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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Engenharia Mecânica

Relatório Termometria

BELO HORIZONTE - MG
2023
Sumário

2. Objetivo.......................................................................................................................................................
3. Revisão bibliográfica..................................................................................................................................
4. Metodologia.................................................................................................................................................
4.1 Materiais...............................................................................................................................................
4.2 Procedimento........................................................................................................................................
5. Resultados....................................................................................................................................................
6. Conclusão.....................................................................................................................................................
7. Bibliografia..................................................................................................................................................
1. Introdução

Os termopares, também conhecidos como pares termoelétricos, desempenham um


papel crucial na medição de temperatura em diversos setores industriais. São
sensores de temperatura simples, resilientes e de baixo custo, encontrando aplicação
em uma ampla variedade de processos. Sua capacidade de medição abrange uma
vasta faixa de temperaturas, tornando-os a escolha ideal. Desde temperaturas
negativas na ordem das dezenas até valores superiores a milhares de graus Celsius,
os termopares se destacam como os sensores mais adequados.

Compostos por dois metais distintos unidos em suas extremidades e conectados a


um termômetro termopar ou a outro dispositivo compatível, os termopares formam
um circuito fechado. Esse circuito gera uma força eletromotriz sempre que as duas
junções (T1 e T2) se encontram em temperaturas diferentes. Diante de tais
características, os termopares emergem como os sensores de temperatura mais
amplamente utilizados em todo o mundo.

2. Objetivo
O objetivo deste relatório é realizar a calibração de um termopar tipo K, um
termopar tipo T. Através desse processo, buscamos determinar com precisão as
características de medição de temperatura desses sensores, garantindo a
confiabilidade e exatidão das medições em uma variedade de faixas térmicas. A
calibração minuciosa desses dispositivos é essencial para assegurar a conformidade
com padrões de medição, contribuindo para a qualidade e precisão dos processos
industriais nos quais esses sensores serão empregados.

3. Calculos
Interpolação realizada pela equação abaixo para encontrar os valores de temperatura para o
termopar do tipo T, com base nos valores encontrados na tabela do livro Temperature
Handbook.
Y = ( X - X0 ) × ( Y1 - Y0) ÷ ( X1 - X0) + Y0
4. Metodologia
4.1 Materiais

Os materiais empregados neste experimento específico incluíram:

1. Termopar tipo K
2. Termopar tipo T
3. Termômetro de mercúrio e banho
4. Controlador digital
5. Sensores para medição das temperaturas associadas ao termopar tipo K e
tipo T (Cabeça de junção de termopar tipo K e Sensor de junção de
termopar tipo T)

6. Banho

Esses elementos foram selecionados para permitir a calibração precisa dos


termopares e das resistências de platina, garantindo a obtenção de resultados
confiáveis e reprodutíveis nas medições de temperatura.
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4.2 Procedimento

Determinação da Temperatura Ambiente de Referência:

Inicialmente, foi executada a medição da temperatura ambiente por meio de um


termômetro de vidro de referência. O valor resultante foi registrado com a finalidade
de ser utilizado no cálculo das leituras do termopar tipo T, conforme abordado no
embasamento teórico.

Estabilização da Temperatura Inicial:

O controlador digital foi configurado com um valor de partida de 30,8°C, conforme


definido pelo grupo. Aguardou-se até que o sistema de aquecimento atingisse a
estabilização térmica. A leitura correspondente fornecida pelo instrumento de
referência foi anotada para posterior referência.

Calibração dos Instrumentos no Banho Térmico:

Os instrumentos a serem calibrados foram inseridos individualmente no recipiente


do banho térmico. Cada leitura indicada pelos instrumentos foi cuidadosamente
registrada na tabela de registros correspondente.

Obtenção de Novos Valores de Referência:

Valores adicionais de temperatura de referência foram adquiridos, e para cada um


desses valores, as respectivas indicações exibidas pelos instrumentos sob teste foram
meticulosamente documentadas.

Aquisição de Dados Através de Grandezas Elétricas Auxiliares:

Para viabilizar a medição de temperatura nos instrumentos de interesse, utilizou-se


equipamentos auxiliares de medição de grandezas elétricas. A partir dessas
grandezas e das relações previamente estabelecidas no início deste relatório, foi
possível determinar os valores de temperatura correspondentes às indicações dos
instrumentos.

Repetição e Ampliação da Amostragem:


O procedimento detalhado acima foi executado de forma repetida para 20 diferentes
valores de temperatura, abrangendo a faixa de interesse e garantindo a consistência
dos resultados obtidos.

Observações:

● Cada etapa do experimento foi conduzida com meticulosidade, assegurando

a precisão das medições.

● O controle do sistema de aquecimento foi efetuado através do controlador

digital, proporcionando um ambiente controlado e estável.

● Múltiplas repetições foram realizadas para atestar a confiabilidade dos dados

adquiridos.

5. Resultados
Medição T. Banho T. Bulbo TP Tipo K TP Tipo T T amb
(n°) (°C) (°C) (mV) (mV) TP Tipo T (°C) (°C)

1 30,8 30 0,29 0,272 29,97 23

2 34,9 34,7 0,393 0,431 34 23

3 37 37 0,43 0,36 31,15 24

4 39,7 40 0,595 0,604 38,37 23

5 42 41 0,597 0,62 39,77 24

6 44,8 44 0,791 0,824 43,85 23

7 46,9 46 0,835 0,803 44,32 24

8 49,7 49 1,009 0,996 48,09 23

9 51,9 51 1,018 1,07 50,9 24

10 54,6 54 1,178 1,223 53,6 23

11 56,9 56 1,24 1,277 55,95 24

12 59,6 59 1,41 1,4 57,92 23

13 61,6 61 1,44 1,492 61,14 24

14 64,6 64 1,576 1,638 63,61 23

15 66,5 66 1,66 1,735 66,93 24


16 70,6 70 1,853 1,863 68,95 23

17 71,4 71 1,88 1,96 72,23 24

18 76,3 76 2,069 2,21 78,04 24

19 79,3 79 2,241 2,363 81,58 24

Tabela dados obtidos

Gráfico 1 - Temperatura do Banho em função dos Termopares.

Fonte - Elaborado pelos autores

Gráfico 2 - Temperatura do Banho em função da temperatura do bulbo.


Fonte - Elaborado pelos autores

Gráfico 3 - Comparação T.Banho com TP tipo T encontrado pelo HB.

Fonte - Elaborado pelos autores.

6. Conclusão
Com o término deste experimento, é evidente que os termopares demonstraram
um notável nível de precisão na medição das temperaturas alcançadas. Através da
aplicação de métodos computacionais, foi possível calcular de maneira eficiente as
temperaturas registradas por cada termopar, fornecendo uma abordagem prática e
confiável.
Além disso, pôde-se constatar que o termopar do tipo T se sobressai como a
escolha mais indicada para diversas aplicações. Suas características intrínsecas
foram respaldadas pelo experimento, revelando sua aptidão superior em relação aos
demais termopares avaliados.
A análise dos resultados reforça a importância da calibração meticulosa de
sensores de temperatura, contribuindo para a integridade dos processos industriais e
a garantia de resultados precisos. Este estudo também destaca a utilidade da
modelagem computacional na interpretação dos dados obtidos, proporcionando uma
ferramenta valiosa para aferições futuras.
7. Bibliografia

● Roteiro da aula prática de termometria.


● Temperature_Handbook.
● http://portal.pucminas.br/documentos/normalizacao_monografias.pdf
● https://ecil.com.br/pirometria-2/termopares/termopar-tipo-t/
● https://ecil.com.br/pirometria-2/termopares/termopar-tipo-k/
● https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/termologia.htm

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