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introdução á filosofia-portugues
introdução á filosofia-portugues
1.Itrodução........................................................................................................................................1
1.1.Objectivos...............................................................................................................................2
1.1.1.Objectivo geral.................................................................................................................2
1.1.2.Objectivos específicos......................................................................................................2
1.2.Metodologia............................................................................................................................2
3.3.Desenvolvimento moral..........................................................................................................7
Conclusão.........................................................................................................................................9
Referências bibliográficas..............................................................................................................10
1.Itrodução.
A complexidade da Pessoa como sujeito moral é uma temática que transcende as fronteiras
disciplinares, mergulhando na interseção da filosofia, da psicologia, da ética e do direito. Ao
abordarmos este tema, somos desafiados a explorar as múltiplas dimensões que compõem a
experiência humana, desde as suas relações interindividuais até às questões metafísicas que
permeiam a sua existência.
As relações da Pessoa com o mundo, com outros seres humanos, com a natureza e consigo
mesma constituem um campo fértil para a reflexão ética. A noção de consciência moral,
permeada por graus variados de discernimento, desafia-nos a explorar os fundamentos da ética
individual e os dilemas morais que surgem no contexto das decisões humanas.
A relação da Pessoa com Deus, seja numa perspectiva teológica ou espiritual, lança luz sobre
questões existenciais e éticas profundas, enquanto a relação com o trabalho revela aspectos
éticos, sociais e pessoais da atividade laboral.
Neste contexto, este trabalho propõe-se a explorar os diversos aspectos que compõem a Pessoa
como sujeito moral, mergulhando nas complexidades e nas interconexões que definem a sua
experiência ética e moral. Ao fazê-lo, almejamos não apenas compreender a Pessoa em sua
plenitude, mas também refletir sobre o papel da ética e da moralidade na construção de
sociedades mais justas e compassivas.
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1.1.Objectivos
1.1.1.Objectivo geral
1.1.2.Objectivos específicos
1.2.Metodologia
Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o método
indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular
para uma questão mais ampla, mais geral.
Para Lakatos e Marconi (2007), Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo
de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não
contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a
conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais me baseio.
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2.Pessoa como Sujeito Moral (A Pessoa Humana)
Segundo Santos (2020) apresenta conceito de Pessoa nas várias perspectivas (Jurídica,
Psicológica, Ética, Personalista, Social, Metafísica):
A atividade moral no âmbito do sujeito é marcada por grandes transformações, que ocorreram no
ciclo histórico da humanidade desde a experiência filosófica, social, cultural, entre outras
experiências vivenciais. No desenvolvimento da humanidade, os questionamentos sobre vontade,
liberdade, atos e consciência foram dotados de grandes reflexões e direcionados unicamente para
o homem e seu entendimento (Lima, 2019)..
Segundo Mendes (2018) a necessidade de ter uma consciência individual para obter uma
responsável imagem social é também responsabilidade deste sujeito moral. Uma vez que, suas
atitudes, palavras e intenções serão questionadas e julgadas, garantirão uma ética, fundada em
princípios e valores que norteiem o viver em comunidade.
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propriedades, porém sua personalidade será mais perfeita quanto maior a consciência, e da
mesma forma, será imperfeita quanto menos consciência possuir em seus atos (Silva, 2021).
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Dignidade: A pessoa possui dignidade inerente e valor intrínseco, independentemente de
suas características individuais ou circunstâncias. A dignidade humana é universal e
inviolável, exigindo respeito e consideração por parte de todos os outros indivíduos e
instituições.
Interdependência: A pessoa está interligada com outras pessoas e com o meio ambiente,
fazendo parte de redes complexas de relações sociais, económicas, políticas e ecológicas.
A interdependência reconhece a influência mútua e a responsabilidade compartilhada na
construção de comunidades sustentáveis e justas.
Para Lima (2019) uma compreensão mais completa da natureza e do papel da pessoa na
sociedade e no universo envolve considerar diversos aspectos, tais como:
Interconexão Social: Reconhecer que a pessoa não existe isoladamente, mas está inserida
em uma teia complexa de relações sociais. A interação com outras pessoas influencia a
formação da identidade, valores, comportamentos e experiências individuais.
Responsabilidade Ética: Compreender que a pessoa tem responsabilidade moral não
apenas consigo mesma, mas também em relação aos outros membros da sociedade e ao
meio ambiente. Isso implica agir de maneira ética, respeitando os direitos e a dignidade de
todas as pessoas e contribuindo para o bem-estar coletivo.
Impacto Ambiental: Reconhecer que as ações individuais têm um impacto no meio
ambiente e no universo em geral. A pessoa deve considerar as consequências de suas
escolhas e comportamentos em termos de sustentabilidade e preservação dos recursos
naturais para as gerações futuras.
Busca por Significado: Entender que a pessoa busca constantemente sentido e propósito
em sua vida, tanto a nível pessoal quanto coletivo. Isso pode envolver a busca por
realizações pessoais, conexões significativas com outras pessoas, contribuições para a
sociedade ou a exploração de questões existenciais mais profundas.
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Desenvolvimento Pessoal e Social: Reconhecer que a pessoa está em constante processo
de desenvolvimento e aprendizado, tanto a nível individual quanto em interação com o
ambiente social. Isso implica a busca pelo autodesenvolvimento, o cultivo de habilidades
e talentos, a adaptação a mudanças sociais e a contribuição para o progresso da sociedade.
Consciência Interconectada: Compreender que a pessoa não está separada do universo,
mas é parte integrante dele. Isso pode levar a uma consciência mais ampla de nossa
interdependência com todos os seres vivos e com o próprio cosmos, promovendo uma
maior empatia, respeito e cuidado para com todas as formas de vida.
Ao considerar esses aspectos, é possível ter uma visão mais abrangente do papel da pessoa na
sociedade e no universo, reconhecendo sua capacidade de influenciar e ser influenciada pelo
ambiente que a cerca, bem como sua responsabilidade em contribuir para um mundo mais
justo, sustentável e significativo.
3.3.Desenvolvimento moral
Nos seus estudos, Piaget (1977) concluiu que a moralidade se desenvolve a medida que a
inteligência humana se vai desenvolvendo, seguindo o processo delineado por 3 etapas
fundamentais:
1ª etapa(entre 2 – 6 nos)- encontramos na criança a moral de obrigação e heteronomia,
onde ela vive numa atitude unilateral de respeito absoluto para com os mais velhos e as
normas são totalmente exteriores a sí.
2ª Etapa (entre 7-11 anos) – verifica se no adolescente a moral da solidariedade, entre
iguais. O respeito unilateral é substituído pelo respeito mútuo e começa a desenvolver-se
a noção de igualdade entre todos e as normas de conduta humana são aplicadas de uma
forma rigorosa.
3ª Etapa (dos 12 anos em diante)- encontramos no jovem ou no adulto a moral de
equidade ou autonomia.
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Para Lawrence Kohlberg (1981) considera que a consciência moral se torna num processo de
conhecimento que decorre de fases de aprendizagem social. Para ele existem três níveis de
desenvolvimento moral:
1º Nível (pré-convencional) – as pessoas respeitam as normas sociais, mas receiam o
castigo se não as cumprirem ou esperam uma recompensa pelo seu cumprimento.
2º Nível (convensional) – determina que as pessoas respeitam as normas sociais porque
consideram importante que cada um desempenhe o seu papel numa sociedade moralmente
organizada;
3º Nível (pós- convencional) – estabelece que as pessoas se preocupam com um juízo
autónomo e com o estabelecimento de princípios morais universais.
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Conclusão
Ao término deste trabalho, emerge uma compreensão mais profunda e abrangente da Pessoa
como sujeito moral. Desde as diferentes concepções que permeiam os campos jurídico,
psicológico, ético, personalista, social e metafísico, até as complexas relações que a Pessoa
estabelece consigo mesma, com o mundo, com outros seres humanos e com o divino, pudemos
explorar as múltiplas facetas dessa entidade singular.
A análise das relações da Pessoa revelou não apenas a sua interdependência com o ambiente
circundante, mas também a sua capacidade de influenciar e ser influenciada por essas interações.
A Pessoa como agente moral enfrenta dilemas éticos constantes, exigindo um discernimento
cuidadoso e uma reflexão profunda sobre os valores e princípios que orientam suas ações.
A ética individual, representada pela consciência moral, desempenha um papel central na tomada
de decisões éticas, destacando a importância do autoconhecimento e da integridade pessoal na
busca por uma conduta moralmente responsável.
Diante dessas reflexões, torna-se claro que a Pessoa como sujeito moral não é apenas um
conceito abstrato, mas uma realidade vivida e experienciada por cada indivíduo. Nesse sentido, o
desenvolvimento de uma ética mais sólida e compassiva requer não apenas uma compreensão
teórica, mas também um compromisso prático em cultivar virtudes como a empatia, a justiça e a
solidariedade.
Portanto, ao concluirmos este trabalho, somos desafiados não apenas a compreender a Pessoa
como sujeito moral, mas também a assumir a responsabilidade coletiva de promover uma cultura
ética
que valorize a dignidade humana, o respeito mútuo e o bem-estar comum. Somente assim
poderemos aspirar a sociedades mais justas, compassivas e verdadeiramente humanas.
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Referências bibliográficas
Kohlberg, L. (1981). The Philosophy of Moral Development: Moral Stages and the Idea
of Justice. San Francisco: Harper & Row.
Lima, F. G. (2019). A Dignidade Humana e os Desafios Morais na Sociedade
Contemporânea. Belo Horizonte: Editora Consciência.
Mendes, C. D. (2018). Aspectos Psicológicos da Moralidade Humana. Rio de Janeiro:
Editora Psique.
Minayo, A. C; (2007). Como elaborar projectos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas.
Piaget, J. (1977). The Development of Thought: Equilibration of Cognitive Structures.
New York: Viking Press.
Santos, A. B. (2020). A Pessoa Humana: Uma Análise Ética. São Paulo: Editora Ética.
Silva, H. M. (2021). A Ética da Autonomia: Reflexões sobre o Papel da Pessoa como
Sujeito Moral. Brasília: Editora Cidadania.
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