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Jorge Mate

Eduardo Samuel Chemane

Osvaldo do Cadir Daniel Muchuane

Licenciatura em Ensino de física


1º ano

Relatório
Tema: estudo sobre as leis do movimento retelíneo uniforme

Universidade Pedagógica de Maputo


Faculdade de Ciências Naturais e Matemática
Departamento de Física

Maputo, 2024
Índice

Introdução........................................................................................................................................3

Objectivos....................................................................................................................................4

Objectivo geral:.......................................................................................................................4

Objectivos específicos:............................................................................................................4

Resumo teórico................................................................................................................................5

Procedimentos..................................................................................................................................7

Conclusão......................................................................................................................................15

Referências Bibliográficas.............................................................................................................16
Introdução

No âmbito da Mecânica Clássica, o estudo das leis do movimento retilíneo e uniforme é


fundamental para compreendermos os princípios básicos que regem o deslocamento de corpos
em trajetórias lineares com velocidades constantes. Neste experimento de Mecânica Clássica,
exploramos as leis do movimento retilíneo e uniforme através de uma abordagem prática e
visualmente elucidativa. Utilizando um tubo de vidro estreito como simulação de uma trajetória
retilínea, acompanhamos o deslocamento de uma bolha de ar, representando nosso objeto em
movimento. Posteriormente, empregamos uma máquina especializada, conhecida como soprador,
capaz de reduzir o atrito a quase zero, para proporcionar condições ideais de movimento. Com
isso, obtivemos um carrinho elétrico como objeto de estudo, permitindo-nos investigar de forma
precisa e controlada os princípios fundamentais delineados por Newton.
Objectivos
Objectivo geral:
 Elaborar as leis dos espaços e das velocidades do movimento retilíneo uniforme, através
da análise experimental de um sistema simulado em laboratório.

Objectivos específicos:
 Confirmar experimentalmente os conceitos da velocidade e da aceleração
 Investigar e compreender as relações entre espaço e tempo durante o movimento retilíneo
uniforme, utilizando dados obtidos da trajetória da bolha de ar no tubo de vidro estreito.
 Analisar os padrões de variação da velocidade ao longo do tempo durante o movimento
retilíneo uniforme, visando estabelecer uma relação matemática entre essas grandezas.
 Realizar experimentos controlados com o carrinho elétrico em condições de baixo atrito,
a fim de confirmar os conceitos teóricos de velocidade constante e ausência de
aceleração.
Resumo teórico

O movimento retilíneo e uniforme é descrito por duas leis fundamentais de Newton. A primeira,
a Lei da Inércia, afirma que um objeto permanece em seu estado de movimento uniforme, a
menos que uma força externa atue sobre ele. A segunda, a Lei Fundamental da Dinâmica,
relaciona a força aplicada a um objeto com sua massa e aceleração. Em um movimento retilíneo
e uniforme, a aceleração é zero, indicando que a força resultante sobre o objeto é nula, mantendo
sua velocidade constante. Durante o experimento, simulamos este movimento em um tubo de
vidro estreito e com o carrinho elétrico em condições de baixo atrito. Nosso objetivo é confirmar
experimentalmente essas leis, analisando a relação entre espaço e tempo, bem como as variações
da velocidade ao longo do tempo. Este estudo visa aprofundar nossa compreensão dos princípios
básicos da física e sua aplicação em situações práticas.

Velocidade é uma grandeza vetorial que caracteriza a rapidez ou a lentidão do movimento de um


corpo.

O módulo da velocidade da partícula, isto é, a velocidade escalar é sempre positiva e não


transmite informação direcional.

No caso de movimento com rapidez constante o gráfico que representa aposição em função do
tempo é uma linha reta de inclinação constante. Com isso, pode-se concluir que quanto maior
for a inclinação maior será a velocidade.

O movimento retelíneo uniforme é caracterizada por uma velocidade constante numa trajetória
rectelínea.

Volocidade constante, significa que um móvel percorre espaços iguais em intervalos de tempos
iguais ou aceleração é nula (a=0)
A equação do espaço para este tipo de movimento é: X(t)=X0+Vt

O deslocamento de um corpo à velocidade constante é equivalente à área sob o gráfico v(t) entre
os momentos correspondentes. Porém, só podemos determinar o deslocamento e não a posição
do corpo. Para isso precisamos obter a posição inicial do objecto que não se indica no gráfico.

O material que foi usado para esta experiência:

 Tubo de vidro de 47cm de comprimento, contendo um líquido e uma bolha de ar;


 Cronômetro
 Marcador
 Fita métrica
 Carinho elétrico
Procedimentos

Para a primeira experiência, isto é, com a o bastão de vidro e a bolha de ar prosseguimos de


seguinte modo:

1. Deixamos um espaço para iniciar a contagem de tempo é marcamos as distâncias de


14cm, 28cm e 42cm;
2. Daí colocamos o tubo na posição vertical;
3. Registramos 5 vezes o tempo que a bolha leva para passar pelos marcamos;
4. Então preenchemos a tabela 1 para as distâncias 14cm, 28cm e 42cm.
5. E então calculamos a velocidade e os seus respectivos erros.

Tabela 1 para 14 cm

N° Tempo ? t i (s) 2 2
(? t i ) [ ( s ) ] v (cm/s ) ? v¿ ?v v max ¿ v min ¿
%
(s) v

1 3.28 0.6 0.36 4,46cm/s 0,76 9,19 5,7cm/s 4,74cm/s


%
2 2.56 0.12 0.0144 5,46cm/s 0,24

3 2.82 0.14 0.0196 4,96cm/s 0,26

4 2.43 0.25 0.0625 5,76cm/s 0,54

5 2.3 0.38 0.1444 6,09cm/s 0,87

Media 2.68 0.298 0,089 5,22cm/s 0,48

Nº Tempo (s) ∆ t=¿ t−t∨¿ ∆t ∆t


∙100 %
t t
Erro absoluto

7
Erro relativo Erro relativo %
1 3,28 0.6 0,223 22,3%
2 2,56 0.12 0,044 4,4%
3 2,82 0.14 0,052 5,2%
4 2,43 0.25 0,093 9,3%
5 2,3 0.38 0,16 16%
Media 2,68 0.298 0,114 11,4%

∆x
v=
∆t

14 cm
v= =v=5 , 22cm/ s
2, 68 s

Erro absoluto de Velocidade

∆ v=¿ v−v∨¿

∆ v 1=|4 , 46 cm/ s−5 ,22 cm/ s|=0 , 76

∆ v 2=|5 , 46−5 , 22|=0 ,24

∆ v 3=|4 , 96−5 , 22|=0 , 26

∆ v 4 =|5 ,76−5 , 22|=0 ,54

∆ v 5=|6 ,09−5 , 22|=0 , 87

0 , 76+0 , 24+ 0 ,26+ 0 ,54 +0 , 86


∆ v= =0 , 48
5

Depois disso seguem os cálculos do erro relativo percentual da velocidade

∆v
100 %
v

8
0 , 48
∙ 100 %=0,0092=9 ,2 %
5 , 22

v min=v−∆ v=5 , 22−0 , 48=4 , 74 cm/ s

v max=v +∆ v=5 , 22+ 0 , 48=5 ,7 cm/ s

Tabela 1 para 28 cm

N° Tempo ? t i (s) 2 2
(? t i ) [ ( s ) ] v (cm/s ) ? v¿ ?v v max ¿ v min ¿
%
(s) v

1 6.36 0.75 0,5625 4,4 0,6 5,4% 5,27cm/s 4,73cm/s

2 5.35 0.26 0,067 5,23 0,23

3 5.64 0.03 9∙ 10−4 4,96 0.04

4 5.32 0.29 0,084 5,26 0,26

5 5.37 0.24 0,057 5,21 0,21

Media 5.61s 0.31 0,096 5,0cm/s 0,27

A tabela abaixo mostra os erros do tempo que foi medido na distância de 28 cm

Tabela de erros do tempo para 28 cm

Nº Tempo (s) ∆ t=¿ t−t∨¿ ∆t ∆t


∙100 %
t t
Erro absoluto
Erro relativo Erro relativo %
1 6.36 0.75 0,133
2 5.35 0.26 0,046

9
3 5.64 0.03 0,00534
4 5.32 0.29 0,051
5 5.37 0.24 0,042
Media 5.61s 0.31 0,0554

O mesmo processo aplicado na primeira tabela foi feito para a segunda tabela, então o passo a
repetição de alguns passos.

Usamos o tempo médio das 5 experiências para determinara a velocidade.

E para determinar a velocidade usando o tempo de 5 experiências fica subentendida apenas


olhando para o cálculo abaixo:

∆x
v=
∆t

28 cm
v= =v =5 cm/s
5 , 61 s

Erro absoluto de Velocidade

∆ v=¿ v−v∨¿

∆ v 1=|4 , 4 cm/s−5 cm/s|=0 ,6

∆ v 2=|5 , 23−5|=0 , 23

∆ v 3=|4 , 96−5|=0 , 04

∆ v 4 =|5 , 26−5|=0 , 26

∆ v 5=|5 , 21−5|=0 , 21

0 , 6+0 , 23+0 , 04 +0 , 26+0 , 21


∆ v= =0 , 27
5

Depois disso seguem os cálculos do erro relativo percentual da velocidade para 28cm

10
∆v
100 %
v

0 ,27
∙ 100 %=0,0054=5 , 4 %
5

v min=v−∆ v=5−0 , 27=4 , 73 cm/ s

v max=v +∆ v=5+0 , 27=5 ,27 cm/s

Para calcular o Erro da velocidade não nos distanciamos do processo feito para determinação do
erro da velocidade da tabela 1 para 14 cm.

Tabela 1 para 42cm

N° Tempo ? t i (s) 2 2
(? t i ) [ ( s ) ] v (cm/s ) ? v¿ ?v v max ¿ v min ¿
%
(s) v

1 9.13 0.71 0,504 4,6 0,4 6,8% 5,34cm/s 4,66cm/s

2 7.98 0.44 0,193 5,61 0,61

3 8.46 0.04 0,0016 4,46 0,54

4 8.2 0.22 0,0484 5,12 0,12

5 8.34 0.08 0,0064 5,035 0,035

Media 8.42 0.29 0,0151 5cm/s 0,34

A tabela abaixo mostra os erros do tempo que foi medido na distância de 42 cm

Tabela de erros do tempo para 42cm

Nº Tempo (s) ∆ t=¿ t−t∨¿ ∆t ∆t


∙100 %
t t
Erro absoluto
Erro relativo Erro relativo %
1 9.13 0.71 0,084
2 7.98 0.44 0,052

11
3 8.46 0.04 0,00475
4 8.2 0.22 0,026
5 8.34 0.08 0,0095
Media 8.42 0.29 0,0352

Olhando para o cálculo abaixo, podemos observar como determinamos a velocidade e os erros da
mesma velocidade.

∆x
v=
∆t

42 cm
v= =v=5 cm/ s
8 , 42 s

Erro absoluto de Velocidade

∆ v=¿ v−v∨¿

∆ v 1=|4 , 6 cm/s−5 cm/ s|=0 , 4

∆ v 2=|5 , 61−5|=0 , 61

∆ v 3=|4 , 46−5|=0 , 54

∆ v 4 =|5 ,12−5|=0 ,12

∆ v 5=|5,035−5|=0,035

0 , 4+ 0 , 61+ 0 ,54 +0 , 12+0,035


∆ v= =0 , 34
5

Erro relativo percentual da velocidade para 42cm

∆v
100 %
v

0 ,34
∙ 100 %=0,0068=6 , 8 %
5

12
v min=v−∆ v=5−0 , 34=4 ,66 cm/s

v max=v +∆ v=5+0 , 34=5 , 34 cm/s

Procedimentos para a realização da segunda experiência com o carinho elétrico.

6. Marcamos 5 distâncias separadas em 30 cm uma da outra.

7. Daí registramos o tempo que o carinho leva para percorrer cada distância na tabela 2.

Tabela 2

S(cm) 30cm 60cm 90cm 120cm 150cm S(cm)


t(s) 0.342s 0.698s 1.067s 1.442s 1.835s t(s)
V(cm/s) 87.71 85.95 83.34 83.21 81.74 V(cm/s)

Para o tempo da tabela acima, medimos 5 vezes a calculamos a média para obter o tempo médio
que é o tempo mais aproximado da realidade.

Abaixo constam os cálculos da velocidade e os resultados podem ser apreciados na tabela.

∆x
v=
∆t

30 cm
∆ v 30 cm= =87 , 71 cm/s
0,342 s

60 cm
∆ v 60 cm= =85 , 95 cm/ s
0,698 s

90 cm
∆ v 90 cm= =83 , 34 cm/ s
1,067 s

120 cm
∆ v 120cm = =83 ,21 cm/ s
1,442 s

13
150 cm
∆ v 150cm = =81 ,71 cm/s
1,835 s

 Depois disso construímos o gráfico s-t (espaço em função do tempo) com os dados da
tabela acima.
 E fizemos uma análise dos resultados que obtivemos desse mesmo gráfico.

Análise dos resultados que obtivemos desse mesmo gráfico

O gráfico saiu como esperado para experiência sendo uma linha recta com inclinação contínua
para cima indicando a velocidade do móvel em relação ao espaço e o tempo.

A linha apresenta uma inclinação com um ângulo que dá entender a sua grande velocidade.

14
Conclusão

O experimento realizado proporcionou uma compreensão mais profunda das leis do movimento
retilíneo e uniforme, estabelecidas por Isaac Newton. Através da simulação de trajetórias lineares
e da análise do deslocamento e da velocidade em condições controladas, pudemos confirmar
experimentalmente a validade dessas leis fundamentais da física. Observamos que, quando não
há forças externas atuando sobre um objeto, sua velocidade permanece constante ao longo do
tempo, conforme previsto pelas leis de Newton. Além disso, a relação entre deslocamento e
velocidade nos permitiu entender melhor como as grandezas estão interligadas e como podem ser
descritas matematicamente. Este estudo não só reforçou conceitos teóricos, mas também
ressaltou a importância da experimentação e da análise de dados para a confirmação e aplicação
prática das leis físicas. Assim, este relatório contribui para uma base sólida de conhecimento em
mecânica clássica e sua relevância na compreensão e predição de fenômenos físicos no mundo
real.

15
Referências Bibliográficas

https://www.google.com/search?q=movimento+rectilineo+uniforme&oq=
movimento+rectilineo+uniforme&aqs=chrome.

YOUNG, H.D. FREEDMAN,R.A. Física I mecânica (Sears e Zemansky). 10. Ed. Adisson
Wesley, 2004.

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