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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL

DE PERNAMBUCO

Relatório de Determinação das propriedades fí sicas da madeira


do gênero Pinus sp.

Equipe: Igor Gomes Marçal; Winiston Miguel da Silva e Moab Sales das
Neves Junior
Departamento de Ciências Florestais
Curso: Engenharia Florestal
Data: 24/03/23
Sumá rio
Relatório de Determinação das propriedades físicas da madeira.................................................................................................1
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................................1
2. MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................................................................................2
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................................................................................5
4. CONCLUSÕES...................................................................................................................................................................... 6
5. REFERÊNCIAS....................................................................................................................................................................... 7
1. INTRODUÇÃO

O gênero Pinus é composto por cerca de espécies de árvores e arbustos pertencentes à


família Pinaceae. Popularmente conhecidos como pinheiros, apresentam folhas em forma de
agulhas agrupadas em fascículos, estrutura cônica, madeira resistente e são amplamente
distribuídos em todo o mundo. São notáveis por seu crescimento rápido e tolerância a
diferentes tipos de solo, sendo frequentemente plantados em florestas comerciais para
produção de madeira. No entanto, as características das espécies de Pinus podem variar e
algumas delas têm comportamento invasor em certas regiões.
O gênero Pinus é amplamente conhecido por suas espécies arbóreas utilizadas em diversas
indústrias, desde a produção de papel e celulose até a construção civil. No entanto, a madeira
de Pinus também é valorizada por suas propriedades físicas e mecânicas, que a tornam uma
opção atraente para muitas aplicações. Entre essas propriedades estão a sua densidade,
resistência, durabilidade e facilidade de processamento, que a tornam uma matéria-prima
versátil para a fabricação de produtos de alta qualidade. Este relatório foi realizado com base
nas atividades práticas em laboratório feita por estudantes da Universidade Federal Rural de
Pernambuco com o objetivo de estudar propriedades físicas e com isso estimar os possíveis
usos das madeiras das espécies do gênero pinus.
2. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento, foi realizado no Laboratório de Tecnologia da Madeira, da Universidade


Federal Rural de Pernambuco, UFRPE. As Propriedades Físicas da madeira foram medidas
por meio de ensaios de laboratório, usando equipamentos especializados, e seguindo
normas que prescrevem os métodos (Norma ABNT NBR 7190/97), procedimentos, fórmulas
de cálculo, formas e dimensões dos corpos de prova, entre outros requisitos.
Foram empregados oito corpos de prova (CP) de um mesmo espécime de Pinus sp. com
dimensões aproximadas de 2 x 3 x 5 cm, para a análise.
Para tanto, os corpos de prova foram saturados em água e possibilitando a obtenção da
massa umida na balança analítica, e também foi possível a realização da determinação
préviamente do volume por meio da técnica do “deslocamento de água”, sendo observado o
quanto de água foi deslocado ao imergir os corpos de prova na água. Além disso, foram
feitas as medições com o paquímetro em três lugares (topo, meio e base) nas faces
tangencial e radial, e em dois lugares (1 e 2) na face longitudinal.

Tg Rd Volume -
Tg Topo Tg Base Rd Topo Rd Base Long 1 Long 2 Massa
Meio Meio Desloc. de água
Amostra cm cm cm cm cm cm cm cm g cm³
1 2,15 2,15 2,16 1,96 1,96 1,93 9,84 9,84 42,44 41,50
2 2,15 2,15 2,15 2,06 1,99 1,98 10,00 9,98 44,68 43,50
3 2,18 2,16 2,17 2,25 2,27 2,07 9,71 9,69 50,71 46,73
4 2,16 2,20 2,15 2,17 2,14 2,19 9,97 9,90 50,38 45,89
5 2,17 2,16 2,16 2,20 2,17 2,18 9,88 9,89 51,36 46,24
6 2,16 2,15 2,16 2,30 2,25 2,25 9,92 9,83 50,62 48,37
7 2,15 2,15 2,16 2,22 2,20 2,23 9,84 9,82 51,43 46,91
8 2,17 2,17 2,20 2,04 2,11 2,06 9,92 9,79 46,96 43,48
Média 2,16 2,15 2,16 2,18 2,15 2,13 9,90
9,84 50,50 46,07
0,086
Desv. Padão 0,0083 0,0154 0,0143 0,1178 0,1132 0,1169 0,0903 2 3,4501 2,2766
Coef de variação 0,38 0,72 0,66 5,40 5,26 5,50 0,91 0,88 6,83 4,94
Tabela 1:Valores dos CP saturados
Depois da determinação do valores úmidos dos corpos de prova, estes foram
posteriormente colocados em uma estufa a 40°C, por cerca de duas semanas, e finalmente
foram colocados em estufa a 103°C até chegarem em 0% de umidade.
Sendo feito novamente as medições, agora para o corpo de prova seco, da massa ,com
balança analítica, e das três faces do corpo de prova seco, com paquímetro.

Rad
Tg Topo Tg Meio Tg Base Rad Meio Rad Base Long 1 Long 2 Massa
Topo
Amostra cm cm cm cm cm cm cm cm g
1 2,04 2,00 2,02 1,88 1,86 1,85 9,85 9,85 22,20
2 1,99 2,01 2,03 1,94 1,89 1,90 9,99 9,98 22,19
3 2,00 1,98 1,99 2,10 2,12 1,94 9,71 9,67 23,89
4 1,97 1,99 1,98 2,05 2,01 2,06 9,95 9,91 24,13
5 2,02 1,98 1,99 2,08 2,02 2,05 9,90 9,84 24,20
6 1,99 1,98 1,98 2,19 2,12 2,12 9,95 9,86 23,76
7 1,98 1,97 1,99 2,06 2,07 2,10 9,80 9,78 25,06
8 2,00 1,98 1,98 1,91 1,98 1,92 9,78 9,77 23,04
Média 1,99 1,98 1,99 2,05 2,01 1,99 9,879,84 23,83
0,095
Desv. Padão 0,0216 0,0118 0,0184 0,1065 0,0984 0,1038 0,0975 0 1,0093
Coef de variação 1,08 0,60 0,93 5,19 4,89 5,21 0,99 0,96 4,24
Tabela 2:Valores dos CP secos

De posse das massas e das medidas das dimensões lineares nos três pontos mencionados, foram
calculadas as seguintes variáveis de interesse:

● Teor de Umidade (TU):

TU = [(Pu – Ps) /Ps] *100

Onde:
TU (%)= Teor de umidade em %
Pu= Peso úmido da madeira em
gramas Ps= Peso seco da madeira em
gramas
● Densidade aparente:

D= M/V

Onde:
D= Densidade
aparente M= Massa
V= Volume

● Densidade básica:

D= M(0%)/ V(verde)

Sendo:
D= Densidade básica
M= Massa do material seco
V= Volume do material
verde

● Contração linear:

BL= (Lu-Ls/Lu) * 100

Onde:
BL- Contração linear
Lu - dimensão do corpo de prova
úmido Ls - dimensão do corpo de prova
seco

● Contração Volumétrica:

BV= (Vu- Vs/ Vu) * 100


Sendo:
BV= Contração
Volumétrica Vu- volume
úmido
Vs - volume seco

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Coef de variação
Propriedade Média Desvio Padrão
(%)
Teor de Umidade (%) 107,01 7,39 6,91
Densidade aparente saturada (g/cm³) 1,07 0,03 2,94
Densidade aparente saturada (desl. água)
(g/cm³) 1,08 0,03 3,14
Densidade aparente seca (g/cm³) 0,60 0,02 3,45
Densidade aparente básica (g/cm³) 0,52 0,01 2,78
Densidade aparente básica (desl. água) (g/cm³) 0,52 0,01 2,86
Contração tangencial (média) (%) 8,06 0,99 12,32
Contração tangencial (meio) (%) 8,15 0,87 10,65
Contração radial (média) (%) 5,77 0,87 15,09
Contração radial (meio) (%) 5,90 0,65 10,95
Contração longitudinal (média) (%) 0,07 0,33 483,22
Contração volumétrica (%) 13,22 1,84 13,93
12,284
Contração volumétrica (desl. água) (%) 6 1,9051 15,5076
Fator anisotrópico (%) 1,33 0,12 8,98
Tabela 3: Propriedades físicas para a madeira de Pinus sp.

Quanto a densidade aparente saturada foi possível observar que os volumes obtidos
através das medidas normais em balança analítica apresentaram valores semelhantes aos
alcançados com o método de deslocamento de água. Logo, os resultados da densidade
aparente em ambos os casos tiveram valores de média muito similares.

Comparando a perda de densidade do corpo saturado para o seco, pôde-se observar uma
redução de 44% da densidade aparente.

Já quanto a densidade básica, semelhantemente a densidade aparente saturada, os


resultados dos dois metodos tiveram valores muito parecidos. Com o valor sendo de
0,52g/cm³ de densidade básica, podendo ser classificada como média.
Os valores das contrações tangenciais, radiais e longitudinais foram respectivamente
8,06%, 5,77% e 0,07%. Com os valores tangencias e radiais tendo valor razoavelmente alto,
mas o longitudinal foi um valor práticamente irrizório.

Além disso, os valores contração volumétrica, um para cada método, tiveram uma
diferença de quase 1%. Mesmo assim, pode-se observar que os números são altos, então
essa elevada contração volumétrica pode dificultar muito a utilização industrial dessa
espécie de Pinus sp.

Para o resultado do Fator anisotrópico é importante dizer que uma madeira com o valor
de 1,33% é considerado muito estável dimensionalmente, sendo um resultado bem
interessante para o uso comercial da espécie.
4. CONCLUSÕES

Considerando-se os resultados obtidos para a massa específica aparente, pode-se


classificar a madeira do Pinus sp. como média, tendo uma boa resistência mecânica. Quanto
à contração e ao coeficiente de anisotropia da madeira, os resultados verificados para a
madeira de Pinus sp. podem ser considerados razoavelmente elevados na contração
longitudinal e radial, porém baixo no restante indicando certa estabilidade para a madeira.
Concluindo que a madeira da espécie Pinus sp. tem uma qualidade considerada boa para
usos que exigam moderadamente da resistência da mesma, podendo ser empregada em
vários usos comerciais.
5. REFERÊNCIAS

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS. IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas.


Disponível em: https://www.ipt.br/. Acesso em: 23 mar.2023

NASCIMENTO, Alexandre Miguel do; OLIVEIRA, José Tarcisio da S.; LUCIA, Ricardo Marius D. Classificação e
propriedades da madeira de pinus e eucalipto. Floresta e Ambiente, v. 8, n. único, p. 27-35, 2012.

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