entre os primeiros a estudar as teorias de Lakhovsky e testá-las em laboratórios e clínicas. Eles
obtiveram um número resultados imediatos.
Obviamente, era de se esperar que a nova ciência da Radio-biologia deveria fazer um apelo especial aos seguidores intelectuais de
Galvani, Volta e Marconi. É algo deprimente observar que no país de Faraday e Clerk Maxwell as teorias de Lakhovsky ainda não
tenham recebido a atenção que elas merecem. Nós talvez encontremos conforto na reflexão que o progresso deste campo tem sido muito
lento entre nós, mas ainda em longo termo nós talvez possamos trazer conquistas trancendentes àquelas de nosso rivais mais alertas.
No presente momento, todavia, não há indicação de tal tendência e o propósito principal deste trabalho é estimular o interesse na
pesquisa experimental, mesmo com o risco de abalar as bases das teorias estabelecidas, que o tempo tem, muitas vezes, provado não
serem mais do que hipóteses de trabalho.
O trabalho de Lakhovsky não tem escapado às críticas e mesmo às calúnias. De acordo com as tradições da medicina ortodoxa,
Lakhovsky tem sido sujeitado ao obstrucionismo
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e a tirania daqueles que se auto-investem das prerrogativas de inquisitores. A história das suas maquinações foram relatadas por
Lakhovsky no seu trabalho La Cabale cujo título é suficientemente explícito para não deixar dúvidas sobre a natureza do seu
conteúdo. Como ele mesmo disse: Eu tenho sido atacado pelos físicos ignorantes da biologia e pelos biólogos ignorantes da física
que, consequentemente não podem entender minhas teorias ou julgar meus experimentos.
Os altos papas da ciência são tão ortodoxos e tirânicos quanto os pontífices religiosos. Qualquer um que se atreva a questionar a
validade de seus dogmas, é prontamente execrado, se não é expelido das listas sacras das folhas de aquiescência das instituições e
laboratórios nacionalizados.
Esses auto-eleitos censores do conhecimento logo descobriram que eles foram confrontados com um indubitável oponente que descobriu
o valor da evidência experimental. A sua publicação resultou em grande aborrecimento para os guardiães das doutrinas infalíveis,
que mascararam a sua falta de claridade de visão com criticismo verbal. Mas os sucessos com os osciladores de ondas múltiplas de
Lakhovsky, apoiados por fotografias impressionantes de tecidos regenerados, não poderiam ser desimados por meras fogueiras verbais
e com as evidências acumuladas o ceticismo dos críticos hostis mergulharam em silêncio. Então, sem a aplicação da
rádio-eletricidade na biologia o trabalho de Lakhovsky se desenvolveu e estabeleceu gradualmente as fundações da nova ciência da
Radio-biologia.*
I Princípios Gerais
Os físicos e biólogos tem o hábito de fazer suas pesquisas sem invadir outros domínios. Como um investigador independente Lakhovsky
*O primeiro congresso internacional de Eletro-Radiobiologia aconteceu em Venice em 1934.
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não foi confinado a nenhum campo em particular e tendo formulado sua teoria de oscilação celular, a fusão da física e da biologia
foi uma conseqüência natural.
Os experimentos originais de Lakhovsky em plantas cancerosas são de grande importância científica e contituem um marco divisório
na história da Radiobiologia. Isto tem sido reconhecido por renomados eletro-terapeutas no continente e neste país. No seu bem
conhecido trabalho sobre diatermia o Dr. E.R. Cumberbatch escreveu: Mesmo sendo isto freqüentemente observado, que as ondas
curtas hertezianas poderiam produzir calor à distância do transmissor, a primeira investigação científica sobre o assunto, sob um
ponto de vista biológico, foi feita por Gosset, Gutmann e Lakhovsky. Em 1924 eles publicaram um documento sobre os efeitos de
ondas muito curtas sobre o câncer nas plantas. O comprimento de ondas foi de aproximadamente 2 metros, correnpondendo a uma
freqüência de oscilação de 150.000.000 por segundo.
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a) Definições
Antes de considerar o assunto da oscilação celular, que forma a base do trabalho de Lakhovsky, é de grande importância que o
leitor compreeenda os princípios em que se apóiam o mecanismo de um circuito oscilante. Atualmente, a maioria das pessoas está
familiarizada com os termo técnicos usados pelos engenheiros do rádio, como ondas hertezianas, freqüência, transmissor, indutância,
válvula termiônica (de três eletrodos), etc. Estes termos não são apenas jargões, eles não fazer a ciência mais complicada para
o homem médio. Ao contrário, eles a simplificam, por introduzir ordem e precisão. Mas é necessário um certo esforço mental para
compreender o quê estes termos realmente denotam e, para aqueles não versados em biologia e física e que ainda estão desejosos de
conhecer algo sobre o fenômeno sem fio (remoto), raios cósmicos e radiações emitidas pelos seres vivos, uma explicação clara dos
termos técnicos padrões usados neste trabalho é imperativo ou, do contrário, O Segredo da Vida não lhes será revelado.
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O termo técnico mais freqüentemente usado no curso deste trabalho é Circuito oscilante . Ele aparece sempre em todo o texto e
portanto requer atenção especial.
Um circuito oscilante é um circuito contendo indutância e capacitância, que, quando fornecida com energia provinda de uma fonte
externa, é posto em vibração elétrica e oscila na sua freqüência natural.
Como os termos indutância e capacitância não são auto-explicáveis, eles têm que ser melhor definidos.
Um condutor é dito possuir indutância, se uma corrente, ao passar por ele cria um campo magnético ao seu redor. Um fio reto tem
indutância: se um condutor é circulado por uma forma espiral o valor será grandemente aumentado.
A capacitância de um condensador ou corpo isolado é uma medida da carga ou quantidade de eletricidade que ele é capaz de armazenar.

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Diagrama de um circuito oscilante
B) um diagrama de um circuito oscilante tornará agora as coisas mais claras.
C1 e C2 representam as placas de um condensador colocado em um circuito contendo uma espiral de indução I. Há um intervalo no
circuito (S.G) conhecido como intervalo de centelha.
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Quando um condensador é carregado e a diferença de potencial entre as duas placas é suficientemente alta, uma centelha aparecerá
no intervalo e o condensador será descarregado. Enquanto a centelha aparece no intervalo um corrente oscilará no circuito.
A espiral de indutância I é chamada de oscilador e o intervalo da centelha é chamado Circuito oscilante.
Se as placas do condensador são abertas, de forma que a espiral de indução fica entre elas, nós temos um Circuito oscilante aberto.
De um tal circuito a energia é prontamente liberada em forma de ondas. Tomando-se um condensador adequado e uma espiral de
indutância, a freqüência da oscilação pode ser elevada para qualquer valor requirido.
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c) O mecanismo de oscilação celular
Nós estamos agora em condições de discutir o assunto da oscilação celular na qual as teorias de Lakhovsky são baseadas.
Sob um ponto de vista físico a diferença essencial entre as várias espécies de oscilações elétricas e radiações vermelhas
consistem das suas diferentes freqüências ou comprimentos de ondas. Os efeitos biológicos das diferentes freqüências variam dentro
de uma larga faixa. Nesta conexão temos que destacar que existe uma diferença fundamental entre os efeitos térmicos das ondas de
alta freqüência (diatermia) e seus efeitos elétricos que modificam a oscilação celular.
Até bem recentemente o uso da eletricidade na medicina foi confinado à diatermia e certas formas de darson-valisação. Desde 1923
Lakhovsky concebeu a idéia de construir um aparato elétrico capaz de emitir ondas contínuas de comprimentosmuito pequenos (2 a 10
metros). Sua intenção era demonstrar que as células vivas eram como um aparato remoto (sem fio), tendo um duplo poder de
transmitir e receber ondas. Este aparato, conhecido como o Oscilador rádio-celular, foi primeiramente usado para
o tratamento experimental de câncer em plantas na clínica cirúrgica do Salpétrière em Paris. Os resultados foram tão conclusivos
que uma comunicação especial foi endereçada a uma importante sociedade científica dando atenção para as significantes curas
obtidas por esta nova forma de tratamento elétrico.
O oscilador rádio-celular era o protótipo de vários geradores elétricos de ondas curtas que, finalmente, levaram à invenção de um
oscilador de ondas múltiplas totalmente descrito no apêndice.
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o princípio fundamental do sistema científico de Lakhovsky pode ser resumido no axioma: Todos os seres vivos emitem radiações .
Inspirado por este princípio Lakhovsky foi capaz de explicar tão diverso fenômeno como instinto em animais, migração de
pássaros, saúde, doença e, em geral, todas as manifestações da vida orgânica.
De acordo com Lakhovsky os núcleos de uma célula viva pode ser comparado com um circuito elétrico oscilante. Este núcleo consiste
de filamentos tubulares, cromossomos e mitocôndria feitos de material isolante e preenchidos com um fluido contendo todos os sais
minerais encontrados na água do mar. Estes filamentos são assim comparáveis aos circuitos oscilantes dotados de capacitância e
auto-indutância e portanto capazes de oscilar de acordo com uma freqüência específica.
Sob a luz das teorias de Lakhovsky a luta entre o organismo vivo e os micróbios é fundamentalmente um guerra de radiações . Se
as radiações do micróbio vence, a célula para de oscilar e a morte é o resultado final. Se, por outro lado, as radiações da célula
ganham ascendência, o micróbio é morto e a saúde é preservada. Amplamente falando, a saúde é equivalente ao equilíbrio oscilatório,
enquanto a doença é caracterizada pelo desequilíbrio oscilatório. Este princípio geral tem dado margem a um número vasto de
experimentos cobrindo inteiramente o campo da biologia.
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d) Radiações dos seres vivos
Durante nos últimos anos as observações de vários investigadores têm estabelecido o fato de que a maioria dos animais, incluindo
os insetos e pássaros, emitem radiações enquanto eles são também sensitivos à influência de ondas eletro-magnéticas externas.
A luminescência da minhoca é um exemplo de radiação vital perceptível aos nossos sentidos visuais. Na imensa faixa de vibrações
existentes podemos perceber apenas as oitavas luminosas, sabemos que uma escala completa de radiações existem além dos limites
estreitos do espectro visível. Diante da maciça evidência cumulativa é bastante racional concluir, como Lakhovsky fez, que o
fenômeno da radiação é uma propriedade universal da matéria viva, mesmo que a radioatividade pareça ser um propriedade comum da
matéria inanimada. As limitações dos nossos sentidos impede-nos de perceber as radiações dos seres vivos, enquanto esta
incapacidade sensorial também nos exclue do campo da consciência direta da vasta gama de ondas de eletro-magnéticas que atravessam
a nossa atmosfera. Permite que todas estas radiações e ondas existam e afetem todas as formas de vida, de várias maneiras.
Estas visões não podem mais serem tidas como especulativas, uma vez que as radiações dos seres vivos têm sido, de fato, detectadas
por meio de espectroscópio e a placa fotográfica. A radiação mitogenética liberada pelas raízes das plantas e vegetais em
crescimento foi identificada por Gurwitsch e Frank como pertencendo á região ultra-violeta do espectro. Os experimentos originais
destes dois investigadores estabeleceram o fato de que o estímulo para o crescimento era oscilatório em caráter e que estava
associado com um comprimento de onda específico, assim confirmando os princípios fundamentais das teorias de Lakhovsky.
Experimentos posteriores de Reiter e Gabor mostraram que os tecidos embrionários e tumores malignos possuíam um alto potencial de
radiação, variando em intensidade de acordo com a taxa de crescimento. Estes experimentos tiveram sucesso em medir os comprimentos

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de ondas dos tecidos radiantes e em modificar o desenvolvimento de organismos selecionados submetendo-os
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á influência de certas faixas de raios ultra-violeta.
Como todas estas radiações vitais, pareceram ser similares aos raios ultra-violeta, com respeito à freqüência, o problema de
fotografá-los foi considerado. Apesar das grandes dificuldades técnicas, o Professor Guido Cremonese teve sucesso ao fazer
registros fotográficos das radiações liberadas pelas subtâncias vivas que foram reproduzidas em uma monografia valiosa.
Com respeito às radiações humanas, o professor Guido Cremonese descobriu certos meios de fazer registros fotográficos diretos, e
suas falhas, fazendo uso de amostras de saliva ou sangue, que se mostraram ser fontes ativas de radiações.
As investigações do professor Cremonese abriram um novo campo de pesquisa científica cujo desenvolvimento futuro pode ter uma
interconexão mais relevante nos problemas da biologia e da medicina.
******
II Radiação Cósmica
O tema da radiação cósmica tem um lugar tão destacado no trabalho de Lakhovsky que requer algumas notas introdutórias. Apenas as
mais resumidas linhas gerais deste aspecto da cosmografia podem ser dadas aqui, mais sua importância no cenário universal em
relação aos processo biológicos devem sempre vir à mente.
O estudo dos raios cósmicos é de origem comparativamente recente, com as primeiras publicações importantes tendo sido publicadas
em 1900. Desde então este assunto tem atraído a atenção de investigadores famosos na Europa e na América.
No estudo da radiação cósmica os físicos americanos tem desempenhado um papel de destaque. É largamente devido aos trabalhos do
professor Millikan e seus associados que o conhecimento dos raios cósmicos tem feito rápidos progressos.
Raio cósmico é o nome dado à radiação altamente prenetrante que viaja através da atmosfera terrestre e
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emanando do espaço inter-estrelar. Esta radiação é muito mais penetrante do que os raios-X e, correspondentemente mais curta em
comprimento de onda. De acordo co Millikan, os raios cósmicos são da natureza das radiações eletro-magnéticas, similar à luz mas
de comprimentos de ondas extremamente pequenos. Ele tem sugerido que eles talvez sejam o resultado de agregações de átomos de
hidrogênio com hélio, um processo constantemente continuado no universo. Na frase pitoresca de Millikan, os raios cósmicos são o
choro de nascimento dos átomos. Ele calculou que o total da energia radiante no universo existe em forma de raios cósmicos é 30 e
300 maior do que aquela existente em todas as outras formas de energias radiantes combinadas. É um fato cientificamente
estabelecido que os raios cósmicos possuem tremenda energia, que é milhares de vezes maior do que a de qualquer outro tipo
conhecido de radiação.
A quantidade destas radiações deve ser obviamente muito maior. Sir James escreveu que Ela deve gerar milhões de átomos em cada
um de nossos corpos, a cada segundo e nós não sabemos quais serão os seus efeitos fisiológicos.
Em uma discussão na Sociedade Real de medicina, foi declarado que as notas tomadas foram insuficientes sobre as condições
elétricas da atmosfera que afetam os organismos humanos. Foram feitas investigações sobre os efeitos das radiações cósmicas que
influenciam as mutações das espécies de insetos e as evidências experimentais disponíveis deram as bases para a correlação da
periodicidade das epidemias com as radiações cósmicas.
O consenso de opiniões entre os astro-físicos favorece a visão de que os raios cósmicos são partículas carregadas em alta
velocidade (elétrons, prótons, positrons, partículas A, etc.), e é pensado que estas partículas estão associadas com alguns
tipos de radiações de freqüência extremamente altas.
A radiação cósmica é a mais penetrante forma de radiação conhecida por nós. Muitas expedições foram organizadas para estudar a
distribuição geográfica dos raios cósmicos
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que parecem variar de acordo com a latitude e altitude.
O relativo poder penetrativo de diferentes raios cósmicos foram determinados enviando-se gravadores eletroscópicos automáticos a 8.
839 Km de altura em aviões e até 18.288 Km de altura em balões, enquanto experimentos sob a água mostraram traços do mais
penetrante raios cósmicos em profundidades baixas como 235 metros. (Regener, 1931).
O investigador pioneiro dos raios cósmicos neste país, o professor Blackett, criou um aparato em que os raios cósmicos tiram fotos
deles mesmos ou de suas próprias trajetórias. As pesquisas de Blackett e Occhialini confirmaram definitivamente a existência do
elétron positivodo positron, originalmente descoberto por Anderson.
As mais recentes conclusões sobre raios cósmicos apontam para o fato de que a maioria das partículas estão carregadas
positivamente e são, provavelmente, prótons. Algumas delas têm energias de até 1017 eletro-volts e talvez até mais. De acordo com
J.G.Wilson, os raios cósmicos primários, viajando quase que em todas as direções do espaço, respondem, provavelmente por
aproximadamente 1/500 do total de energia do universo.
A importância particular dos raios cósmicos na ciência, além da sua energia muito alta, e seu uso prático para a investigação da
estrutura atômica.
De acordo com Lakhovsky, a natureza geológica do solo modifica o campo da radiação cósmica na superfície da Terra e isto origina
radiações secundárias que têm que ser levadas em consideração no fenômeno biológico. Pareceria que as radiações cósmicas tem um
efeito direto sobre todas as células vivas, sendo sua função mantida pela ressonância e interferência, a oscilação natural das
células saudáveis pelas neutralizadoras radiações antagonistas como aqulelas liberadas pelos micróbios. Além disto, uma quantidade
excessiva de radiação cósmica pode se mostrar detrimental para os organismos vivos. Para remediar esta contingência, Lakhovsky

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criou um tipo especial de circuito oscilante que, criando um campo eletro-magnético auxiliar, age com um filtro de raios cósmicos
e protege o organismo humano
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contra efeitos nocivos resultantes da radiação excessiva. Os resultados espetaculares obtidos com estes circuitos oscilantes por
muitos médicos, em um grande número de doenças tem sido largamente registrados em uma monografia especial entitulada As ondas
que curam à qual o leitor é referido.
As variações no campo da radiação cósmica causa um estado de desequilíbrio nas células vivas que não podem mais oscilar de acordo
com a sua freqüência natural. O mais recente resultado desta seqüência de eventos pode mostrar-se sob forma de várias
manifestações de doença, incluindo o câncer.
III Manchas Solares
Galileu foi o primeiro investigador a estudar as manchas solares de forma científica e medindo seus movimentos, ele provou que o
Sol estava girando.
Em um dos mais fascinantes trabalhos de Sir James Jeans soubemos que As manchas solares são da natureza de buracos de ventilação
dos quais as massas de ar quente são atiradas em velocidade fantásticas. A matéria que elas lançam são, provavelmente, uma
mistura de átomos completos e fragmentos de átomos que podem incluir partículas eletrificadas de várias espécies. Elas são
atiradas para fora e viajam em todas as direções, algumas delas alcançarão a Terra, e, ao penetrar a sua atmosfera podem causar a
revelação da Aurora Boreal. Podem, mais tarde, ionizar o ar e assim formar as camadas que refletem nossas ondas remotas de volta à
Terra e possibilitar-nos ouvir as estações sem fio (remotas) à longas distâncias... As manchas solares não vêm em fluxos
constantes, mas, principalmente em fortes correntes de ar ou ondas, em números variando para cima e para baixo a cada onze anos
aproximadamente. As manchas solares foram especialmente numerosas em 1906, 1917 e 1928 e serão assim outra vez em 1939.
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Herschel notou que durante o período de 1650 a 1713 uma escassez de vegetação, julgando pelos campos normais de trigo, tinham
ocorrido sempre que a atividade das manchas solares estavam baixas.
Lakhovsky considera as manchas solares com uma fonte importante de radiação cósmica. Ele tem mostrado que as curvas representando
atividade das manchas solares, freqüentemente de perturbações magnéticas e a aurora boreal, são fantasticamente paralelas. Ele
também estabeleceu um correlação entre as manchas solares e os anos de bons vinhos que parecem sincronizar com a máxima atividade
solar.
Alguns anos atrás o Dr. Meldrum, diretor do Observatório de Mauritius, estabeleceu o fato de que o número de ciclones no Oceano
Índico e a Índia ocidental variaram com a área das manchas solares. A relação foi tão definida que não pôde ser considerada como
acidental. Estas observações foram confirmadas por Sir Norman Lockyer, que concluiu que, não apenas as chuvas, mas também muitos
outros fatores da condição físicas da Terra estavam conectadas com o ciclo das manchas solares.
Desde então astro-físicos tem correlacionado a freqüência e a intensidade das manchas solares com um certo número de fenômenos
físicos, enquanto pesquisas recentes tem extendido esta correlação aos fenômenos biológicos, particularmente aqueles pertinentes à
patologia humana.
O Coronel C.A.Gill destacou que a epidemia de malária de 1800 em diante, ocorreu num período de atividade mínima das manchas
solares. Todas as epidemias de malária desde que os registros das manchas solares foram feitos tinham ocorrido em um momento em
que o número de manchas solares eram os mais baixos. O mesmo fenômeno tinha sido observado em conexão com a febre amarela; as
epidemias do leste da África desde 1800 tinham também ocorrido em momentos de números mínimos de manchas solares.
Evidência maior é dada pelo Dr. Conyers Morrell, que
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afirma que ondas de doenças epidêmicas cobrem consideráveis períodos exibem uma correspondência muito estreita com as fases de
períodos de manchas solares. Ele aponta essas correlações estreitas por longos períodos tem ocorrido em várias doenças,
notadamente a difteria, a tifo e a desinteria na Rússia e na Dinamarca, e a praga na Índia.
Tchijevsky mostrou uma correspondência estreita entre a mortalidade por doenças do sistema nervoso e a curva de manchas solares,
enquanto uma igualmente estreita conexão entre a freqüência de ataques epiléticos e a incidência de tempestades solares foi
registrada por outros investigadores.
Muitos fenômenos, tais como a abundância das colheitas, crescimento de árvores, migração de pássaros, níveis de lagos, tempestades
de neve e recepção de rádio mostram uma bem marcada relação com a periodicidades metereológicas condicionadas por ciclos solares
que podem atribuir um papel importante de influência sobre a saúde e doenças nos seres humanos e animais.
O Dr. Conyers Morrell deplora o fato de que enquanto em outros países, consideráveis avanços já foram feitos na instituição de
questões na relação causal entre a atividade solar e os fenômenos terrestres, neste país este assunto muito importante e
interessante tem recebido muito pouca atenção, e tem, de fato, como outras hipóteses revolucionárias, mas agora aceitas,
encontraram um grande ceticismo tão inseparável do conservacionismo do questionamento científico inglês.
Nós deveremos ver, no próximo CAPÍTULO, lidando com o problema do câncer, para o qual se extende este infértil conservacionismo
que obscurece a visão e priva a pesquisa em detrimento de toda a comunidade.

IV O problema do Câncer
a)Falta de apoio público na campanha do câncer
Em Segredo da Vida o assunto do câncer aparece em intervalos freqüentes, como o refrão em uma composição musical. O tema é

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desenvolvido de um ponto de vista biológico e a célula maligna se torna um centro de atividade
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onde as ondas eletro-magnéticas, raios cósmicos e radiações celulares desempenham uma parte predominante. Por muitos anos
Lakhovsky concentrou sua atenção no câncer e desenvolveu teorias originais que devem ser julgadas pelos resultados obtidos. Como o
câncer é um dos principais objetivos do trabalho de Lakhovsky, ele clama por um correspondente extensivo tratamento de nossa parte,
de maneira que o leitor possa descobrir o total significado e a complexidade dos fatores envolvidos nas causas dessa horrível
doença.
A maioria dos trabalhadores em pesquisa do câncer, incluindo o presente escritor, tem observado que a vasta maioria das pessoas
mostra uma profunda aversão a discutir o assunto do câncer e a trata como se ele não existisse. Este vôo geral da realidade
oferece a solução do problema do câncer, até mais difícil do que ele realmente é, por medo e ignorância por parte do público, não
são de mínima ajuda para aqueles que se empenham em salvar seus semelhantes dos tentáculos do câncer.
Uma atitude racional e construtiva cabe a todos. O câncer tem que ser encarado como uma dura realidade, uma constante ameaça para
todos, ignorado apenas pela irresponsabilidade sobre as nossas próprias vidas.
Se o problema do câncer está sempre para ser resolvido, o público, que dirá, cada um de nós, tem que tomar um interesse
inteligente nele, e não confiar na descoberta de alguma cura mágica em nosso tempo.
O câncer é uma praga, tão mortal como qualquer outra praga que devastou a humanidade no passado. De fato, o seu insidioso
surgimento e a ausência de sintomas nos primeiros estágios o torna uma doença muito mais traiçoeira, desde que ele está, muitas
vezes, muito mais avançado antes que a vítima se torne consciente de sua condição desesperadora.
É de máxima importância que o público deve descobrir a magnitude do problema do câncer; para os profissionais da medicina estão em
uma necessidade urgente cooperação pscológica e financeira a este respeito, e nenhum deles tem sido considerado em nada, com uma
medida adequada. Um importante cirurgião de Londres e um dos pioneiros investigadores
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do câncer deste país tem registrado que a soma inicialmente disponível de pesquisa sobre o câncer não chega a um centavo por ano
para cada pessoa que compõe a população da Inglaterra .
A assistência financeira adequada por parte das autoridades é uma necessidade imperativa, antes que operações de larga escala
possam ser feitas contra o câncer, o inimigo implacável em nosso meio impondo um papel mortal que prossegue aumentando sem pausa.
Enquanto uma colossal soma de dinheiro está sendo gasta livremente em pesquisa atômica em ambos os lados do Atlântico, a pesquisa
do câncer está impedida pela falta de recursos e pessoal treinado, com o resultado que a mortalidade do câncer alcançando
proporções alarmantes. Nos USA o câncer é uma das maiores causas de morte. Em 1940 houve 170.000 mortes por câncer nos USA, e é
estimado que se esta tendência continuar haverá 200.000 mortes por câncer em 1950. Neste país a situação é igualmente grave. As
mortes por câncer documentadas na Inglaterra durante o qüinqüênio 1942-1946 foram as seguintes:
1942 - - - - - - - 70.419
1943 - - - - - - - 72.155
1944 - - - - - - - 72.109
1945 - - - - - - - 73.753
1946 - - - - - - - 75.407
363.843
As mortes nas cidades bombardeadas na Inglaterra parecem quase triviais em comparação.
Em adição a esta crescente mortalidade, deveríamos ter em mente que, para cada morte por câncer há, no mínimo, 4 casos da doença
em curso. Então, em qualquer tempo dado,
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há em nosso meio mais de 250.000 pessoas sofrendo de câncer.
Nós não estamos aqui preocupados com as questões sempre recorrentes, se o câncer está se expandindo, nem estamos particularmente
impressionados pelas declarações oficiais, de que o aumento é mais aparente do que real, um dizer favorito dos profissionais da
estatística, não explicando nada, enquanto fogem das questões centrais. Entre esses melhor qualificados para expressar um opinião
das autoridades, o último Lord Moynihan, Presidente do Colégio de Cirurgiões, chamou a atenção o fato de que as estatísticas
provarão qualquer coisa, até a verdade! Lord Moynihan afirmou: Há uma pequena dúvida de que o câncer esteja definitivamente em
crescimento, especialmente em certos órgãos. Nos últimos 70 anos a mortalidade por câncer tem cresceu cinco vezes .
O fato vital nos confrontando agora é que no qüinqüênio (1942-1946) quase meio milhão de pessoas morreram por câncer na
Inglaterra e que eles continuam morrendo em uma taxa de mais de 70.000 por ano.
Uma tão desastrosa perda de vidas clama por uma intensiva campanha organizada com eficiência sustentada e com recursos financeiros
adequados, suplementado pela cooperação pública em uma escala nacional.
A pesquisa do câncer, além de ser ser seriamente restrita pela falta de recursos é agravada por certas ideologias de laboratórios
por tanto tempo. Apesar das pirâmides de dados levantados incessantemente pelos serventes da metodologia dominante, ainda o
trabalho deles, nas palavras de Bacon, tem sido mais em círculo do que em progresso. Seu efeito na redução da taxa de morte por
câncer permanece insignificante.
A solução do problema do câncer em seus múltiplos aspectos requer um clima de austero realismo sem preconceitos e complacência.
Dá-se excessiva ênfase ao tratamento, enquanto métodos de prevenção do câncer permanecem como aspirações religiosas.
Quanto mais tempo esta atitude predominar poderá não haver esperança de alcançar a conquista do câncer.

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O exemplo da tuberculose deveria, em tempo, servir como um lembrança de que a mortalidade das pragas brancas foi reduzida à
metade dentro dos últimos 50 anos por medidas preventivas de higiene e não por remédios específicos. Além disto, o sistema de
pesquisa institucional, como os de qualquer organização institucional, é ameaçado pelo autoritarismo e atual esterilidade.
A suprema necessidade na pesquisa do câncer hoje em dia é a multiplicação da iniciativa individual, livre das correntes da
influência da dominação oficial e remunerada, pelo menos, tão adequadamente quando os serviços prestados para a comunidade pelos
membros do parlamento.
A história da medicina é um longo registro de descobertas e avanços feitos pelos homens que trabalharam independentemente após
terem se emancipado das limitações das doutrinas ortodoxas. Esta é uma verdade, que o público raramente percebe e os comitês
oficiais sempre ignoram.
******
b) Limitações dos métodos ortodoxos de pesquisa
A atual posição do problema do câncer tem sido admiravelmente melhorada por um eminente cirurgião inglês que passou 30 anos
estudando esta questão. Ele escreveu: Os atuais métodos de tratamento são puramente locais e ignoram o fato mortal de que eles,
apesar disto, podem, no mínimo, responder por 30 por cento dos cânceres, tais triunfos da ciência moderna são freqüentemente
alcançados por meio de operações de rompimento de nervos, enquanto o câncer geralmente continua a florescer. Apesar de
desenvolvimentos na técnica de operações, nós estamos começando a ver que a cirurgia tem suas limitações e que nós estamos
chegando em um ponto em que nós não podemos mais avançar.
Esta acusação foi reforçada pela declaração feita pelo vice-presidente do Royal College de Cirurgiões, que disse: Em uma série
de 5.500 casos de câncer o
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sobrevivência de todos os casos foi 30 por cento, menos que 1/3. isso é tudo o que a nossa arrogante cirurgia pode fazer por
nossos pacientes. Se nós podemos salvar apenas 30% de nosso pacientes de câncer, algo mais deve ser feito. Há espaço para esforços,
ambos, individuais e organizados. A cirurgia, no estágio em que está, não pode dar a esperança de fazer mais do que tem feito. Os
resultados finais da rádio terapia não são muito melhores do que os da cirurgia.
Esta admissão de fracasso de Frank por parte de um membro eminente da profissão médica abre espaço para maiores comentários dos
investigadores independentes que estão profundamente insatisfeitos como os métodos prevalecentes da pesquisa do câncer.
Hastings Gilford, ex-professor do Royal College de Cirurgiões , e um dos mais lidos escritores sobre o assunto do câncer,
expressou suas opiniões com o vigor característico: Que a pesquisa dentro da causa e natureza da cirurgia do câncer não está
fazendo avanço, é óbvio para todos que tem acompanhado seu desenvolvimento desde que o movimento começou ... tudo o quê ela tem a
mostrar é um prodigioso monte de fatos inúteis para o homem ... A pesquisa de câncer de laboratório tem continuado por tantos anos
contida, acumulando fatos e girando em círculos de induções desatentas, cega para o fato de que ela nunca produziu qualquer
resultado útil. E agora, depois de um quarto de século de pesquisas, nós podemos ver para que deplorável desperdício de energia,
capacidade e dinheiro esta academia de trabalho sem objetivo por levar. Se uma indução negativa emerge, é a de que o problema das
causas do câncer humano não está será resolvido por experimentos em animais mais baixos em laboratórios.
Diante da mortalidade alarmante por câncer é necessário questionar se os métodos prevalecentes de pesquisa do câncer terão
possibilidade de resultados curativos e medidas preventivas, que reduzirão a incidência da doença em um grau apreciável a, pois
esta é a necessidade mais urgente.
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É importante observar que nesta esfera particular da atividade científica, chamada pesquisa do câncer, onde uma atitude mental
estritamente objetiva deve ser imperativa, todas as espécies de considerações subjetivas são deixadas ganhar dominância, e assim
colocar de lado as questões centrais é de fato impedir o progresso. Esta tendência deplorável tem sido indicada por John Cope em
seu admirável trabalho Câncer, Civilização e Degeneração . Ele afirma que: A pesquisa experimental do câncer tem se tornado
tão isolada e tão restrita que sem estar ciente disto o pesquisador agora, quase que instintivamente leva em consideração aqueles
que criticam sua opinião, questionam sua autoridade ou adotam outros métodos de trabalho, não como companheiros de trabalho, mas
como amadores, como estranhos, ou até mesmo inimigos positivos. A sugestão de que as causas e a natureza do câncer humano seriam
muito mais provavelmente reveladas por um estudo dos hábitos e costumes dos seres humanos em todas as partes da Terra, aparece
quase como um choque.
É necessário dizer que Lakhovsky, como um investigador independente, foi tratado como um estranho pela fraternidade médica em
Paris que, com respeito ao obstrucionismo, teve pouco a aprender de qualquer organização profissional do mundo. O exemplo clássico
do conflito de Pasteur com a Faculdade de Medicina de Paris está ainda vivo em nossas memórias.
Então está claro, como o vice-presidente do Royal College de Cirurgiões afirmou categoricamente, que os esforços individuais são
merecedores de encorajamento diante do fracasso das pesquisas institucionais.
Sir Ronald Ross, cujo grande trabalho sobre a malária foi conduzido estritamente em linhas independentes, expressou suas próprias
convicções sobre o assunto da pesquisa de uma maneira muito decisiva. Ele escreveu: E creio que a pesquisa institucional nunca,
até o momento, resolveu nenhum dos grandes problemas da natureza, incluindo aqueles da medicina. Eu ousaria predizer que ela nunca
resolverá qualquer dos problemas relacionados ao câncer. A descobridor, como o poeta, é um individualista. Ele não pode ser
controlado por qualquer comitê e tem que escolher seu próprio tempo e lugar. Este
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pronunciamento categórico, feito por dos maiores pesquisadores da medicina deve ser ponderado por aquelas autoridades cuja tarefa
é organizar pesquisas e alocar recursos públicos para maiores avanços e melhores resultados.
É altamente significante que Lakhovsky tenha alcançado seu notáveis resultados no campo da pesquisa do câncer, trabalhando sozinho
em seu laboratório, e tenha sido ignorado, quando não atacado pelos médicos ortodoxos.
Lakhovsky enfatizou repetidamente a necessidade de abordar o problema do câncer sem idéias pré concebidas ou preconceitos de
qualquer espécie. Como um engenheiro prático ele foi guiado apenas pela evidência experimental e não pelos dogmas médicos. A
medicina ortodoxa está tão profundamente em débito com os físicos por seu próprio progresso no passado que, ela não poderia
desconsiderar novas teorias sobre a constituição das células vivas como as formuladas por Lakhovsky em seu O Segredo daVida .
c)As teorias de Lakhovsky sobre as causas do câncer
Muitas hipóteses têm avançado para explicar a formação de tumores cancerosos. Hereditariedade, contágio, irritação local,
traumatismo, etc. Tendo formulado sua teoria de oscilação celular, Lakhovsky a aplicou para elucidar o problema dos tumores
cancerosos, que ele atribuiu ao desequilíbrio oscilatório. Seu primeiro experimento sobre este assunto foi feito em plantas
cancerosas em 1924.
De acordo com Lakhovsky a cause essencial da formação do câncer deve ser procurada no desequilíbrio oscilatório das células do
corpo. Mas o problema de tentar estabelecer o equilíbrio de todas as células que compõem o corpo humano parecia ser insolúvel.
Nossos corpos contem aproximadamente dois quintilhões de células e neste número fabuloso não há nem duas células vibrando na mesma
freqüência, sendo isto em parte devido à atividade incessante que ocorre dentro das células, e em parte às características
específicas dos diferentes tecidos, para não mencionar
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muitos outros fatores. Além disto, sob o ponto de vista biológico, seria impossível encontrar em qualquer tempo dado, duas células
individuais exatamente iguais em todos os aspectos. Cada célula de cada tecido individual de qualquer espécie em particular é
caracterizada pela sua própria oscilação. Para produzir, artificialmente, um choque oscilatório em células desequilibradas seria
necessário gerar tantos comprimentos de ondas quantas são as células em qualquer parte dada do corpo. O problema parecia então
insolúvel. Com uma notável percepção imaginativa Lakhovsky finalmente desenvolveu uma solução. Para esse fim ele desenhou um novo
tipo de aparato rádio-elétrico, seu famoso osclilador de freqüências múltiplas, gerando um campo em que cada célula poderia
encontrar sua própria freqüência e vibrar em ressonância. Os resultados práticos que ele obteve em vários hospitais logo
confirmaram a validade da sua teoria. Uma coleção de registros médicos e fotos de casos tratados com o Oscilador de freqüências
múltiplas estão incluídas no apêndice.
Lakhovsky não pretendeu que o seu Oscilador de freqüências múltiplas curaria todos os casos de câncer, pois isso é impossível por
qualquer método de tratamento. Ele pretendeu, todavia, que um certo número de casos tinham sido definitivamente curados e que uma
melhora marcante na condição geral de todos os paciente tratados tinha sido observada com freqüência. Mais do que isso, o alívio
de sintomas associados com tais casos, é de modo algum um avanço menor.
V A crítica dos profissionais de rádio-terapia
O uso de rádio no tratamento do câncer tem se tornado uma parte estabelecida da prática da medicina ortodoxa. O rádio é uma faca
de dois gumes, capaz de destruir as células cancerosas e também de danificar as células normais. Os efeitos do rádio no organismo
humano não são bem compreendidos. O seu manuseio requer precauções especiais para ambos, pacientes e pessoal médico têm que ser
cuidadosamente
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protegidos todo o tempo, ou injurias severas podem ocorrer, algumas vezes muito tempo depois do tratamento.
Nunca é demais enfatizar que o rádio não é como alguns desavisados entusiastas pareciam crer, o remédio para o câncer, o par
excelente .
Em um trabalho intitulado Rádio e Câncer um eminente cirurgião londrino, H.S.Souttar, afirma: Aqueles que tem estudado mais
o assunto seriam os primeiros a admitir que nós estamos ainda trabalhando totalmente no escuro, que nós realmente não sabemos nada
do mecanismo pelo qual o rádio produz os seus efeitos e que o sucesso que nós temos alcançado é puramente um resultado empírico de
um quase cego processo de tentativa e erro . Souttar também enfatiza que nunca é demais reconhecer que o uso de rádio
apresenta perigos muito definitivos. Mesmo o mais operador mais experiente, ocasionalmente será surpreendido por uma excessiva
sensitividade dos tecidos dos pacientes e por uma reação global de proporções para a qual a experiência o tenha ensinado a esperar.
Posteriores necroses por rádio podem aparecer muitos anos depois do tratamento.
Evidencias maiores de perigos do tratamento com irradiação foi dada em uma análise de 259 casos de rádio-dermatites vistas no
período de 1930-1934, inclusive em uma das mais famosas instituições médicas do mundo, a Clínica Mayo em Rochester, USA. O
relatório afirma que 14 por cento dos pacientes tiveram problemas quando submetidos à rádio-terapia enquanto aproximadamente 10
por cento dos pacientes desenvolveram câncer no local do raio-X ou rádio-dermatites. O relatório prossegue afirmando: Esta
porcentagem teria sido indubitavelmente maior se um grupo de pacientes cujas feridas fossem de maior duração tivessem sido tomados.

Entre os médicos, o ceticismo com relação ao valor do rádio no câncer não é incomum, apesar de que isto pode não receber muita
publicidade. Em uma monografia de câncer, o Dr. Mitchell Stevens,
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medico consultor do Hospital Cardiff Royal, condena o tratamento por irradiação de maneira enfática. Ele diz: Eu penso que o
tratamento por irradiação é irracional, e creio que em em longo termo ele pode ser mais prejudicial do que benéfico. O tratamento

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local pela cirurgia, rádio e raio-X, mesmo quando a condição local é acessível, é apenas atacar a superfície da doença e quanto
tempo o rádio e o raio-X serão usados permanece incógnito.
a)A experiência trágica de um cirurgião londrino
Uma das principais acusações contra o rádio como remédio para o cancer foi expressa pelo Dr. Percy Furnivall, cirurgião consultor
do Hospital de Londres. Em 1937 o Dr. Furnivall descobriu que ele estava sofrendo de um pequeno tumor canceroso na garganta. Isto
foi confirmado pelo exame de microscópio. Ele consultou imediatamente um radiologista e receber tratamento de raio-X, suplementado
por rádio. Descrevendo a sua experiência pessoal o Dr. Furnivall escreveu: Eu duvido que os resultados do tratamento moderno de
doenças malignas pela combinação de métodos de raios-X, rádio e o bisturi do cirurgião, sejam tão bem conhecidos como deveriam ser.
Ele então prosseguir a considerar seu próprio caso, e concluiu: Eu não desejaria ao meu pior inimigo o inferno prolongado
pelo qual tenho passado nos últimos seis meses com a neurite e a mialgia provocada pelo rádio. Este relato do meu próprio caso é
um apelo para uma muito cuidadosa consideração de todos os fatores antes de decidir qual é o método mais apropriado de tratamento.
Em outro pronunciamento ao British Medical Journal, o Dr. Furnivall escreveu: Estou surpreso com o número de cartas que tenho
recebido de estranhos sobre o tratamento com rádio, após a publicação do meu próprio caso. Estas cartas mostram que os resultados
desastrosos ocorrem mais freqüentemente do que eu pensava e que pacientes não são avisados antecipadamente da possibilidade de
tais resultados.
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Como resultado das restrições do Dr. Furnivall ao tratamento com rádio uma longa correspondência seguiu-se nas colunas do Jornal
Médico Britânico. Inabalados pela experiência do eminente cirurgião, alguns adeptos, defensores do rádio tentaram justificar suas
posições através de argumentos falaciosos e racionalizações, então afirmando suas vontade de acreditar no que eles desejavam
acreditar, apesar de qualquer evidência contra suas crenças. Mas o final desta controvérsia foi administrado pelo cirurgião que
disse: O tratamento de câncer pela irradiação está recebendo uma crescente e constante quantidade de notícias na imprensa médica.
Referências constantes estão também ocorrendo na imprensa comum e a reclamação é sempre sobre o rádio e ainda mais rádio.
Resultados brilhantes que têm sido obtidos por outros métodos estão aptos a serem esquecidos e a cirurgia tem sido direcionada nos
bastidores. Isto é justo para com o cirurgião? Ou, o quê é mais importante para o paciente? Pode ser dito que nenhuma nova doença
foi introduzida pela cirurgia. O rádio, entretanto, pode causar edemas, queimaduras, necrose dos tecidos moles e das estruturas
ósseas, até osteomielite .
Deixe o Rádio Enterrado
b)Logo após a Segunda Guerra Mundial ter começado um documento sobre o assunto do rádio foi lido, antes que a Royal Society de
Artes pelo Sir Leonard Hill, F.R.S., o famoso fisiologista, com quem o presente escritor teve o privilégio de colaborar.
Neste documento, que criou um grande reboliço nos círculos médicos, Sir Leonard disse: O mundo deveria, eu penso, ser um pouco
melhor se todo o rádio deste país, agora enterrado em buracos fundos, por segurança em caso de bombardeio, permanecesse lá.
Grandes interesses monetários serão contra isto. A evidência mostra que o rádio em intensidade suficiente para produzir um efeito
sempre foi nocivo para as células vivas.
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A verdade sobre o rádio é que imensas somas têm sido gastas e muito lucro obtido por aqueles o retiram das minas, o isolam e o
vendem, deixando de considerar o preço cobrado pelos homens da medicina o usam, enquanto milhares de pessoas pobres tem continuado
a sofrer com o câncer nas suas casas sem alívio. A bomba de rádio tem se provado inútil para o tratamento do câncer profundo e
todas as tentativas de tal tratamento tem apenas levado à morte.
A opinião de Sir Leonard foi confirmada por outros especialistas. Uma das maiores autoridades em câncer deste país disse: O Sir
Leonard Hill tem afirmado uma opinião extremada, mas ela é largamente verdadeira. Gradualmente o uso do rádio diminuindo. Nós não
estamos usando-o tanto. Para a generalidade dos tumores o rádio tem provado ser perigoso. Se o Sir Leonard tivesse feito esta
afirmação sobre o uso do rádio no tratamento do câncer dois anos antes, ele poderia ter causado uma sensação na profissão. Hoje,
os cirurgiões dirão a você tranqüilamente que muitas deles compartilham esta visão, mas eles não falam sobre isto publicamente.
Um bem conhecido radiologista confirmou a opinião de Sir Leonard Hill. As declarações dele , disse, resume muito bem qual é a
situação .
Numa carta à imprensa Sir Leonard escreveu: As estatísticas mostram que os resultados obtidos pelo rádio não são melhores do que
aqueles obtidos pela operação cirúrgica. Não há evidência confiável de que qualquer ação benéfica resultante de fracas doses de
almofadas rádio-ativas. Aqueles que exploram as minas de rádio tem uma taxa muito alta de mortalidade por câncer e trabalhadores
têm morrido por aplicarem tintas radioativas nos mostradores dos relógios.
Nem o rádio e nem os raios-X têm se comprovado eficazes em destruir o câncer interno, que não pode ser alcançado diretamente.
Grandes somas de dinheiro têm sido gasta em rádio, que se fosse gasta em espalhar o conhecimento como prevenção e assegurar
diagnósticos precoces e tratamento cirúrgico,
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teria feito muito mais para diminuir a taxa de mortalidade por esta doença e aliviar o sofrimento por toda a nação.
Por muitos anos o rádio tem sido explorado por aqueles que ganham dinheiro com ele .
******
Esta falsa ausência de medo do rádio, seus criminosos e exploradores profissionais, por um eminente cientista médico, deveria ser
amplamente divulgado ao público que está completamente ignorante sobre os efeitos do rádio que eles parecem considerar como um
espécie de cura mágica para o câncer.

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Nesta questão de tratamento de câncer, erradicação de tumores locais, não é evidentemente o único objetivo. Defensores de vários
métodos de tratamento parecem ter ignorado o axioma de que o paciente é mais importante do que a doença e portanto nosso alvo
deveria ser a cura do paciente com o mínimo possível de distúrbio para o seu futuro bem estar. Neste respeito a aplicação de rádio
no tratamento do câncer não pode ser tida como livre de certas conseqüências desastrosas inerentes na natureza da substância por
si só.
VI O CÂNCER EM RELAÇÃO AO SOLO
Lakhovsky postulou que nos pacientes de câncer um certo grau de desequilíbrio oscilatório nas células pode ocorrer e isto poderia
seu causado por um desenvolvimento anormal característico dos tecidos neoplásticos. Lakhovsky também procurou determinar as causas
básicas da formação do câncer sob a luz de sua teoria da oscilação celular. Entre as possíveis causas he destacou o papel das
radiações externas de todas as espécies, susceptíveis de afetar o organismo humano, mais especialmente as radiações cósmicas que,
ao atingir corpos sólidos dão origem a radiações secundárias de comprimentos de ondas mais longos e intensidade variáveis.
Ao estudar a distribuição geográfica do câncer baseadas nas estatísticas oficiais, Lakhovsky pode estabelecer
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que a densidade de incidência do câncer estava estreitamente conectada com a natureza geológica do solo. Ele mostrou a relação
entre a causa e o efeito e a parte desempenhada pela radiação cósmica cujo campo na superfície terrestre é modificada pela
natureza do solo dependendo de este ser um isolante ou um condutor de eletricidade.
Lakhovsky finalmente chegou à conclusão, confirmada por outros trabalhadores, que os solos que são especialmente permeáveis aos
raios, dielétricos, tais como areia, cascalho, etc., absorvem radiações externas a uma grande profundidade sem oferecer nenhuma
reação na superfície, enquanto os solos que são impermeáveis aos raios, condutores de eletricidade, argila, rochas sedimentares,
depósitos aluviais, estratos carboníferos, minerais ferrosos, etc., são resistentes à penetração dos raios e originam radiações
secundárias que modificam o campo das radiações externas. São estes solos impermeáveis que estão associados com a mais alta
incidência de câncer.
Lakhovsky estava bastante consciente de que a causa do câncer é um problema extremamente complexo e que suas teorias lidavam
apenas com certos aspectos fundamentais delas.
No desenvolvimento do câncer o terreno humano é de maior importância do que a natureza geológica do solo, mas que não se pode
dizer que este possa ser considerado como insignificante no conjunto de causas, uma tendência apenas prevalecente demais entre os
trabalhadores de laboratório que se especializam em qualquer particular linha de pesquisa.
Pode ser apontado que Lakhovsky não é de modo algum um proponente isolado do fator geológico como uma das causas do câncer. Vários
investigadores alemães têm feito estudos especiais sobre esta questão, notadamente Behla, Kolb e Von Pohl e suas observações
sistemáticas ainda esperam por traduções.
O único estudo inglês comparável com aquele dos investigadores alemães é o do Dr. Alfred Haviland, publicado em 1875 e re-editado
em 1892 sob o título O distribuição geográfica da doença na Inglaterra.
Os fatos principais que o Dr. Haviland
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acrescentou à profissão médica foram resumidos por ele assim:
(1)Os distritos que tinha a menor taxa de mortalidade por câncer eram caracterizados geologicamente pelas rochas mais antigas e
mais elevadas (Paleozóicas), como as altas e baixas da era Paleozóica e as rochas sedimentares carboníferas; pelas rochas
sedimentares secundárias (b)Mesozóicas) e (c) formações de cálcio.
De acordo com opiniões de especialistas esta afirmação não é suficientemente explícita e deve ser mais esclarecida com a seguir:
a)Mais velha, isto é, primária.
b)Rochas sedimentares Ooliticas do período jurássico.
c)Formações calcárias do período cretáceo.
(2)Os distritos que tinham os mais altos índices de mortalidade eram caracterizados geologicamente por argilas, como a argila
de Londres do Período Terciário, a pedra rolada do período glacial e as blocos de terra e depósitos aluviais de origem recente.
Os distritos com alta mortalidade eram os atravessados por rios totalmente formados que transbordavam seus bancos sazonalmente.
Haviland acrescentou que: Esta coincidência de baixa mortalidade por câncer em localidade caracterizadas por rochas sedimentares,
talvez não tivesse tido tanto sedimento e não tivesse ocorrido o mesmo fato por toda a Inglaterra onde as argilas e enchentes
estão associadas às altas taxas de mortalidade por câncer.
Por solicitação do editor do Lancet, Dr. Haviland escreveu uma série de artigos sobre a distribuição geográfica do câncer nas
pequenas ilhas britânicas, publicados naquele jornal durante o ano de 1888 e 1889.
Ele concluiu destacando que Aqueles que têm razão para temer o câncer deveriam viver em terras altas caracterizadas por rochas
sedimentares e formações calcárias.
A natureza geológica do solo não é o único fator causador do câncer. A civilização trouxe
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consigo muitos hábitos não naturais e costumes cujos resultados finais são manifestados em degenerações físicas, formando um
terreno adequado para o desenvolvimento do câncer.
Pessoas contaminadas pelo alcoolismo, tuberculose ou sífilis, para não mencionar os efeitos tóxicos do fumo excessivo e os
alimentos adulterados, constituem um estoque degenerado cujas oscilações celulares, para usar a expressão de Lakhovsky, não estão
em estado de equilíbrio. Esta anarquia oscilatória no organismo humano tem repercussões de longo alcance em todos os órgãos e

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tecidos humanos, causando ultimamente, sob certas condições, a fatal proliferação de células características do câncer.
******
VII A SIMILARIDADE DAS TEORIAS DE LAKHOVSKY E CRILE
As teorias de Lakhovsky tem uma grande impressionante similaridade com aquelas do Dr. George Crile, o eminente cirurgião americano,
cujo ótimo trabalho cirúrgico deu a ele uma reputação internacional. No seu trabalho admirável livro intitulado O fenômeno da
Vida Crile aponta que a energia elétrica desempenha uma parte fundamental na organização, crescimento e função do protoplasma.
Lakhovsky e Crile, fazendo suas investigações independentemente chegaram a conclusões idênticas. Enquanto o engenheiro-físico
estava experimentando seus circuitos oscilantes, o cirurgião estava testando na Clínica os princípios da rádio-eletricidade.
As fundações das teorias de Lakhovsky se apóiam no princípio de que a vida é criada por radiação e mantida por ela. Crile afirmou
que o homem é um mecanismo eletro-magnético e insistiu o fato significante de que quando a vida termina, a radiação termina. Ele
escreveu: É claro que a radiação produz a corrente elétrica que opera adaptativamente o organismo como um todo, produzindo a
memória, razão, imaginação, emoção, os sentidos especiais, secreções, ação muscular
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a reação à infecção, crescimento normal e o crescimento de tumores benignos e cânceres, todos eles governados adaptativamente por
cargas elétricas que são geradas por onda curta ou radiação ionizante no protroplasma.
Como Lakhovsky, Crile sustentou que as células vivas são células elétricas funcionando como um sistema de geradores, linhas de
indutância e isolantes, e que o papel da radiação e da eletricidade nos processos vivos não é mais misteriosos nos homens do que
nas bactérias e nos dínamos.
Com um banco impressivo de dados experimentais Crile deixou claro que todas as atividades dos organismos vivos, incluindo aqueles
do cérebro, nervos, músculos e glândulas, são dependentes de propriedades radiantes específicas do espectro visível. De acordo com
ele, a radiação ultra-violeta tem o papel mais importante do corpo, pois tem o maior poder de gerar eletricidade e de ionizar
átomos, essenciais para construir compostos orgânicos que constituem o protoplasma celular. Mais do que isto, os controle dos
sentidos especiais é afetado através do ambiente energético, principalmente a radiação solar. De fato, o sistema energético
inteiro de seres vivos é controlado pelas forças radiantes e elétricas do ambiente. Então fica evidente que espectro da vida
reflete inumeráveis mudanças ambientais e está, ele próprio, mudando continuamente quando consciente, dormindo, em emoção e em
todas as reações adaptativas.
Ambos, Lakhovsky e Crile foram singularmente bem sucedidos na aplicação prática de suas teorias, que estenderam nosso conhecimento
dos processos biológicos e revelaram uma nova visão da exploração científica, que pode finalmente levar à solução do problema do
câncer.
VIII A CONFIRMAÇÃO AMERICANA DOS RELATÓRIOS EUROPEUS
Quando Lakhovsky chegou em Nova York em 1941, seu oscilador de freqüências múltiplas foi usado experimentalmente em um grande
hospital e também por um proeminente urologista de Brooklyn.
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Os resultados obtidos pelos investigadores americanos confirmaram o aqueles já relatados pelos homens da medicina nos países
europeus. Uma seleção de casos tratados com o oscilador de freqüências múltiplas em Nova York, de muitas centenas, está
completamente descrito no apêndice. Um grau marcante de melhora foi notado após poucos tratamentos em casos de artrite avançada,
que não respondiam a várias outras formas de tratamento. Uma grande quantidade de evidências clínicas tornou claro que, há um
largo campo de utilidade para o oscilador de freqüências múltiplas de Lakhovsky no tratamento de condições reumáticas crônicas.
Mais notável ainda foram os resultados obtidos com o Oscilador de Frequências Múltiplas pelo especialista de Brooklyn em casos de
dilatação da próstata que confirma aqueles relatados pelos doutores europeus. Diante do fato de que o único tratamento conhecido
para esta condição séria é uma grande cirurgia, com seus riscos e complicações , parecia que o tratamento rádio-elétrico de
Lakhovsky oferecia uma nova esperança para um grande número de sofredores.
******
CONCLUSÃO
Nós iniciamos considerando as leis elementares da eletricidade que descobrimos serem aplicáveis para todos as coisas vivas. O
estudo das radiações da célula individual levou-nos a contemplar fenômenos análogos em todo o universo. A harmonia cósmica de
vibrações tem dado origem ao conceito de Universão que Lakhovsky definiu como um síntese do infinitamente grande e o infinitamente
pequeno. A Universão consiste do plexo integral das radiações cósmicas emanadas pelo espaço estelar. Sua natureza é indestrutível
e totalmente difundida. É a reserva elementar de todas as matérias passando por fases cíclicas de destruição e reconstrução.
A validade de tais especulações pode ser atribuída aos experimentos de Lakhovsky estendendo-se por todo o âmbito da vida orgânica.
A aplicação prática
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das teorias rádio-elétricas tem tido os mais notáveis resultados. Plantas cancerosas tem sido curadas, tecidos humanos regenerados
e animais doentes restaurados à saúde vigorosa. Tais são as notáveis conquistas de uma pesquisador solitário lutando em face de
condições precárias agravadas pelo antagonismo de reacionários insensatos.
Lakhovsky finalmente concluiu sua tarefa e seu trabalho merece o mais alto reconhecimento. Sua vida e sua fortuna foram
generosamente devotadas à pesquisa, mas ele não reclama nenhuma recompensa para si mesmo. Ele espera que o seu trabalho abra o
nosso horizonte intelectual e que beneficie a humanidade que sofre. Ambos os objetivos foram alcançados em uma apreciável medida e
há todas as razões para crer que as teorias de Lakhovsky darão origem para ainda mais significantes desenvolvimentos em futuro

14
próximo.

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O SEGRÊDO DA VIDA
CAPÍTULO I
O problema do instinto ou sentido especial dos animais
Consideração geral Orientação do Instinto Pombos Correio Pássaros Noturnos Morcegos Lemmings Funções dos Canais
Semi-circulares da antenas dos insetos Experimentos Noturnos com a Grande borboleta Pavão Experimentos diurnos com o Bicho
da Seda Atividades dos Besouros Necrófagos.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
A natureza do instinto ou sentido especial que os naturalistas tem estudado em animais é, sem dúvida, um dos problemas mais
misteriosos e complexos que confronta o moderno fisiologista.
Ele reflete, sob o mais estranho e menos explorado aspecto, o inteiro problema da vida. Ainda, apesar das grandes dificuldades no
campo da observação, dados acurados sobre este assunto têm sido registrados de tempos em tempos. Nesta matéria, o método
experimental é praticamente restrito à observação direta e mais do que nunca os experimentos de laboratório estão fora de questão.
Várias hipóteses tem avançado para explicar os resultados observados e controlados, mas parece que até o presente momento nenhuma
teoria geral foi ainda anunciada que cubra todos os dados disponíveis e ao mesmo tempo dê uma explicação compreensível.
Nesta conexão o progresso ininterrupto da ciência é sugestivo de certas novas idéias que têm me possibilitado elaborar minha
teoria da origem da vida da radiação em relação aos seres vivos, formando o assunto do presente trabalho que começou a aparecer
em vários jornais de 1923 em diante.
O instinto de orientação
No começo eu devotei minha atenção a investigar as causas da facilidade com que certos animais conseguem encontrar o seu caminho
tão precisamente durante suas longas viagens. Com os pombos correio, que
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Retornam ao seus abrigos depois de terem voado algumas centenas de milhas. Um outro exemplo é a migração dos pássaros, que voam em
linhas retas, noite e dia, acelerando através dos mares em direção ao um destino definido que eles não talvez perceber, em parte
por causa de seu limitado poder de visão e em parte por causa da curvatura da superfície da Terra. Eles emigram para se
alimentarem de insetos que eles não podem mais encontrar em nossas latitudes quando o inverno chega.
Alguns dizem que este instinto agudo, enquanto outros preferem chamar sentido especial, mas nenhum dos temos explica o enigma. Eu
sustento que, em ciência nada deve ser misterioso. Tais termos, como instinto e especial sentido, meramente mascaram nossa
ignorância e deveria ser possível responder por tudo.
Parece, mais e mais evidente, como as observações a seguir tornam claro, que o senso de direção se origina de radiações especiais
de comprimento de ondas ultra-curtas, emitidas pelos próprios pássaros e insetos.
Pombos Correio
Nós todos temos ouvido falar dos poderes verdadeiramente maravilhosos de orientação possuída pelos pombos correio. Apesar desta
faculdade ser inata, mesmo assim requer um certo treinamento antes de estar totalmente desenvolvida.
Após o passaro ter decolado no ar e circulado algumas vezes, esta faculdade de orientação o possibilita, sem hesitação, mesmo
durante a noite, voar para seu abrigo, que é algumas vezes muito longe.
Eu tenho notado a prevalência deste fenômeno e tenho me aventurado em dar uma explicação disto no presente trabalho: todos os
pássaros que estão para fazer longas viagens de migrações (Patos selvagens, andorinhas, gansos, garças, etc.) invariavelmente
descrevem, como os pombos correio, uma série de órbitas no ar antes de começar o seu vôo final.
Uma observação mais interessante feita em 2 de Julho de 1924, na estação de rádio de Paterna, perto de Valencia (Espanha),
saltou aos meus olhos. Um bando de pombos tinha acabado de ser solto perto da antena da estação no horário de transmissão. Foi
então observado que estes pássaros não podiam encontrar seus caminhos e manter-se voando em círculos, como se estivessem
completamente desorientados. Este
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experimento foi repetido várias vezes e sempre produziu o mesmo resultado, o quê significa o desaparecimento ou uma grande
perturbação do senso de direção dos pombos correio sob a influência das ondas eletro-magnéticas.
Estes experimentos foram feitos outras vez em Paterna, na estação de rádio de Valencia, sob o controle das autoridades militares
espanholas, e também no Kremlin, Alemanha. Estes novos experimentos confirmaram totalmente a vinha visão sobre a influência das
ondas Hertezianas sobre o instinto de orientação.
Um cientista espanhol, M.J.Casamajor, escreveu um relatório detalhado sobre os experimentos de Paterna. O serviço de pombo correio

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espanhol instalou uma estação militar de pombos correio em Valencia, a uma distância de 8 kilometros da rádio de Paterna. No
momento do experimento em questão os pombos soltos um por um em intervalos regulares de três minutos perto da estação, enquanto a
transmissão era feita continuamente. Foi observado que todos os pombos começaram a voar em círculos por algum tempo, mas sem sem
conseguir encontrar seus caminhos, como usualmente fazem depois de voar ao redor algumas vezes. Apesar de uma mudança do
comprimento de onda no decorrer da transmissão, nenhum retorno à condição normal foi observado, e durante o tempo em a transmissão
ocorreu, e ela durou mais de uma hora, nenhum pombo conseguiu voar em uma direção definida. É importante notar que poucos minutos
depois que a transmissão cessou os pombos voaram na direção de seus abrigos sem a mínima hesitação, mesmo aqueles que tinham
tomado parte no primeiro experimento.
Uma outra série de experimentos que aconteceu em 7 de novembro de 1926, no mesmo local, produziu o mesmo resultado.
Os experimentos originais em Paterna mexeu com os investigadores, porque eles não podiam entender a relação existente entre o
instinto dos pombos e as transmissões de ondas eletro-magnéticas. Os técnicos alemães
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se apressaram em verificar e controlar as observações de Casamajor. Em março de 1926 eles iniciaram um série de experimentos
similares àqueles feitos no Kremlin, as condiçõe, todavia, foram diferentes e mais rigorososas. Foi escolhido um local de maneira
que o abrigo e a estação de rádio estavam situados em locais diametralmente opostos. Conseqüentemente esta estação estava situada
exatamente no local onde os corvos voam, no curso que os pombos tinham que voar. Ao chegar perto da estação de rádio foi notado
que os pombos mudaram o vôo, foram perdendo sua direção e pareceram estar definitivamente desorientados. Eles não conseguiram
retomar o seu curso de volta ao seus abrigos até que o seu vôo tivesse trazido eles para fora do campo eletro-magnético intenso ao
redor da antena da estação de rádio.
É merecedor de nota a mais simples explicação deste fenômeno não parece ter ocorrido para nenhum dos pesquisadores espanhóis,
franceses ou alemães após aquela indução eletro-magnética nos órgãos diretivos dos pombos. Eles foram todos confundidos pela
significância do fenômeno que eles atribuíram a uma curiosa anomalia que não puderam explicar.
Pássaros noturnos
Os morcegos
As observações feitas nos pombos correio pareceram servir também para os pássaros noturnos. Parece óbvio, a priori, que a
sensibilidade destes pássaros às ondas eletro-magnéticas são em geral diferentes daquelas dos pássaros diurnos em virtude da sua
especial adaptação à luz ou escuridão. Estas duas espécies de pássaros, entretanto, mostram uma característica comum, eles se
alimentavam dos mesmos insetos.
Nós fomos levados a acreditar, como veremos mais tarde, que eles eram atraídos por suas presas pelas radiações emitidas por estes
insetos. Há pouca dúvida de que a luz do dia tem um influência na propagação destas variações. Se a luz do sol os absorve, como
acontece no caso das ondas remotas, os pássaros noturnos (várias espécies de corujas) devem caçar à noite por causa da sua
sensibilidade à recepção, tanto quanto estas radiações alcançam, é menos desenvolvida do que nos pássaros diurnos. Contrariamente,
se a luz do dia aumenta a amplitude das radiações, como parece ser o caso das ondas de vários metros, então é o excesso de
intensidade das radiações que impediriam os pássaros noturnos de caçar durante o dia.
Nesta matéria de sensibilidade de recepção de radiações especiais, é correto assumir a existência de diferenças correlativas nos
órgãos de visão, como observado em pássaros diurnos e noturnos. Entre os pássaros noturnos, vamos tomar os morcegos como exemplo.
É comumente acreditado que é pela acuidade destes sentidos de audição e olfato que os morcegos devem sua habilidade de abordar
suas presas cujos menores movimentos eles podem detectar, graças às vibrações do ar que alcançando os ouvidos. Esta hipótese pode
ser admissível sob certas condições, tais como a atmosfera calma do interior. Em Paris eu tenho freqüentemente visto morcegos da
minha varanda, em dias de corridas de automóveis, em meio de uma grande multidão e o barulho de milhares de carros emitindo
vibrações no ar, saturados com os produtos da combustão de petróleo. Em meio a este barulho ensurdecedor e atmosfera viciada, não
é o olfato e nem a audição que guia o morcego reto em direção aos insetos (besouros, mariposas, etc.) que eles pegam tão
facilmente quanto em absoluto silêncio dos campos do interior.
O morcego é o mais provavelmente atraído para estes insetos pelas radiações que eles emitem, que não são influenciadas pelo
barulho ou pela fumaça do petróleo.
Lemmings (Lemming)
Este é um outro extraordinário exemplo, os lemmings, uma espécie de camundongo do campo cujo habitat são as regiões escandinavas.
O famoso naturalista suíço Linnaeus, registrou suas peculiares expedições.
Em um severo clima frio e às vezes sem qualquer razão aparente, os lemmings deixam seu habitat natural nas montanhas altas da
Noruega para fazer uma longa viagem através do mar. Um grupo de emigrantes, consistindo de uma grande quantidades de animais,
nadam em linha reta através de obstáculos sem nunca deixar-se desviar do seu objetivo. Enquanto prosseguem em filas que ele traçam
linhas paralelas, a dois dedos de profundidade e vários metros distantes. Eles devoram qualquer
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coisa que obstrua sua passagem, tais como ervas e raízes. Nada os desvia da sua rota. Se um homem entrar na sua rota eles correm
entre suas pernas. Se eles encontram um monte de feno, eles o roem e atravessam; se for uma pedra, eles contornam em semi-círculo
e retomam o seu curso. Se um lago impede o seu progresso, eles o atravessam nadando em linha reta, qualquer que seja o seu tamanho.
Há um barco no caminho? Eles o escalam e mergulham na água do outro lado. Uma forte corrente em um rio não os pára, mesmo com o
risco de sua destruição.
É possível que estes animais sejam guiados em seu curso reto pelo seu sentido de olfato e audição? Eles percebem cheiros e ruídos

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vindos de todas as direções. Não é mais simples sugerir que estes lemmings, apesar de se alimentarem de raízes e sementes, e
precisando de uma ocasional adição de peixes, viajam para o mar, guiados pelas radiações emanadas dos cardumes de peixes dos quais
se alimentam? E mais, larvas, micro-organismos de carnes em decomposição, vaga-lumes, etc., emitem radiações luminosas. E assim,
também, com certos organismos microscópicos cuja presença em inumeráveis massas fazem o mar fosforescente. É também de
conhecimento comum que certos peixes conhecidos como peixes-torpedos, liberam eletricidade.
Daí uma generalização intuitiva estabeleceria o fato de que certos animais emitem radiações que nós não podemos perceber, mas
cujos efeitos são largamente alcançados.
O papel dos canais semi-circulares em pássaros e das antenas dos insetos
Alguns naturalistas tam afirmado que os canais semi-circulares dos ouvidos, em muitas espécies, são dotados de propriedades
direcionais especiais. Se estes órgãos são removidos, o pássaro operado invariavelmente perde seu senso de equilíbrio e fica
voando indefinidamente em círculos, como também entorpecido e
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incapaz de tomar uma direção definida. Seguramente, aqui está uma interessante observação. Mas uma outra observação da mais alta
importância tem sido feita pelos cientistas. O fluido contido nos canais semi-circulares pareceriam ser particularmente sensitivos
à influência de um campo eletro-magnético, enquanto as paredes dos canais consistiriam de um material isolante. Agora, qualquer
transmissor remoto cria um campo eletro-magnético variável cuja ação se faz sentida a uma distância considerável. Diante deste
fato, nós bem podemos perguntar a nós mesmos se um grande número de criaturas vivas não obtém suas direções através de uma central
de ondas similares àquelas transmitidas pelas estações de rádio.
Os canais semi-circulares são suscetíveis de fazer o papel de receptores radiogoniométricos. A exata conformação dos canais
semi-circulares parecem sustentar esta hipótese. Eles são arranjados em três planos, cada um dos quais está em ângulos retos para
com os outros dois, de maneira que nos canais semi-circulares os três planos do espaço são representados. Tal esquema constitui um
sistema de coordenadas, necessário e adequado para determinar a posição de um ponto no espaço, ou, no caso considerado, a posição
de um pássaro na atmosfera, ou ainda a posição de um inseto em relação ao pássaro. (figura 1).

Figura 1 Diagrama esquemático de um canal semi-circular.


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Os animais em geral, e pássaros em particular, não se movem em um plano horizontal, mas em um espaço tri-dimensional e os canais
semi-circulares sido assim divididos.
O fluido condutor contido nestes canais constituem um circuito direcional receptor complementado por um circuito em forma de uma
espiral maleável (auto-condutância e capacidade de sintonia).

Figura 2 Quatro espécies de insetos com antenas características.


1 - Nemoptera lusitanica. 2 Eulyes melanoptera.
3 Cholorion lobatum. 4 Eurochroeus pupuratus.
No estranho mundo dos insetos muitos deles antenas infinitesimal possibilitando-os seguir os seus cursos em linha reta para pontos
relativamente distantes. A natureza não faz nada em vão; estas antenas pareceriam existir apenas para o propósito de receber
radiações (Figura 2).
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A similaridade entre as antenas dos insetos e as antenas das estações de rádio é impressionante, mas esta similaridade, todavia,
não é tão simples parece à primeira vista. Devido às suas relativamente consideráveis dimensões em relação às radiações emitidas,
as antenas dos insetos funcionam como osciladores complexos vibrando com a freqüência dos harmônicos de uma escala muito mais alta
do que seu comprimento de onda fundamental.
Experimentos noturnos com a borboleta Grande Pavão.
Vamos considerar, por exemplo, o Bicho da Seda, sob a luz das observações feitas por Fabre em seu trabalho entitulado
Comportamento dos Insetos . No laboratório, logo após o surgimento da fêmea da crisálida, Fabre observou que, à noite, um enxame
de machos invadiu o local, que nos leva a supor que esta fêmea era dotada com uma certa capacidade noturna . Fabre também
destacou as dificuldades de acesso ao seu laboratório cercado por muitas árvores. Apesar dos obstáculos os machos sempre
conseguiam alcançar a fêmea. No dia seguinte o mesmo fenômeno foi observado; tudo pareceu com se o sentido do olfato tivesse sido
o guia para as mariposas. Fabre então deu vários experimentos que ruíram esta hipótese.
Em primeiro lugar, as mariposas desta espécie, conhecidas como grande Borboleta-pavão, são virtualmente impossíveis de serem
encontradas sob circunstâncias normais. Por isto, os machos tinham que ter vindo de um local muito distante. O som, luz e o olfato
estão fora de questão, pois a mariposa foi direta para a gaiola, apesar de uma variedade de aromas intencionalmente difundidos
pelo experimentador para enganar os insetos. O fator memória-do-local pode ser eliminado como irrelevante.
Fabre também destacou que as mariposas estavam viajando na mesma direção do vento. Segue-se que, se elas tivessem sido guiados
pelo olfato, não teriam tido que voar com o vento para captar o cheiro do ar.
Experimentos diurnos com o Bicho da Seda.
Para demonstrar a influência da luz do Sol Fabre experimentou sob a máxima luz do dia estudar os hábitos do Bicho da Seda,
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cujas atividades diurnas são mais pronunciadas. Mas este inseto, como o Grande Borboleta-pavão, não é encontrado na região onde

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Fabre estava trabalhando. Como devemos considerar o fato de que ele conseguir vir de seu distante habitat? Os machos rapidamente
encontraram a fêmea trancada em uma gaveta ou sob uma caixa coberta por um pano, apesar da emissão nauseante de toda espécie de
substâncias odoríficas colocadas lá pelo experimentador.
De acordo com Fabre, o seguinte experimento parecia confirmar a hipóteses do sentido do olfato.
Coloquei uma fêmea dentro de uma cobertura de vidro em forma de sino e dei a ela um pequeno galho de carvalho com folhas secas
como um apoio. O vidro foi colocado em cima de uma mesa, de frente para uma janela aberta. Ao entrar no cômodo as mariposas teriam
que ver a prisioneira, uma vez que ela estava colocada diretamente em seus caminhos. A bandeja contendo areia, onde a fêmea tinha
passado a manhã e a noite anterior, coberta por uma peça de gaze, estava no caminho. Sem premeditação, coloquei-a na outra
extremidade do cômodo, sob o assoalho, em um canto onde apenas uma fraca luz pudesse penetrar, aproximadamente 10 passos de
distância da janela .
O resultado destas preparações atordoou completamente minhas emoções. Nenhum dos insetos que chegavam pararam na cobertura de
vidro em forma de sino onde a fêmea estava plenamente para ser vista em total luz do dia. Eles passaram direto, indiferentes. Nem
um olhar, nada para colocá-los no caminho. Eles todos voaram para a extremidade mais distante do cômodo, para o canto escuro onde
eu tinha colocado a bandeja e a cobertura de vidro em forma de sino. Eles pousaram sobre a gaze por toda à tarde, até o por do Sol,
as mariposas dançaram sobre a gaiola vazia, uma sarabanda que a presença de uma real fêmea normalmente evocaria. Finalmente eles
partiram, mas não todos. Havia alguns que não iriam, como se presos lá por alguma força mágica. Um resultado verdadeiramente
estranho. As mariposas se juntaram onde não havia aparentemente nada. O quê os tinha enganado? Por toda a noite e toda a manhã
anteriores a fêmea havia permanecido sob a cobertura de gaze, algumas vezes escalando os fios, algumas vezes
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descansando sobre a areia na bandeja. Tudo o quê ela tocou, sobre tudo, aparentemente, com seu abdômen distendido, estava
impregnado, seguindo um longo contato, com certas emanações. Este era o seu chamariz, seu mágico poder de atrair. Isto era o que
revolucionou o mundo dos insetos. A areia reteve estas emanações por algum tempo e espalhou o cheiro. Então, é o sentido do olfato
que guia as mariposas e as alerta à distância. O aroma irresistível requer tempo para ser elaborado. Eu o imagino como uma
inalação que é gradualmente liberada e satura qualquer coisa que está em contato com o corpo imóvel da fêmea. Com estes dados nas
mãos e os seus inesperados resultados, eu variei os experimentos, mas todos apontaram na mesma direção. Pela manhã eu coloquei a
fêmea sob a cobertura de gaze; para suporte, coloquei um galho de carvalho. Lá, imóvel, como se estivesse morta, ela fica por
horas, enterrada sob um monte de folhas que se impregnariam com suas emanações. Quando a hora da inspeção diária se aproximou,
removi o galho e o coloquei numa cadeira próxima a janela aberta. Deixei a fêmea sob a cobertura de vidro em forma de sino,
plenamente exposta sobre a mesa no meio do cômodo. As mariposas chegaram como usualmente, hesitaram, ... Estavam ainda procurando.
Finalmente elas encontraram algo, e o quê as fez encontrar? Apenas o galho. Com sua asas batendo rapidamente, pousaram sobre a
folhagem explorando-a toda, examinando, levantando e revirando, até que, por fim, o galho caiu no chão. Mesmo assim, elas
continuaram examinando entre as folhas .
Dos seus experimentos Fabre concluiu que estas mariposas eram dotadas com um sendo de olfato muito diferente do nosso,
característico de suas espécies.
As conclusões de Fabre não me satisfizeram.
O ato de cheirar é dependente de partículas materiais que excitam o sentido do olfato, mas a difusão destas partículas é limitada
a um pequeno raio na atmosfera. Então, não é devido a estas partículas que as mariposas foram capazes de voar longas distâncias.
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Em minha opinião, o quê atrai os machos para as fêmeas no caso das Grandes Borboleta-pavão e o Bicho da Seda, não é o esplendor de
seu manto colorido e suas suaves asas, nem suas partículas odoríficas. É sim, as partículas infinitesimais liberadas pelos seus
ovários, células micro-orgânicas irradiando em acordo com uma escal de comprimento de ondas determinada e incitando nos machos o
desejo de procriação.
Esta hipótese é confirmada pela seguinte experiência que eu mesmo fiz.
Novos experimentos com o Bicho da Seda
Após a saída da fêmea da crisálida, uma grande quantidade de machos voam em todas as direções. Após terem deixado esta fêmea
estendida sobre uma folha de algodão à noite, eu a removi no dia seguinte ao meio dia. Então coloquei, a uma distância de
aproximadamente 5 metros da fêmea, a folha de algodão na qual os machos vieram para descansar outra vez.
Repeti esta experiência depois de ter, desta vez, mergulhado o algodão em uma solução de álcool puro, e observei que os machos
pararam de vir. O mesmo resultado foi obtido quando um cloreto de mercúrio foi usado ao invés de álcool. Agora, nem o álcool puro
e nem o cloreto de mercúrio poderia ter o mínimo efeito nas exalações odoríficas. Por outro lado, estas soluções tinham destruído
as células vivas por esterilização o quê liberou as radiações que atraíram as mariposas.
Besouros necrófagos
As atividades deste besouro em corpos em decomposição de ratos e pássaros mortos também parecem confirmar minha teoria.
Como alguns naturalistas tem afirmado, estes insetos fazem uma parte higiênica na economia da natureza, nos campos e nas matas;
eles se alimentam da morte para o benefício da vida. Eles pertencem a uma certa espécie de insetos que atacam os corpos mortos e
os devoram até que eles tenham restaurado o seu ciclo da vida esta matéria orgânica inanimada. Este besouro é essencialmente um
coveiro, algumas vezes viajando longas distâncias para encontrar corpos mortos de ratos e pássaros que eles enterram gradualmente
dentro da terra, de maneira que
eles possam finalmente servir com alimento para seus filhotes destinados a nascer no mesmo local.

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A extraordinária vida social destes besouros pode ser finalmente descrita. Vamos nos focar em uma característica que é relevante
para nossa teoria, o fato de que eles sabem como dirigir a si mesmos por grandes distâncias em busca de corpos mortos de ratos e
pássaros.
É provável que eles sejam guiados pelo sentido do olfato? Se os corpos mortos liberam odores, as partículas odoríficas não podem
ser difundidas além de um âmbito de uns poucos metros. Esta hipótese é inadmissível no caso dos destes besouros, como em outros
casos, diante das grandes distâncias que têm que ser percorridas.
É também importante observar que os besouros não aparecem antes de oito a dez dias depois da morte dos ratos ou dos pássaros,
quando seus corpos estão em um estado de decomposição.
Pareceria, portanto, que são os micro-organismos resultantes desta decomposição e oscilando de acordo com uma determinada escala
de comprimentos de ondas, que direcionam os besouros ou seus filhotes para o seu alimento.

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CAPÍTULO II
AUTO-ELETRIFICAÇÃO EM SERES VIVOS
Eletrificação pela fricção das asas na atmosfera Influência de capacidade elétrica nos pássaros O papel da orientação no vôo
dos pássaros Explicação da Migração Extensão dos princípios aos animais sem asas.
A eletrificação pela fricção das asas na atmosfera.
Experimentos simples têm confirmado que as hipóteses seguintes que eu tinha formulado previamente; seres vivos movendo-se na
atmosfera, notadamente insetos e pássaros, são capazes de absorver cargas elétricas, freqüentemente em potencial muito alto.
Simulando o vôo de um pássaro para estudar os efeitos produzidos pela fricção de suas asass contra o ar, como, por exemplo,
batendo as asas de um pato atrás de um rádio-eletrômetro após ter tomado o cuidado de isolar me do solo por meio de dois discos de
ebonite de 2 cm de espessura, têm sido possível medir uma carga de eletricidade estática de uma tensão aproximada de 600 volts.
Esta tensão aumenta à medida em que o nível da terra se torna mais distante do experimentador.
Estes experimentos põem um fim a todas as controvérsias que têm existido pelos últimos 50 anos entre os investigadores
(naturalistas, entomologistas, ornitologistas, caçadores, etc.) sobre o assunto de migração de pássaros em geral, e de sua
direção em relação àquela do vento em particular. É simplesmente justo afirmar que a maioria dos observadores têm admitido que
suas conclusões foram, ao final, nada além de aproximações, a solução do problema permanece assim por ser encontrada.
Como já disse, todos os seres vivos emitem radiações. Mas, até onde a recepção destas ondas ao consideradas, os pássaros que se
alimentam enquanto estão voando têm uma capacidade e uma sensitividade muito maior do que os animais que estão restritos a se
moverem sobre a superfície da Terra.
Nós sabemos que o potencial elétrico da atmosfera terrestre aumenta com a altura à taxa de 1 volt por cm. Então, à uma altura de 1.
000 metros há uma diferença de potencial 1.000.000 de volts em relação à superfície da terra. Este aumento de potencial com a
elevação da altura responde pela carga formidável observada em certas trilhas metálicas aéreas situadas nas regiões montanhosas.
Também responde por aqueles fachos de luz que, em condições de calma atmosférica, os alpinistas têm observado saindo de suas
garras metálicas em altas altitudes como as de Wetterhorn em Bernese Oberland (3.703 metros).
E mais, tem sido observado que todos os pássaros no momento de partir para uma longa viagem de migração (patos selvagens, pombos,
andorinhas, etc), começam por ser erguer no ar, e então descrevem uma série de numerosas órbitas antes de finalmente partir.

Porque eles voam desta maneira?


Julgando pelo quê nós acabamos de aprender sobre o instinto de orientação , podemos assumir que descrevendo tais órbitas os
pássaros ajudam a si mesmos com um processo útil de verificação de várias direções das ondas atmosféricas por meio dos seus
radiogoniômetros naturais (localizador de rádio-direção), consistindo de canais semi-circulares.
É altamente provável que o propósito destas manobras preliminares se relacionem essencialmente com a necessidade, imperativa para
todos os pássaros, de obter a tensão elétrica indispensável para detectar insetos ou outras presas que eles estejam procurando,
que estão de fato a milhares de milhas de distância.
Vamos supor que se, para o potencial atmosférico gerado pela altitude, 50.000 volts para vôo ordinário a uma altura de 500 metros,
nós somamos o potencial desenvolvido pela fricção das asas dos pássaros contra o vento, vamos dizer 25.000 volts, nós chegamos a
um total de 75.000 volts.
A influência da capacidade elétrica nos pássaros.
É importante notar que a tensão elétrica durante o vôo dos pássaros varia diretamente com a resistência do vento. Quanto mais
forte o vento, maior a tensão elétrica adquirida pelo pássaro. Quanto mais fraco o vento, mais a tensão diminui.
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Outra vez, quando o pássaro voa em linha reta, ele encontra em seu caminho ventos de intensidade variável vindo de todas as
direções. Esta tensão elétrica pode então ser regulada por ele que, simplesmente voa baixo ou alto de acordo com a força e a
direção do vento. Se, no curso de um vôo contra o vento, a tensão elétrica sobe de 75.000 volts para 100.000 volts, o pássaro tem
que descer para uma altura de 250 metros para trazer a tensão de volta ao valor anterior. Nesta altitude o pássaro encontrará na
atmosfera uma tensão que, somada àquela gerada pela fricção de suas asas contra o vento, dará um tensão de 75.000 volts que é,
ambos, suficiente e necessária para continuar o vôo. Por outro lado, uma tensão mais elevada se provaria prejudicial.

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Graças a este meio de regular sua tensão elétrica, variando com a altura de vôo, o pássaro, em referência ao solo abaixo,
constitui de fato um condensador de ar.
Ele possui uma espécie de aparato remoto completo uma vez que, os canais semi-circulares, em comunicação com seu cérebro, e sob a
influência da eletricidade, desempenha o papel de receptor.
Exatamente como ao captar as ondas remotas emitidas na América, o operador regula o mecanismo de seu aparato de recepção,
modificando, com um condensador de capacidade variável de sua antena em relação à Terra, assim os pássaros migrantes regulam suas
próprias capacidades elétricas voando mais alto ou mais baixo.
O papel da orientação no vôo dos pássaros.
Um entologista belgo, Dr. Quinet, após ter feito observações por 30 anos, afirma que ele tem visto, invariavelmente, pássaros
voando contra o vento. A teoria que tem será exposta adiante neste trabalho oferece
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uma simples explicação deste fenômeno. Quando eles voam contra o vento, os pássaros são compelidos, para baixar sua tensão
elétrica, para descer para baixas altitudes que os possibilita ao observador vê-los claramente. Mas quando os pássaros voam a
favor do vento ele sobem a uma considerável altura para obter a carga de eletricidade atmosférica que lhes é indispensável. Neste
caso os pássaros permanecem invisíveis ao olho nu.
Esta teoria também fornece uma explicação das observações, feitas por Ternier e Masse, Cathelin e Aubert, quando eles afirmaram
ter ouvido e visto pássaros migratórios voando em grandes altitudes a favor do vento ou contra ele em brisa leve.
Todas estas diferentes observações, longe de excluir umas às outras, combinam para confirmar minha teoria.
A explicação da migração.
Sobre o assunto da migração os pássaros e os meios empregado por eles para aquele fim, naturalistas tem antecipado uma grande
variedade de hipóteses. Alguns têm atribuído o instinto migratório a um excepcionalmente agudo sentido de visão, enquanto outros
tem imaginado a existência de um ouvido extremamente sensitivo, graças a uma espécie de um aparato microfônico. Há ainda outros
que tem suposto que os pássaros eram dotados com um olfato altamente desenvolvido que os possibilita detectar emanações que nos
escapam. Há também aqueles que tem invocado uma ação eletro-magnética, localizada na atmosfera; e ultimamente há a hipótese da
memória-de-lugar.
A maioria dos observadores parece terem preferido o instinto ou a hipótese de um sentido especial.
Todas estas teorias não explicam o porquê, por exemplo, os falcões sobem de frente para o vento antes de mergulhar nas suas presas,
que não parecem perceber a sua aproximação; e nem porque as gaivotas fazem uma série de manobras circulares no ar, enquanto estão
contra o vento, antes de mergulhar para o peixe nas ondas. E nem estas teorias explicam vários outros fatos análogos.
A teoria da auto-eletrificação sozinha, afirmando que o pássaro é capaz de detectar radiações emitidas pelas coisas vivas
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das quais se alimenta, pode ser dita para explicar estes fenômenos que tem permanecido ainda misteriosos.
A extensão do princípio para os animais sem asas.
Apesar de que os animais que vivem em contato próximo com a superfície da Terra eletrificam a si mesmos, menos facilmente do que
os pássaros e insetos, e portanto, é um fato que eles são dotados de um certo grau de receptividade que os possibilita detectar
radiações, mas somente dentro de raio muito pequeno. Então, um cavalo é capaz de encontrar ser caminho para o estábulo dentro de
um raio de 10 km. O cão detecta seu dono dentro de um distância razoável. As capivaras viajam para o mar vindas de longas
distâncias, das montanhas da Noruega. E o mesmo principio se aplica a todos os animais que possuem um rabo, pois todos eles se
auto-eletrificam ao balançarem os rabos no ar. Deve ser também notado que o rabo dos animais produzindo a auto-eletrificação serve
como uma antena. E mais, o rabo é uma conexão direta com a maioria dos centros nervosos.
_______________________________________________________________Página 53
A natureza universal da radiação dos seres vivos
Princípios fundamentais Natureza da radiação dos seres vivos
O vaga-lume (O Pirilampo).
Princípios fundamentais
Como resultado de numerosas observações e experimentos eu formulei os seguintes 4 princípios:
1-todos os seres vivos emitem radiações.1
2-A grande maioria dos seres vivos com pouquíssimas exceções são capazes de receber e detectar ondas.2
3-Qualquer criatura voadora, quero dizer, capaz de deixar a superfície da Terra (pássaros, insetos alados) possuem uma alta
capacidade de emissão e recepção de ondas, enquanto os animais que são incapazes de voar tem um capacidade muito menor na mesma
direção.3
4-A influência da luz do Sol na propagação de ondas é o fator determinante em possibilitar que certos pássaros e insetos, cuja
receptividade é específica, voem e se alimentem durante a noite, enquanto outros, cuja receptividade é normal, funcionam durante o
dia.4
1 Este primeiro princípio é a chave da teoria. A evidência da sua validade é dada nos CAPÍTULOs seguintes.
2 A segunda proposição é uma conseqüência natural da primeira. O trabalhos de físicos sobre a propagação de ondas tem mostrado que,
qualquer sistema transmissor é suscetível de receber ondas e de transmiti-las. De fato, todo sistema radiante pode, ambos,
receber e transmitir ondas.
3 A terceira proposição é de certa forma, de ordem intuitiva e é baseada no quê todos sabem sobre propagação de radiações. A

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absorção de ondas é maior no solo do que na atmosfera. Antenas mais altas são melhores do que as baixas para emitir e captar ondas.
segue-se, portanto, que as criaturas voadoras são melhores dotadas do que as não-voadoras para emitir e receber radiações.
4 A quarta proposição diz das diferenças observadas tanto nos órgãos quanto nos hábitos dos animais diurnos e noturnos
respectivamente. Todas as observações sobre as ondas Hertezianas mostram a influência indesejável das radiações solares na
propagação das ondas. Mas nós ainda não estamos em um posição de mostrar, definitivamente, em qual extensão e de que maneira esta
influência é exercida sobre as ondas ultra-curtas. Até onde as de várias centenas metros de alcançam e também ondas maiores, a luz
do Sol tem um efeito enfraquecedor muito marcante. Como para as ondas de menos de 100 metros, o efeito contrário ocorre,
complicado pelo fenômeno da cintilação.
Nós podemos agora adaptar estas conclusões para os seres vivos cujas radiações são igualmente influenciadas pela luz solar.
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como a tendência moderna é reduzir todos os fenômenos físicos á unidade, incluindo uma grande faixa de ondas, é perfeitamente
lógico assumir que certos animais agem como transmissores e receptores de radiações. Parece quase certo que a maioria dos insetos
e pássaros liberam radiações e são também sensitivos à influência de ondas que os possibilitam encontrar suas direções. De
qualquer modo, estas criaturas encontrar seus caminhos sob a influência de ondas, e esta orientação é automática.
Quando, em 1923, eu concebi minha teoria, estes princípios poderiam ser considerados apenas como uma hipótese possível. Mas como
um resultado de todas as observações e experimentos que eu tenho feito desce então, esta hipótese me parece ter ganho uma grande
medida de clareza e validade.
A natureza da radiação dos seres vivos
Para compreender todo o papel e a natureza das radiações emitidas pelos seres vivos, pode ser útil lembrar e recorrer à história
da descoberta das ondas eletro-magnéticas. A existência destas ondas não foi geralmente conhecida até o desenvolvimento de um
aparato, para torná-las perceptíveis aos nossos sentidos. A fama de Hertz, Branly, Marconi e muitos outros técnicos e amadores é
atribuída essencialmente em terem inventado um aparato que, independentemente de todas as teorias sobre a natureza das radiações,
fez estas ondas facilmente perceptíveis, mesmo através de grandes distâncias.
As recentes descobertas de certos tipos de radiações ondas remotas (sem fio), raios-X, radioatividade, raios cósmicos têm
elevado, mas pouco, o véu de mistério que esconde de nossos sentidos uma grande gama de ondas que escapam da percepção direta.
Não é possível que nós estejamos cercados por outras radiações, imperceptíveis para nós, porque não possuímos os aparatos
necessários, capazes de as revelar aos nossos sentidos?
Se admitimos que os pássaros emitem e detectam radiações imperceptíveis a nós, os termos instinto e sentidos especiais
empregados para explicar certas características se tornam claros
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imediatamente, e assumem uma significância precisa. O senso de orientação dos pássaros e em animais geralmente se auto-explica.
Exatamente como um navio perdido na neblina tenta se orientar por meio de um aparato rádio-goniométrico, a direção do sinal
luminoso Herteziano enviando ondas eletromagnéticas, assim também, os animais e insetos em questão tentam captar radiações
emitidas por seres vivos e plantas que tem um interesse definido por para eles. Sua orientação é subsequentemente determinada
pelas direções obtidas.
Porém pode haver o problema de que espaço então ser camuflado com inumeráveis radiações. Como é possível para estas criaturas
detectá-las?
A resposta é simples. A discriminação é facilmente reconhecida graças à diversidade de freqüências que caracterizam estas
radiações. Nós deveremos ver como isto é conseguido atualmente.
Qual é o órgão que habilita um animal a captar estas ondas e detectá-las enquanto também perceptíveis aos seus sentidos? Minha
firme convicção é que este órgão é o canal semi-circular do ouvidos cujo fluido é sensitivo aos campos eletromagnéticos, assim
habilitando os animais para estar cientes das vibrações que eles procuram.
Nós podemos agora examinar mais de perto as funções dos canais semi-circulares estudando as modalidades se sua configuração nas
diferentes espécies vivas.
Os invertebrados não possuem qualquer canal semi-circular, mas somente vesículas membranosas que o substitui e tem funções
similares. Yves Delage menciona o caso do polvo que é ainda capaz de nadar após estar cego, mas retorna ao seu eixo longitudinal
ou plano de simetria quando as vesículas que controlavam a sua faculdade de orientação está destruída.
Depois da destruição de ambos os labirintos os animais aquáticos, e notadamente os sapos, não podem mais nadar e nem mergulhar em
linha reta. Deve ser notado também que as lampreias, que tem apenas dois pares de canais, podem somente mover no espaço em duas
direções; que os camundongos japoneses (camundongos dançantes) que têm apenas um canal superior vertical, podem
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mover apenas em uma direção, direita ou esquerda, e são, além disto, incapazes de se moverem reto para frente ou em uma direção
vertical. Estes lemmings, como El de Cyon mostrou, conhecem apenas espaços de uma dimensão.
A maioria dos vertebrados possui canais semi-circulares arranjados em três planos no espaço. Esta configuração de três canais,
cada um dos quais está em ângulo para o outro, constitui o labirinto que é completado por órgãos mais ou menos desenvolvidos: o
vestíbulo e o ouvido interno.
Agora, enquanto o ouvido interno é altamente desenvolvido nos mamíferos, é praticamente ausente nos peixes, répteis e pássaros
(Fig.3).

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Como nós explicamos esta diferença? A presença do ouvido interno nos mamíferos está relacionado ao especial senso que está ausente
nos pássaros e peixes? Eu creio que, sob o ponto de vista da minha teoria, a questão é suscetível de uma explanação muito simples
e geral. Nós já vimos que os canais semi-circulares funcional como um sistema radiogoniométrico cuja orientação depende da direção
das ondas particulares captadas. Enquanto os peixes e pássaros que se movem em espaços tridimensionais, este processo de captação
é facilitado, como nós dissemos antes, pela auto-eletrificação conseguida, da mesma forma por meio de variações de altitude dentro
do campo elétrico terrestre, regulado pelos pássaros ou então por meio de fricção de corpos vivos resultantes do contato com o ar
ou a água.
Os mamíferos, não dotados com tais poderes, e confinados a mover em um espaço bi-dimensional representado pela superfície da Terra,
precisam de um órgão auxiliar para captar as ondas particulares que sensibilizam seus canais radiogoniométricos. É onde o ouvido
interno tem uma parte importante, como uma espécie de antena, deixada aberta e tensionada, em uma forma tubo
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mais ou menos achatado preenchido com um fluido condutor.
A questão que aflora agora: E sobre os répteis?
Apesar de sua incapacidade de escalar alturas ou profundidades de 1.8 metros, porquê eles não estão na mesma categoria dos
mamíferos e porquê eles não têm ouvidos internos?

Figura 3 Diagrama de canais semi-criculares em diferentes espécies de vertebrados. A- Peixes B- Passaros e Répteies
Mamíferos (Pós Waldeyer)
Deve ser notado que, além dos três canais semi-circulares serem dispostos em ângulos retos em relação ao outro, estes órgãos são
diferenciados por características correspondentes às diferentes necessidades de cada espécie. Os peixes obtêm a necessária tensa
elétrica pela fricção resultante do impacto dos seus corpos contra a água e por nadarem mais perto ou mais longe da superfície.
Similarmente os pássaros adquirem auto-eletrificação pela fricção das asas contas o ar e variando a altitude no curso de vôo. Os
mamíferos que não podem contar com este processo de auto-eletrificação tem a necessidade, para captar as ondas, de um aparato
especial de direcionamento representado pelo acessório espiral.

A resposta aparecerá para alguém que observar os movimentos dos répteis. Se, por acaso, em um dia quente de verão, você tiver a
oportunidade de ver um réptil, você poderá observar que enquanto descansa , seu longo e articulado corpo é arranjado de algum modo
em
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forma de uma espiral achatada. Este estado de aparente repouso ou sono que a cobra parece ter assumido, é na realidade um estado
de vigília subconsciente. Ele vigia; a sinuosidade harmoniosa de seu corpo é um pequeno aparato que em uma grande extensão
compensa a ausência de um pequenino ouvido interno em um labirinto contendo canais semi-circulares. Se uma coruja, ou qualquer
pássaro diurno de rapina se aventurasse a abordar a cobra ou se um inofensivo sapo verde, uma presa fácil, se aproximasse, este
aparato de recepção improvisado, formado pelo seu corpo, imediatamente avisaria a cobra, que estaria preparada para atacar ou para
escapar. Isto parece provar não necessidade de um aparato espiral específico para captar ondas.
Portando, mais uma vez, nós temos a confirmação de um antigo ditado: A natureza não faz nada em vão ; e não há razão porque um
órgão inútil devesse ser preservado quando a natureza encontra um substituto melhor para ele.
O quê são então, estas radiações emitidas pelo seres vivos? Como todas as outras radiações conhecidas, elas são caracterizadas por
seus comprimentos de onda. Nossa presente tarefa é considerar os parâmetros de comprimento de ondas que compõem estas radiações.
O Vaga-lume
Para começar, deixe-no mostrar por um exemplo concreto que seria absurdo negar o principio de que os seres vivos emitem radiações.
Esta negação é obviamente fútil, como todas os dados disponíveis que a contradizem formalmente.
Não é necessário nenhum grande esforço para pensar sobre um inseto que emite radiações luminosas, quero dizer o pirilampo.
O quê é um pirilampo? Um inseto que permanece mais ou menos constante estado luminoso. Experimentos têm mostrado, por observação
direta, que os ovos de um pirilampo são espontaneamente luminosos e que esta luz característica é transmitida sem um intervalo de
geração para geração.
O quê é então esta radiação do pirilampo? Nada além de radiações de luz ordinária, mas filtrada e dando um espectro luminosos
especial que pode ser observado com o
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espectroscópio. Portanto se nós percebemos a luminescência do pirilampo, é primariamente porque ela é devida à radiação luminosa,
emanada por células, certas moléculas que vibram com a mesma freqüência da luz que nos podemos perceber imediatamente porque ela
afeta nossos sentidos visuais.
Porquê então devemos admitir a possibilidade do pirilampo emitir radiações luminosas enquanto recusando admitir a possibilidade de
outros insetos emitirem diferentes tipos de radiações, além dos parâmetros das radiações luminosas, e conseqüentemente
imperceptíveis para nossos sentidos?
Tal atitude é reminiscente do cético Thomas. Insistimos em ver as radiações antes de acreditar na existência delas. Mas nós
sabemos que no incomensurável parâmetro de vibrações, somente a oitava luminosa é visível para nós. Não há nenhum polêmica nisto,
e o mistério dos casos considerados desaparece se nós admitirmos que o fato de emitir radiações é uma propriedade universal das

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matérias vivas, exatamente como está se tornando mais e mais evidente que a radioatividade é um propriedade universal da matéria
inanimada. Podemos perguntar a nós mesmos sobre a origem da energia necessária para a radiação. Deveremos ver mais tarde como esta
questão pode ser respondida em sua forma generalizada e também com respeito a todos os seres vivos. Em qualquer caso, parece
inconsistente não reconhecer para outros seres vivos o quê é reconhecido no caso particular dos pirilampos.
O parâmetro total das propriedade radiantes dos seres vivos não se manifesta aos nossos sentidos mais do que uma completa gama de
ondas eletromagnéticas.
Vamos humildemente lembrar a nós mesmos que o corpo humano não tem nada além de janelas muito pequenas comparadas com o
incomensurável parâmetro de um oceano de radiações. Nossos sensos podem revelar-nos umas poucas oitavas. O pouco conhecimento que
temos a respeito das radiações dos seres vivos tem que ser suficiente para guiar-nos no estudo de um parâmetro total.
Temos dado atenção à luminescência do vaga-lume que emite uma luz fria, ou quase fria. Quase não é necessário acrescentar que
todos os animais com uma temperatura normal constante ou uma temperatura mais alta do que aquela do
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ambiente atmosférico, emitem radiações caloríficas, isto é, radiações quentes.


Antes de formular um teoria geral e lidar com o problema da energia, deixe-nos dizer algumas palavras sobre a radiação em geral, e
especialmente sobre as radiações eletromagnéticas com as quais a ciência moderna tem nos tornado familiar. Estas radiações
constituem a base da mais importante fenômeno físico. a Propagação de ondas sonoras através da matéria é produzida contra uma
certa quantidade de resistência enquanto as ondas eletromagnéticas atravessam o mais tênue espaço preenchido apenas pelo éter
expandido. Entre tais ondas encontramos as ondas remotas (sem fio), ondas caloríficas, ondas luminosas, ondas fotoquímicas,
raios-X e ondas penetrantes (raios cósmicos).
Página 61

CAPÍTULO IV
A natureza e as características das radiações conhecidas Tabela de Radiações Ondas eletromagnéticas O papel da
auto-indução e Capacidade - O circuito oscilante O período natural e ressonância Ondas ultra-curtas.

A natureza e as características das radiações conhecidas


É de conhecimento geral que a radiação é uma turbulência do éter viajando à velocidade da luz, que é de 299.863 Km por segundo. O
parâmetro conhecido de radiações compara-se ao das ondas remotas (sem fio), caloríficas, luminosas, radiações químicas, raio-X,
raios gama do rádio e dos raios cósmicos. Estas várias radiações diferem umas das outras apenas por suas freqüências, ou seja,
pelo número de oscilações por segundo que as caracteriza. O comprimento de onda é a distância percorrida pela onda por segundo no
seu curso de sua propagação. Quanto mais alta é a freqüência da radiação, mais curto é o comprimento da onda. O processo de
radiação não envolve transporte de matéria ou emissão de partículas; é essencialmente a propagação de uma turbulência ocorrendo no
espaço.
Tal é o princípio central da teoria das radiações governando a física moderna.
A tabela da página 62 representa a escala completa das ondas eletromagnéticas com seus respectivos comprimentos de ondas e
freqüência.
De acordo com Clerk Maxwell que concebeu uma teoria famosa da luz, a radiação luminosa é de natureza puramente magnética. Como as
ondas eletromagnéticas são agora familiares para todos, nós finalmente propomos considerá-las. Esta aparente digressão é
necessária para conseguir a obtenção de detalhes técnicos que serão dados mais tarde em conexão coma minha teoria de radiação de
células
Página 62

Tipo de ondaComprimento de ondaFreqüência


(Vibrações por segundo
Onda remotas (sem fio)30.000 metros para alguns milímetros10.000-50 mili-yard
Ondas infravermelhas (Raios caloríficos)314¼-0.8 ¼1-375 trilhões
Ondas luminosas
1 oitava0.8 ¼-0.4 ¼375-750 trilhões 20 trilhões
Ondas ultra-violeta0.4¼-0.015¼750 trilhões-20 quatrilhões
Raios X
(12 oitavas)0.15¼-0.0000057¼20 quatrilhões-60 quintilhões
Radio-Atividade0.0001¼-0.000002 ¼3-150 quintilhões
Ondas cósmicas (radiações penetrantes)0.000002 A.U.-

Letra grega ¼ (Mícron) = uma milésima parte de um milímetro.


A.U. (Unidade Angstron) = uma décima-milionésima parte de um milímetro.
Esta tabela cobre aproximadamente 60 oitavas das quais o olho humano pode detectar apenas 1 oitava. Todos estes raios são
acreditados ter certas características comuns. Eles são gerados movendo-se cargas elétricas e propagadas sem qualquer meio

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material. É suposto que elas viagem com a mesma velocidade de aproximadamente de 186.000 Milhas por segundo.

e de seres vivos. Além disto, qualquer pessoa deveria ser capaz de seguir facilmente as explanações e analogias dadas neste
capítulo a respeito dos circuitos oscilantes e correntes de alta freqüência. Leitores capazes de compreender considerações
técnicas sobre as ondas eletromagnéticas podem achar útil as informações do pé da página sobre auto-indução e capacidade no
circuito oscilante.1

1 Ondas eletromagnéticas.
O fenômeno associado com oscilações elétricas não pode ser totalmente compreendido até que um certo número de fatos preliminares
tenham sido assimilados do qual apenas um breve resumo pode ser dado aqui. Para mais informações o leitor tem a referencia de
vários livros-textos sobre ondas remotas (sem fio).
Para começar, vamos ter em mente que a base de todos estes fenômenos é a indução, descoberta por Faraday e universalmente aplicada
em eletricidade hoje em dia. O seguinte é um breve sumário das principais características deste fenômeno:
Uma corrente elétrica instantânea é gerada em um circuito de condutor sempre que um fluxo magnético que flui através dele varia. A
força eletromotiva desta corrente induzida é a maior de todas, outras coisas sendo iguais, porque a variação do fluxo é mais
rápido. O fenômeno da indução tem dado força à teoria da corrente alternada e à todas as aplicações derivadas dela, notadamente
para o uso das espirais de auto-indutância, capacidade, circuitos de ressonância harmônica, etc. nós sabemos que o fenômeno da
ressonância forma a base de todas as oscilações elétricas. Um segundo ponto merece atenção: as oscilações elétricas são propagadas
através de isoladores
Página 63

Os circuitos oscilantes. O que é um circuito oscilante?


Nós sabemos que antes de um circuito poder ser o centro das oscilações elétricas é essencial que ele possua auto-indutância
(espiral) e capacidade (condensador). Quando estas condições são preenchidas um choque elétrico ou magnético atua sobre o
circuito, de maneira que assim constituído, de origem a uma série de oscilações.
De acordo com a circunstância na qual este fenômeno ocorre, e da maneira em que a fonte de energia se manifesta, necessariamente
tem que estar no circuito ou na sua proximidade alguma fonte de energia, a sucessão resultante de oscilações assim geradas pode
ser repetida e mantida.

Analogias explanatórias sobre as oscilações elétricas.


Para os leitores que não são familiares com o fenômeno envolvido com a produção de oscilações em um circuito elétrico, nós
propomos explicar, de uma maneira muito elementar, como isto ocorre.

melhor do que através de condutores porque os isoladores não as absorve. Um circuito ininterrupto, que é dito aberto de um
ponto de vista elétrico, pode assim ser o centro de uma oscilação rádio-elétrico que são irradiadas através do espaço na forma de
ondas eletromagnéticas. Uma onda eletromagnética propagando si mesma, consiste essencialmente de um campo elétrico e um campo
magnético que segue as variações de uma onda particular em ambos, tempo e espaço. A circulação de correntes oscilatórias de alta
freqüência originadas de materiais isolantes, principalmente em virtude das vibrações extremamente rápidas destes movimentos
elétricos e também devido ao fenômeno de auto-indução e capacidade.

O papel da auto-indução e capacidade.


O fenômeno da auto-indução é, como o nome sugere, apenas um caso particular de indução que se manifesta no circuito que dá origem
a ela, criando um tipo de auto-reação.
A auto-indutância ou, mais simplesmente, indutância, é a parte de um circuito elétrico na qual o fenômeno da auto-indução se
manifesta. Esta última é produzida por um campo magnético variável. A auto-indução é levada em consideração quando este circuito é
atravessado por uma corrente elétrica variável ou por um fluxo magnético igualmente variável.

A auto-indutância ou, mais simplesmente, indutância consiste praticamente de um ou várias espirais condutoras, geralmente
dispostas em forma de bobina. A fluxo de indução formado pelas espirais é axial.
Um fio condutor retilíneo possui auto-indutância, devido ao campo magnético criado ao seu redor por qualquer corrente fluindo
através dele. O fio pode ser considerado como uma espiral de diâmetro infinito.

Capacidade
Quando dois condutores fecham-se um para o outro se separam por um isolante um certo potencial diferente surge, contínuo ou
alternado, uma acumulação de eletricidade local resulta nestas duas armaduras metálicas, devido à capacidade elétrica deste
sistema. Devido à acumulação de eletricidade resultante sob estas condições, o nome de condensador tem sido dado para o aparato
capaz de produzir este fenômeno.
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Vamos fazer duas comparações. Vamos imaginar que o pêndulo de um relógio. Este é um sistema que pode ser iniciado de duas maneiras
diferentes de acordo com as condições sejam aquelas associadas uma com a outra dos seguintes dois casos.
1 Suponha que a massa de um pêndulo imerso em água possui uma pá para diminuir seu movimento. Se o pêndulo é tirado da posição
vertical e então solto, ele retornará lentamente à posição vertical, devido à resistência da água contra a pá. (Figura 4).
2 Agora, suponha que o pêndulo esteja suspenso no ar sem a pá. É esperado que sob a influência de uma impulsão o pêndulo
oscilará para e de uma posição vertical. Seu movimento enão se torna oscilatório e a freqüência da oscilações é igual ao número de
vezes que ele passa pela linha vertical em um segundo (Figura 5).

Nós também sabemos que um isolador colocado entre duas armaduras, que não podem ser o centro de nenhuma corrente similar àquelas
fluindo através de dois condutores é, entretanto, atravessada pelas correntes elétricas chamadas correntes de convecção.
As leis da eletricidade estabelecem que a corrente fluindo através de um condensador varia em intensidade à medida em que a
capacidade do condensador se tornar maior, a tensão elétrica aumenta e a freqüência desta tensão por si, se torna mais definida.
Mas é importante observar que, mesmo se a tensão e a capacidade são muito baixas, e entretanto possível obter um corrente de
grande intensidade desde que a freqüência seja muito grande.
Para freqüências maiores do que um mili-yard, por exemplo, as capacidades consideradas são tão fracas que elas podem parecer não
existir ou serem desprezíveis. Elas são capazes, entretanto, de deixarem passar oscilações de alta freqüência através do ar ente
as duas armaduras separadas por várias polegadas e formando um condensador.
Para freqüências mais altas ainda a distancia de vários metros entre os dois condutores, sempre constitui uma capacidade
apreciável e é então possível, graças ao fenômeno de alta freqüência, fazer um fluxo de corrente através de um circuito aberto .
Isto é possível por causa das correntes de condução, passando através de condutores elétricos, muito próximos outra vez devido à
capacidade aérea em forma de correntes de convecção.
Geralmente falando, dois fios simples, colocados próximos e juntos, formam capacidade à medida que eles elevam para diferentes
potenciais. Pela mesma razão, as duas extremidades de um fio simples têm uma capacidade em relação às suas extremidades e para o
meio externo.
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Se uma causa externa age sobre o pêndulo com o mesmo ritmo e a mesma direção, sua oscilação continua sem uma parada. Assim, nós
vemos que quando não há resistência para o deslocamento, tal sistema produz oscilações mecânicas.

Figura 4 Movimento do Pêndulo na Água O pêndulo sendo desviado de sua posição de equilíbrio gradualmente reassume a sua
posição original sem dar origem à qualquer oscilação devida à resistência do líquido que diminui seu movimento.

Vamos considerar dois vasos de água unidos na base por um longo tubo de pequeno diâmetro , e vamos levantar um dos vasos. O nível
da água no primeiro cairá, enquanto no outro vaso ele se elevará gradualmente até que o mesmo nível seja alcançado em ambos os
vasos (Figura 6). Neste caso, devido à resistência do tubo, devida ao seu pequeno diâmetro e grande comprimento, o nível final é
alcançado somente em graus em consequência do deslocamento contínuo da água dentro do tubo fluindo em apenas uma direção.
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Agora, vamos tomar um tubo curto e grande diâmetro com um válvula reguladora de fluxo no meio (Figura 7). A válvula

Figura 5

As oscilações do pêndulo dá uma representação mecânica das oscilações elétricas em um circuito consistindo de auto-indutância
(Inércia) e Capacidade (elasticidade).

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sendo fechada, deixa-nos levantar um dos vasos a até uma certa altura e então abrir a válvula subtamente. Nós sabemos que o nível
final comum nos dois vasos será alcançado apenas depois de alguns segundos, seguindo uma série de oscilações do fluído contido nos
respectivos vasos. Este

Figura 6 As oscilações da água entre os dois vasos conectados por um tubo curto de grande diâmetro. Neste caso, as oscilações
ocorrem mais lentamente devido ao tubo oferecer um alta resistência ao deslocamento da água e também porque mais tempo é requerido
pela água para viajar de um vaso para o outro.
Se a resistência do tubo é suficientemente grande, o movimento da água cessará quando o equilíbrio entre os dois níveis for
alcançado e nenhuma oscilação ocorrer.

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fenômeno da oscilação é devido à inércia da água, resultado da velocidade adquirida pelo líquido e o movimento súbito para então
voltar sua posição de equilíbrio.
Este estado de equilíbrio é alcançado somente após um série de oscilações terem ocorrido, cuja amplitude diminui gradualmente.

Figura 7 As oscilações de água entre dois vasos conectados por um tubo curto de largo diâmetro. As oscilações ocorrem quando a
válvula fechando o vaso todo é aberta subitamente. O resultado é movimento de vai e vem da água no tubo. O número de oscilações
por segundo ou freqüência é o maior quando o tubo é menor e mais largo.

A ocorrência do fenômeno pode ser acontecer simplesmente pela diferença inicial de nível. E se é desejado que as oscilações durem
indefinidamente, é meramente necessário aumentar ou baixar alternadamente um dos dois vasos enquanto seguindo com precisão, com a
mesma velocidade, o ritmo causado pelo movimento da água.
Assim, nós deveremos ter produzido, sob a influência de uma causa externa, um movimento oscilatório permanente da água.
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Este experimento simples e sugestivo é tão familiar que nós não necessitamos ir adiante.
Vamos notar, entretanto, três pontos importantes. O movimento da água é mais rápido quando:
1 Quando a quantidade de água é pequena.
2 A diferença inicial de nível nos dois vasos é maior.
3 O tubo é menos resistente, maior ou menor.

Figura 8 A explanação teórica da descarga oscilatória de um condensador através da auto-indutância. No condensador visto acima,
as armaduras são carregadas com eletricidade positiva e negativa respectivamente. A seta (1) indica a direção da primeira
descarga da corrente. A seta (2) indica a direção do campo magnético instantâneo H produzido pela primeira corrente.
A produção de um campo magnético H se origina nas espirais, como resultado da auto-indução para uma corrente instantânea cuja
direção é indicada pela seta 3.
Será notado que a direção é a mesma à mostrada pela seta (1) e esta corrente carregará o condensador. Ele é então carregado com
polaridades inversas e é então descarregado outra vez, e assim por diante. Isto é conhecido como uma descarga oscilatória.

E agora o mesmo se aplica às oscilações elétricas em um circuito oscilante formado, como sabemos, pela auto-indutância e
capacidade. A espiral de indução tem o papel do vaso de água. (Figura 8).
A capacidade de um aparato elétrico baseia-se na sua propriedade de armazenar uma quantidade de eletricidade. Quanto maior a
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capacidade, maior é a potencial de acumular eletricidade. É requerido apenas que as duas armaduras metálicas de capacitor,
separadas por um isolante, deva ser elevada a tensões elétricas diferentes, para que uma carga possa resultar. Esta capacidade
então corresponde em todos os aspectos ao vaso de água. Mas, ao invés de carregar o vaso com água, é a eletricidade que carrega o
capacitor (condensador). A auto-indução corresponde ao volume contido no tubo que une os dois vasos. Quanto maior é a ação dele,
mais ele impede o rápido movimento oscilatório da eletricidade. Uma indutância insignificante, um circuito consistindo de um
espiral, por exemplo, corresponderia ao tubo, largo ou curto mencionado anteriormente, e poderia somente oferecer uma pequena
resistência à passagem da corrente. Por outro lado, uma espiral, consistindo de vários anéis, corresponderia a um tubo de grande
comprimento, oferecendo grande resistência à passagem da água.
Mais uma vez, sabemos que uma corrente elétrica fluindo através de um sistema de espirais cria um campo magnético cuja intensidade
e direção corresponde exatamente à intensidade e direção da corrente. Nós também sabemos que uma variação de intensidade no campo
magnético de um circuito cria neste circuito uma corrente elétrica. O circuito em questão pode ser uma bobina em si, ou uma
espiral gerando um campo (auto-indução). A indução de corrente assim produzida dura tanto quanto as variações do campo que o
cria.
Para resumir: uma corrente cria um campo magnético e a variação em um campo magnético dá origem a uma corrente elétrica variável.
Vamos adiante considerando um circuito oscilante consistindo de um espiral e uma capacitor formado por duas armaduras separadas
por um isolante. Vamos supor que o circuito seja aberto e a capacidade carregada. Se o interruptor estiver fechado, o
capacitor é descarregado imediatamente para dentro da espiral, dando origem a uma corrente, mesmo, como observamos antes, ao abrir
a válvula, a água corre para dentro do tubo. No inicio a espiral não é afetada por nenhuma corrente. Subitamente um corrente flui,
vindo do zero para um certo valor. Há então uma variação de corrente
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e a criação de um campo magnético variável na espiral, representando uma certa variação de energia envolvida. Mas a corrente não
flui indefinidamente e tende a diminuir. O campo criado pela corrente desaparecerá e então a variação no campo dará origem, pela

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indução no sistema de anéis da espiral, a uma corrente elétrica instantânea (Veja direção No. 3, figura 8).
Agora, está descoberto, e é um fato notável, que a direção desta corrente induzida é a mesma da direção da primeira corrente de
descarga e que ela tende a prolongar sua ação.
São as leis da indução que determinam a direção desta corrente e nós não deveremos insistir mais. Esta corrente, suplementar à
corrente primária, cargas em seu turno de capacidade que acabaram de ser descarregadas, apenas com uma polaridade inversa. Toda a
energia da descarga, que foi transformada outra vez em energia eletrostática, que é energia potencial, para carregar o capacitor
na direção inversa. Mas, devido a várias perdas, notadamente através do atrito que aparece sob a forma de calor, esta carga é
menor do que a carga primária.
Nós agora temo um conjunto de condições similares àquelas do início do experimento: o condensador será descarregado outra vez, mas
de forma diferente, dentro da espiral e então descarregado uma terceira vez com a polaridade idêntica à primeira polaridade.
O fenômeno prosseguirá nestas linhas até à completa exaustão da energia elétrica envolvida.
Será então visto que haverá um série de cargas e descargas muito rápidas, que é denominada uma descarga oscilatória. Este fenômeno
termina quando toda a energia é dissipada em forma de calor e radiação.
A rapidez da sucessão de oscilações, que é seu número por segundo, é conhecida com freqüência. Ele é maior quando a capacidade
leva menos tempo para
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se carregar, quando esta capacidade é mais fraca e também quando a espiral é menor.
É fácil compreender, portanto, a necessidade de se reduzir o mais possível a espiral e o capacitor pra obter freqüências muito
altas. É precisamente o quê acontece dentro das células vivas, como veremos mais tarde. Além disto, nós sabemos que se um
capacitor e a espiral de

Figura 9 Circuito oscilante de Hertz Acima, o circuito do Oscilador de Frequências Múltiplas de Hertz. O circuito
secundário consistindo de uma espiral de indução é conectado a duas bolas ou duas placas metálicas formando um capacitor por meio
de dois fios, A e B, constituindo uma auto-indutância. Um circuito oscilante aberto é então obtido. O capacitor formado pelas duas
placas é descarregado e dá origem à centelha entre as duas pequenas bolas.
O diagrama do meio mostra um oscilador retilíneo que consiste de um fio simples (auto-indutância) e termina em duas placas
metálicas ou bolas (capacitor).
No diagrama de baixo as placas são reduzidas para as extremidades do fio metálico. O capacitor é ainda existente, mas é muito
pequeno. A freqüência das oscilações é aumentada.

um circuito oscilante diminui mais e mais, o comprimento de onda pode se tornar tão curto quanto se queira, mas há uma outra coisa
que é reduzida ao mesmo tempo e muito rapidamente também que é a energia envolvida. Se o comprimento de onda se torna extremamente
curto a capacidade
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será, necessariamente, muito pequena e a energia quase desprezível, a menos que as tensões elétricas aplicadas sejam em si
consideráveis. Mas, é logo limitada nesta direção pela resistência dielétrica dos isoladores e mesmo pelo próprio ar.
Vamos lembrar os experimentos feitos por Hertz com duas placas metálicas separadas por uma distância de 1 a 2 metros e elevadas a
uma diferença de potencial alternativo por meio de uma espiral de Ruhmkorff; a auto-indutância foi constituída simplesmente
conectando-se os fios e o condensador, pela capacidade formada pelas duas placas suspensas no ar isolante (Figura 9).
Esta aparato libera ondas remotas (sem fio) de curto comprimento. Quando o comprimento dos fios é diminuído, como também o
diâmetro das placas, a auto-indutância e a capacidade são igualmente diminuídas, mas ainda persistem.
O aparato pode se tornar microscópico, e ainda o circuito oscilante sempre terá um comprimento de onda típico, mas este
comprimento de onda será correspondentemente menor e isto também se aplica à energia envolvida.
Vamos considerar o caso particular de um longo fio condutor linear cujas duas extremidades são elevadas para uma dada diferença de
potencial. Em relação ao meio material ao seu redor, este fio é dotado de um pequeno grau de ondas de capacidade magnética tendo
a freqüência e auto-indutância iguais às suas próprias.

Figura 10 Diagrama esquemático de um circuito elétrico oscilante mostrando similaridade aos filamentos celulares. Este circuito
oscilante pode se tornar microscópico. No caso deste diagrama as extremidades do circuito são próximas; elas formam capacidade e
tomam cargas elétricas, positivas e negativas. O pequeno condensador então formado é descarregado dentro do fio formando
auto-indutância, da mesma maneira de um circuito oscilante ordinário. Mas a auto-indutância está localizada aqui ao longo do
filamento.

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Portanto, pode ser uma fonte de oscilações eletromagnéticas de comprimento de ondas curtas, ou seja, de alta freqüência.

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Os três casos seguintes podem ser encontrados em:
1 O circuito é submetido a qualquer tipo de choque elétrico ou magnético: é então dito que ele vibra de acordo com seu período
natural.
2 O circuito é colocado em um campo eletromagnético variável ou então é submetido à influência de eletro-frequência. Ele então
vibra, assim por dizer, em simpatia ou mais precisamente, em ressonância.
3 Sob a influência de uma causa externa, o circuito pode também ser o centro de oscilações forçadas de um tipo diferente de
freqüência. Então, é dito que ele vibra periodicamente.
Uma rápida olhada na escala de ondas eletromagnéticas mostrará que, e modo geral, as oscilações que nós menos conhecemos são
aquelas que tem os menores comprimentos de ondas. As oscilações de baixa freqüência das correntes alternadas e as longas ondas
remotas (sem fio) pertencem ao domínio da indústria, como também as radiações luminosas e os raios-X. Mas ainda existe nas
regiões do infra-vermelho e ultra-violeta e na região das radiações penetrantes, cujas gamas de freqüências não têm nada além de
um interesse teórico, o estudo que não tem progredido muito.
No presente estágio de conhecimento nós podemos dizer que não há uma quebra definida entre as chamadas ondas eletromagnéticas, as
ondas caloríficas ou ondas infra-vermelhas, as ondas luminosas e as ondas cósmicas.

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CAPÍTULO IV
AS OSCILAÇÕES E AS RADIAÇÕES DS CÉLULAS
Comparação entre células e circuitos oscilantes Constituição do circuito celular oscilante Características e comprimentos de
ondas da radiação celular Natureza da radiação celular.

Comparação de células vivas com um circuito oscilante.


Sob a luz dos fatos experimentais, ambos, físicos e biológicos, discutidos nos capítulos anteriores, estamos agora em posição de
considerar a base da minha teoria sobre a radiação de células vivas.
No terceiro capítulo este primeiro princípio foi enunciado: Todas os seres vivos emitem radiações .
Do que acabamos de aprender, em conexão com nossos estudos físicos de ondas eletromagnéticas, segue-se que a emissão de radiações
implica, necessariamente, em um fenômeno oscilatório. Alem disto, o mais rudimentar organismo vivo, constituído de uma única
célula, parece evidente que a mais simples oscilação biológica tem que ser aquela que se manifesta dentro da célula.
Nós podemos assim anunciar este segundo princípio, sendo mais definido e seqüente naturalmente ao primeiro:
Toda célula viva é essencialmente dependente do seu núcleo que é o centro das oscilações e libera radiações.
O quê são estas radiações e qual é a origem das energias envolvidas? Aqui estão duas questões que eu proponho responder nas
próximas páginas.
Vamos supor que as dimensões geométricas de um circuito oscilante diminui gradualmente até se tornarem invisíveis e microscópicas.
A espiral e a capacidade do circuito, que também se tornarão microscópicos, todavia, ainda existirão. Graças a estes dois fatores
indispensáveis, o circuito continuará a oscilar sob a influência de causas que nós deveremos examinar mais tarde e com um
comprimento de onda mais e mais reduzido. Isto é precisamente o quê ocorre dentro das células. Análises microscópicas revelam a
presença de núcleos como mostrado nas figuras 10 e 11.
Estes núcleos são, como demonstraremos,
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circuitos elétricos dotados com auto-indutância e capacidade e conseqüentemente, capazes de oscilar. Estes circuitos oscilam de
acordo com uma faixa de comprimentos de ondas cuja magnitude depende essencialmente dos valores das espirais e capacidades. As
ondas liberadas são de origem eletromagnética, em virtude da natureza dos circuitos e são também de freqüência muito alta devida
às diminutas dimensões dos organismos em questão.

Figura 11 Visão microscópica de vários elementos que entram na composição de um célula. No centro está o filamento torcido que,
possuindo auto-indutância e capacidade, constitui um circuito oscilante.
A similaridade a um circuito de ondas curtas é manifesta: o filamento mostrado aqui oscila como um mola tendo um número muito
pequeno de espirais.

Constituição de um circuito celular oscilante.


Vamos primeiro lembrar o quê a morfologia nos ensina sobre o assunto da constituição das células. Os detalhes da estrutura celular
são esclarecidos na figura 12.
Uma célula consiste, essencialmente, de núcleo ou sistema central, imerso em protoplasma que é circundado por uma membrana
semi-permeável. O exame do núcleo revela a existência de pequenos filamentos torcidos constituindo circuitos elétricos. A figura
12 mostra um fragmento de um destes filamentos. Eles são compostos de materiais orgânicos ou condutores minerais, cobertos por uma
membrana tubular de material isolante consistindo de colesterol, plastina e outras substâncias dielétricas
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Assim, estas estruturas orgânicas, assumindo a forma de filamentos condutores, constituem um circuito elétrico dotado de um
construção com auto-indutância e capacidade, que pode bem ser comparado com um circuito oscilante.
Estes circuitos, caracterizados por valores extremamente baixos em relação à espiral e capacidade, podem sob certas influências
oscilar com uma freqüência muito alta e liberar radiações de vários comprimentos de ondas, exatamente como as células do pirilampo
libera radiações visíveis. A capacidade e a espiral destes circuitos elementares são, todavia, de uma natureza complexa; eles
dependem principalmente da forma e do

Figura 12 Filamentos do núcleo de uma célula: à esquerda, os fragmentos de filamentos de núcleos celulares. Sua estrutura
celular deve ser notada. À direita é mostrado um núcleo de uma glândula salivar da larva Chironomus plumosus (Após Balbiani)

comprimento dos filamentos, com seus anéis e sinuosidades, junto como as dimensões relativas da célula relativamente ao filamento.
Após um certo tempo e sob a influência de uma causa específica, dois pólos mutuamente atrativos aparecem no protoplasma, os
filamentos são quebrados, separados e orientados, para ser, finalmente unidos ao redor de cada pólo quando a célula está então
pronta para se dividir (Figura 13).

Características e comprimentos de ondas da radiação celular.


Está claro agora, a partir da constituição das células como reveladas pelo microscópio e os estudos morfológicos que, cada célula
é capaz de ser o centro das oscilações de freqüências muito altas liberando radiações invisíveis pertencentes a uma gama próxima
àquela associada com a luz.

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Figura 13 Fases diferentes da divisão indireta de uma célula:


1-A célula em estado de descanso com seu núcleo e centrossoma acompanhado pela esfera de atração.
2-O Núcleo isolado mostrando a formação de filamento; divisão da esfera de atração e a linha da fibra de cromatina.
3-Divisão longitudinal do filamento.
4-A divisão do filamento em quatro grupos de cromossomos e depressão de núcleos nos pólos sob a influência dos asteres*.
(Ásteres = *Estruturas em forma de estrelas foramadas no citoplasma de uma célula, tendo fibras como raios que rodeiam o
centrossoma durante a mitose).
5-Os raios dos ásteres penetram dentro do núcleo e a membrana desaparece nos pólos.
6-Estágio da Fase Equatorial ; os cromossomos são orientados ao longo de um plano perpendicular ao eixo rotatório central.
7-Separação do cromossomo que gravita na direção de cada esfera de atração.
8-Célula cujo citoplasma começa a desenvolver uma cintura no centro, cada metade contendo u núcleo em processo de
reconstituição.
9-Duas células filhas resultantes da divisão da célula original (Após Henneguy).
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Vamos tomar, por exemplo a corynactis viridis, ampliada 1.000 vezes. Do seu tamanho atual eu calculei aproximadamente a
auto-indutância provável destes circuitos combinados (Figura 14). A capacidade, entretanto, é muito difícil determinar. Tomando
certos valores médios, encontrei uma radiação localizada na região de infra-vermelho. É também possível obter uma faixa de
comprimentos de ondas admitidamente, uma aproximação grosseira medindo o comprimento do filamento e multiplicando-o por dois.
É altamente provável que as células cujos filamentos são isoladas em ambas extremidades vibram no princípio de meia onda, ou seja,
tem um comprimento de onda de quase o dobro do filamento, como os dipolos elétricos de Hertz. Mas estes métodos não são precisos
e não oferecem nada além de um tipo de comprimento de onda. Nós veremos mais tarde porque e sob quais influencias as células
oscilam. Neste momento eu espero ter convencido o leitor de que as células vivas são, de acordo com suas constituições, capazes de
oscilar e de emitir radiações.
É este fenômeno de radiação que é a raiz do famoso sentido misteriosos dos pássaros e insetos, aquele instinto especial postulado
pelos naturalistas.

Figura 14 O desenho do Corynactis viridis (ampliado 1.000 vezes). Neste organismo marinho, medindo nada mais do que 0.1 mm,

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um circuito formando auto-indutância em um número de circunstâncias internas, em virtude da estrutura espiral, são claramente
vistas. Aqui a similaridade à auto-indutância de uma espiral é impressionante.
Nos organismos vivos as espirais podem ser vistas mais próximas, juntas ou separadas uma da outra. Isto resulta em comprimento
enquanto altera nas modificações das ondas ao mesmo tempo ambas, a capacidade e a auto-indutância deste circuito variável
notável.

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É por meio de radiação celular interna que o pirilampo produz sua própria luz, que nunca se apaga. É uma radiação similar com uma
freqüência diferente, que dota os insetos com uma faculdade oculta, não originada do olfato, mas de uma radiação no ar. É a mesma
radiação que cria e mantém a vida, ou, pelo menos, que se mostra ser uma manifestação direta e inseparável dela.
São estas radiações que são emitidas pelos ovários da fêmea do bicho-da-seda e que atrai os machos. São estas radiações emitidas
pelos micro-organismos da carne em decomposição que atraem os mosquitos azuis e os besouros necrófagos. São estas radiações que
direcionam, por longas distâncias, as corujas, os lemmings e os morcegos para suas presas e habilitam os pombos-correios a
encontrar suas rotas.to o mistério aparente envolvido nos instintos e hábitos sociais dos insetos, pássaros e outras criaturas,
agora se tornam explicáveis.
Os naturalistas que têm estudado estes fenômenos, mas não resolveram o problema que a natureza nos criou sob este difícil aspecto.
Esta teoria dá uma nova luz no enigma associado com a radiação e com a vida em si mesma; é suscetível de muitas aplicações úteis e
parece ser a chave do grande problema da inteligência animal.

A natureza da radiação celular

É gratificante registrar que as investigações que eu tenho feito neste campo, grandemente inspirado pelas pesquisas do Professor
A Arsonval e pelo falecido Daniel Berthelot, têm sido confirmadas pelos experimentos recentes de Gurwitsch e Franck, como também
por aqueles de Albert Nodon, Presidente da Sociedade Astronômica de Bordeaux, que tem estado engajado por alguns anos no estudo do
fenômeno eletro-atômico produzido em organismos vivos pelas ondas ultra-curtas. Estas pesquisas são particularmente relativas
à radioatividade das plantas e animais.
A Nodon tem feito muitos experimentos, com o
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o auxílio de eletrômetros apropriados, com uma visão de comparar a radioatividade das plantas e dos animais com aquela
radioatividade das substâncias minerais como os sais de rádio e urânio.
As medidas registradas por Nodon foram derivadas de muitas fontes: folhas de Hortência, Gerânios, alho porro, dália, hera; grãos
de pólen, bulbo de alho, cebola, batatas recém colhidas.
Como conseqüência destes experimentos de acordo com os quais a chamada radioatividade é comparável ao urânio, ou, colocando de
outra maneira, que causa a descarga do eletrômetro em 25-500 segundos, dependendo da natureza e da massa do tecido orgânico.
Estendendo o seu campo de observação aos animais Nodon tem demonstrado que os besouros dourados, pretos e verdes, mosquitos,
aranhas e outros insetos vivos, liberam uma quantidade de radioatividade equivalente a 3 a 15 vezes o valor do urânio para uma
massa igual.
Incidentalmente, vamos observar o fato, que confirma claramente a minha teoria da oscilação celular, que plantas mortas e animais
não têm qualquer evidência de radioatividade detectável, para a qual a radiação natural parece ser essencial e parece
suficiente para a manutenção da vida. Realmente, esta radioatividade não é nada mais do que uma manifestação da oscilação
celular. Se o núcleo é destruído a oscilação cessa e a célula morre.
Estas observações, em adição aos experimentos nos sujeitos humanos, possibilitou a Nodon chegar à seguinte conclusão: Parece, a
partir dos fatos registrados que as células vitais do corpo humano emitem elétrons gerados por uma real radioatividade cuja
intensidade parece ser muito mais considerável do que aquela observada nos insetos e plantas.
O fato de que deveria haver um certa emissão de energia nos seres vivos, ou uma re-emissão implicando em uma atividade anterior,
dificilmente poderia ser posta em dúvida. A questão é, se há transporte de energia por meio de elétrons ou transmissão de energia
por meio de ondas. De minha parte,
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acho difícil imaginar que elétrons pode ser transportados por tão consideráveis distâncias como aquelas envolvidas em certos
fenômenos biológicos, isto é, o instinto dos animais e seus poderes de orientação e as maneiras e meios com quê sua existência é

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mantida. Há várias razões para acreditar que os elétrons são produzidos somente localmente como um resultado da polarização
elétrica dos tecidos orgânicos, mais nós temos também que ter em mente que o fenômeno real de indução e detecção no qual as ondas
desempenham uma parte de liderança no organismo humano, como resultado da oscilação de um circuito orgânico constituído do núcleo
celular.
Mais do que isto, Nodon obteve o quê pode ser chamado de radiografias espontâneas colocando coisas vivas (plantas, insetos)
diretamente sobre as placas fotográficas. Figuras nítidas foram registradas após um exposição de várias horas. A conclusão de
Nodon foi a seguinte: Parece provável que a matéria, sob a influência de radiações cujos comprimentos de ondas sejam menores do
que aquele diâmetro do elétron, pode estar sujeitas a certas modificações de natureza desconhecida que podem conferir novas
propriedades da matéria, diferentes daquelas conferidas pelas radiações de comprimento de ondas muito maiores, e não conectadas
com os elétrons.
A interpretação destes resultados me parecem ser muito mais simples. Nós estamos de fato vivendo em meio a campos de radiações
cósmicas, compostas por uma completa gama de ondas, da mais longa à mais curta. É óbvio, como foi mostrado nos capítulos
anteriores, que as radiações cósmicas induzem no núcleo das células dos organismos certos fenômenos elétricos, e, antagonicamente,
que o fenômeno interno do organismo, notadamente a nutrição, envolve uma série de oscilações elétricas dentro das células.
A teoria que eu formulei sobre as oscilações dos seres vivos respondem por estes fenômenos. A célula viva é um Oscilador de
Frequências Múltiplas e um ressonador elétrico. Suas constantes são fixadas pela forma e a natureza das substâncias que
entram na sua composição. A renovação
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Destas substancias por meio da nutrição dá origem aos efeitos eletrônicos locais, devidos aos elétrons liberados pelas reações
químicas dos organismos vivos, que modificam as constantes elétricas dos núcleos celulares. Por outro lado, as radiações emitidas
pelos seres vivos não consistem inteiramente de radiações radioativas. Há também as caloríficas, as infra-vermelhas e as radiações
luminosas (Pirilampos, cogumelos, micro-organismos e seres unicelulares).
Nesta conexão, vamos mencionam a descoberta feita por Gurwitsch e Franck dos raios mitogenéticos que são liberados dos talos e
raízes dos vegetais recém colhidos, desde que os núcleos celulares não sejam destruídos. Estes raios têm sido identificados como
sendo similares, em natureza, às radiações ultra-violeta e sua descoberta constitui uma importante confirmação da minha teoria de
oscilação celular.
No tempo em que os discípulos da teoria da emissão de luz são outra vez confrontados com os oponentes que apóiam a teoria da
ondulação, pode não parecer inoportuno reconciliar os Newtonianos com os seguidores de Huyghens demonstrando, como Broglie tem
feito, que o elétron não é, afinal, nada mais do que um sistema de ondas. Portanto é possível que as radiações cósmicas podem
integrar ou desintegrar os elétrons dentro do átomo. Mais uma vez, a existência de mais e mais raios cósmicos penetrantes está
sendo demonstrada freqüentemente, e, no momento, não há justificativa para antecipar um limite mínimo para a magnitude das ondas
ultra-curtas. Até agora o estudo das freqüências mais altas tem sido prejudicadas pela imperfeição do instrumental.
Conseqüentemente, parece não haver nenhuma razão válida para a postulação de um átomo vivo , como o imaginado por Nodon. De
fato, parece mais simples concluir que todos os organismos vivos, plantas e animais, consistem de sistemas eletromagnéticos
normalmente em equilíbrio sob a influência de um campo de radiações cósmicas combinadas com radiações internas, como aquelas
condicionadas pelos processos nutricionais. A amplitude excessiva ou deficiente desta radiação tem que envolver um desequilíbrio
oscilatório que é fatal para o organismo. Este estado de coisas pode ser causado
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simplesmente pelas variações nas características das radiações que modificam a atividade funcional do transmissor ou ressonador
celular.
Alguns físicos e técnicos rádio-elétricos tem dito que a minha teoria contraria os fatos, porque os raios cósmicos são tão
penetrantes que podem atravessar uma massa de chumbo de 7 metros de espessura ou mais, e portanto não podem fazer os núcleos das
células vivas oscilarem, o quê constitui por si só um circuito oscilante de uma magnitude muito maior do que é comensurável com a
ação das ondas cósmicas.
Para esta objeção eu posso dizer que as ondas cósmicas cobrem a faixa completa de comprimentos de ondas, mesmo aquelas medindo
vários milhares de metros, um fato observado pelos rádio-eletro-técnicos na recepção de todas as freqüências resultantes na
atmosfera. Mais ainda, cada grupo de células possui sua própria freqüência com suas vibrações características, e cada freqüência
individual pode ser identificada na vasta gama das ondas cósmicas.
Finalmente, nós poderemos confirmar mais tarde as conseqüências da minha teoria da oscilação celular observando os efeitos das
modificações na radiação cósmica seguindo as interferências resultantes da
1-atividade das manchas solares;
2-a radiação secundária das ondas absorvidas pelo solo;
3-a aplicação terapêutica dos circuitos oscilantes.
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CAPITULO VI

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MODIFICAÇÃO NAS CÉLULAS E DESEQUILIBRIO OSCILATÓRIO
Ação oscilatória dos micróbios Experimento demonstrando as propriedades elétricas dos micróbios Efeito da s radiações O
oscilador rádio-celular Testes terapêuticos em plantas com câncer experimental A teoria de Lakhovsky em relação à patologia
do câncer A importância da temperatura do corpo humano A febre e suas funções.

Ação oscilatória dos micróbios


O conhecimento que nós temos adquirido sobre a radiação celular nos habilita a considerar, sob um novo aspecto, o problema da
condição patológica das células, que, como temos visto, funcionam como ressonadores com tempo de vida infinitesimal.
Eu tenho apontado que a vida um fenômeno de oscilação no núcleo celular é o resultado de radiação e depende dela para a sua
manutenção. Nós podemos facilmente compreender que a vida, considerada como um harmonia de vibrações, pode ser modificada ou
destruída por qualquer condição que cause desequilíbrio oscilatório, particularmente pelas radiações de certos micróbios que
superam as radiações das células mais fracas ou menos resistentes.
É essencial que a amplitude de oscilação deva ter um valor adequado para que o organismo possa estar em boas condições de defesa
contra as radiações nocivas de certos micróbios. O micróbio,comum um organismo vivo, vibrando com um freqüência mais baixa ou mais
alta do que aquela da célula orgânica, causa, nos seres vivos, um desequilíbrio oscilatório. A célula saudável que deixa de
oscilar normalmente é então forçada a modificar a amplitude ou a freqüência de sua vibração, que o micróbio derrota mais ou menos
completamente pela indução. Como resultado de ser forçada a vibrara sob condições anormais a célula não pode mais funcionar
normalmente; é, de fato, uma célula doente. Para que ela tenha a saúde restaurada, tem que ser tratada por meio de uma radiação de
freqüência apropriada que, recarregando a célula com a energia requerida, alcança o duplo propósito de restaurar sua saúde e o eu
estado normal original.

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A ação desta radiação auxiliar neutraliza e supera a ação detrimental do micróbio.1


Não pode ser razoavelmente sustentado que, o quê é válido no caso das células orgânicas nos seres vivos, não seja válido no caso
dos micróbios, constituídos por um célula com um núcleo, que também emite radiação. Sempre que estas forma elementares de vida
entram em contato com seres altamente organizados, o resultado é o quê pode ser chamado de uma guerra de radiações entre os
micróbios e as células saudáveis.
O problema que nos confronta é de alguma maneira análogo ao dilema no qual uma pessoa se encontra quando está correndo para
socorrer um amigo em perigo. Ele se vê de enfrentado por agressores poderosos, mas ele ousa fazer uso de armas por medo de ferir o
seu amigo emaranhado em luta contra seus assaltantes inimigos.
Similarmente, micróbios malignos e células saudáveis estariam igualmente expostos a qualquer meio elétrico ou radioativo que
poderia ser empregado contra certas radiações detrimentais. É difícil destruir os micróbios sem ferir o hospedeiro. De fato, desde
o tempo de Pausteur, o objetivo principal tem sido matar os micróbios. Este método tem uma grande desvantagem, além da oscilação
dos bacilos, a oscilação da célula em contato com ele.
A experiência no tratamento do câncer e tuberculose com rádio, raio-X e ultra-violeta, tem mostrado as grandes dificuldades
envolvidas nesta forma de terapia.

Experimentos demonstrando as propriedades elétricas dos micróbios. É, talvez, de se esperar que algumas pessoas podem expressar
espanto com uma teoria elétrica da vida e uma teoria da célula viva que se estende ao micróbios, porque

1 A ação do micróbio na célula viva pode ser reduzida para ação de uma oscilação sobre uma outra oscilação. É essencialmente
comparável com a vibração forçada induzida por um pequeno gerador hetero-dínico (heterodyne) em um circuito ressonante ajustado
com a oscilação recebida. A ação deste gerador local cai dentro da linha com aquela radiação que está em ressonância .
Dependendo do valor da sua freqüência e amplitude, esta vibração auxiliar modifica e modula, para uma extensão maior ou menor, a
vibração inicial que pode ser reforçada ou, mais ou menos, eliminada.
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até agora os micróbios não foram estudados sob o ponto de vista elétrico.
Vamos nos referir a um experimento, feito por biologistas que demonstra que os micróbios são dotados com propriedades elétricas
peculiares que permanecem sem explicação até então.

Figura 16 Misão microscópica do Bacillus Typhous.

A estrita separação de dois tipos de bacilos foram conseguidas, a patogênica e a não-patogênica.


Este experimento foi filmado e é interessante assisti-lo, tão logo a corrente opera, estes micróbios correndo, alguns para direita
enquanto outros vão para esquerda. Este fenômeno, até aqui inexplicável, mostra que os micróbios possuem propriedades elétricas
das quais nós não éramos previamente conhecedores. Além disto, nós sabemos que em soluções altamente diluídas, com o resultado que
as cargas elétricas parecem, iguais, mas de sinais contrários. Por exemplo, o cloreto de sódio, NaCl, é dissociado como sódio, Na,
positivamente carreado, e cloro, Cl, negativamente

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Página 89

Carregado. Então nós podemos explicar por analogia que o tifóide e o Bacilo de Coli podem passar por diferenciação, sob um ponto
de vista elétrico, de acordo com sua composição química, exatamente como o sódio e o cloro são diferenciados sob condições
adequadas.
Em minha opinião o Bacilos de Coli se torna danoso somente porque ele é capaz de modificar-se, em geral, a característica da
célula: capacidade, auto-indutância e condutividade. Segue-se que o Bacilos de Coli, vibrando com a mesma freqüência das células
vivas, não tem efeitos danosos sobre elas, uma vez que ele não modifica o comprimento de onda das células. Por outro lado, o
bacilos tifóide, cujas propriedades são diferentes, como resultado da diferenciação dos seus componentes químicos, vibra com um
outra freqüência, e modifica por indução forçada, o equilíbrio oscilatório da célula.
Efeitos da radiação. Com respeito às modificações provocadas pelos micróbios nos tecidos e células, vamos tentar, sob a luz da
nossa teoria, encontrar um remédio apropriado.
O problema é, não querendo matar os micróbios nos organismos vivos, mas ativar a oscilação celular normal trazendo uma ação direta
para afetar as células por meio de radiações apropriadas.
Meus experimentos têm mostrado que com ondas remotas ultra-curtas ou com circuitos oscilantes na forma de colares e cintos, é
possível estabelecer o equilíbrio das oscilações celulares e superar o efeito das oscilações dos micróbios.
O tipo de radiações produzidos pelas ondas em questão é seguro, assim diferindo neste aspecto dos raios-X e do rádio. Portanto
deve ser mantido em mente que sua aplicação é livre de qualquer risco. Além disto, a ciência medica faz uso de correntes de alta
freqüência recomendada pelo Professor d Arsonval muito tempo antes da descoberta da válvula tri-iodo. Este método tem dado
excelentes resultados.
O Oscilador rádio-celular. Tendo desenvolvido um aparato transmissor, eu fiz uma experiência com um certo número de culturas de
bactérias que eu submeti a um campo de sua
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influência por muitas horas. O resultado foi que as culturas continuaram a crescer normalmente. Mais do que isto, eu nunca senti
qualquer mal estar com estes experimentos, mesmo tendo estado manipulando este aparato gerador de ondas por vários dias, e para o
qual eu dei o nome de Oscilador rádio-celular.
Estamos lidando aqui com um aparato gerador de ondas remotas, cuja construção é imaterial, condicionado para produzir a radiação
requerida. O comprimento de onda fundamental desta radiação está sujeita a variação. Sua real magnitude é condicionada pela
natureza das células submetidas a tratamento, mas até o presente momento, eu tenho usado ondas variando de 2 a 10 metros. É apenas
quando entidades vivas, que os raios liberados pelo oscilador rádio-celular são postos em ação de maneira que o equilíbrio
oscilatório da célula pode ser re-estabelecido. É a própria célula que, recuperando a sua vitalidade, graças à radiação do
oscilador auxiliar, consegue destruir o micróbio.
Os experimentos que eu fiz no Hospital Salpêtrière com o professor Magrou, foram feitos com plantas cancerosas, inoculadas de
acordo com o método de Erwin Smith. Estes experimentos foram o objeto de uma comunicação endereçada à Sociedade de Bilogia, em 26
de julho de 1924.
O texto desta comunicação é dado abaixo:
Testes terapêuticos em Cancer experimental em Plantas.
Os experimentos mostraram que é possível produzir, em várias plantas, tumores comparáveis ao câncer em animais pela inoculação com
Bactérias tumefacientes (Erwin F. Smith). Um de nós obteve experimentalmente por este método, um grande número de tumores. Estes
tumores continuaram a desenvolver-se indefinidamente; sob certas condições eles podem sofrer necrose parcial, mas eles não perecem
inteiramente até que toda a planta, ou pelo menos

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Placa 1

Foto mostrando a cicatriz da planta tratada


Pelargonium zonatum (Gerânio) inoculado com Bacterium tumefaciens em 10 de abril de 1924, e tratado de 24 de maio até 14 de
junho de 1924, em onze sessões de 3 horas de duração, por meio do oscilador de Lakhovsky ajustado com antenas.
Planta fotografada após a cura em 21 julho de 1924. (Clínica Cirúrgica de Salpêtrière, Paris)
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o galho contendo o tumor, sucumbisse à debilidade. Mesmo quando removidos cirurgicamente estes tumores invariavelmente se
recuperaram.

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Nós propomos descrever nesta nota a ação das ondas eletromagnéticas de alta freqüência, gerada por um aparato projetado por
Lakhovsky para propósitos terapêuticos, em acordo com suas teorias. Este aparato é chamado Oscilador Rádio-Celular e libera
oscilações cujo comprimento de onda (» = 2 metros aproximadamente) corresponde a 150 milhões de vibrações por segundo.
O primeiro experimento começou co um planta (Pelargonium zonatum) ou Gerânio tomado um mês após a inoculação com Bacterium
tumefaciens. Ele foi afetado por pequenos tumores brancos do tamanho de uma cereja. A planta foi exposta à radiação em duas
ocasiões com intervalo de 24 horas, e durante três horas cada vez (placa 1).
Por alguns dias seguintes ao tratamento o tumor continuou a crescer rapidamente, como os tumores de controle, formando uma grande
massa multi-lobular. Aproximadamente 16 dias após o primeiro tratamento o tumor subitamente começou a sofrer necrose. Algum tempo
depois (mais ou menos 15 dias) a necrose estava total; os lóbulos do tumor, atrofiado e desidratado, foram separados por sulcos
de eliminação do talo que os suportava, e o tumor por si não oferecia nenhuma resistência à menor tração. A ação da necrose das
radiações era rigorosamente seletiva e estritamente limitada aos tecidos cancerosos que foram atacados até o ponto mais profundo
do qual os tumores originaram. As partes saudáveis, talo e folhas, foram deixadas intactas e a planta manteve todo o seu vigor.
Um segundo Gerânio foi tratado de maneira similar. Nesta caso a duração da exposição à radiação foi prolongada (onze sessões de
três horas cada). Dezesseis dias depois da primeira sessão o tumor que a planta tinha começou a sofrer necrose e alguns dias mais
tarde ele estava completamente seco. Como no primeiro experimento, as partes saudáveis permaneceram intactas.

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Placa II

Foto de um tumor uma planta não tratada.


Pelargonium zonatum (Gerânio) inoculado com Bacterium Tumefaciens em 10 de abril de 1924, e fotografado em 6 de junho de 1924.
Será observado que a haste da planta tem um massivo tumor.
(Clínica cirúrgica de Salpêtrière , Paris)

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Um terceiro Gerânio submetido à radiação durante nove horas (em três sessões de três horas cada), a necrose dos lóbulos do tumor
seguir o mesmo curso.
Dezesseis Gerânios foram reservados como controle e não foram tratados. Todos eles tinha tumores em total atividade, muitos
enormes (Placa II),
Em conclusão, nós estamos justificados em dizer que os Gerânios que se tornaram cancerosos após a inoculação com a Bacterium
Tumefaciens, uma condição para a qual a intervenção cirúrgica fracassou em prevenir a recorrência, pareceram estar curados sob a
influência de certas ondas eletromagneticas previamente mencionadas nesta comunicação.
O resultado destes experimentos parece ser perfeitamente claro. De uma lado, um grande número de plantas inoculadas com Bacterium
Tumefaciens e deixadas sem tratamento, mostraram o desenvolvimento de tumores de tamanhos consideráveis que drenaram sua energia
vital, causando sua destruição ao final. Por outro lado, as plantas tratadas por meio de oscilações, e selecionadas aleatoriamente

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entre os Gerânios inoculados, foram, não apenas, rapidamente curados, mas ainda desabrocharam mesmo no inverno, enquanto os
Gerânios não inoculados, no momento próprio produziram flores, mas menos vivamente desenvolvidas.
A notável fotografia de um gerânio curado na página 89 (placa III) deve ser de grande interesse para os cultivadores de flores.

Minha teoria com relação à patologia do cancer

As estatísticas mostram que, na maioria dos casos, o câncer ataca as pessoas de meia idade, de 50 em diante, como também uma
grande número de pessoas, ou seja, o câncer ocorre em tecidos velhos.
Nossa tarefa portanto é descobrir o quais alterações químicas ocorrem no sangue ou nas células das pessoas mais velhas, para que,
de acordo com a minha teoria, o câncer ocorra como um resultado de variações das oscilações celulares causadas pelas modificações
na capacidade elétrica das células.

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Foto de uma planta tratada após a cura.


Este Gerânio é o mesmo da placa I, tratado por meio do Oscilador de Lakhovsky em 24 de maio de 1924, e curado em 4 de junho de
1924. Ele foi fotografado em julho de 1925.
Como será visto, esta planta está em excelente condição e em plena florescência.
Por outro lado, as dezesseis plantas de controle inoculadas, que foram deixadas sem tratamento, pereceram há muito tempo.
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Por exemplo, vamos considerar a formação de globulinas.1


Analises de sangue de pessoas idosas tem mostrado a presença de globulinas ricas em ferro e fósforo, construídas a partir de
fragmentos de fibrinas, leucócitos (corpúsculos brancos) e eritrócitos (corpúsculos vermelhos). De acordo com os investigações
de vários pesquisadores com Achard, Aynaud, Bizzozera, Eberth, Hayem e outros, aparecerem no sangue, entre os 40 e 50 aos de idade,
um número de corpúsculos achatados em forma de pequenas esferas, chamadas globulinas. O professor Aynaud mostrou que as globulias
contêm várias substâncias minerais, representando 1/6 do peso seco. Os resíduos da globulina mostra, em analises, proporções
constantes de fósforo, ferro, enxofre e cálcio.
Em adição às substâncias minerais, as globulinas contêm componentes orgânicos como a lecitina, cuja composição química é similar
àquela do colesterol que é encontrado em todos os tumores da pele.
O professor Roffo, o eminente cancerologista, tem mostrado que o colesterol é encontrado em todos os tumores malignos da pele.
Agora o colesterol, de acordo com os experimentos de Roffo, é suscetível à influência das radiações solares, particularmente
aquelas na região ultra-violeta. Em um recente estudo Roffo estabeleceu o fato de que quando o alimento experimental dos ratos é

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misturado com colesterol irradiado (produzido pela luz do sol ou raios ultra-violeta) os tumores malignos (sarcoma)
desenvolvem em 55% dos casos, enquanto em ratos alimentados com colesterol não irradiado, nenhum tumor é observado.
A transformação do colesterol envolve a produção de hidrocarbonatos que, em virtude de sua radiotividade, age nos cromossomos das
células que são destruídas, devido à interferência de radiação , resultando que somente a mitocôndria permanece. Estas unidades
orgânicas

1 Um nome genérico para várias proteínas, incluindo a globulina, vitelina, serum-albumina, fibrógeno, miosina e globina.
(Tradutor).
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sendo consideravelmente menores e tendo um freqüência muito maior do que os cromossomos, continuam a oscilar e desenvolver
enquanto, também, adquirindo um membrana celular. Portanto a formação da célula neo-plástica.
A ação das globulinas como causa do câncer agora se torna mais aparente. Elas contêm, por um lado, fósforo (radiação
fosforescente na presença de hidrocarbonatos encontrados na globulina), e, por outro lado, substâncias minerais como o ferro,
cálcio, enxofre, que aumentam a condutividade das células.
Como nos experimentos de Roffo no qual os hidrocarbonatos causaram o câncer em camundongos alimentados com colesterol irradiado,
assim também, um excesso de globulinas no organismo a partir dos 40 anos de idade, que introduz nos tecidos os mesmo
hidrocarbonatos como o do colesterol irradiado, desempenha uma parte na causa do câncer humano. Mais do que isto, as pesquisas de
vários investigadores tem mostrado que as globulinas se aglutinam muito rapidamente e têm uma tendência a se unir com partículas
orgânicas, formando uma cobertura que por sua presença causa distúrbio na oscilação das células normais, finalmente originando o
câncer.
Tem sido também observado que ó número de corpúsculos brancos e vermelhos é marcadamente menor em pessoas idosas do que em adultos,
e de acordo com certos investigadores, ambos os tipos de corpúsculos, vermelhos e brancos, são transformados em globulinas.
Portanto em idosos a composição química do sangue não é a mesma das dos adultos mais jovens.
Então, minha teoria dá uma base para esta explanação do fenômeno do câncer cuja causa primária é ainda desconhecida, se é por
micróbio ou não. Nós também sabemos que o câncer pode ser inserido dentro de um organismo saudável, mas que a inserção nem sempre
pega . Em tal caso a oscilação normal de células saudáveis supera a oscilação do neo-plasma (câncer) eu fracassa no seu
desenvolvimento. Por outro lado, se uma inserção é implantada dentro de um grupo de células anormais. Geralmente pega porque a
célula anormal tem uma taxa de oscilação diferente da célula normal.
Página 98
Destes experimentos foi finalmente concluído que o câncer não era contagioso e portanto não era devido a micróbios.
Sob o meu ponto de vista, comparo a célula cancerosa a um micro-organismo, tendo um núcleo exatamente como o das células
ordinárias, mas cuja freqüência de oscilação é diferente daquela das células saudáveis. Os únicos micróbios danosos são aqueles
que destroem ou modificam a oscilação normal alterando a capacidade elétrica das células; e como para os micróbios inofensivos,
pode ser assumido que eles vibram com a mesma freqüência das células saudáveis, ou que sua composição química corresponde à
capacidade elétrica e resistência do ambiente celular. É sabido que os bacilos acido-láticos, fungos, etc. não são mais nocivos do
que o bacilos de coli em condições normais, por terem a mesma oscilação das células saudáveis, eles não modificam sua freqüência e
portanto as células não sofrem qualquer alteração, apesar da presença destes bacilos.
Assim, em tecidos envelhecidos, um aumento na quantidade de moléculas contendo metais (ferro, etc), devido às globulinas ou
outras substancias capazes de modificar as constantes elétricas das células e o sangue, afeta a capacidade interna e a resistência
elétrica de todos os circuitos nucleares. O circuito formado pelo filamento orgânico não mais possui a mesma capacidade elétrica,
indispensável para seu equilíbrio, por seu comprimento de onda específico ter sido alterado. Daí que, a freqüência de oscilação
não é mais a mesma. Foi definitivamente modificada e difere da freqüência específica das células saudáveis.
Por outro lado, a deflexão das células que ocorre como resultado do aumento das moléculas contendo metais derivados da acumulação
das globulinas ou outras substancias cancerígenas, serve para aumentar a capacidade elétrica de outras células que causam uma
perturbação do seu equilíbrio oscilatório. Tão logo a freqüência natural é modificada e o equilíbrio oscilatório perturbado, as
células saudáveis, ao invés de se dividirem normalmente pela karyokinese (divisão indireta da célula, o modo comum de reprodução
de células)
Página 99

se dividem em células neo-plásticas (cancerosas) que vibram com um freqüência diferente. Estas novas células então agem pela
indução direta e vibração forçada sobre as outras células vizinhas, que elas forçam a oscilar com a freqüência característica de
tumores cancerosos, e assim as transformam em células cancerosas. A alteração dos tecidos se espalha gradualmente e resulta em um
aparência de um tumor canceroso.
Daí, a causa primária desta alteração parece ser um alteração da freqüência por parte das células saudáveis devido ao aumento das
globulinas ricas demais em ferro e fósforo nas células já enfraquecidas.
Na idade de 50 anos certos órgãos sofrem modificações químicas. A capacidade e o comprimento de onda das células são também
modificadas e começam a vibrar com uma freqüência diferente, com dito antes, forçando a divisão celular a se tornar neo-plástica
(cancerosa). O aumento de globulinas e outras substâncias cancerígenas ocorrem em uma certa idade, modificando a frequência das

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células saudáveis cuja capacidade elétrica é alterada em consequência, ou até mesmo tendo sua oscilação normal completamente
abolida, causa, não apenas câncer, mas também a maioria das doenças dos idosos. O câncer é, nada mais do que mais uma doença da
idade; ele proclama a degeneração do organismo.
Eu estou convencido de que finalmente nós deveremos ter sucesso em encontrar maneiras e meios de regular a capacidade e o
comprimento de ondas das células. Quando este objetivo for alcançado não haverá nenhuma razão porque a vida humana não deva ser
prolongada muito além do seu presente limite. Nós observamos, porém, que apesar da higiene moderna, a mortalidade por câncer
permanece enorme. Em minha opinião, isto é devido a uma razão que deveria ser mais tranquilizante, quero dizer, o progresso da
ciência, paradoxal como ele pode parecer. De fato, a expectativa de vida média (isto é, a média de duração da vida) que era em
torno de 39 anos na última década do século XIX, subir para uma média de 50 anos ou mesmo mais em alguns países, graças ao
progresso da cirurgia e da higiene, que tem prevenido um grande número de mortes anteriormente devidas a doenças contagiosas ou
orgânicas.
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O câncer, tão freqüentemente incurável, ataca pessoas que tem alcançado os inícios dos 50 anos de idade. O aumento na expectativa
de vida média afeta todas as classes da comunidade, tanto que mais e mais pessoas chegam à idade do câncer e sucumbem à doença.
Em vista do rápido progresso feito na ciência médica e na biologia, e como algumas das causas do câncer já foram definitivamente
estabelecidas, nós justificamos a nossa esperança de que esta terrível doença será logo conquistada.

A importância da temperatura do corpo humano

A febre e sua função.


Sob a luz da minha teoria é possível explicar o fenômeno da manutenção da temperatura constante no corpo humano.
Vamos primeiro considerar como a temperatura é mantida constante. Alimento, absorvido e quimicamente transformado pela digestão e
outros processos internos, alcança todas as células após ter sido assimilado parcialmente pelo sangue e o protoplasma,
respectivamente. Os alimentos, então, dão origem ás matérias que constituem as unidades elementares dos organismos vivos, as
moléculas e átomos compõem as substâncias químicas. Os alimentos carreiam todos os elementos químicos para estas unidades, metais,
metalóides, além de conduzir e isolar componentes necessários para construir o filamento orgânico, seu núcleo e membrana. O núcleo
é composto de duas diferentes partes:
1 Dentro do filamento, uma substância capaz de manter um certo grau de condutividade do filamento.
2 Cobrindo o filamento, a membrana consistindo de uma substância dielétrica destinada a auto-isolar o filamento.
Nós sabemos que qualquer oscilação em um circuito elétrico, aberto ou fechado, libera calor produzido pela passagem de corrente
através das partes condutoras ou isolantes do circuito. Em outras palavras, é a fricção da corrente contra a resistência do
circuito que causa esta produção de calor.
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Em todas as células o filamento, consistindo de materiais condutores mais ou menos resistentes eletricamente, se torna super
aquecido pela passagem de corrente. Portanto, o fato de que as células oscilam implica que elas liberam calor, produzido pela
degradação da energia elétrica vinda da energia química dos alimentos, e também da atmosfera (raios cósmicos) como veremos mais
tarde.
Vamos supor agora que devido a qualquer agente patogênico a resistência elétrica do filamento do núcleo e que da sua membrana
sejam diferentes; o resultado é uma liberação anormal de calor com repercussões nas células circunvizinhas. Esta emissão de calor
alcança as membranas destas células, de modo que a temperatura do corpo aumenta gradualmente e causa febre.
Talvez seja possível correlacionar estes fatos com a morte de certos pacientes sofrendo de febre alta.
Temos visto que o circuito constituído pelo filamento orgânico pode oscilar somente isto é, a célula pode viver apenas se este
circuito, como qualquer outro circuito elétrico, é isolado do líquido no qual ele está imerso. De fato, a membrana do filamento
serve à uma função similar com a seda ou borracha que cobre os fios elétricos.
O quê acontece, então, se a temperatura atinge 41º C?
Simplesmente isto: o isolante e a membrana resinosa que consiste de plastina (Uma proteína fosforizada que constitui uma das
proteínas mais importantes do protoplasma) ou uma substância equivalente, envolvendo o filamento condutor que funde em alta
temperatura devido à sua extrema finura e sua natureza física geral. O circuito perde o isolamento, que é destruído. As células,
portanto, deixam de ser as fontes de oscilações elétricas, não podem mais viver e morrem.
A resistência, mais ou menos prolongada, de certos pacientes à esta alta temperatura é devida à uma constante particular da
membrana do filamento nuclear e ao seu grau de fusibilidade.
Agindo sobre este princípio é claro que muitas doenças poderiam ser curadas por meio da febre, mantida em uma temperatura
controlada,
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de maneira que a fusão do núcleo do micróbio possa ser afetada e ele conseqüentemente destruído.
Nós sabemos que o gonococos não resiste à temperatura de 40º C e que é destruído pela fusão de seu núcleo seguinte a uma febre que

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passa desta temperatura. Além disto, de algum tempo para cá a febre tem deixado de ser considerada apenas uma manifestação
patológica nociva e inevitável. De fato, curas notáveis têm sido atribuídas à febre que parece pertencer ao domínio do empirismo,
mas que, sem duvida, compõe a ciência do futuro 1 . Por isto, não é inútil estudar de perto as causas e efeitos da febre, uma vez
que a sua indução artificial e controle adequado dependem deste conhecimento. Veremos em qual extensão minha teoria de oscilação
celular torna possível obter este controle.
Nesta conexão é interessante notar a ocorrência de febre provocada pela vacinação, e nós podemos também lembrar que em 1885 o
Professor Wagner von Jauregg, de Viena, indicou a possibilidade de tratar a paralisia geral do doente pela inoculação da malária,
o mesmo método aparentemente usado para curar Luiz XI da epilepsia.
No tempo em que os micróbios ainda não haviam sido descobertos, os efeitos curativos da febre já tinham sido observados. O Dr.
Auguste Marie, um eminente psiquiatra francês, menciona em um estudo recente as seguintes observações feitas por Esquirol em seu
primeiro trabalho datado de 1818.
Há algumas doenças crônicas que não tem sido curadas pela ocorrência de um febre inesperada. Todos os nossos médicos,
invariavelmente lamentam sua impossibilidade de produzir a febre. Muitos tentaram induzi-la ...
De forma geral, as curas em casos mentais seguindo-se à

1 Desde que Lakhovsky escreveu seu isto, a febre terapêutica tem se desenvolvido como um método aceito de tratamento conhecido com
Pyretoterapia. A aplicação de calor por este método ou pirotermia consiste em um aquecimento geral do paciente com ondas de
aproximadamente 30 metros. A piroteremia tem sido aplicada por muitos médicos em casos de reumatismo e outras doenças, incluindo a
paralisia geral do doente. Seu objetivo é a produção de febre artificial. (Tradutor).

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febre têm sido observadas em várias ocasiões, especialmente quando causada pela malária ou erisipelas. É, claro, um procedimento
puramente empírico inocular um paciente com uma doença e arriscar as conseqüências com a intenção de curar por meio da febre
resultante.
Em minha visão, o mecanismo de cura em questão é muito simples. Eu já tenho afirmado que os núcleos de todas as células consistem
de um certo número de substâncias cuja natureza e proporções são variáveis. Algumas destas substâncais agem como condutores (sais
minerais), enquanto outras agem como isolantes (resinas, gorduras, colesterol, etc.). Elas são arranjadas de uma maneira que o
núcleo é geralmente encontrado em forma de um tubo feito de uma matéria isolante (filamento) preenchido com um fluido condutor.
Assim são os elementos de um circuito celular oscilante.
Agora, estas substâncias isolantes são todas fusíveis em várias temperaturas especificas dependendo de sua natureza. A membrana do
filamento nuclear é assim um componente isolante que funde em uma certa temperatura variando para cada micróbio em particular,
esta temperatura dependendo essencialmente da natureza e da proporção dos elementos constituintes.
A máxima temperatura que um célula pode suportar sem ser destruída, é naturalmente relativa à constituição do núcleo, uma vez que
célula morre quando o seu núcleo funde. Além disto, cada espécie de micróbio é resistente até um certo grau de temperatura.
Observações feitas por vários trabalhadores provam que um certo número de doenças microbianas podem ser satisfatoriamente tratadas
por meio da febre, desde que a temperatura resultante e sua duração sejam adequadamente monitoradas.
Mas, como se pode fazer isto? Valendo-se da inoculação da malária ou substancias coloidais que podem causar graves distúrbios
orgânicos que dão origem à febre pela reação? Mas, a febre pode ser excessiva e causar fusão das células saudáveis do paciente e
então pode causar a morte.
Tem também sabido que a febre originada da elevação da temperatura do corpo, normalmente mantida constante através de resistência
elétrica,
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no circuito celular oscilante, à passagem de correntes induzidas de alta freqüência. Uma elevação da temperatura no circuito
celular oscilante pode ser provocada de duas maneiras:
1-Externamente, pelo excesso de corrente induzida, originada, por exemplo, do excesso de radiações cósmicas.
2-Internamente, pela diminuição da resistência elétrica do filamento celular; por exemplo, pelo excesso de substâncias minerais
condutoras.

Isto é confirmado por muitas observações feitas em pacientes febris.


Em casos de febre, um aumento da temperatura é invariavelmente observado no final da tarde, ao por do Sol, quando um súbita
redução da ionização atmosférica, devida à luz solar causa um grande influxo de ondas cósmicas, como também, ondas remotas curtas.
Por outro lado, uma diminuição da temperatura da febre é observada pela manhã, ao nascer do Sol, devida uma atenuação das ondas
cósmicas, conseqüente da ionização da atmosfera através de raios luminosos que interferem com as ondas cósmicas.
Sob a luz desta observações eu creio que é um procedimento perfeitamente seguro induzir ataques de febre curativa, não através da
inoculação dos pacientes com doenças perigosas ou destruindo um micróbio através da introdução de um outro no organismo, mas
valendo-se de métodos elétricos racionais, por exemplo, fazendo-se uso de um gerador de ondas ultra-curtas, como o aparato que eu
já descrevi, em adição ao uso de circuitos oscilantes e ressonadores apropriados. As ondas relativamente longas usadas na

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diatermia têm uma freqüência que é baixa demais para gerar uma temperatura alta o bastante, e para possibilitar-nos a monitoração
precisa da localização do efeito térmico produzido. Com ondas muito mais curtas, todavia, entre 1.50 e 3 metros, é possível
provocar um efeito de aquecimento muito mais intensivo.
A construção de um tipo de aparato de ondas ultra-curtas com potencial de alta energia já foi alcançado, a um tal ponto que os
operadores ao manipulá-lo tem apresentado sintomas de febre alta. Um aparato desta espécie
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pode possibilitar-nos regular a intensidade de uma febre adequada através da geração do calor necessário em uma quantidade
apropriada, de maneira a fundir o núcleo do micróbio patogênico.
Eu sou da opinião de que tal método de tratamento pode livrar a humanidade de muitas doenças, especialmente a sífilis, que é uma
das mais graves, porque sabemos que o organismo causativo, é fundido à temperatura de 40º C. Infelizmente, alguns outros micróbios
são fundidos à temperaturas mais altas do que as nossas células poderiam tolerar, notadamente no caso do bacilo da tuberculose. Em
tais circunstâncias a indução artificial de febre seria impraticável e portanto, a atenção tem que ser concentrada em aumentar,
por meios químicos, a fusibilidade do núcleo do micróbio em questão, ou diminuir a fusibilidade das nossas próprias células, o quê
nos possibilitaria então, usar um gerador de ondas ultra-curtas com um certo sucesso.

Maiores Provas da Oscilação Celular

A esterilização da água pelo contato direto dos micróbios com metais. Para provar a validade da minha teoria da oscilação celular,
eu fiz recentemente uma série de investigações no Instituto Pasteur. Como micróbios ou células podem viver somente em virtude de
suas oscilações de alta freqüência e tendo em mente a ação bactericida dos metais, eu conclui que, de acordo com minha teoria, os
fatos seguintes provêem a base para uma explanação racional.
É sabido que a freqüência de um circuito oscilante é modificada pelo contato com uma substância metálica que, de alguma maneira,
causa um curto-circuito. Disto, eu deduzi que o mesmo fenômeno deveria ocorrer no circuito celular oscilante, isto é, pelo contato
do metal com o micróbio. Os experimentos feitos no Instituto Pasteur confirmaram, uma vez mais, minhas visões teóricas, e foram o
tema do seguinte comunicado apresentado pelo Professor d Arsonval à Academia de Ciências em 15 de abril de 1929.
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Microbiologia - A esterilização da água, e outros líquidos, por meio de circuitos metálicos em contato direto com ela. Nota de
Georges Lakhovsky, apresentada pelo professor d Arsonval (Resumida).
O poder bactericida da prata é conhecido por um considerável tempo. Desejando testar a ação dos metais sobre os micróbios, de
acordo com a teoria de oscilação celular, que afirma que o núcleo de todas as células ou micróbios são comparáveis a um circuito
oscilante de alta freqüência, e sabendo que a freqüência de oscilação de qualquer circuito é modificada pelo contato com uma
substancia metálica, concluí que a ação bactericida do metal era puramente física e devida à alteração da oscilação do núcleo em
contato direto com o metal.
Em colaboração com M. Sesari, do Instituto Pasteur, eu comecei estes experimentos com a prata.
I-Bacilos de Coli Uma emulsão de Bacilo de Coli, contendo 11.280 colônias = 1.128.000 por cm3 , foi usada com padrão. A
emulsão foi então distribuída como se segue, em três vasos separados.
A-Usado como controle.
B-Circuito com 7 espirais achatadas (Área da superfície = 119 cm2).
C-Circuito com 9 espirais redondas (Área da superfície = 72 cm2).
Após o transcorrer de um certo tempo os resultados foram os seguintes:
Número de colônias encontradas
Após 18 horasApós 25 horas
Bacilos de Coli por cm3Circuito A
Circuito B
Circuito C43.680.000
0
0

II-Os mesmos resultados foram obtidos com o bacilus tifóide. Neste caso o processo de esterilização foi um pouco mais prolongado.
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III-Para verificar aqueles resultados obtidos não eram devidos a uma química, mas à ação física do metal, nós fizemos o seguinte
experimento.
Após ter misturado a água esterilizada no experimento anterior com os circuitos de prata (Circuitos B e C), colocamos esta
mistura esterilizada dentr de três copos, a, b e c, como se segue:
A-Sem tratamento adicional.
B-Aquecida entre 101º e 105º C.

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C-Filtrada com Chamberland F.
Estes três líquidos foram então contaminados outra vez com o Bacilo de Coli, mas sem o circuito de prata.
A analise quantitativa, 10-1 cm3, ao final de 24 horas, deu os seguintes resultados:
Copo de controle 10-1. 946 colônias.
Copo a.10-1.12 colônias.
Copo b.10-1.13 colônias.
Copo c.10-1. 1.474 colônias.

Será observado que os líquidos a e b contendo o bacilo de Coli destruído pelo tratamento anterior teve um efeito imunizador sobre
a emulsão recém introduzida de Bacilo de Coli, enquanto na água filtrada (copo c) os micróbios se desenvolveram normalmente.
Repetimos estes experimentos com um metal branco conhecido como Platonix com os mesmos resultados.
Sob um ponto de vista da higiene a conclusão é que um novo processo está disponível para a esterilização de água sem necessidade
de fervura (que modifica o gosto e retira certos sais minerais) e sem a adição de substâncias químicas que afetam sua pureza em
um certo grau, e, por último, sem o uso de filtros que nem sempre são eficazes.
Eu também desejo chamar a atenção para o fato de que o metal perde seu poder bactericida quando sua superfície se torna coberta
com um camada fina de depósitos calcários e material orgânico derivado da água que o separa do micróbio. O mesmo fenômeno
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ocorre em baterias e acumuladores pela polarização, quando os eletrodos têm que ser limpos e despolarizados.
A importância deste método de destruição de micróbios reside no fato de que, sem o uso do calor ou de agentes químicos, é possível
preservar a constante química do micróbio inalterada, e isto, dentro de reais possibilidades, pode ampliar o campo da vacinação,
especialmente com respeito ao tratamento por via oral.

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CAPÍTULO VII
A NATUREZA DA ENERGIA RADIANTE

O quê é energia radiante? Ionização e condutividade Radiação profunda e Ondas cósmicas Uni-versão Radiação solar e
fotólise.

Nos capítulos anteriores eu mostrei como o senso de orientação em animais poderia ser explicado e como as células vivas eram
centros de radiações. Agora, proponho considerar a origem desta radiações.
Tendo em mente a relação existente entre radiações das células saudáveis e o desequilíbrio oscilatório que ocorre em condições de
doença, eu começo a reforçar esta oscilação celular por meio do meu oscilador de alta freqüência, que produz uma gama extensa de
ondas ultra-curtas suscetíveis de interferir com as ondas cósmicas e absorver qualquer excesso de suas emissões.
A existência desta ondas interferentes é de importância crucial porque parece claro que somente certas ondas de freqüência
comparável àquelas ondas emitidas pelas células podem ter um influência sobre as radiações destas células.
Ao desenvolver minha teoria, eu me defrontei com o problema da origem da energia necessária para a produção e a manutenção das
oscilações celulares. É uma questão de energia química produzida nos seres vivos por radiações internas? Ou, é uma energia interna
de natureza física, térmica ou luminosa? Não parece provável, a priori, que seja uma questão de energia interna, mais do que a
bateria elétrica, a maquina a vapor ou o dínamo, possui uma energia própria. É então uma questão de energia de origem externa? O
fato é que é, realmente, uma questão de radiação cósmica externa que os astrofísicos descrevem com raios penetrantes ou raios
cósmicos que nós consideraremos no devido momento.
Para determinar a origem desta energia, eu preparei o seguinte experimento, similar ao experimento anterior, quando as plantas
artificialmente inoculadas com câncer foram

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FOTO DE UM OUTRO GERÂNIO TRATADO POR MEIO DE UM CIRCUITO METÁLICO ABERTO.


Esta planta, inoculada em 4 de dezembro de 1924 foi envolvida por um circuito metálico aberto de 30 cm de diâmetro mantido em
posição por uma haste de ebonite. A foto, tirada dois meses após a inoculação, isto é, no fim do mês de janeiro de 1925, mostra o
tumor desenvolvendo junto com a planta que não parece ser afetada por ele, apesar das plantas de controle, inoculadas na mesma
data e mostradas aqui, terem todas perecido.

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tratadas por meio de radiações eletromagnéticas de alta freqüência que absorveram o excesso na liberação de ondas cósmicas na sua
intensidade máxima. Neste experimento eu, propositalmente, administrei a fonte local de energia, isto é, o Oscilador.
Eu peguei um série de gerânios previamente inoculados com câncer e os coloquei em vasos separados. Um mês mais tarde, quando os
tumores tinham se desenvolvido, eu peguei umas das plantas aleatoriamente e a cerquei com um espiral circular de cobre, medindo 30
cm de diâmetro, suas duas extremidades, não postas juntas, sendo fixadas dentro de um suporte de ebonite.1 Então eu deixei o
experimento seguir o seu curso natural por várias semanas (placa IV). Após um período de 14 dias consecutivos examinei as
plantas. Fui surpreendido ao descobrir que todos os meus gerânios ou os talos com tumores, estavam mortos e secos com exceção do
gerânio cercado pela espiral de cobre, que, desde então, cresceu duas vezes a altura das plantas saudáveis não tratadas. (Placas
V e VI).
A quais conclusões podemos chegar a partir destes resultados?
Que a espiral de cobre pegou a radiação externa, as radiações atmosféricas e que ela criou um campo eletromagnético, que absorveu
qualquer excesso de ondas cósmicas, da mesma maneira que o oscilador em meu experimento anterior. A conseqüência prática desta
conclusão é que a atmosfera deve ser permeada com radiações de todas as freqüências. De fato, nós sabemos que a atmosfera
terrestre contem um vasto número de oscilações eletromagnéticas de todos os comprimentos de ondas e intensidades, devido às
constantes e inúmeras descargas elétricas. E mais, nós sabemos que todos os tipos de eletromotores e a maiores dos aparelhos
eletrodomésticos criam na atmosfera um completo campo de ondas permanentes auxiliares.
Outra vez, durante os últimos anos as estações remotas (sem fio) tem se desenvolvido em uma tal extensão que, não há um espaço
detectável nas gamas destas ondas. Nestas circunstâncias
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________________________________________________________________

FOTO DO GERÂNIO MOSTRADO NA PLACA IV, APÓS A CURA.


A planta esta ainda florescendo e monstra um desenvolvimento considerável. O tumor retraído e pode ser visto indicado na parte
baixa do vaso. A cicatriz no talo é claramente visível.
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A planta está agora completamente curada. Ela continua a crescer e florescer normalmente. As plantas de controle mostradas ao lado
dela estão todas mortas.

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segue-se que, qualquer circuito oscilante, de qualquer dimensão e de qualquer formato, pode encontrar, neste vasto campo de ondas,
o seu próprio campo particular de ondas, que o habilitará a oscilar normalmente. Está claro agora que para alcançar este fim é
desnecessário ter o auxílio de um gerador emitindo ondas locais, com o oscilador rádio-celular, com o qual eu tratei os gerânios
inoculados durante os meus primeiros experimentos.
A questão que somos obrigados a considerar agora é, como o circuito oscilante e o oscilador rádio-celular atua sobre as ondas
cósmicas? Como veremos, são as ondas cósmicas que criam e mantêm a vida fazendo o circuito celular oscilar. Similarmente, todas as
ondas eletromagnéticas, luz, calor, descargas elétricas, raios-X, raios ultra-violeta, raios radioativos, etc., possuem a
propriedade de reagir com outro e com as ondas cósmicas. A experiência tem nos ensinado que a intensidade das ondas cósmicas não e

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constante, mas é máxima à noite, ao se aproximar da meia noite e mínima ao se aproximar do meio dia, porque a radiação diurna da
luz diminui sua intensidade. Estas variações são detrimentais à manutenção do equilíbrio oscilatório das células e podr dar origem
às doenças e causar a morte.
Devido à ação do oscilador rádio-celular ou simplesmente do circuito oscilante que capta a energia radiante na atmosfera, e devido
ao campo eletromagnético assim criado, o excesso de ondas cósmicas é absorvido.
Nas páginas seguintes vamos discutir a natureza das ondas cósmicas e como elas afetam as condições dos seres vivos.
Ionização e condutividade
Vamos primeiro lembrar que o assunto da radiação cósmica será esclarecido se tivermos em mente o seguinte fato bem conhecido. Se
um eletroscópio de folha de ouro, totalmente isolado e colocado sob um recipiente de vidro com ar comprimido, carregado, notaremos
que após um certo tempo que, uma descarga progressiva ocorre. Se as condições experimentais são mantidas constantes esta descarga
é estilizada e a perda cessa. Em
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certos experimentos ao final de quatro dias. Por outro lado, se o ar estiver carregado ou se um suprimento novo de ar é
introduzido, a perda continua.1
Tem sido também observado que, a perda aumenta proporcionalmente com o crescimento da pressão.2
Muitos cientistas têm estudado este fenômeno, notadamente Gietel, Wilson e Campbell. Suas observações os tem levado a concluir que
o ar se torna condutivo devido a uma causa especial, isto é o quê é conhecido como o fenômeno de ionização espontânea.
Pra confirmar as causas desta ionização, cientistas têm investigado a influência da radiação radioativa emanante das paredes de um
recipiente e dependente da natureza destas paredes. Em resumo, eles tem determinado a natureza e as manifestações de todas as
influências envolvidas e têm observado os seguintes fenômenos:
A ionização espontânea do ar colocado em um recipiente pressurizado (lavado e polido) não é constante. Varia com a hora do dia
e atinge o máximo com a aproximação da meia noite. Esta ionização muitas vezes mostra variações súbitas que parecem inexplicáveis,
e ocorrem igualmente bem durante o dia ou noite, em cidades ou no campo. Além disto, a ionização espontânea varia de acordo com o
potencial eletrostático do ar.
Por último, e isto é ainda mais notável, após uma pequena diminuição da intensidade à um altura de aproximadamente 500-700 metros
acima do nível do mar, a intensidade aumenta mais e mais com a altitude. A ionização espontânea aumenta

1 Parece bastante óbvio eu o ar dentro do campo do eletroscópio deve se tornar eletrificado. Se o ar é renovado a nova atmosfera
tem que se tornar eletrificada por sua vez em detrimento da carga elétrica do aparato, que explica a perda observada.
2 É claro que o poder isolante da atmosfera tem que decrescer com o aumento da pressão. A massa de material condutor e o número de
moléculas encerrada em um dado volume funciona em relação direta com a pressão.
3 A variação da ionização mostra uma similaridade marcante com as variações de intensidade observadas na propagação de ondas, e,
ao contrário das variações do fenômeno eletromagnético natural, conhecido como atmosféricos .
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rapidamente com a altitude, portanto, a 5.000 metros, é sete vezes maior do que na superfície da Terra.
Radiação Penetrante
Nós somos assim trazidos naturalmente ao ponto de conceber a existência de uma radiação extra terrestre, vinda do Sol, por exemplo,
ou de outras fontes. A esta radiação tem sido dada o nome de radiação penetrante.
Tal radiação desempenha uma parte na ionização progressiva da atmosfera. Como já aprendemos, a intensidade do campo cósmico
aumenta com a altitude. É natural assumir que estes dois fenômenos estão intimamente relacionados e são devidos à mesma causa.
Esta hipótese é confirmada pela existência de uma camada condutora da atmosfera, conhecida como ionosfera , e situada a uma
altura de 80-100 km acima da superfície da Terra. Esta zona é familiar a todos os rádio-engenheiros.1
De onde vem esta radiação, esta energia? Vem do Sol, a fonte imediata de toda a energia da Terra? Parece provável. Vem de outras
estrelas mais ou menos distantes? É bem possível. Mas, em qualquer caso, um fato é certo, esta radiação existe.
Radiação solar e fotólise
Podemos até ir mais longe e dizer que a atmosfera na qual vivemos é permeada com múltiplas vibrações, oscilações elétricas, etc.,
de origem conhecidas e desconhecidas, e essencialmente caracterizada por diferentes freqüências.
Já dissemos que a luz solar não representa mais do que uma pequena parte do conjunto inteiro das vibrações originadas parcialmente
do Sol e parcialmente das estrelas e até mesmo da Via Láctea. É impossível negar a influência das estrelas nesta conexão. As marés,
ocorrendo duas vezes ao dia, pela combinação da ação da Lua e do Sol, mostram que p trabalho mecânico mais extensivo que ocorre
na Terra é de origem astral. Porque então não devemos receber, das estrelas distantes e da Via Láctea em particular, radiações de
amplitude muito pequenas

1A camada chamada ionosfera é agora geralmente conhecida e dita ser ionizada pelos raios do Sol. Tem sido responsabilizada
pelo enfraquecimento dos sinais remotos.

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suscetível de produzir efeitos infinitesimais?
A natureza é o cenário de um grande número de fenômenos, tidos como inexistentes ou inexplicáveis devido ao nosso limitado poder
de percepção, mas cujos efeitos, entretanto, se manifestam. Então, eu postulo a existência de um multiplicidade de radiações de
todas as freqüências que emanam do espaço interplanetário e que atravessam a nossa atmosfera incessantemente. A esta concepção eu
dei o nome de universão .
Algumas destas radiações, as luminosas, transmitem através dos seus raios uma certa quantidade de energia solar e dá origem a um
processo de síntese nas plantas em conexão com a assimilação da clorofila. Este fenômeno, que responde por todo o reino vegetal,
foi chamado fotólise pelo eminente cientista francês, Daniel Berthelot. Assim, a luz parece desempenhar uma parte importante na
vida das plantas e também dos animais. No reino vegetal a síntese da matéria orgânica é alcançada com elementos simples e com a
intervenção de energia diretamente transmitida pelas radiações solares (luz, calor, infra-vermelha, ultra-violeta e radiações
cósmicas) que causam as metamorfoses.
Radiações penetrantes (Raios cósmicos) em ralação com a vida
São de fato estas radiações, de freqüências muito altas, invisíveis e imperceptíveis aos nossos sentidos, que supomos agir de
acordo com um modus operandi que discutiremos presentemente, no circuito metálico mencionado nos meus experimentos com os
gerânios cancerosos. São estas radiações as responsáveis, nas plantas inoculadas, pelo re-estabelecimento o equilíbrio oscilatório
entre as células saudáveis e doentes. Estas radiações, que foram instrumentais na cura das plantas doentes, emanadas no meu
primeiro experimento pelo oscilador rádio-celular. Durante os experimentos subseqüentes feitos com uma espiral metálica, o
processo foi mais simples, porque foram feitos com os raios cósmicos, filtrados pela espiral e que foram colocadas em ação,
finalmente restaurando as células degeneradas do gerânio doente de volta a uma atividade saudável.
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O propósito destas radiações é manter, pela ressonância e interferência, a vibração natural das células saudáveis e re-estabelecer
as vibrações das células doentes eliminando as radiações dos micróbios, diferentes em amplitude e freqüência.
São estas radiações que mantêm as atividades vitais das plantas e animais.
Raios cósmicos e Universão
A hipótese de radiações penetrantes tem sido totalmente confirmada por muitos astrofísicos, principalmente na América. A radiação
penetrante é agora identificada com raios cósmicos , estes raios naturais que nos alcançam através de distâncias imensas e
consistindo de uma ampla gama de freqüências.
A descoberta de uma gama de raios na atmosfera, alguns anos atrás, levou à suposição de que elas eram devidas a uma emanação de
rádio contido na crosta terrestre. Mas desde então, os experimentos feitos em um balão por Gockel mostrou que esta radiação era,
no mínimo, tão intensa em uma altura de 4.000 metros quanto na superfície da Terra, ao invés de diminuir com o aumento da altitude.
Foi estabelecido que esta radiação é aproximadamente oito vezes maior em uma altura de 9 dm do que no solo. Na América, Millkan e
Bowen obtiveram resultados significantes em uma altura de 15 km e também em um profundidade de 30 metros no Lago de Muir abaixo do
Monte Whitney, em uma altitude de 3.450 metros. Estes investigadores descobriram que em uma profundidade de 30 metros de água a
intensidade da radiação era ainda suficiente para descarregar um eletroscópio a um grau apreciável. Por estimação, em um
profundidade de 7 metros de água, a resistência da absorção atmosférica sobre o lado, foi descoberto que os raios cósmicos
poderiam penetrar mais de 37 metros na água, equivalente a um espessura de 1.80 de chumbo, relativamente ao poder de absorção
deste metal. Assim, estes raios cósmicos pareceram ser 100 vezes mais penetrantes do que os mais fortes raios-X. Os astrofísicos
americanos repetiram seus experimentos no Lago de Arrowhead, mais fundo que o Lago de Muir, e também em alturas maiores. Eles
descobriram que os raios cósmicos
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Não vêm de nenhuma direção em particular, mas parecem vir de todas as partes do espaço.
Estes raios constituem um espectro que se estende por mais de uma oitava e suas freqüências mais altas são aproximadamente 2.000
vezes maiores do que as dos raios-X. estas faixas de radiações, na escala de ondas eletromagnéticas, tão distantes dos raios-X
quanto estes são distantes das ondas luminosas. Mas ao chocarem-se com a Terra estes raios são parcialmente transformados em raios
secundários mais atenuados, que são menos penetrantes.
As pesquisas feitas pelo Professor Millikan e Dr. Cameron, entre outros, os tem possibilitado medir a intensidade da radiação
cósmica em íons por centímetros quadrado e por segundo ao nível do mar. As freqüências das radiações cósmicas tem,até o momento,
sido estendidas a 2 oitavas do espectro eletromagnético. Os astrofísicos têm mostrado que estes raios foram ainda detectáveis
depois de terem penetrado 53 metros de água e 4 metros de chumbo.
Segundo o professor Millikan a origem da radiação ultra-penetrante é devida às mais variadas mudanças moleculares e atômicas que
ocorrem através do espaço. Esta é a razão por quê ele tem feito uso do termo geral radiação cósmica . Então, o vácuo
interplanetário não é nada mais do que uma ficção, uma vez que ele parece ser totalmente preenchido por ondas cósmicas irradiadas
por todas as estrelas e asteróides, pelas nebulosas e mesmo pela Via Láctea.
Das inúmeras pesquisas dos astrofísicos parece que a existência de um faixa de raios cósmicos penetrando todas as regiões do
espaço, e mesmo regiões intersiderais, está positivamente estabelecido.
O vácuo interastral é uma noção obsoleta, uma vez que sabemos que esta vácuo mostra uma evidência de considerável energia radiante,
todas mais intensas quanto mais distantes da atmosfera, e propagadas em todas as direções através do espaço. E mais, esta

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radiação atravessando o éter dos físicos permeia todos os corpos materiais, mesmo aqueles de maiores densidades, como acabamos de
ter a ocasião de observar. Todas as manifestações de energia na Terra das quais temos conhecimento, direta ou indiretamente,
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não passam de emanações destes raios cósmicos que constituem os únicos veículos intersiderais possíveis. Vamos também ter em mente
que a presença de elementos terrestres, a concentração de matéria e a aparição da vida, ambas, animadas e inanimadas, são nada
mais que manifestações destes raios. Finalmente, o movimento das estrelas é mantido pela energia transmitida por estes raios
cósmicos.
Em vista de todos estes fatos a sugestão do poder universal derivado desta concepção de raios cósmicos, não deve ser associada com
a noção de vácuo absoluto como insinuada pelos físicos. Eu creio que este éter não é a negação de toda a matéria, mas ao contrário,
a síntese de todas as forças radiantes, e portanto, eu tenho dado o nome de Universão ao plexos universal de todos os raios
cósmicos.
A Universão é uma concepção da infinita grandeza, simbolizada pelo universo sem limite; e do infinitamente pequeno, o grânulo de
matéria eletrificada, simbolizada pelo íon que é um mundo por si só. A infinita grandeza do universo é, de fato, nada mais que a
integração de íons infinitamente pequenos.
Eu elaborei esta concepção de Universão em outro trabalho para o qual os leitores são referidos.1
A Universão é onipresente e toda penetrante. A cada momento nós temos evidencia de sua presença, tão efetiva quanto silenciosa. O
universo material e a vida em si, são nada mais que um fenômeno instável. Uma certa variação da temperatura do corpo é suficiente
para por um fim à vida e dissociar a matéria, e então restaurar íons e elétrons dentro do fluxo da Universão, desde que eles são
mobilizados pelos raios cósmicos para a criação de novas combinações materiais e organismos vivos.
A dissociação, sob a influencia da temperatura, pressão, eletrólises, fotólises, reações químicas, reações eletromagnéticas e
radioativas, reações elétricas e fotoelétricas, são as provas da existência e da onipresença da Universão.
Não percamos a visão do fato de que a Universão é um meio que revoluciona as concepções estabelecidas, um
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meio onde os elementos desintegrados são consignados e transformados em partículas elétricas. Estas concepções não precisam nos
deixar atônitos, porque elas não revelam nada mais, na continuação do universo além de graus de condensação.
O estudo do fenômeno eletromagnético tem incomodado as concepções do velho mecanicismo na constituição da matéria. E agora o
estudo da Universão e raios cósmicos ampliarão os limites da ciência e nos possibilitarão resolver os mais absorventes problemas
da vida incluindo a telepatia e a transmissão de pesamentos.

1 Georges Lakhovsky, !L Universion . Gauthler-Villars, Paris, 1927.

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CAPÍTULO VIII
AS MANCHAS SOLARES E A RADIAÇÃO CÓSMICA EM RELAÇÃO À SAÚDE E A VIDA

Desde os primeiros tempos a influência das estrelas sobre a vida humana tem sido reconhecida. Quando a ciência não havia ainda
desenvolvido, estas noções, essencialmente intuitivas e empíricas, deram nascimento à Astrologia. Hoje, em vista do nosso
conhecimento cientifico, não é há necessidade de insistir em que todas essas crenças e observações devem ser rigorosamente
examinadas.
No capítulo anterior um novo conceito, que chamamos de Universão, foi discutido. Este deve ser considerado com uma espécie de
substrato no qual as ondas cósmicas de todas as freqüências são propagadas em todas as direções. As ondas cósmicas emanam
diretamente ou indiretamente das estrelas e está claro que, desde que elas vêm de múltiplas fontes e penetram em todos os lugares,
elas devem ter uma influência espontânea nas nossas condições de vida, porque elas já têm mostrado ter um efeito no domínio do
fenômeno físico.
Nós temos agora que prosseguir investigando cientificamente, em qual extensão estas ondas cósmicas afetam a nossa existência e
qual é a extensão desta influência.
Antes de considerar o problema geral, nossa atenção deve focar nos casos particulares das radiações cósmicas, tais como aquelas
emanantes do Sol e da Lua que têm um papel singular e uma parte preponderante em relação à Terra.
Tem sido mostrado pelo engenheiro belga, M.P.Vincent, que a radiação lunar foi responsável pelo fenômeno de interferência no curso
de transmissão de estações remotas (sem fio). Parece que toda semana a recorrência das fases da Lua correspondem à máxima e a
mínima intensidade da recepção de ondas eletromagnéticas.
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Não devemos nos esquecer de que o Sol, além de liberar raios luminosos, caloríficos e fotoquímicos, também libera ondas elétricas
e magnéticas, especialmente durante períodos eruptivos de suas protuberâncias ou manchas. Vamos manter mente que estas manchas não
são nada mais do que vulcões e que a cratera de um simples vulcão pode medir até 200.000 km de diâmetro, ou mais do que quinze

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vezes o diâmetro da Terra.
Além da luz e do calor, o Sol nos envia ondas eletromagnéticas cuja força magnética afeta o magnetismo da Terra e causa deflexões
da órbita. A força elétrica destas ondas também dão origem às correntes terrestres cuja intensidade é, algumas vezes, tal que se
torna impossível telegrafar ou telefonar. Tempestades magnéticas e correntes terrestres causam graves perturbações no campo das
comunicações elétricas, remotas ou outras. Além disto, o fenômeno da ionização causado pelas radiações cósmicas emanantes do Sol
tem, com conseqüência direta, um marcado efeito de impedimento da propagação de ondas ao redor da superfície da Terra. Isto
resulta na ionização das camadas mais altas da atmosfera, que dão a ela condutividade, refração e reflexão, dando origem aos
atmosféricos tão familiares aos ouvintes de rádio.
Uma outra prova importante que o Sol e as estrelas liberam radiações, além daquelas associadas com o calor e a luz, é dada pelo
fenômeno da aurora boreal que muitas vezes acompanham as tempestades magnéticas. É sabido que isto é devido à fluorescência os
estratos mais altos da atmosfera causados pelos cátodos e raios-X que formam parte do fluxo dos raios cósmicos emanantes das
manchas solares.
Alguns astrofísicos têm correlacionado a ocorrência e a intensidade das manchas solares com certos fenômenos físicos concomitantes.
Eles têm observado que os cataclismos terrestres, às mares e, especialmente, os abalos sísmicos, parecem estar associados com as
manchas solares e que a presença destas manchas, consideradas em relação à Terra em um ciclo periódico de aproximado de 27 dias,
pode responder pela ocorrência de lunações do Sol.

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A causa destas perturbações é atribuída à interferência destas ondas solares com o campo normal das ondas cósmicas que têm um
papel primordial no esquema dos mecanismos inter-astrais.
Uma representação gráfica cobrindo um período de anos e indicando as variações de intensidade no fenômeno geofísico, no fenômeno
elétrico (ionização, condutividade dos gases, aurora boreal), do fenômeno magnético (perturbações no campo magnético terrestre,
etc.) mostra que as diferentes curvas exibem um grau notável de paralelismo e que estes fenômenos se seguem imediatamente às
variações das manchas solares. De acordo com estas curvas, está claro que as variações destes fenômenos são periódicas e que o
ciclo de suas manifestações ocorre aproximadamente a cada onze anos.1 Sem indagar a causa desta periodicidade, nos somos levados à
conclusão de que as radiações cósmicas emanantes do Sol não podem ser confinadas em seus efeitos aos fenômenos físicos, tais como
a eletricidade e o eletromagnetismo. Elas têm, necessariamente, que desempenhar uma parte no fenômeno biológico, que também está
intimamente conectado com o fenômeno físico.
O estudo desta questão tem resultado em muitas observações que, raramente, têm sido adequadamente interpretadas. Na visão dos
físicos, os meteorologistas têm dado uma certa contribuição para o nosso conhecimento das manchas solares. Em 1951 Riccioli
anunciou que existia uma relação entre a aparição das manchas solares e o estado do céu. Em 1801, Sir William Herschel confirmou
esta observação. O astrofísico, Baxendall, mostrou, em 1887, como a temperatura média da superfície da Terra esta conectada com o
número de manchas solares por ano, um fato que foi confirmado por outros observadores.

1 Isto está em surpreendente acordo com a afirmação de Sir James Jeans em seu trabalho, Through Space and Time (Através do
Espaço e do Termpo) . Escrevendo sobre o assunto das manchas solares, Sir James Jeans disse: Um estudo cuidadoso das secções
de cortes de árvores mostram freqüentemente que, os anéis cortados mudam gradualmente de espessura em ciclos de onze anos, que
coincide exatamente com o ciclo das manchas solares. Os anéis mais espessos foram formados nos anos em que as manchas solares
foram as mais plenas, e nós vimos simultaneamente que, a abundância de manchas solares coincidiu com a abundancia do crescimento
das arvores e assim, com os verões úmidos.

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Em Mauritius (Mauritânia), o Dr. Meldrum mostrou, em 1871, que nas regiões tropicais o numero de manchas solares determina o
números de ciclones. A observação, todavia, tem sido confirmada apenas nos trópicos, onde a máxima e a mínima de tempestades
acompanham com extrema regularidade a máxima e a mínima das manchas solares.
As chuvas tropicais também parecem estar associadas com as manchas solares. Anos de muita chuva parecem coincidir com as
atividades máximas das manchas solares, enquanto anos secos refletem atividades mínimas.
Nas regiões tropicais onde, devido à ausência de nuvens, os efeitos do Sol são mais diretos e mais fáceis de determinar, W. Koppen,
em 1873, mostrou que durante o ano antecedente a um mínimo de manchas solares, o termômetro foi 0.41º C. acima da temperatura
média, enquanto durante o anos antecedente a um máximo de manchas solares, o termômetro foi 0.32º C. abaixo da temperatura média.
Blandford explicou isto apontando que o excesso de energia termal transmitida pelo Sol, causa excessiva evaporação do mar, então a
diminuição da temperatura. Moreaux observou que isto não se aplica a grandes superfícies continentais, onde a elevação da
temperatura, invariavelmente se segue à aparição das manchas solares. Mas todas estas leis meteorológicas são, devido a sua
natureza, muito menos precisas do que as leis físicas. Portanto, elas constituem, tanto quanto os efeitos da radiação solar, uma
valorosa indicação. Além disto, o problema das manchas solares é menos concernente aos aspectos qualitativos e morfológicos das
manchas do que com a total atividade solar que envolve as ondas cósmicas. Mais uma vez, a periodicidade da atividade solar não é
tão simples quanto parece ser e não pode ser expressa em forma de uma pura onda senoidal. Um grande número de ondas harmônicas

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superpostas sobre as ondas fundamentais indica que uma real periodicidade do Sol é afetada por aquelas outras estrelas gerando
ondas cósmicas. Numerosas observações feitas em Madras e Washington em mais de 100 observatórios diferentes, têm mostrado que fora
dos trópicos, a radiação solar causa dois períodos alternantes de
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chuva e seca no decurso de aproximadamente 35 anos. Tais exemplos poderiam ser multiplicados indefinidamente. Uma periodicidade
similar tem sido observada nos icebergs e na variação do nível dos lagos. Em particular, o período de onze anos e meio é muito
aparente no caso dos lagos de Victoria e Albert na África Equatorial, enquanto um período de 33 anos parece se aplicar aos lagos
europeus. De foram geral, a atividade solar direta é mostrada em todos os fenômenos naturais.
O domínio da meteorologia serve como um elo transitório natural entre física e biologia. Pareceria racional, portanto, investigar
em que medida os raios cósmicos, que condicionam os fenômenos físicos e meteorológicos, afetam os fenômenos fisiológicos. Esta
idéia parece ter ocorrido a certos cientistas simultaneamente, quando a tendência foi atribuir toda a atividade solar às manchas
solares e quando os raios cósmicos eram desconhecidos.
Sir William Herschel escreveu em 1801: Parece provável, analisando-se o período entre 1650 e 1713, e julgando-se pela produção
normal de trigo, que uma escassez de vegetação ocorreu sempre que o Sol parecer estar sem as manchas.
Em 1901 Moreux observou que a produção de trigo na França e por todo o mundo geralmente seguiu mais ou menos as variações das
atividades solares. Ele então investigou a influência desta atividade sobre os organismos humanos. Ele se expressou sobre o
assunto assim:
Como professor de uma universidade, tenho oportunidades excepcionais de fazer observações. Apesar de não ser um médico, não pude
deixar de observar uma recrudescência das afecções reumáticas e neuralgias, coincidindo, não com as manchas solares, mas com as
variações magnéticas mais fortes, devidas às atividades solares. Mais ainda, o número total de punições pareceram ser uma função
das variações das agulhas magnéticas que pareceram indicar uma espécie de anormal excitação nervosa por parte dos estudantes ... e
possivelmente dos professores também, nos momentos de maior atividade solar. Deduzi disto que uma
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relação poderia realmente existir entre as guerras e o Sol, e publiquei esta curva de correlação em várias ocasiões, antes e
depois da grande guerra.
De minha parte, concebi a idéia de estabelecer a partir das minhas observações pessoais e aquelas dos astrofísicos, as leis às
quais os efeitos biológicos, devidos aos raios cósmicos estão sujeitos, e particularmente aqueles efeitos resultantes da atividade
solar.
Comparando os quadros da atividade solar do Observatório de Meudon com as estatísticas dos distritos produtores de vinho de
Burgundy e Beaujolais, pude mostrar um paralelismo existente entre estas estatísticas e os quadros em questão, e concluí que os
notáveis anos de produção de vinho concidiram com os anos de recrudescência das manchas solares.
Estas observações formaram o tema de um documento original entitulado A influência das ondas astrais na oscilação das células
vivas , que o Professor d Arsonval foi generoso o bastante para apresentar em nome da Academia de Ciências . Este documento está
transcrito abaixo:
A influência das ondas astrais na oscilação das células vivas
(Comunicado feita por Geoges Lakhovsky apresentado em 28 de março de 1927, na Academia de Ciências pelo Professor d Arsonval).
Em meu trabalho, L Origine de l aVie , em que o professor d Arsonval me concedeu a honra de apresentar para a Academia de
Ciências, formulei minha teoria da influência dos raios penetrantes (raios cósmicos) sobre os seres humanos. Mostrei, de fato,
que o núcleo de todas as células vivas, se manifestando na forma ou um filamento tubular consistindo de matéria dielétrica e
preenchida com uma substância condutora, é comparável a um circuito oscilante tendo auto-indutância, capacidade e resistência
elétrica. As células vivas podem assim oscilar com freqüências muito altas sob a influência dos raios cósmicos emitidos pelas
estrelas.
Tenho tentado provar a validade da minha teoria estudando a influência da radiação astral (manchas solares, cometas,
interferência das radiações astrais, etc.) na matéria viva.

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Figura 17 Gráfico mostrando a correlação entre os bons anos de produção de vinhos e a intensidade das radiações solares
correspondendo com as variações de intensidade das:
1-Manchas solares - 2- Perturbações magnéticas - 3- Aurora boreal.

Este gráfico se refere aos vinhos Bordeaux; Intensidades máximas correspondentes aos bons anos de produção, enquanto as
intensidades mínimas estão associadas com os anos de baixa produção de vinho.
É, obviamente, possível traçar um gráfico semelhante para outros vinhos, como aqueles de Burgundy, etc.
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Minhas observações foram baseadas nas curvas do gráfico traçadas pelos astrofísicos do Observatório de Meudon; estas curvas
mostrando, desde 1845, a atividade das manchas solares, a incidência de perturbações magnéticas e da aurora polar.
Estas três curvas são notadamente paralelas. Eu estabeleci para mim mesmo a tarefa de estudar a correlação existente entre estas
radiações astrais por um lado, e, por outro lado, o desenvolvimento da atividade vital nas plantas e nos animais. Como no caso de
qualquer dado individuo, os períodos de fadiga e doença se alternam com períodos de boa saúde, assim também, com frutas e
colheitas em geral, há, para cada tipo de produto, anos de boa qualidade e anos de má qualidade.
Com respeito ao vinho, de acordo com a documentação estabelecida pela Câmara do Comércio de Bordeaux e Burgundy, tenho notado que
os notáveis anos correspondem exatamente a um máximo de atividades das manchas solares, como as curvas da figura 17 indicam
plenamente.
Os resultados para os vinhos tintos de Bordeaux são as seguintes:
Máximo 1848 Bons anos de 1847 e 1948
Máximo 1858 Bons anos de 1857 e 1858
Máximo 1869 Bons anos de 1869 e 1870
Período 1880-1889 Período do Phylloxera
Máximo 1893 Anos moderados de 1890 e 1907
Máximo 1906 Bons anos de 1906 e 1907.

Nesta conexão deve ser feita uma menção especial do famoso vinho de 1811, conhecido como Vinho do Cometa cuja excelente
qualidade pode ser atribuída à radiação deste cometa.
Os mesmos resultados se aplicam aos vinhos brancos de Bordeaux e Burgundy .
Em linha semelhante foi feita uma comunicação endereçada à Academia de Medicina peloDr. Maurice Faure e Dr. G. Sardou. Estes dois
físicos observaram dia após dia, mês após mês, o número de casos de
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morte súbita e delinearam um curva representando este fenômeno como uma função do clima. Em comparação desta curva com aquela
representando a atividade da energia solar, eles notaram que estas duas curvas mostraram um notável paralelismo. O professor d
Arsonval destacou, nesta conexão, que isto parecer ser um caso particular de minha teoria da oscilação nos seres vivos.
Não é irracional assumir que a interferência que trazida pelas manchas solares podem causar, se não doença, no mínimo a fadiga ou
distúrbios transitórios. Eu tenho assinalado que os períodos de lassitude do organismo ou doença, e geralmente desordens
sanitárias podem ser atribuíveis ao fenômeno de interferência que quebra o equilíbrio oscilatório das células vivas. Tem também me
ocorrido que estes fenômenos de interferência devidos às radiações astrais, poderiam dar uma explanação das modalidades observadas
no crescimento e desenvolvimento de coisas vivas, em ambos, reino vegetal e animal. É possível que o sabor de certas frutas, por
exemplo, pode ser afetado com um resultado destes fenômenos de interferência. E se aos sucessivos diferem um do outro, sob o ponto
de vista da agricultura, é mais provavelmente devido às variações das radiações cósmicas. Então, nós podemos atribuir aos bons
anos, ambos, a qualidade e quantidade, nos caso das maçãs, ameixas, uvas, etc.
Se tenho sido insistente nos fatos mencionados, é para mostrar que, apesar da questão da influência da radiação solar no
desenvolvimento dos organismos vivos não ser nova, desde que as primeiras observações foram feitas por todo o século passado,
ainda foi, somente recentemente, que a teoria da oscilação celular tem nos habilitado a dar um explanação adequada, graças ao
nosso conhecimento do fenômeno da interferência.
Pode ser contra argumentado que a ação da luz e do calor sobre as plantas e os animais já são conhecidas por um tempo considerável.
Isto é, sem dúvida, verdadeiro, mas a luz e o calor nada mais são do que radiações particulares de um âmbito restrito da escala
total das ondas cósmicas.
A evidência de que os efeitos da luz e do calor não constituem
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a total emanação da atividade solar pode ser encontrada no caráter das curvas de temperatura, registradas em diferentes
laboratórios. Estas curvas indicam que uma multiplicidade de fatores locais estão envolvidas, diferindo largamente umas das outras,
e, mais ainda, estas curvas são muito diferentes das curvas que representam a atividade solar em geral. E mais, como veremos no

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próximo capítulo, a radiação cósmica é fortemente influenciada pela natureza geológica do solo que, por sua vez, pode também da
origem ao fenômeno da interferência.
Apesar das suas evidentes manifestações, a luz e o calor tem, ocasionalmente, efeitos secundários quando comparados com os raios
cósmicos que permanecem imperceptíveis aos nossos sentidos. É, possivelmente, devido a sua natureza sutil que a radiação cósmica
tem, até o momento, passado desapercebidas, mesmo apesar de que seus efeitos são preponderantes.

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CAPÍTULO IX

A INFLÊNCIA DA NATUREZA DO SOLO NO CAMPO DA ONDAS CÓSMICAS


CONTRIBUIÇÃO GEOLÓGICA E GEOGRÁFICA PARA A ORIGINAÇÃO DO CÂNCER

Natureza do Problema
Os estudos nos quais tenho me engajado por muitos anos sobre o desenvolvimento e tratamento do câncer tem me levado a investigar
as causas de deflagração desta doença que, no momento, é a mais misteriosa e incurável aflição que molesta a humanidade.
Eu me proponho mostrar como minhas pesquisas nesta direção têm me levado a estabelecer que a natureza do solo modifica o campo das
ondas cósmicas na superfície da terra. Esta condição pode ser suficiente para causar um desequilíbrio celular nos organismos vivos,
que pode dar origem ao câncer.
Como nenhuma evidência satisfatória foi ainda dada como prova em apoio da natureza contagiosa ou hereditária do câncer, me parece
desejável investigar o papel desempenhado no desenvolvimento do câncer pelos fatores puramente físicos. Vamos compreender
claramente que câncer, nós queremos dizer o número total de aflições cancerosas, incluindo o carcinoma, eptelioma, sarcoma e
outros tumores malignos.
De acordo com todos os registros médicos o câncer é encontrado em todas as partes do mundo, mas as formas sob as quais ele aparece
varia em diferentes regiões. Por algum tempo no passado certos observadores tem atribuído um papel particular para diferente
fatores geográficos, tal como, a hidrografia. Em 1869, Haviland afirmou que O Tamisa e seus afluentes cobrem uma grande parte do
campo do câncer . Desde os primeiros tempos tem sido observado que a morfologia dos seres vivos está estreitamente conectada com a
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natureza do solo sobre o qual ele vive. A diferença de raças adiciona apoio a esta observação. A raça é tipificada por
características fisiológicas transmitidas em certa medida pela hereditariedade. Mas se as condições de vida são alteradas, as
características da raça sofrem transformações, enquanto ainda permanecem limitada à natureza do solo e ao clima. Vários
investigadores têm destacado o importante papel da natureza geológica do solo na diferenciação dos tipos raciais. O termo

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terroir (o sabor da terra) que é usado para descrever o sabor de um certo vinho, fruta ou qualquer outro produto da terra,
implica claramente a influência preponderante do solo na elaboração destes produtos. As observações feitas nesta conexão são muito
numerosas e não precisam ser mencionadas aqui. É suficiente dizer que a planta cresce indiscriminadamente em solo arenoso, como na
floresta de Fontainebleau, mas uma seleção estrita ocorre na argila e no terreno calcário.
Em 1832 um naturalista pioneiro, Nérée Boubée, informou à Academia de Ciências que a cólera epidêmica que estava então devastando
o país, tinha um estreita relação com a natureza do solo. Aqui está uma passagem característica desta comunicação: Em minha
viagem geológica anual, tenho observado freqüentemente que nos países onde várias doenças endêmicas ocorrem, estas doenças são, na
maioria das vezes, confinadas em cada região, aos limites geológicos das formações dominantes e já cheguei à conclusão que cada
região geológica constitui um estrato natural para certas afecções mórbidas; em outras palavras, a constituição médica de cada
país depende, de algum modo, de sua constituição geológica e topográfica.
Alguns anos mais tarde e de Fourcault chegou às mesmas conclusões de Boubée sobre as doenças endêmicas.
Certas considerações elementares nos habilitam a entender a influência da natureza geológica do solo e de seus constituintes. A
água correndo através de certas regiões reflete exatamente a composição química das substâncias
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que constituem aquela região. Na água são encontrados os mesmos sais minerais do solo. Outra vez, a natureza da água condiciona o
desenvolvimento dos organismos vivos. Nas regiões onde os sais de cálcio são deficientes na água, os resultados são vistos na
dentição deficiente e osso fracos. Vamos lembrar a influência da natureza do solo em causar o bócio, e geralmente, a hipertrofia
ou atrofia de glândulas, resultantes do excesso ou da deficiência de certas substâncias minerais no solo do habitat. É, sem dúvida,
bem conhecido que o bócio (papo) que éuma hipertrofia da glândula tireóide, ocorre em regiões deficientes em iodo. Apesar da
influência do solo ser indireta, é entretanto claramente evidente. Não pode ser ignorado que certas doenças existem em um estado
endêmico e latente em certos solos onde elas permanecem localizadas. É especialmente notável no caso da cólera, malária e tifo.
Têm sido levantado que esta doenças altamente infecciosas são transmitidas apenas através de micróbios. Permanece sem explicação,
todavia, as razões pelas quais certos micróbios preferem certos solos, com os mosquitos que vivem sobre estes solos. É muito
correto dizer que a cólera surge preferencialmente nos tratos aluviais, enquanto febres intermitentes são mais comumente
encontradas em solos impermeáveis (argila ou sedimentos de calcita e dolomita).
A influência do solo não é apenas importante em relação a problemas patológicos, mas também em relação à higiene e a demografia.
Há algum tempo atrás um médico do exército, M. Russo, procurou estabelecer a influência do solo na saúde da raça. Ele mostrou que
a maioria das condições favoráveis, sob o ponto de vista da higiene, ocorreram em solos de formação recente, terciários e
quaternários, seguidos por solos primários, granito e rochas metamórficas, jurássicas e terrenos calcários da era cretácea.
Em conexão com o problema do câncer, M. Stélys, em um comunicado apresentado pelo professor d Arsonval para a Academia de
Ciências trouxe evidência em favor dos solos carcinogênicos, isto é, solos susceptíveis de dar origem ao câncer em organismos
vivos.
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Como a documentação concernente a estas várias hipóteses, e a coordenação dos resultados obtidos neste campo de investigação
pareceram ser suficientemente significantes, eu coloquei os dados registrados em uma monografia intitulada Uma Contribuição para
a etiologia do câncer , que foi apresentada pelo professo d Arsonval na Academia de Ciências em 4 de julho de 1927. Nesta
monografia discuti a questão da radiação cósmica em relação à natureza do solo. Nosso presente conhecimento sobre as ondas
cósmicas e a propagação de ondas ultra-curtas através de solos diferentes tem dado uma base adequada para coordenar as várias
observações e dados estatísticos. O objetivo deste trabalho foi mostrar em qual extensão a distribuição do câncer pode estar
condicionada à natureza física do solo no qual as pessoas vivem.
O problema da etiologia do câncer, considerado sob este ponto de vista, tem sido convenientemente reduzido aos três estudos
seguintes:
1- Estudo demográfico de estatísticas e distribuição do câncer, mostrado pela densidade de mortalidade por câncer, calculada em
número de casos por 1.000 habitante.
2- Estudo geológico mostrando os solos nos quais os tumores cancerosos se desenvolvem mais livremente.
3- Estudo físico, especialmente sob o ponto de vista elétrico, de substâncias minerais constituindo os solos em questão e das
reações destes solos à penetração das ondas cósmicas.

A distribuição geográfica e geológica do câncer

O valor das estatísticas em medicina tem sido muitas vezes disputado e tidos como não confiáveis. Mas as estatísticas, ainda que
imperfeitas, constituem dados que não podem ser ignorados. É, em qualquer grau, uma indicação definitiva que é preferível a não
ter qualquer dado.
Apesar de que as necessárias maneiras e vias de compilar estatísticas em vilas e no campo serem geralmente precárias, isto não se
aplica a áreas urbanas, onde a informação exata e a abundância de dados são disponíveis. Além disto, durante as décadas passadas
foi possível diagnosticar
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o câncer com grande precisão por meio de microscópio e exames radiográficos que tem possibilitado a classificação das doenças
cancerosas. O número atual de erros, inevitavelmente envolvidos em tais estatísticas, é assim reduzido a um mínimo e não pode
invalidar o teor geral das conclusões. Além disto, todas as investigações que tenho feito têm sido baseadas em dados estatísticos
relativos a cidades e grandes centros urbanos.
Se vários bairros de Paris forem considerados sob o ponto de vista da densidade do câncer, será visto primeiramente que os números,
longe de serem distribuídos
De maneira aleatória, parecem variar de maneira continua, no sentido algébrico do termo, isto é, sem súbita solução de
continuidade. O mesmo resultado aparece claramente nos mapas de distritais e cidades. Nestas circunstâncias, é perfeitamente
normal pensar em distribuição geológica ou geográfica do câncer.
A distribuição geográfica pode ser admitida sem maiores considerações, porque se reduziria a uma mera pesquisa da terra. O mapa de
Paris, todavia, não estabelece, de nenhuma maneira, o fato de que o distrito de Seine ou o fator de altitude tem um papel
importante nesta conexão. Por outro lado, a distribuição geológica dá inicialmente resultados sugestivos.
O problema que nós temos de resolver é, porque uma densidade relativamente alta de câncer afeta os distritos do sudeste e do oeste
de Paris, enquanto o centro e os distritos do nordeste têm uma, relativamente, baixa densidade.
As analises mostram que as baixas densidade de câncer (0.5, 0.6, 0.8 por 1.000 habitantes) coincidem com uma vasta área de areia
e rochas arenosas de Beauchamp, próximas às rochas sedimentares da área de Paris. Números médios, mas ainda baixos, são observados
nos distritos de Chaussée Antin (0.8) e Gaillon (0.3), que correspondem a uma área de areia de Beauchamp. Números maiores, mas
ainda relativamente baixos, são observados em Clignancourt (1.1) e Saint-Fargeau (1.04) onde os únicos dois bancos de areia de
Fontainebleau em Paris aparecem.
Por outro lado, observamos que os distritos onde
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a densidade do câncer é alta, como em Auteuil (1.76), Javel (1.61), Grenelle (2.08) e Saint-Lambert (1.57) estão sobre
argila. Outros distritos, como Saint-Vincent-de-Paul (1.97), l Hôpital Saint Louis (1.44), Père Lachaise (1.58) e Charonne
(1.41) estão situados sobre solos sedimentares de carbonato de cálcio
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(alto terciário da bacia de Paris e calcário terciário do N. da bacia de Paris).


A relação observada entre a densidade do câncer e a natureza do solo não pode ser aceita como sendo matematicamente correta,
porque a distribuição geológica do sub-solo apresenta uma complexidade tão grande quanto àquela do fenômeno meteorológico. Vários
fatores de perturbação têm que ser levados em consideração, notadamente a disposição, a superfície, a profundidade do estrato e
das rochas, como também as variações na maioria dos sedimentos.
O distrito de Maison-Blanche, por exemplo, com uma densidade média de (1.17) tem em seu sub-solo uma mistura de argila, pó de
calcita e dolomita, e calcário da bacia de Paris, areia de Beauchamp, e depósitos aluviais recentes. Similarmente com Clignancourt
(1.1) e Amérique (1.34), onde encontramos areia de Fontainnebleau, calcário de Brie e Saint-Quen, depósitos aluviais de
calcário recente.
Com respeito aos distritos às margens do Rio Sena, cobertos superficialmente por depósitos aluviais recentes, suas densidades de
câncer refletem a composição de camadas sedimentares mais profundas. Os mesmos resultados são observados no Departamento do Seine,
apesar da maior diversidade da natureza das rochas.
Notemos que as localidade com uma baixa ou média densidade de câncer, como Sceaux (0.8) Chatenay (0.6), Bagneux (1.0),
Fresnes (0.39), Suresnes (1.1), estão construídas sobre a areia de Fontainebleau, enquanto outras localidades, com
Garenne-Colombes (0.78), Vanves (1.18), Malakoff (0.98), Arcueil (1.27), Maisons-Alfort (1.29) estão construídas sobre
os terrenos calcários da bacia de Paris ou as rochas arenosas de Beauchamp: outras localidades, notadamente no noroeste de Paris,
estão construídas sobre depósitos aluviais recentes e sulfatos de cálcio hiudratado.
Por outro lado, localidades exibindo uma alta densidade de câncer, como Issy (2.0) Ivry (3.26), estão construídas sobre argila;
outras, como Lês Lilás (1.63), Bagnolet (1.47), Pavillons-sous-les-Bois (1l91), Nogent (1.8), Romainville (1.85), Thias
(3.36) estão construídas sobre rochas sedimentares de Brie e depósitos de calcita e dolomita; finalmente, outras, como Neuilly
(2.25), L Ile-Saint-Denis (2.16),
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Le Perreux (1.87), Bonneuil (3.33), estão construídas sobre áreas barrentas e argilosas.
Eu tenho aplicado o mesmo método de analise para as principais cidades da França e aquelas dos países vizinhos. Os resultados têm
sido agrupados de modo a indicar a densidade do câncer como uma função da natureza geológica do solo.
Estas investigações têm estabelecido claramente o fato de que uma baixa densidade do câncer é encontrada em localidades
construídas sobre areia, rochas sedimentares, terrenos de sulfato de cálcio hidratado, rochas arenosas, algumas rochas primitivas
e depósitos aluviais recentes, ricos em cascalhos e areia. Por outro lado, uma alta densidade do câncer está associada com
localidades construídas sobre argila plástica, solos jurássicos, calcita, minério de ferro, áreas carboníferas e ardósia.

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Também, será visto que a densidade do câncer na França não é distribuída aleatoriamente, mas está relacionada a regiões naturais
correspondentes à natureza geológica do solo. Então, parece que Geneva, Bern, Brussels, Antwerp e Toulouse está construídas em
regiões de média ou baixa densidade de câncer, formada de areia e cascalho aluvial, areia e rochas arenosas de Fontainebleau e
Beauchamp, rochas sedimentares em proximidade com depósitos de calcita e dolomita.
Por outro lado, as elevadas formações cretáceas que cobrem toda a Normandia, o Pays de Caux e Picardy, é notada por 5 localidades
com uma alta densidade de câncer, Lê Havre, Rouen, Amiens, Arras e Lille. Similarmente, o oeste da França tem várias regiões com
alta densidade de câncer, caracterizadas por minérios de ferro (argila, areias ferruginosas, etc. em Nancy e Metz, como também
áreas carboníferas em Strassburg. A área do câncer da região de Lyons está também construída sobre um solo jurássico e carbonífero.

A natureza do solo em relação à radiação cósmica e a causa do câncer

A relação entre a natureza geológica do solo e a densidade do câncer tendo sido estabelecida por observações
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e estatísticas dadas na seção anterior. Está ainda para ser demonstrado por um mecanismo particular que uma variação na natureza
do solo pode contribuir com fatores causadores do câncer.
Eu já indiquei, de uma maneira geral, com respeito à oscilação celular, que o câncer ocorre como um reação do organismo a uma
modificação do seu equilíbrio oscilatório através da influência das radiações cósmicas. E mais, o campo terrestre das ondas
cósmicas é constantemente afetado pelas variações causadas pelo fenômeno da interferência, devido às várias radiações astrais, em
conseqüência da rotação da Terra em seu próprio eixo (efeito diurno) e ao redor do Sol (efeito anual) enquanto as fases da Lua
também afetam o campo cósmico.
Assim, é justificável estabelecer uma conexão entre o câncer e as variações no campo das ondas cósmicas devidas à absorção pelo
solo.
Temos visto que o equilíbrio oscilatório da célula é modificado e, algumas vezes, quebrado quando as radiações cósmicas variam em
intensidade ou em freqüência.
Tenho mostrado, entretanto, que foi possível re-estabelecer este equilíbrio oscilatório reforçando ou diminuindo, mais
precisamente através da filtração das radiações cósmicas por meio de equipamentos apropriados. A evidência disto foi dada por meu
primeiro experimento com os gerânios afetados pelo câncer e tratados com sucesso.
Com respeito à absorção das ondas cósmicas pelo solo e os efeitos resultantes destas ondas no campo, temos dados precisos baseados
em trabalhos de rádio-eletro-técnicos e astrofísicos que, como Millikan, têm estudado o problema da penetração. Nesta conexão, é
importante considerar, não apenas as ondas ultra-penetrantes, mas também o parâmetro total das ondas cósmicas, da mais longa à
mais curta.
Tem sido questionado, se as ondas cósmicas, em vista de sua grande penetrabilidade, tem algum efeito sobre o organismo humano.
Deve-se ter em mente, todavia, que as ondas cósmicas tem um campo de ação tão universal que parece óbvio que nada, à priori,
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é necessário para parar o movimento de uma onda completamente para detectar os seus efeitos. Nesta proporção, a detecção de ondas
remotas (sem fio) seria possível apenas se paredes metálicas imensas de grande densidade estivessem disponíveis para capturar as
ondas inteiramente. Mas tudo que é necessário par atingir este fim, é um simples fio esticado no espaço aberto, que retém da
passagem das ondas um desprezível, mas ainda assim, suficiente quantidade de energia. Similarmente, o organismo vivo não tem a
necessidade de ser como uma massa de chumbo de 10 metros de espessura para ser sensitivo à indução de ondas cósmicas, para a qual
ele responderá mais rapidamente, na medida em que as ondas forem as de maior comprimento e as células vivas forem as de menores
dimensões. É também claro que, devido à excessivamente alta freqüência destas ondas cósmicas, as células devem ser submetidas a
uma grande indução eletromagnética.
Desde que estejamos aptos a detectá-las, como Millikan mostrou, as ondas cósmicas, em uma profundidade de 50 metros ou mais, não é
evidentemente a absorção total que é a coisa mais importante, porque, sob o ponto de vista prático, isto é insignificante e tem
deve sempre depender da sensitividade do aparato usado. È quase fora de dúvida que, existem certas ondas cósmicas que são
penetrantes o suficiente para atravessar a terra inteira, uma hipótese que parece ser essencial para explicar o fenômeno dos
mecanismos celestiais. O quê é de grande importância, entretanto, na investigação da influência de um certo fenômeno sobre as
condições de vida, é dar atenção especial às variações do campo cósmico na superfície da Terra, que envolve a absorção pelas
camadas sedimentares e a radiação secundaria resultante, como também o campo de interferência. Esta radiação secundaria não é mais
insignificante, no caso da radiação cósmica, do que naqueles tubos radiológicos e de ionização, que liberam raios catódicos e
raios-X. Nas cidades, a influência dos materiais de construção como pedras, tijolos, cerâmicas, piche, asfalto e pedras de
pavimentação (paralelepípedos, etc.) não precisam ser considerados porque estes materiais, eminentemente dielétricos, não
impedem a propagação das ondas.
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Sabemos que as ondas penetram melhor o solo quando as propriedades isolantes deste solo são mais pronunciadas, o quê está de
acordo com o nosso conhecimento da propagação de ondas. Com um comprimento de onda de 16.000 metros a penetração ocorre a uma

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profundidade de 80 metros em um solo isolante (areia, rocha sedimentar, etc.) enquanto a penetração alcança apenas uma
profundidade de 2 metros na água do mar que é um condutor muito bom; e algumas dúzias de metros

Figura 19 Solo condutor, impermeável para as ondas. As radiações cósmicas são refletidas e difundidas superficialmente, dando
origem, na superfície do solo, a um nova campo de radiações de interferência.
na de argila e vários minérios, que são também ótimos condutores. A profundidade que a onda penetra dentro do solo é inversamente
proporcional à raiz quadrada do produto de sua vibração e a condutividade do solo. As variações de penetração são, então, muito
mais marcadas no caso de ondas curtas do que das ondas longas. Os solos condutores agem quase que como as telas metálicas e
absorvem ondas a um grau máximo. Por outro lado, os solos dielétricos (isolantes) facilitam a penetração de ondas a uma grande
profundidade.
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Assim, segue-se que estes solos, permeáveis às ondas, tais como areia, rochas arenosas e cascalho, que absorvem a radiação até uma
grande profundidade, não mostram qualquer reação significante no campo cósmico na superfície da Terra, como é o caso, sempre que
uma onda penetra um meio que é praticamente homogêneo e ilimitado. Mais quando a radiação é apenas absorvida superficialmente,
como no caso de solos condutores, impermeáveis às ondas, como a argila, camadas carboníferas, minério de ferro, etc., esta rápida

Figura 20 Solo isolante, permeável às ondas. O campo superficial de radiações não é modificado. Neste caso, não há reflexão de
ondas, nenhuma difusão e nenhuma re-radiação.

absorção dá origem, na superfície do estrato condutor, à intensas correntes que reagem no campo cósmico superficial.
É possível que esta absorção possa originar a refração como é a regra na física, geralmente quando as constantes do meio de
propagação variam, por exemplo, quando os raios luminosos passam do ar para água. Ou
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então pode ser que sejamos confrontados com um fenômeno mais complexo, no qual a absorção da radiação cósmica pelo solo é seguida
por uma radiação secundária ou re-radiação. Seja como for, não pode ser posto em dúvida que,

Figura 21 Secção de solo mostrando a distribuição de camadas isolantes e condutoras.


A-Depósitos aluviais; B- Camada permeável às ondas (areia e rochas arenosas); C e D- Camadas permeáveis, mais ou menos
condutoras; E- Camada impermeável de alta condutividade (argila); F- Várias camadas sedimentares; G- Estrato contendo rochas
cristalinas, minério (ferro) ou depósitos carboníferos.

a radiação secundária, refletida, refratada ou difundida pela camada condutora, interfere com a radiação incidente no campo da
radiação complexa diferente
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do campo inicial (Figura 19). Por outro lado, em solos isolantes a radiação cósmica não é afetada pela ausência de campos
secundários (Figura 20).
Como o desenvolvimento do câncer é suposto estar conectado com o desequilíbrio oscilatório causado pelas variações no campo das
radiações cósmicas, segue-se que, a incidência do câncer é baixa nos solos isolantes e é alta em solos condutores, que modificam o
campo.
A questão da influência do solo sobre a incidência do câncer pode então ser reduzida determinando-se o seu grau de condutividade.
Temos visto que uma baixa incidência é encontrada na areia de Fontainebleau e na areia de Beauchamp, que consistem de silicato
puro, e como tal, é altamente isolante; uma baixa incidência é também observada nas rochas arenosas de Beauchamp e na areia de da
bacia de Brussels; o cascalho de Genova e as friáveis rochas arenosas de Bern; a ardósia, a rocha metamórfica e o granito de
Nantes; o emplastro (sulfato de cálcio hidratado) do noroeste de Paris.
Um meio de alta incidência de câncer é encontrado nos solos que são moderadamente bons condutores, como os depósitos aluviais
recentes contendo camadas barrentas de solo condutor e, especialmente, a argila, em virtude de sua composição química, incluindo a
água e as substancias minerais.
O grau de incidência de câncer aumenta em solo como os compostos por sulfato de cálcio hidratado, sedimentos de calcita e dolomita
(alto terciário da bacia de Paris) e sedimentos jurássicos, argila impermeável, rochas sedimentares ferruginosas, calcita
ferruginosa. A incidência é a mais alta em solos contendo minério e carvão, como em Saint-Etienne, Metz e Nancy.
Tenho indicado o mecanismo de absorção de ondas através de diferentes camadas de solos (Figura 21). As radiações cósmicas
penetram bem facilmente através da camada superficial A, formada por depósitos aluviais; então, elas atingem a camada isolante B,
composta de areia e rochas arenosas; as radiações são pouco absorvidas pelas camadas C e D, consistindo de rocha sedimentária e
sulfato de cálcio hidratado, e completamente absorvido pelos sedimentos ou camadas altamente condutoras, E e G.
________________________________________________________________Página 146

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O papel da água em relação ao câncer

Sob um ponto de vista elétrico, a água pura, isto é, H2O não contendo nada além de hidrogênio e oxigênio, é um ótimo isolante, e o
mesmo se aplica à água leve encontrada nos solos arenosos. Por outro lado, águas contendo sais, com as águas do mar e águas
minerais, agem mais ou menos como condutores, e às vezes, elas podem se provar serem muito boas condutoras. É o polimorfismo da
água que pode responder pelo fato de que certas águas parecem ser associadas com a incidência de câncer, enquanto outras não têm,
aparentemente, nenhuma influência.
Muitos bairros e cidades construídas nos bancos dos rios não têm, necessariamente, uma alta incidência de câncer. Em Paris, perto
do Rio Sena, ambas, uma alta e uma baixa incidência de câncer tem sido observada, o quê parece provar a ausência de correlação. Um
cidade, como Antwerp, com uma baixa incidência de câncer, esta construída sobre os banco de um grande rio, perto de um vasto
estuário, enquanto Genova, que também tem uma baixa incidência de câncer, está construída bem próxima de um grande lago sobre uma
depressão aluvial. Mas, por outro lado, cidades como Nancy, Saint-Etienne e Straussburg, que estão construídas sobre bancos de
pequenos rios, têm uma alta incidência de câncer.
Estas observações parecem mostrar que a água não tem um papel na incidência de câncer, exceto quando suas constantes elétricas e a
forma de seu volume (banco de água, etc.) é de natureza tal que afeta o campo de radiação cósmica, que pode quebrar o equilíbrio
da oscilação celular.
Sob a luz destes fatos, estamos em posição de compreender porquê muitos escritores de reputação têm, freqüentemente, mencionado a
existência de casas do câncer , Rua do câncer , Vilas do câncer e Bairros do câncer . 1 Temos indicado a parte
preponderante desempenhada pela natureza do solo

1 Escritores médicos ortodoxos usualmente ignoram a questão das Casas de câncer como sendo não merecedoras de séria atenção,
mas recentemente estatísticas em Budapeste mostraram que realmente há as assim chamadas ruas do câncer e casas do câncer
onde um número de casos de câncer é assustadoramente grande.

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na localização do câncer. Pode ser facilmente mostrado que o solo de tais localidades contêm, em profundidade variável, camadas de
atuando como particularmente bons condutores: argila, minérios ferruginosos e arsênicos, carboníferos e outras camadas.
Um eminente pesquisador do câncer, Dr. Hartmann, tem chamado atenção para o fato de que um observador médico ficou impressionado
com a alta incidência do câncer no Vale Ognon. Agora este rio flui em um banco de formação jurássica onde há abundância de argila
condutora.
Sobre a matéria da influência especifica da água sobre a incidência do câncer, tenho sugerido a seguinte explanação baseada nas
leis da eletricidade.
Água, que é neutra em estado puro, adquire propriedades condutoras das substâncias com as quais ela entra em contato, mesmo do
ponto de vista químico, soluções aquosas mostram as propriedades, ácidas ou alcalinas, das substâncias dissolvidas.
Mais uma vez, águas minerais contêm substancias minerais em solução como enxofre, carbonatos e bicarbonatos, ferro e sais
arsênicos, etc., que são vêm de várias formações geológicas. Tais águas possuem, ao sair da fonte, as mesmas constantes elétricas
e químicas dos solos de onde elas emergiram. Se uma maior evidência é requerida, pode ser suficiente apontar que as oscilações
características das águas minerais são mostradas pela radioatividade delas nas vizinhanças das nascentes. A radioatividade resulta
do desequilíbrio oscilatório de certas substâncias minerais que, ao sair do solo, não oscilam em harmonia com as ondas cósmicas.
Desde os tempos primórdios, médicos têm observado que a eficácia das águas minerais, particularmente notável perto das nascente,
devido à harmonia que é então alcançada entre a oscilação celular do individuo, a radioatividade da fonte e da radiação cósmica.
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Além disto, minhas opiniões sobre isto têm sido confirmadas por muitas observações. Hoffman observou que enquanto a mortalidade
por câncer atingiu uma média de 0.85 por 1.000 e até 1.199 em Boston, o número correspondente para Menphis foi apenas 0.467.
Em sua monografia sobre Câncer e Água , o Dr. Shannon tem mostrado que a cidade de Memphis (USA) é suprida com água de poços
artesianos, situados no solo da própria cidade. Ele atribui a baixa incidência de câncer em Memphis à água desses poços artesianos
que, de acordo com ele, é livre de organismos protozoários. Mas, ninguém ainda conseguiu provar que o câncer é causado pela
presença de protozoários na água.
Sob a luz de nossa teoria, a água desses poços artesianos é uma água mineral que possui as mesmas características do solo sobre o
qual os habitantes de Memphis vivem. Como eles usam esta água para propósitos externos e internos, estas pessoas são
automaticamente colocadas sob tais condições que suas células tem as mesmas constantes elétricas e químicas do solo em que elas
habitam, e conseqüentemente, pode-se dizer que elas estão em ressonância com o campo local de radiação cósmica.
Na França, observações similares parecem corroborar com estes fatos. Em Luxeuil, o Dr. Thomas observou uma quase total ausência de
câncer. Parece que, devido à escassez de água potável os habitantes desta localidade bebem apenas água mineral de uma fonte
saudável, obtida nas profundezas do solo local.
Recentemente a mesma observação sobre a relativa ausência de câncer foi feita em Châtel-Guyon. Uma comissão francesa e estrangeira
de cancerologistas fez uma visita a esta famosa fonte, conhecida por sua água, para investigar as causas do baixo registro de

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câncer.agora é sabido que o suprimento de água desta cidade não vem de uma fonte distante, mas sim de uma fonte local, no Monte
Chaluset. A explicação
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sugerida para o fenômeno observado em Memphis e Luxeuil é também válida para Châtel-Guyon. E, podemos destacar que o suprimento de
água de Genova é vindo das profundezas do Lago de Genova e portanto possui as mesmas constantes elétricas do lago e do solo. A
densidade do câncer em Genova é considerada distintivamente baixa (0.50 por 1.000) o quê parece confirmar nossa explanação
original.
Nesta conexão, uma outra observação significativa foi feita pelo Dr. Simeray, que registrou que a população de uma vila inteira
era livre de câncer, porque eles fizeram uso, exclusivamente, da água tirada de fontes perfuradas para este propósito. Mas quando
as autoridades locais decidiram captar sua água de uma fonte fora da localidade e desistir do uso das fontes, uma série de casos
de câncer ocorreu na vila. Neste caso a aparição do câncer pareceu coincide com a utilização de uma fonte de água distante, que
não possuía as mesmas constantes do solo da localidade e conseqüentemente causaram nas células dos corpos dos moradores da vila um
estado de desequilíbrio oscilatório em relação à radiação cósmica.
Pude verificar pessoalmente as observações do Dr. Simeray no caso de duas localidades Thiais e Orly (Seine-et-Oise). Ambas estão
situadas sobre a mesma espécie de solo água fresca de rochas sedimentares de Brie que é uma boa condutora e portanto,
característica de uma alta densidade de câncer. Mas a densidade do câncer de Thiais é 3.36 por 1.000 e apenas 0.36 para Orly. Como
este caso não parecer estar em acordo com minha teoria sobre o assunto, decidi investigar as condições, eu mesmo com a
assistências das autoridades locais. Descobri que em Thiais a água vem do Sena, tirada em Alfort-ville, enquanto em Orly, os
habitantes tiram sua água de sua próprias nascentes, situadas no centro da localidade.
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CAPÍTULO X

Nos capítulos anteriores, mostrei que o organismo vivo, animal ou vegetal, é comparável com um sistema de circuitos oscilantes de
alta freqüência, que consistem de células que são, elas mesmas, osciladores elementares.
Tenho indicado a natureza da radiação em seres vivos e como os diferentes raios os influenciam. Tenho insistido particularmente no
papel que a radiação cósmica e no como ela é influenciada por vários fatores físicos, como a condutividade do solo e o efeito da
radiação astral, resultando no fenômeno da interferência.
Todas as investigações que tenho feito parecem confirmar o fato de que as doenças são o resultado de um desequilíbrio oscilatório
(1) resultante de certas modificações no campo das ondas cósmicas, em conseqüência da interferência através de um campo
secundário da superfície do solo, (2) de uma radiação astral (solar, lunar) ou então, que vem da mesma coisa, (3) das
modificações das constantes elétricas das células vivas.
Então, tenho sido levado a desenvolver uma nova terapia, cujo objetivo era re-estabelecer o equilíbrio oscilatório celular que foi
perturbado pela doença. De acordo com a natureza do caso, pode ser aconselhável agir diretamente sobre a doença no organismo por
meio de substâncias bio-magno-mobilie ou substâncias capazes de restaurar à célula suas constantes eletromagnéticas
apropriadas (capacidade, auto-indutância e resistência do circuito nuclear oscilante); ou pode ser melhor agir indiretamente,
modificando o campo das ondas cósmicas ao redor do paciente por meio de algum aparato rádio-elétrico adequado.
O objetivo deste método é regular o campo eletromagnético dentro dos tecidos orgânicos, principalmente reconstituindo os
fragmentos positivos e negativos de todos os núcleos celulares, um processo que envolve a utilização de substâncias
bio-magno-móvel . E por ultimo, no sabemos que
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o campo magnético é devido a um movimento rotatório dos elétrons que é um tipo particular de oscilação.
Minhas pesquisas têm me levado à conclusão de eu esta terrível doença é menos prevalente em localidades onde os organismos vivos
estão em harmonia, isto é, em equilíbrio oscilatório com o solo de seu habitat, como indiquei antes.
Parece que nós temos aqui um princípio universal que pode provar-se útil em terapêutica, e é até mais um principio geral de
higiene do que um princípio terapêutico.
Em minha monografia sobre a Contribuição à etiologia do Câncer , mostrei que certas condições favoráveis foram estabelecidas
quando os habitantes fizeram uso de água tirada das profundezas do solo sobre o qual eles viviam. Estou convencido de que se as
pessoas pudessem subsistir, exclusivamente, comendo frutas e vegetais cultivados em terrenos anexos a suas casas, e fazer uso de
água tirada de fontes próximas, o câncer e a maioria das doenças se tornariam muito menos prevalentes. Não ouvimos freqüentemente
das pessoas do campo atingindo uma avançada idade, apesar das deploráveis condições de higiene sob as quais vivem? Esta
longevidade pode ser atribuída ao fato de que essas pessoas do campo são compelidas a usar seus suprimentos de água local e para
viver da sua própria produção.
A desvantagem dos suprimentos de água modernos pode superada nas cidades pela perfuração de poços artesianos, com aqueles
existentes em Paris no Place Lamrtine , a Avenida de Breteuil e Bois de Boulogne. Como nos novos poços artesianos de Rue Blomet,
seria indefinidamente melhor se esta água fosse usada para propósitos de uso domestico do que para piscinas.
Quando as condições de vida locais são excepcionalmente ruins ou variáveis, é possível, como demonstrei, re-estabelecer, ou melhor
ajustar as constantes elétricas da célula por meio de substancias apropriadas, em harmonia com a natureza física e química do

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solo do habitat. Estas substâncias poderiam ser administradas por injeção hipodérmica, ou preferivelmente, por via oral. À noite,
a pessoa que dorme pode ser conectada ao solo por meio de
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uma apropriada conexão com a terra, e durante o dia, os calçados tendo uma placa metálica na sola ou salto, assim estabelecendo um
contato elétrico entre os pés e o solo. Na maioria dos casos, parece mais racional e mais eficaz recorrer a métodos elétricos, com
a filtragem do campo de ondas cósmicas no ambiente imediato do individuo.
Tenho recomendado também o uso de um aparelho rádio-elétrico especial, como uma antena metálica fixada nos apartamentos ou fora
das casas, conexos de aterramento, grades metálicas e, preferivelmente, circuitos oscilantes apropriados.
A filtragem das radiações cósmicas, sistematicamente feitas por esses circuitos oscilantes é, de fato, alcançada naturalmente
pelas radiações de comprimentos de ondas mais longos, como os raios luminosos, raios ultra-violeta, raios-X e emanações de rádio.
Isto responde por casos tratados com sucesso pela helioterapia, actino-terapia (actina= proteína simples derivada da actomyosina)
, rádio-terapia e substâncias radioativas.
Meu trabalho experimental tem confirmado o valor dos princípios anteriores. Vamos lembrar que os experimentos com os gerânios
inoculados com Bacterium Tumefaciens e tratados pelas radiações do meu oscilador rádio-celular, com o resultado que as plantas
foram curadas após algumas aplicações. Desde então, tenho mostrado que a doença ocorre devido ao desequilíbrio oscilatório
provocado pelo excesso de ondas cósmicas. As ondas ultra-curtas emitidas pelo oscilador rádio-celular reconstitue, por
interferência, o campo da radiação cósmica, que assim adquire um valor apropriado, o mesmo resultado sendo alcançado pela
intervenção de raios luminosos, ultra-violeta e raios radioativos.
Em um capitulo anterior eu indiquei, com respeito à natureza radiante da energia, como obtive os mesmos resultados curativos com
gerânios eliminando o oscilador rádio-celular e substituindo-o por uma simples espiral de cobre ao redor das plantas. Esta espiral
é a mais simples e a forma mais geral de um circuito oscilante, que eu sugeri para a filtragem das ondas cósmicas
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em conexão com o tratamento de várias doenças, incluindo o câncer.


Os resultados que obtive no tratamento dessas plantas por meio de um circuito oscilante foram muito além das minhas expectativas.
O professor d Arsonval, que apresentou minha comunicação para Academia de Ciências, chamou a atenção para o fato de que, no
início de janeiro de 1925, eu tinha feito um circuito oscilante que consistia de uma espiral de cobre suspensa no ar e mantida em
posição por meio de uma haste de ebonite introduzida em um dos vasos de flor contendo os gerânios inoculados com câncer em 4 de
dezembro de 1924. em 30 de janeiro de 1925, o tumor estava desenvolvendo-se normalmente, ms a planta continuava a crescer sem
mostrar sinais de deterioração, enquanto todas as plantas de controle tinha perecido como um resultado do tumor que tinham. No fim
de fevereiro de 1925, a planta tratada estava curada e o tumor necrosado tinha caído. Em 23 de março de 1928, a mesma planta,
ainda envolvida por seu circuito oscilante, foi fotografada (placa III). A comparação da fotografia de 30 de janeiro de 1925
(página 103), e de 23 de março de 1928 (página 144), reduzidas à mesma escala, dá uma idéia do desenvolvimento extraordinário
da planta que, em três anos, alcançou a altura de 1.40 metros, isto é, aproximadamente 4 pés e meio. Este gerânio está ainda
florescendo, mesmo no inverno, e parece estar em excelente condição. Deve-se ter em mente que os tumores devidos à Bacterium
Tumefaciens geralmente causam debilidade e morte, mesmo após remoção cirúrgica.
Desde o primeiro experimento, muitas investigações no mesmo campo, em conformidade com meus métodos, têm sido feitas na França,
Itália e América. Eu mesmo tenho estendido minhas pesquisas para plantas, animais e seres humanos, e tenho sido muito encorajado
por saber que meus métodos têm sido aplicados com sucesso por trabalhadores eminentes em laboratórios e clínicas. Entre os
numerosos registros sobre esses experimentos, uma menção especial tem que ser feita do relatório apresentado no Congresso de
Radiologia de Florença (maio de 1928) por uma eminente autoridade do câncer, o professor
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Sordello Attilj, do Hospital San Spirito de Sassia, Roma. Apenas um breve sumário deste relatório pode ser dado aqui. O professor
Attilj fez extensivo uso do meu circuito aberto oscilante, que eu recomendei na forma de colares, braceletes e cintos, etc.
As observações mais importantes do professor Attijl, apresentadas no relatório em questão, compreendendo 6 pacientes 5 dos
quais estavam sofrendo de câncer e o sexto de polisarcia (corpulência excessiva). Todos esses casos de câncer tinham diferenças
individuais marcantes.
1-Paciente com 78 anos, sofrendo de epitelioma (ulcerado) na base da boca, com metástases sub-maxilar.
2-Paciente com 25 anos, sofrendo de sarcoma recorrente na mão esquerda.
3-Paciente com 28 anos, sofrendo de sarcoma recorrente no seio direito.
4-Paciente com 60 anos, sofrendo de epitelioma (ulcerado) nos órgãos genitais.
5-Paciente com 40 anos, sofrendo de severas dores pós-operatórias com pequenas metástases nas cicatrizes do peito.
Deve ser notado que, no começo, os três casos de câncer são complicados pela recorrência ou manifestações secundárias
(metástases) que constituem uma condição agravante. No entanto, algumas semanas após a aplicação dos circuitos oscilantes, o
professo Attilj notou uma diminuição da dor, uma reabsorção progressiva das lesões e o desaparecimento das escleroses dos tumores.
Na maioria dos casos as sensações de picadas dolorosas (pinos e agulhas) acompanhando o desenvolvimento dos tumores cessaram
quando o circuito oscilante foi aplicado. O sexto caso concernente ao paciente sofrendo de polixarcia, é talvez, o mais

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interessante da série. Pesando 120 quilos, o paciente estava sofrendo de dores lancinantes na região lombar e se movia com tanta
dificuldade que ela levada de 3 a 4 minutos para se levantar de uma cadeira.

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Foto do gerânio três anos depois do tratamemto com o circuito oscilante mostrando um desenvolvimento notável da planta. Duas
plantas não tratadas são mostradas ao lado dela. Este é o mesmo gerânio da Placa IV, da página 103.

Três dias após a aplicação do circuito oscilante (neste caso, um cinto) as dores desapareceram, o paciente reconquistou seu
apetite, tanto que, ao fim de três meses de tratamento ela era capaz de se mover com facilidade e reassumir suas atividades
normais.
O professor fez o seguinte resumo:
O pequeno número de casos tratados, que representam apenas o começo de um método de tratamento aguardando por maiores
desenvolvimentos, mostra que o uso do circuito oscilante de Lakhovsky é realmente efetivo. Quando temos em mente o fato trágico de
pacientes com câncer marcados para morrer, muitas vezes com grandes dores, enquanto ao mesmo tempo seus órgãos são gravemente
afetados pela doença, temos que admitir que qualquer coisa que possa aliviar tais sintomas dolorosos é uma grande benção para os
paciente.
O professo Attilj admite a eficácia dos circuitos oscilantes abertos para re-estabelecer o equilibrio oscilatório celular, não
apenas em pacientes de câncer, mas também em pacientes sofrendo de afecções cardiovasculares e nutricionais.
Ao longo do tempo, tenho feito observações semelhantes e tenho coletado um grande números de registros de médicos que deixam de
lado suas idéias preconceituosas, no interesse da ciência, e tem experimentado os meus métodos de tratamento. (Veja apêndice,
para ver casos particulares, tratados e fotografados).
Em termos gerais, as condições seguintes são as que os médicos lidam com mais freqüência:
Insônia, devida ao trabalho excessivo ou estado pós doenças. È tratada com sucesso.
Dores associadas com várias afecções, são geralmente reduzidas, algumas vezes eliminadas, mesmo nos casos de câncer.
Pacientes tem notado uma sensação de calor devido à ativação da circulação. A análise do sangue mostra um aumento dos corpúsculos
vermelhos. A anemia e a frieza das extremidades são então amenizadas por nossos métodos de tratamento.
As funções gastro-intestinais são estimuladas e a acidez gástrica é reduzida enquanto a atonia intestinal e as dores que
acompanham a digestão também mostram uma resposta favorável.
Em pacientes surdos, uma melhora tem sido observada.
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Outros sinais de melhora incluem um melhor apetite, aumento de peso e uma aparência rejuvenescida, freqüentemente, distintamente

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marcada.
Por fim, deve-se dar atenção às interessantes observações feitas pelo distinto professor francês que experimentou meus métodos em
um dos maiores hospitais de Paris. Os pacientes em tratamento foram submetidos a exames estritos. Uma vez por semana seus pesos
foram anotados, o sangue analisado e a pressão sanguínea registrada. Enquanto esses experimentos estavam em progresso, o professor
notou que, durante um período de aproximadamente oito dias a melhora previamente observada chegou a uma estabilidade definida em
todos os pacientes. Ele deduziu deste fenômeno geral que, uma causa externa que estava operando. Ao olhar o calendário ele
observou que este período anormal coincidiu com uma fase inteira da Lua.
Sob o ponto de vista da minha teoria, este fenômeno pode ser explicado assim: Nós sabemos que a Lua, como todas as fontes de
radiação, tem o poder de causar variações consideráveis no campo das ondas cósmicas, um assunto tratado em meu trabalho La
Universion . Além disto, o efeito do circuito oscilante é absorver qualquer excesso de ondas cósmicas que são responsáveis pelo
desequilíbrio oscilatório das células. Como a Lua modifica o campo destas ondas, esta interferência tem repercussões na absorção
do circuito oscilante, cuja ação é diminuída. Então, observamos que o efeito de um circuito oscilante envolvendo um paciente está
em relação estreita com o campo das ondas cósmicas. Nos casos em que este efeito é adequado, o resultado desejado pode ser obtido
com o uso de vários circuitos (colares, braceletes, cintos).
Como regra geral, tenho observado que em todos os pacientes usando circuitos oscilantes e vivendo em solos altamente condutores,
isto é, naturalmente carcinogênicos (produtores de câncer) (Grenelle, Javel, Auteuil, Neuilly) a ação do circuito é imediata e
rápida, enquanto em pacientes vivendo sobre solos isolantes,
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(Dauphine, Campus Elíseos, Gaillon, Monceau) esta ação é muito mais lenta, e seus efeitos não são manifestados até que um certo
tempo transcorra.
Então, a ação de um circuito oscilante sendo estreitamente conectado com a intensidade do campo de ondas cósmicas, da origem a uma
conclusão paradoxal, que graças ao uso deste circuito, os piores solos, sob o ponto de vista da saúde, ao final se tornam os
melhores. O circuito oscilante (colar, cinto, etc.) age regulando a incidência de ondas cósmicas, e então re-estabelecendo,
automaticamente e naturalmente, o equilíbrio oscilatório.
Estamos justificados em concluir, portanto, que a aplicação de circuitos oscilantes abertos é eficaz em conter o desenvolvimento
do câncer, mesmo nos estágios mais avançados, enquanto a dor é eliminada e a doença ameaçadora é algumas vezes dominada.
Finalmente, resultados gratificantes semelhantes têm sido obtidos no tratamento de muitas outras doenças que, aparentemente, não
tem conexão com o câncer. Então, pode ser reivindicado, com mais razão, que os circuitos oscilantes, absorvendo os excessos de
ondas cósmicas, pode se provar ser um meio de prevenção de doenças merecedor de consideração.
Estou esperançoso em que, no futuro, todas as doenças que afligem a humanidade possam ser prevenidas e tratadas com sucesso.

CAPÍTULO XI

A ORIGEM DA VIDA

Condensação de vapor de água e elementos minerais Influência das radiações cósmicas na orientação dos elementos celulares
Constituição do circuito elétrico oscilante da célula Elementos característicos de espécies vivas Problema da
Hereditariedade Valor infinitesimal da energia radiante indução em campos fixos e oscilantes Indução em campos
eletromagnéticos dentro da célula.

A condensação do vapor de água e elementos minerais

Nas eras geológicas, quando a vida não havia ainda aparecido sobre a superfície da Terra, nosso mundo que tinha armazenado, num

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certo momento, a condensação de todo o vapor de água a atmosfera, foi parcial ou totalmente coberto pelo oceanos.
Os elementos e vários componentes químicos, dissociados sob a ação do calor, então, subseqüentemente condensados, foram
encontrados espalhados por todos os lados. Eles são ainda encontrados, quase que sem exceção nas águas do mar, cuja análise revela
uma grande complexidade: cloretos, brometos, iodetos, sulfatos e a maioria dos sais dos principais metais: potássio de sódio,
magnésio e muitos outros. É inteiramente devido à umidade em áreas próximas do mar ou no mar em si, que a vida emergiu e que o
primeiro protozoário apareceu.
Como a ciência biológica estabeleceu o fato de que a primeira fase da vida é a célula, proponho mostrar como a célula primordial
foi formada, referindo à minha teoria de oscilação celular.
É importante ter em mente que os sais, corpos simples e outros componentes químicos existiam em um estado de grande diluição em
meio a vastas massas de água e vapores saturados, foram, em conseqüência, fortemente associadas e ionizadas, em forma de átomos e
moléculas, mais ou menos eletrificadas. Assim, cada pequenina gota de água formou um pequeno microrganismo contendo, em um estado
de diluição extrema, uma grande variedade de elementos químicos. Portanto nunca se deve perder de vista de que aquela umidade é
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essencial para a vida; esta foi a primeira condição para aparição da vida na Terra.
A influência das radiações cósmicas na orientação dos elementos celulares
As causas determinantes da geração de ondas cósmicas já existiam quando a Terra surgiu no universo. As radiações que geraram as
ondas cósmicas, se do Sol ou de outras estrelas, permanecem inalteradas. Mas nosso planeta, naquele tempo, como até hoje, deve ter
sido carregado com eletricidade negativo.
O processo da aparição d vida pode ter sido possivelmente o seguinte: sob a ação de radiações eletromagnéticas de origem cósmica,
certas moléculas de compostos químicos e certos átomos de elementos simples, contidos nos glóbulos de água, foram orientados por
linhas de força de um campo elétrico gerado por algum corpo astral, carregado positivamente enquanto a Terra era carregada
negativamente .
Vamos notar que, devido à multiplicidade dos campos elétricos astrais, a orientação das moléculas poderiam ter sido afetadas,
exatamente da mesma forma, ao longo das linhas de força vindas do Sol ou da Lua, Marte, Júpiter ou qualquer outro planeta ou corpo
astral.
Outra vez, estas moléculas de substâncias condutoras, contendo ferro, potássio, iodo, cloro e várias outras combinações, foram
automaticamente agrupadas sob influência de afinidade química ou forças eletrostáticas. Elas começaram a formar, ao longo de uma
certa linha de força, uma pequena aglomeração de moléculas eletrificadas, para as quais outras moléculas foram atraídas. Estas
uniões, todavia, ocorreram de acordo co uma determinada direção, aquela da linha da força eletromagnética que, surgindo do espaço
celestial atingiram a Terra, negativamente carregada, como a ciência moderna tem mostrado.
Estes grupos de moléculas condutoras foram, assim orientadas a se juntaram em forma de um haste curva extremamente curta.
Em torno desta atração , um certo número de moléculas vindas das substâncias isolantes veio a ser fixada, possivelmente
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devido à força da gravidade, formaram, como se fosse, uma cobertura natural de aglomeração original de moléculas condutoras.

Figura 22 Formação da célula primordial


Começando de A, no topo da figura, e girando no sentido horário ao redor do Sol , será observado como o filamento, se
desenvolvendo ao longo da linha de força emanando do Sol, adiquiriu sua forma circular em conseqüência da rotação da Terra. O
filamento, assim, teve o seu circuito completado em 24 horas. A célula B mostra uma fase de sua formação.
Este diagrama é puramente esquemático. De fato, o núcleo celular é muito mais irregular do que eles estão descritos aqui. A razão
para isto é clara. No curso da rotação da Terra, em seu próprio eixo em 24 horas, as condições astronômicas são limitadas a variar
e a linha de força emanante do Sol colide com outras linhas de força originárias de vários corpos estelares. Isto resulta em uma
momentânea parada ou um desvio da linha original de força durante a formação do filamento-núcleo cuja disposição é assim tornada
irregular.

Constituição do circuito elétrico oscilante da célula


Devido à rotação da Terra, a orientação das moléculas aglomeradas foi sujeita a desvio e como
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resultado de seu movimento rotatório a Terra fez assim a sua parte, ao final de 24 horas, ou talvez, após alguns dias, na formação
de um filamento, não mais linear, mas curvo e ocasionalmente em forma de um aglomerado de fios entrelaçados (Figura 22). As
novas partes deste filamento foram, conseqüentemente, formados ao longo da linha das forças magnéticas, de direção invariável,
enquanto as partes já formadas foram espalhadas pelo movimento da Terra. À medida que este filamento condutor ia sendo formado, a
cobertura isolante ou membrana envolvente continuava a crescer e a consolidar-se, ao mesmo tempo do filamento. Esta espécie de
fenômeno ocorreu em glóbulos microscópicos de vapor medindo 3 mícrons de diâmetro. É esta membrana isolante que, uma vez que o
circuito estava completo, finalmente evitou que as extremidades do filamento se juntassem, e até mesmo entrassem em contato com o
meio condutor interno. O filamento, isto é, o núcleo da célula, foi assim, finalmente, formado.

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A formação deste circuito celular foi devida, em suma, à presença de uma linha de força vinda do espaço celestial, e sua
configuração, devida à rotação da Terra.
O circuito assim formado foi dotado, pela construção, com capacidade e auto-indutância. Ele então, começou a vibrar imediatamente
sob a influência de radiações eletromagnéticas e raios penetrantes, entre os quais uma certa freqüência equivalente à freqüência
do circuito foi encontrada com a que ela poderia vibrar em ressonância. Este glóbulo microscópico de água mineralizada, já
mostrando sinais de organização, foi então completado quimicamente pelos suas outras estruturas orgânicas, como o protoplasma,
citoplasma, vacúolos, etc., sempre pela agregação de moléculas. E enquanto ia vibrando e radiando, este glóbulo ia vivendo e
célula nasceu.
Elementos característicos das espécies vivas
Como um resultado desta formação toda célula, ou pelo menos, todas as espécies caracterizadas por células possuindo núcleos e
protoplasma, começaram a oscilar com a freqüência e o comprimento de onda determinado
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pelas dimensões de seu filamento. Assim em virtude de sua forma e dimensões do filamento, cada célula, como cada micróbio, possui
seu próprio comprimento de onda, que é característico de sua espécie. Mas, todos estes comprimentos de ondas celulares, apesar de
largamente diferente, são da mesma ordem de magnitude e se aproximam uns dos outros dentro de uma zona estreita do parâmetro total
de vibrações.
De acordo com minha teoria, esta definição de espécies celulares envolve uma das conseqüências seguintes. Se, por qualquer
processo, conseguimos modificar a duração da formação de uma célula, que implica em modificar a constituição de seu filamento ou
de sua capacidade condutiva, por meio de elementos químicos ou por métodos eletromagnéticos, modificamos, ao mesmo tempo, sua
freqüência de vibração, e conseqüentemente, as espécies de células e também suas características particulares.
Esta seqüência de eventos provavelmente ocorre nos casos de câncer, doenças da terceira idade, etc. A transmutação de células
seria então alcançada.
A evidencia experimental dá suporte a esta visão. E mais, um estado similar de casos pode ocorrer na ação de certos medicamentos
de origem mineral, vegetal ou animal, que são destinados a curar certas condições reforçando a condutividade dos núcleos, ou
modificando sua natureza química, o núcleo sendo de primeira importância no processo de desequilíbrio oscilatório.
Diferenciação de células e hereditariedade
As hipóteses mais diversas têm sido anunciadas sobre a constituição do protoplasma.
De acordo com Naegeli, a matéria é composta de unidades para as quais ele deu o nome de micélio. Outros cientistas, como Darwin,
Haeckel, Spencer, Hertwig, de Vries, Wiesner, tem sido levados a postular a existência de uma unidade fisiológica de um grau mais
alto do que o micélio, isto é, o idioblasto. A soma dos idioblastos constitui o idioplasma. Hertwig afirma que a substância
hereditária não esta localizada no protoplasma, mas ao contrario, no núcleo e tem adotado o conceito de Pffuger da isotropia da
célula-ovo,
Página 164

isto é, que a célula-ovo é homogênea e nenhuma de suas partes corresponde, antecipadamente, a qualquer parte do futuro animal.
Weismann propôs a teoria do plasma ancestral . 1 O problema da diferenciação específica dos elementos celulares tem dado
origem a um grande número de soluções hipotéticas, incluindo as teorias de His, Hansemann, Hertwig, Naegeli, de Vries, etc.
De acordo com as minhas visões, a substância hereditária não está localizada nem no protoplasma, nem no idioplasma e nem no
micélio, mas realmente no núcleo; e a diferenciação específica do núcleo é devida ao seu poder de vibração em acordo com o
comprimento de onda determinado pelo diâmetro dos circuitos que o constituem e o valor da capacidade elétrica nuclear. Na
procriação, a célula macho ou fêmea que prove ser dominante é aquela cujo comprimento de onda aproxima-se mais estreitamente
padrão normal típico do seu sexo. Isto pode responder pelo fenômeno da hereditariedade causado pelo núcleo cujo diâmetro não varia
por gerações, seus comprimentos de ondas e a composição química do protoplasma que forma a capacidade que permanece,
conseqüentemente, inalterada. Isto pode também responder pela recorrência de qualidades, defeitos, semelhanças, etc., através de
muitas gerações, em suma, o quê é conhecido como atavismo.
Valor infinitesimal da energia celular oscilante
No curso deste trabalho, tenho levantado a questão: De onde vem a energia da radiação celular? É esta questão que eu proponho
responder agora por meio da conclusão de uma afirmação formal de minha teoria.
Devidas às dimensões microscópicas das células e seus filamentos, as dimensões medindo apenas frações de mícron, segue-se que a
oscilação de tal circuito não requer nada mais que uma pequena quantidade de energia. É difícil imaginar a quantidade
infinitesimal desta energia, mas a quantidade imponderável de força trazida no curso destas oscilações não impede

1 Weismann foi o autor da teoria do germe-plasma da hereditariedade que negou a transmissão de características adquiridas.
(Tradutor)
Pagina 165

os efeitos de longo alcance destas ondas ultra-curtas, devido à considerável quantidade de indução atingida com tais altas
freqüências. Vamos lembrar, por exemplo, a vasta faixa disponível de estações remotas (sem fio) fazendo uso das chamadas ondas

59
curtas, que são na verdade, ondas longas em comparação com as oscilações celulares. Para uma transmissão uma potencia de algumas
dúzias de watts é suficiente, e tem até sido possível reduzir esta para 1 watt ou menos enquanto operando em um raio de do que 2.
000 km.
Alguns físicos têm feito experiências com ondas de alta freqüência, da ordem de uma centena, e até um milhar de watts. Nas
experiências de Nichols e Tear, sobre a geração de ondas eletromagnéticas de 300 mícron, a energia destas radiações foi tão
atenuada que suas medidas necessitaram um método ótico especial.
Então, um certo esforço imaginativo é requerido para apreciar a energia grandemente atenuada que faz os circuitos de nossas
células oscilarem, cuja estrutura é perceptível somente sob o microscópio com uma ampliação de 300 a 500.
Nós não devemos tentar calcular esta energia; é suficiente dizer que, é infinitamente pequena para cada circuito. Temos visto que
o comprimento de onda das ondas cósmicas é extremamente pequeno e que a energia atmosférica
Radiante é suficiente para fazer as células oscilarem. Quando um onda herteziana emitida na Austrália, por exemplo, com uma
potência de algumas dúzias de watts, é transmitida em todas as direções e finalmente é recebida na Europa por pequenas antenas
aéreas, a energia de alta freqüência captada pela antena receptora é infinitesimal. Ela é maior quando a energia diminui,
teoricamente, em proporção inversa com o quadrado da distancia, e praticamente com muito mais rapidez.
Indução em campos oscilantes fixos
Como é possível que uma tal antena receptora, captando uma energia tão pequena, possa ainda oscilar em seu turno, suficientemente
para ativar uma outra antena muito distante? Isto é largamente devido a freqüências muito altas destas ondas curtas, cujo
comprimento diminuído se aproxima mais do comprimento de onda das radiações cósmicas do que daquelas de ondas longas.
Página 166

Sabemos que o processo de recepção de ondas é assim: uma antena receptora é situada em um campo eletromagnético variável criado
pelas ondas que são propagadas de um transmissor. É esta alta freqüência eletromagnética variável que, pela indução, gera
correntes elétricas oscilantes da mesma freqüência daquela antena. É também devido a este mesmo mecanismo que nossas células
oscilam, e mostrarei de onde a energia necessária é derivada.
Neste estágio pode ser útil dar atenção à duas condições essenciais, relativas ao fenômeno da indução concernentes às oscilações
sustentadas.
Para causar a geração de correntes elétricas oscilantes em um circuito, é necessário que as seguintes condições devam ser
satisfeitas:
1-A existência de um circuito elétrico capaz de oscilar (circuito que possua auto-indutância e capacidade)
2-A existência de uma causa externa capaz de fazer o circuito oscilar.
Temos visto eu a primeira condição foi satisfeita em todas as células. Com respeito à segunda condição, o fenômeno da oscilação
pode ser devido a uma grande variedade de causas. Em qualquer caso, é suficiente que a auto-indutância do circuito em questão deva
ser influenciada por um campo magnético oscilante ou que a capacidade deva ser situada em um campo elétrico oscilante.
Cada um destes dois fenômenos de indução, elétrico ou magnético, possa, em si, ser provocado de duas maneiras.
No primeiro caso, a auto-indutância do circuito é fixada e o campo magnético externo (ou o campo elétrico, no caso de um
condensador) é variável. Esta variação do campo, então, produz, pela indução no circuito, correntes cuja freqüência corresponde
exatamente com o seu próprio comprimento de onda. O efeito pode ser de fato determinado pela multiplicidade dos campos, cada um
tendo sua própria freqüência, a indução sendo produzida somente pelo campo cujo comprimento de onda coincide com aquele do
circuito.
No segundo caso, a auto-indutância é móvel, e é deslocada com altíssima velocidade no campo magnético. A
Página 167

ação de um campo elétrico sobre a capacidade do circuito ocorreria em linhas semelhantes.


O campo elétrico ou magnético em questão pode ser variável em relação ao tempo e mostrar exatamente a mesma freqüência das
correntes no circuito. Ou então, esta freqüência pode ser variável em relação ao espaço, por exemplo, um campo ondulante tendo um
valor fixado no qual as descontinuidades ou interrupções sejam superpostas. Ou ainda, o campo pode ser fixado mesmo o circuito
oscilante sendo móvel. É sobre este fenômeno que a construção de alternadores industriais é baseada; em certos casos a parte
giratória é constituída pelo circuito de indução de corrente contínua, cujos pólos magnéticos adquirem uma alta velocidade na
presença das bobinas fixas do circuito induzido. As correntes alternadas induzidas, então, vêm dos circuitos da parte fixa que,
pela rotação do indutor giratório, é submetida a campos magnéticos variáveis.
Os mesmos princípios se aplicam para quadro estrutural da antena; as espirais do quadro agem pela indução, como o circuito
secundário de um transformador aéreo, cujo circuito primário corresponde a uma antena transmissora. A indução é produzida pelo
campo magnético variável propagado pelas ondas emitidas pelo transmissor. É devido ao mesmo processo que a energia radiante das
ondas cósmicas ativa nossas células.

Indução de campos eletromagnéticos dentro das células


Temos visto que as células vivas possuem circuitos oscilantes constituídos por filamentos. Agora, todas essas células estão em
movimento no espaço, impelidas pelo movimento da Terra, a uma velocidade de 27 km por minuto na linha do Equador. A questão é, em
qual campo em particular estas células giram? Evidentemente não é nos campos eletromagnéticos terrestres, desde que estes campos

60
estão espalhados ao mesmo tempo das células pelo mesmo movimento rotatório. As células giram em campos eletromagnéticos variáveis
gerados por uma fonte externa à Terra, isto é, dentro do campo das radiações atmosféricas compreendendo uma faixa completa de
freqüências, como tipificadas pelas radiações emanantes
Página 168

do Sol, a Via Láctea e a imensidão do espaço celestial.


Finalmente, a existência de campos elétricos e magnéticos variáveis de múltiplas freqüências vindo do espaço mostra que toda a
energia de radiação da superfície da Terra vem, em ultima análise, da indução eletromagnética provocada pela rotação da Terra no
espaço.
Vamos agora considerar as relações existentes entre a composição química da célula e sua radiação. Sabemos que os seres vivos,
animais e plantas, em uma palavra, toda célula viva, contem todos os átomos químicos em sua grande complexidade. Como eu disse
antes, sobre a diferenciação da célula e a hereditariedade, vários nomes têm sido dados às unidades elementares da célula e o
protoplasma, como micélio, idioplasma, mitocôndria, etc. Sob o meu ponto de vista, prefiro descrevê-las como unidades
bio-magno-móvel para reafirmar sua origem biológica, sua mobilidade essencial e o elemento eletromagnético que as carrega com
energia vital.
Vamos tomar como exemplo, o processo de eletro-deposição no qual dois eletrodos metálicos são imersos em um líquido condutor. Os
átomos metálicos são espalhados pela corrente; eles deixam um eletrodo para ser depositados no outro eletrodo, isto sendo devido
às cargas eletrostáticas elementares, cada átomo sendo dirigido pelos elétrons que se movem de um pólo ao outro. Quando a corrente
falha o movimento dos átomos cessa.
No caso das células vivas o número destas partículas que constituem um única célula é incalculável. Assim, de acordo com Raphael
Dubois, levaria 250 milhões de anos, supondo-se possível contar um milhão por segundo, para estimar a soma total de unidades
contidas em um ovo de um bicho-da-seda. Qualquer que seja o número, estas unidades estão se movendo incessantemente em nosso
organismo; então uma célula do cérebro pode pedir a uma célula do estômago, por exemplo, para supri-la com um alguns trilhões
daquelas unidades biomagnomóveis (derivadas do fósforo, cloro, ferro, etc.) que circulam em todas as partes dos nosso corpos. As
moléculas são primeiramente trazidas para o sangue pelos alimentos ou
Página 169

formadas dentro do organismo a partir de elementos simples. E todas estas moléculas são colocadas em movimento, atraídas ou
repelidas, pela ação das oscilações celulares, como nos movimentos das partículas elétricas carregadas no processo de
eletro-deposição. Mais ainda, o organismo consiste apenas de unidades biomagnomóveis vivas, em um estado de constante atividade
química e eletromagnética. Todas as atividades funcionais podem serem feitas somente como um resultado da harmonia e a organização
geral das células e suas oscilações originadas do núcleo celular. É esta harmonia geral que determina a posição particular de toda
molécula. Com respeito à energia necessária, esta vem da vibração elétrica das células, energizada por sua vez, pelas ondas
cósmicas.
Neste estágio a questão que pode ser feita é: E sobre as toxinas?
As toxinas são lixos das células e de micróbios mortos. Como elas não estão mais vivas, e constituem então matéria inerte, este
lixos neutralizam o movimento oscilatório das células vizinhas e as enfraquecem ou causam a sua destruição. Estas partículas
inertes atraem as partículas vivas; em qualquer caso, sua proximidade modifica a capacidade elétrica das células vivas que podem
não mais oscilar em sintonia com sua freqüência especifica; e então, adoecer ou morrer.
Nesta conexão, vamos considerar a ação do micróbio na célula, sob um ponto de vista biológico. Primeiro vamos destacar que, o
micróbio não ataca a célula viva diretamente, mas somente indiretamente, por indução, como veremos mais tarde. Análises químicas
dos micróbios e células os revelam serem notadamente similares em composição. Parece, portanto, a priori, que é difícil, sob o
ponto de vista químico, responsabilizar a ação do micróbio. Mas se nós investigamos a composição química dos micróbios e das
células respectivamente, a distribuição das diferentes substâncias nos possibilita resolver o problema desta guerra de
radiações , que eu mencionei em um capítulo anterior.
Página 170

Sabemos que os constituintes das células vivas e dos micróbios podem ser classificados em três categorias: substâncias
nitrogenosas, substâncias ternárias, 1 , e substâncias minerais. Então, por exemplo, a análise da célula da parte estrutural do
Aethalium septicum mostra o seguinte:
1- Substâncias nitrogenosas..30
2- Substâncias ternárias ..41
3- Substância minerais..29
Total..100
De acordo com Henneguy, são encontrados nas substâncias nitrogenosas: plastina, vitelina, miosina, peptonas, pepsinas, lecitina,
guanina, xanthina e carbonato de amônia. Nas substâncias ternárias: paracolesterol, uma resina especial, um pigmento amarelo,
amilodextrina, um açúcar não redutor, ácidos graxos e gorduras neutras. Nas substâncias minerais: hidróxido combinado com ácidos
graxos e outros ácidos orgânicos, como o ácido lático, ácido acético, ácido fórmico, ácido oxálico, ácido fosfórico, ácido
carbônico, ácido sulfúrico; fosfatos e potássio e magnésio, cloreto de sódio e sais de ferro.

61
Em geral, todas as substâncias químicas apresentadas na água do mar são encontradas no organismo humano.
Sob o ponto de vista da minha teoria de oscilação celular, todas as substâncias enumeradas acima pode ser divididas em duas
categorias:
1-Substâncias condutoras;
2-Substâncias isolantes.

Como regra geral, as substâncias isolantes são encontradas no nitrogênio e compostos ternários e substâncias condutoras em
compostos contento sais minerais. Assim, por exemplo, a plastin, o paracolesterol, a resina e certas gorduras são isolantes,
enquanto a maioria dos minerais, e particularmente os

1 Ternário é um termo que indica que os componentes químicos são feitos de três elementos ou radicais. (Tradutor)
Página 171

sais (sulfatos, fosfatos, cloretos de sódio, magnésio, ferro, etc.) são mais ou menos condutores.
Sob a ótica desta classificação, veremos como o micróbio pode, pela indução, modificar as oscilações celulares. Vamos lembrar que
a oscilação em um circuito depende de sua condutividade (resistência elétrica) e de sua permeabilidade às ondas (potencia
indutiva específica e capacidade). Retornando à célula do Aethalium septicum, vimos que sua composição química era a seguinte:
substâncias nitrogenosas 30; substâncias ternárias 41 (a maioria delas é isolante); e substâncias minerais 29 (a maioria delas
é condutora).
Vamos supor que esta célula seja atacada por um micróbio, cuja proporção mineral seja 40, ao invés de 29. Seu poder oscilante e,
conseqüentemente, sua freqüência, não são as mesmas daquelas da célula. Assim, por indução, o micróbio modifica a oscilação da
célula, que resulta em sua destruição e morte. Mais uma vez, a célula, ao invés de se dividir normalmente em células filhas, se
divide de acordo com a freqüência do micróbio, isto é, em células típicas do micróbio. Na ausência de um micróbio, se o núcleo da
célula é um condutor potente demais (pelo excesso de ferro e fósforo derivado das globulinas), e se o agente externo (excesso
de ondas cósmicas) causa uma divisão rápida demais das células, podemos concluir que a célula saudável será transformada em uma
célula neo-plástica (câncer).
Os fatos descritos mostram que, em um organismo saudável, todos os tecidos têm que conter, em proporções constantes, constituintes
condutores e isolantes, que eu chamo de unidades biomagnomóvies.
A questão agora é: como a distribuição destas unidades no organismo e afetado, de maneira a trazer para a membrana do núcleo as
substâncias isolantes, e parao filamento, as substâncias condutoras.
É, essencialmente, devido à energia de sua própria oscilação que a célula é capaz de mobilizar, segundo as suas necessidades,
todas essas substâncias isolantes e condutoras, que são distribuídas para os locais onde elas são requeridas para a manutenção da
vida da célula por si mesma. Similarmente, no
Página 172

processo de eletro-deposição ás substâncias e a força da corrente são ajustadas para obter o efeito desejado, de acordo com a
natureza do metal empregado.
Esta é a menção final com a qual eu concluo a formulação da minha teoria.
Meus experimentos no campo da rádio-biologia estão agora fatos estabelecidos que não podem ser responsabilizados pelas teorias
clássicas da ciência, enquanto minha teoria provê a necessária explicação.
Em conclusão, minha teoria pode ser resumida em três princípios:
1-A vida é criada pela radiação,
2-Mantida pela radiação e
3-Destruída pela radiação.
Seja como for, creio ter aberto um novo campo de pesquisa que deve se provar, particularmente proveitoso para os biologistas.
Ninguém pode prever o quê o futuro nos reserva neste campo; em qualquer caso, espero que o resultado final beneficie a humanidade
que sofre.
Pagina 178

CONCLUSÃO

Para concluir a apresentação da minha teoria e de suas aplicações práticas, desejo apelar aos físicos e pesquisadores, a todos os
homens da ciência em geral, pois eles são a fonte de todo o progresso. São eles, em particular, que têm alcançado a maravilha da
moderna transmissão sem fio. Se qualquer um previsse, há 40 anos atrás, que nós seríamos capazes ouvir discursos e música de todas
as partes do mundo, para não mencionar a televisão, teria sido visto como um homem louco. E ainda hoje, estas invenções são fatos
atingidos que aceitamos como sendo perfeitamente naturais. Tal é o poder da ciência que invariavelmente supera as especulações
mais audaciosas.
Apelo pra estes pesquisadores para divisarem, como eu mesmo tento fazer, um olho mecânico, um objetivo, em uma palavra, um aparato
com o qual se possa detectar as radiações desconhecidas discutidas neste trabalho.

62
O que estamos prontos para perceber com nosso sentido da visão na imensa gama de radiações? Nada além de uma pequena faixa que se
estende de 375 a 700 trilhões de vibrações por segundo. E ainda, uma perturbação social que espera por nós para descoberta deste
aparato suscetível de detectar um parâmetro completo de ondas, conhecidas e desconhecidas, que escapam ao nosso controle.
Ao falar do homem, Descartes disse: Penso, portanto, sou . Esta lacônica afirmação não deveria nos cegar para o fato de que o
homem, apesar de ser superior aos animais em muitos aspectos, notadamente no poder de pensar, é entretanto inferior a eles, até o
presente momento, com respeito à estreita faixa de vibrações que ele é capaz de detectar. Realmente, o homem pode ver e ouvir
apenas dentro de uma faixa muito restrita, e pode transmitir seu pensamento por meio da palavra. Por outro lado, certos animais
podem viajar em linha reta para um destino distante, invisível para nós, graças às vibrações que eles detectam e nossos sentidos
não podem perceber.
Uma das maneiras que temos para explorar o mundo externo é por meio do nosso sentido visual. O olho é o
Página 174

objetivo fisiológico que tem sido admiravelmente copiado e que tem revelado a nós o infinitamente pequeno e o infinitamente grande.
Graças a uma gama muito pequena na escala de radiações luminosas, somos capazes de discernir o mais delicado matiz de cores. É, de
fato, o comprimento de onda de cada uma dessas cores, de cada tom desta harmonia visual, que excita as células de nosso cérebro, e
pela existência de oscilações ilimitadas, as faz vibrar em uníssono. Assim também, a presença de certos seres humanos evoca a
nossa simpatia, nosso amor ou nosso contentamento. Não será que estes sentimentos diversos sejam causados por certas variações nas
radiações emitidas por essas pessoas?
Este olho biológico, criação admirável, tem sido fisicamente copiado e se tornado um instrumento que capta os raios luminosos, de
maneira a reproduzir através de fotografias e filmes, todas as sensações experimentadas diretamente pelo olho humano.
Portanto, por muitos séculos nosso olho nu nos revelou um pequeno domínio da natureza. Uma vez o homem acreditou que aparte da luz
e da escuridão não há nada para ser percebido. No curso do tempo ele se tornou ciente da imensidade da escala das radiações: raios
químicos invisíveis, ondas eletromagnéticas, raios-X, emanações de rádio e raios cósmicos que podem ainda provar ser o mais
importante de todos para todos os pesquisadores do futuro. E mais particularmente, o homem não possui o sentido que poderia
apreender as ondas elétricas e esta realidade teria permanecido para sempre fechada para ele, se os gênios cientistas não tivessem
inventado o olho elétrico , que revelou um novo mundo para todos nós, o mundo da transmissão remota (sem fio).
E agora, qual significância discernimos no curso da vida e nas oscilações celulares, e quem inventará esse olho, esse detector de
oscilações vitais? Quando isto acontecer, nós alcançaremos a essência destas oscilações. Não apenas de um ponto de vista biológico
estas radiações nos habilitaria a obter resultados de grande valor para a humanidade, mas também de um ponto de vista social, sua
aplicação prática pode trazer mudanças de grande significância. Nós
Página 175

deveremos utilizá-los para nossas necessidades e deveremos alcançar a transmissão de pensamentos e a comunicação com os cegos;
deveremos saber o quê as outras pessoas pensam e comunicar, uns com os outros, e possivelmente com animais, também, por meio de
nossas próprias radiações. Deveremos, também, ser capazes de localizar criminosos pelos seus comprimentos de suas radiações.
E, de fato, vivemos no meio de um mistério, porque não vemos pássaros, insetos e animais de todas as espécies, sem a faculdade da
fala, ainda manifestando poderes tão maravilhosos quanto inexplicáveis? Não podemos postular a existência da transmissão de
pensamento entre todos os seres animados? O instinto de auto-preservação em animais é nada além de uma expressão verbal escondendo
um realidade que é a causa primaria de sua existência: um gama total de radiações, imperceptíveis para nós, é apreendida em seu
plano, pois são capazes de emitir e recebê-las.
Vamos aguardar, com esperança, pelo dia quando este olho superlativo, este maravilhoso aparato com o qual sonhamos, finalmente
aparecerá e nos revelará, em toda sua complexidade e esplendorosa majestade, um novo mundo que a ciência começa a desvendar.

AS TEORIAS DE LAKHOVSKY CONFIRMADAS POR FAMOSOS CIRURGIÕES AMERICANOS.

Em um trabalho notável intitulado O fenômeno da vida Uma interpretação rádio-elétrica , o falecido Dr. W.Crile, cuja fama
era mundial, cirurgião e fundador da celebrada Clínica de Cleveland, Ohio, deu uma exaustivas explanações de suas teorias e
experimentos que contêm um semelhança impressionante com aquelas de Lakhovsky expostas em O Segredo da Vida .
Elas confirmam em todos os aspectos a validade dos princípios científicos fundamentais que Lakhovsky e Crile descobriram
independentemente, os mesmos fatos e as explicações das mesmas teorias, como são explicadas por Lakhovsky no presente trabalho.
De acordo com Crile, todos os processos do corpo humano são baseados no fenômeno elétrico, com o crescimento e desenvolvimento de
sua função, dependente de uma série definida de radiações de vários comprimentos de ondas comprimento de onda humano
emanantes das substâncias vivas no corpo.
Falando no Congresso da Faculdade Americana de Cirurgiões em Chicago (outubro de 1933), Crile destacou que, à medida em que as
ciências fundamentais, a física e a química, avançam em seus conhecimentos, deverá ser possível para os especialistas em
rádio-diagnose do futuro, detectarem a presença de uma doença antes que ela se manifeste. Sobre isto Crile previu que os anos que
viriam seriam a conquista da tuberculose, diabete e outras doenças, enquanto a natureza do câncer seria conhecida, apesar de que
continuaria a fazer muitas vítimas.
Esta previsão tem uma notável similaridade com aquela feita por Lakhovsky enquanto estava em Nova York no diagnóstico de doença

63
pela televisão, mencionado no apêndice.
(Nota do Tradutor).

Segue ->

APÊNDICE DO TRADUTOR

I - Oscilador de ondas múltiplas 178


II - Relatórios médicos181
1- Câncer 182
2- Gota190
3- Próstata aumentada192
4- Úlcera gastroduodenal e outras afecções193
III -Relatório sobre o oscilador de ondas múltiplas - Dr. Nicolas Gentile194
1- Efeitos sobre o sistema nervoso simpático194
2- Efeitos sobre o sistema nervoso central195
3- Efeitos sobre inflamações crônicas195
4- Efeitos sobre o metabolismo196
5- Efeitos sobre as desordens do sistema cardiovascular196
6- Miscelânea de casos197
7- Técnica de tratamento com o oscilador de ondas múltiplas 197
Sumário198
IV - O relatório do Dr. Boris H. Vassileff198
V - O relatório do Dr. Alexander Francis199
VI - Relatórios americanos199
1- Relatório de casos tratados com o oscilador de ondas múltiplas
em um grande hospital de Nova York200
2- Relatório de casos tratados com o oscilados de ondas múltiplas por um proeminente urologista de Brooklyn202
VII - Efeitos notáveis de circuitos oscilantes em animais203
I- Cavalos com pedigree203

1- Forma de potrancas de corrida restauradas pelo circuito oscilante205


2- Cavalo adulto não castrado rejuvenescido com o circuito oscilante205
II Cães 206
1- Cão com pedigree curado com o circuito oscilante206
Conclusões207
VIII Futuros desenvolvimentos das teorias de Lakhovsky 207

64
Página 178
1 O oscilador de ondas múltiplas

Na sua capacidade de engenheiro-físico Lakhovsky sempre teve um grande interesse na construção de aparelhos elétricos. Em 1923 ele
criou o seu oscilador rádio-celular com o qual ele primeiro tratou gerânios inoculados com câncer. Ele decidiu subseqüentemente
desistiu de usar ondas ultra-curtas capazes de causar efeitos térmicos porque lhe ocorreu que resultados melhores poderiam ser
obtidos dando um choque oscilatório em todas as células do corpo simultaneamente. Tal breve choque, produziu ondas eletrostáticas
fracas, não causam um efeito térmico prolongado e portanto não danificam as células.
Após muitos experimentos Lakhovsky conseguiu construir um aparato gerando um campo eletrostático no qual todas as freqüências de 3
metros até à região infra-vermelha poderiam ser produzidas. Portanto, neste campo todas as células poderiam encontrar sua
freqüência e vibrar em ressonância. E mais, é sabido que um circuito suprido por correntes fracas de alta freqüência origina
numerosos harmônicos. Essas considerações levaram Lakhovsky a inventar um oscilador de múltiplos comprimentos de ondas no campo do
qual cada célula, cada órgão, cada nervo, cada tecido, poderia encontrar sua própria freqüência. Para este fim ele inventou um
transmissor consistindo de uma série de circuitos oscilantes concêntricos separados conectados com um no outro por linhas de seda.
Assim, um tipo de oscilador foi obtido oferecendo todos os comprimentos de ondas fundamentais de 10 cm a 400 metros,
correspondendo a freqüências de 750.000 a 3 mili-yards por segundo. Além disto, cada circuito emite numerosos harmônicos que,
juntos com as ondas fundamentais, ondas de interferência e descargas, pudesse se estender até as infra-vermelhas e regiões
visíveis da luz (1-300 trilhões de vibrações por segundo).
Em 1931, Lakhovsky criou o seu famoso oscilador de ondas múltiplas, representando um grandemente avançado tipo de seu aparato
anterior, o oscilador rádio-celular.
Desde 1931 o oscilador de ondas múltiplas tem sido usado na maioria dos países europeus e na América para o tratamento de muitas
doenças, incluindo o câncer. Nenhuma
_________________________________________________________________________Página 179

contra indicação para o uso do aparato, e nem qualquer efeito nocivo em pacientes foi registrado. Este é um grande contraste com a
terapia de ondas curtas em geral, raios-X e rádio, cuja aplicação, mesmo em mãos de profissionais experientes, freqüentemente se
seguiu das mais sérias conseqüências. Em todos os lugares os resultados obtidos com o oscilador de ondas múltiplas pareceram ser
muito satisfatórios.
Fotos do oscilador de ondas múltiplas aparecem nas páginas 179 e 180.

Figura 23 O oscilador de ondas múltiplas de Lakhovsky

O aparato consiste de um transmissor e um ressonador receptor, ambos arranjados de maneira a estabelecer um campo magnético nas
suas imediatas proximidades.
O paciente é colocado entre os dois osciladores separados um do outro por uma distância de aproximadamente 4 a 5 pés (1.2 a 1.5
metros). A corrente é então ligada e o aparato funciona instantaneamente.
A duração do tratamento e o número de aplicações depende do estado do paciente e da natureza da doença. Geralmente, 15 minutos são
suficientes para cada aplicação.
Página 180

Figura 24 O oscilador de ondas múltiplas de Lakhovsky. Foto tirada próxima do transmissor em ação, mostrando a descarga (Feixe
elétrico).

Página 181
Deve ser particularmente notado que, diferente do tipo comum de gerador de ondas curtas em uso na prática médica, o oscilador de
ondas múltiplas não pode causar qualquer efeito danoso. Como todas as radiações geradas pelo aparato são de uma natureza
eletrostática, elas não podem super aquecer ou queimar os tecidos.
A ação do oscilador de ondas múltiplas é puramente elétrica.

II RELATÓRIOS MÉDICOS

65
Seleção de casos tratados com o oscilador de ondas múltiplas de Lakhovsky
1-Câncer
2-Gota
3-Próstata dilatada
4-Úlcera gastro-duodenal e outras afecções.

Para começar, é importante ter em mente que todos os seguintes casos foram tratados com o oscilador de ondas múltiplas há muitos
anos atrás, alguns deles em 1931, quando o aparato foi introduzido pela primeira vez por Lakhovsky ao profissionais da medicina.
Sem exceção todos os pacientes cujas histórias clínicas são dadas aqui permaneceram bem e nenhuma recorrência da afecção original
foi relatada.
Página 182

1-Câncer

Um dos primeiros casos a ser tratado com o oscilador de ondas múltiplas foi um caso de câncer na face.

Figura 25 Caso 1 Madame C. 68 anos Antes do tratamento.

Diagnóstico: Úlcera (roedora) situada no ângulo interno do olho esquerdo.


Diâmetro: aproximadamente ½ polegada Duração de 3 anos.
O diagnóstico foi confirmado pela biópsia (exame microscópico).

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Este paciente foi tratado de uma lesão facial 25 anos antes com raiox-X. Uma melhora aconteceu, mas subseqüentemente uma crosta
suspeita se desenvolveu no lado acima mencionado. O tratamento com o oscilador de ondas múltiplas de Lakhovsky começou em 8 de
setembro de 1931, no Hospital St. Louis, Paris. Após a terceira sessão de 15 minutos cada, houve uma melhora no estado geral da
paciente e uma diminuição no tamanho da lesão. Em 19 de novembro de 1931, a úlcera cancerosa havia desaparecido completamente.
Havia

Figura 26 Caso 1 Madame C. Após o tratamento.

Apenas uma cicatriz à esquerda, sem qualquer traço de esclerose. A aparência geral da paciente apresentou um melhora notável. Ela
disse eu se sentia rejuvenescida e que não gozava de tão boa saúde há 30 anos.

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Figura 27 Caso 2 M. M., - Idade 80 Antes do tratamento


Diagnóstico: naevo-carcicoma no braço esquerdo Glândulas auxiliares dilatadas. Diagnóstico confirmado na biópsia. Duração 7
anos Nenhum tratamento prévio.

Figura 28 Mesmo caso Após 7 aplicações com o oscilador de ondas múltiplas.

O tratamento com o oscilador de ondas múltiplas começou em 9 de outubro de 1931, no Hospital St. Louis em Paris. Depois de 7
sessões a ulceração estava reduzida pela metade. Seis meses depois do início do tratamento a lesão havia desaparecido
completamente, deixando uma cicatriz limpa.

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Figura 29 O mesmo 3 meses depois do tratamento Após o tratamento de 6 meses este tumor altamente maligno havia
desaparecido completamente, deixando uma cicatriz lisa.

Caso 3 . Madame S. Idade 82 anos

Este caso de é o exemplo mais impressionante de um tumor canceroso curado por meio do oscilador de ondas múltiplas de Lakhovsky,
após uma operação e rádio-terapia, ambos tinham fracassado. Quando eu descobri que o caso foi curado em poucas semanas o resultado
se tornou ainda mais significante. Esta velha senhora tinha sido tratada 3 anos antes em um centro anti-câncer . Após uma operação
feita em 1929, uma lesão ulcerada de natureza cancerosa se desenvolveu. Durante os anos de 1929 e 1930 foi aplicado o rádio. Uma
melhora temporária se seguiu, mas o tumor persistiu e começou a crescer rapidamente.

Diagnóstico: Epitelioma da parte superior da face esquerda. (21/2 x 11/4 polegadas).

Como a condição geral do paciente estava gradualmente se tornando pior, ela foi enviada pa a Clínica Calvaire, conhecida sob o
nome mais macabro de Ante-câmera do Cemitério .

O tratamento com o oscilador de ondas múltiplas começou em 26 de abril de 1932 e durou 15 minutos. Após apenas 2 aplicações, uma
melhora foi observada. Com mais tratamento a melhora foi mantida e em 12 de maio de 1932, um tratamento final de 20 minutos de
duração foi dado. As glândulas sub-maxilares dilatadas e o edema notado no momento do exame feito antes do tratamento começar, não
estavam mais presentes.

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Figura 39 O caso da madame S. _ Antes do Tratamento Epitelioma da parte superior da face esquerda. Foi aplicado rádio, mas
sem nenhum resultado benéfico.

Será observado eu não apenas o tumor desapareceu completamente, mas que a pele mostra sinais distintos de rejuvenescimento pela
diminuição das rugas na face e no pescoço.
(Figuras 39, 31)

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Figura 31 Caso de madame S. Após o tratamento


Foto tirada em 30 de março de 1932, mostrando o resultado final, após apenas 3 semanas de tratamento.
Será notado que, não apenas o tumor canceroso desapareceu, mas que a pele da velha senhora de 82 anos mostra sinais de
rejuvenescimento.

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Página 188

Caso 4 -= J.S., Idade 61 anos.

Diagnóstico: Carcinoma baso-celular no ângulo interno do olho esquerdo.


Diagnóstico confirmado pela biópsia.
Duração de 15 anos.
Nenhum tratamento prévio.

Figura 33 Caso de Mr. J. S. Antes do tratamento Ulcerado (rodente) no ângulo interno do olho esquerdo.

O tratamento com o oscilador de ondas múltiplas começou em 13 de outubro de 1931, no Hospital St. Louis de Paris. Em dezembro de
1931, a lesão estava coberta por uma cicatriz.
O paciente recebeu mais tratamento subseqüente durante o ano de 1932 e teve uma cura completa.

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O paciente disse se sentir muito rejuvenescido e que ele poderia então fazer trabalhos manuais sem experimentar fadiga.

Figura 34 Caso de Mr. J.S. Após tratamento.

Caso 5 Queimadura por Rádio

De um ponto de vista médico este caso é de grande importância porque ele demonstra, ambos, os perigos do rádio e o efeito
regenerante do oscilador de ondas múltiplas de Lakhovsky.
A lesão originada por uma verruga comum no meio do dedo. O rádio foi aplicado resultando em um queimadura severa que parecia
resistir à todas as formas de tratamento. O tendão estava parcialmente necrosado e havia dor e rigidez local.

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Figura 35 Caso de queimadura por rádio.

Figura 36 Caso de queimadura por rádio Após o tratamento. O oscilador de ondas múltiplas de Lakhovsky conseguiu curar esta

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lesão notoriamente incurável após todos os métodos de tratamento terem fracassado.
(Caso do Professor Sven Johansson. Goeteborg, Escandinávia).

Após o tratamento com o oscilador de ondas múltiplas por alguns meses a queimadura feita pelo rádio estava curada e a mobilidade
do dedo largamente restaurada.

Este caso foi tratado pelo professor Sven Johansson em um Hospital-Clínica em Goeteborg, Escandinávia.

Caso da gota

O paciente, um mulher de meia idade, foi primeiro examinada no Instituto de Física e Biologia em Paris, em janeiro de 1938, onde
foi tratada com o oscilador de ondas múltiplas.

Diagnóstico: gota exophthalmic


(Hipertiroidismo com protuberância dos globos oculares - Tradutor).
Duração: 11 anos.
A operação foi recusada e o tratamento rádio-elétrico foi então decido.

A primeira aplicação foi dada em 11 de janeiro de 1938. Após alguns tratamento a condição geral do paciente foi muito melhorada e
o papo tinha desaparecido completamente e a condição geral do paciente era excelente.

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Figura 37 (Abaixo) Caso da Gota Antes do tratamento

Figura 38 Caso da Gota Após o tratamento Foto tirada em março de 1938. Este notável resultado com o oscilador de ondas
múltiplas de Lakhovsky foi conseguido após apenas 7 semanas de tratamento. Foi observado que o papo tinha desaparecido
completamente, e a condição geral do paciente parecia ser excelente.

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II Próstata dilatada

A hipertrofia ou dilatação da próstata é uma das condições mais sérias que afligem os homens mais velhos. Uma próstata dilatada,
invariavelmente, necessita de intervenção cirúrgica em tempo. Até agora nenhum tratamento médico foi encontrado para curá-la e na
grande maioria dos casos a única esperança de salvar a vida do paciente é uma operação com riscos e complicações.
Os seguintes relatórios clínicos de médicos estabeleceram o fato de que a dilatação prostática tem sido curada sistematicamente
pela aplicação do oscilador de ondas múltiplas de Lakhovsky. Somente uma seleção de casos tratados pode ser dada aqui. Os
resultados, todavia, são tão impressionante que eles deveriam receber atenção imediata neste país.

Caso 1 Paciente com 61 anos de idade. Sob os cuidados do Professor Cigna, Genova.
O diagnóstico foi feito por um eminente especialista. A próstata estava do tamanho de uma laranja. O paciente recusou uma operação
e foi compelido a instalar um cateter. Após 10 aplicações do oscilador de ondas múltiplas, durante dois meses o paciente
declarou-se curado, não tendo mais que recorrer ao cateter. Examinado pelo mesmo especialista seis semanas depois da última
aplicação mostrou, para seu espanto, que a hipertrofia da próstata havia desaparecido.

Caso 2 paciente com 62 anos de idade. Sob os cuidados do Dr. Rigaux, do Instituto de Físico-biologia de Paris.
O diagnóstico foi feito por um urologista, que aconselhou a operação imediata. A próstata muito dilatada, do tamanho de um laranja.
O paciente teve que recorrer ao cateter.
O tratamento com o oscilador de ondas múltiplas começou em 16 de julho de 1932.
Duas aplicações de 15 minutos de duração foram dadas diariamente. O volume de urina começou a aumentar após alguns tratamentos. Ao
final de 3 semanas o paciente parecia urinar normalmente. No re-exame pelo urologista, a próstata estava com o tamanho normal. De
algum modo incrédulos sobre a permanência do resultado o urologista sugeriu um outro exame seis meses mais tarde. A melhora havia
se mantido. Seis meses após o início do tratamento não havia nenhuma recorrência, e o paciente estava em excelentes condições de
saúde.
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Caso 3 Paciente com 60 anos de idade. Sob os cuidados do Dr. Rigaux, Paris.

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O diagnóstico foi feito por 3 especialistas eminentes que aconselharam a operação imediata. O cateter foi necessário por algum
tempo. O paciente decidiu experimentar o oscilador de ondas múltiplas. O tratamento começou em 1934 em sessões de 10 minutos de
duração. Ao final de 3 semanas o paciente foi capaz de reassumir suas ocupações e a melhora foi mantida. Pelos 4 anos
transcorridos não houve nenhuma recorrência e a saúde do paciente continuou excelente.

A experiência do Dr. Rigaux com o oscilador de ondas múltiplas em casos de próstata dilatada se estende por um período de vários
anos. Ele tem tratado muitos pacientes sofrendo de dificuldades urinárias devidas á dilatação da próstata e tem notado uma grande
melhora em muitos casos, enquanto o resultado tem sido o retorno da função normal com a diminuição do tamanho da glândula.
Por alguns anos, um outro médico, Dr. Henry, de Brussels, tinha tratado muitos casos de próstata dilatada com o oscilador de ondas
múltiplas de Lakhovsky e tinha tido uma larga medida de sucesso. Em alguns casos, a freqüência tinha sido consideravelmente
aliviada, enquanto em outros a próstata que estava muito grande por ocasião do exame, foi gradualmente reduzida a proporções
normais após o tratamento, e os paciente haviam restaurado a saúde e estavam aptos a assumir suas atividades anteriores.

III Casos de úlcera gastro-intestinal e outras afecções

Desde 1934, o professor Cigna, de Genova, tem tratado varias centenas de pacientes com o oscilador de ondas múltiplas, e tem se
tornado um grande defensor deste método de tratamento.
Ele relatou uma série de casos para a Royal Academia de Medicina de Genova, que foi o objeto de um comunicado feito no Congresso
internacional sobre Ondas Curtas em Viena, em 1937.
Todos estes casos foram submetidos a exames clínicos estritos, suplementados por exames de microscópio e raios-X.

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Os casos tratados pelo professor Cigna cobrem uma grande variedade de condições diferentes, incluindo o carcinoma basal, lupus
erythematosus, otitis, afecções ginecológicas, e dilatação da próstata. Um número destes casos foram fotografados antes e depois
do tratamento e apareceram na imprensa italiana. Mais ainda, as condições funcionais e psicológicas, como asma, insônia, neuralgia,
etc., foram também tratadas com grande sucesso.
Em adição a isto, o professor Cigna tem dado atenção aos efeitos benéficos do oscilador de ondas múltiplas em paciente que sofrem
de úlcera gastro-duodenal. Os resultados obtidos em um série de casos assim, todos controlados por radiografias, foram tão
notáveis que foram relatados na Royal Academia de Medicina de Genova.
O relatório clínico completo dos casos do professor Cigna foram apresentados em seu comunicado ao Congresso Internacional sobre
Ondas Curtas, em Viena, de 12 a 17 de julho de 1937.

III Relatório sobre o oscilador de ondas múltiplas de Lakhovsky

Pelo Dr. Nicholas Gentile

Radiologista chefe da Clínica para Incuráveis das Senhoras Apostólicas do Sagrado Coração de Jesus de Roma.
O seguinte é um resumo traduzido de uma revisão médica Nova Medicina XXVI 1935 Roma.
_____________________

1 Os efeitos sobre o sistema nervoso simpático.

De modo geral, tenho observado uma ação analgésica marcante seguinte à aplicação do oscilador de ondas múltiplas em todas as
afecções associadas com a dor, particularmente nos casos clássicos de tais afecções. Por exemplo, um paciente sofrendo de
cefalalgia, resultante de um violento trauma craniano
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por 10 anos , foi submetido a uma grande variedade de tratamentos, mas todos em vão. Este paciente foi definitivamente curado após
2 meses de tratamento com o oscilador de ondas múltiplas. A melhora se manifestou após 3 semanas de aplicações apenas.

2 Efeitos sobre o sistema nervos central.

Um caso de encefalite, contraído com a idade de 3 anos, deixou o paciente, agora com a idade de 50 anos, com um hemiplegia que
impedia muito os movimentos. Depois de aproximadamente 3 meses de tratamento com o oscilador de ondas múltiplas uma grande melhora
nos movimentos dos membros inferiores e um pouco menos nos membros superiores foi restaurada. Foi realmente impressionante
descobrir que o efeito curativo podia ser obtido nestes casos e que as alterações patológicas tinha sido estabelecidas por várias
décadas.
Um caso de paraplegia alcoólica, com um paciente que podia caminhar apenas com grande dificuldade, começou a se mover com

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agilidade após 8 aplicações com o oscilador de ondas múltiplas.
Dois casos de urinação involuntária noturna (enuresis) foram curados após algumas aplicações com o oscilador de ondas múltiplas.

3 Os efeitos sobre inflamações crônicas.

O oscilador de ondas múltiplas tem mostrado uma solução para os processos inflamatórios de uma natureza não específica.
O oscilador de ondas múltiplas tem sido particularmente útil no tratamento de desordens ginecológicas. Numerosos casos de ovarites
e inflamação na trompa de falópio (salpingitis) têm sido tratados na Clínica e a cura tem resultado, invariavelmente, após
aproximadamente 2 meses de tratamento.
Desordens menstruais de todos os tipos, não associadas com condições que requerem uma terapia especial ou interferência cirúrgica
(como Estenoses, retroflexão, neoplasmas, etc,) têm sido constantemente reguladas com o oscilador de ondas múltiplas.
Em casos de perivisceritis os efeitos do oscilador de ondas múltiplas tem sido muito favoráveis. Além disto, a eficácia do
oscilador de ondas múltiplas em tais casos, é maior do que aquela obtida com a diatermia e junto com a medidas terapêuticas
apropriadas, tenho conseguido salvar pacientes da interferência cirúrgica
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quando parece não haver outra esperança para eles.


Nos casos de artrite, a ação do oscilador de ondas múltiplas tem provado ser muito mais eficaz do que a diatermia. Aqui, outra vez,
medidas terapêuticas apropriadas podem ser indicadas, como enxofre ou medicação de iodo, e os resultados pode ser de certa
maneira tardios, mas eu não posso me lembrar de um único caso que não tenha tido, após algum tempo, uma melhora em um grau notável.

4 Efeitos sobre o metabolismo.

Tenho observado constantemente a diminuição da glicemia e da glicosuria em pacientes diabéticos. Esta diminuição muitas vezes
ocorre inesperadamente e de uma maneira expressiva, mas é, invariavelmente, de curta duração.
Nos casos de cólica hepática tenho notado uma melhora decisiva com o tratamento com o oscilador de ondas múltiplas suplementado
pela medicação à base de mercúrio. E, similarmente, em casos de cólica renal mais glicerina ( per os ).
As constipações crônicas, atônicas ou espasmódicas, têm sido curadas com o oscilador de ondas múltiplas na maioria dos casos. Às
vezes, a medicação à base de enxofre acelera o resultado.
Em casos de asma, como regra geral, os resultados têm sido bons. Em asma cardíaca os resultados têm sido negativos.

5 Efeitos sobre as desordens do sistema cardiovascular.

Os pacientes sofrendo de angina peitoral têm tido benefícios do tratamento com o oscilador de ondas múltiplas. O número de ataques
tem sido reduzido e seu caráter estressante diminuído.
As desordens resultantes da arterioesclerose têm melhorado notavelmente com o oscilador de ondas múltiplas que sempre reduz a
pressão sistólica do sangue enquanto aumenta a pressão diastólica.
Nunca observei nenhum efeito negativo causado pelo oscilador de ondas múltiplas nos casos de hipotensão. A queda de pressão
sanguínea em pacientes sofrendo de marcada hiperpiesia enquanto estão sendo
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submetidos ao tratamento com o oscilador de ondas múltiplas tem sido definitivamente mantida com a administração adicional de
extrato alcoólico de alho (Alliun sativum).
Casos de flebites crônicas têm tido grandes benefícios com o tratamento com o oscilador de ondas múltiplas. Nas flebites agudas o
tratamento é contra indicado.

6 Miscelânea de casos.

Um caso de dilatação da próstata de longa duração foi melhorado rapidamente após o tratamento com o oscilador de ondas múltiplas.
O tamanho da glândula foi reduzido em um terço de seu tamanho original.
Em dois casos de calvície rapidamente progressiva a queda de cabelos cessou após oito aplicações do oscilador de ondas múltiplas.

7 A técnica do tratamento com o oscilador de ondas múltiplas.

A técnica que tenho adotado é aquela da irradiação localizada. Em termos gerais, o tratamento é dado a cada quatro dias com uma
duração de 5 a 15 minutos por sessão. Esta é a técnica que tem me dado os melhores resultados depois de ter feito experiências com
muitas outras formas de aplicações. Para crianças, pessoas idosas e mulheres debilitadas, um aplicação relativamente mais fraca é
a indicada.
Como regra, o paciente é isolado sendo assentado em uma banqueta de madeira.

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Se os resultados não forem aparentes após 7 ou 8 semanas de aplicações, continuo até 15 ou 30 aplicações, dadas uma única vez por
semana
Nunca observei qualquer efeito negativo resultante do tratamento com o oscilador de ondas múltiplas, qualquer que fosse o número
de aplicações feitas em qualquer caso.
E mais, a condição geral dos pacientes é sempre melhorada, mesmo se apenas temporariamente, tanto que algumas vezes os pacientes
insistem para continuarem a receber o tratamento.
A distância entre os dois aplicadores (transmissor e ressonador) é geralmente fixada em 80 cm, mas esta distância
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pode ser aumentada para 160 cm (1.6 metros) quando um tratamento menos intensivo é indicado.
Finalmente, a regulagem da dosagem, amperagem, distância e aterramento , dá uma larga faixa de poder operativo que pode ser
adaptada para qualquer caso.

Sumário

Os resultados clínicos com o oscilador de ondas múltiplas têm provado ser de grande utilidade no tratamento de várias doenças e,
particularmente, em certas doenças consideradas incuráveis. O fenômeno físico conectado com ele abre um novo campo de pesquisa da
mais alta importância.
___________________

IV O relatório do Dr. Boris H. Vassileff em Genova, Itália.


Em uma interessante monografia, o Dr. Vassileff, que é responsável por três clínicas n Itália, deu um delineamento das teorias de
Lakhovsky que ele aplicou para o tratamento de muitas doenças com grande sucesso pelos últimos 15 anos.
Em sua experiência, descobriu que o oscilador de ondas múltiplas de Lakhovsky tem um efeito benéfico rápido em todo o organismo
capacitando-o a resistir e superar uma grande variedade de doenças, de perturbações respiratórias e cardiovasculares até condições
genitais e urinárias em homens e mulheres, e também afecções funcionais e orgânicas dos sistemas digestivo e nervoso, incluindo a
paralisia infantil.
O Dr. Vassileff está preparando uma outra monografia na qual ele dá todos os detalhes clínicos de um número considerável de casos
tratados com o oscilador de ondas múltiplas em sua própria clínica. É interessante notar que ele faz extensivo uso na sua prática
do circuito oscilante portátil de Lakhovsky.
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V O relatório do Dr. Alexander Francis


Frinton-on-sea, Englaterra
16 de abril de 1940

A surdez e casos nervosos

Tenho descoberto que o oscilador de ondas múltiplas melhora a audição nos últimos três meses a parte mais importante do meu
trabalho com o aparato tem sido em casos de surdez.
Tenho feito trabalhos com o ouvido por mais de 40 anos e estou muito contente por descobrir, finalmente, algo que é de real
auxílio para a surdez crônica. Tenho obtido resultados impressionantes.
Meus melhores resultados são os caso de nervos. Um paciente que caiu sobre suas costas há 7 anos atrás e tinha estado
completamente paralisado desde a cintura, desde então tem melhorado continuamente. Ele estava dependendo inteiramente de um
cateter, mas nos últimos meses tem sido capaz de beber água naturalmente. A sensibilidade tem retornado às suas pernas e ele se
sente muito melhor de uma maneira geral.

_______________________

VI Relatos Americanos.

Quando Lakhovsky chegou em Nova York em 1941, seu oscilador de ondas múltiplas foi usado experimentalmente em um grande hospital
de Nova York pelos chefes do departamento de fisioterapia, que o autorizaram a publicar os seguintes resultados. Por razões de
ética médica os nomes do pessoal do hospital e dos pacientes não poderiam ser mencionados até que o trabalho de Lakhovsky fosse
oficialmente apresentado numa reunião da Sociedade de Fisioterapeutas de Nova York.

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Página 200
Relatório dos casos tratados com o oscilador de ondas múltiplas de Lakhovsky em um grande hospital de Nova York
(1 de julho a 21 de agosto de 1941)

PacienteDoençaNúmero de tratamentosResultado
XArtrite ambos joelhos14Boa melhora

O.P.Endocervicitis
Dores abdominais6 Boa condição
F.T. Peri-artrites do ombro 12Grande melhora após o primeiro tratamento
Boa condição
M.M.Osteoartrite 7Grande melhora após 2 tratamentos.
Rigidez diminuída.
M.K.Artrite crônica generalizada11Pequena melhora
M.O.Artrite no joelho3Bons resultados.
A.E.Fratura pós-operatória6Bons resultados.
C. V.Artrite em ambos joelhos11 Melhora notável.
M. D.Artrite geral8Melhora notável.
J. H.Epicondylitis no cotovelo7 Bons resultados.
D. G.Bronquite crônica10Nenhuma tosse ou secreção.
Melhora notável.
S. L.Artrite geral10Melhora notável.
B. M.Artrite e distúrbios circulatórios6Melhora.
M. L.Artrite no joelho e tornozelo7Melhora. Nenhuma recorrecia.
M. B.Artrite no ombro7Melhora notável.
M. O.Tenosynovitis6Melhora.
S. S.Artrite em ambos joelhos7Melhora.
S. C. N.Deslocamento congenital de costelas3Melhora notável.
R. L.Fratura em ambos os ante-braços - Synovitis em ambos joelhos5Nenhuma dor.

Página 201

Casos adicionais
Caso 1 G. D. Mulher Idade: 25 anos.
Paciente reclamando de dor no peito e músculos do braço direito e nas costas, e tosse constante. Ela não respondeu ao tratamento
médico e massagem. O tratamento com o oscilador de ondas múltiplas de Lakhovsky foi instituído.
Após o quarto tratamento a tosse parou, a dor no peito se tornou rara e a sensação de cansaço nas costas desapareceu. Ao final de
12 tratamentos a paciente não mais reclamava dos sintomas anteriores.

Caso 2 M. M. Mulher Idade: 51 anos.


A paciente reclamava de dor e rigidez nas costelas direitas. O exame de raios-X revelou um estreitamento desta articulação
associada com ferimento na margem do acetabulum que parecia enrijecer a junta. Haviam alterações proliferativas na margem superior
da cabeça do fêmur. A diatermia e a massagem fracassaram para aliviar a dor e a rigidez. Após 10 tratamentos com o oscilador de
ondas múltiplas de Lakhovsky a rigidez foi reduzida notavelmente.

Caso 3 Mulher Idade: 38 anos.


Por dois meses a paciente reclamou de dor em ambos os ombros. O movimento do úmero direito estava limitado a 45 graus. Um
diagnóstico de periartrite foi feito e o tratamento com o oscilador de ondas múltiplas de Lakhovsky começou. Após 3 tratamentos a

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paciente disse que se sentia muito melhor. A melhora continuou. Após uma série de 11 tratamentos a paciente não retornou.
Aparentemente foi obtido um alivio permanente.

Caso 4 A. B. Homem Idade: 60 anos.


O paciente teve uma história de dor em ambos os joelhos que começou em 1940. Um ano de diatermia e a massagem deu a ele apenas um
pequeno alívio. O tratamento com o oscilador de ondas múltiplas de Lakhovsky foi instituído. Após 1 tratamento o paciente afirmou
que se sentia melhor. Após 4 tratamentos se sentiu tão melhor que precisou apenas de 2 tratamentos em duas semanas.

Caso 5 M. M. Mulher Idade: 42 anos.


A paciente queixou de dor na parte baixa esquerda das costas e costelas. O exame de raios-X da espinha lombar e da pélvis mostrou
uma calcificação das margens anteriores dos discos intervertebrais entre a nona e a décima vértebra. Havia também uma pequena
escoliose da espinha lombar. O tratamento com o oscilador de ondas múltiplas de Lakhovsky foi instituído. Após o primeiro
tratamento a paciente se sentiu melhor. Após o quinto tratamento a melhora foi bastante notável. A paciente não retornou após 9
semanas.
Página 202

Caso 6 S. N. Mulher Idade: 59 anos.


A paciente queixava de dor no ombro direito e um dificuldade par estender o braço. O exame mostrou que a paciente não conseguia
mover o braço mais do que 5 10 graus, com dor severa. O exame de raios-X revelou uma calcificação irregular na região de maior
tuberosidade do úmero direito. O tratamento com o oscilador de ondas múltiplas de Lakhovsky foi institituido. Após um tratamento a
paciente disse se sentir muito melhor. A melhora continuou constante até que 10 tratamentos fossem completados.

Caso 7 C. P. Mulher Idade: 38 anos.


O exame ginecológico mostrou o útero um pouco dilatado e duro. O paramétrio direito mole. Diagnóstico: Parametrite. O tratamento
com o oscilador de ondas múltiplas de Lakhovsky começou em 17 de julho de 1941. após 4 tratamentos a paciente se sentiu melhor e
após 12 tratamentos ela estava muito melhor. O exame de 7 de outubro mostrou um estado de ausência de dor. A paciente foi
considerada curada.

2 Realtos de casos tratados com o oscilador de ondas múltiplas de Lakhovsky por um proeminente urulogista de Brooklyn.

Os resultados seguintes foram obtidos por um urologista proeminente de Brooklyn cujo nome tem que ser omitido por razões éticas.
Ele é um membro do Colégio Americano de Cirurgiões e desfruta de grande reputação com um hábil especialista. Ele tratou centenas
de pacientes com o oscilador de ondas múltiplas de Lakhovsky, mas apenas alguns dos casos típicos são dados aqui.

PacienteDoença Número de tratamentosResultado


H. G.Retenção urinaria aguda devida à dilatação da próstata2Retenção cessada.
R. B.Sangramento da fibróide uterina de dois anos de duração3 O sangramento cessou
R. R.Celulite nasal com dor2 Completamente retirada após 2 tratamentos de 10 minutos cada em um dia.
B.T. Retenção urinaria aguda devida à dilatação da próstata2Retenção cessada.
S.B.Sangramento por câncer da bexiga3Sangramento verificado. O tumor clareou e foi reduzido em tamanho quando visto outra vez
no cystoscopio 3 semanas depois.
J.G. Eczema crônico da axila gástrica2Inteiramente limpo.
L. G. Dores severas por úlcera duodenal2Grandemente melhorado.

Em adição aos casos acima este especialista de Brooklin tratou seis casos de dilatação de próstata com freqüência noturna de
micção de 3 a 5 vezes por noite. Após 2 tratamentos com o oscilador de ondas múltiplas de Lakhovsky a freqüência foi reduzida para
apenas uma vez por noite ou nenhuma.
Estes resultados notáveis obtidos em casos de dilatação da próstata, que confirmaram aqueles já relatados pelos médicos europeus,
deram um nova esperança no tratamentoe desta condição preocupante, para qual a medicina ortodoxa não tem nenhum tratamento, exceto
o cirúrgico com todos os seus perigos e complicações.

_________________

VII Efeitos notáveis dos circuitos oscilantes em animais.

I Cavalos com pedigree

Impressionado pelas teorias da oscilação celular totalmente criadas por Lakhovsky em seu traabalho O segredo da Vida , Mr. P.
Fourneir-Ormonde, Diretor do Instituto de Fisiologia de Croix Blanche, Vaucreson (França), começou suas experiências aplicando o

74
circuito oscilante
Página 204

circuito no seu próprio corpo com o resultado de que ele logo notou um aumento de vigor e bem estar geral. Ele, então, decidiu
experimentar em cavalos de pedigree. Na primeira experiência ele colocou 7 cavalos com circuitos oscilantes em forma de colares
com uma circunferência de 80-85 cm.
Este cientista descreve seus resultados assim:
A aplicação dos circuitos em volta dos pescoços, ombros e patas dos cavalos, foi seguida, após um período variável de tempo, por
alguns resultados notáveis. Os olhos adquiram um brilho maior, o lombo se tornou mais liso, o pelo mais macio e a aparência geral
dos cavalos foi fantasticamente melhorada. Além disto, os cavalos pareceram estar conscientes desta melhora de vigor que
manifestaram pelo galopar espontâneo e pelos sinais de estarem cheios de vida.
Mr. Fournier-Ormonde destaca ainda que todos o órgãos vitais são favoravelmente afetados pela aplicação de circuitos oscilantes
que, de acordo com ele, parecem agir como um espécie de acelerador do motor animal . E mais, o constante uso destes circuitos
oscilantes aumenta a vitalidade da vivacidade e melhor a saúde geral dos cavalos de uma maneira indubitável.
Este experimentador também observou que os efeitos benéficos dos circuitos oscilantes em certas éguas que tinham dificuldade de
engravidar. Ele conclui suas observações dizendo que a aplicação dos circuitos oscilantes em animais novos indispostos supera
todas as expectativas.
Mr. Fournier-Ormonde verificou seus resultados notáveis em cavalos com pedigrees de uma maneira estritamente científica. Apesar da
evidência dos efeitos benéficos ser tão visíveis, ele insistiu na obtenção de maiores confirmações para fazer um analise mais
profunda do sangue dos cavalos tratados, incluindo a contagem dos glóbulos vermelhos e brancos, a viscosidade, a hemólise, a
pecentagem de anions e cátions, suplementado pelo exame do fluido cérebro-espinhal e até a análise espectroscópica.
Os efeitos dos circuitos oscilantes sobre o sangue dos cavalos foram mais notáveis, as características principais, foram o aumento
dos corpúsculos vermelhos e a diminuição da viscosidade, dando mais fluidez ao sangue.

1 - Forma de potrancas de competição restauradas pelo circuito oscilante.

Uma famosa potranca com pedigree chamada Ballerina tinha sido vencedora em 7 corridas em Vincennes. Subseqüentemente, por um ano
inteiro, ela esteve indisposta e correndo mal. Seu treinador foi persuadido a colocá-la no circuito oscilante de diâmetro corrente.
Depois de algumas semanas a melhora de sua condição geral foi tão notável que seu proprietário disse que ela estava maravilhosa.

Ao ser colocada para competir outra vez, ela se colocou em segundo lugar entre 22 competidores e teria sido a primeira, se não
tivesse tropeçado num ressalto. Ela correu 1 km em 1 minuto e 26 segundos.
O proprietário expressou sua satisfação assim: Que melhora impressionante e que surpresa boa para o meu treinador e para mim
mesmo, que tinha acreditado na sua chance! . Sob as circunstâncias, penso que é de grande importância prestar atenção aos
circuitos oscilantes para o tratamento de animais.

2 - Cavalo adulto não castrado rejuvenescido com o circuito oscilante.

A aplicação de um circuito oscilante ao um cavalo de 24 anos de idade resultou em um sinal indubitável de rejuvenescimento. De
acordo com Mr. Fournier-Ormonde este caso é absolutamente conclusivo e fornece um prova adicional da grande utilidade dos
circuitos oscilantes no tratamento de cavalos.
Em conclusão, deveria ser notado com atenção que, os resultados obtidos por Mr. Fournier-Ormonde foram confirmados por
experimentos similares feitos por treinadores, criadores e cirurgiões veterinários.
Pagina 206

II CÃES

A aplicação do circuito oscilante em cães tem sido tão bem sucedida como o é no caso dos cavalos. Um veterinário, especialista, Mr.
M. G. Mercurin de Cannes, relata o caso de um fox-terrier que tinha sido vítima de um acidente com um carro. O cão teve múltiplos
ferimentos que deixaram uma cicatriz nas suas costas, uma faixa sem pelo, e uma faixa parecida com uma lesão eczematosa. Um
circuito oscilatório, em forma de um 8, foi colocado no pescoço do cão e atrás do ombro. Depois de 14 dias o proprietário trouxe o
fox-terrier para a inspeção veterinária. Para sua surpresa, o cão estava completamente curado; o pelo tinha crescido outra vez no
local da cicatriz da qual não havia mais sinal.
Não é necessário dizer que o dono estava contente com o resultado do tratamento com o circuito oscilatório.

1 - Cão com pedigree curado com o circuito oscilante.

Um cirurgião veterinário de Brisbane (Austrália) relatou em janeiro de 1940, que ele tinha tratado, sem sucesso, um valioso cão
com pedigree que tinha sido muito ferido nas patas dianteiras e na cauda devido a uma irritação devida a um eczema. O pobre animal

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estava em tão mal estado que nem conseguia ficar de pé, comer ou mesmo rolar. O veterinário queria destruí-lo, mas não poderia
fazê-lo sem a permissão do dono que estava ausente no momento.
Tendo sido informado dos resultados satisfatórios obtidos em seres humanos tratados com circuitos oscilatórios, ele decidiu fazer
a experiência no cão e colocou um circuito oscilatório, adequadamente isolado, em volta do seu pescoço. Depois de 3 dias houve uma
melhora e após 10 dias o cão estava com a saúde normal.
Esta cura notável de um valioso cão constitui ainda uma outra prova do grande valor dos circuitos oscilantes no tratamento de
animais indispostos que de outra maneira teriam morrido.
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Conclusões

De um ponto de vista veterinário a aplicação de circuitos oscilantes tem sido tão bem sucedida em animais quanto em seres humanos.
Doentes, feridos e velhos animais tem sido relatados como melhorados ou curados, e a lista de animais tratados inclui cavalos e
cães com pedigree, gatos e mesmo velhos papagaios.
Parece, portanto que esta forma de tratamento, eminentemente humana deve ser recomendada para todos os amantes de animais.

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VIII Desenvolvimento futuro das teorias de Lakhovsky.

Diagnósticos pela televisão


A previsão do próprio Lakhovsky

Lakhovsky fez algumas observações interessantes sobre os desenvolvimentos futuros de sua teoria em Nova York.
Sua teoria geral é baseada na suposição de que cada cromossomo e cada chondrome contido em cada célula individual constitui um
circuito oscilante que emite uma radiação específica. Segue-se, como uma conseqüência natural que todos os elementos que compõem o
nosso organismo em seu estado vivo são coloidais, isto é, todos os átomos e elétrons estão em estado de suspensão perpétua e
funcionam como entidades elétricas. Tão logo certos cromossomos e chondromes para de oscilar, por várias razões, as células morrem.
Não está mais vivendo, a matéria oscilante, mas um substância inerte. Suas partículas componentes não são mais elétricas.
Agora, sabemos que um quadro pode ser transmitido eletricamente através de distância. Tubos compostos de selenium ou outro
material transformarão partículas vibrantes em freqüências específicas em imagens. Como
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a luz é um fenômeno elétrico ondulatório, ela pode ser reproduzida eletricamente à distância, com todos os graus de luz e sombra
de suas partículas elétricas componentes. Assim, as nuances de qualquer imagem são realmente uma transformação em forma visível da
freqüência específica de cada entidade elétrica.
Desde que toda a matéria viva é elétrica, em essência, e desde que cada doença, de acordo com Lakhovsky, resulta da perturbação do
equilíbrio oscilatório nas células, que por sua vez, causam variações na freqüência normal do protoplasma e do sangue, parece que
nada seria mais simples do que transmitir pela televisão estas freqüências desbalanceadas em forma de imagens. Desta maneira
Lakhovsky pensou que nós poderíamos conseguir um quadro televidado de cada doença específica. Por exemplo, a tuberculose teria um
quadro com uma forma distinta, enquanto o câncer teria outra diferente, característica apenas da doença maligna. Além disto, é uma
matéria de conhecimento comum que é possível para um tumor maligno desenvolver em algumas partes do corpo humano, sem o hospedeiro
estar ciente disto. Uma vez que os tumores não destroem ou interferem com certos tecidos vitais ou causam hemorragia, não há nada
para revelar a presença deles por um considerável tempo. Mas se, por meio de um tubo de televisão ou algo semelhante, for possível
detectar a presença de um tumor maligno, fotografando o organismo humano e transformando em quadros as radiações perturbadas de
células do corpo, então, nós deveríamos ser capazes de ver o câncer, ou qualquer outra doença orgânica, projetada numa tela de
televisão.
E mais, o sangue de uma pessoa cancerosa diferiria do sangue de um individuo diabético ou tuberculoso. É lícito assumir que cada
um dos grupos de células do sangue tem uma freqüência específica e conseqüentemente uma forma e uma cor específica. A
identificação destes grupos de sangue pela televisão seria de grande valor para a ciência médica que poderia ser revolucionada por
um tal avanço.
Podemos apenas esperar que as previsões de Lakhovsky, neste campo da rádio-biologia, sejam totalmente realizadas num futuro
próximo.

FIM

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