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Relatório de Dilatação Térmica Linear

Laboratório de Mecânica, Fluidos e Termodinâmica


Turma 05

Autores: Fátima Maria Alves Lino


Mariane Martins Casanova

Professor: Widinei Alves Fernades

17 de Maio de 2023
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Sumário
1 Objetivo 4

2 Introdução Teórica 4

3 Materiais e Métodos 5
3.1 Materiais: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.2 Procedimento: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

4 Resultados e discussão 7

5 Conclusão 8

Bibliografia 8
2

Lista de Figuras
1 Fórmula da Dilatação Linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2 Materiais Utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3 Gráfico ∆L em função de ∆T . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3

Lista de Tabelas
1 Dados das medições da variação do comprimento com a variação de temperatura 6
2 Dados de ∆L e ∆T . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3 Coeficiente de dilatação linear de alguns materiais . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4

1 Objetivo
O objetivo desta prática foi determinar o coeficiente de dilatação de um material e apontar
qual material está sendo dilatado em razão do seu coeficiente.

2 Introdução Teórica
A dilatação térmica é o fenômeno pelo qual um material se expande ou contrai em resposta
às variações de temperatura. Quando um material é aquecido, as partı́culas que o compõem
ganham energia e começam a vibrar com maior intensidade. Essa agitação térmica faz com
que as partı́culas se afastem umas das outras, resultando em um aumento nas dimensões do
material, conhecido como dilatação. Por outro lado, quando o material esfria, as partı́culas
perdem energia e as distâncias entre elas diminuem, causando contração ou contração térmica.
A dilatação térmica divide-se em 3 segmentos:

• Dilatação linear: refere-se à variação no comprimento;


• Dilatação superficial: refere-se à variação da área;
• Dilatação volumétrica: refere-se à variação no volume.

Neste caso especı́fico, embora haja uma dilatação volumétrica, a variação na altura do objeto
é mı́nima e pode ser desprezada. Portanto, é mais apropriado considerar a dilatação linear, já
que o comprimento do objeto é significativamente maior do que as outras dimensões. Dessa
forma, para uma análise simplificada da dilatação térmica, vamos nos concentrar na dilatação
linear.
A expansão térmica linear é descrita pela equação apresentada na Figura 1:

Figura 1: Fórmula da Dilatação Linear

Fonte: Elaboração própria

O coeficiente alfa de expansão térmica é uma propriedade caracterı́stica de cada material e


representa a taxa de variação do comprimento do material em relação à variação na temperatura.
No Sistema Internacional (SI), a unidade do coeficiente de expansão térmica linear é 1/°C.
Determinadas substâncias apresentam valores altos para o coeficiente de expansão térmica.
Isso significa que elas sofrem uma dilatação significativa quando aquecidas. Alguns exemplos
de substâncias com coeficientes de expansão térmica relativamente altos são o alumı́nio, o vidro
e alguns tipos de plástico.
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Ao longo deste relatório, serão apresentados os resultados experimentais da dilatação li-


near, bem como as interpretações teóricas necessárias para uma compreensão aprofundada desse
fenômeno.

3 Materiais e Métodos
3.1 Materiais:
• Dilatômetro, barra metálica, termômetro, fonte térmica, trena e relógio comparador como
demonstra a Figura 2.

Figura 2: Materiais Utilizados

Fonte: Elaboração própria

3.2 Procedimento:
O estudo deste experimento foi realizado utilizando um dilatômetro, um dispositivo que per-
mite medir a dilatação de um objeto, neste caso, uma barra de ferro. O procedimento envolveu
a montagem do dilatômetro, que consiste em conectar um tubo de borracha a um recipiente
(erlenmeyer) contendo uma resistência submersa em água. A resistência estava ligada a uma
fonte de energia elétrica para aquecer a água. Após atingir uma temperatura estável em torno de
100°C, o vapor gerado pela água aquecida foi direcionado para dentro da barra de ferro através
de um tubo plástico, causando sua dilatação.
Durante o experimento, foi fundamental posicionar corretamente o relógio comparador e o
termômetro para realizar as medições. O relógio comparador permite medir a dilatação linear
da barra de ferro, enquanto o termômetro foi utilizado para registrar a temperatura ambiente
inicial e acompanhar sua variação ao longo do experimento.
Com o dilatômetro montado e os instrumentos preparados, iniciou-se o experimento. A
resistência elétrica foi ligada e aguardou-se até que a água dentro do erlenmeyer atinja a tem-
peratura desejada, gerando vapor. Em seguida, o vapor foi direcionado para a barra de ferro,
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causando sua dilatação. Durante esse processo, as medições foram realizadas em intervalos re-
gulares de tempo, registrando a dilatação observada e a temperatura correspondente conforme
a Tabela 1 demonstra a seguir.

Tabela 1: Dados das medições da variação do comprimento com a variação de temperatura

Item ∆L (m) Tf (°C) To (°C)


0 0,00053 ± 0,0001 97 ± 0,1 21,3 ± 0,1
1 0,00051 ± 0,0001 95 ± 0,1 21,3 ± 0,1
2 0,00049 ± 0,0001 90 ± 0,1 21,3 ± 0,1
3 0,00048 ± 0,0001 85 ± 0,1 21,3 ± 0,1
4 0,00046 ± 0,0001 80 ± 0,1 21,3 ± 0,1
5 0,00042 ± 0,0001 75 ± 0,1 21,3 ± 0,1
6 0,00039 ± 0,0001 70 ± 0,1 21,3 ± 0,1
7 0,00035 ± 0,0001 65 ± 0,1 21,3 ± 0,1
8 0,00032 ± 0,0001 60 ± 0,1 21,3 ± 0,1
9 0,00027 ± 0,0001 55 ± 0,1 21,3 ± 0,1
10 0,00023 ± 0,0001 50 ± 0,1 21,3 ± 0,1
Fonte: Elaboração própria

Com a Equação 1 a seguir, deduzimos que o comprimento final (Lf) é soma da variação do
comprimento (∆T) com o comprimento inicial (Lo = 0,575 ± 0,001 m).

L f = ∆L + Lo (1)
E com a Equação 2 a seguir, deduzimos que a variação da temperatura (∆T) é igual a
subtração entre a temperatura final (Tf) e a temperatura inicial (To)

∆T = T f − To (2)
Sendo assim, podemos simplificador a Tabela 1 obtendo a Tabela 2 a seguir

Tabela 2: Dados de ∆L e ∆T

Item ∆L (m) ∆T (°C)


0 0,00053 ± 0,0001 75,7 ± 0,1
1 0,00051 ± 0,0001 73,7 ± 0,1
2 0,00049 ± 0,0001 68,7 ± 0,1
3 0,00048 ± 0,0001 63,7 ± 0,1
4 0,00046 ± 0,0001 58,7 ± 0,1
5 0,00042 ± 0,0001 53,7 ± 0,1
6 0,00039 ± 0,0001 48,7 ± 0,1
7 0,00035 ± 0,0001 43,7 ± 0,1
8 0,00032 ± 0,0001 38,7 ± 0,1
9 0,00027 ± 0,0001 33,7 ± 0,1
10 0,00023 ± 0,0001 28,7 ± 0,1
Fonte: Elaboração própria
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4 Resultados e discussão
Após a coleta dos dados de dilatação e temperatura, os resultados são analisados após serem
organizados em tabelas e foi gerado o gráfico a seguir, como demonstra a Figura 2.

Figura 3: Gráfico ∆L em função de ∆T

Fonte: Elaboração própria

Observa-se que a dilatação linear da barra de ferro está diretamente relacionada à variação
de temperatura. Quanto maior a temperatura, maior a dilatação linear. O valor de R² igual a
0.9851 indica a tendência linear dos pontos, com base nisso, pode-se afirmar que os valores se
ajustaram ao experimento sendo bem explicativo, explicando a variabilidade dos dados.

A partir da equação descrita na Figura 1 e do Gráfico ∆L em função de ∆T (Figura 3),


obtemos a equação 3 demonstrada a seguir.
∆L
= α.Lo (3)
∆T
Substituindo a função y=8E-06X dada pelo Gráfico ∆L em função de ∆T (Figura 3), obte-
remos a equação 4 demonstrada a seguir.

8.10−6 = α.Lo (4)


Logo, para determinar qual material compõe da barra, basta isolar o o coeficiente de dilatação
linear (α) e compara-lo com a Tabela 3 a seguir.

8.10−6 8.10−6
α= =α = = 13, 9−6 (5)
Lo 0, 575
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Tabela 3: Coeficiente de dilatação linear de alguns materiais

Substância α(10−6 (°C))


Alumı́nio 23
Latão 19
Cobre 17
Vidro (comum) 9
Vidro(pyrex) 3,2
Borracha dura 80
Gelo 51
Invar 0,7
Chumbo 29
Aço 11
Fonte: Material Didático - Laboratório de Fı́sica MFT UFMS

Isolando o coeficiente de dilatação linear (α) na equação 4 e substituindo com os valores


que obteve no laboratório, é possı́vel afirmar que a substância possui um coeficiente entre o aço
e o cobre. Visto isso, pode criar uma hipótese que esse material é uma liga e possui essas duas
substâncias em sua composição e por isso não encontrou um valor exato na tabela 3.

5 Conclusão
Por fim, o experimento utilizando o dilatômetro permitiu visualizar e compreender de forma
prática o fenômeno da dilatação térmica linear, e também compreender a diferença de dilatação
linear, superficial e volumétrica. Através da montagem adequada do dilatômetro e das medições
realizadas com o relógio comparador e o termômetro, foi possı́vel obter resultados consistentes
e observar o efeito da variação de temperatura na dilatação de materiais e com isso avaliar a
composição do material, saber qual substância está presente.

Referências
Notas de aula, Laboratório de fı́sica 1

David Halliday, Robert Resnick e Jearl Walker, Fundamentos de Fı́sica – vol. 2 (Gravitação, Ondas e Termo-
dinâmica), 9ª. Edição (2011) Editora LTC.

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