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Carlim Voabil
3o Ano
I. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................3
1.1. Objectivos........................................................................................................................3
1.1.1. Geral........................................................................................................................3
1.1.2. Específicos...............................................................................................................3
2.1. Conceitos.........................................................................................................................4
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I. INTRODUÇÃO
A ética, hoje, é compreendida como parte da Filosofia, cuja teoria estuda o comportamento
moral e relaciona a moral como uma prática, entendida por Arduine (2007) como o
“exercício das condutas”. Além disso, é entendida como um tipo ou qualidade de conduta que
é esperada das pessoas como resultado do uso de regras morais no comportamento social.
O conjunto de regras de cada sociedade, ou grupo da sociedade, que define como se deve agir
e pensar é chamado de moral. A ética pode ser considerada a reflexão sobre a moral
(Arduine, 2007).
De acordo com Taylor (2013), na maioria dos contextos, o conceito de bem denota a conduta
que deve ser preferida quando colocada com uma escolha entre acções possíveis. O bem é
geralmente considerado o oposto do mal e é interessante no estudo da moralidade, ética,
religião e filosofia. O significado e etimologia específicos do termo e suas traduções
associadas entre os idiomas antigo e contemporâneo mostram uma variação substancial em
sua inflexão e significado, dependendo das circunstâncias do lugar, da história, do contexto
religioso ou filosófico. O mal, em um contexto geral, é a ausência ou o oposto do que é
descrito como sendo bom. Muitas vezes, o mal é usado para denotar imoralidade profunda.
Em certos contextos religiosos, o mal tem sido descrito como uma força sobrenatural. As
definições do mal variam, assim como a análise de seus motivos. No entanto, elementos que
são comumente associados ao mal envolvem comportamentos desequilibrados que envolvem
conveniência, egoísmo, ignorância ou negligência (Cabral 2000; Taylor, 2013).
I.1. Objectivos
I.1.1. Geral
I.1.2. Específicos
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II. REVISÃO DA LITERATURA
II.1. Conceitos
A ética faz parte da vida do ser humano, todos os homens têm comportamentos diferenciados
e únicos. A ética é um princípio que cada indivíduo traz consigo desde a infância. É um valor
adquirido na sua relação familiar, e cotidiano de sua existência. Segundo Arduini (2007,
p.35) O ser humano é chamado a estruturar, desde cedo, o sentido de sua personalidade. A
pessoa constrói-se através de fases, desde a fecundação genética até a ida ao túmulo.
Vásquez (1984, p.69) define a moral como sendo um sistema de normas, princípios e valores,
segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes e a
comunidade, de tal maneira que estas normas, dotadas de um caráter histórico e social, sejam
acatadas livres e conscientemente, por uma convicção íntima, e não de uma maneira
mecânica, externa ou impessoal. Cada pessoa possui valores individuais e intransferíveis. A
consciência do certo ou errado e suas próprias convicções, ideais, opiniões sobre as pessoas e
bens materiais, que influenciam e manifestam nos relacionamentos sociais.
Segundo Cabanas (1988), as acções dos homens são, habitualmente, mas não sempre, um
reflexo de suas crenças: suas acções podem diferir de suas crenças, e, ambas, diferirem do
que eles devem fazer ou crer. Esse é o caso, por exemplo, do auditor contábil independente
que foi escalado por seu gerente de auditoria, para auditar as contas de uma empresa de
auditoria e que tem relações de parentesco com o presidente dela. Ao aceitar tal tarefa, o
profissional estará agindo de acordo com sua crença, a de que ele consegue separar assuntos
pessoais dos profissionais e que, portanto, nada há de errado em auditar as referidas contas.
Para Fromm (1968, p.30), o Homem não é uma folha de papel em branco em que a cultura
pode escrever seu texto: é uma entidade com sua carga própria de energia estruturada de
determinadas formas, que, ao ajustar-se, reage de maneira específica e verificável as
condições exteriores. Através dos valores, que são princípios morais, o homem adquire o
comportamento ético, que rege suas atitudes na sociedade em que vive. O comportamento
ético conduz o homem a fazer o que considerar importante em sua vida.
Outro aspecto importante que se estuda na ética social, é sem dúvidas a concepção do bem e
do mal e os sistemas morais, uma vez que estes contribuem significativamente no
comportamento do ser humano. Muitas vezes, o mal é usado para denotar imoralidade
profunda. Em certos contextos religiosos, o mal tem sido descrito como uma força
sobrenatural (Wiegrink, 2013).
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II.2. O Bem e os Sistemas Morais
Segundo Taylor (2013), o bem é, por vezes, visto como algo que implica a reverência pela
vida, continuidade, felicidade ou desenvolvimento humano, enquanto o mal é considerado o
recipiente dos contrários.
Por definição, "bem" e "mal" são absolutos porque qualquer enunciado moral é válido,
independentemente de quem o faz, e independentemente de qualquer objecto ao qual o
enunciado se refira. Por exemploː "assassinato é moralmente errado" é um enunciado
objectivo visto que não é uma declaração sobre o sujeito que afirma. O enunciado também é
absoluto porque implica que "assassinato" é mau em geral, por contraste com assassinato ser
moralmente errado para uma pessoa que o cometa e não para outra (Wiengrink, 2011).
Um sistema moral é essencialmente uma sociedade com regras. Regras são acordos sobre o
que é permitido e o que não é, sobre quais recompensas e as punições são prováveis por atos
específicos, sobre o que é certo e errado (Arduini, 2007).
A definição de regras pode ser expandida ou restringida de várias formas. Se for usado de
modo a incluir apenas conscientemente entendido, deliberadamente aplicado regras, então os
sistemas morais podem ser exclusivamente humanos. Esse também pode ser o caso, se certos
tipos de elementos inconscientes ou inconscientes são permitido na definição (Cabanas,
1998).
Ainda segundo Cabanas (1988), muitos actos com um valor líquido para o actor seriam
julgados imorais porque cursos alternativos de acção de valor para outros estão disponíveis
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em tempo, mas não são tomados. De um modo geral, então, imoral é um rótulo que aplicamos
a certos tipos de actos pelos quais nos ajudamos ou prejudicamos outros, enquanto actos que
nos magoam ou ajudam os outros têm maior probabilidade de ser julgado moral e não imoral.
No que diz respeito ao bem e os sistemas morais, importa-se realçar que a concepção do bem
e do mal varia de acordo com as normas e costumes de cada povo ou região. Sendo assim,
são descritas abaixo, algumas teorias sobre o bem, ao ver de diferentes pesquisadores,
tradições e religiões existente no mundo.
O pirronismo sustenta que o bem e o mal não existem por natureza, o que significa que o bem
e o mal não existem nas próprias coisas. Todos os julgamentos do bem e do mal são relativos
àquele que julga (Stephen, 2008).
Bento de Spinoza declara que por bem, entende o que certamente sabemos que é útil para
nós. Pelo mal, pelo contrário, entende que é o certamente sabemos que nos impede de possuir
qualquer coisa que seja boa (Stephen, 2008).
Spinoza assume um estilo quase matemático e declara essas proposições adicionais que ele
pretende provar de sua Ética:
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Nada pode ser mau através daquilo que possui em comum com a nossa natureza, mas
na medida em que uma coisa é má para nós, é contrária a nós;
O conhecimento do mal é um conhecimento inadequado
De acordo com a orientação da razão, de duas coisas que são boas, seguiremos o bem
maior, e de dois males, seguiremos a menos;
Se os homens nascessem livres, eles não formariam nenhuma concepção de bem e
mal, desde que fossem livres,
ii. O bem segundo Friedrich
Carl Jung, em seu livro Resposta a Jó e em outros lugares, descreveu o mal como o lado
sombrio do diabo, defendendo que as pessoas tendem a acreditar que o mal é algo externo a
elas, porque projetam sua sombra nos outros. Jung interpretou a história de Jesus como um
relato de Deus diante de sua própria sombra.
Em 2007, Philip Zimbardo sugeriu que as pessoas possam agir de maneira maligna como
resultado de uma identidade coletiva. Essa hipótese, baseada em sua experiência anterior do
experimento na prisão de Stanford, foi publicada no livro O Efeito Lúcifer: Entendendo como
as pessoas boas se tornam más.
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Segundo Abdul-Baha (1982), as diferentes religiões do mundo, tem entendimento mais ou
menos diferentes sobre o bem e o mal. Abaixo, estão descritas as concepções das principais
religiões:
A fé bahá'í afirma que o mal é inexistente e que é um conceito para a falta do bem, assim
como o frio é o estado sem calor, as trevas são o estado sem luz, o esquecimento a falta de
memória, a ignorância e a ignorância. Todos esses são estados de falta e não têm existência
real. Assim, o mal não existe e é relativo ao homem. Assim, o mal é mais um conceito
intelectual do que uma realidade verdadeira. Visto que Deus é bom, e ao criar a criação, ele
confirmou dizendo que é bom (Gênesis 1:31) o mal não pode ter uma realidade verdadeira
(Abdul-Baha, 1982).
O mal, de acordo com uma cosmovisão cristã, é qualquer acção, pensamento ou atitude que
seja contrária ao caráter ou vontade de Deus. Isso é mostrado através da lei dada no Antigo e
no Novo Testamento. Portanto, o mal em uma visão cristã do mundo é contrastado por e entra
em conflito com o caráter ou a vontade de Deus. Esse mal se mostra através do desvio do
caráter ou vontade de Deus. Da mesma forma, bom de acordo com uma cosmovisão cristã é
qualquer acção, pensamento ou atitude que seja consistente com o caráter ou a vontade de
Deus, pois Deus é bom, a bondade suprema (Griffin, 2004).
Não há conceito de mal absoluto no Islã, como um princípio universal fundamental que é
independente e igual ao bem em um sentido dualista. No Islã, é considerado essencial
acreditar que tudo vem de Allah, seja percebido como bom ou ruim pelos indivíduos; e coisas
que são percebidas como boas ou más são eventos naturais (desastres naturais ou doenças) ou
causadas pelo livre arbítrio da humanidade para desobedecer às ordens de Alá. De acordo
com o entendimento Ahmadiyya do Islã, o mal não tem uma existência positiva em si e é
apenas a falta do bem, assim como as trevas são o resultado da falta de luz (Griffin, 2004).
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Deus deu aos filhos de Israel a Torá como um guia para vencer o mal. Um tema comum da
filosofia judaica medieval é que as pessoas que fizerem boas acções serão recompensadas em
olam haba. O judaísmo tem duas atitudes conflitantes em relação à existência do mal. Em
uma interpretação, o mal não é real, e por si só não faz parte da criação de Deus, mas passa a
existir através de más acções do homem. Na outra interpretação, o mal foi criado por Deus, já
que Deus criou tudo e sugerir o contrário seria se envolver no dualismo e, portanto, é
antitético à crença judaica central no monoteísmo (Griffin, 2004).
Especificamente, o mal significa o que quer que prejudique ou obstrua as causas da felicidade
nesta vida, um melhor renascimento, libertação do samsara e a verdadeira e completa
iluminação de um Buda. Para o Budismo, " Matar é o mal, mentir é o mal, difamar é o mal,
abusar é o mal, fofocar é o mal: inveja é má, ódio é mau, apegar-se à falsa doutrina é mau;
todas essas coisas são más. (Griffin, 2004).
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uma causa maior - todas as qualidades que derivam de um senso de empatia. Significa ser
capaz de ver além da diferença superficial de raça, gênero ou nacionalidade e se relacionar
com uma essência humana comum abaixo deles.
Para Wiengrink (2011), a maioria das pessoas está em algum lugar entre os extremos de
Gandhi e Hitler no espectro do comportamento humano. Às vezes, podemos nos comportar
mal, quando impulsos egocêntricos nos levam a colocar nossas necessidades antes do bem-
estar dos outros. Às vezes, nos comportamos de maneira santa, quando a empatia e a
compaixão nos impelem a colocar as necessidades dos outros antes das nossas, resultando em
altruísmo e bondade. A diferença real entre essa idéia de 'bem e mal' e o conceito tradicional
é que a empatia ou a falta de empatia não são fixas.
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III. CONSIDERAÇÕES FINAIS
De tudo que ficou exposto ao longo do presente trabalho de caracter de revisão bibliográfica,
com base nos objectivos traçados, pode-se concluir que nos seres humanos, 'bem' e 'mal' são
fluidos. As pessoas podem ser uma combinação de qualidades "boas" e "ruins". Algumas
pessoas que se comportam cruel e brutalmente podem ser reabilitadas e, eventualmente,
exibir qualidades "boas", como empatia e bondade. E, em vez de ser intrínseco, o
comportamento mais cruel ou brutal é devido a fatores ambientais, como uma infância
abusiva ou aprendizado social de uma família ou colegas.
Um sistema moral é essencialmente uma sociedade com regras. Regras são acordos sobre o
que é permitido e o que não é, sobre quais recompensas e as punições são prováveis por actos
específicos, sobre o que é certo e errado.
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IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FROMM, E. (1969). Análise do Homem. Tradução Octavio Alves Vellho. Rio de Janeiro:
Zahar Editores.
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