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Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul–UNIJUÍ

ATIVIDADE LABORATORIAL DE ANÁLISE DE AMOSTRA


DE SOLO
Ana Paula Antonello¹, Fernanda Baldissera¹, Jordana Fracaro¹, Pedro Carnacini¹,
Vitória Leal¹, André Luis Block.²

RESUMO

Na Engenharia Civil, conhecer o solo e seu comportamento é de extrema importância,


tanto para o planejamento de fundações, para o controle de compactação, para evitar
manifestações patológicas na futura obra, quanto para possibilitar a preservação dos lençóis
freáticos, além de gerar segurança e economia de recursos. Além, de existir uma grande
diversidade na classificação dos solos, uma vez que são diferentes tipos e cada um apresenta
determinados limites e particularidades. Neste trabalho, apresentam-se os procedimentos e os
resultados obtidos acerca da realização da atividade prática laboratorial. Nesta, realizaram-se
diversos ensaios do solo, visando conhecê-lo, compreender seu comportamento e agregar
conhecimentos.

1. INTRODUÇÃO

Os solos se originam da decomposição de partículas orgânicas e minerais que foram


depositadas em horizontes em decorrência do intemperismo: ação de vento, calor, chuva, frio,
organismos como fungos e bactérias, que desgastaram os materiais de origem. O objetivo da
classificação dos solos, sob o ponto de vista de engenharia é o de poder estimar o provável
comportamento do solo ou, pelo menos, o de orientar o programa de investigação necessário
para permitir a adequada análise de um problema. Todas as obras de engenharia civil requerem
o conhecimento do comportamento e das características do solo para a concepção de projetos,
e, o discernimento desses dados está diretamente ligado ao desempenho e durabilidade da
construção. Por isso, a análise laboratorial de amostras de solo é necessária para se conhecer a
sua classificação e possível comportamento do mesmo. Junto com os ensaios no laboratório,
existem normas que norteiam a realização de cada teste de solo, como um estudo prévio do
terreno para analisar sua topografia e seu histórico, possibilitando uma melhor visualização do
perfil do terreno, evitando problemas futuros nas obras e reduzindo gastos.

1.1 Descrição do local


Dessa forma, realizou-se ensaios para determinação da caracterização física, índices
de consistência, granulometria, compactação e índice de suporte de Califórnia de uma amostra
de solo, coletada no dia 28 de abril de 2022, do município de Santo Ângelo/RS, na região sul
da cidade, localizada na rua da Bandeira, situada no bairro Kurtz, próximo ao Residencial Yami.
Com as coordenadas 28°19’09.1”S, 54º16’21,5”W

1 Acadêmico (a) de Engenharia Civil pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
2 Professor Dr. em Engenharia Civil PPGEC/UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul–UNIJUÍ
ATIVIDADE LABORATORIAL DE ANÁLISE DE AMOSTRA
DE SOLO
Ana Paula Antonello¹, Fernanda Baldissera¹, Jordana Fracaro¹, Pedro Carnacini¹,
Vitória Leal¹, André Luis Block.²

Figura 1: Local de retirada do solo

Fonte: Autoria própria

Figura 2: Município de Santo Ângelo/RS Figura 3: Local da retirada do solo

Fonte: Wikipédia Fonte: Google Maps

2. RESULTADOS E CARACTERIZAÇÃO
2.1 Granulometria
A análise da granulometria do solo, foi realizada a partir dos ensaios de peneiramento
e sedimentação, conforme a NBR 7181. Com uma parte do solo não modificado, anteriormente
separado, inicia-se o ensaio de peneiramento triturando-o no almofariz até que o mesmo
passasse na peneira 10.

Figura 4: Etapas do ensaio de Granulometria


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DE SOLO
Ana Paula Antonello¹, Fernanda Baldissera¹, Jordana Fracaro¹, Pedro Carnacini¹,
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Na sequência, realiza-se os peneiramentos grosso e fino, a fim de se obter as


porcentagens das partículas passantes e retidas, referentes aos diâmetros considerados, para
realização e representação da distribuição granulométrica. A partir do solo passante na peneira
com abertura de malha 2mm, retira-se 79,39 gramas para o processo de sedimentação. Para dar
início ao ensaio, transfere-se o solo para uma cápsula cerâmica onde se adiciona 125 mililitros
da solução de hexametafosfato de sódio e água destilada e, em seguida, reserva-se o material
por 24 horas. Após, coloca-se material no copo de dispersão e completa-se o volume com
água destilada e, posteriormente, agita-se a solução por 15 minutos. Em seguida, passa-se a
mistura para uma proveta de vidro e adiciona-se água destilada até a marca de 1000 mililitros,
a partir disso, tampa-se a boca da proveta com a mão e, com o auxílio da outra, realiza-se
movimentos para agitar a mistura por 1 minuto. Após se põe a proveta em repouso, onde, com
uso de um densímetro e um termômetro, realizam-se leituras de tempos determinados para o
preenchimento da tabela de sedimentação. Ao finalizar as leituras, lava-se o solo na peneira de
malha 0,075mm e o material retido na mesma é levado à estufa para posterior peneiramentos
nas malhas 1,18; 0,60; 0,42; 0,25; 0,15 e 0,075mm e anota-se as massas retidas em cada peneira.

Figura 5: Proveta de vidro usada para distribuição granulométrica

Tabela 1: Sedimentação
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Sedimentação
Massa Esp.sólidos (g/cm³): 2,904 Peso úmido (g): 79,39 Peso seco (g): 77,42
Tempo Temperatura Viscosidade Densidade Correção Altura Queda Diâmetro (%) Amost.
Decorrido (ºC) (g.s\cm2) L Ld (cm) (mm) Total < Diâm.
30 seg 20 1,02701E-05 1,0420 1,00415 12,03 0,0624 74,53
1 min 20 1,02701E-05 1,0415 1,00415 12,12 0,0443 73,55
2 min 20 1,02701E-05 1,0400 1,00415 12,4 0,0317 70,59
4 min 20 1,02701E-05 1,0380 1,00415 11,67 0,0217 66,66
8 min 20 1,02701E-05 1,0365 1,00415 11,95 0,0155 63,7
15 min 20 1,02701E-05 1,0340 1,00415 12,41 0,0116 58,78
30 min 20 1,02701E-05 1,0315 1,00415 12,87 0,0083 53,86
1 hora 20 1,02701E-05 1,0300 1,00415 13,15 0,006 50,9
2 hora 19 1,05228E-05 1,0270 1,00432 13,71 0,0044 44,66
4 hora 19 1,05228E-05 1,0250 1,00432 14,08 0,0031 40,72
8 hora 18 1,07853E-05 1,0230 1,00449 14,45 0,0023 36,45
24 hora 18 1,07853E-05 1,0250 1,00449 14,08 0,0013 40,39

Tabela 2: Resultados do Peneiramento

Peneiramento
Ph #10 (g): 74,75 Ph #4 (g): 1098
Ps #10 (g): 73,57 Ps #4 (g): 1080,6
Peneiras Mat. Retido Material que passa (g) (%)
Nº mm (g) Parcial Total Passante
25 100
19 100
12,5 100
9,5 1289,25 100
4 4,8 4,6 1284,65 99,64
10 2 10,78 1273,87 98,81
16 1,18 0,45 73,12 98,20
30 0,6 0,42 72,7 97,64
40 0,42 0,6 72,1 96,83
50 0,25 0,89 71,21 95,64
100 0,15 3,07 68,14 91,51
200 0,075 3,31 64,83 87,07

Tabela 3: Teor de umidade e porcentagens do material.

Percentagens
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Argila: 44,15%

Silte: 41,74%

Areia Fina: 11,60%


Areia Média: 1,84%
Areia Grossa: 0,62%

Pedregulho: 0,05%

Gráfico 1: Representação da curva Granulométrica

2.2. Limites de consistência


Os limites de consistência são os teores de umidade limites entre os estados de
consistência dos solos e foram estudados pelo engenheiro químico Albert Atterberg e, por essa
razão, também são chamados de limites de Atterberg.
Para o ensaio, utilizou-se o processo de secagem prévia, de acordo com a norma que diz respeito
à preparação para ensaios de caracterização, NBR 6457, 2016. As operações preliminares se
baseiam em secar a amostra em estufa, até próximo da umidade higroscópica, homogeneizar a
amostra, triturando-a no almofariz e, por fim, reduzir a quantidade de material até se obter uma
amostra em quantidade suficiente para realização dos ensaios de limites de liquidez e
plasticidade. Posteriormente, deve-se passar o material na peneira de malha 0,42 mm, a fim
de se obter aproximadamente 200g de material passante.

Figura 7: Amostra de solo sendo triturada no almofariz


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2.3. Determinação do limite de liquidez


A determinação do teste é realizada conforme a NBR 6459, sendo através do aparelho
de Casagrande e basicamente consiste na quantidade de umidade que tem o solo quando a
ranhura é fechada com o impacto de 25 golpes.
Emprega-se o processo de amostra preparada com secagem prévia e, portanto, coloca-
se a mesma na cápsula de porcelana, adiciona-se água destilada em pequenos incrementos e,
com o intuito de obter uma pasta homogênea com consistência tal que sejam necessários
aproximadamente 35 golpes para fechar a ranhura, amassa-se com o auxílio da espátula. Na
sequência, coloca-se parte da amostra na concha, de forma que a espessura no centro resulte em
aproximadamente 10mm e, com o auxílio do cinzel, abre-se uma ranhura vertical, separando-a
em duas partes. Em seguida, inicia-se os golpes com a alavanca do aparelho com o intuito de
fechar a ranhura feita anteriormente. Anota-se o número de golpes que foram necessários e
coleta-se uma pequena amostra para depositar na cápsula metálica. Essa pequena amostra deve
ser pesada e colocada em estufa para então se obter seu teor de umidade. Para dar continuidade
ao ensaio, adiciona-se mais água destilada e repete-se o procedimento anterior quatro vezes,
sempre adicionando mais água destilada ao iniciar, de modo a obter cinco resultados,
demonstrados a seguir.

Figura 8: Etapa do ensaio de limite de liquidez

As amostras foram armazenadas, respectivamente nessa ordem, nas cápsulas de


números 1, 11, 12, 13 e 26.
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A partir dos resultados, realizou-se a tabela, com os respectivos números de golpes para cada
amostra, e a partir da mesma, fez-se o gráfico com a reta que torna possível a identificação do
teor de umidade aos 25 golpes, teor correspondente ao limite de liquidez.

Tabela 4: Resultados do ensaio de determinação de limites de liquidez

LIMITE DE LIQUIDEZ
Cápsula no. 1 11 12 13 26
C+S+A g 10,66 9,94 10,87 11,52 12,28
C + solo g 9,11 8,39 9,03 9,44 10,01
Água g 1,55 1,55 1,84 2,08 2,27
Cápsula g 6,09 5,43 5,71 5,62 6,07
Solo g 3,02 2,96 3,32 3,82 3,94
Umidade % 51,32 52,36 55,42 54,45 57,61
GOLPES 34 28 20 15 10

Gráfico 2: Limite de Liquidez


GRÁFICO LIMITE DE LIQUIDEZ

40
35
Número de Golpes

30
25
20
15
10
5
0
41,0 42,0 43,0 44,0 45,0 46,0 47,0 48,0 49,0 50,0 51,0 52,0 53,0 54,0 55,0 56,0
Umidade (%)

2.4. Limite de plasticidade


Sua determinação é realizada conforme a NBR 7180, através do cálculo da
porcentagem de umidade presente no solo quando amostras cilíndricas feitas a partir do mesmo,
fraturam-se.
Empregou-se o processo de amostra preparada com secagem prévia e, portanto, coloca-se a
mesma na cápsula de porcelana, adiciona-se água destilada em pequenos incrementos com o
intuito de obter uma pasta homogênea de consistência plástica. O tempo ideal para esta
homogeneização deve compreender entre 15 minutos e 30 minutos. Posteriormente, toma-se
aproximadamente 10 g da amostra e forma-se uma pequena bola para em seguida ser rolada
sobre a placa de vidro com pressão suficiente para lhe dar a forma de um cilindro. Se a amostra
se fragmentar antes de atingir o diâmetro de 3mm, que pode ser analisado com o auxílio do
gabarito cilíndrico, deve retorná-la à cápsula de porcelana e adicionar água destilada,
homogeneizar por mais 3 minutos e repetir o procedimento de formar a pequena bola e amassá-
la.
A partir dos procedimentos realizados e dados coletados foi possível realizar a tabela onde foi
possível identificar os índices de plasticidade do solo.
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Tabela 5: Limite de plasticidade

2.5. Massa específica real


O solo manipulado neste ensaio foi o passante na peneira com abertura de malha igual
2mm. Separou-se duas amostras de quantia semelhante em duas cápsulas metálicas que,
posteriormente, encontravam-se na estufa para estarem secas. Após o solo estar seco, colocou-
se uma das amostras dentro de um picnômetro com auxílio de um funil e se pesou o conjunto.
Em seguida, adicionou-se água destilada no frasco até o solo ser coberto pela mesma, então,
conectou-se uma bomba de sucção na ponta do recipiente, por cerca de 20 minutos, para retirar
todos os vazios. Após retirar o ar, completou-se o picnômetro com água destilada e se
pesou o conjunto novamente.

Figura 9: Etapas do ensaio de massa especifica real


Após o ensaio foram coletados os pesos dos picnometros para
tirar a média em g/cm³ da massa especifica real.
Tabela 6: Massa especifica real

MASSA ESPECÍFICA REAL


PESOS PIC 1 PIC 2
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P1 (P) 140,12 133,27


P2 (P+S) 281,43 276,51
P3 (P+S+A) 742,02 713,08
P4 (P+A) 649,2 619,19
ME1 | ME2 140,120 133,270
MÉDIA (g/cm³) 136,695
Diferença: 6,850

2.6. Compactação
A NBR 7182 tem em vista a determinação da relação entre o teor de umidade e a massa
específica aparente seca, sendo que, para o ensaio de compactação, são especificadas três
diferentes energias que podem ser utilizadas: a energia normal, a intermediária e a modificada.
Primeiramente, separou-se 7 amostras de 2500 gramas e, a partir disso, esparramou-se uma das
amostras em uma bandeja metálica, de forma que a mesma mantivesse um formato circular para
facilitar o procedimento de umedecer o solo. Em seguida, com auxílio da proveta de vidro,
adicionou-se, vagarosamente, uma quantidade de 600 mililitros de água.

Figura 10: Etapas do ensaio de compactação

Posteriormente, misturou-se o solo, manualmente, até que toda a porção ficasse


homogênea, ainda se retirou uma quantia dessa mistura e colocou-se em uma cápsula metálica
(previamente pesada) que, subsequentemente, seria posto na estufa. Na próxima etapa, em um
cilindro metálico, no qual constava um filtro de papel com função de prevenir que o material
ficasse aderido à base, colocou-se o solo homogeneizado distribuído em três camadas
semelhantes, sendo que cada camada recebeu 26 golpes com auxílio de um soquete de metal.
Nesse processo, deve-se tomar cuidado para que após a compactação da última camada o solo
não fique abaixo do nível mínimo, ou seja, abaixo da junta entre o cilindro e o colarinho. Após
a conclusão da compactação da terceira camada, faz-se a escarificação, com ajuda de espátula,
do material em contato com a parede do colarinho e retira-se o mesmo, em seguida realiza-se a
remoção e o rasamento da amostra com amparo da régua biselada
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Figura 11: Etapas do ensaio de compactação: mistura do solo com água e processo
de compactação em cilindro metálico

Por final, pesa-se o cilindro e a amostra e extrai-se o solo do cilindro. Repetiu-se todo
esse procedimento mais quatro vezes, sendo que em cada repetição, adicionou-se 50 mililitros
a mais que o procedimento anterior. Portanto, no segundo processo utilizou-se 650 mililitros,
no terceiro 700 mililitros, no quarto 750 mililitros e no quinto 800 mililitros. A medida em que
iam se finalizando as misturas, retirava-se uma pequena amostra do solo para colocá-lo em uma
cápsula e, posteriormente, ir ao forno

A partir dos dados apresentados na tabela, utilizando-se coordenadas cartesianas, é possível


traçar a curva de compactação, encontrada no gráfico.

Tabela 7: Ensaio de compactação

Gráfico 3: Curva de compactação


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Para se obter os valores da massa específica aparente seca e da umidade ótima, deve-se
analisar o ponto mais alto da curva de compactação e a partir deste ponto traçar uma linha
vertical e uma linha horizontal. Portanto, com base neste ensaio, pode-se perceber que o solo
tem uma umidade ótima de 29,80% e a massa específica aparente seca é igual a 1426 g/cm3.

2.7. Índice de suporte califórnia (cbr)


O Índice de Suporte Califórnia (ISC) ou California Bearing Ratio (CBR) trata-se de
um ensaio que busca avaliar a resistência do solo compactado para sua aplicação em base, sub-
base ou subleito. O ensaio também fornece o valor de expansibilidade do solo, pois em uma
parte do ensaio o solo encontra-se imerso em água, fornecendo índices da perda de resistência
do solo com sua saturação. Este ensaio baseia-se através da razão entre a pressão necessária
para penetrar um pistão cilindro padronizado em um corpo de prova de determinado solo. O
método para realização deste ensaio baseou-se na norma NBR 9895.
Para a realização do ensaio, utilizou-se dos mesmos procedimentos de secagem do solo
caracterizados anteriormente. Separou-se uma amostra de 7 kg de solo passante na peneira 4,8
mm, dos quais se utilizou 5,9 kg. De acordo a NBR 7182, pode-se realizar este ensaio com
diferentes energias de compactação, sendo elas a normal, intermediária e modificada. A partir
disso, empregou-se a energia de compactação Normal em um corpo de prova distribuída em
cinco camadas de solo com doze golpes cada. Este solo foi misturado com a quantidade
necessária de água para atingir a umidade ótima, sendo essa de 29,80% descrita no ensaio
de compactação.
Leu-se no extensômetro ao primeiro dia (0,00 mm) e ao quarto dia (0,780 mm).
Obtendo uma expansão de 0,68%

EXPANSÃO
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Data Hora Leitura Difer. Exp.


06/mai 0,000 0.000

07/mai 0.000
08/mai 0.000
09/mai 0.000
10/mai 0,780 0.780

PENETRAÇÃO
Tempo em Penetr. em Leitura PRESSÃO I. S. C.
min. mm. Deflec. Calc. Corr. %
0,5 0,63 22,00 2.29 2.29

1,0 1,27 32,00 3.34 3.34


1,5 1,90 38,00 3.96 3.96
2,0 2,54 44,00 4.59 4.59 6.650415072
3,0 3,81 54,00 5.63 5.63
4,0 5,08 63,00 6.57 6.57 6.348123478
6,0 7,62 76,00 7.93 7.93
8,0 10,16 89,00 9.28 9.28
10,0 12,70 0.00 0.00

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos ensaios realizados e resultados obtidos, conseguimos chegar a uma análise
do solo onde aponta que ele é argiloso, além de outras características, como: descobrir a
umidade ótima que é aquela em que o solo atinge a maior massa específica aparente seca
máxima, fator que determina a deformação do solo. A densidade aparente seca ou massa
especifica seca. Limite de liquidez que determina a consistência do solo. Limites de
plasticidade, no qual é determinado o limite em que o solo começa a se quebrar em pequenas
peças, quando enrolado em bastões de 3mm diâmetro. Sua compactação na qual é definida sua
densidade máxima. E por fim, seu índice de suporte de Califórnia que avalia a resistência do
solo à penetração de um cilindro. Destacando também a importância de uma análise de solo
para estudar o seu comportamento, histórico e ver quais são suas características.

4. REFERÊNCIAS
Engenharia, APL. ENTENDA SOBRE A CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS: TIPOS,
GRANULOMETRIA E LIMITES DE CONSISTÊNCIA. Disponível em:
https://blog.apl.eng.br/entenda-sobre-a-classificacao-dos-solos-tipos-granulometria-e-limites-
de-consistencia/. Acesso em 12 jun. 2022.

PINTO, C. Curso Básico de Mecânica dos solos. 3 ed. Oficina de textos, 2001.
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SOLO, Sondagens e construções. ENSAIO DE GRANULOMETRIA. Disponível em:


https://www.solosondagem.com.br/ensaio-granulometria. Acesso em 12 jun. 2022.

Suporte. CONSISTÊNCIA DO SOLO - ENSAIOS GEOTÉCNICOS - ENSAIOS DE


LIMITE DE LIQUIDEZ (LL) E DE PLASTICIDADE (LP). Disponível em:
https://www.suportesolos.com.br/blog/consistencia-do-solo-ensaios-geotecnicos-ensaios-de-
limite-de-liquidez-ll-e-de-plasticidade-
lp/33/#:~:text=Limite%20de%20Plasticidade%20(LP)%3A,o%20solo%20se%20comporta%2
0plasticamente. Acesso em 13 jun. 2022.

Suporte. COMPACTAÇÃO DE SOLOS, ENSAIOS GEOTÉCNICOS, O ENSAIO E AS


ENERGIAS DE COMPACTAÇÃO. Disponível em:
https://www.suportesolos.com.br/blog/compactacao-de-solos-ensaios-geotecnicos-o-ensaio-e-
as-energias-de-compactacao/68/. Acesso em 15 jun. 2022

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