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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

O BEM E OS SISTEMAS MORAIS

Carlim Voabil

Curso de Administração Pública

Disciplina de Ética Social

3o Ano

Beira, Junho de 2020


ÍNDICE

I. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................3

1.1. Objectivos........................................................................................................................3

1.1.1. Geral........................................................................................................................3

1.1.2. Específicos...............................................................................................................3

II. REVISÃO DA LITERATURA..........................................................................................4

2.1. Conceitos.........................................................................................................................4

2.2. O Bem e os Sistemas Morais...........................................................................................5

2.2.1. Teorias da Bondade Moral.....................................................................................6

2.2.1.1. O bem na filosofia moral Chinesa................................................................6

2.2.1.2. O bem na filosofia ocidental........................................................................6

2.2.1.3. O bem na visão Psicológica..........................................................................7

2.2.1.4. O bem na visão da Religião..........................................................................7

2.2.2. O significado generalista do bem............................................................................9

2.2.2.1. O Caracter flexível do bem.........................................................................10

III. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................11

IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................12

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I. INTRODUÇÃO

A ética, hoje, é compreendida como parte da Filosofia, cuja teoria estuda o comportamento
moral e relaciona a moral como uma prática, entendida por Arduine (2007) como o
“exercício das condutas”. Além disso, é entendida como um tipo ou qualidade de conduta que
é esperada das pessoas como resultado do uso de regras morais no comportamento social.

O conjunto de regras de cada sociedade, ou grupo da sociedade, que define como se deve agir
e pensar é chamado de moral. A ética pode ser considerada a reflexão sobre a moral
(Arduine, 2007).

De acordo com Taylor (2013), na maioria dos contextos, o conceito de bem denota a conduta
que deve ser preferida quando colocada com uma escolha entre acções possíveis. O bem é
geralmente considerado o oposto do mal e é interessante no estudo da moralidade, ética,
religião e filosofia. O significado e etimologia específicos do termo e suas traduções
associadas entre os idiomas antigo e contemporâneo mostram uma variação substancial em
sua inflexão e significado, dependendo das circunstâncias do lugar, da história, do contexto
religioso ou filosófico. O mal, em um contexto geral, é a ausência ou o oposto do que é
descrito como sendo bom. Muitas vezes, o mal é usado para denotar imoralidade profunda.
Em certos contextos religiosos, o mal tem sido descrito como uma força sobrenatural. As
definições do mal variam, assim como a análise de seus motivos. No entanto, elementos que
são comumente associados ao mal envolvem comportamentos desequilibrados que envolvem
conveniência, egoísmo, ignorância ou negligência (Cabral 2000; Taylor, 2013).

I.1. Objectivos

I.1.1. Geral

Abordar sobre o bem e os sistemas morais.

I.1.2. Específicos

Conceitualizar o bem e os sistemas morais;


Descrever as teorias explicativas da bondade moral;
Explicar o significado generalista do bem e do mal.

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II. REVISÃO DA LITERATURA

II.1. Conceitos

A ética faz parte da vida do ser humano, todos os homens têm comportamentos diferenciados
e únicos. A ética é um princípio que cada indivíduo traz consigo desde a infância. É um valor
adquirido na sua relação familiar, e cotidiano de sua existência. Segundo Arduini (2007,
p.35) O ser humano é chamado a estruturar, desde cedo, o sentido de sua personalidade. A
pessoa constrói-se através de fases, desde a fecundação genética até a ida ao túmulo.

Vásquez (1984, p.69) define a moral como sendo um sistema de normas, princípios e valores,
segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes e a
comunidade, de tal maneira que estas normas, dotadas de um caráter histórico e social, sejam
acatadas livres e conscientemente, por uma convicção íntima, e não de uma maneira
mecânica, externa ou impessoal. Cada pessoa possui valores individuais e intransferíveis. A
consciência do certo ou errado e suas próprias convicções, ideais, opiniões sobre as pessoas e
bens materiais, que influenciam e manifestam nos relacionamentos sociais.

Segundo Cabanas (1988), as acções dos homens são, habitualmente, mas não sempre, um
reflexo de suas crenças: suas acções podem diferir de suas crenças, e, ambas, diferirem do
que eles devem fazer ou crer. Esse é o caso, por exemplo, do auditor contábil independente
que foi escalado por seu gerente de auditoria, para auditar as contas de uma empresa de
auditoria e que tem relações de parentesco com o presidente dela. Ao aceitar tal tarefa, o
profissional estará agindo de acordo com sua crença, a de que ele consegue separar assuntos
pessoais dos profissionais e que, portanto, nada há de errado em auditar as referidas contas.

Para Fromm (1968, p.30), o Homem não é uma folha de papel em branco em que a cultura
pode escrever seu texto: é uma entidade com sua carga própria de energia estruturada de
determinadas formas, que, ao ajustar-se, reage de maneira específica e verificável as
condições exteriores. Através dos valores, que são princípios morais, o homem adquire o
comportamento ético, que rege suas atitudes na sociedade em que vive. O comportamento
ético conduz o homem a fazer o que considerar importante em sua vida.

Outro aspecto importante que se estuda na ética social, é sem dúvidas a concepção do bem e
do mal e os sistemas morais, uma vez que estes contribuem significativamente no
comportamento do ser humano. Muitas vezes, o mal é usado para denotar imoralidade
profunda. Em certos contextos religiosos, o mal tem sido descrito como uma força
sobrenatural (Wiegrink, 2013).
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II.2. O Bem e os Sistemas Morais

Em religião, ética e filosofia, o bem e o mal referem-se à avaliação de objectos, desejos e


comportamentos através de um espectro dualístico, onde, numa dada direcção, estão aqueles
aspectos considerados moralmente positivos e, na outra, os moralmente negativos (Arduini,
2007).

Segundo Taylor (2013), o bem é, por vezes, visto como algo que implica a reverência pela
vida, continuidade, felicidade ou desenvolvimento humano, enquanto o mal é considerado o
recipiente dos contrários.

Por definição, "bem" e "mal" são absolutos porque qualquer enunciado moral é válido,
independentemente de quem o faz, e independentemente de qualquer objecto ao qual o
enunciado se refira. Por exemploː "assassinato é moralmente errado" é um enunciado
objectivo visto que não é uma declaração sobre o sujeito que afirma. O enunciado também é
absoluto porque implica que "assassinato" é mau em geral, por contraste com assassinato ser
moralmente errado para uma pessoa que o cometa e não para outra (Wiengrink, 2011).

As questões filosóficas modernas a respeito do bem e do mal são agrupadas em três áreas


principais de estudo: a meta-ética relativa à natureza do bem e do mal, ética normativa
a respeito de como devemos nos comportar e ética aplicada a questões morais específicas
(Wiengrink, 2011).

Um sistema moral é essencialmente uma sociedade com regras. Regras são acordos sobre o
que é permitido e o que não é, sobre quais recompensas e as punições são prováveis por atos
específicos, sobre o que é certo e errado (Arduini, 2007).

A definição de regras pode ser expandida ou restringida de várias formas. Se for usado de
modo a incluir apenas conscientemente entendido, deliberadamente aplicado regras, então os
sistemas morais podem ser exclusivamente humanos. Esse também pode ser o caso, se certos
tipos de elementos inconscientes ou inconscientes são permitido na definição (Cabanas,
1998).

Além de sua referência a valores, o conceito de moralidade implica altruísmo ou


autossacrifício. Nem todos os atos morais exigem sacrifício próprio, no entanto, e nem todos
os actos de egoísmo, por qualquer meio, seriam denominados imoral (Cabanas, 1998).

Ainda segundo Cabanas (1988), muitos actos com um valor líquido para o actor seriam
julgados imorais porque cursos alternativos de acção de valor para outros estão disponíveis

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em tempo, mas não são tomados. De um modo geral, então, imoral é um rótulo que aplicamos
a certos tipos de actos pelos quais nos ajudamos ou prejudicamos outros, enquanto actos que
nos magoam ou ajudam os outros têm maior probabilidade de ser julgado moral e não imoral.

II.2.1. Teorias da Bondade Moral

No que diz respeito ao bem e os sistemas morais, importa-se realçar que a concepção do bem
e do mal varia de acordo com as normas e costumes de cada povo ou região. Sendo assim,
são descritas abaixo, algumas teorias sobre o bem, ao ver de diferentes pesquisadores,
tradições e religiões existente no mundo.

II.2.1.1. O bem na filosofia moral Chinesa

No confucionismo e no taoísmo, não existe um análogo direto da maneira como o bem e o


mal se opõem, embora as referências à influência demoníaca sejam comuns na religião
popular chinesa. A principal preocupação do confucionismo é com relacionamentos sociais
corretos e o comportamento apropriado ao homem instruído ou superior. O mal
corresponderia, assim, ao comportamento errado. Menos ainda, ele é mapeado para o
taoísmo, apesar da centralidade do dualismo nesse sistema, mas o oposto das virtudes básicas
do taoísmo (compaixão, moderação e humildade) pode ser inferido como o análogo do mal
(Stephen, 2008).

II.2.1.2. O bem na filosofia ocidental

O pirronismo sustenta que o bem e o mal não existem por natureza, o que significa que o bem
e o mal não existem nas próprias coisas. Todos os julgamentos do bem e do mal são relativos
àquele que julga (Stephen, 2008).

i. O bem segundo Bento Spinoza

Bento de Spinoza declara que por bem, entende o que certamente sabemos que é útil para
nós. Pelo mal, pelo contrário, entende que é o certamente sabemos que nos impede de possuir
qualquer coisa que seja boa (Stephen, 2008).

Spinoza assume um estilo quase matemático e declara essas proposições adicionais que ele
pretende provar de sua Ética:

O conhecimento do bem ou do mal não passa de afeto de alegria ou tristeza, na


medida em que estamos conscientes disso;

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Nada pode ser mau através daquilo que possui em comum com a nossa natureza, mas
na medida em que uma coisa é má para nós, é contrária a nós;
O conhecimento do mal é um conhecimento inadequado
De acordo com a orientação da razão, de duas coisas que são boas, seguiremos o bem
maior, e de dois males, seguiremos a menos;
Se os homens nascessem livres, eles não formariam nenhuma concepção de bem e
mal, desde que fossem livres,
ii. O bem segundo Friedrich

Friedrich Nietzsche, em uma rejeição da moralidade judaico-cristã, aborda isso em duas


obras, Além do bem e do mal e Sobre a genealogia da moral, onde ele diz essencialmente que
o não-bem funcional natural foi transformado socialmente no conceito religioso de mal pela
mentalidade escrava das massas fracas e oprimidas que se ressentem de seus senhores (os
fortes). Ele também faz uma crítica à moralidade, dizendo que muitos que se consideram
morais estão simplesmente agindo por covardia (querendo fazer o mal, mas com medo das
repercussões) (Stephen, 2008).

II.2.1.3. O bem na visão Psicológica

Segundo Brito (2012), na psicologia, destacam-se duas principais teorias na explicação do


bem, nomeadamente:

i. O bem segundo Carl Jung

Carl Jung, em seu livro Resposta a Jó e em outros lugares, descreveu o mal como o lado
sombrio do diabo, defendendo que as pessoas tendem a acreditar que o mal é algo externo a
elas, porque projetam sua sombra nos outros. Jung interpretou a história de Jesus como um
relato de Deus diante de sua própria sombra.

ii. O bem segundo Philip Zimbarbo

Em 2007, Philip Zimbardo sugeriu que as pessoas possam agir de maneira maligna como
resultado de uma identidade coletiva. Essa hipótese, baseada em sua experiência anterior do
experimento na prisão de Stanford, foi publicada no livro O Efeito Lúcifer: Entendendo como
as pessoas boas se tornam más.

II.2.1.4. O bem na visão da Religião

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Segundo Abdul-Baha (1982), as diferentes religiões do mundo, tem entendimento mais ou
menos diferentes sobre o bem e o mal. Abaixo, estão descritas as concepções das principais
religiões:

i. O bem segundo a Fé bahá'í

A fé bahá'í afirma que o mal é inexistente e que é um conceito para a falta do bem, assim
como o frio é o estado sem calor, as trevas são o estado sem luz, o esquecimento a falta de
memória, a ignorância e a ignorância. Todos esses são estados de falta e não têm existência
real. Assim, o mal não existe e é relativo ao homem. Assim, o mal é mais um conceito
intelectual do que uma realidade verdadeira. Visto que Deus é bom, e ao criar a criação, ele
confirmou dizendo que é bom (Gênesis 1:31) o mal não pode ter uma realidade verdadeira
(Abdul-Baha, 1982).

ii. O bem segundo o cristianismo

O mal, de acordo com uma cosmovisão cristã, é qualquer acção, pensamento ou atitude que
seja contrária ao caráter ou vontade de Deus. Isso é mostrado através da lei dada no Antigo e
no Novo Testamento. Portanto, o mal em uma visão cristã do mundo é contrastado por e entra
em conflito com o caráter ou a vontade de Deus. Esse mal se mostra através do desvio do
caráter ou vontade de Deus. Da mesma forma, bom de acordo com uma cosmovisão cristã é
qualquer acção, pensamento ou atitude que seja consistente com o caráter ou a vontade de
Deus, pois Deus é bom, a bondade suprema (Griffin, 2004).

iii. O bem segundo o islam

Não há conceito de mal absoluto no Islã, como um princípio universal fundamental que é
independente e igual ao bem em um sentido dualista. No Islã, é considerado essencial
acreditar que tudo vem de Allah, seja percebido como bom ou ruim pelos indivíduos; e coisas
que são percebidas como boas ou más são eventos naturais (desastres naturais ou doenças) ou
causadas pelo livre arbítrio da humanidade para desobedecer às ordens de Alá. De acordo
com o entendimento Ahmadiyya do Islã, o mal não tem uma existência positiva em si e é
apenas a falta do bem, assim como as trevas são o resultado da falta de luz (Griffin, 2004).

iv. O bem segundo o judaísmo

No judaísmo, nenhum indivíduo pode ser definido como categoricamente, absolutamente


"bom" ou "mau". O judaísmo reconhece a complexidade psicológica dos seres humanos.

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Deus deu aos filhos de Israel a Torá como um guia para vencer o mal. Um tema comum da
filosofia judaica medieval é que as pessoas que fizerem boas acções serão recompensadas em
olam haba. O judaísmo tem duas atitudes conflitantes em relação à existência do mal. Em
uma interpretação, o mal não é real, e por si só não faz parte da criação de Deus, mas passa a
existir através de más acções do homem. Na outra interpretação, o mal foi criado por Deus, já
que Deus criou tudo e sugerir o contrário seria se envolver no dualismo e, portanto, é
antitético à crença judaica central no monoteísmo (Griffin, 2004).

v. O bem segundo o Budismo

A dualidade primordial no budismo é entre sofrimento e iluminação, de modo que a divisão


entre o bem e o mal não tem análogo direto. Pode-se inferir, no entanto, dos ensinamentos
gerais do Buda que as causas catalogadas de sofrimento são as que correspondem neste
sistema de crenças ao "mal". Praticamente isso pode se referir 1) as três emoções egoístas -
desejo, ódio e ilusão; e 2) a sua expressão em acções físicas e verbais (Griffin, 2004).

Especificamente, o mal significa o que quer que prejudique ou obstrua as causas da felicidade
nesta vida, um melhor renascimento, libertação do samsara e a verdadeira e completa
iluminação de um Buda. Para o Budismo, " Matar é o mal, mentir é o mal, difamar é o mal,
abusar é o mal, fofocar é o mal: inveja é má, ódio é mau, apegar-se à falsa doutrina é mau;
todas essas coisas são más. (Griffin, 2004).

vi. O bem segundo o Hinduísmo

No hinduísmo, o conceito de Dharma ou justiça claramente divide o mundo em bem e mal, e


explica claramente que as guerras precisam ser travadas algumas vezes para estabelecer e
proteger o Dharma. Essa divisão do bem e do mal é de grande importância nos épicos hindus
do Ramayana e Mahabharata. No entanto, a principal ênfase no hinduísmo é a acção ruim, e
não as pessoas más. O texto sagrado hindu, o Bhagavad Gita, fala do equilíbrio entre o bem e
o mal. Quando esse equilíbrio dispara, encarnações divinas vêm para ajudar a restaurar esse
equilíbrio. (Griffin, 2004).

II.2.2. O significado generalista do bem

De acordo com Wiengrink (2011), o bom significa falta de egocentrismo. Significa a


capacidade de ter empatia com outras pessoas, sentir compaixão por elas e colocar as
necessidades delas antes das suas. Significa, se necessário, sacrificar seu próprio bem-estar
pelo bem dos outros. Significa benevolência, altruísmo e altruísmo, e sacrifício próprio por

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uma causa maior - todas as qualidades que derivam de um senso de empatia. Significa ser
capaz de ver além da diferença superficial de raça, gênero ou nacionalidade e se relacionar
com uma essência humana comum abaixo deles.

Todas as pessoas 'santas' da história humana têm essas qualidades em abundância. Pensando


em Mahatma Gandhi e Martin Luther King, arriscando sua própria segurança e bem-estar
com o objetivo de obter direitos e liberdade iguais para índios e afro-americanos. Eram seres
humanos com um grau excepcional de empatia e compaixão, que anulavam qualquer
preocupação com suas próprias ambições ou bem-estar (Wiengrink, 2011),

II.2.2.1. O Caracter flexível do bem

Para Wiengrink (2011), a maioria das pessoas está em algum lugar entre os extremos de
Gandhi e Hitler no espectro do comportamento humano. Às vezes, podemos nos comportar
mal, quando impulsos egocêntricos nos levam a colocar nossas necessidades antes do bem-
estar dos outros. Às vezes, nos comportamos de maneira santa, quando a empatia e a
compaixão nos impelem a colocar as necessidades dos outros antes das nossas, resultando em
altruísmo e bondade. A diferença real entre essa idéia de 'bem e mal' e o conceito tradicional
é que a empatia ou a falta de empatia não são fixas.

Embora as pessoas com personalidade psicopática pareçam incapazes de desenvolver


empatia, para a maioria de nós, empatia - ou bondade - é uma qualidade que pode ser
cultivada. Isso é reconhecido pelo budismo e pela maioria das outras tradições espirituais. À
medida que praticamos meditação ou atenção plena e nos tornamos menos apegados ao
materialismo e à busca de status, nos tornamos mais abertos e mais conectados (Taylor,
2013).

A "fluidez" da bondade também é reconhecida pelo processo de "justiça restaurativa", que


está se tornando cada vez mais amplamente utilizado nos sistemas de justiça europeus. Em
vez de prender as pessoas 'más' - o que, infelizmente, é tão amplamente praticado pelo
sistema penal dos EUA - a justiça restaurativa oferece aos ofensores a oportunidade de
conhecer suas vítimas e ver como seus crimes os afetaram, o que muitas vezes leva a um
sentimento de empatia por suas vítimas - o que, por sua vez, frequentemente leva à
reabilitação (Taylor, 2013).

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III. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De tudo que ficou exposto ao longo do presente trabalho de caracter de revisão bibliográfica,
com base nos objectivos traçados, pode-se concluir que nos seres humanos, 'bem' e 'mal' são
fluidos. As pessoas podem ser uma combinação de qualidades "boas" e "ruins". Algumas
pessoas que se comportam cruel e brutalmente podem ser reabilitadas e, eventualmente,
exibir qualidades "boas", como empatia e bondade. E, em vez de ser intrínseco, o
comportamento mais cruel ou brutal é devido a fatores ambientais, como uma infância
abusiva ou aprendizado social de uma família ou colegas.

Um sistema moral é essencialmente uma sociedade com regras. Regras são acordos sobre o
que é permitido e o que não é, sobre quais recompensas e as punições são prováveis por actos
específicos, sobre o que é certo e errado.

Uma visão bastante plausível é que bom significa o mesmo que desejado, de modo que


quando dizemos que uma coisa é boa, queremos dizer que ela é desejada. Assim, qualquer
coisa é boa que esperamos adquirir ou tememos perder. No entanto, é comumente admitido
que existem maus desejos; e quando as pessoas falam de maus desejos, parecem significar
desejos pelo que é ruim.

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IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABDUL-BAHA. (1982). Algumas perguntas respondidas. Traduzida po Laura Clifford.


Wilmete.

ARDUINI, J. (2007). Ética responsável e criativa. Sao Paulo.

BRITO, J., & MENESES, R. (2012). Os Valores e a Antropologia. Obtido em 26 de Maio de


2020, de ra fenomenológica" [Online]. Disponível em:
www.eleutheria.ufm.edu/ArticulosPDF/100621_fondo_os

CABANAS, Q. (1998). "Pedagogía axiológica: la educación ante los valores. Madrid:


Dykinson.

CABRAL, R. (2000). Temas de ética". . Braga: Universidade Catolica de Braga.

FROMM, E. (1969). Análise do Homem. Tradução Octavio Alves Vellho. Rio de Janeiro:
Zahar Editores.

GRIFFIN, D. R. (2004). deus, poder, e evil: um Teologo do processo. Westminster.

STEPHEN, P. (2008). Um curso de palestras introdutórias sobre religião, psicologia e


crescimento pessoal (Hong Kong: Philopsychy Press. EUA.

TAYLOR, S. (2013). O bem e o Mal. Obtido em 26 de Maio de 2020, de


https://www.psychologytoday.com/us/blog/out-the-darkness/201308/the-real-
meaning-good-and-evil.

VASQUEZ, A. S. (1984). Etica. Traducao Joao DellAnna. Rio de Janeiro: Editora


Civilização Brasileira .

WIEGRINK, J. A. (2011). O verdadeira significado do bem e do mal. Obtido em 26 de Maio


de 2020, de https://www.institutomillenium.org.br/pto-bem-mal/

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