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MOIZÉS MONTALVÃO
TUDO SOBRE
VIDAS PASSADAS
As respostas que você procurava
ISBN
85-88319-88-8
INTRODUÇÃO .............................................................................. 9
7
INTRODUÇÃO
10
No campo do sobrenatural ― ou se preferirem no campo do
supranatural ― , brotam “especialistas” em ciências insólitas.
Estes arrogam para si capacidade de explicar os segredos
daquilo que estaria além da matéria.
11
pouco de atenção, mostra o inegável parentesco com o eso-
terismo e o distanciamento da ciência.
12
cante da TVP e escreveu várias obras sobre regressões, den-
tre se destacam: “Muitas Vidas, Muitos Mestres” e “Só o
Amor é Real”.
13
conectadas da consciência). Por não fazer parte dos objetivos
do presente trabalho, não ampliaremos o tema.
M. Montalvão.
14
CAPÍTULO 1
Observação:
15
nho naturalmente. Não questione nada do que vi-
sualizar, apenas visualize... Imagine que está en-
trando num túnel, um túnel do tempo que o levará
bem longe... longe... Agora você é uma criança
pequenina e continua a recuar no tempo, cada
vez mais distante. Veja-se no útero de sua mãe.
Ela o alimenta, sinta as sensações de amor que
lhe são passadas; você gosta de estar com ela...
Agora a viagem continua: saia desta vida e deixe
seu espírito vagar... vagar por outras existências,
você está em busca da origem de sua dor... rela-
xe... visualize o que está à sua volta... relaxe ca-
da vez mais... Diga-me o que está vendo...
16
- Eles... inimigos do rei... uma conspiração para
matar o rei... Ouvi tudo... querem me matar!
- E o que acontece?
17
- A dor que sente, e que se intensifica nos perío-
dos de estresse, é resultado da experiência na
outra vida. Ao ser atacado covardemente e per-
cebendo que não tinha saída, você internalizou
uma grande dose de angústia. Essa angústia o
tem acompanhado por diversas vidas e se apre-
senta sob a forma de dor no mesmo local onde foi
ferido. Agora que sabe como tudo começou, será
mais fácil se livrar do problema...
18
sadas). Presentemente, a maioria das práticas regressio-
nistas tem por objetivo o tratamento de distúrbios psico-
lógicos, mas ainda se encontra o uso não-terapêutico do
processo.
19
mem de negócios da cidade de Pueblo, nos Estados Uni-
dos.
20
A conclusão de que as “lembranças” eram efetivas recor-
dações de existências pregressas, foi acatada sem maiores
avaliações por vários profissionais. Não demorou muito,
iniciou-se a utilização das lembranças como um subsídio
à psicoterapia. E assim tudo começou.
21
profundamente a vários psicólogos e muitos deixaram de
lado os tratamentos ortodoxos e passaram a utilizar ex-
clusivamente a TVP no trato de seus pacientes. A SBTVP
nos dá uma definição técnica do que seria a regressão a
vidas passadas:
1
→ O texto fala em “hipótese científica da reen-
carnação”. Aqui há exagero: a reencarnação é
uma possível explicações para as lembranças de
outras vidas. Porém, dificuldades filosóficas e
científicas surgem quando se analisa a idéia. Al-
22
guns espíritas acreditam que a confirmação cien-
tífica da reencarnação se dará nos próximos a-
nos; outros são mais otimistas: declaram que a
ciência já ratifica a multiplicidade de vidas. Por
enquanto, o que há de concreto é a esperança
dos adeptos de que a reencarnação um dia seja
reconhecida como um fato científico.
2
→ É interessante destacar que a TVP concebe a
existência de um inconsciente com característi-
cas diferentes do das teorias em voga. O re-
gressionismo necessita de uma idealização parti-
cularizada da parte oculta da mente, que vá além
das teses atuais, e até mais extensa que noções
míticas, como a do “inconsciente coletivo”, de
Jung. Isto porque, as conceituações clássicas
não dão suporte a idéia de que se possa recordar
vidas passadas.
23
Hoje, várias pessoas falam em mudança. ...
__________________________________
24
gação na Internet dos trabalhos das tera-
peutas regressionistas Célia Resende e
Neuzinha Aguillar)
25
Os terapeutas regressionistas acreditam no potencial des-
se método. Há quem diga que a TVP é superior à medi-
cina moderna!
26
CAPÍTULO 2
28
Muitos textos espíritas proclamam a incontestabilidade da
reencarnação, no entanto a teoria ainda espera por uma
prova científica. Os reencarnacionistas advogam que os
variados renascimentos seriam o método estabelecido por
Deus para que a alma chegue à perfeição. Quando, po-
rém, se analisa o assunto com atenção surgem muitas
dúvidas. Faremos aqui alguns comentários sobre as difi-
culdades dessa idéia; noutro trabalho de nossa autoria,
intitulado “Reencarnação – o sonho de viver muitas
vidas”, é feita uma análise minuciosa do assunto.
29
PROVAS CIENTÍFICAS DA REENCARNAÇÃO
30
encarnação, Evidências e Fundamentos –
Centro Espírita Celeiro de Luz).
31
Vejamos um esquema desses raciocínios:
32
Nascem pessoas dotadas de força física incomum; outras
são possuidores de agilidade acima da média; há os que
têm capacidade sensitiva admirável... por que não
nasceriam indivíduos com inteligências privilegiadas?
Teríamos de supor que as pessoas com força física
incomum teriam se exercitado bastante nas vidas
passadas; os dotados de agilidade, teriam vindo de uma
sucessão de vidas circenses, etc. É óbvio que teses assim
formuladas não se mantêm.
33
• muitos gênios são limitados fora das áreas onde
se destacam. Pessoas geniais podem ser inábeis
em rotinas que os medianos executam com
facilidade. Os gênios possuem a energia mental
direcionada aos campos do saber onde
sobressaem; nas demais atividades estão dentro
da média, ou mesmo abaixo;
• no aspecto moral - apesar do tema "moral" ser
assunto ser um pouco complexo para ser debatido
em poucas linhas -, nem sempre os gênios
correspondem ao que deles se espera. Se fossem
almas experientes e sábias, como supõem os
apologistas do reencarnacionismo, veríamos os
gênios sempre com ilibado padrão de conduta.
Freqüentemente ocorre o contrário... ;
• nem sempre a criatividade dos gênios é usada em
benefício da humanidade. São numerosos os
exemplos de pessoas superdotadas que
causaram grandes problemas aos que com eles
conviveram e à sociedade. Almas sábias não
agiriam desse modo;
34
graves distúrbios mentais. Algumas são tão
retardadas que não podem fazer muita coisa
sozinhas. Fora do circuito onde manifestam
talentos não têm a menor capacidade intelectual,
são completamente incompetentes para levar uma
vida normal. Fica difícil justificar a tese das
variadas encarnações quando se leva em conta
os gênios idiotas.
35
DIFICULDADES...
1. o balanço populacional;
O Balanço Populacional
36
progredindo, chegam ao ponto ideal, à perfeição, quando
estarão livres dos retornos periódicos à carne.
37
explosão. Os seres menos evoluídos ou que re-
sistiram em evoluir foram enviados para cá. An-
tes, durante e depois dessa decisão a engenharia
cósmica teve que elaborar estudos no sentido de
melhor acomodar os exilados e devido à densi-
dade vibratória do Planeta teve que desenvolver
uma criatura que acomodasse os espíritos exila-
dos. Essa ‘limpeza’ já está acontecendo na Terra,
gradativamente. Talvez seja isso que muitas sei-
tas profetizam como ‘juízo final’.” (José Joacir
dos Santos - jornalista e terapeuta holístico)
___________________
38
que as pesquisas científicas sobre viventes além da Terra
revelam que a eclosão de vida em qualquer parte do cos-
mo não é um fato tão banal quanto julgam alguns: a vida
inteligente, caso exista em outras partes do universo, será
um evento raro.
39
→ Allan Kardec afirmou ter recebido tais orien-
tações dos espíritos superiores. Hoje sabe-se
que essas idéias são infundadas: Marte, Júpi-
ter, o Sol e todos os planetas e satélites do
sistema solar não abrigam vida inteligente.
Assim, os “espíritos” que orientavam Kardec
apresentaram informações inverídicas ― (no-
tem que Allan Kardec declarou ter consultado
os espíritos merecedores de crédito).
40
lação. É imprescindível analisar sob que enfo-
que a frase foi dita, a fim de não chegarmos a
conclusão infundada. Jesus dizia carinhosa-
mente aos discípulos que lhes iria preparar lu-
gar no Céu, pois na "Casa do Pai" havia muitas
moradas. Fica difícil, baseado nesse texto,
fazer qualquer comentário sobre a vida em ou-
tros planetas. A frase integra o discurso de
despedida de Jesus a seus discípulos, quando
o mestre percebia iminente o início de seu
flagelo, o qual culminaria com a crucificação.
Ele prepara o coração dos colaboradores para
os eventos que seguiriam a sua prisão e deixa-
lhes uma mensagem de consolo e de esperan-
ça. Nada há no discurso de Jesus que remeta
à idéia de vida extraterrena. O texto encon-
tra-se no Evangelho de João, capítulo 14. Fa-
çamos a leitura:
41
Quando o assunto é vida fora da Terra deparamos muito
folclore e pouca coisa objetiva. Desde o primórdio da
doutrina kardecista, em meados do século XIX, que mé-
diuns afirmam comunicar habitantes de outros mundos,
contudo essas comunicações não resistem a uma avalia-
ção.
42
maior conhecimento da vida e costumes dos ha-
bitantes de Saturno, eu pedi ao querido Irmão
Thomé para consultar a Excelsa Mãe de Jesus,
sobre se lhe seria possível obter maiores infor-
mes acerca da vida em Saturno...
43
Diamantino Coelho não explica uma série de fatos que
tornaria impossível haver vida em Saturno, pelo menos da
forma como conhecemos. Ele diz que os saturninos têm
uma vivência muito semelhante à nossa, seriam apenas
um pouco mais evoluídos e melhor organizados.
44
Alguns teóricos do espiritismo sustentam que as descri-
ções de vida inteligente em Marte, Saturno e outros seri-
am reais. Sucederia que os moradores desses planetas não
estariam interessados em ser vistos por nós, pois haveria
problemas de toda a ordem caso pudéssemos contatá-los.
Dessa forma, criam um “campo magnético” em torno
deles que os torna invisíveis... Como exercício de imagi-
nação tudo bem, porém não existe qualquer dado concre-
to que dê apoio a tal idéia.
45
EVOLUÇÃO DAS ALMAS
46
→ A teoria da evolução das almas não é muito
firme. Ela postula que as almas foram criadas
“simples” e dotadas de livre-arbítrio para pro-
curarem o que lhes conviesse, ou o bem ou o
mal. A levar em conta a tese, a maioria dos se-
res opta pelo mal e atrasa enormemente sua
caminhada evolucionista. A confusão é tal que
convivem no mesmo plano espíritos de alto ní-
vel moral juntamente com outros no mais bai-
xo nível da barbárie. Isso fere a lógica da te-
oria, pois seria esperável que as almas buscas-
sem ardentemente o bem.
47
CAPÍTULO 3
50
dos brasileiros que o espaço não nos permite ci-
tar aqui.
Podem fazer o curso de TVP médicos e psicólo-
gos. Locais: na SBTVP, em Campinas, no INTVP
(Instituto Nacional de TVP), no Rio de Janeiro, e
na ANTVP, em Campinas e Belo Horizonte, onde
tem início uma turma, de fevereiro de 2003 a ju-
lho de 2004. Informações com os terapeutas Dr.
Luís Carlos Fróis: (031) 3213-8499 e Dr. Luís
Carlos Braga: (031) 3222 6596.
A TVP está curando as pessoas de seus males
provenientes não só de um passado propínquo,
mas também de um passado longínquo. É a nova
era da medicina. A era da TVP! (Autor do livro
“A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciên-
cia”)
51
samento científico da TVP, ficará fácil admitir-
mos (ou não) sua plausibilidade.
52
Problemas de relacionamento familiar, conjugal,
social ou profissional. Relacionamentos difíceis,
dolorosos, entre marido e mulher, pais e filhos,
entre irmãos, etc.
Carência afetiva, medo da solidão, da rejeição e
do abandono.
Sentimentos bloqueados.
Aversões diversas, contrariedades, revolta, im-
pulsividade, agressividade, perda de controle.
Dificuldades financeiras, dificuldade para concre-
tizar e atingir objetivos.
Preocupação excessiva com o futuro.”
(www.eradourada.com.br/)
53
les e dispensar o uso das vidas passadas. A terapia de
regressão de vidas entra no processo hipnótico como um
ingrediente colorido, que pode estimular a cura em pesso-
as dadas a superstições.
54
so. Todas as minhas leituras, feitas com um cui-
dadoso espírito escrutinador e neutralidade céti-
ca, se encaixavam. As lembranças e mensagens
de Catherine eram verdadeiras. Minhas intuições
sobre a exatidão de suas experiências estavam
corretas. Eu tinha fatos. Tinha a prova.” (Muitas
Vidas, Muitos Mestres – Brian Weiss)
__________________________________
55
→ Nota-se que diversos elementos ocultistas estão
inseridos nos preceitos da terapia de vidas, isso
a aproxima do esoterismo e a distancia da ciên-
cia. Assim, a declaração de que a TVP seja uma
realidade científica fica abalada.
56
CAPÍTULO 4
Lembranças...
__________________________________
58
nossa vida. Esse procedimento visa à retirada
das camadas de defesa cristalizadas sobre a
memória, uma após a outra, ao longo de várias
encarnações. ... Com a regressão e terapia de vi-
das passadas, podemos dissolver os nódulos
kármicos, liberando o fluxo de energia retido no
passado e, assim, aumentar potencial que con-
duz a uma qualidade de vida melhor." (CÉLIA
RESENDE – Terapia de Vidas Passadas).
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59
Em contradição, o espiritismo kardecista, há mais de 150
anos, ensina que a recordação de vidas é danosa aos seres
humanos, conforme veremos nos textos seguintes.
__________________________________
60
__________________________________
61
difícil conciliar teses antagônicas: uma idéia anula a ou-
tra...
62
CAPÍTULO 5
64
Célia Resende investiga o caso e descobre que a moça
fora um revolucionário (um homem) durante a Revolução
Francesa. A versão masculina de Adélia, havia sido preso
e torturado, terminando por delatar os companheiros e por
isso recebera a pecha de traidor.
65
poucas narrativas trazem informes substan-
ciais que permitam uma averiguação da su-
posta revivência. Na maioria das lembranças
não são apresentados dados importantes pa-
ra a identificação da personalidade pretéri-
ta. Se alguém está a recordar uma vida pas-
sada, deveria recordar em detalhes quem
foi. Sonhar com um roteiro vago, pouco de-
talhado, põe sob suspeição a realidade das
lembranças.
66
revolucionário. Entretanto, a moça (na ocasião encarnada
num homem) não tivera sorte como agitador: foi preso e
torturado, o que o levou a denunciar seus amigos.
67
moça carregava o fardo traumático de uma falsa acusação
e passados dois séculos o problema permanecia nela
enraizado!
68
A idéia de "nó cármico" ou "resíduo cármico" constitui
um conflito com a idéia da reencarnação. A conceituação
reencarnacionista estabelece que cada encarnação é o
resultado da vivência anterior. Assim como ao subir-se
uma escada um degrau serve de apoio para o passo
seguinte, acredita-se que cada nova existência esteja
baseada na imediatamente precedente. No Além a criatura
realizaria um balanço de seus atos e planejaria a próxima
vivência, na qual buscaria purgar os erros cometidos na
vida precedente.
69
dessa prática é incongruente. Os terapeutas regressio-
nistas podem estar a produzir um "efeito placebo", que
não elimina a causa da doença, apenas afasta tempora-
riamente os sintomas.
70
CAPÍTULO 6
Brian Weiss
72
tudos científicos, publicado artigos e estava no
auge de minha carreira acadêmica.” (SÓ O A-
MOR É REAL – Brian Weiss)
73
Sem dúvida, o médico é dono de uma folha profissional
invejável; e possui muitos admiradores ilustres. Com tal
bagagem, o Dr. Brian Weiss vem em público defender,
apaixonadamente, um tema controverso. Vamos, então,
conhecer e analisar as idéias de Brian Weiss com a aten-
ção que o tema requer.
74
A ADESÃO DE BRIAN WEISS AO
REGRESSIONISMO
75
Pasmado, ouviu Catherine falar de fatos acontecidos com
outra pessoa, que vivera muitos anos antes da atualidade.
A jovem discursava como se houvera sido aquela perso-
nagem!
76
‘Árvores e uma estrada de pedras... Meus cabe-
los são louros... Estou usando uma roupa marrom
longa, de tecido áspero e sandálias. Tenho vinte
e cinco anos. Tenho uma filha chamada Cleas-
tra... Ela é Raquel (Raquel era atualmente sua
sobrinha... )... ’
77
símbolos, triângulos. É muito sábio, mas eu não
compreendo. O ano é o de 1568 a.C.’
78
miração, visto que advém de um psiquiatra, conhecedor
das nuanças da mente.
79
BRIAN WEISS CONFUSO...
80
A hipnose pode levar o paciente a responder à sugestão
com fantasias: inconscientemente simula ter vivido uma
aventura que não aconteceu. Quando o paciente aceita
sem reservas a indução que o terapeuta lhe faz, torna-se
cooperativo e pode criar fabulações com facilidade. Se
não houver uma resistência mental forte (por exemplo:
preconceitos enraizados, convicções morais), o paciente
acatará as palavras do hipnotizador e responderá sonhati-
vamente ao que lhe for apresentado.
81
tros são reservados quanto à essa idéia. A
questão maior é que o termo "inconsciente"
se presta a diversas idealizações mais che-
gadas ao mundo da fantasia que a uma con-
cepção plausível. Entretanto, para efeito de
explicação do que aqui se propõe, utilizare-
mos a expressão.
82
tanto, parece os terapeutas regressionistas são menos ri-
gorosos.
83
De forma semelhante, também são adequadas as palavras
do Dr. Paulo Urban:
84
Ainda hoje se discute o porquê de Freud ter descartado a
hipnose na psicoterapia. Uma possibilidade é que tenha
concluído que as muitas fantasias que brotavam das men-
tes sob controle hipnótico, em vez de ajudar criava um
óbice à análise do paciente. Há quem acredite que Freud
não se mostrava satisfeito com o fato da hipnose eliminar
sintomas sem trazer à tona a origem do problema. A aná-
lise psicanalítica procura justamente desencavar o porquê
dos sintomas que o paciente apresenta.
85
“EU NÃO ACREDITAVA EM REENCARNAÇÃO”...
(Brian Weiss)
86
se encontrava. Notem que, segundo o próprio médico,
até aquele instante a idéia de reencarnação não lhe passa-
ra pela cabeça. Portanto, ele estaria dirigindo a indagação
a uma menina com dois anos de idade. Sem que a hipóte-
se reencarnacionista estivesse presente na mente do mé-
dico a pergunta fica sem sentido.
87
A PRODIGIOSA MEMÓRIA DE CATHERINE
88
história e ser bastante versada em História antiga para
poder estabelecer precisamente as épocas ― observe-se
que as referências às datas são minuciosas: 1863 a.C.;
1568 a.C.
89
ramente a propensão ao esoterismo e o abandono da pru-
dência, que deve estar presente quando se avalia um fato
incomum. Somos levados a inferir que Brian Weiss preci-
sava de alguém como Catherine, para extravasar seus
devaneios místicos e a jovem, plenamente receptiva, deu
ao médico as respostas que ele almejava...
90
‘Aronda... tenho dezoito anos. Vejo um mercado
em frente ao edifício... Vivemos num vale... Não
há água. O ano é 1863 a.C. A região é árida,
quente e arenosa. Existe um poço, nenhum rio. A
água vem das montanhas até o vale.'
91
‘Ondas enormes estão derrubando as árvores.
Não há para onde correr. Está frio, a água é fria.
Tenho de salvar o meu bebê, mas não posso...
Não posso respirar, não consigo engolir... água
salgada... "
92
Por que será que o Dr. Brian não se perguntou como pôde
Catherine enraizar um trauma durante tantas existências?!
“TERAPIA DE VIDAS
93
ber assistência de outras almas e mestres que a
ajudarão na transição e na adaptação para o es-
tado de consciência do plano espiritual. Esta as-
sistência objetiva a estabilização dos estados
mentais e emocionais que estiverem em desar-
monia em conseqüência das experiências da úl-
tima existência e da própria morte. Neste momen-
to ela obtém alívio de todas as dores, temores ou
desconfortos físicos e emocionais que ela possa
estar apegada.
94
CAPÍTULO 7
Mais Dúvidas
96
registros escritos: pedras, barro, papiro, e mais tarde, o
pergaminho. O uso do papel ganhou predominância há
poucos séculos. Brian Weiss não explica como Catherine
presenciou pessoas utilizando um material que ainda não
existia...
97
BRIAN WEISS DESLUMBRADO...
98
‘Seu pai está aqui e o seu filho, que é pequeno.
Seu pai diz que você o reconhecerá porque ele
se chama Avrom e seu filho tem o mesmo nome.
Ele morreu do coração. O coração de seu filho
também era importante, porque estava invertido,
como o de uma galinha. Ele fez um grande sacri-
fício de amor a você. A alma dele é muito evoluí-
1
da... Sua morte pagou as dívidas dos pais . Ele
também quis lhe mostrar que a medicina tem limi-
tes, que seu campo de ação é muito limitado.'...
1
→ Observa-se no discurso do “mestre” um aconteci-
mento comum em contatos mediúnicos: os espíritos
respondem conforme a crença dos receptores. Em
ambiente onde se creia na reencarnação, as almas fa-
lam positivamente do assunto; num meio onde a reen-
carnação não seja aceita, os espíritos a condenam.
No caso presente, Brian Weiss, ou Catherine, acredi-
ta que uma pessoa possa pagar dívidas cármicas de
outras, desse modo, os mestres se pronunciaram fa-
voravelmente ao assunto.
99
“Minha vida jamais voltaria a ser a mesma. Uma
mão descera e alterara irreversivelmente seu cur-
so. Todas as minhas leituras, feitas com um cui-
dadoso espírito escrutinador e neutralidade céti-
ca, se encaixavam. As lembranças e mensagens
de Catherine eram verdadeiras. Minhas intuições
sobre a exatidão de suas experiências estavam
corretas. Eu tinha fatos. Tinha a prova...
100
‘O que você está fazendo está certo. Mas é por
você, e não por ela.’ Novamente a mensagem di-
zia que o benefício era meu, mais do que de Ca-
therine.
Quando a moça lhe falou sobre seu pai e seu filho, o mé-
dico concluiu que não havia modo dela saber do aconte-
cido, a não ser que realmente estivesse a ouvir as revela-
ções dos “mestres”. Para ele, a única forma de explicar o
conhecimento da paciente sobre assuntos íntimos de sua
vida seria pela via sobrenatural.
101
necessidade de utilizar-se manifestações sobrenaturais.
Vejamos duas hipóteses:
102
Essa fascinada manifestação não coaduna com a “neutra-
lidade cética”, da qual Brian Weiss declara ser dotado. O
médico acreditava que sua intuição lhe desse o perfeito
parâmetro de avaliação. Porém, nem sempre a intuição
nos transmite as respostas corretas. A intuição pode for-
mular idealizações falseadas. Se nossa mente for suprida
com idéias inadequadas, as intuições não serão corretas.
Se a intuição do médico lhe dizia que a manifestação de
Catherine era sobrenatural, deveria ter confirmado essa
idéia preliminar por meio de cuidadosa investigação.
Não é se deixando levar pela primeira impressão que se
faz boa ciência.
103
Diante da ingênua euforia do médico concluímos pelo
seu desinteresse em pesquisar seriamente o caso. Ele ape-
nas esperava algum fato que confirmasse suas expectati-
vas místicas. Catherine atendeu aos desejos reprimidos do
terapeuta. Tão entusiasmado ficou ante a “revelação” que
deixou de lado a cautela, que seria um predicado indis-
pensável nesse episódio.
A Hiperestesia
104
plo, estudos mostraram que quando pensamos
nossas cordas vocais vibram como que refletindo
os pensamentos. Um hiperestésico consegue cap-
tar tais reflexos e traduzi-los extraconsciente-
mente, o que dá a impressão de que a pessoa te-
nha a capacidade de “ler” pensamentos.
105
No caso em questão, existe a possibilidade de que algum
estímulo tenha trazido a lembrança do pai e do filho à
mente do médico e, por tratar-se de uma recordação for-
temente emocional, Catherine pôde senti-la. E a mente
sugestionada da moça elaborou o enredo que tanto im-
pressionou o terapeuta. Existem relatos de manifestações
hiperestésicas muito mais surpreendentes que as apresen-
tadas por Catherine.
106
que possuem, ou não sabem o que dizem, ou são
rematados vigaristas.
107
CAPÍTULO 8
Distanciado da Ciência
109
... Não tenho certeza do que aconteceu naquele
dia. Talvez Íris, inconscientemente, tenha usado a
telepatia e 'lido' a mente de Catherine, já que as
vidas passadas estavam em seu subconsciente.
Ou, quem sabe, ela realmente fosse capaz de re-
conhecer este tipo de informação, através de al-
guma capacidade mediúnica. Em todo caso, a-
conteceu, as duas obtiveram o mesmo conheci-
mento por meios diferentes. O que Catherine al-
cançou através da regressão hipnótica, Íris con-
seguiu através de canais mediúnicos."
110
A avaliação do resultado da entrevista, feita pelo médico,
nos confunde: inicialmente supõe que Íris seja telepata,
depois decide que tenha utilizado "canais mediúnicos".
São opções bastante diferenciadas para serem aplicadas
em sistema de múltipla escolha. Não parece que Brian
Weiss tenha utilizado seu propalado espírito escrutinador
neste caso.
111
Se a astrologia funcionasse de verdade, teríamos uma
sensacional ferramenta a nos indicar o rumo adequado
nas atividades diárias. Muitos problemas seriam resolvi-
dos antes que se tornassem situações dolorosas.
112
zodíaco. O zodíaco é apenas uma linha de constelações
que não guardam nenhuma relação entre si. Na época em
que não existiam telescópios e as observações astronômi-
cas eram feitas a olho nu, tinha-se a impressão de que o
zodíaco fosse uma estrutura única e harmoniosa. Essa
idéia foi perenizada pela "ciência" astrológica, mas não
tem fundamento.
113
suas peculiaridades. Enquanto isso, a astrologia ficou
perdida em suas concepções insustentáveis.
114
3. é difícil entender (e explicar) como poderia um
planeta ou uma estrela situada a enorme distân-
cia influenciar nossas vidas.
115
caberia elaborar o mapa astral da consulente. Entretanto,
mapas astrais, ao que se saiba, não revelam vidas
passadas. Resta, então, supor que Íris tenha utilizado seu
outro talento: "os canais mediúnicos", seja lá o que isso
signifique. Na melhor das hipóteses, poderíamos admitir
que Íris fosse uma sensitiva e percebeu as emoções de
Catherine. No entanto, o mais provável é que tenha
habilmente interrogado a moça e, com base nas infor-
mações colhidas, feito a "revelação". Muitos videntes são
admiravelmente habilidosos nesse procedimento.
116
A PARAPSICOLOGIA
117
Há quem confunda espiritismo com parapsicologia. São
coisas bem diferentes. Provavelmente a confusão aconte-
ça porque muitos médiuns se auto-intitulem "parapsicó-
logos" ou "paranormais". Na década de 1970 o termo
parapsicologia começou a se popularizar. A maioria dos
esotéricos que publicavam anúncios nos jornais, ofere-
cendo serviços de contato com o além, passaram a se
apresentar como praticantes dessa ciência, provavelmente
no intuito de dar maior legitimidade às suas atividades.
Até hoje ainda se encontra quem considere que Parapsi-
cologia e mediunidade sejam a mesma coisa.
118
quem pretensamente os manifesta. Não se pode prever
quando haverá um evento, o que obstaculiza a investiga-
ção técnica. Se o fenômeno não é controlável, deixa de
fazer parte dos que podem ser pesquisados cientificamen-
te, pelo menos assim entendem os que descartam a vali-
dade das averiguações parapsicológicas.
119
Parecia uma tarefa revolucionária: se os mortos podem
comunicar por meio de engenhos eletrônicos, então terí-
amos uma novidade digna de exame. Contudo, a avalia-
ção dessas mensagens é de desiludir: pobres em conteúdo
e pouco convincentes. Os "espíritos" proferem frases sol-
tas, que não formam nenhuma mensagem válida. Os
transcomunicadores têm muito pouco para apresentar que
mereça uma consideração mais séria. Em termos compa-
rativos, mil vezes mais eficiente no contato com os espíri-
tos, (caso tal comunicação de fato acontecesse), seria o
"sistema tradicional", feito pelos médiuns. Se os espíritos
pretendem realmente se fazer percebidos pela utilização
de meios eletrônicos, coitados: estão encontrando grande
dificuldade!
120
O Dr. Weiss não levou em conta que pesquisas de outras
áreas além da psicologia ou da psiquiatria o auxiliassem a
esclarecer um evento com o qual não estava habituado a
lidar. A Parapsicologia tem investigado revelações seme-
lhantes às apresentadas por Catherine e poderia lhe dar
subsídios para uma avaliação de maior amplitude. O mé-
dico preferiu caminhar por uma trilha tortuosa, em vez de
agir com a prudência do cientista.
121
MAIS PODEROSA QUE A MEDICINA
MODERNA...
122
vo desse pretenso método terapêutico. São palavras de
Brian Weiss:
123
Acreditamos que o Dr. Brian devesse ter tirado umas fé-
rias antes de enfrentar o distúrbio de Catherine... Talvez
ele retornasse com a cabeça mais fresca...
Observar o fato;
Questionar o problema;
Tirar as conclusões.
124
Pelo que depreendemos das declarações de Brian Weiss,
o terapeuta não seguiu os procedimentos recomendados
pela boa ciência. Preferiu abraçar cegamente a hipótese
esotérica.
125
ou incapacitantes” (uma caracterização muito vaga). No
entanto, se existe na TVP um poder “superior” à terapia
convencional não seria de bom alvitre indicar a regressão
a todos? Se ela, de fato, é “mais eficiente que a medicina
moderna”, por que restringi-la a uns poucos? Será que é
porque, caso seja utilizada rotineiramente, se revele me-
nos eficiente que se apregoa?
126
CAPÍTULO 9
Almas Gêmeas
128
• O estuprador se torna pai da moça que violen-
tou;
129
- Sabe o nome da terra onde está - indaguei.
- Sabe o ano?
...
...
...
130
- Passe adiante no tempo e vá para o próximo
evento importante...
...
- Como conseguem?
...
131
- Você faz também outros tipos de cura?
...
...
...
- E o filho?...
132
- Ele não podia ser ressuscitado. Não era permiti-
do... Não faz sentido. Não cheguei a aprender
como usar os bastões. O meu irmão ensinou-me
um pouco, mas não o bastante... E ninguém sa-
bia que ele tinha me ensinado alguma coisa.
133
a partir dali somente os homens teriam acesso ao conhe-
cimento mais secreto. Elizabeth e o irmão estudam a ci-
ência oculta e mais tarde se tornam conselheiros de um
governador. Tudo ia bem até que um dia o filho do go-
vernador adoece e morre. Para azar de Elizabeth, nesse
dia não havia nenhum médico e nenhum sacerdote na
cidade, estavam todos fora (talvez nalguma convenção de
médicos e de sacerdotes). Somente a moça ficara e a ela o
governador pedira que revivesse o filho. Incapaz de trazer
o morto de volta, foi condenada ao exílio.
...
134
não obstante estar a punir uma inocente, precisava descar-
regar sua ira em alguém; pode ter sido Elisabeth, que não
recordou direito o acontecimento...
- Sabe o ano?
135
complicado, conforme vimos com Catherine), ele encerra
a pesquisa histórica sobre essa vida de Elizabeth. Não
teve a curiosidade de perguntar em qual cidade o caso se
passou e outras informações que permitiriam situar aque-
la lembrança num período definido da história. E o pior
ainda não veio:
...
136
“- Estou repetindo o que me dizem... Ainda não vi
a regeneração... Meu irmão, sim. Ele tem permis-
são para isso e, quando for mais velho, terá direi-
to ao conhecimento da regeneração. O meu trei-
namento terminará antes de chegar a esse nível.
Não posso atingi-lo por ser mulher... Seja como
for, ele me contará o segredo... prometeu-me... já
me explicou muitas coisas... Disse-me que estão
tentando ressuscitar pessoas que morreram há
pouco tempo!
...
- Como conseguem?
...
137
teria obtido preciosas informações, que ajudariam gran-
demente o desenvolvimento da medicina.
__________________________________
138
gressão a vidas passadas, usando-me como pa-
ciente...
139
Quem será esse “misterioso” personagem com o qual o
vaidoso Brian Weiss insinua ter convivido? Parece-nos
que ele quer referir-se veladamente a Jesus Cristo...
140
Brian Weiss abraça uma idéia bastante divulgada sobre a
formação de Jesus que, porém, não é aceita pelos estudos
mais sérios. Segundo alguns esotéricos, Cristo teria pere-
grinado por várias partes do mundo (alguns até o vêem
entre os lamas do Tibet) aprendendo a ciência de diversas
civilizações. Não há qualquer fundamento que ampare
essa tese.
__________________________________
141
alguém que tenha uma coisa específica a nos en-
sinar ou a aprender conosco. O reconhecimento
da alma gêmea pode ocorrer mais tarde, quando
já estamos comprometidos com nossas famílias.
Ou a conexão mais forte com uma alma gêmea
pode ser com um pai, um filho, um irmão ou irmã.
Ou esta conexão pode ser com uma alma gêmea
que ainda não encarnou nesta vida e que nos
protege do outro lado, como um anjo da guarda.
142
uma tragédia, apenas uma questão de aprendi-
zagem. As duas têm uma vida eterna em compa-
nhia uma da outra, mas às vezes precisam fre-
qüentar aulas separadas...
143
A TVP e BRIAN WEISS, uma defesa...
144
ção de que cada vez mais católicos abraçam a
reencarnação é exagerada. Entre o cristia-
nismo e o espiritismo existem diferenças in-
conciliáveis. O cristianismo defende que a
salvação da humanidade depende da miseri-
córdia divina; o espiritismo acredita que a re-
encarnação permite que o homem atinja a
perfeição com esforço próprio.
145
→ Os “cursos” para terapeutas regressionistas
não têm respaldo científico e não são reco-
nhecidos pelos órgãos fiscalizadores.
146
ou em comentários sobre seu trabalho, ne-
nhum registro sobre esse tal laboratório da
massa encefálica...
147
CONCLUSÃO SOBRE O TRABALHO DE BRIAN
WEISS
148
Há um engano nesse juízo: se não for possível traçar uma
linha evolutiva incontestável entre a psiquiatria ortodoxa
e a terapia de vida passadas, estaremos diante de um ra-
ciocínio inadequado, uma falácia.
149
CAPÍTULO 10
Radiografando a TVP
152
de tudo o que estudou, ou seja, bioenergéti-
ca, parapsicologia, projeciologia, psicologia o-
riental, psicologia transpessoal, etc.
• luz astral;
• força eletromagnética;
• rede magnética;
• desmagnetização de condensadores de energias;
• resíduos kármicos;
• capacete de luz;
• implantes magnéticos;
• blocos de energia concentrada;
• sistema eletromagnético, etc.
153
mundo que só recentemente começou a ser descortinado.
Existem mais perguntas que respostas. Não é fácil, mes-
mo para mentes geniais, teorizar na profundidade que o
assunto exige. Muitos esotéricos aproveitam os vazios
que a pesquisa não preencheu e alardeiam idéias insólitas,
alegando tratarem-se de formulações quânticas. Lembra-
mos as palavras de Niels Bohr, um dos grandes físicos do
século XX: “qualquer um que declare que a teoria quân-
tica é clara, na realidade não a compreende”.
154
os esotéricos asseveram que suas suposições
constituem a mais concreta realidade...
155
→ Eis uma tentativa de autenticar um assunto
nebuloso: “luz astral”, “matéria etérica”, “vi-
brações cromáticas”, “médicos do espaço que
se materializam”... os termos são lançados no
ar, como se assim pudessem conquistar soli-
dez. Célia Resende diz que o corpo humano,
e tudo o mais, é formado por três componen-
tes: luz astral, matéria etérica e vibrações
cromáticas. Acontece que a ciência jamais
detectou esses componentes no ser humano,
nem na natureza. Levando em conta trata-
rem-se de elementos materiais, visto que,
conforme afirma Célia, seriam partes consti-
tutivas dos corpos, teriam de ser percebidos
pela investigação científica.
156
médicos espaciais na terapia esotérica... Pena
que a doutora não tenha pensado nisso...
157
ça conseguiu o mesmo que obteria com uma
adequada assistência médica terrena... Pro-
vavelmente a própria Dra. Célia tenha reali-
zado mais que os “cientistas espaciais”, pois
ao receitar uma “dieta isenta de carne com
bastante líquido e frutas", desintoxicou o or-
ganismo da paciente, o que lhe permitiu recu-
perar parte de sua capacidade... Podemos,
então, afirmar: retire os médicos espaciais
dessa história e o resultado continuará sendo
o mesmo... Talvez melhor...
158
sencarnado, procuro ajudá-lo com informações
esclarecedoras, emitindo impulsos mentais de
força eletromagnética capazes de criar um campo
de força protetora. A equipe espiritual, atuando na
dimensão astral, utiliza esse campo para comple-
tar o trabalho, muitas vezes de imobilização do
obsessor, numa forte rede magnética." (Célia
Resende)
159
ticos e “eles” do lado de lá complementando
o processo... porém, a faina não terminou:
a médica também é capaz de dialogar com a
entidade obsessora, aconselha a que prati-
que boas ações em vez de infernizar a vida
de quem está quieto... Pelo visto, a estra-
tégia de conversar com o espírito obsessor
tem dupla finalidade: ao mesmo tempo em
que o supre com orientações construtivas,
distrai sua atenção; o que possibilita à equi-
pe espiritual capturá-lo com uma “rede
magnética”. Em resumo: a fantasia levada
às últimas conseqüências...
160
que não são apresentados dados objetivos
e suficientes para que se analise a legiti-
midade dos contatos com os entes do es-
paço e com os espíritos obsessores, e tu-
do o mais. Uma atividade de tamanha re-
levância deveria ser adequadamente es-
clarecida, acompanhada de demonstra-
ções inequívocas. Desse modo, as muitas
dúvidas que surgem quando ouvimos essas
narrativas seriam sanadas. Do jeito su-
perficial com que o assunto é apresentado
somos obrigados a concluir que tudo não
passa de pesada fantasia. O que fica pa-
tente nesse quadro é a inserção na tera-
pia de procedimentos nebulosos e pouco
confiáveis.
161
se houver restabelecimento da comunica-
ção”... Então, a antigoécia serve para quê?
Para desativar o que em seguida pode ser re-
ativado?
162
tão. Já na época de Mesmer, diversos pes-
quisadores testaram a teoria dos fluidos mag-
néticos que revelou-se infundada. Mesmo as-
sim, ainda hoje, há quem acredite numa “cir-
culação magnética”, como parece ser o caso
da doutora Célia Resende.
163
como será que a impressionável Lúcia teria si-
do contagiada pela obsessão kármica?
164
sonhos da espécie, visto que a origem de seus
temores não foi devidamente tratada.
165
pode falar a seu respeito. Examinemos um
exemplo das suas leituras mediúnicas:
166
ram educá-lo corretamente... (é a velha his-
tória de se remendar os fatos para adequá-
los às previsões).
167
Examinemos uma avaliação menos fantasiosa sobre Ed-
gard Cayce:
168
extrasensorial]―, na Duke University, não estava
impressionado com Cayce. Rhine sentiu que a
leitura psíquica feita à sua filha não encaixava
nos fatos...
... Cayce também afirmou estar em contacto com
Atlantes enquanto ausente nas suas viagens
mentais. Cayce é um dos maiores responsáveis
por algumas das mais tontas noções sobre a A-
tlântida, incluindo a de que possuíam uma espé-
cie de Grande Cristal. Cayce chamou-lhe a Pedra
Tuaoi e disse ser um gigantesco prisma cilíndrico
que era usado para juntar e focar"energia", permi-
tindo aos Atlantes fazerem coisas fantásticas.
Mas tornaram-se gananciosos e sintonizaram o
Cristal para freqüências demasiado altas provo-
cando perturbações vulcânicas que levaram à
destruição do seu mundo. (Dicionário Cético)
169
senvolve para corrigir a densidade de seus cor-
pos energéticos: ‘uma luz prateada circula como
se fosse um líquido pelo meu cérebro, inundando
os filamentos neuroniais. E quando essa luz o a-
travessa, alguns deles, muito esticados e tensos,
ganham maior elasticidade, distendendo-se. O in-
terior do meu cérebro parece um laboratório’...
Estabeleço diálogo com a equipe médica através
de Anete. Eles explicam que para dissolver os
bloqueios provocados por estresse, seja qual for
a causa, é preciso se mudar a freqüência do pen-
samento... Esse método pode ser usado também
para qualquer outra obstrução, em qualquer ór-
gão... Após dois anos de terapia, Anete desen-
volveu bastante a sua paranormalidade, e já entra
em contato com o seu orientador espiritual, re-
vendo cenas difíceis de uma vida passada... Para
amenizar os resíduos dessas vivências doloro-
sas, o chefe da equipe espiritual coloca as mãos
sobre a testa dela e depois sobre cada face... Em
seguida... ele coloca uma das mãos sobre seu
estômago e a outra sobre o coração... Projeta
uma luz dourada bem no centro do coração, que
se divide em dois raios luminosos que se esten-
dem pelas pernas, um terceiro sobe em direção à
cabeça e mais dois descem por cada braço.
Quando acaba o trabalho, ele se inclina e se des-
pede com as mãos fechadas sobre o peito." (Cé-
lia Resende)
170
os médicos ortodoxos estão perdendo muito
por desconhecerem esses revolucionários pro-
cedimentos...
171
sitiva ou da comunicação saudável entre as pes-
soas." (Célia Resende)
172
discutível. Há pessoas que se deixam conven-
cer tão profundamente serem vítimas de
sortilégios que fica difícil tirar-lhes da mente
essa torturante idéia. Só sossegam quando
encontram quem alegue capacidade de realizar
um “trabalho” mais poderoso. É comum encon-
trar-se feiticeiros oferecendo “desfazer”
trabalhos de outros feiticeiros.
173
Isto representou a gota d’água que faltava para
convencê-lo da traição. Com a promessa de aju-
da, ele [Adélia] se deixa levar de volta ao mundo
físico e, como entidade extrafísica, tudo observa
sem ser visto...
...
174
no... Cego de ciúmes o marido perde a razão...
puxando a espada e matando-a num só golpe.
Por sua vez, o irmão desencarnado [Adélia] per-
cebe a dimensão de seu ato... ele percebe o
quanto a amava e que não desejava seu mal... A
experiência de Adélia demonstra como os pen-
samentos obsessivos... envolvem as pessoas...
mantendo-as imantadas entre si... Tanto ele [Adé-
lia] quanto sua irmã foram vítimas de obsessão."
(Célia Resende)
175
→ Nesta peripécia, a sofrida Adélia passa por
uma intrincada experiência de obsessão. A
Doutora Célia apresenta uma inovação à teoria
espírita: para ela a obsessão só ocorre se a
“freqüência vibracional” do obsedado for a
mesma do obsedante. Allan Kardec nada falou
sobre isso. “Aprendemos” ainda que, no além,
quem estiver distraído corre o risco de ser
dominado por uma entidade malévola. Isso
porque existe obsessão tanto cá quanto lá...
Quem for desta para melhor, que fique de o-
lhos bem abertos!
176
às voltas com o resultado de complexa trama
de obsessão. Onde será que a magoada moça
irá parar? Parece que a doutora desencavará
traumas sem fim na mente de Adélia. Isso
porque em vez de livrá-la das superstições as
alimenta cada vez mais...
177
nhar nosso propósito. Ele antecipou nosso gesto
e desviou nossas projeções magnéticas.
178
de! Com base no embate entre a equipe do
Dr. Lacerda e o mago pirracento, é possível
extrair algumas conclusões “interessantes”.
Vejamos:
• A apometria é um procedimento
médico revolucionário, pois trata
tanto de males dos viventes,
quanto dos que passaram para o
outro plano, ou seja, serve para
curar doenças dos vivos e dos
mortos!
179
ciência se esclarecessem melhor
essa sensacional utilização da fí-
sica quântica no trato com mal-
feitores da esfera espiritual...
180
Célia Resende responsabiliza-se por afiançar que “a téc-
nica da apometria revela-se uma poderosa arma no trata-
mento de inúmeros focos de neuroses e psicoses”. Trata-
se de uma declaração firme que, num primeiro momento,
pode fazer crer que estaríamos diante de um método tera-
pêutico altamente eficaz. Entretanto, quando conhecemos
melhor as teses dessa insólita terapia, ficamos com a im-
pressão de que foram elaboradas pelos internos de um
manicômio.
181
Outra informação, também “elucidativa”:
182
mente esotéricas e de difícil comprovação. José Carlos
Palermo relaciona nada menos que 14 “problemas espiri-
tuais” que afirma serem solucionados pela apometria:
• cirurgias astrais;
• obsessão espiritual;
• auto-obsessão;
• pseudo-Obsessão;
• parasitismo;
• vampirismo;
• estigmas espirituais;
• remoção de implantes no corpo astral;
• arquepadias (magia originada em passado
remoto);
• goécia (magia negra);
• tratamentos especiais para magos negros;
• tratamento de espíritos em templos do pas-
sado;
• condução dos espíritos encarnados, em
desdobramento, para Hospitais do Astral
Superior... ”
183
va, ao estudarmos o assunto, que se trata de
uma técnica que absorve conceitos da Teosofia e
do hinduísmo... repudiamos com veemência a
catalogação dessa técnica de desdobramento
como espírita, até porque em Espiritismo não há
técnicas.
...
O método, em resumo, consistiria em se aplicar
"pulsos magnéticos concentrados e progressivos"
no "corpo astral" do paciente e, "por sugestão"
comandar-se-ia seu afastamento. Desdobrar-se-
iam o médium e o doente para contato com "enti-
dades médicas do astral" !!! Está visto que não há
a menor cientificidade no método: é um amontoa-
do de termos, sem a menor possibilidade de con-
trole científico e com o falso pressuposto de que
os Espíritos estariam à disposição dos médiuns
em dias e horas marcados. Enfim, parece-nos um
verdadeiro Ôba, Ôba espiritual...
...
Finalizando este tópico, diremos que o conheci-
mento da técnica da Apometria demonstra que a
imaginação humana não tem limites, principal-
mente quando se quer auferir dividendos com a
credulidade das pessoas, pois dentro deste barco
encontram-se alguns médicos, psicólogos, etc.,
inescrupulosos; a julgar-se pela propaganda já re-
ferida. Não citamos nomes das pessoas porque
não queremos personalizar... ”
(ISO JORGE TEIXEIRA - Psiquiatra)
184
CAPÍTULO 11
Avaliações Complementares
186
to adotado por alguns hipnoterapeutas, a
qual busca recuperar lembranças desta vi-
da, notadamente acontecimentos da infân-
cia, com fins de tratamento de distúrbios
psíquicos. A terapia de vidas passadas, ad-
voga que seja possível a recuperação de
lembranças de outras existências. Reis
Chaves misturou as coisas.
187
→ O “Arquivo acashico” é idealização oriunda
de algumas seitas do hinduísmo. Parece que
o melhor seria nominar “Registro acásico”,
em vez de arquivo. A idéia básica é a de
que existiria um registro cósmico onde es-
taria contido todo o conhecimento do uni-
verso. A discussão sobre o registro acásico
foge ao escopo desse trabalho. O que resta
destacar é que os esotéricos deleitam-se
freqüentemente com as muitas “descober-
tas” obtidas nos acásicos: supõe-se que os
“afortunados” que consigam acessar os re-
gistros acásicos são capazes de conhecer os
segredos da vida. Diversas figuras se de-
claram habilitadas para a empreitada. Um
dos mais famosos “consultores” desses re-
gistros foi o vidente norte-americano Ed-
gard Cayce. Cayce realizava “leituras” me-
diúnicas por meio de pesquisas aos acási-
cos. No entanto, aquilo que os “iluminados”
obtêm desses imaginados registros são re-
velações quase sempre ingênuas que não vão
além de caprichosos devaneios.
188
mento das gerações passadas, com o fito
de ampliar sua visão sobre a justiça de
Deus. A declaração completa diz: “Indaga,
pois, eu te peço, da geração passada, e
considera o que seus pais descobriram. Por-
que nós somos de ontem e nada sabemos,
porquanto os nossos dias sobre a Terra são
como a sombra”. Dito de outra forma, seria
aproximadamente desse modo: “nosso co-
nhecimento é irrisório, pois somos de on-
tem, mas se juntarmos nossa experiência
com a de nossos antepassados então será
possível entender melhor os propósitos do
Criador”. Como se vê, não há qualquer alu-
são ao reencarnacionismo.
189
→ O autor escorrega ao afirmar que a TVP é
uma realidade científica. Se fosse, os Con-
selhos de Psicologia e outras entidades te-
riam de aceitá-la. Nada disso ocorre: a
TVP não é recomendada por nenhum dos or-
ganismos oficiais da psicologia e da psiquia-
tria. Vimos que as postulações da TVP são
voltadas para o esoterismo e não para a ci-
ência.
1
→ No capítulo seguinte apresentamos um co-
mentário sobre o trabalho do Dr. T. Det-
hlefsen.
190
“No Brasil temos as psiquiatras Dra. Maria Teodo-
ra, da UNICAMP, com vários cursos de TVP nos
Estados Unidos, autora de “Os Viajantes”, e Pre-
sidente da SBTVP (Sociedade Brasileira de TVP),
Campinas, SP, e a Dra. Maria Aparecida Siqueira
Fontana, Presidente da ANTVP (Associação Na-
cional de TVP), Campinas, SP, e muitos outros
grandes médicos e psicólogos de todos os Esta-
dos brasileiros que o espaço não nos permite ci-
tar aqui.
Podem fazer o curso de TVP médicos e psicólo-
gos. Locais: na SBTVP, em Campinas, no INTVP
(Instituto Nacional de TVP), no Rio de Janeiro, e
na ANTVP, em Campinas e Belo Horizonte, onde
tem início uma turma, de fevereiro de 2003 a ju-
lho de 2004. Informações com os terapeutas Dr.
Luís Carlos Fróis: (031) 3213-8499 e Dr. Luís
Carlos Braga: (031) 3222 6596.
A TVP está curando as pessoas de seus males
provenientes não só de um passado propínquo,
mas também de um passado longínquo. É a nova
era da medicina. A era da TVP!”
191
Apreciemos agora um artigo sobre regressão à vida intra-
uterina, da autoria de Oswaldo Shimoda, acompanhado
de nossos comentários.
“Vida intra-uterina
Certa ocasião, uma paciente me relatou que
quando estava grávida, sempre que o seu marido
se aproximava para tocar em sua barriga, o bebê
ficava mais agitado do que o comum. Neste perí-
odo, ela sentia muita raiva e hostilidade do mari-
do, apesar de amá-lo e se darem muito bem. Ela
não conseguia entender esses sentimentos, já
que o mesmo não fazia nada que justificasse o
aparecimento desses sentimentos. Ao nascer, a
criança costumava chorar muito quando o pai a
pegava no colo. E mesmo na infância, os atritos e
os desentendimentos entre pai e filho eram muito
freqüentes. Era comum também seu filho lhe per-
guntar: “Mamãe, você gosta de mim”? Ela achava
que essas perguntas eram próprias da idade.
Ao passar pela regressão, a paciente recordou
que na vida anterior, seu namorado na ocasião
(atual marido desta vida) a obrigara a abortar a
criança (seu filho da vida atual). Essa recordação
de vida passada a fez entender, portanto, o por-
quê de seu filho insistir em lhe perguntar se ela
gostava dele, bem como sua hostilidade pelo pai,
cultivada já no útero de sua mãe. Ela veio a en-
tender também, que a sua raiva pelo marido,
quando grávida, não era dela, mas sim de seu fi-
lho, que trouxe da vida passada pelo que o pai fi-
zera com ele. Desta forma, através da TVP (Te-
rapia de Vida Passada), foi descoberto que o feto,
apesar de estar no útero materno, é capaz de
perceber tudo o que acontece ao seu redor.”
192
→ Podemos afirmar que a história tem certa
“lógica”, desde que se admita sem crítica
que a imposição ao aborto numa vida passa-
da e todas as demais situações relatadas
tenham de fato acontecido, (coisa que en-
tendemos infundada, mas, para efeito de
reflexão continuaremos). A partir do aborto
e das decorrências dele advindas, entra-
ram em ação os mecanismos reencarnató-
rios, que programaram os três a voltarem
nas equivalentes condições anteriores, pro-
vavelmente para purgarem os erros cometi-
dos.
193
→ No entanto, o Dr. Osvaldo Shimoda inter-
veio e “consertou” o problema: passando por
cima da tese kardecista de que a lembrança
das vidas passadas é maléfica, o psicólogo
sondou a mente da mãe e fê-la lembrar dos
acontecimento, o que parece ter soluciona-
do tudo... porém, podemos perguntar: será
que a esposa ficará definitivamente em paz
ao relembrar que seu marido a forçou a
abortar numa vida passada? E a criança,
quando crescer, será que cultivará algum
ressentimento contra o pai? Sem falarmos
de outras situações de discórdia e de res-
sentimentos que possam surgir...
194
existência no molde anterior. Ocorre que o
ensaio que fora realizado na entrevida de
nada valeu, pois a família veio ao mundo
carregando os traumas originais. Ora, pra
que serve, então, a entrevida? Não dizem
os reencarnacionistas que é para as pessoas
planejarem novas vivências em condições
mais satisfatórias?
195
um véu sobre a nossa consciência pré-natal ao
nascermos. Em muitos casos, é no útero materno
que encontramos as raízes dos nossos compor-
tamentos, porque o feto grava todos os pensa-
mentos e sentimentos da mãe, como se estes se
referissem a ele."
→ Seria realmente interessante se o doutor
pudesse comprovar que o feto grava todos
os pensamentos e sentimentos da mãe como
se fossem seus!
196
“Na verdade, o inconsciente funciona como um
gravador que grava todas as informações, sem
discriminação, sem interpretá-las. Neste sentido,
a criança por nascer, é profundamente afetada
pelos acontecimentos do período de gestação
que vão moldar os padrões de comportamento
em vida. Tudo o que acontece com a mãe neste
período, pode afetá-la em sua estrutura emocio-
nal, pois ambas, mãe e criança, estão intimamen-
te ligadas e não só pelo cordão umbilical. Por is-
so, em quase toda sessão terapêutica, costumo
também investigar o período pré-natal do pacien-
te.” (Osvaldo Shimoda - shimoda@vidanova.com)
197
Aguardamos, por parte do Dr. Shimoda, esclarecimentos
adequados sobre a memória fetal, a fim de que possamos
avaliar o que prega. Até o momento, o que presenciamos
foram declarações que chegam ao patamar da irresponsa-
bilidade, considerando que advindas de um médico.
198
CAPÍTULO 12
A Legitimidade Do Regressionismo
200
“Esse... foi o caso de Marília... Num país árabe,
cerca de três séculos passados, ela fora vendida
a um sultão e, embora não soubesse, já estava
nas primeiras semanas de gravidez... " (TERAPIA
DE VIDAS PASSADAS – Célia Resende)
_______________________________
201
O trabalho com Samuel perdurou por vários me-
ses. Essas vivências serviram de base para tratar
o orgulho que muito atrapalhava sua vida. Sua
trajetória kármica, iniciada com o povo de Atlânti-
da, trazia resíduos do uso exorbitante de poder...
" (TERAPIA DE VIDAS PASSADAS – Célia Re-
sende)
202
vivera. Isso se explica por ter lido ou ouvido termos
daquele idioma que ficaram arquivados em sua mente.
Mas, para comprovar que está regredindo a uma vida
passada, não bastaria proferir palavras esparsas, seria
necessário discorrer fluentemente na língua nativa, ou ao
menos lembrar de discursos coerentes.
Usemos nossos amigos como exemplos: Lúcia, Marília e
Samuel.
Lucia teria vivido entre os incas. Dessa cultura existem
alguns registros escritos. Caso Lucia estudasse esses
registros, mesmo que conscientemente não conseguisse se
reportar nessa língua, quando hipnotizada diria algumas
frases. A situação de Marília seria mais simples. Apesar
de o árabe ser uma língua difícil para nós brasileiros,
qualquer estudante aplicado é capaz de aprendê-la. Parece
que Marília não quis ter esse trabalho, pois não falou
coisa alguma no idioma sob o qual teria vivido...
Com Samuel é mais complicado. A Atlântida é uma
lendária civilização a respeito da qual já se disse tudo o
que a imaginação possa conceber. A possibilidade de que
o continente tenha existido não é descartada. Muitas
civilizações grandiosas floresceram e morreram deixando
parcos vestígios de sua existência. O que surpreende no
caso de Atlântida é quantidade de histórias que os
esotéricos contam sobre ela, umas contradizendo outras, e
todos garantem que estão revelando os "segredos" aos
quais tiveram acesso ninguém sabe como. Há mesmo
quem afirme que ainda existem atlantes escondidos por
aí, que se comunicam com alguns iniciados...
Ainda que se admita que Atlântida tenha tido existência
real, uma coisa é certa: o idioma que falavam é
desconhecido. Samuel prestaria uma grande ajuda a
203
milhões de pessoas que almejam conhecer detalhes desse
portentoso império se nos revelasse como era a língua dos
atlantes... pena que não foi capaz...
Se formos aprofundar mais o assunto, chegaremos a
questões interessantes (e pouco confortáveis para os
regressionistas). Vejamos este caso: existem evidências
suficientes para amparar a teoria de que há cerca de 7.000
a.C. tenha existido uma civilização, cujo falar serviu de
base para dezenas de línguas surgidas posteriormente,
inclusive o grego e o latim.
Estudiosos de todo o mundo, respaldados em registros
documentais e em análises evolutivas das línguas,
puderam chegar ao que se supõem seja a expressão mais
primitiva de certa quantidade de palavras com raízes
comuns em diversos idiomas. Contudo, este é um
trabalho penoso para os pesquisadores e com resultados
pequenos em vista das dificuldades para se recompor uma
linguagem da qual existe apenas vagos indícios. Agora
vejam esse excerto de um escrito de Reis Chaves:
204
milhão de regressões e nenhum registro lingüístico digno
de referência! Parece brincadeira...
205
lembranças. Tolice. No mais das vezes, as palavras não
passam de meia dúzia de expressões já conhecidas, que
de nada serviriam para quem quisesse pesquisar o tal
linguajar. E, mesmo assim, esses eventos são tão raros
dentro do universo das regressões que não servem sequer
para estatística.
Almejaríamos também que as regressões nos trouxessem
outras coisas concretas, por exemplo: muitas lembranças
falam da "ciência" oculta de povos antigos,
destacadamente da Atlântida e do Egito. Há quem afirme
ter aprendido segredos da "complexa ciência" desses
povos. Entretanto coisa alguma de consistente revelam.
São numerosas declarações do tipo: "vivi no Egito, eu
era um sacerdote que dominava técnicas de
ressuscitação dos mortos". A tal declaração
responderíamos: Ótimo! Então nos ensine essa tão
magnífica técnica! Imaginem quantos benefícios a
humanidade terá! Desgraçadamente, quando chega a hora
de ser objetivo, o propalado conhecimento se esvai na
fumaça da fantasia...
206
gua e tudo o mais teriam de estar presentes
e com clareza suficiente para não ensejar
dúvidas.
207
THORWALD DETHLEFSEN
208
“Outro relato impressionante foi escrito por uma
secretária de 20 anos sobre sua encarnação no
Egito, quando também o faraó tinha 20 anos. Ca-
be aqui a pergunta se a voluntária podia falar
aquele idioma antigo. A resposta é afirmativa.
A condução das sessões é sempre em alemão,
para podermos garantir uma estreita ligação entre
mim e o paciente; é um acordo mútuo que
estabelecemos no início das experiências, visto
que a interrupção da comunicação fluente levaria
à extinção do elo que nos une. Entretanto, posso
provocar o paciente no sentido de me dar respos-
tas na língua original. Esse procedimento é ado-
tado, principalmente, em ocasiões em que a pes-
soa demonstre um domínio fluente e seguro de
uma língua estrangeira. Todavia, podemos apri-
morar tal desempenho ao longo de sessões pos-
teriores.
Infelizmente, falta-me o tempo necessário para
desenvolver o conhecimento de uma língua anti-
ga através do nosso trabalho, a fim de que pos-
samos classificá-la como uma língua estrutural-
mente correta. Pesquisas nesse sentido estão
programadas para uma etapa posterior, não só
com respeito à língua como também a habilida-
des específicas, como tocar piano, ou outro ins-
trumento, etc."
209
Entretanto, os fatos negam essa assertiva. Seria
relativamente simples resolver a dificuldade de
comunicação: ele poderia gravar os discursos dos
pacientes quando se expressassem em línguas antigas.
Depois submeteria as gravações a especialistas, para que
avaliassem adequadamente o material.
Por curiosidade, destacamos no texto acima a admirada
declaração do escritor: "Outro relato impressionante foi
escrito por uma secretária de 20 anos sobre sua
encarnação no Egito... ". O psicólogo assombrou-se da
secretária recordar uma vivência no Egito! Se soubesse
das numerosas "recordações" egípcias obtidas por Célia
Resende, Brian Weiss e vários outros, não ficaria tão
deslumbrado... .Se soubesse que pacientes de Brian
Weiss sabiam como ressuscitar os mortos... (o
excepcional nessas "lembranças" é que esses regredidos
recordam que sabiam praticar a ressuscitação, mas não
passam daí. Se foram instados a que nos digam como era
o processo, "percebem" que já não sabem mais o que
diziam ter sabido... )
Realizamos um exame no livro de Dethlefsen em busca
de exemplos da alegada versatilidade de seus pacientes
em falar línguas antigas. Nada! O psicólogo
esporadicamente lhes solicita que repitam uma ou duas
palavras no idioma remoto. O paciente atende, mas
demonstra grande dificuldade em articular termos
simples. A demonstração é pobre, muito pouco em vista
da importância desse aspecto crucial para o
reconhecimento do regressionismo! Veremos a seguir
exemplo de uma sessão regressionista conduzida por
Dethlefsen:
210
"(a letra "H" especifica o hipnotizador; "V" é o
voluntário)
...
H: ... qual seu nome?
V: Ruth.
H: Ruth de quê?
V: Não sei.
H: Seu nome é só Ruth?
V: Sim.
H: Em que ano estamos?
V: Não sei.
H: Nem aproximadamente?
V: 100.
H: Em que país você está?
V: Na Terra Santa.
H: Por que esse lugar é santo?
V: Por que Deus fala conosco.
H: Quem são vocês?
V: Nós pertencemos a uma estirpe.
H: Qual é essa estirpe?
V: Somos macabeus.
H: Conte-me algo sobre sua estirpe.
V: Nós vivemos em barracas... Meu pai é um
homem muito poderoso.
H: Qual o nome dele?
V: Hohas.
H: Como?
211
V: Hohas, eu acho.
H: Você está diante de seu pai. Diga alguma
coisa a ele na sua língua. Fale com ele como
costuma fazer sempre.
V: Honaihn... eu não devo falar com ele.
H: E porque não?
V: Devemos esperar que ele fale primeiro.
H: O que ele acabou de dizer a você?
V: hot maihn, senhor.
H: E o que você responde?
V: Eu sempre vou buscar água... É preciso andar
muito para encontrar água... [a paciente foge à
pergunta que a obrigaria falar no idioma natal]
H: Onde você costuma ir buscar água?
V: Eu não sei... ando... ando e não encontro
nada... então vou à montanha.
H: Você sabe o nome da montanha?
V: Ela não tem nome... lá existe água.
H: Onde?
V: Ela vem da montanha... meus lábios estão
secos e eu estou muito cansada... mas esse tipo
de coisa a gente não pode dizer.
H: Mas você pode beber água agora.
V: Não.
H: Por que não?
V: ... é para meu pai.
H: Como se diz água na sua língua?
V: Eu não sei... brut... flepp." [demonstra grande
dificuldade em falar uma palavra simples!] ... "
212
(A Regressão a Vidas Passadas como
Método de Cura)
213
"No primeiro ano de Ciro, rei dos persas, a fim de
cumprir a palavra do Senhor pronunciada pela
boca de Jeremias... " (Esdras 1:1)
214
na "montanha"... Ela diz que "anda, anda e não encontra
nada... ", errado! A moça teria de conhecer a localização
do poço. Saber onde havia água era procedimento
rotineiro para os nômades.
O mais gritante dessa "recordação" de Ruth ocorre
quando o psicólogo regressionista a pressiona para que
fale no idioma da época. A moça ora desconversa, ora faz
um grande e malsucedido esforço. Ao final não mostra de
forma alguma que tenha capacidade de reproduzir o falar
da personagem que dizia ter sido.
Percebe-se que a paciente de Dethlefsen estava a
trabalhar com informações superficiais sobre o período da
história que imaginava ter vivido. Como não possuía
conhecimentos mais profundos a respeito da época, sua
história estava repleta de incorreções.
Se for com exemplos desse tipo que Thorwald Dethlefsen
pretende demonstrar que seus pacientes são capazes de
falar línguas antigas, fica muito difícil acatar seu
argumento!
A nosso ver a maior contradição sobre a tese
regressionista de Dethlefsen encontramos nessa
declaração:
215
O que ele está a dizer é que precisaria aprofundar a
pesquisa, a fim de confirmar se seus pacientes realmente
falam as línguas das civilizações que teriam conhecido.
Ora, em ciência é essencial esclarecer uma questão que
faça parte do contexto sob averiguação, antes que uma
teoria possa ser elaborada. Dethlefsen declara que os
estudos precisam ser ampliados, para se confirme a
veracidade das regressões, mesmo assim defende o
regressionismo como um fato consolidado! Não há
congruência! Ele já aceitou a legalidade das regressões
antes de esclarecer os pontos duvidosos!
Quando muito, o que Dethlefsen tem em mãos é uma tese
provisória, amparada por eventos muito fracos. O
psicólogo, certamente, terá de se esforçar muito até que
nos traga uma teoria convincente.
216
CAPÍTULO 13
218
gião; oferecem, pela primeira vez, ao homem, e-
lementos para compreender a si mesmo e aos
seus semelhantes...
...
...
219
Entretanto, se os contatos com Rhine foram produtivos
para esclarecer algumas das dúvidas de Berstein, a se-
mente não frutificou. Aos poucos Morey Berstein se dei-
xou cativar por considerações nebulosas e idéias com
pouca fundamentação foram por ele acatadas como ve-
rossímeis. O cuidado revelado nas experiências iniciais
cedeu lugar ao fascínio por questões místicas. Berstein
abraçou algumas teses esdrúxulas e a elas se apegou sem
reservas.
220
Exemplos disto são convenientemente localiza-
dos no passado longínquo ou, quando num pre-
sente próximo, têm tantos furos lógicos e experi-
mentais que nem sequer podem ser descritos
como ingênuos! Dizer a um indivíduo hipnotizado
que é alguém que viveu num outro século, numa
terra diferente e que será capaz de responder a
todas as perguntas, dá em resultado muitas ve-
zes ele acreditar e desempenhar o devido papel.”
(O Hipnotismo – Realidade e Ficção – F.L.
Marcuse)
221
Em realidade, Edgard Cayce era bem informado sobre
osteopatia, estudara homeopatia e conhecia medicamen-
tos fitoterápicos. Esse razoável conhecimento médico não
o impediu de emitir diagnósticos ridiculamente incorretos
e prescrever medicações inócuas para doenças graves,
como câncer e a tuberculose. Fatos não comentados por
Berstein em sua empolgada apologia ao profeta.
222
preciar a luz moral e espiritual que ardia em lâm-
padas que não fosse a da sua própria religião.
Era verdadeiramente ignorante quanto ao ensi-
namento principal do hinduísmo e do budismo ―
a reencarnação.” (O Caso de Bridey Murphy –
pág. 89)
223
“Como estava na biblioteca, achei que seria boa
idéia consultar o fichário para ver se havia quais-
quer outras contribuições interessantes sobre o
mesmo assunto. Deparei com uma definição inte-
ressante: “Reencarnação é o plano pelo qual as
criaturas imperecíveis e conscientes recebem os
corpos físicos adequados à sua fase de desen-
volvimento”.
224
a reencarnação Voltaire falaria de “nascer
várias vezes”, em vez de um “segundo
nascimento”, que é uma figura típica do con-
ceito ressurrecionista.
225
se quando a memória do paciente chegava até à
infância ou até ao nascimento, o médico continu-
ava a indagar, sondando ainda os tempos anteri-
ores, investigando o mistério de lembranças an-
tes do nascimento.
226
O livro de Berstein causou grande celeuma. Simpatizan-
tes da reencarnação rejubilavam, pois a ansiada prova das
múltiplas vidas teria sido encontrada. Mesmo tendo pre-
sente o ensino de Allan Kardec da impossibilidade de
lembrar vidas passadas, espíritas acataram com satisfação
a história de Bridey Murphy. Ainda hoje, alguns nomes
de destaque no meio espírita, como Hermínio Carvalho
Miranda, ainda admitem a veracidade do relato.
227
Diversos jornais publicaram as revelações de Berstein, o
que deu maior força à história. Quando o livro foi publi-
cado o caso ganhou repercussão internacional. No entan-
to, alguns homens de imprensa não se contentaram em
reportar o caso, decidiram investigar se eram verazes as
lembranças de Bridey Murphy.
228
da a veracidade das lembranças regressionistas. Infeliz-
mente, alguns psicólogos, que deveriam mais do que nin-
guém conhecer tal característica e evitar a aplicação da
hipnose incorretamente, a utilizam da forma desaconse-
lhada pelos especialistas.
229
mente voltará a tempos passados, até ver uma
cena e, por mais estranho que pareça, até que
você se veja em algum outro lugar, em outra épo-
ca. Quando eu lhe dirigir novamente a palavra,
contar-me-á o que vê. Você poderá falar-me a
respeito e poderá responder às minhas pergun-
tas. E agora, descanse e relaxe o corpo enquanto
as cenas lhe vêm ao espírito... Agora você vai
contar-me, agora você vai contar-me quais as ce-
nas que vêm ao espírito... Que viu? Que viu?
― Uhmm... Friday.
― Friday.
230
― E onde você mora?
― Uhm-uhm.
― Kathleen.
231
Até o nome da vizinha de Virgínia Tighe era sintomati-
camente semelhante à da personagem que ela criara: a
senhora chamava-se Bridie Murphey Corkell.
232
CAPÍTULO 14
Conclusão
234
duas posições distintas: alguns apóiam ostensivamente o
regressionismo, outros o condenam com firmeza.
235
os espíritas estão ligados indiretamente à TRVP,
por razões que veremos adiante. ...
...
Até aí, tudo bem! Compreende-se esta atitude,
quando possivelmente estejam querendo evitar
que estas práticas venham instalar-se nos cen-
tros espíritas. Já temos neles problemas demais.
Porém, o que esses profissionais parecem não
entender, é que nós que militamos no Movimento
Espírita, precisamos saber de algumas particula-
ridades dessa técnica pela simples razão de que
grande parte dos "clientes" são os espíritas ou
simpatizantes do Espiritismo. Como a teoria re-
encarnacionista está intimamente ligada ao pro-
cesso, as pessoas acabam ligando uma coisa a
outra. Além disso, existe uma velada propaganda
da nova moda nos centros espíritas. ...
...
A Dra.Maria Júlia Prieto Perez, considerada uma
autoridade nesta prática, tem afirmado repetidas
vezes que esta técnica de terapia alternativa,
quando mal utilizada, oferece perigo aos seus
praticantes. Não explica quais. Deveria fazer um
trabalho de cunho científico, ao alcance da socie-
dade, informando-a a respeito. Um fato que a
médica parece não levar em consideração, e que
nos parece fundamental, é a condição profissio-
nal do terapeuta. Afirma que qualquer deles, da
área médica ou psicológica, pode utilizar a técni-
ca, desde que seja preparado pelo Instituto criado
por ela, não importando, inclusive, se tenha ou
não conhecimentos no campo das ciências da
mente. Diz ainda não ser necessário que o tera-
peuta creia na reencarnação para se utilizar dos
métodos regressivos. ...
...
Alegam os terapeutas que defendem a TRVP,
que por ela o paciente libera cargas emotivas re-
primidas no inconsciente, instaladas ali por expe-
riências infelizes, oriundas de outras vidas ou vi-
236
vências. Quem vive o trabalho espírita sabe que,
quando isso é necessário, os instrutores desen-
carnados provocam os tais "sonhos", em quem
esteja precisando, durante o período de sono,
que todos nós, naturalmente, vivenciamos. Estes
sonhos fazem o indivíduo se conscientizar do
porquê sofre. ...
...
A médica Maria Júlia, maior propagadora da idéia
no Brasil, tem procurado justificar a utilização
desta terapia alternativa, fazendo-se valer de uma
colocação existente em O Livro dos Espíritos,
questão 339, que diz que o passado de uma cria-
tura pode lhe ser revelado em "certas circunstân-
cias". Para isso utiliza e divulga a técnica. Entre-
tanto, existem ao menos uma dezena de textos
nas obras de Allan Kardec, em que os Espíritos
Superiores afirmam que a lembrança do passado
não traria benefício algum, podendo inclusive per-
turbar o ser encarnado. Além do mais, a técnica
hoje é usada de forma larga e se difundiu de ma-
neira perigosa, fora dos domínios do seu Instituto.
...
...
Diremos que, enquanto permanecer como está,
como uma ciência de homens, sem fundamentos
morais e sem aprovação da comunidade científi-
ca, a TRVP - Terapia Regressiva a Vivências
Passadas, deve ser considerada pelo bom senso
espírita uma terapia não recomendada a quem
quer que seja."
(Site Nova voz - Grupo Espírita Bezerra de
Menezes)
237
vo de grande preocupação entre os dirigentes, pois se o
ensino de Allan Kardec for desacreditado, em virtude da
popularização da TVP no meio espírita, será uma tragédia
para o espiritismo latino. Os espíritas que aderem tão ale-
gremente à TVP não percebem que estão a criar dificul-
dades para sua própria crença.
238
AS INCONSISTÊNCIAS DO REGRESSIONISMO
239
A História e a Arqueologia seriam altamente favorecidas
se as lembranças tivessem real profundidade. Até hoje
essas ciências não foram beneficiadas: os que regridem
não revelam qualquer informação importante.
240
Alguns pesquisadores perceberam que o método de traba-
lho da TVP tem semelhança com a técnica psicanalítica.
Ocorre que o procedimento tradicional, de buscar traumas
arquivados no inconsciente, é substituído pela idéia de
cavar traumas em vidas passadas: passa-se a caçar num
imaginoso passado respostas para os males do espírito.
241
FINALMENTE...
242
as realizações daquele povo, apresentará uma narrativa
medíocre.
243
É claro que o resultante de uma sugestão direcionada não
seria uma “autêntica” recordação, visto que advém de
uma sugestão inculcada ao paciente. Apesar disso, tais
lembranças são ricas em detalhes e quase sempre melhor
elaboradas que as supostas lembranças reais. Portanto,
tanto faz uma recordação induzida (falsa) quanto uma
lembrança livre (“real”) que o resultado é o mesmo. Ne-
nhuma garantia existe de que quaisquer recordações se-
jam verazes.
244
UMA INDAGAÇÃO...
____________________
245
pessoas. Acreditamos que tenha ficado clara a falta de
fundamentação para a TVP. Citamos vários autores por
necessidade de analisar especificamente escritos que ver-
teram sobre o assunto. A crítica às idéias desses profis-
sionais não deve ser entendida como um juízo global so-
bre suas personalidades. Célia Resende, Brian Weiss,
José Reis Chaves, Oswaldo Shimoda e outros demons-
tram conhecimentos apreciáveis sobre diversos assuntos,
além de possuírem formação técnica em várias áreas;
rebatemos suas apologias à TVP, tal não significa que
estendamos as críticas a outros segmentos em que atuem.
Moonnttaallvvããoo
M..M
M
246
PRINCIPAIS OBRAS CONSULTADAS
20 Casos Sugesti- Stevenson, Ian; tradu- Editora Difusora Cultural –
vos de Reencarna- ção de Agenor Pega- 1966
ção do e Sylvia Melle
Pereira da Silva
247
PRINCIPAIS OBRAS CONSULTADAS
Compêndio Moder- Huisman, Denis; Freitas Bastos – 1964
no de Filosofia André Vergez
248
PRINCIPAIS OBRAS CONSULTADAS
O Hipnotismo – Marcuse, F.L.; tradu- Editora Ulisseia – Lisboa –
Realidade e Ficção ção M.Marques da 1959
Silva
249